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REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL (lorrana) (1)

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REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
 Antes de falarmos em Maioridade penal precisamos entender o que é esse conceito, é a idade mínima que uma pessoa pode ser julgada criminalmente por seus atos como um adulto. No Brasil, e em vários países do mundo, a maioridade penal começa a partir dos 18 anos de idade. 
 Conhecida também por maioridade criminal, é uma forma de tratamento de determinado ato que deverá ser julgado. Para os indivíduos que possuem uma idade superior definido pela maioridade penal, todo o processo de julgamento é regido pelas leis do Código Penal do país.
 Todavia, caso cometam crime, os menores de idade, devem ser julgados e punidos de acordo com a legislação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
 A maioridade penal não precisa estar diretamente ligada com a maioridade civil, sendo que em alguns países a idade mínima para se punir criminalmente um indivíduo é inferior que a idade legal para votar, dirigir, trabalhar, como por exemplo, o Irã estabelece que adolescentes do sexo masculino possam ser julgados a partir dos 15 anos, já adolescentes do sexo feminino aos 09 anos.
 O Brasil tem a liberdade de estabelecer a idade mínima para a penalidade penal, porém a UNICEF aconselha aos 18 anos, pois supostamente, essa idade o indivíduo encontra-se em processo de evolução.
 Não se pode confundir maioridade penal com responsabilidade penal. A partir dos doze anos de idade, jovens, já podem responder por atos de criminalidade, no entanto, seguindo uma linha socioeducativa, algumas das medidas educativas são: advertência, obrigação de reparar o dano, pretação de serviço a comunidade,internaçãe outros.
 Ainda assim, nos últimos anos, o Projeto de Emenda Constitucional (PEC, 171), de 1993, a proposta emanada é diminuir a idade mínima da menoridade penal de 18 anos para 16 anos.
 Nesta mesma linha de raciocíonio expõe uma grande discussão que divide a população: os que defendem a ideia de punir os jovens criminosos pelos seus atos como adultos, e os que são contra, acham mais viáveis investir na melhoria socioeducativo.
 Alguns dos principais tópicos apresentados contra a maioridade penal são: porque é mais eficiente educar do que punir; porque o sistema prisional não contribui para a reinserção dos jovens na sociedade; porque adolescentes estão em um patamar de desenvolvimento psicológico diferentemente dos adultos; a redução da maioridade penal afetaria principalmente jovens em condições sociais vulneráveis.  
 O artigo 27 da Lei nº 7.209, de 11 de julho de 1984, explica que "os menores de dezoito anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial".
 Por outro lado temos os que defendem a maioridade penal como forma de instrução socioeducativo. Alguns dos tópicos defendidos: porque adolescentes de dezesseis e dezessete anos já têm discernimento o suficiente para responder por seus atos; pois com a consciência de que não podem ser presos, adolescentes sentem maior liberdade para cometer crimes; muitos países desenvolvidos adotam maioridade penal abaixo de 18 anos, como por exemplo o Irã; menores infratores chegam aos 18 anos sem ser considerados reincidentes; a redução da maioridade penal diminuiria o aliciamento de menores para o tráfico de drogas. 
 Defendendo a ideia da maioridade penal no sistema brasileiro o doutrinador Guilherme Souza Nucci se pronuncia a respeito. 
“[...] responsabilidade é decorrência da responsabilidade, ou seja, trata-se da relação entre o autor e o Estado, que merece ser punido por ter cometido um delito [...].”
 O promotor de justiça do departamento da infância e juventude de São Paulo Fábio José Bueno, se pronuncia a respeito do tema, vejamos: 
"Eu sou favorável à redução da maioridade penal em relação a todos os crimes. Em 1940, o Brasil estipulou a maioridade em 18 anos. Antes disso, já foi 9 anos, já foi 14. Naquela época, os menores eram adolescentes abandonados que praticavam pequenos delitos. Não convinha punir esses menores como um adulto. Passaram-se 70 anos e hoje os menores não são mais os abandonados. O menor infrator, na sua maioria, é o adolescente que vem de família pobre, porém, não miserável. Tem casa, comida, educação, mas vai em busca de bens que deem reconhecimento a ele. As medidas do Estatuto da Criança e do Adolescente não intimidam. Eles praticam os atos infracionais, porque não são punidos na medida. A pena tem a função de intimidação, que a medida socioeducativa não tem. É importante saber que o crime não compensa, que haverá uma pena, uma punição."
A câmara dos deputados aprovou em segundo turno a PEC 171/93, que reduz a maioridade penal de dezoite para dezesseis anos nos casos de crimes hediondo, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.
 No entanto a proposta, sofreu alterações, a emenda que foi apresentada originalmente ao Plenário e é de autoria dos deputados Rogério Rosso e André Moura, e incluía outros crimes como o tráfico de drogas, terrorismo, tortura, roubo qualificado, entre outros, mas foi rejeitada. De acordo com as disposições aprovada, os jovens de 16 e 17 anos que praticarem os crimes mencionados deverão cumprir suas penas em local separado dos outros adolescentes que cumprem penas da ordem socioeducativas e dos maiores de 18 anos.

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