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Contestação com Reconvenção 2

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da ___ Vara da Família e Sucessões da Comarca de 
Ipixuna/AM. 
 
 
 
Processo nº ... 
 
 
 
 
Carmem R. Silva, já qualificada na inicial, vem tempestivamente, por seu advogado 
constituído por meio de instrumento de mandato (doc.1), endereço profissional ..., nos autos da 
AÇAO DE PETIÇÃO DE HERANÇA pelo PROCEDIMENTO COMUM movida por NAIR DA SILVA, 
também já qualificada vem a presença de Vossa Excelência, oferecer: 
CONTESTAÇÃO 
Com o fundamento no artigo 335 do Código de Processo Civil e propor RECONVENÇÂO, com 
fundamento no artigo 342 do mesmo Código , pelos motivos de fato e de Direito a seguir 
exposto. 
 
I – SINTESE DA INICIAL 
 
A Ré viveu durante anos em União estável em Juízo com Anésio, determinado dia ele 
sofreu um atropelamento e veio a falecer quando estava indo trabalhar. No velório de Anésio 
compareceram a Autora (prima do Falecido) e a Ré. 
Em razão do falecimento, a Ré ingressou com o processo de inventário que tramitou na 
vara da família do foro de Ipixuna-AM, processo nº 8796/20XX, com a partilha devidamente 
homologada pelo juízo e com o trânsito em julgado da decisão. 
A Autora inconformada por saber do resultado da partilha e não ter sido incluída no 
processo de inventário, foi até à casa da Ré que foi partilhada no inventário e tomada de ódio 
quebrou o portão, cujo prejuízo custou R$ 3.000,00 para aquisição de novo portão. 
Não satisfeita com o dano causado, a Autora ingressou com ação em face da Ré, com 
alegação de que, na qualidade de prima do falecido Anésio, teria direito à sucessão deste, 
requerendo a anulação da partilha realizada no processo de inventário. Argumentou que seu 
primo teria convivido em união estável com a Ré, mas que durante o relacionamento não teria 
havido a aquisição da casa de Ipixuna-AM, bem como a Ré não ser cônjuge havendo distinção 
no regime de bens. 
 
II – DAS PRELIMINARES 
 
Dispõe o art. 104, do Código de Processo Civil, ao regulamentar o mandato judicial, que 
o instrumento do mandato (procuração) é condição para que o procurador seja admitido em 
juízo, possibilitando sua atuação nos autos de processo judicial sem procuração desde que por 
motivo de urgência ou para evitar prescrição ou decadência, neste caso, ficando obrigado a 
exibir a procuração no prazo de quinze dias, independentemente de qualquer ato da autoridade 
judicial, eis que o mesmo somente é imprescindível para o caso de prorrogação do referido 
prazo. 
Ocorre que, no presente processo, o advogado da autora vem atuando em seu nome, 
desde o início do processo, sem jamais ter apresentado o instrumento do mandato e, apesar de 
não ser o caso, mesmo que tivesse havido qualquer das hipóteses previstas pelo CPC para 
ingresso no feito sem procuração, o prazo legal de quinze dias esgotou-se há muito, sem ter 
havido qualquer manifestação do ilustre advogado que assina as petições pela autora, no 
sentido de postular a apresentação do indispensável documento. 
Conforme o Código Civil no artigo 653 : 
 “Opera-se o mandato quando alguém recebe de 
 outrem poderes para, em seu nome, pratica 
 atos ou administrar interesses. A procuração é 
 o instrumento do mandato”. 
Portanto é condição que o advogado tenha procuração nos autos do processo. 
 
III – DO MERITO 
 
A Autora alega que Ré não era cônjuge ao tempo da morte de Anísio, sendo assim, faz 
menção que há distinção no regime de bens. A Constituição Federal equipara o casamento a 
União Estável para os efeitos da proteção do Estado, verificada no artigo 226 § 3º que diz: 
“Para efeito da proteção do Estado é 
reconhecida a União Estável entre o homem e a 
mulher com entidade familiar; devendo a lei 
facilitar sua conversão em casamento” 
 
 A Lei 9.278 no artigo 7º , Parágrafo Único verifica que se dissolvida a união estável por 
morte de um dos conviventes, o sobrevivente terá direito real de habitação, enquanto viver ou 
não constituir nova união ou casamento, relativamente ao imóvel destinando à residência da 
família. 
Neste mesmo sentido a Lei 8.971/94 no artigo,§ 2º , II determinada que o companheiro 
sobrevivente terá direito, enquanto não constituir nova união, ao usufruto da metade dos bens 
do de cujus, se não houver filhos, embora sobrevivam ascendentes. 
 Por fim, mesmo que a decisão no processo de partilha fosse contraria aos interesses da 
Ré, ela poderia utilizar o Direito Real de Usufruto e do Habitação, resguardados nas leis citadas 
acima, sendo inviável a partilha da casa 
 Já os outro bens foram adquiridos na constância da União Estável não há que se falar 
em partilha, conforme o artigo 1790 do Código Civil diz que: 
“A companheira ou companheiro 
participará da sucessão do outro, quanto aos 
bens adquiridos onerosamente na vigência da 
união estável..” 
 
IV – RECONVENÇÂO 
 
A Autora- Reconvinda promoveu ação em face da Ré- Reconvinte com a finalidade da 
anulação da Partilha. 
Conforme já foi discutido nesta contestação nos tópicos anteriores, não há razão para 
Anulação pretendida pela Autor. No entanto, tomada por ódio, ela causou a inutilização do 
portão da residência da Ré que custou o valor de 3000,00 (três mil reais). Dessa forma o dano 
deve ser reparado. 
O Código Civil ratifica nos artigo 186 que aquele que , por ação ou omissão voluntária, 
negligencia ou imprudência, violar ou causar dano e outrem comete ilícito. Na mesma esteira o 
artigo 927 do mesmo Código diz que : 
“Aquele que, por ato ilícito, causar dano a 
outrem, fica obrigado a repara-lo.” 
 
V- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS. 
 
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência: 
 
a) Que seja acolhida a preliminar ora arguida a fim da extinção do processo sem 
julgamento do mérito, na forma do art. 485, IV, CPC, por ausência de pressupostos de 
constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, em virtude do 
descumprimento, pela autora, do que dispõe o art. 104 , do CPC. 
 
b) No mérito, requer sejam julgados improcedentes os pedidos formulados pelo autor. 
 
c) a consequente condenação ao pagamento das custas e honorários advocatícios, a serem 
fixados por Vossa Excelência (Arts. 82, §2º e 85 do CPC); 
 
d) Que as intimações sejam endereçadas ao escritório do advogado na rua...(endereço 
completo), nos termos do art. 77, V do CPC; 
Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos 
Dá à reconvenção o valor de R$ 3000,00 (Três Mil Reais). 
 
Termos em que , 
Pede deferimento 
 
Local e Data 
 
Advogado 
OAB nº... 
Endereço Completo para Recebimento de intimações

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