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Direito Civil I - Capacidade, Emancipação, Tutela, Curatela e Interdição

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- É uma medida limitadora ou delineadora da 
possibilidade de adquirir direitos e de contrair obrigações. 
Capacidade significa a aptidão que a pessoa tem de 
adquirir e exercer direitos. 
- A capacidade é a regra, ou seja, pelo código Civil toda 
pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil; a 
incapacidade é a exceção, ou seja, são incapazes somente 
aqueles discriminados pela legislação. (arts. 3º e 4º do 
Código Civil) 
 Capacidade Jurídica é diferente de Capacidade Civil. 
 
 
 
 CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO: 
- Capacidade de direito ou de gozo consiste na 
capacidade de contrair direitos; todos os indivíduos 
possuem tal capacidade visto que de acordo com o art. 1, 
CC. 
- É a própria aptidão genérica reconhecida 
universalmente, para alguém ser titular de direitos e 
obrigações. 
- Confunde-se com a personalidade. Toda pessoa natural 
a tem, pela simples condição de pessoa. Deflui do próprio 
nascimento com vida. 
- É aptidão para aquisição de direitos e deveres. Essa 
capacidade do art. 1o é a capacidade de direito (ou gozo) 
que toda pessoa adquire ao nascer com vida. 
- A personalidade jurídica ou civil confere a pessoa uma 
capacidade de direito. 
 
 CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO: 
- 
 
 
 
A capacidade de fato ou de exercício é a tão conhecida 
capacidade civil plena, qualidade que confere às pessoas 
naturais que a possuem a plena condição de exercício 
livre, pleno e pessoal de seus direitos, bem como do 
cumprimento de seus deveres. 
- Possui a capacidade de fato aqueles que se dirigem 
com autonomia no mundo civil, agindo pessoal e 
diretamente, sem intervenção de uma outra pessoa que 
os represente ou os assiste. Diz-se que essa pessoa se 
acha em pleno exercício de seus direitos. 
 
 ABSOLUTAMENTE INCAPAZ (depois de 2015): 
 
Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos 
 
. 
 
 DOUTRINA – Flávio Tartuce: 
- Os Absolutamente Incapazes possuem direitos, 
porém não podem exercê-los pessoalmente, devendo 
ser representados. Em outras palavras, têm 
Capacidade de Direito, mas não têm Capacidade de 
Fato ou de Exercício. 
- Não existe mais a Interdição Absoluta no nosso 
sistema civil. 
- Há atos que Menores Relativamente Incapazes 
podem praticar, mesmo sem assistência, como se 
casar, necessitando apenas a autorização dos pais, 
elaborar testamentos, servir como testemunha de 
atos e negócios jurídicos e ser empresário com 
autorização. 
 
 RELATIVAMENTE INCAPAZ: 
 
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à 
maneira de os exercer: 
 
Direito Civil 
 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, 
não puderem exprimir sua vontade; 
Parágrafo único A capacidade dos indígenas será 
regulada por legislação especial.” (NR) 
 
 
 
 MAIORIDADE CIVIL: 
Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, 
quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os 
atos da vida civil. 
 
 
 EMANCIPAÇÃO: 
- A Emancipação é o instituto que permite a antecipação 
da maioridade, de modo que os emancipados atinjam a 
maioridade plena para os Efeitos Civis que são as 
consequências para a Capacidade Civil. 
 EFEITOS DA EMANCIPAÇÃO: 
A) Produz apenas Efeito Civis; 
B) Continua sujeito ao ECA; 
C) Não acarreta Imputabilidade Penal; 
D) Não pode conduzir veículo; 
- Mas pode ser proprietário de um carro. 
 
Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, 
quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os 
atos da vida civil. 
 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do 
outro, mediante instrumento público, independentemente 
de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido 
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
1) EMANCIÁÇÃO VOLUNTÁRIA: 
- Concedido pelos pais ou por um deles na falta de outro; 
- Direito Potestativo (desnecessária autorização do 
adolescente); 
- Instrumento Público, precisa do registro em Cartório 
das Pessoas Naturais; 
- Desnecessária homologação judicial; 
- Adolescente deve ter no mínimo 16 anos; 
- Irrevogável (Segurança jurídica). 
 
2) EMANCIPAÇÃO JUDICIAL: 
- Concedida pelo Juiz em caso, como exemplo, em que 
um dos pais não concordam com a emancipação; 
- O adolescente deve ter no mínimo dezesseis anos 
completo; 
- Na hipótese de tutela – pedido do adolescente 
representado pelo tutor (o tutor não pode emancipar). 
 
3) EMANCIPAÇÃO LEGAL: 
Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, 
quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os 
atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do 
outro, mediante instrumento público, independentemente 
de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido 
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - Pelo casamento; 
III - Pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - Pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela 
existência de relação de emprego, desde que, em função 
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria. 
- Fatos a que a lei atribui força para emancipar; 
- Desnecessária homologação; 
- Irrevogável – casamento – parte da doutrina considera 
que na anulação faz que se retorne à situação de incapaz. 
 
 
 
 
É um encargo atribuído para que um adulto capaz 
PROTEJA, ZELE e ADMINISTRE o Patrimônio de 
Crianças e Adolescente. 
 
 
 
É um encargo atribuído por Juiz para que uma pessoa 
ZELE, CUIDE e GERENCIE o Patrimônio de outra que 
tem 18+ e é judicialmente incapaz. 
 
 
 
 
É um ato que retira de determinada pessoa a 
possibilidade de administrar seus bens. Exemplo: uma 
pessoa viciada em drogas, que vende seus bens para 
manter o vício - dilapidando assim seu patrimônio e 
comprometendo os interesses futuros de seus sucessores 
hereditários. 
 
 QUESTÕES POLÊMICAS: 
 
1. A emancipação isenta os pais por eventual ilícito civil 
praticado pelo emancipado¿ 
- A doutrina e a jurisprudência dizem que não. 
- Não pode ser utilizado como forma de liberação paterna. 
 
2. O pai que tem guarda pode emancipar sozinho¿ 
- Não – é poder familiar de ambos; 
 
3. Invalidação do casamento ou divorcio restabelece a 
incapacidade¿ 
- Invalidação sim – a sentença de invalidação é retroativa 
(fulmina o registro). 
- Ressalva da putatividade; 
- Divórcio não – Efeito é Ex Nunc. 
 Ex Tunc – Expressão em latim que significa “desde 
então”; seus efeitos são retroativos à época da 
origem dos fatos relacionados. 
 
 Ex Nunc - Expressão em latim que significa “desde 
agora”; seus efeitos não retroagem, valendo somente 
a partir da data da decisão tomada. 
 
4. É possível a prisão civil do adolescente emancipado¿ 
- Argumentos Favoráveis: 
a) Trata-se de prisão de natureza civil e não penal (meio 
coercitivo de pagamento); 
b) A Constituição afasta a imputabilidade (artigo 228 CF) 
e não a possibilidade de prisão civil; 
c) O próprio ECA possibilita a restrição de liberdade; 
d) A dívida de alimentos destina-se a manter pessoa 
extremamente vulnerável. 
 
- Argumentos Contrários: 
a) Restrição da liberdade de adolescente é 
extremamente excepcional – deve estar previsto em lei; 
b) Adolescente em formação – efeito nefastos da prisão; 
c) Violação de direitos (caos do sistema carcerário); 
 
- Se admissível – Condições: 
I. Os alimentos devem se destinar a incapaz (não para 
esposa ou genitor); 
II. O adolescente deve ter condições de adimplir (recusa 
motivada); 
III. O estabelecimento de recolhimento deve possuir as 
características exigidas no ECA.

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