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Resumo da matéria sobre Teoria do Estado

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O Estado pode ser entendido como uma sociedade politicamente organizada e constituída por pessoas que convivem mutuamente objetivando o atendimento de um grande número de interesses
O vocábulo “Estado” deriva do latim status, que significa “estar firme”, confirmando a ideia de uma convivência constante, dos agrupamentos humanos de uma forma geral
O estudo da Teoria Geral do Estado (TGE) é baseado em conhecimentos jurídicos, econômicos, históricos etc.
 Podemos definir o Estado a partir das seguintes visões: • no sentido laico: é a nação politicamente organizada; • no sentido jurídico: é a pessoa de direito público interno que é responsável pelos atos dos seus agentes. É também a pessoa de direito público internacional no que se refere ao relacionamento com outros países
Ainda poderemos dizer que o Estado é composto por entidades estatais (governo e administração) e pelo sistema constitucional e legal que regula a população nos limites de um território e lhe concede o monopólio e a legitimidade do uso da força. A estrutura do Estado pode ser assim compreendida: • estrutura política: os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); • estrutura físico-geográfica: estados, municípios e Distrito Federal; • estrutura administrativa: o governo e sua administração; • estrutura jurídica: o sistema constitucional e legal. Podemos, ainda, admitir que o Estado é a organização burocrática que detém o poder de legislar e tributar a população de seu território. A política constitui, sem dúvida, a principal disciplina encarregada do estudo do Estado.
Entre as preocupações dos estudos da Teoria Geral do Estado, podem ser destacadas as teorias que:
• dão sustentação ao próprio conceito de Estado;
• procuram explicar o funcionamento do Estado moderno;
• estudam as características principais do poder exercido pelo Estado.
Em prol da didática e melhor compreensão do assunto, podemos dividir a TGE em três grandes segmentos:
• Teoria Social do Estado;
• Teoria Política do Estado;
• Teoria Jurídica do Estado.
Observação
Inegavelmente, a popularização do termo “Estado” ocorreu a partir da obra máxima de Nicolau Maquiavel, O
 Príncipe , que representou uma reviravolta, ou melhor, uma revolução dos estudos sobre o exercício do poder e da organização e atuação do Estado e da maneira como deve ser governado.
Realismo e moralismo são grandes visões políticas que tentam dar sentido à experiência política e à relação desta com as outras questões da condição humana (O LIVRO..., 2013b, p. 13).
Marx e Engels definiram o Estado como sendo um instrumento de dominação para atender aos interesses da classe dirigente. Entendiam que não deveria haver preocupação com a forma de governo, mas sim com quem exerce o poder.
Fechamos este tópico com a conceituação do Estado como uma pessoa jurídica de direito público interno e internacional. O Estado, ao contrário do postulado fascista (“Tudo pelo Estado, tudo dentro do Estado, tudo voltado para o Estado, e nada fora do Estado”), é mero instrumento para a realização do homem, considerando a sua fragilidade e impossibilidade de bastar‑se a si mesmo (FILOMENO, 2013, p. 43).
Entende‑se, pois, o Estado tendo como referência o bem comum, única justificativa lógica para a sua existência.
Sociedade
o homem nasceu para viver em sociedade, como sustentam diversos estudiosos.
Para o filósofo grego Aristóteles, só um indivíduo de natureza vil ou superior ao homem procuraria viver isolado dos outros sem que a isso fosse constrangido (DALLARI, 2013, p. 22).
Estudiosos como Cícero ou São Tomás de Aquino concordavam com o fato de que o homem sempre procura coexistir em sociedade com outros. Outros argumentam que, na verdade, essa associação é uma opção do ser humano.
O posicionamento a favor de um ou de outro argumento influencia o nosso entendimento do que é o funcionamento e o que justifica a origem e a própria existência do Estado.
 Para o desenvolvimento da vida social, é necessário que exista um conjunto de normas de comportamento que determinam direitos e obrigações recíprocas entre os componentes da sociedade, visando à sua manutenção e o alcance dos objetivos comuns.
Nação
O conceito de “nação” é diferente do de “Estado”. Enquanto o Estado pode ser, primeiramente, identificado como um conceito jurídico, a nação é entendida sob uma visão sociológica.
É possível, pois, definirmos a nação como um conjunto homogêneo de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes de sangue, idioma, religião, cultura e ideias. A nação também pode ser vista como o último estágio da evolução dos agrupamentos humanos.
Observação
A raça, a língua e o território formam os elementos naturais de uma nação. Os históricos são identificados por tradições, costumes, religião e leis.
No que tange aos aspectos naturais, podemos citar os exemplos de:
• etnia única: raça amarela, no Japão;
• reuniões de vários elementos naturais, como se verifica no Brasil e nos Estados Unidos.
Há, também, muitos que entendem que raça e nação são praticamente sinônimos, mas o primeiro, na verdade, pode ser múltiplo em relação ao segundo. Uma nação, portanto, pode ser formada por várias raças. Uma única raça pode, também, constituir várias nações.
Sintetizando, nação pode ser definida como a sociedade natural de homens, em que a convivência, a língua comum e o culto das diferentes tradições e costumes conduzem a uma determinada consciência nacional.
Governo
O governo pode ser definido como o conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública de um Estado.
O Estado exerce o seu poder por meio do governo. Mas é preciso considerar que:
• o Estado é permanente;
• o governo é transitório.
Paludo (2012, p. 19) classificou as seguintes dimensões do conceito de governo:
• formal: conjunto de poderes e órgão;
• material: funções legislativa, administrativa e judiciária;
• operacional: condução política dos objetivos políticos;
• promoção do bem comum.
No que chama de Estado perfeito, Maluf (2013, p. 42) apresenta a seguinte composição:
• população (homogênea);
• território (certo, irrestrito, inalienável);
• governo (soberano).
Soberania
O entendimento deste conceito, construído historicamente e firmado na transição da sociedade medieval para a moderna, é crucial para a correta interpretação do que constitui o Estado, pois “[...] não há Estado perfeito sem soberania” (MALUF, 2013, p. 43). A soberania é sempre exercida por uma autoridade superior, que não pode ser limitada por qualquer outro poder e não pode sofrer quaisquer tipos de restrições.
Vista sob uma perspectiva histórica, o conceito de soberania apresentou muitas variações ao longo do tempo:
• A autarquia, caracterizada por Aristóteles, era entendida como um poder moral e econômico, representando a autossuficiência do Estado. Em Roma, o poder político era denominado poder de imperium e se traduzia na majestade do governante.
• As monarquias medievais possuíam o conceito de suserania, que apresentava fundamentos carismáticos.
• A monarquia absoluta identificava claramente a soberania como o poder de Estado.
• Com o Estado Moderno, desde a Revolução Francesa, firmou‑se o conceito de poder político e jurídico, emanado da vontade geral da nação.
Podemos enxergar, na atualidade, a soberania com as seguintes características:
• una: não são admitidas duas soberanias coexistindo num mesmo Estado;
• indivisível: ela é relacionada com todos os fatos ocorridos em um determinado Estado
• inalienável: ela não pode ser repassada/transferida a outros que não sejam seus legítimos titulares;
• imprescritível: ela não tem tempo predefinido para o seu exercício.
Quando se trata de uma Federação, a soberania é exercida pelo nível federal, sem delegação para os componentes a ela subordinados, como é o caso da associação dos estados brasileiros.
Portanto, os estados dependentes da União, no esquema federalista, não podem ser considerados como soberanos, tal como ocorre no Brasil e nos Estados Unidos.
ObservaçãoA soberania deve, porém, estar sujeita a limitações nos âmbitos político, jurídico e social:
• pelo lado político: com a tripartição das funções estatais;
• sob o aspecto jurídico: com a consagração e respeito pelo Estado aos direitos e garantias dos indivíduos;
• sob a ótica social: por meio do reconhecimento de certas prerrogativas de abrangência até superior à dos direitos e garantias individuais.
Cumpre, ainda, ressaltar a questão da interação da soberania em relação ao meio‑ambiente.
Na Eco‑92 (Segunda Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente, realizada no Rio de Janeiro, em 1992) foi definida uma agenda mínima para a implantações de ações voltadas ao controle de governos e empresas no intuito de se evitar a degradação do meio ambiente.
Podemos caracterizar as seguintes dimensões de meio ambiente, nas quais se configuram a soberania do Estado:
• natural: elementos da natureza, como água, ar, solo, subsolo, fauna e flora;
• cultural: patrimônios arqueológicos, artísticos, turísticos etc.;
• artificial: melhoramentos introduzidos pelo homem, como as edificações e os equipamentos urbanos e comunitários.
Na Grécia Antiga, o conceito era o de autarquia, um poder moral e econômico. Entre os romanos, era um poder político representado pelo Império.
Na Idade Média, como indicamos anteriormente, surgiu o poder de suserania, trazido pelo feudalismo.
Com o absolutismo monárquico, destacava‑se o poder pessoal dos reis. No Estado moderno, a partir da Revolução Francesa, firmou‑se o conceito de poder político e jurídico, como partindo da vontade geral da nação.
O poder de soberania, nos reinados antigos, foi considerado como vindo diretamente de Deus e transmitido para a pessoa sagrada do rei. A firmação da democracia caracteriza o poder decorrente da vontade do povo, da nação ou do Estado, caracterizando, respectivamente as Teorias:
• da Soberania Popular;
• da Soberania Nacional;
• da Soberania Estatal.
Elementos do Estado
Físico ou geográfico
O território representa a base física da nação e delimita uma determinada ordem jurídica.
Trata‑se de conceito fundamental à conceituação do Estado, dado que possibilita que a sua soberania seja exercida de forma eficiente e estável.
A territorialidade é construída e pode ser alterada de tempos em tempos, em função de fatores como o desenvolvimento populacional e das tecnologias de informação e comunicação, as guerras e as mudanças trazidas pela globalização e pela regionalização.
que aponta que o direito do Estado ao território é o reflexo da dominação sobre as pessoas. O autor prossegue classificando diferentes tipos de territórios, como:
• território-patrimônio: com poder equivalente ao de qualquer proprietário sobre o seu imóvel;
• território-objeto: em que a relação do Estado com o seu território é sempre e tão somente de domínio;
• território-espaço: quando o território é a extensão espacial da soberania do Estado.
território de um Estado é definido/limitado pelas suas fronteiras, que podem ser naturais (decorrentes de acidentes geográficos) ou artificiais (negociadas com outros Estados).
Acrescentam‑se ao território de um Estado as dimensões do seu subsolo e os espaços marítimo e aéreo, tendo, normalmente, como objetivo de sua fixação, a atenção a aspectos econômicos e de segurança.
A incorporação de uma faixa de mar ao território dos Estados marítimos é prática muito antiga, que todos reconhecem como necessária e justa (DALLARI, 2013, p. 97).
Humano ou povo
A população é o primeiro elemento que constitui o Estado e é caracterizado por um conjunto de pessoas com interesses comuns, incluindo quem reside no território ou fora do Estado.
O conceito de povo, desvinculado da discriminação de classes, passou a ser identificado com o Estado Moderno.
Cada indivíduo tem deveres para com o Estado, mas, também, como componente deste, possui direitos.
A cidadania pode ser obtida por nascimento ou atendimento a certos padrões impostos pelo Estado.
Teorias que procuram explicar a origem do Estado
2.1.1 Teoria Patriarcal
Nela, o Estado é visto como a evolução de um núcleo familiar cuja maior autoridade é do varão mais velho (patriarca).
Os defensores dessa teoria argumentam que essas famílias já apresentavam os mesmos elementos básicos identificados posteriormente no Estado, basicamente na monarquia absolutista, como:
• unidade do poder;
• direito de primogenitura;
• inalienabilidade do domínio territorial.
Teoria Matriarcal
Admite que a primeira organização familiar foi baseada na autoridade da mãe.
Como não havia a certeza da paternidade, cabia à mãe exercer a autoridade familiar e essas famílias teriam evoluído para a constituição da sociedade civil.
Teoria da Origem Patrimonial
Originou‑se das ideias de Platão (em A República ), que indica que o Estado surgiu da união de profissões econômicas.
Teoria da Força
Essa teoria pressupõe que o Estado foi originado a partir da capacidade de dominação dos mais fortes sobre os mais fracos.
As lutas primitivas resultavam em organizações que objetivavam manter a predominância dos vencedores e a submissão dos vencidos.
Teorias que procuram justificar a existência do Estado
De pronto, pode ser considerada a justificativa da existência do Estado em função da procura do homem para a cobertura de suas necessidades, não possíveis de serem atendidas por ele próprio, individualmente.
Há que se considerar, também, que o poder do governo, sob a ótica social, política ou jurídica, requereu, sempre, o apelo às crenças ou doutrinas.
As doutrinas que propõem a justificativa da organização social ou política datam da origem dos primeiros agrupamentos humanos.
Assim, essas teorias refletem o pensamento político dominante nas diversas fases da evolução da humanidade, derivando o Estado:
• do sobrenatural (Estado divino);
• da lei ou razão (Estado humano);
• da história (Estado social).
Teoria Naturalista
Essa teoria foi predominante na Idade Média e, fundamentalmente, considera que o Estado possui origem divina, sob o comando de Deus, que dirige a vida das pessoas e determina os variados acontecimentos históricos.
Teoria Contratualista
Incluídas entre as teorias ditas racionalistas (ou pactistas) estão classificadas todas as que justificam o Estado como resultado da razão dos homens.
Essas teorias partem de estudos das comunidades primitivas, no chamado estado de natureza, e chegam à afirmação de que a sociedade civil (o Estado) originou‑se de um acordo útil e feito de maneira consciente entre os indivíduos.
A sociedade civil, neste caso, é explicada basicamente por um acordo de vontades firmado entre os seus membros.
O Estado seria, pois, uma criação artificial, nascido da razão humana, que, por consenso, instaura uma ordem social e política.
• Estado real: constituído historicamente, a partir de relações de força entre os povos;
• Estado racional: decorrente do emprego de meios racionais.
Observação
As teorias contratualistas ganharam significativo impulso com o surgimento da Reforma Religiosa, que pregava ideias contrárias à supremacia da Igreja Católica.
A Teoria Contratualista, porém, é considerada por muitos estudiosos como a base da Revolução Francesa, que proclamou que os homens nascem e permanecessem livres e iguais em direitos. A revolução foi o ponto de partida para a ideia do Estado Liberal, que veio a predominar até pelo menos a eclosão das guerras mundiais.
Mas os problemas do Estado Liberal, que não encontrou soluções para as questões sociais que aumentaram significativamente a partir da segunda metade do século XIX, contribuíram para o surgimento de correntes de pensamento socialista.
2.2.3 Teoria Histórica
Essa teoria, diferentemente da Contratualista, admite que o Estado é o resultado do natural desenvolvimento de determinada comunidade em certo território.
As instituições sociais, políticas e jurídicas somente serão tidas como legítimas se forem criadas e mantidas de forma coerente com as tradições históricas da sociedade.
Teoria da Supremacia deClasses
Essa escola alemã externava os princípios de força e do interesse patrimonial. Sua justificativa para a existência do Estado é baseada na supremacia de classes sociais.
Essa teoria deu a fundamentação doutrinária para o Estado bolchevista, implantado a partir de 1917 na Rússia e, posteriormente, transplantado para a URSS e países do Leste Europeu, Ásia e América Central
Resumo
Vimos nesta unidade os conceitos fundamentais relacionados com a Teoria do Estado. Pudemos notar diferenças entre definições que, muitas vezes, são usadas indistintamente nos estudos sobre o assunto.
Um aspecto característico do Estado é refletido pela sua soberania. Devemos considerar que a soberania é prerrogativa de uma autoridade superior e não pode ser reduzida ou restrita por qualquer outro poder.
Exercícios
Questão 1. Em alguns países do mundo ainda existem reis e rainhas no poder político. Mas podemos observar que a forma de exercício desse poder político não se funda em uma autoridade plena. Ao contrário, esses países também possuem os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, com os quais os reis ou as rainhas dividem pacificamente a função de governar. Esses países têm um tipo de monarquia:
A) Plena, porque o rei exerce o poder em razão de sua descendência.
B) Total, porque o rei está no poder e não pode ser questionado.
C) Constitucional, porque o poder do rei não é maior que o poder da lei.
D) Absoluta, porque o monarca manda sem dividir o poder.
E) Federal, porque só pode existir em países que adotem o modelo federalista.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: não existe uma categoria de monarquia que seja definida como plena. Normalmente, os estudiosos dividem as monarquias em absolutistas ou constitucionais. Todos os reis exercem o poder em razão de sua ascendência, mas isso não significa que possam fazê‑lo sem respeitar as leis em vigor, no caso das monarquias constitucionais. Nas monarquias absolutas não há limitação para o poder do rei.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: as monarquias em que o rei é o senhor absoluto das decisões e não pode ser questionado são classificadas como monarquias absolutistas, e não como totais.
C) Alternativa correta.
Justificativa: nas monarquias constitucionais o rei exerce parte das funções de governo e divide essas funções com o Legislativo (Parlamento), com o Executivo (Primeiro‑Ministro) e com o Judiciário (Corte Constitucional).
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: as monarquias em que o rei manda sem dividir o poder são denominadas de absolutistas, mas não é o caso a que se refere a pergunta. Na pergunta a monarquia é constitucional porque o rei divide o comando com outros Poderes.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: as monarquias podem existir em Estados federativos ou não federativos.
Questão 2. Hobbes afirma, na obra O Leviatã , que a origem das grandes e duradouras sociedades não se baseia na benevolência mútua, mas no medo mútuo. O medo da violência é que obriga os homens a se organizarem em um Estado: é o princípio da autopreservação. Mas para viver em sociedade, ou organizados em um Estado, cada homem deverá abrir mão de parte de sua liberdade, renunciar a seus direitos ilimitados e estabelecer um pacto recíproco. Assim se constrói o Estado, ente político que tem poderes para obrigar a todos a cumprirem as leis e a punir aqueles que se recusarem. Mas Hobbes era absolutista e para ele o Estado deveria exigir que seus cidadãos renunciassem à segurança jurídica, à liberdade e à participação política.
Leias as afirmativas a seguir:
I – O Estado para Hobbes não precisa ser democrático, mas deve garantir a segurança dos cidadãos.
II – O Estado para Hobbes garante a segurança dos cidadãos que, por sua vez, precisam abrir mão de parte de sua liberdade para obter segurança.
III – O Estado para Hobbes é um ente político com poderes para punir os que se recusarem a cumprir a lei, embora garanta a liberdade ampla de todos os cidadãos.
IV – Viver no Estado concebido por Hobbes é abrir mão da autopreservação e lutar para obter os melhores resultados.
V – A benevolência e consequentemente a fraternidade são os traços que garantem a autopreservação no modelo de Estado idealizado por Hobbes
Está correto o que se afirma em:
A) I e V.
B) III e IV.
C) II e III.
D) III e V.
E) I e II.

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