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Desafio Profissional - Ciencias Contábeis - 6º Semestre - 2018

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ANHANGUERA EDUCACIONAL
POLO DE 
Ferramentas de gestão, icms e sindicato dos trabalhadores.
Desafio Profissional - apresentado à Anhanguera Educacional, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de 
Contabilidade e Orçamento Público, Contabilidade Tributária, Gerenciamento Estratégico de Custos, Laboratório de Gestão Contábil e Legislação Social, Trabalhista e Previdenciária
.
Tutor (a) à distância: 
Cristalina Go - 2018
2018
 Sumário
Introdução..........................................................................................................5	
1 – Levantamento feito na empresa Virtualmob..........................................................................................................6 
1.1-Análise de novas propostas............................................................................................................8
2 – Demonstração do Fluxo de Caixa Projetado............................................................................................................9
3 – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS..................................................................................................................11
3.1 - Legislação do ICMS no estado de Goiás..................................................14
3.1.1 – Regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás – RCTE.........15
3.1.2 – Alíquotas de ICMS praticadas no estado de Goiás...............................16
3.1.3 – Alíquotas de ICMS para empresas do segmento de eletroeletrônicos..............................................................................................18
3.1.4 – Os benefícios fiscais concedidos aos contribuintes de ICMS no estado de Goiás.............................................................................................................20
3.2 – O ICMS analisado como receita...............................................................21
Tabela 3.2.1 – Demonstrativo da arrecadação no estado de Goiás em 2017...................................................................................................................21
Gráfico 3.2.2 – Demonstração percentual da arrecadação no estado de Goiás em 2017.............................................................................................................22
4 – Repasse de valores dos estados para os municípios oriundo da arrecadação de ICMS......................................................................................22
4.1 – Valor Adicionado Fiscal (VAF)..................................................................22
4.2 – Índice de Participação dos Municípios (IPM)............................................24
4.2.1 – Cálculo do Índice VAF para Cristalina-GO em 2017.............................25
4.2.2 – Cálculo do Índice do ICMS igualitário para Cristalina-GO.....................26
4.2.3 – Cálculo do ICMS ecológico para xxxxx em 2017....................26
4.2.4 – IPM-final de xxxxx em 2017............................................................30
4.3 – Apresentação dos repasses de ICMS nos orçamentos municipais.........................................................................................................30
Figura 4.3.1 – Balanço Orçamentário de 2017 de xxxxxxx......................30
4.4 – A Contabilidade Aplicada ao Setor Público..............................................34
4.4.1 – As Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP)............................................................................................................35
4.4.2 – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP)...........................35
Tabela 4.4.2.1 – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP)............36
4.4.3 – Registro das receitas na contabilidade município..................................39
5 – Sindicato dos Trabalhadores.......................................................................40
5.1 – Convenção Coletiva..................................................................................41
5.2 – Cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho........................................41
Conclusão..........................................................................................................44
Referências Bibliográficas.................................................................................46
Introdução
A competitividade de um mercado globalizado traz a necessidade das empresas de olharem para dentro si e reavaliarem seus modelos de gestão. A utilização de ferramentas como indicadores econômico-financeiros, controles de fluxos de caixa entre outras, é de extrema importância para empresas se manterem em atividade.
Há dois fatores primordiais que os gestores não podem desconhecer que é os fatores tributário e trabalhista que estão inerentes a existência de uma empresa. Nos dias atuais em que o fisco utiliza a tecnologia como ferramenta para acompanhar em tempo real as operações efetuadas pelas empresas, se faz necessário que os gestores dominem o conhecimento, para não expor as organizações a autuações por descumprimento da lei e para estarem atentos aos benefícios fiscais concedidos, a fim de reduzir ao mínimo possível os custos tributários que são pesadíssimos.
Diante do exposto este conteúdo apresenta de forma prática, partindo de dados de uma empresa modelo, a Virtualmob, a utilização da margem de contribuição que é um indicador econômico-financeiro que funciona como uma excelente ferramenta de gestão, bem como os controles dos fluxos de caixa, torna a empresa mais prevenida contra s imprevistos do ambiente externo.
Aborda de maneira objetiva o ICMS, que é o tributo de maior peso nos custos das empresas. Expondo os principais dispositivos legais em âmbito federal e demonstrando como este imposto é legislado no estado de Goiás. Apresenta também como ocorre o repasse dos estados aos municípios de parte do que é arrecadado com o ICMS.
E por fim este material apresenta a importância dos sindicatos e como estes influenciam na relação de empregador e empregado. 
1 – Levantamento feito na empresa Virtualmob	
Depois de algum tempo estudando os modelos fabricados pela VirtualMOB, pedimos um rápido levantamento dos custos de fabricação dos aparelhos para acesso à internet sem fio, os roteadores wireless modelo MR101 e MR102;
	ITEM
	CUSTO UNITÁRIO
	
	MR101
	MR102
	Matérias Diretos
	 R$ 120,00 
	 R$ 160,00 
	Mão de Obra Direta $20 por hora
	 R$ 50,00 
	 R$ 80,00 
	Outros Custos Variáveis $ 5 por Hora Máquina
	 R$ 20,00 
	 R$ 40,00 
	Custo Fixo
	 R$ 20,00 
	 R$ 20,00 
	Custo Total Unitário
	 R$ 210,00 
	 R$ 300,00 
	Preço da Unidade
	 R$ 260,00 
	 R$ 400,00 
	
Por fabricar dois modelos de roteadores, o MR101 e MR102, a Virtualmob, encontra-se com dois valores de margem de contribuição unitários (MCu). Para definir esses valores, usaremos a fórmula MCu = PVu – (Cv + Dv). Especificando a fórmula, o Pvu é o preço unitário da venda; Cv é o custo variável para a fabricação; Dv é a despesa variável para a fabricação dos dois modelos wireless. Vale lembrar que a VirtualMOB, de acordo com o levantamento feito pela empresa, não possui Despesas Variáveis (Dv). Nossa equipe de consultoria montou uma planilha, para melhor entendimento do cálculo e também para revelar a Margem de Lucro Unitário (MCu). Fizemos um modelo de roteador por vez, o primeiro, foi o modelo MR101. 
	ITEM
	CUSTO UNITÁRIO – MR101
	
	MR101
	Matérias Diretos
	R$ 120,00
	Mão de Obra Direta $20 por hora
	R$ 50,00
	Outros Custos Variáveis $ 5 por Hora Máquina
	R$ 20,00
	Custo Fixo
	R$ 20,00
	Custo Total Unitário
	R$ 210,00
	Preço da Unidade
	R$ 260,00Margem Unitária (MCu)
	R$ 70,00
Usando a formula para o cálculo do MCu, substituímos os valores de acordo com a planilha feita pela consultoria:
MCu = PVu – (Cv + Dv)
MCu = 260 – (190)
MCu = 70
Na planilha, foi marcado, os valores que tem seus custos variáveis para facilitar o cálculo. A regra vale também para o modelo wireless MR102 que vem em demonstração a seguir.
	ITEM
	CUSTO UNITARIO - MR102
	
	MR102
	Matérias Diretos
	R$ 160,00
	Mão de Obra Direta $20 por hora
	R$ 80,00
	Outros Custos Variáveis $ 5 por Hora Máquina
	R$ 40,00
	Custo Fixo
	R$ 20,00
	Custo Total Unitário
	R$ 300,00
	Preço da Unidade
	R$ 400,00
	Margem Unitária (MCu)
	R$ 120,00
Para o MR102, usaremos a mesma formula:
MCu = PVu – (Cv + Dv)
MCu = 400 – (280)
MCu = 120
Então, depois de feita a análise dos dois produtos, podemos notar alguns pontos importantes. O modelo MR101 tem os custos de fabricação bem menores quanto ao MR102, então, em termos de custos, o MR101 seria o mix favorecido, porém, o MR102, embora tendo um custo maior de fabricação, também conta com um valor maior no seu preço unitário, por essa razão vem a render uma margem unitária maior que a do modelo MR101 e por consequência, um lucro variável ainda maior, então, devemos focar na fabricação no modelo MR102.
– Analise de novas propostas 
Recentemente A VIRTUALMOB recebeu uma oferta diferente de suas demandas, um novo cliente interessado em comprar 2.000 unidades do MR101 a R$: 300,00 por unidade. Fizemos um levantamento para ajudar a empresa decidir se é viável fabricar o modelo MR101 nessas condições;
	ITEM
	CUSTO UNITÁRIO – MR101
	
	MR101
	Matérias Diretos
	R$ 120,00
	Mão de Obra Direta $20 por hora
	R$ 50,00
	Outros Custos Variáveis $ 5 por Hora Máquina
	R$ 20,00
	Custo Fixo
	R$ 20,00
	Custo Total Unitário
	R$ 210,00
	Preço da Unidade
	R$ 300,00
	Margem Unitária (MCu)
	R$ 110,00
Usamos a mesma forma para encontrar o MCu do modelo MR101 fabricado com essas novas condições:
MCu = PVu – (Cv + Dv)
MCu = 300 – (190)
MCu = 110
De acordo com os cálculos finais, a nova proposta enviada para a empresa de fabricar o modelo MR101 a um valor de venda unitária maior do que a de costume seria viável, se comparada ao valor antigo de venda do mesmo modelo, porém, comparando com a margem de lucro unitária do modelo MR102, não seria viável deixar de fabricar parte do modelo MR102 para fabricar o modelo MR101 nas novas condições, isso porque, o MR102 embora tendo sobre posse os valores de fabricação mais caros do que do modelo MR101, ainda assim consegue gerar melhores lucros para a VIRTUALMOB.
2 – Demonstração do Fluxo de Caixa Projetado
 Após a nossa consultoria ter feitos algumas analises para a VIRTUALMOB, e ela ter prezado por nossos resultados apresentados, também surgiu a ela que disponibilizássemos um controle de fluxo de caixa, para demonstrar com mais precisão, como trabalharem com os lançamentos (entradas e saídas) futuros de um determinado período.
O fluxo de caixa proposto é o fluxo de caixa projetado, que tem como objetivo permitir ao gestor da empresa identificar possíveis situações de risco ou falhas que possam, eventualmente, comprometer a saúde financeira da empresa. 
	PLANILHA DE FLUXO DE CAIXA
	 
	Previsão
	Realizado
	Previsão
	Realizado
	Previsão
	Realizado
	 
	1
	1
	2
	2
	3
	3
	ENTRADAS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Previsão de recebimento vendas
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Contas a receber-vendas realizadas
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Outros recebimentos
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	TOTAL DAS ENTRADAS
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	SAÍDAS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Fornecedores
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Folha de pagamento
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	INSS a recolher
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	FGTS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Retiradas sócios
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Impostos s/ vendas
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Aluguéis
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Energia elétrica
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Telefone
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Serviços contabilidade
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Combustíveis
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Manut. de veículos
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Manutenção fábrica
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Despesas diversas
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Férias
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	13º salário
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Verbas para rescisão
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Empréstimos bancários
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Financiamentos equip.
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Despesas financeiras
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Pagamento novos empréstimos
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Outros pagamentos
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	TOTAL DAS SAÍDAS
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	(ENTRADAS - SAÍDAS)
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	SALDO ANTERIOR
	 
	 
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	SALDO ACUMULADO 
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	NECESSIDADE EMPRÉSTIMOS
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 SALDO FINAL 
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
	0,00
 
E também da liberdade ao gestor sobre a real situação da empresa, quanto a lucros despesas e receitas em determinado período, preparando-o também para possíveis eventualidades.
Para que seja dado o ponta pé inicial do fluxo de caixa é preciso que algumas informações sejam certas e coerentes, tais como, o saldo inicial em caixa, Despesas fixas e variáveis, Intervalos de tempo entre os recebimentos, Planejamento de contas, Entradas de dinheiro, divididas entre Previsão e Realizadas.
Segue agora modelo de fluxo de caixa projetado, o qual baseando se nele, a gestão da VIRTUALMOB terá maior instrução sobre o progresso da mesma.
3 - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A cobrança do ICMS pelos estados e pelo Distrito Federal está fundamentada na Constituição Federal de 1988 (CF/88) e na Lei complementar nº 87 de 13 de setembro de 1996 (LC 87/1996) que também é conhecida como Lei Kandir. A CF/88 regulamenta a cobrança do ICMS em seu artigo 155, no inciso II:
‘’Art. 155. Compete aos estados e ao Distrito Federal instituir imposto sobre:
I – Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos.
II – Operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
III – Propriedade de veículos automotores’’ CF/88.
Conforme disciplinado na constituição o ICMS é cobrado sobre vendas de mercadorias, serviços de transporte intermunicipal e interestadual e sobre serviços de comunicação.
Como é de competência dos estados e do Distrito Federal a cobrança do ICMS, os mesmos têm autonomia para legislar sobre este imposto que tem uma função predominantemente fiscal, ou seja, a de gerar renda para os cofres públicos.
Embora o ICMS seja um imposto Estadual e Distrital a Constituição Federal prevê em seu artigo 158, no inciso IV que os Estados devem repassar aos municípios 25% (vinte e cinco por cento) do que arrecadarem com ICMS, seguindo critérios específicos mencionados nos incisos I e II do parágrafo único do inciso IV do artigo 158 da CF/88.
‘’Art. 188. Pertencem os municípios:”
“IV – 25% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadoria e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos municípios mencionados no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
I – 75%, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
II – 25% de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos territórios, lei federal’’. Fonte: CF/88
O repasse dos Estados aos Municípios, referente ao percentual de 25% (vinte e cinco por cento) do valor arrecadado com o ICMS também está disciplinado no artigo 3º da lei complementarnº 63, de 11 de janeiro de 1990 (Lei Kandir).
De acordo com o artigo 155, parágrafo 2º, inciso I da Constituição Federal de 1988, o ICMS deve atender o princípio da não-cumulatividade, ou seja, os valores de ICMS devidos nas saídas de mercadorias, ou nas prestações de serviços serão compensados com os valores de ICMS destacados em documentos fiscais relativos às entradas de mercadorias ou aquisição de serviços.
Exemplificando a questão da não-cumulatividade:
Uma empresa adquire uma mercadoria para revenda no valor de R$: 100,00 em que na nota fiscal da compra constam os seguintes dados:
Valor do produto: 100,00
Base do Cálculo do ICMS: 100,00
Alíquota do ICMS: 17%
Valor do ICMS: 17,00
Valor total da nota: 100,00
Supondo que a empresa vende a mercadoria adquirida pelo valor de R$ 130,00 e que na nota fiscal de venda conste os seguintes dados:
Valor do produto: 130,00
Base do Cálculo do ICMS: 130,00
Alíquota do ICMS: 17%
Valor do ICMS: 22,10
Valor total da nota: 130,00
Para apurar o ICMS a pagar sobre as operações mencionadas acima, com base no princípio da não-cumulatividade, utiliza-se uma formula bem simples: 
ICMS sobre saídas – ICMS sobre entradas = valor do ICMS a pagar.
Sendo assim:
ICMS sobre saídas: 22,10
ICMS sobre entradas: 17,00
R$ 22,10 – R$ 17,00 = 5,10
Por fim, o ICMS a pagar sobre a operação é de R$: 5,10.
Outra disposição importante da CF/88 a respeito do ICMS é o fato de que as alíquotas interestaduais devem ser inferiores a alíquotas internas, a menos que haja deliberação em contrário por parte dos estados e do Distrito Federal, tal disposição encontra-se no inciso IV, do parágrafo 2º do artigo 155 da CF/88.
A Constituição Federal a Lei Complementar nº 87/1996 são os principais dispositivos legais em âmbito federal que dispõem sobre o ICMS. A LC 87/1996 ficou conhecida como lei Kandir em virtude dela ter sido elaborada pelo ex-deputado federal Antônio Kandir. O principal objetivo da elaboração da lei Kandir foi a desoneração do ICMS sobre as exportações, visando estimular o comércio exterior.
‘’Art. 3º - O imposto não incide sobre:
I...
II – Operações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semielaborados ou serviços’’ Fonte: lei complementar 17/1996.
3.1 - Legislação do ICMS no estado de Goiás
No estado de Goiás o ICMS esta disciplinado no Código Tributário Estadual (CTE) que foi instituído pela lei 11.651 de 26 de dezembro 1991. O ICMS encontra-se disposto no CTE entre artigos 11 ao 71-A.
O CTE foi posteriormente regulamentado pelo decreto nº 4.852 de 29 de dezembro de 1997, decreto este que foi conhecido como RCTE-GO (Regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás). O RCTE-GO dispõe sobre o ICMS do artigo 2º ao 371.
O fato gerador do ICMS de acordo com a legislação goiana não se difere do disposto na Constituição Federal e na Lei Kandir, porém, na redação contém particularidades próprias do que o estado de Goiás expõe sobre o ICMS. No estado de Goiás o fato gerador do ICMS esta está disposto no CTE entre os artigos 11 ao 14 e no RCTE entre os artigos 2º ao 7º.
Os estados e o Distrito Federal disciplinam o ICMS em suas legislações de maneira mais analítica, até mesmo porque compete à eles o recolhimento deste imposto. Os estados e o Distrito Federal não devem em suas legislações próprias sobre o ICMS ferir o que está disposto na Constituição Federal sob pena de intervenção do poder judiciário por inconstitucionalidade em suas leis.
3.1.1 Regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás (RCTE/GO)
O RCTE/GO foi instituído em 29 de dezembro de 1997 por meio do Decreto nº 4.852, e também nesta data foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE). O RCTE/GO tem a função de regulamentar o Código Tributário do Estado de Goiás (CTE) que por sua vez foi instituído em 26 de dezembro de 1991. Desde que foi instituído o RCTE/GO sofreu por meios de decretos estaduais, 384 alterações sendo que a última alteração se deu por meio do decreto nº 9311 de 13 de setembro de 2018, decreto este que causou alterações em seu Anexo VIII que dispõe sobre a substituição tributária do ICMS no estado de Goiás.
No intuito de facilitar as pesquisas na legislação tributária, o RCTE/GO foi divido em 13 anexos que apresentam a legislação tributária do estado de Goiás divida em temas.
Os anexos do RCTE/GO estão apresentados da seguinte forma:
ANEXO I – Mercadorias sujeitas a alíquota de 25% nas operações internas.
ANEXO II - Taxa judiciária.
ANEXO III – Taxa de serviços estaduais.
ANEXO IV – Código fiscal de operações e prestações (CFOP).
ANEXO V – Código de situação tributária (CSI).
ANEXO VI – Modelos de documentos e livros fiscais.
ANEXO VII – Da margem de lucro bruto.
ANEXO VIII – da substituição tributária do ICMS.
ANEXO IX – Dos benefícios fiscais.
ANEXO X – Do sistema eletrônico de processamentos de dados.
ANEXO XI – Do equipamento emissor de cupom fiscal.
ANEXO XII – Das obrigações especificas aplicáveis a determinadas operações.
ANEXO VIII – Dos procedimentos especiais aplicáveis a determinadas atividades econômicas.
3.1.2 – Alíquotas de ICMS praticadas no estado de Goiás
As alíquotas do ICMS estão instituídas por legislações próprias dos estados e resoluções do Senado Federal, sendo que, conforme previsto na Constituição Federal o Senado só tem autonomia para promover qualquer interferência quando se trata de operações interestaduais.
As alíquotas de ICMS praticadas no estado de Goiás estão previstas no artigo 20 do RCTE/GO e no artigo 27 do CTE. 
 ‘’Art. 20 – As alíquotas do imposto são: lei nº 11.651/1991, art. 27;
I – 17% na operação e prestação internas, observado o disposto no parágrafo 1º;
II – 12% nas operações e prestações interestaduais;
III – 4%: na operação de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal (alíquota prevista na resolução do Senado Federal nº 13/2012) e na operação interestadual com bens e mercadorias importadas do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro:
1 – Não tenha sido submisso a processos de industrialização;
2 – Tenham sido submetidos a processos de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, recondicionamento, renovação eu recondicionamento, do qual resulte em mercadorias ou bens cujo o conteúdo de importação seja superior a 40%, conforme previsto nas alíneas ‘’a’’ e ‘’b’’ do inciso III do artigo 20 do RCTE/GO tem fundamentação na resolução do senado federal nº 13/2012)
IV – 13% na exportação de mercadoria e serviço.
Fonte: RCTE/GO
Há situações específicas a serem observadas, mencionadas no parágrafo primeiro do artigo 20 do RCTE/GO, que são:
“Art. 20. (...):
§ 1º Nas seguintes situações específicas, as alíquotas do imposto são:
I - 25% (vinte e cinco por cento) na operação interna com:
a) energia elétrica para residência atendida por circuito monofásico e cujo consumo mensal não exceda a 80 (oitenta) kwh;
b) querosene de aviação;
c) os produtos relacionados no Anexo I deste Regulamento;
II - 12% (doze por cento):
a) na operação interna com os seguintes produtos:
1. açúcar; café; farinhas de mandioca, de milho e de trigo; fubá; iogurte; macarrão; margarina vegetal; manteiga de leite; milho; óleo vegetal comestível, exceto de oliva; queijo, inclusive requeijão; rapadura; sal iodado e vinagre;
2. hortifrutícola em estado natural;
3. pão francês;
4. ovo;
5. leite em estado natural, pasteurizado ou esterilizado (UHT);
6. ave, peixe e gado vivos, bem como carne fresca, resfriada, congelada, salgada, temperada ou salmourada, e miúdo comestível resultantes do abate desses animais;
7. energia elétrica, para o consumo em estabelecimento de produtor rural regularmente inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado;
8. gás natural ou liquefeito de petróleo para uso doméstico;
9. absorvente higiênico, água sanitária, fósforo, papel higiênico, pasta dental, sabão em barra e sabonete;
10. veículo automotor identificado pelos seguintes códigos da NBM/SH: 8702, 8703,8703.21.00, 8703.22, 8703.23, 8703.24, 8703.32.10, 8703.32.90, 8703.33, 8704.21, 8704.31, 8711, 8701.20.00, 8702.10.00, 8704.21.10 a 8704.23.90, 8704.31.10 a 8704.32.90, 8706.00.10 e 8706.00.90;
b) na prestação interna de serviço de transporte aéreo de passageiro, carga e mala postal (Convênio ICMS 120/96, cláusula primeira);
III - revogado:
IV - equivalente à diferença entre a alíquota interna utilizada neste Estado e a interestadual aplicável no Estado de origem, relativamente à:
a) entrada, no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria ou bem oriundo de outro Estado e destinado a uso, consumo final ou a integração ao ativo imobilizado;
b) utilização, por contribuinte, de serviço de transporte ou de comunicação, cuja prestação tenha-se iniciado em outro Estado e não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente.
V - 27% (vinte e sete por cento) na:
a) revogada;
b) prestação interna de serviço de comunicação;
c) operação interna com energia elétrica;
VI - 18% (dezoito por cento) na operação interna com óleo diesel;
VII - revogado.
VIII - 29% (vinte e nove por cento) na operação interna com álcool carburante e gasolina.”. Fonte: RCTE/GO
3.1.3 – Alíquotas de ICMS para as empresas do seguimento de eletroeletrônicos e de informática instaladas em Goiás
Uma vez pesquisado no parágrafo primeiro do artigo 20 do RCTE/GO e não encontrado nenhum disposto sobre alíquotas específicas a serem praticadas por indústrias no mesmo segmento da Virtualmob, considera-se as alíquotas previstas nos incisos I e II do artigo 20, que como já mencionado anteriormente são:
“ Art. 20. As alíquotas do imposto são (Lei nº 11.651/91, art., 27):
I – 17% (dezessete por cento), na operação e prestação internas;
II – 12 % (doze por cento), na operação e prestação interestaduais.”. Fonte: RCTE/GO
Boa parte da matéria-prima utilizadas pelas indústrias de eletroeletrônicos, como a Virtualmob vem do exterior, sendo assim, nas vendas interestaduais deverá ser observado o disposto no item 2, da alínea “b” do inciso III do artigo 20, do RCTE/GO que diz: 
“Art. 20. As alíquotas do imposto são (Lei nº 11.651/91, art. 27):”
“III – 4% (quatro por cento):
(...);
Na operação interestadual com bem e mercadoria importada do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro (Resolução do Senado Federal nº 13/2012).
(...);
Tenham sido submetidos a processos de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, recondicionamento, ou renovação, do qual resulte em mercadoria ou bem cujo conteúdo de importação seja superior a 40% (quarenta por cento),”. Fonte: RCTE/GO
Dessa forma ao efetuar uma venda interestadual a empresa deve analisar se o produto a ser vendido possui mais de 40 % de sua composição total, composto por produtos (matéria prima) importados. Caso tal informação seja positiva deve-se utilizar a alíquota de ICMS no percentual de 4% como estabelece a legislação.
3.1.4 – Os benefícios fiscais concedidos aos contribuintes do ICMS no estado de Goiás 
Os benefícios fiscais concedidos aos contribuintes goianos, estão disciplinados no RCTE/GO entre os artigos 81 ao 87 e no CTE entre os artigos 39 ao 43 e também estão dispostos no anexo IX do RCTE/GO. O anexo IX contém 29 artigos sendo que:
Do artigo 1º ao artigo 5º contém as disposições preliminares e gerais que dizem respeito as condições e obrigações impostas aos contribuintes para que estes possam usufruir de determinado (s) benefício (s) fiscal;
Os artigos 6º e 7º dispõem sobre o benefício fiscal de isenção:
Os artigos 8º e 9º dispõem sobre a redução da base de cálculo. No caso do benefício fiscal de redução de base de cálculo do ICMS. Caso a Virtualmob venda seus produtos para uma empresa revendedora, atacadista ou varejista a Virtualmob deve observar o disposto no artigo 8º, inciso VIII, do RCTE/GO que diz:
“Art. 8º. A base de cálculo do ICMS é reduzida:”
“VIII – de tal forma que resulte na aplicação sobre o valor da operação do equivalente ao percentual de 10% (dez por cento), na saída interna realizada por contribuinte industrial ou comerciante atacadista que destine mercadoria para comercialização, produção rural ou industrialização ficando mantido o crédito, observado o disposto no § 2º e, ainda, o seguinte (Lei nº 12.462/94, art. 1º).”
Fonte: RCTE/GO
Do artigo 10 ao 12 estão as disposições sobre as concessões de crédito outorgado.
Os artigos 13 ao 18 dispõem sobre parcelamentos de débitos de ICMS.
Os artigos 19 ao 29 dispõem sobre outro crédito que pode adentrar os interesses da Virtualmob, que é o Crédito Especial para Investimentos. O referido crédito refere-se a recursos que o estado coloca a disposição do contribuinte para auxilia-lo na implantação, relocalização, ampliação e/ou modernização de complexo industrial de empresa estabelecida ou a se estabelecer no estado de Goiás.
3.2 – O ICMS analisado como receita
Sempre se fala no ICMS do ponto de vista das empresas, sempre analisando o peso deste imposto nos custos das empresas, e de fato o ICMS pesa no orçamento de quem paga. Más se para as empresas o ICMS representa saídas significativas de caixa, para os estados e o Distrito Federal este imposto representa a maior fatia de suas receitas. 
No ano de 2017, conforme demostrado na tabela 3.2.1, a receita total do estado de Goiás superou a casa dos R$ 22 milhões de reais. Desse total mais de R$ 15 milhões de reais foram providos da arrecadação do ICMS, que em termos percentuais representa 66% (sessenta e seis por cento) conforme apresentado no gráfico 3.2.2.
Tabela 3.2.1 – Demonstrativo da arrecadação no estado de Goiás em 2017
	 
	DEMONSTRATIVO DA ARRECADAÇÃO ESTADUAL - ANO 2017
	
	NATUREZA DA RECEITA - (valores nominais)
	MESES
	ICMS²
	IPVA
	ITCD
	OUTRAS RECEITAS
	OUTROS TRIBUTOS
	PROTEGE
	TRANSFERÊNCIAS
INTER-GOVERNAMENTAIS
	TOTAIS¹
	JAN
	1.206.098.482,76
	50.157.250,77
	22.924.609,80
	53.923.414,70
	40.318.492,72
	8.390.686,23
	377.446.391,09
	1.759.259.328,07
	FEV
	1.147.686.821,92
	59.913.243,46
	11.283.436,45
	55.540.790,31
	38.075.360,96
	11.320.370,30
	458.106.781,24
	1.781.926.804,64
	MAR
	1.151.598.784,34
	92.210.251,85
	29.428.238,13
	64.649.685,75
	37.945.736,55
	4.986.365,90
	361.844.922,31
	1.742.663.984,83
	ABR
	1.218.374.873,90
	117.947.504,22
	18.603.288,50
	66.929.709,05
	40.417.331,37
	3.592.232,68
	393.309.098,60
	1.859.174.038,32
	MAI
	1.193.456.358,64
	115.661.811,06
	21.991.836,41
	88.851.578,89
	37.995.507,59
	2.657.374,57
	415.239.443,02
	1.875.853.910,18
	JUN
	1.260.097.339,54
	116.169.292,55
	16.675.064,05
	64.195.731,47
	42.088.498,11
	2.584.497,82
	403.542.612,44
	1.905.353.035,98
	JUL
	1.214.576.518,97
	112.236.683,63
	20.456.706,92
	57.325.644,34
	41.553.891,66
	2.190.515,99
	379.255.914,67
	1.827.595.876,18
	AGO
	1.270.957.277,02
	125.641.935,79
	34.400.948,42
	56.989.059,40
	41.365.165,56
	2.453.470,80
	381.026.898,39
	1.912.834.755,38
	SET
	1.344.684.919,31
	142.196.431,97
	24.553.440,51
	64.852.174,73
	45.084.245,41
	2.450.775,86
	345.067.261,85
	1.968.889.249,64
	OUT
	1.244.772.584,87
	159.457.330,54
	21.121.515,34
	73.371.093,72
	43.744.121,01
	2.498.511,11
	405.809.051,54
	1.950.774.208,13
	NOV
	1.295.146.747,16
	168.789.086,19
	31.827.252,48
	71.153.742,16
	42.388.209,14
	2.291.734,25
	377.649.693,65
	1.989.246.465,03
	DEZ
	1.475.090.675,14
	55.920.760,67
	38.551.257,49
	111.536.628,48
	46.550.351,94
	2.614.210,92
	470.993.929,19
	2.201.257.813,83
	TOTAIS
	15.022.541.383,57
	1.316.301.582,70
	291.817.594,50
	829.319.253,00
	497.526.912,02
	48.030.746,43
	4.769.291.997,99
	22.774.829.470,21
Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás
Gráfico 3.2.2 – Demonstração percetual da arrecadação no estado de Goiás em 2017
Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás
4- Repasse de valores dos estados para os munícipios oriundos da arrecadação do ICMS
Constituição Federal estabelece no inciso IV do artigo 158,que os municípios tem direito à 25% (vinte e cinco por cento) do produto da arrecadação do ICMS, devendo ser repassado aos mesmos pelos estados. Também no artigo 158, nos incisos I e II a CF/88 estabelece a forma como deve ser esse repasse, sendo que dos 25% (vinte e cinco por cento) a serem repassados aos municípios, 75% (setenta e cinco por cento), no mínimo devem seguir um critério chamado de Valor Adicionado Fiscal (VAF). Os 25% (vinte e cinco por cento) restantes, os estados tem autonomia para dispor em suas legislações como será feita essa distribuição.
4.1 – Valor Adicionado Fiscal (VAF) 
O Valor Adicionado Fiscal (VAF) é um indicador econômico – contábil utilizado pelos estados para calcular o Índice de Participação dos Munícipios (IPM). O V.A.F. é apurado pelas secretarias de estado de fazenda com base em declarações apresentadas pelas empresas e outros contribuintes a elas equiparados, estabelecidos nos respectivos municípios.
O Valor Adicionado Fiscal (VA) representa todas as saídas de mercadorias e serviços prestados no munícipio, abatendo-se as respectivas entradas, conforme disposto no inciso I do § 1º, do artigo 3° da Lei complementar (LC) 63/90. Na hipótese de empresas optantes pelo simples nacional, ou em outros casos em que não sejam exigidos dos contribuintes os respectivos controles de entradas, o VAF corresponderá à aplicação do percentual de 32% (trinta e dois por cento) sobre a receita bruta dos contribuintes.
"Nas hipóteses de tributação simplificada a que se refere o parágrafo único do artigo 146 da constituição federal, e em outras situações, em que se dispensam as controles de entradas, considerar-se-á como valor adicionado o percentual de 32% (trinta de dois por cento) da receita bruta." (artigo 3° parágrafo, inciso II da LC n° 63/90)
Compete aos estados a obrigação de calcular e repassar aos municípios o valor relativo ¼ (um quarto) do valor arrecadado com o ICMS.
 “§ 3° O Estado apurará a relação percentual entre o valor adicionado em cada munícipio e o valor total do Estado, devendo este índice ser aplicado para entrega das parcelas dos munícipios a partir do primeiro dia do ano imediatamente seguinte ao da apuração." (artigo 3°, § 3°, da Lei Complementar n° 63/90).
A CF/88 e LC 63/90 estabelece um percentual mínimo de 75 % (setenta e cinco por cento) de um montante de 25% (vinte e cinco por cento) da arrecadação do ICMS para os estados repassar aos munícios pelo Índice VAF. Más isso, não impede os estados de realizarem um repasse maior, utilizando esse critério, o estado de Goiás, por exemplo, repassa 85% (oitenta e cinco por cento) pelo Índice VAF.
Para cálculo do VAF a Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás utiliza a seguinte fórmula VA = (SA - EN) + (SE + OD), em que:
VA - corresponde ao valor adicionado;
SA - corresponde as saídas, inclusive os valores apurados em altos de infração e documentos de arrecadação estadual (DARE);
EN - corresponde ás entradas;
SE - corresponde aos serviços tributados pelo ICMS, e;
OD – correspondem as operações desacobertadas de documentos fiscais, desde que autorizadas pela Legislação Tributária, ou por Ato do Secretário da Fazenda.
O estado deverá apurar a relação percentual entre o VA de cada município e seu próprio VA, dos dois anos anteriores ao período de apuração, e depois calcular a média entre eles para encontrar o índice VAF definitivo. 
“§ 4º O índice referido no parágrafo anterior corresponderá á média dos índices apurados nos dois anos civis imediatamente anteriores ao da apuração" (artigo 3°, § 4°, da Lei Complementar n° 63/90).
4.2 – Índice de Participação dos Munícipios (IPM)
O Índice de Participação dos Municípios (IPM) representa um índice percentual a ser aplicado em 25% (vinte e cinco por cento) do total arrecado de ICMS pelo estado, para que através desse cálculo o estado saiba quanto deve ser repassado para cada município.
O IPM é formado pelo Índice do Valor Adicionado Fiscal e por outros critérios definidos em legislação estadual. 
No estado de Goiás, conforme exposto no artigo 107, da Constituição Estadual e na Lei complementar Estadual nº 90, de 22 de dezembro de 2011, o cálculo do IPM é definido da seguinte forma:
Índice do Valor Adicionado Fiscal (VAF) = 85% (oitenta e cinco por cento);
Índice do ICMS igualitários = 10% (dez por cento);
Índice do ICMS ecológico = 5% (cinco por cento).
Para exemplificar segue abaixo o cálculo do IPM relativo ao ano de 2017 da cidade Cristalina – GO.
4.2.1 – Cálculo do Índice VAF para Cristalina - GO em 2017
Os dois anos anteriores usados no cálculo, conforme determina o parágrafo 4º, mencionado anteriormente, foram os anos de 2015 e 2016.
Os valores adicionados para o município de Cristalina e para o estado de Goiás, conforme Resolução nº 134 de 18 de dezembro de 2017, nos dois anos foram:
	Ano
	Cristalina
	Goiás
	2015
	R$ 1.666.882.493,00
	R$ 129.935.336.233,00
	2016
	R$ 2.119.707.733,00
	R$ 135.861.194.967,00
Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás – Resolução 134/2017
Para saber a relação percentual entre o valor adicionado do município e o valor adicionado do estado, divide-se o VA do município pelo VA do estado e depois multiplica-se o resultado por 100:
Índice percentual do VA de Cristalina para o ano de 2015:
1.666.882.493,00 / 129.935.336.233,00 = 0,012828554 →
0,012828554 x 100 = 1,2828554
Logo o índice percentual do VA da cidade de Cristalina para o ano de 2015 é 1,2828554.
Índice percentual do VA de Cristalina para o ano de 2016:
2.119.707.733,00 / 135.61.194.967,00 = 0,015602010 →
0,015602010 x 100 = 1,5602010
Logo o índice percentual do VA da cidade de Cristalina para o ano de 2016 é 1,5602010.
Uma vez encontrados os índices percentuais dos VA’s, calcula-se a relação entre eles, somando-os e posteriormente dividindo-os por 2:
1,2828554 + 1,5602010 = 2.8430564 →
2,8430564 / 2 = 1,4215282
Logo o índice médio dos dois anos anteriores a ser considerado no cálculo do Índice VAF é igual a 1,4215282.
Como o estado de Goiás repassa 85% (oitenta e cinco por cento) de acordo com o Índice VAF, logo:
1,4215282 x 0,85 = 1,2082990
4.2.2 – Cálculo do Índice do ICMS igualitário para Cristalina - GO em 2017
Para cálculo do Índice do ICMS igualitário basta dividir 10 (percentual a ser distribuído) por 246 (quantidade de municípios existentes no estado de Goiás). Sendo assim:
10 / 246 = 0,0406504
Dessa forma 0,0406504 será o IPM relativo ao ICMS igualitário para todos os municípios goianos, inclusive Cristalina.
4.2.3 – Cálculo do ICMS ecológico para Cristalina - GO em 2017
O ICMS ecológico está disciplinado na Lei Complementar Estadual nº 90 de 22 de dezembro de 2011, que menciona no inciso I, do parágrafo único do artigo 4º, nove critérios ambientais que servem de base para a divisão do ICMS ecológico entre os municípios. A saber:
“a) ações de gerenciamento de resíduos sólidos, inclusive lixo hospitalar e resíduos da construção civil - coleta, transporte, tratamento e destinação dos resíduos sólidos, aterro sanitário, incineração, reciclagem e compostagem;
b) ações efetivas de educação ambiental, na zona urbana e rural, nas escolas e grupos da sociedade organizada, instituídas por intermédio de lei municipal e/ou programas específicos;
c) ações de combate e redução do desmatamento, com a devida fiscalização e comprovação da efetiva recuperação de áreas degradadas – reflorestamento;
d) programas de redução do risco de queimadas, conservação do solo, da água e da biodiversidade;
e) programa de proteção de mananciais de abastecimento público;
f) identificação de fontes de poluição atmosférica, sonora e visual, e comprovação das medidas adotadas para a minimização dessas práticas;
g) identificação das edificações irregulares, bem como a comprovação das medidas adotadas para sua adequação às normas de uso e ocupação do solo;
h) programas de instituição e proteção das unidades de conservação ambiental;
i) elaboração de legislação sobre a política municipal de meio ambiente,incluindo a criação do Conselho Municipal do Meio Ambiente e do Fundo Municipal do Meio Ambiente, obedecidas as peculiaridades locais, respeitadas a legislação federal e estadual sobre o assunto; ” Fonte: LEI COMPLEMENTAR Nº 90, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2011
A Lei Complementar Estadual nº 90 de 22 de dezembro de 2011, também determina nos incisos I, II e III a forma como será distribuído o ICMS ecológico, de acordo com a quantidade de critérios cumpridos pelos municípios;
3% (três por cento), para os municípios que cumprirem pelo menos seis dos nove critérios;
1,25% (um inteiro e vinte e cinco centésimos por cento) para os municípios que cumprirem pelo menos quatro critérios, e;
0,75% (setenta e cinco centésimos por cento) para os municípios que cumprirem pelo menos três critérios.
A Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (SECIMA), deve apurar anualmente, os municípios que cumpriram os critérios estabelecidos pela lei, para divisão do ICMS ecológico. Após a apuração, a SECIMA deve encaminhar ao Conselho Deliberativo dos Índices de Participação dos Municípios (COINDICE/ICMS), o cálculo do “Índice pelos Critérios Ecológicos”, que é feito da seguinte forma:
1º - É feito um levantamento dos municípios que cumpriram três critérios ou mais e terão direito e receber o repasse pelo “Índice Ecológico”. No estado de Goiás em 2017 apenas 156 municípios cumpriram a quantidade suficiente de critérios ambientais, para participarem da partilha do ICMS ecológico;
2º - É realizada a separação dos municípios em três faixas:
Municípios que cumpriram três critérios: em 2017 não houve municípios que se enquadraram nesta faixa;
Municípios que cumpriram quatro ou cinco critérios: em 2017 quarenta e um municípios se enquadraram nesta faixa, e;
Municípios que cumpriram seis critérios ou mais: em 2017 cento e quinze municípios se enquadraram nesta faixa, inclusive Cristalina.
3º - É realizado os cálculos dos índices por faixa, que posteriormente vão ser usados para cálculo do índice ecológico final:
Para os municípios que cumpriram seis critérios ou mais, cujo índice é de 3% (três por cento) a fórmula é: 
 3 / (quantidade de municípios que cumpriram seis critérios ou mais) 
Como em 2017, 115 municípios se enquadraram nesta faixa, o cálculo será da seguinte forma:
/ 115 = 0,0260869565
Para os municípios que cumpriram quatro ou cinco critérios, cujo índice é de 1,25% (um inteiro e vinte e cinco centésimos por cento), a fórmula é: 
1,25 / (quantidades de municípios que cumpriram seis critérios ou mais) + (quantidade de municípios que cumprira quatro ou cinco critérios) 
Os municípios goianos que cumpriram quatro ou cinco critérios em 2017 totalizaram 41, dessa forma o cálculo será da seguinte forma:
1,25 / (115 + 41) = 1,25 / 156 = 0,0080128205
Para os municípios que cumpriram três critérios, cujo índice é de 0,75% (setenta e cinco centésimos por cento), a fórmula é: 
0,75 / (quantidades de municípios que cumpriram seis critérios ou mais) + (quantidade de municípios que cumprira quatro ou cinco critérios) + (quantidade de municípios que cumpriram três critérios)
Em 2017 nenhum município cumpriu três critérios, no entanto há a necessidade de calcular o índice de sua faixa porque o mesmo será utilizado no cálculo do índice ecológico final. Então o cálculo será da seguinte forma:
0,75 / (115 + 41 + 0) = 0,75 / 156 = 0,0048076923
4º - Calcula-se o índice ecológico final da seguinte maneira:
Para calcular o índice ecológico final dos municípios que cumpriram seis critérios ou mais, somam-se os índices apurados em todas as faixas:
0,0260869565 + 0,0080128205 + 0,0048076923 = 0,0389075
Para calcular o índice ecológico final dos municípios que cumpriram quatro ou cinco critérios, somam-se os índices apurados nas faixas de quatro ou cinco critérios e de três critérios:
0,0080128205 + 0,0048076923 = 0,0128205
No caso da faixa de três critérios, o índice apurado em sua faixa é o seu índice final. Sendo assim, caso algum município tivesse cumprido três critérios em 2017, o índice ecológico final seria 0,0048076923.
Percebe-se que para calcular os índices ecológicos finais dos municípios elencados nas faixas que cumpriram superiores, somam-se os índices das faixas próprias com os índices das faixas inferiores. Isso ocorre porque se o índice apurado em cada faixa fosse considerado como índice final para o ICMS ecológico, poderia acontecer de municípios que cumpriram menos critérios obterem índices maiores do que os que cumpriram mais critérios, caso a quantidade de municípios com menos critérios cumpridos seja bem inferior em relação aos municípios com mais critérios cumpridos. 
O índice ecológico final a ser considerado para o município de Cristalina em 2017 é 0,389075, pois a cidade cumpriu seis critérios ambientais no ano.
4.2.4 – IPM-final de Cristalina em 2017
Uma vez calculados os índices VAF, igualitário e ecológico, basta soma-los para chagar ao IPM-final.
Índice VAF + Índice igualitário + Índice ecológico = IPM-final →
1,2082990 + 0,0406504 + 0,0389075 = 1,2878569
Logo o IPM-final de Cristalina em 2017 foi 1,2878569, conforme resolução nº 134 de 18 de dezembro de 2017.
4.3 – Apresentação dos repasses de ICMS nos orçamentos municipais
Embora os municípios possuam seus próprios meios de arrecadação, através de tributos como o IPTU e o ISSQN. Más as transferências constitucionais tem maior peso no orçamento da maioria dos municípios brasileiros. As transferências constitucionais são repasses de recursos provenientes da arrecadação de tributos federais ou estaduais, aos estados, Distrito Federal e municípios, com base em dispositivos constitucionais. 
Uma transferência constitucional à que os municípios têm direito, conforme o inciso IV do artigo 158 da CF/88 é ¼ (um quarto), ou 25% (vinte cinco por cento) da receita estadual proveniente da arrecadação do ICMS. Essa receita deve ser apresentada no Orçamento Municipal e registrada na contabilidade do município.
O Orçamento Municipal é um documento elaborado pelas prefeituras e, ainda em fase de projeto, é enviado á câmara municipal de vereadores para que os mesmos possam propor emendas. Posteriormente as emendas propostas são analisadas pela Comissão de Orçamento, e depois é enviada ao plenário para votação.
Como todo Orçamento Público, o planejamento do Orçamento Municipal envolve várias etapas, em que as principais são as aprovações das:
Lei do Plano Plurianual (PPA) que estabelece metas e prioridades para quatro anos, correspondendo ao período do início do segundo mandato de um prefeito até o fim do primeiro ano de mandato do seu sucessor;
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que estabelece metas e prioridades para o ano seguinte. No projeto desta lei o executivo fixa o montante que o governo pretende economizar, traça regras, veda e impõe limites para despesas, autoriza o aumento de despesas com pessoal, regulamente as transferências à entes públicos e privados, disciplina o equilíbrio entre as receitas e as despesas, e indica prioridades para os financiamentos pelos bancos públicos;
Lei Orçamentária Anual (LOA) que estabelece os custos das ações para ano seguinte.
No Orçamento Municipal as receitas são presentadas em dois grupos: receitas correntes e receitas de capital. E cada grupo possui subgrupos:
1 – Receitas correntes;
1.1- Receitas tributárias;
1.2 – Receitas de contribuições;
1.3 – Receitas patrimoniais;
1.4 – Receitas agropecuárias;
1.5 – Receitas industriais;
1.6 – Receitas de serviços;
1.7 – Transferências correntes;
1.8 – Outras receitas correntes
2 – Receita de capital;
2.1 – Operações de crédito;
2.2 – Alienação de bens;
2.3 – Amortização de empréstimos;
2.4 – Transferências de capital;
2.5 – Outras receitas de capital.
As receitas oriundas do repasse dos estados, provenientes de arrecadações de ICMS são apresentadas no Orçamento Municipal no grupo de Receitas correntes, no subgrupo Transferências correntes, caso seu valor seja destinadoa atender despesas correntes. Caso o valor dessa receita seja destinando a cobrir despesas de capital, no Orçamento Municipal ela vai ser apresentada no grupo de Receitas de capital, no subgrupo Transferências de capital. 
A figura 4.3.1 apresenta o Balanço Orçamentário da Cidade de Cristalina-Goiás referente ao de 2017. Por ela, é possível compreender a apresentação das receitas dentro de um Orçamento Municipal.
Figura 4.3.1 – Balanço Orçamentário de 2017 de Cristalina-GO
Fonte: Prefeitura Municipal de Cristalina
	
	ESTADO DE GOIÁS MUNICIPIO DE CRISTALINA
PRACA JOSE ADAMIAN SN - CENTRO
	 
	 
	 
	 
	BALANÇO GERAL DO EXERCÍCIO DE 2017
	
	PERÍODO DE REFERÊNCIA: DE JANEIRO/2017 ATÉ DEZEMBRO/2017
	B A L A N Ç O ORÇAMENTÁRIO - ANEXO 12
	RECEITAS
	DESPESAS
	TÍTULOS
	PREVISÃO R$
	EXECUÇÃO R$
	DIFERENÇAS R$
	TÍTULOS
	FIXAÇÃO R$
	EXECUÇÃO R$
	DIFERENÇAS R$
	Receitas Correntes
	 
	 
	 
	CRÉDITOS 
ORÇAMENTARIOS E SUPLEMENTAR
	160.150.645,70
	155.326.614,06
	-4.824.031,64
	Receita Tributária
	18.693.700,00
	19.626.249,88
	+932.549,88
	CRÉDITOS ESPECIAIS
	1.351.000,00
	1.258.131,20
	- 92.868,80
	Receitas de Contribuições
	8.650.000,00
	10.160.349,95
	+1.510.349,95
	CRÉDITOS EXTRAORDINARIOS
	 
	 
	 
	Receita Patrimonial
	3.350.000,00
	2.810.987,74
	-539.012,26
	 
	 
	 
	 
	Receita Agropecuária
	3.500,00
	 
	-3.500,00
	 
	 
	 
	 
	Receita de Serviços
	84.000,00
	196.415,08
	+112.415,08
	 
	 
	 
	 
	Transferências Correntes
	135.699.370,00
	140.644.945,67
	+4.945.575,67
	 
	 
	 
	 
	Outras Receitas
 Correntes
	3.195.000,00
	841.740,28
	-2.353.259,72
	 
	 
	 
	 
	Receitas de Capital
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Alienação de Bens
	150.000,00
	 
	-150.000,00
	 
	 
	 
	 
	Transferências de Capital
	5.577.000,00
	1.863.330,86
	-3.713.669,14
	 
	 
	 
	 
	Deduções da Receita
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Deduções da Receita 
Corrente
	15.271.658,00
	15.408.544,20
	+136.886,20
	 
	 
	 
	 
	S O M A
	160.130.912,00
	160.735.475,26
	+604.563,26
	S O M A
	161.501.645,70
	156.584.745,26
	-4.916.900,44
	DÉFICIT
	1.370.733,70
	 
	-1.370.733,70
	SUPERAVIT
	 
	4.150.730,00
	+4.150.730,00
	T O T A L G E R AL
	161.501.645,70
	160.735.475,26
	-766.170,44
	T O T A L G E R AL
	161.501.645,70
	160.735.475,26
	-766.170,44
4.4 – A Contabilidade Aplicada ao Setor Público
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil, cujo principal objetivo é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade, bem como suas mutações. Os principais benefícios da contabilidade pública são:
O apoio no processo de tomada de decisão;
O fornecimento de informações para a adequada prestação de contas;
O suporte para instrumentalização do controle social.
Os principais dispositivos legais que fundamentam a contabilidade pública no Brasil são a Lei nº 4.320/64, que estabelece Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, e a Lei Complementar nº 101 de 4 de maio de 2000, que é conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Conselho Federal de Contabilidade também dispõe sobre o assunto através da adição e publicação das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC T 16), e do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP).
A contabilidade pública deve obediência aos princípios contábeis como qualquer outro ramo da ciência contábil.
A organização da contabilidade pública se dá por meio de sistema de informações, que é divido em subsistemas. Os subsistemas existentes na contabilidade são:
O subsistema orçamentário;
O subsistema patrimonial;
O subsistema compensado, e; 
O subsistema de custos. 
E cada subsistema com as suas especificidades e convergem para o produto final, que é a informação sobre o patrimônio público.
Embora exista um plano de contas exclusivo para registrar os fatos contábeis inerentes ao dia-a-dia de uma entidade pública, a estrutura do patrimônio público não difere da do patrimônio empresarial, pois ambos são formados pelo conjunto de bens, direitos e obrigações e, portanto são registrados nos grupos do ativo, passivo e patrimônio. 
4.4.1 – As Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP)
Até o exercício de 2014, as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP) exigidas eram o Balanço Orçamentário (BO), o Balanço Financeiro (BF), o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP). Más partir do exercício de 2015, através da Portaria STN nº 733/2014, tornaram – se obrigatórias também a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
Sendo assim esse é o novo quadro de demonstrações obrigatórias para entidades do setor público:
a) Balanço Patrimonial (BP);
b) Balanço Orçamentário (BO);
c) Balanço Financeiro (BF);
d) Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP); 
e) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e;
f) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
4.4.2 – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP)
O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) é uma relação padronizada de contas, elaboradas pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em conjunto com o Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis (GTCON). O PCASP é atualizado anualmente e publicado via internet para uso obrigatório no ano seguinte.
Em resumo, o PCASP pelos seguintes grupos de contas:
1 – Ativo;
2 – Passivo e patrimônio líquido;
3 – Variação Patrimonial Diminutiva;
4 – Variação Patrimonial Aumentativa;
5 – Controles da Aprovação do Planejamento e Orçamento;
6 – Controles da Execução do Planejamento e Orçamento;
7 – Controles Devedores, e;
8 – Controles Credores
A tabela 4.4.3.1 demonstra o PCASP com cada conta correlacionada com sua nada e o subsistema d informações ao qual pertence:
Tabela 4.4.2.1 – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP)
	Classificação
	Descrição
	Natureza
	Subsistema
	1.0.0.0.0.00.00
	ATIVO
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.0.0.0.00.00
	ATIVO CIRCULANTE
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.1.0.0.00.00
	CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.2.0.0.00.00
	CRÉDITOS A CURTO PRAZO
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.2.1.0.00.00
	CLIENTES
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.2.2.0.00.00
	CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECEBER
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.2.3.0.00.00
	DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.2.4.0.00.00
	DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA - CLIENTES
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.3.0.0.00.00
	DEMAIS CRÉDITOS E VALORES A CURTO PRAZO
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.4.0.0.00.00
	INVESTIMENTOS E APLICAÇÕES TEMPORÁRIAS A CURTO PRAZO
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.5.0.0.00.00
	ESTOQUES
	Devedora
	Patrimonial
	1.1.9.0.0.00.00
	VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS PAGAS ANTECIPADAMENTE
	Devedora
	Patrimonial
	1.2.0.0.0.00.00
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	Devedora
	Patrimonial
	1.2.1.0.0.00.00
	ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
	Devedora
	Patrimonial
	1.2.2.0.0.00.00
	INVESTIMENTOS
	Devedora
	Patrimonial
	1.2.3.0.0.00.00
	IMOBILIZADO
	Devedora
	Patrimonial
	1.2.4.0.0.00.00
	INTANGÍVEL
	Devedora
	Patrimonial
	2.0.0.0.0.00.00
	PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Credora
	Patrimonial
	2.1.0.0.0.00.00
	PASSIVO CIRCULANTE
	Credora
	Patrimonial
	2.1.1.0.0.00.00
	OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, PREVIDENCIÁRIAS E ASSISTENCIAIS A PAGAR A CURTO PRAZO
	Credora
	Patrimonial
	2.1.2.0.0.00.00
	EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A CURTO PRAZO
	Credora
	Patrimonial
	2.1.3.0.0.00.00
	FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A CURTO PRAZO
	Credora
	Patrimonial
	2.1.4.0.0.00.00
	OBRIGAÇÕES FISCAIS A CURTO PRAZO
	CredoraPatrimonial
	2.1.5.0.0.00.00
	OBRIGAÇÕES DE REPARTIÇÃO A OUTROS ENTES
	Credora
	Patrimonial
	2.1.7.0.0.00.00
	PROVISÕES A CURTO PRAZO
	Credora
	Patrimonial
	2.1.8.0.0.00.00
	DEMAIS OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO
	Credora
	Patrimonial
	2.2.0.0.0.00.00
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	Credora
	Patrimonial
	2.3.0.0.0.00.00
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Credora
	Patrimonial
	2.3.1.0.0.00.00
	PATRIMÔNIO SOCIAL E CAPITAL SOCIAL
	Credora
	Patrimonial
	2.3.2.0.0.00.00
	ADIANTAMENTO PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL
	Credora
	Patrimonial
	2.3.3.0.0.00.00
	RESERVAS DE CAPITAL
	Credora
	Patrimonial
	2.3.4.0.0.00.00
	AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
	Credora
	Patrimonial
	2.3.5.0.0.00.00
	RESERVAS DE LUCROS
	Credora
	Patrimonial
	2.3.6.0.0.00.00
	DEMAIS RESERVAS
	Credora
	Patrimonial
	2.3.7.0.0.00.00
	RESULTADOS ACUMULADOS
	Credora
	Patrimonial
	2.3.7.1.0.00.00
	SUPERÁVITS OU DÉFICITS ACUMULADOS
	Credora
	Patrimonial
	2.3.7.2.0.00.00
	LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS
	Credora
	Patrimonial
	2.3.9.0.0.00.00
	(-) AÇÕES / COTAS EM TESOURARIA
	Credora
	Patrimonial
	3.0.0.0.0.00.00
	VARIAÇÃO PATRIMONIAL DIMINUTIVA
	Devedora
	Patrimonial
	3.1.0.0.0.00.00
	PESSOAL E ENCARGOS
	Devedora
	Patrimonial
	3.2.0.0.0.00.00
	BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS E ASSISTENCIAIS
	Devedora
	Patrimonial
	3.3.0.0.0.00.00
	USO DE BENS, SERVIÇOS E CONSUMO DE CAPITAL FIXO
	Devedora
	Patrimonial
	3.4.0.0.0.00.00
	VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS FINANCEIRAS
	Devedora
	Patrimonial
	3.5.0.0.0.00.00
	TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS
	Devedora
	Patrimonial
	3.5.1.0.0.00.00
	TRANSFERÊNCIAS INTRAGOVERNAMENTAIS
	Devedora
	Patrimonial
	3.5.2.0.0.00.00
	TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS
	Devedora
	Patrimonial
	3.5.3.0.0.00.00
	TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS
	Devedora
	Patrimonial
	3.5.4.0.0.00.00
	TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES
MULTIGOVERNAMENTAIS
	Devedora
	Patrimonial
	3.5.5.0.0.00.00
	TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
	Devedora
	Patrimonial
	3.5.6.0.0.00.00
	TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR
	Devedora
	Patrimonial
	3.6.0.0.0.00.00
	DESVALORIZAÇÃO E PERDA DE ATIVOS
	Devedora
	Patrimonial
	3.7.0.0.0.00.00
	TRIBUTÁRIAS
	Devedora
	Patrimonial
	3.9.0.0.0.00.00
	OUTRAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS
	Devedora
	Patrimonial
	3.9.1.0.0.00.00
	PREMIAÇÕES
	Devedora
	Patrimonial
	3.9.3.0.0.00.00
	VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
	Devedora
	Patrimonial
	3.9.4.0.0.00.00
	INCENTIVOS
	Devedora
	Patrimonial
	3.9.5.0.0.00.00
	SUBVENÇÕES ECONÔMICAS
	Devedora
	Patrimonial
	3.9.6.0.0.00.00
	PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
	Devedora
	Patrimonial
	3.9.8.0.0.00.00
	CUSTO DE OUTRAS VPD
	Devedora
	Patrimonial
	4.0.0.0.0.00.00
	VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA
	Credora
	Patrimonial
	4.1.0.0.0.00.00
	IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
	Credora
	Patrimonial
	4.2.1.0.0.00.00
	CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
	Credora
	Patrimonial
	4.2.2.0.0.00.00
	CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO
	Credora
	Patrimonial
	4.2.3.0.0.00.00
	CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
	Credora
	Patrimonial
	4.2.4.0.0.00.00
	CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS
	Credora
	Patrimonial
	4.3.0.0.0.00.00
	EXPLORAÇÃO E VENDA DE BENS, SERVIÇOS E DIREITOS
	Credora
	Patrimonial
	4.4.0.0.0.00.00
	VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS FINANCEIRAS
	Credora
	Patrimonial
	4.5.0.0.0.00.00
	TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS
	Credora
	Patrimonial
	4.6.0.0.0.00.00
	VALORIZAÇÃO E GANHOS COM ATIVOS
	Credora
	Patrimonial
	5.0.0.0.0.00.00
	CONTROLES DA APROVAÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
	Devedora
	Orçamentário
	5.1.0.0.0.00.00
	PLANEJAMENTO APROVADO
	Devedora
	Orçamentário
	5.2.0.0.0.00.00
	ORÇAMENTO APROVADO
	Devedora
	Orçamentário
	5.3.0.0.0.00.00
	INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR
	Devedora
	Orçamentário
	6.0.0.0.0.00.00
	CONTROLES DA EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
	Credora
	Orçamentário
	6.1.0.0.0.00.00
	EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO
	Credora
	Orçamentário
	6.2.0.0.0.00.00
	EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
	Credora
	Orçamentário
	6.3.0.0.0.00.00
	EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR
	Credora
	Orçamentário
	7.0.0.0.0.00.00
	CONTROLES DEVEDORES
	Devedora
	Compensação e custos
	7.1.0.0.0.00.00
	ATOS POTENCIAIS
	Devedora
	Compensação e custos
	7.2.0.0.0.00.00
	ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
	Devedora
	Compensação e custos
	7.3.0.0.0.00.00
	DÍVIDA ATIVA
	Devedora
	Compensação e custos
	7.4.0.0.0.00.00
	RISCOS FISCAIS
	Devedora
	Compensação e custos
	7.8.0.0.0.00.00
	CUSTOS
	Devedora
	Compensação e custos
	8.0.0.0.0.00.00
	CONTROLES CREDORES
	Credora
	Compensação e custos
	8.1.0.0.0.00.00
	EXECUÇÃO DOS ATOS POTENCIAIS
	Credora
	Compensação e custos
	8.2.0.0.0.00.00
	EXECUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
	Credora
	Compensação e custos
	8.3.0.0.0.00.00
	EXECUÇÃO DA DÍVIDA ATIVA
	Credora
	Compensação e custos
	8.4.0.0.0.00.00
	EXECUÇÃO DOS RISCOS FISCAIS
	Credora
	Compensação e custos
	8.8.0.0.0.00.00
	APURAÇÃO DE CUSTOS
	Credora
	Compensação e custos
4.4.3 – Registro das receitas na contabilidade do município 
Assim como no orçamento as receitas do município também devem ser registradas na contabilidade. Esse registro deve obedecer às normas vigentes de contabilidade aplicadas ao setor público.
Uma das receitas dos municípios é o repasse constitucional efetuado pelos estados, no percentual de 25% (vinte e cinco por cento) do que é arrecado com o ICMS. Essa receita é registrada na contabilidade da seguinte maneira:
Pelo reconhecimento do valor á receber:
 (registro de natureza patrimonial):
D – Créditos á curto prazo (A.C.) 1.1.2.0.0.00.00
C – Transferências recebidas (V.P.A.) 4.5.0.0.0.00.00
Pelo reconhecimento da receita orçamentária e baixa do crédito á receber:
Registro de natureza patrimonial:
D – Caixas e equivalentes de caixa (A.C.) 1.1.0.0.00.00
C – Créditos á curto prazo (A.C.) 1.1.2.0.0.00.00
Registro de natureza orçamentária
D – Receita á realizar (C.E.P.O.) 6.2.0.0.0.00.00
C – Receita realizada (C.E.P.O.) 6.2.0.0.0.00.00
5 – Sindicato dos trabalhadores
Todos nós como cidadãos, temos o direito de exercer nossos direitos e de se sentir seguros quanto ao espaço no local de trabalho. Essa visão sobre as organizações e sua condição de trabalho é bem estudada, devido ao fato de que o trabalhador deve trabalhar sempre em condições confortáveis dentro da organização. Várias normas e leis que defendem o direito do trabalhador, sendo dessa forma o mesmo protegido de forma justa e coerente. Com essa ideia de proteção aos direitos dos funcionários, é que existe o Sindicato dos Trabalhadores. O sindicato, desenvolvido pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego, tem como principal objetivo guiar as organizações aos seus tratamentos para com seus colaboradores. Cada empregado tem sua categoria definida, como os caminhoneiros, os funcionários das áreas agrícolas, os comerciantes entre outros, e claro, o sindicato das indústrias que é o caso da nossa VIRTUALMOB. Em ajuda a empresa VIRTUALMOB, fizemos um resumo bem explicativo de alguns pontos importantes ao qual a empresa deve ficar atenta, logicamente viemos a aconselhar que faça uma leitura mais apurada da Convenção Coletiva, para que entenda melhor os direitos do funcionário.
5.1 – Convenção Coletiva
A Convenção Coletiva é um documento desenvolvido pelo sindicato de cada categoria, nele é relatado dados importantes como: Salário, direitos específicos, adicionais, carga horaria, horas extras, descanso semanal remunerado entre outras informações importantes para a organização e seus funcionários. Como visto no tópico 5.0, será feito um resumo de alguns dados importantes a seguir.
5.2 – Clausulas da Convenção Coletiva de Trabalho 
Clausula Terceira – Piso Salarial - Fica estabelecido um Piso Salarial para os trabalhadores da categoria, no valor equivalente a 01 (um) salário mínimolegal, acrescido de 20% (vinte inteiros por cento), após o término do contrato de experiência celebrado entre as partes.
Clausula Quarta – Aumentos Salariais - As empresas representadas pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Goiás – Simelgo concederão a todos os seus empregados, a partir de 1º de abril de 2018, aumento salarial de 2,96% (dois inteiros e noventa e seis centésimos por cento), incidentes sobre o salário vigente em 1º de abril de 2017.
PARÁGRAFO PRIMEIRO – Os empregados admitidos após 1º/04/2017 farão jus ao aumento salarial previsto nesta cláusula proporcionalmente ao tempo de serviço, à base de 01/12 (um doze avos) do índice estabelecido nesta cláusula por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
PARÁGRAFO SEGUNDO - As diferenças salariais devidas em virtude do aumento salarial previsto nesta Cláusula e no parágrafo anterior deverão ser pagas até o quinto dia útil do mês de outubro de 2018.
Clausula Sétima - Assiduidade e Pontualidade - As empresas concederão aos empregados que preencherem as condições estabelecidas nos parágrafos desta cláusula, Prêmio mensal decorrente da ASSIDUIDADE E PONTUALIDADE, no valor correspondente a 10% (dez inteiros por cento) do salário contratual, até o limite máximo de R$ 461,60 (quatrocentos e sessenta e um reais e sessenta centavos).
§ 1º - Para fazer jus ao Prêmio instituído nesta cláusula deverá o empregado cumprir integralmente sua jornada normal diária de trabalho em todos os dias úteis do mês de referência, não se tolerando atrasos e faltas, ainda que justificadas por atestados médicos ou por lei, excetuadas as faltas referidas no parágrafo seguinte.
§ 2º - Não prejudicarão a percepção do Prêmio instituído nesta cláusula as faltas oriundas de casamento do empregado (devidamente comprovado pela certidão estabelecida em lei) ou pela doação voluntária de sangue (devidamente comprovada pelo atestado da instituição coletora de sangue) observados os limites estabelecidos no art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 3º- Para aferição do direito do empregado ao Prêmio ora estabelecido, as empresas deverão manter controle diário de frequência - mecânico, manual ou eletrônico - presumindo-se na inexistência de tais controles, ser devido o Prêmio de Assiduidade e Pontualidade.
§ 4º - Ante a inabitualidade de seu pagamento, face à sujeição ao adimplemento de condições para sua concessão, o Prêmio de Assiduidade e Pontualidade em nenhuma hipótese se integrará ao salário contratual para qualquer fim, devendo ser pago em destaque na folha de pagamento, não se computando no cálculo de férias anuais, 13º salário, adicionais, horas extras, gratificações, outros prêmios pagos pelo empregador e verbas rescisórias.
Clausula Décima Terceira – Rescisões Contratuais - Faculta-se às empresas obterem a assistência do SindMetal-GO nas rescisões de contrato de trabalho de empregado, independente dos motivos do rompimento do pacto laboral.
§ 1º - A quitação final com os trabalhadores dispensados injustamente ou a pedido, bem assim por outros motivos previstos em lei, deverá ser feita dentro dos prazos estabelecidos na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
§ 2º - Para homologação da rescisão contratual, a empresa deverá apresentar ao SindMetal-GO o instrumento de quitação em, no mínimo, 04 (quatro) vias e pagar antecipadamente na tesouraria do SindMetal-GO ou por operação bancária a quantia de R$ 100,00 (cem reais) por empregado a ser assistido.
§ 3º - Ao firmar o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho mediante a assistência sindical regulamentada nesta Cláusula o empregado outorgará ao empregador plena geral e irretratável quitação pelas parcelas rescisórias discriminadas no referido termo, não mais podendo reclamar na Justiça do Trabalho quaisquer diferenças, seja a que título for salvo parcelas expressamente ressalvadas no ato da assistência.
Clausula Vigésima Sexta – Férias - O dia de início de fruição de férias individuais ou coletivas concedidas aos empregados não poderá coincidir com o domingo, feriado ou com dia já compensado no decorrer da semana trabalhada, nem com o dia destinado à folga daqueles que laboram mediante escala ou turnos de revezamento.
Clausula Quadragésima Sétima – Multa por não cumprimento - Fica estipulada multa de 20% (vinte por cento) a ser aplicada à empresa que descumprir quaisquer das normas estabelecidas na presente Convenção Coletiva de Trabalho.
§ 1º - A multa retro mencionada será aplicada sobre o montante da obrigação devidamente corrigida, com acréscimo de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, até o efetivo cumprimento do dispositivo violado.
§ 2º - Quando a infração se referir à mensalidade prevista na Cláusula 41ª, a multa será limitada a 2% do montante devido, revertendo-se em favor do SindMetal-GO. Em se tratando de outras cláusulas a multa incidirá sobre o salário dos empregados atingidos pela inadimplência e em favor destes será revertida.
§ 3º - Em qualquer caso, a infração somente se caracterizará para efeito de cobrança da multa, após aviso do SindMetal-GO à empresa inadimplente, que terá o prazo máximo de 10 (dez) dias, contados da comunicação, para cumprir a obrigação.
Aqui foram apresentadas as principais Clausulas da Convenção Coletiva de Trabalho, vale reforçar que seria de suma importância uma leitura ainda mais aprofundada do assunto para melhor entendimento, sendo de extrema importância a leitura da Convenção para melhor entendimento, já que a mesma tem duração de 1 ano, e a cada ano, ela recebe atualizações e algumas alterações.
Conclusão
Conclui-se que os roteadores wireless de modelo MR102 são mais rentáveis para a Virtualmob por terem uma margem de contribuição maior, e que justamente por essa margem de contribuição ser tão compensativa, torna-se inviável aceitar a encomenda para fabricação do modelo MR101 em maior escala, levando em conta que pra aceitar essa encomenda a Virtualmob teria de reduzir na fabricação do MR102.
O fluxo de caixa projetado é a ferramenta ideal para controlar o fluxo de caixa da Virtualmob, pois através dele é possível confrontar o previsto com o realizado, tanto das receitas como dos custos e das despesas. O fluxo de caixa projetado também fornece as informações relativas aos custos fixos e variáveis e sua utilização previne o gestor para uma futura necessidade de caixa, cabendo ao este a aquisição de um empréstimo. 
A cobrança do ICMS pelos estados é legal e está fundamentada no artigo 155 da Constituição Federal de 1988, que é a lei suprema do Brasil. Em âmbito federal o principal dispositivo legal que regulamenta o ICMS depois da Constituição Federal é a Lei Complementar nº 87 de 13 de setembro de 1996, que também é conhecida como Lei Kandir. 
O ICMS segue o princípio da não-cumulatividade, constituindo-se crédito nas entradas e débitos nas saídas. 
No estado de Goiás ICMS está disciplinado no Código Tributário do Estado de Goiás – CTE (Lei nº 11.651 de 26 de dezembro de 1991) e no Regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás – RCTE/GO (Decreto nº 4.852 de 29 de dezembro de 1997). As alíquotas encontram-se dispostas no artigo 20 do RCTE/GO, sendo que as que devem ser praticadas por empresas do segmento de equipamentos eletrônicos e de informática, como é o caso da Virtualmob é 17% (dezessete por cento) nas operações internas, e 12% (doze por cento) nas operações interestaduais, devendo ser observado se o produto a ser vendido não é composto por matéria-prima adquirida do exterior em percentual igual ou superior a 40% (quarenta por cento), situação em que a alíquota interestadual passaria a ser 4% (quatro por cento).
Dos benefícios fiscais de ICMS concedidos no estado de Goiás, os que devem ser observados pela Virtualmob, é redução da carga tributária para 10% (dez por cento) nas vendas para comercialização (Art. 8º, inciso VIII do anexo IX do RCTE/GO) e o crédito especial para investimento (Artigos 19 á 29 do anexo IX do RCTE/GO).
O ICMS representa a maior fatia dasreceitas estaduais, em 2017 a arrecadação de ICMS representou 66% da receita anual do estado.
Os estados devem repassar aos municípios 25% (vinte e cinco por cento) do que arrecadarem de ICMS conforme disposto no artigo 158 da Constituição Federal. O municípios por suas vezes devem apresentar essa receita em seus orçamentos e registra-las devidamente em suas contabilidades, que por estar no ramo da contabilidade pública e regida principalmente pela Lei 4.320 de 17 de março de 1.964.
Referências Bibliográficas
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