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Apostila Formação de Analista Fiscal e Tributário

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1 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 - NOÇÕES GERAIS SOBRE TRIBUTOS E SUAS ESPÉCIES ............................................................................. 2 
2 - SIMPLES NACIONAL......................................................................................................................................... 21 
3 - LUCRO PRESUMIDO ........................................................................................................................................ 30 
4 - LUCRO REAL ..................................................................................................................................................... 34 
5 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ICMS – DÉBITO E CRÉDITO ............................................................................... 41 
6 - MANIFESTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS FISCAIS – MDF-e...............................................................54 
7 - NCM...................................................................................................................................................................55 
8 - RETENÇÕES PESSOAS JURÍDICAS...............................................................................................................55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Matheus Ramos Trolesi - 
matheus@ipecont.com.br 
Contador, Consultor, Pós-Graduado 
em Direito Tributário e Mestre em 
Administração. É professor nos cursos 
de Pós-Graduação da FACESM em 
Itajubá/MG, do IPECONT em 
Varginha/MG, da UNIARARAS em 
Araras/SP, da FAI em Santa Rita do 
Sapucaí/MG, da UNIVÁS em Pouso 
Alegre/MG, da UNIFOR em 
Formiga/MG, da Bluetax em Belo 
Horizonte/MG e em Juiz de Fora/MG. 
Foi Coordenador Estadual do CRCMG 
jovem (2018/2019), Consultor, 
Professor e Diretor do IPECONT. 
Possui mais de 10 anos de experiência 
em Gestão Empresarial, Contabilidade 
e Legislação Tributária. 
 
Curso Online iniciado em 19/05/2020 
 
FORMAÇÃO FISCAL E TRIBUTÁRIO 
Professor: 
Me. Matheus Ramos Trolesi 
 
 
 
 
2 
 
 
1 – Noções Gerais Sobre Tributos e suas Espécies 
1.1 – Legislação Tributária: Tributos e suas espécies 
A cobrança de tributos no Brasil iniciou-se antes mesmo que se tivesse uma legislação própria. Como as terras 
pertenciam ao Rei de Portugal, qualquer exploração de atividade econômica era entendida como um favor 
real, sujeita ao pagamento dos tributos e comprimento de outras obrigações. A concepção de um Estado 
preocupado com o bem comum, que precisaria ser mantido, não era forte. O tributo era devido à pessoa do 
soberano. 
 
 
O Estado necessita de meios materiais e pessoais para a realização de seus objetivos institucionais para que 
possa garantir a ordem jurídica, a segurança, a defesa, a saúde pública e o bem-estar social de sua população. 
Para a realização dessas tarefas, de expressivo valor econômico e social, o Estado, em sua atividade financeira, 
precisa buscar, administrar e aplicar os recursos que são indispensáveis às obrigações que ele assumiu diante 
das necessidades da população nacional. 
 
Sistema Tributário Nacional 
O Sistema Tributário Nacional é um conjunto estruturado e lógico dos tributos que compõem o ordenamento 
jurídico nacional, bem como das regras e princípios normativos relativos à matéria tributária. Os conceitos que 
compõem o sistema tributário brasileiro jamais devem ser analisados e vistos como um sistema estático, 
mesmo porque eles devem ser aplicados em um conjunto dinâmico e constituído pela realidade social, pelo 
sistema econômico e por critérios de justiça. O Sistema Tributário Nacional é regulamentado pelos artigos 145 
a 162 da Constituição Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Nossa realidade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 * O total foi de 918 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Para os especialistas, os impostos embutidos nos preços de cada produto, como o cafezinho, são os piores, porque 
são pagos igualmente por quem ganha R$ 100 mil ou um salário mínimo. Proporcionalmente, é o cidadão com 
renda menor que paga mais. O Brasil é o país com a maior carga tributária em impostos invisíveis pagos na ponta 
do consumo, de acordo com Zilveti. 
 
No Brasil, os impostos sobre o consumo equivalem a 70% da arrecadação. No Chile, eles são responsáveis 
por 50,1% da arrecadação, no Japão, por 18%, no México, por 54% e nos EUA, 17,9%, segundo dados da 
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 
— Isso provoca uma distribuição de renda ao contrário, ou seja, quem ganha menos paga mais imposto. A maior 
arrecadação vem do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que está em todos os serviços e 
produtos — diz Olenike, do IBPT. 
 
Na Europa, taxa-se o consumo por meio do Imposto de Valor Agregado (IVA). Mas é um imposto único que incide 
em toda a cadeia produtiva e fica em média em 20%. Aqui, a diferença é que há uma cascata de tributos, como 
o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Pis/Cofins e ICMS. Neste último, existem diferentes alíquotas 
entre os estados, incidindo na cadeia produtiva. Para o consumidor, o resultado é que numa série de produtos, 
como cosméticos e perfumes, a carga tributária supera 50%. Na prática, mais da metade do preço é imposto. 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
Espécies de Tributos: 
 
Imposto: é tributo de caráter genérico que independe de qualquer atividade ou serviço do poder público em 
relação ao contribuinte. 
Taxa: é um tributo relacionado com o exercício regular do poder de polícia, ou, com a prestação de algum 
serviço público para um beneficiário identificado ou identificável. 
Contribuição de melhoria: é um tributo cuja obrigação tem como fato gerador a valorização de imóveis 
decorrente de obra pública. 
 
 
 
9 
 
 
Contribuições especiais: são aquelas que a União Federal institui com fundamento nos arts. 149 a 195 da 
Constituição Federal; dividem-se em 2 espécies: as contribuições sociais e as contribuições de seguridade social. 
Empréstimo compulsório: é um imposto qualificado pela promessa de restituição; teria natureza do contrato, 
embora ditado ou coativo. 
 
 
 
No quadro a seguir são especificados os tributos por espécies: 
 
 
União Estados e Distrito Federal Municípios 
Impostos 
✓ Propriedade territorial rural 
✓ Produtos estrangeiros 
✓ Exportação 
✓ Renda e proventos de 
qualquer natureza 
✓ Produtos industrializados 
✓ Operações de crédito, câmbio 
e seguro, ou relativas a 
títulos e valores mobiliários 
✓ Grandes fortunas 
✓ Outros impostos não previstos 
na Constituição Federal 
 
✓ Propriedade de veículos 
automotores 
✓ Transmissão de bens causa 
mortis e doações 
✓ Operações relativas à 
circulação de mercadorias e 
prestação de serviços de 
transporte interestadual 
intermunicipal, de 
comunicação e fornecimento 
de energia elétrica 
 
✓ Propriedade territorial urbana 
✓ Transmissão de bens inter 
vivos 
✓ Serviços de qualquer 
natureza, exceto os serviços 
tributados pelos Estados e 
Distrito Federal 
 
Outros Tributos (taxas, contribuições e empréstimos compulsórios) 
✓ Contribuições sociais 
✓ Contribuições de intervenção 
no domínio econômico - CIDE 
✓ Empréstimos compulsórios 
✓ Taxas 
✓ Contribuições de melhorias 
 
✓ Taxas 
✓ Contribuições de melhoria 
 
✓ Taxas 
✓ Contribuições de melhoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Legislação Tributária 
 
 O CTN (Lei nº 5.172/1966), em seu artigo 96, define legislação tributária como: 
 
Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as 
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no 
todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes (BRASIL, 
1966). 
 
Hierarquia da Legislação Tributária – Constituição Federal de 1988 
 
 
Função dos Tributos 
 
Um tributo pode ter a função, fiscal, extrafiscal ou parafiscal. A classificação apresentada decorre de ostributos serem usados também com outras funções, que não a de simples arrecadação. 
Um tributo que tenha a função fiscal é aquele que tem por objetivo principal a arrecadação de recursos para o 
Estado; extrafiscal, quando seu objetivo principal é a interferência no domínio econômico além de 
arrecadação; e parafiscal, quando seu objetivo principal é a destinação ao custeio de atividades que, em 
princípio, não integram as funções próprias do Estado. 
Como exemplo pode-se dizer que o IR tem função fiscal, enquanto o Imposto de Importação e o IPI tem função 
extrafiscal (regulatória) e as contribuições para às entidades como SESI, SESC, SENAC tem função parafiscal 
(REZENDE, PEREIRA E ALENCAR, 2010, p. 49). 
 
 
 
 
 
11 
 
 
1.3 Os tributos na Constituição de 1988 
 
A ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 
Os objetivos fundamentais do Estado são: 
✓ Constituir uma sociedade justa, livre e solidária; 
✓ garantir o desenvolvimento nacional; 
✓ erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir desigualdades sociais e regionais; 
✓ promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação, conforme artigo 3º da Constituição Federal. 
 
Para atingir os objetivos fundamentais, o Estado precisa de recursos financeiros. Tais recursos são obtidos por 
meio das atividades financeiras: 
 
a. RECEITA: 
Originária (exploração dos bens e serviços públicos); 
Derivada (obtida por meio do poder de tributar). 
 
b. GESTÃO: 
Administração e conservação do patrimônio público. 
 
c. DEFESA: 
Recursos patrimoniais para a realização dos fins visados pelo Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS 
 
CATEGORIA GOVERNO TRIBUTO OU CONTRIBUIÇÃO 
Comércio 
Exterior 
União Imposto sobre Importação - II 
Imposto sobre Exportação – IE 
 
Patrimônio e 
Renda 
União Imposto sobre a Renda – IR 
Imposto Territorial Rural – ITR 
Estados Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA 
Municípios Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU 
 
 
Produção e 
Circulação 
União Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 
Imposto sobre Operações Financeiras – IOF 
Estados Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS 
Imposto s/transmissão “causa mortis”e Doação – ITCMD 
Municípios Imposto sobre Serviços - ISS 
Imposto sobre Transmissão Inter Vivos – ITBI 
 
 
 
Contribuições 
Sociais 
 
 
União 
Sobre Folha de Pagamentos - Empregado/ Empregador 
Financiamento da Seguridade Social - COFINS 
Programa de Integração Social - PIS 
Patrimônio do Servidor Público - PASEP 
Lucro Líquido – CSLL 
Previdenciária do Servidor Público 
Estados e 
Municípios 
Previdenciária do Servidor Público (estatutários) 
 
Exemplos de tributos: 
 
Federais: 
 
II – Imposto de Importação - Esse tipo de imposto, como o seu próprio nome já nos dá a entender, incide sobre 
os produtos comprados em território estrangeiro. 
Sendo assim, toda vez que compras são feitas no exterior, a entrega dos produtos no Brasil só é autorizada 
mediante o pagamento do II. 
 
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados. Basicamente, os contribuintes do IPI são os importadores, 
comerciantes ou arrematadores. Ele é cobrado das indústrias e sobre a importação de produtos e mercadorias 
 
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras e de Câmbio – é um dos principais impostos pagos pelo cidadão ao 
longo da vida. Basicamente, tal tributação recai sob operações de câmbio, crédito ou de seguro. Além disso, 
ele também é cobrado em operações mobiliárias ou relacionadas a títulos. O contribuinte pode ser tanto 
pessoa física como jurídica – tudo vai depender de quem realizar a operação. 
 
IRPJ – Imposto de Rendas das Pessoas Jurídicas -incide sobre o lucro de empresas de todos os portes e 
segmentos do mercado nacional. As alíquotas são as seguintes: 15% mais um adicional de 10% para lucros 
superiores a $240 mil por ano. 
 
IRPF – Imposto de Renda das Pessoas Físicas – É cobrado sobre a renda e proventos recebidos por pessoas 
físicas. Incide sobre todo tipo de aumento patrimonial. Existem alguns casos de isenção para heranças e outros 
ganhos específicos. 
 
ITR - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – é cobrado todos os anos exclusivamente das 
propriedades rurais. 
 
COFINS – Contribuição para o Financiamento da seguridade Social – É cobrado das empresas. Esse tributo é 
destinado ao financiamento de programas de seguridade social – como previdência social, assistência social e 
saúde pública, por exemplo. 
 
 
 
 
13 
 
 
CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – é uma tributação que incide sobre o gás 
natural, petróleo e seus derivados (o que inclui o álcool e o combustível). Os contribuintes do CIDE são os 
produtores, importadores e formuladores de combustíveis em âmbito nacional. Incide também sobre remessas 
de recursos para o exterior a título de pagamento de serviços entre outros. 
 
CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – é uma tributação federal brasileira com incidência na 
renda líquida de pessoas jurídicas. A alíquota da CSLL varia de 9% sobre o lucro as empresas e 20% dos bancos 
 
INSS – Contribuição para a Seguridade Social – Custeia as aposentadorias e pensões. É destinada ao Instituto 
Nacional do Seguro Social. É cobrada das empresas, dos trabalhadores, autônomos e administradores. 
 
PIS - Programa de Integração Social - O principal objetivo do PIS é de financiamento para o pagamento de 
abonos, seguro-desemprego e participação na receita bruta de entidades ou órgãos. 
 
Estaduais 
 
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – é um imposto Nacional, contudo de competência 
dos estados. Cada estado pode alterar a tabela de valores a serem tributados por conta própria. 
O ICMS é um tributo que incide sobre os mais variados tipos de serviços prestados em âmbito nacional – como 
serviços de importação, telecomunicações, transportes interestaduais ou intermunicipais, prestação de 
serviços e assim por diante. 
 
ITCMD - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação. Seu objetivo é incidir sobre o recebimento de 
heranças (quando é causa mortis) ou doações (no caso de relações com inter-vivos). 
 
IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – incide sobre a propriedade de veículos 
automotores – o que inclui carros, motos, ônibus, caminhões e outros. 
 
Municipais 
 
ITBI - Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos – incide sobre a transferência da propriedade de casas, 
prédios e imóveis de modo geral. 
 
ISS - Imposto sobre Serviços – é cobrado sobre a prestação de serviços. A fato gerador é a prestação de 
serviços elencados na Lei Complementar 116/2003, as alíquotas variam de 2 a 5%, de acordo com as legislações 
municipais 
 
IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - é o imposto que incide sobre a 
propriedade de qualquer tipo de imóvel, o que inclui: residências, galpões industriais, prédios comerciais ou 
residenciais, chácaras de recreio, terrenos e quaisquer outros espaços. 
Tributos Diretos e Indiretos 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Contribui%C3%A7%C3%B5es_de_Interven%C3%A7%C3%A3o_no_Dom%C3%ADnio_Econ%C3%B4mico
 
 
 
14 
 
 
Todos os tributos, em última instância, reduzem a riqueza (patrimônio ou renda) das pessoas. No entanto, 
alguns tributos incidem diretamente sobre o patrimônio ou a renda, os chamados tributos diretos. São 
exemplos de tributos diretos: 
 
✓ Imposto sobre rendas e proventos de qualquer natureza – IR 
✓ Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU 
✓ Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR 
✓ Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA. 
 
Outros tributos, chamados tributos indiretos, incidem sobre a produção e circulação de bens ou serviços. Uma 
vez que os produtores e vendedores de bens e serviços repassam tais tributos aos preços, estes acabam 
atingindo indiretamente o consumidor final. 
São exemplos de tributos indiretos:✓ Imposto sobre as operações a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS 
✓ Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI 
✓ Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social – COFINS. 
 
 
 
 
Nascimento da obrigação tributária 
Como vimos anteriormente, o pagamento de tributos não depende da vontade do contribuinte, sendo 
compulsório e atribuído por força de lei. 
Obrigação principal 
Chama-se obrigação tributária principal a obrigação de pagar o tributo propriamente dito (portanto, 
obrigação de dar), eventualmente acrescido de juros e multas. Diferentemente do que ocorre nas obrigações 
civis, por exemplo, os juros e multas realmente integram a obrigação principal, uma vez que o legislador do 
CTN, por conveniência, preferiu manter a cobrança do tributo e de seus acréscimos sob o mesmo regime 
jurídico. 
A multa, no entanto, apesar de ser considerada pelo Código Tributário Nacional como parte da obrigação 
principal, não pode ser considerada tributo propriamente dito, uma vez que o próprio CTN define tributo como 
prestação que não configura sanção de ato ilícito. 
 
http://www.direitoeleis.com.br/index.php?title=Legislador&action=edit&redlink=1
http://www.direitoeleis.com.br/CTN
 
 
 
15 
 
 
Obrigação Acessória 
As obrigações acessórias são as prestações de fazer ou não fazer determinados atos em cumprimento do 
interesse do exercício fiscalizatório do Estado. Na realidade, tratam-se de deveres instrumentais, que auxiliam 
o Fisco nas suas atividades (nesta classificação, não se incluem as obrigações de dar, pois estas pressupõem o 
pagamento dos tributos, classificando-se como obrigação principal). Em outras palavras, consideram-se 
obrigações acessórias a escrituração de livros contábeis, emissão de notas fiscais e recolhimento de 
imposto de renda. 
Ao falar em prestações positivas ou negativas, o legislador tributário quis se referir às obrigações que os 
civilistas classificam como de fazer ou deixar de fazer. Não se incluem as obrigações de dar dinheiro, porque 
estas (...) são consideradas "principais". São, na realidade, obrigações meramente instrumentais, simples 
deveres burocráticos que facilitam o cumprimento das obrigações principais. 
Novamente, o conceito empregado do termo "acessório" diverge do conceito utilizado no Direito Civil. Aquele 
pressupõe que a coisa acessória acompanha a principal e esta última existe por conta própria. A obrigação 
tributária acessória, no entanto, pode existir independentemente de haver uma obrigação principal 
correspondente. Por exemplo, as entidades que gozam de imunidade tributária, sendo, portanto, livres do 
cumprimento da obrigação tributária principal, são obrigadas a recolher imposto de renda retido na fonte pago 
a pessoa física que lhe presta serviços. 
Hipótese de incidência 
A descrição que a lei faz de um fato que, quando ocorrer, fará nascer a obrigação tributária chama-se hipótese 
de incidência. A hipótese de incidência é, portanto, o conceito teórico da lei, a regra a ser seguida. A hipótese 
de incidência do imposto de renda, por exemplo, é a aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de 
renda ou proventos de qualquer natureza. A existência de tal previsão legal significa que, se uma determinada 
pessoa auferir renda ou proventos, terá que pagar o imposto (REZENDE, PEREIRA E ALENCAR, 2010, p. 50). 
 
Fato gerador 
Denomina-se fato gerador a concretização da hipótese de incidência, ou seja, a materialização da situação 
descrita em lei. Além de determinar a hipótese de incidência, a lei também deve descrever o momento em que 
se considera que a hipótese de incidência ocorre. 
Alguns fatos geradores concretizam-se num único ato, outros são concretizados em vários atos, mais apurados 
em um período específico e outros persistem ao longo do tempo, sem prazo para conclusão. Deste modo, os 
fatos geradores podem ser: instantâneos, periódicos, complexivos e persistentes. 
O quadro a seguir resume as características de cada um: 
 
 Características dos Fatos Geradores 
 
Tipo de Fato 
Gerador 
Característica Exemplo 
Instantâneo 
Concretiza-se em um único ato Venda de imóvel (incidência 
de ITBI) 
Periódico 
Embora possa ocorrer diariamente, é 
aquele que sobre o qual a lei 
determina que o montante do tributos 
seja apurado em determinado período 
ICMS – apuração mensal 
IPI – apuração decendial 
PIS/COFINS – apuração mensal 
Complexivo 
Depende de uma série de operações, 
dentro de um período, para se apura a 
base de cálculo e o montante do 
tributo devido. 
IRRF e IRPJ 
Persistente 
Constante, que não tem prazo certo 
para sua conclusão. 
IPTU e ITR onde a propriedade 
é um direito permanente. 
 
http://www.direitoeleis.com.br/Direito_Civil
http://www.direitoeleis.com.br/Imunidade_tribut%C3%A1ria
http://www.direitoeleis.com.br/index.php?title=Imposto_de_renda_retido_na_fonte&action=edit&redlink=1
 
 
 
16 
 
 
1.4. Código Tributário Nacional - CTN 
O CTN - Código Tributário Nacional - é a Lei norteadora, no Brasil, da aplicabilidade dos tributos, extensão, 
alcance, limites, direitos e deveres dos contribuintes, atuação dos agentes fiscalizadores e demais normas 
tributárias. 
RECEPÇÃO DO CTN PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988 
A aplicabilidade atual do CTN, sob a égide da Constituição de 1988 decorre do fenômeno, teoria ou princípio da 
recepção (art. 34, §5 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). 
Através do princípio da recepção, todas as normas jurídicas em vigência anteriores a um ordenamento 
constitucional e que não entrem em conflito com este último, são absorvidas pelo sistema jurídico, 
permanecendo em vigor. 
O CTN - Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966, cumpre as funções da lei complementar exigida pela Constituição 
Federal de 1988 para tratar de prescrição e de decadência tributárias no art. 150, parágrafo quarto; no art. 
156, inciso V; no art. 173 e no art. 174 do texto constitucional. 
No aspecto formal, como a Constituição Federal de 1967 exigia que a matéria tributária, em se tratando de 
‘normas gerais, conflitos de competência e limitações ao poder tributante’ fosse de natureza complementar, o 
CTN, diploma que versava sobre tais assuntos, embora fosse lei ordinária, passou a ter ‘eficácia de lei 
complementar’ por força do princípio da recepção. 
Crimes tributários 
São considerados crimes contra a ordem tributária (arts. 128 a 135 do CTN) aquelas ações que envolvem dolo, 
má-fé e intenção, que podem ser de vários tipos: 
 
Crimes Tributários 
 
Tipo Caracterização Exemplos 
Sonegação 
Diminuição ou omissão de receita que 
acarreta não pagamento total ou parcial de 
tributos. 
Venda de mercadorias sem emissão 
de Notas Fiscais. 
Fraude 
Alteração de documentação para diminuir ou 
omitir pagamentos. 
Alteração de dados contábeis, 
balanços, nf´s 
Simulação 
Participação de dois ou mais agentes que 
simulam atos irreais. 
Venda de imóvel de uma empresa 
aos sócios, por preço menor do que 
o mercado (distribuição disfarçada 
de lucros). 
Contrabando 
Importação de mercadoria ilícita sem 
autorização legal. 
Cocaína, éter, acetona, armas 
etc... 
Descaminho 
Importação de mercadoria lícita sem o 
recolhimento dos tributos incidentes 
Entrada de mercadorias não 
declaradas superior ao limite 
permitido em lei. 
Depositário infiel 
e apropriação 
indébita 
previdenciária 
Omissão de repasse ao agente arrecadador 
de tributos já descontados de terceiros 
(retidos). 
IRRF, INSS descontados dos 
salários, IPI, ICMS etc... 
Dolo em geral 
Má-fé, ou seja, intenção do agente de causar 
lesão ao fisco. 
Erros propositais na declaração de 
rendimentos. 
 
 
 
 
 
17 
 
 
24% das empresas brasileiras não conferem tributos das suas compras, 
diz pesquisa 
Praticamente um quarto das empresas brasileiras simplesmente não analisa, de forma alguma, 
os tributos incidentes sobre as compras efetuadas de fornecedores. Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-
feira (10) pela Systax, 24% dos entrevistados não têm qualquercontrole sobre o tema. Os números mostram 
ainda que 31% conferem a tributação parcialmente, para itens de consumo ou revenda. Já 45% analisam todas 
as compras feitas de fornecedores. 
 
O alto índice de abstenção assusta, principalmente considerando que a maior parte das 845 empresas analisadas 
são do setor de comércio, um dos mais impactados pela tributação. “Entendo que são duas causas principais [para 
a falta de controle]: desconhecimento e complexidade”, explicou Fábio Rodrigues, Diretor da Systax e especialista 
em Ciências Contábeis. Segundo ele, muitas empresas desconhecem o nível de sua responsabilidade. Entendem 
que basta seguir a classificação fiscal e a tributação do início da cadeia. Mas não é assim. “E tem a complexidade 
da legislação. Mesmo sabendo dos riscos, muitas empresas não possuem ferramentas ou estrutura que a permita 
conferir todos os documentos fiscais recebidos. Dessa forma, optam por aceitar aquilo que o fornecedor faz, mas 
muitas vezes são surpreendidas com autuações por parte do fisco. Entendo a dificuldade de cumprir com esse 
desafio, mas isso é imprescindível para reduzir o risco fiscal”, alertou. 
Barreira burocrática - Uma das razões para tamanha complexidade é a quantidade de regras fiscais (e de 
mudanças nessas normas) editadas no Brasil – que, segundo o Banco Mundial, é o país com mais burocracia 
tributária do mundo. De acordo com a Systax, apenas na sua base constam 18 milhões de regras. “São inúmeros 
atos publicados diariamente e isso se transforma em centenas ou milhares de regras. Chegamos a um nível de 
complexidade que apenas a atividade humana já não dá conta de acompanhar tantas mudanças”, desabafou 
Rodrigues. Nota Fiscal eletrônica: Além da falta de controle geral, quando o tema é Nota Fiscal Eletrônica (NF-
e), o problema se repete. De acordo com a pesquisa, 29% das empresas não verificam os tributos indicados nas 
NF-e antes de receber as mercadorias dos fornecedores. Apenas 16% o fazem em todos os casos. 
 
Curiosamente, 13% acreditam que não sofrerão 
punições se o fisco identificar erros na 
tributação: “As empresas podem ser 
responsabilizadas em decorrência de erros que 
são cometidos por seus fornecedores, a 
exemplo da falta de aplicação da substituição 
tributária ou mesmo do uso indevido de algum 
benefício fiscal”, finalizou Rodrigues. 
 
https://portalcontabilsc.com.br/wp-content/uploads/2019/01/grafico-systax-1.jpg
https://portalcontabilsc.com.br/wp-content/uploads/2019/01/grafico-systax-2.jpg
 
 
 
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2 - SIMPLES NACIONAL 
 
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável 
às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dez. de 2006. 
Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios. 
 
Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes condições: 
✓ Enquadrar-se na definição de ME ou de EPP; 
✓ Cumprir os requisitos previstos na legislação; e 
✓ Formalizar a opção pelo Simples Nacional. 
 
Características principais do Regime do Simples Nacional: 
✓ Ser facultativo; 
✓ Ser irretratável para todo o ano-calendário; 
✓ Abrange os seguintes tributos: IR, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a CPP; 
✓ Recolhimento dos tributos abrangidos mediante DASN; 
✓ Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para o cálculo do valor mensal devido, geração do 
DASN e, constituição do crédito tributário; 
✓ Apresentação de declaração única e simplificada; 
✓ Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente; 
✓ Obrigações Acessórias Diferenciada e Simplificadas (Inexigível) 
 
Legislação: 
✓ Institui o Estatuto Nacional da ME e da EPP; altera dispositivos das Leis nºs 8.212 e 8.213, da 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, da Lei nº 10.189, da Lei 
Complementar nº 63, e revoga as Leis nºs 9.317 e 9.841, de 5 de outubro de 1999. 
✓ Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
✓ Alterada pela Lei Complementar n° 127, de 14 de agosto de 2007. 
✓ Alterada pela Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008. 
✓ Alterada pela Lei Complementar n° 133, de 28 de dezembro de 2009. 
✓ Alterada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011. 
✓ Alterada pela Lei nº 12.792, de 28 de março de 2013. 
✓ Alterada pela Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014. 
✓ Alterada pela Lei Complementar nº 155, de 28 de outubro de 2016. 
 
2.1 ISENÇÃO OU REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO ICMS 
 A partir de 1º de janeiro de 2009 os Estados poderão, independentemente da anuência do CONFAZ, conceder o 
benefício da isenção ou da redução da base de cálculo do ICMS para as empresas optantes pelo Simples Nacional 
conforme dispõe o §20-A do art. 18 da LC 128/2008 e a Resolução do CGSN nº 52, de 22/12/2008. 
NOTA: Atualmente, no Estado de Minas Gerais as isenções do ICMS relacionadas no Anexo I do RICMS/MG 
não se não se aplicam às prestações ou operações abrangidas pelo Simples Nacional. (Artigo 6º, § 5º da 
PG do RICMS/02) 
 
2.2 ANTECIPAÇÃO DO ICMS NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS 
A partir de 1º de janeiro de 2008, a microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) deverão apurar e 
recolher, mensalmente, a título de antecipação do ICMS o valor resultante da aplicação do percentual relativo à 
diferença entre a alíquota interna e a interestadual relativo a entrada de mercadoria destinada a industrialização 
ou comercialização ou na utilização de serviço oriunda de outra unidade da Federação. (Artigo 42, §14 da Parte 
Geral do RICMS/02) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
Na apuração da antecipação em questão, deverá ser considerada a alíquota interna de aquisição fixada no 
art. 42 mencionado, independentemente da existência de previsão de benefícios fiscais para operações 
internas. 
 
Essa sistemática não se aplica as aquisições interestaduais com ST. 
 
Exemplo: Contabilização de uma compra de SP: 
 
Valor da mercadoria: R$ 1.000,00 
ICMS destacado – 12%: R$ 120,00 
TOTAL DA NF: R$ 1.000,00 
Cálculo do ≠ de alíquota: (alíquota interna de 18%) 
 
Cálculo para os produtos sem o Fundo de Combate à Pobreza 
 
Operações interestaduais destinadas a consumidor final estabelecido em Minas Gerais 
contribuinte do ICMS – sem benefício fiscal no destino 
a) Valor da operação R$ 1.000,00 
b) ICMS regularmente destacado (alíquota: 12%) R$ 120,00 
c) Cálculo da exclusão do ICMS operação interestadual da base de 
cálculo, considerando-se o imposto regularmente destacado no 
documento fiscal 
 
R$ 1.000,00 – R$ 120,00 
d) Valor da operação sem o ICMS operação interestadual R$ 880,00 
e) Base de Cálculo do ICMS diferencial de alíquota, considerando-
se a alíquota interna de 18% 
R$ 1.073,17 
(R$ 880,00 / 1-alíquota interna) = 
(R$880,00 / 0,82) 
f) Cálculo do ICMS diferencial de alíquota, considerando-se a 
alíquota interna de 18% 
(R$ 1.073,17 x 18%) - 
(R$ 1.000,00 x 12%) 
g) Valor total a ser recolhido ao Estado de destino: ICMS diferencial 
de alíquota. 
R$73,17 
(R$ 193,17,00 – R$ 120,00) 
 
D – 113.111 - Estoque e mercadorias para revenda (AC) ........... R$ 1.073,17 
C – 211.11 - Fornecedores (PC) ................................................ R$ 1.000,00 
C – 211.615 - ICMS ≠ % RECOLHER (PC) ................................. R$ 73,17 
 
2.3 GERAÇÃO DE CRÉDITOS DO ICMS PELA ME E PELA EPP 
A partir de 1º de janeiro de 2009, as pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas não optantes pelo Simples 
Nacional poderão creditar-se do ICMS incidente sobre as aquisições de mercadorias de microempresa (ME) ou 
empresa de pequeno porte (EPP) optante pelo Simples Nacional, desde que destinadas a posterior 
comercialização ou industrialização.(Art. 68-A da Parte Geral do RICMS/02) 
 
2.4 INAPLICABILIDADE DA TRANSFERÊNCIA DO CRÉDITO DE ICMS 
A transferência de crédito do ICMS, mencionada neste item, não se aplica quando: 
a) A ME ou EPP estiver sujeita à tributação do ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais; 
b) Tratar-se de operação de venda ou revenda de mercadorias em que o ICMS não é devido pelo Simples 
Nacional; 
c) Houver isenção estabelecida pelo Estado que abranja a faixa de receita bruta a que a ME ou a EPP estiver 
sujeita no mês da operação; 
d) A operação for imune ao ICMS; 
e) A ME ou EPP Remetente da operação ou prestação considerar, por opção, que a alíquota deverá incidir 
sobre a receita recebida no mês; 
f) Tratar-se de prestação de serviço de comunicação, de transporte interestadual ou de transporte 
intermunicipal. (Resolução CGSN nº 60, de 22 de junho de 2009) 
 
 
 
21 
 
 
ANEXO: TABELA CSOSN SIMPLES NACIONAL 
Conforme § 5º da Cláusula terceira do Ajuste SINIEF nº 7/05, incluído pelo Ajuste SINIEF nº 3/10, a partir de 1º 
de outubro de 2010, na Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) emitida por empresa optante pelo regime tributário do 
Simples Nacional deverão ser indicados o Código de Regime Tributário - CRT e, quando for o caso, o Código de 
Situação da Operação no Simples Nacional - CSOSN, conforme definidos no Anexo Único do Ajuste SINIEF nº 
7/05, acrescentado pelo Ajuste SINIEF nº 3/10, e a seguir transcrito: 
 
ANEXO ÚNICO - CÓDIGOS DE DETALHAMENTO DO REGIME E DA SITUAÇÃO 
 
TABELA “A” - Código de Regime Tributário - CRT 
1 - Simples Nacional 
2 - Simples Nacional - excesso de sublimite da receita bruta 
3 - Regime Normal 
 
NOTAS EXPLICATIVAS: 
O código 1 será preenchido pelo contribuinte quando for optante pelo Simples Nacional. 
O código 2 será preenchido pelo contribuinte optante pelo Simples Nacional mas que tiver ultrapassado o 
sublimite de receita bruta fixado pelo estado/DF e estiver impedido de recolher o ICMS/ISS por esse regime, 
conforme arts. 19 e 20 da LC 123/06. 
O código 3 será preenchido pelo contribuinte que não estiver na situação 1 ou 2. 
 
TABELA “B” - Código de Situação da Operação no Simples Nacional - CSOSN 
101 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito - Classificam-se neste código as operações que 
permitem a indicação da alíquota do ICMS devido no Simples Nacional e o valor do crédito correspondente. 
102 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito - Classificam-se neste código as operações que 
não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não 
estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900. 
103 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta - Classificam-se neste código as 
operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional contemplados com isenção concedida para faixa de 
receita bruta nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006. 
201 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição 
tributária - Classificam-se neste código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo 
Simples Nacional e do valor do crédito, e com cobrança do ICMS por substituição tributária. 
202 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição 
tributária - Classificam-se neste código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido 
pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 
400, 500 e 900, e com cobrança do ICMS por substituição tributária. 
203 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e com cobrança do ICMS por 
substituição tributária - Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional 
contemplados com isenção para faixa de receita bruta nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006, e com 
cobrança do ICMS por substituição tributária. 
300 – Imune - Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional 
contempladas com imunidade do ICMS. 
400 - Não tributada pelo Simples Nacional - Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes 
pelo Simples Nacional não sujeitas à tributação pelo ICMS dentro do Simples Nacional. 
500 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por antecipação - Classificam-se 
neste código as operações sujeitas exclusivamente ao regime de substituição tributária na condição de 
substituído tributário ou no caso de antecipações. 
900 – Outros - Classificam-se neste código as demais operações que não se enquadrem nos códigos 101, 102, 
103, 201, 202, 203, 300, 400 e 500. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
Ajuste SINIEF 11/2019 altera CST e CRT e extingue o CSOSN 
CONFAZ altera CST – Código de Situação Tributária através do Ajuste SINIEF 11/2019 (DOU de 12/07) e 
extingue o CSOSN – Código de Situação da Operação no Simples Nacional. 
O Ajuste SINIEF 11/2019 (DOU 12/07) extingue o CSOSN e mantém apenas o uso do CST para as 
operações realizadas por todos os contribuintes do ICMS (Optantes e não optantes pelo Simples Nacional). 
Atualmente empresa optante pelo Simples Nacional que recolhe o ICMS neste regime, utiliza 
o CSOSN para emissão dos documentos fiscais e as empresas do Regime Periódico de Apuração – RPA 
utilizam o CST – Código da Situação Tributária do ICMS. 
Uso apenas do CST – Código de Situação Tributária do ICMS 
A medida vai simplificar o dia a dia das rotinas dos contribuintes e também dos profissionais da área fiscal. 
A partir de quando será utilizado o CST para todas as operações? 
A partir de 1º de janeiro de 2022 todas as operações com mercadorias e serviços tributados pelo 
ICMS o contribuinte terá de utilizar o CST para determinar a tributação do imposto estadual. 
 
TABELAS SIMPLES NACIONAL A PARTIR DE 2018: 
Das Alíquotas e Base de Cálculo 
Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples 
Nacional será determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais 
constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar, sobre a base de cálculo de que trata o § 3o 
deste artigo,observado o disposto no § 15 do art. 3o. (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
§ 1o Para efeito de determinação da alíquota nominal, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 
doze meses anteriores ao do período de apuração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
 
§ 1o A. A alíquota efetiva é o resultado de: RBT12xAliq-PD, em que: 
 RBT12 
 
I - RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração; 
II - Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar; 
III - PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar. 
 
§ 1o-B. Os percentuais efetivos de cada tributo serão calculados a partir da alíquota efetiva, multiplicada 
pelo percentual de repartição constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar, observando-se que: 
 
I - o percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de 5% (cinco por cento), transferindo-se eventual 
diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa dereceita bruta anual; 
II - eventual diferença centesimal entre o total dos percentuais e a alíquota efetiva será transferida 
para o tributo com maior percentual de repartição na respectiva faixa de receita bruta. 
 
 
 
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes/2019/ajuste-sinief-11-19
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes/2019/ajuste-sinief-11-19
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes/2010/AJ_003_10
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes/2010/AJ_003_10
 
 
 
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ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR No 123,DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 Produção de efeito 
(Vigência: 01/01/2018) 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio 
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$) 
1a Faixa Até 180.000,00 4,00% - 
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00 
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00 
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00 
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00 
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00 
 
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos 
 IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS 
1a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 
2a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 
3a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 
4a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 
5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 
6a Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% - 
 
ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 Produção de efeito 
(Vigência: 01/01/2018) 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria 
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$) 
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% - 
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00 
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00 
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00 
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00 
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00 
 
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos 
 IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP IPI ICMS 
1a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 
2a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 
3a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 
4a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 
5a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 
6a Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm#anexoi
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm#anexoi
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm#art11
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm#anexoii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm#art11
 
 
 
24 
 
 
ANEXO III DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 Produção de efeito 
(Vigência: 01/01/2018) 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não 
relacionados no § 5o-C do art. 18 desta Lei Complementar 
 
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir 
(em R$) 
1a Faixa Até 180.000,00 6,00% – 
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,00 
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% 17.640,00 
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% 35.640,00 
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% 125.640,00 
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 648.000,00 
 
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos 
 IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS (*) 
1a Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50% 
2a Faixa 4,00% 3,50% 14,05% 3,05% 43,40% 32,00% 
3a Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50% 
4a Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50% 
5a Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50% (*) 
6a Faixa 35,00% 15,00% 16,03% 3,47% 30,50% – 
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma 
proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando 
a alíquota efetiva for superior a 14,92537%, a repartição será: 
 IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS 
5a Faixa, com 
alíquota efetiva superior a 
14,92537% 
(Alíquota 
efetiva – 
5%) x 
6,02% 
(Alíquota efetiva 
– 
5%) x 
5,26% 
(Alíquota 
efetiva – 
5%) x 
19,28% 
(Alíquota 
efetiva – 
5%) x 
4,18% 
(Alíquota 
efetiva – 
5%) x 
65,26% 
Percentual 
de ISS fixo 
em 5% 
 
 
§ 5o-B - Serão tributadas na forma do Anexo III da Lei Complementar 123 as seguintes atividades de prestação 
de serviços: 
I - creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, 
de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas 
livres, exceto as previstas nos incisos II e III do § 5º-D deste artigo; 
II - agência terceirizada de correios; 
III - agência de viagem e turismo; 
IV - centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga; 
V - agência lotérica; 
IX - serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e 
revestimento em metais; 
XIII - transporte municipal de passageiros; 
XIV - escritórios de serviços contábeis, observado o disposto nos §§ 22-B e 22-C deste artigo. 
XV - produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou apresentação, inclusive no 
caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais, cinematográficas e audiovisuais. 
XVI - fisioterapia; 
XVII - corretagem de seguros. 
XVIII - arquitetura e urbanismo; 
XIX - medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem; 
XX - odontologia e prótese dentária; 
XXI - psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de 
nutrição e de vacinação e bancos de leite. 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm#anexoiii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm#anexoiii
 
 
 
25 
 
 
§ 5o-D - Serão tributadas na forma do Anexo III (ou V) da Lei Complementar: 
I - administração e locação de imóveis de terceiros; 
II - academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; 
III - academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; 
IV - elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em 
estabelecimento do optante; 
V - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; 
VI - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em 
estabelecimento do optante; 
IX - empresas montadoras de estandes para feiras; 
XII - laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; 
XIII - serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como 
ressonância magnética; 
XIV - serviços de prótese em geral. 
 
§ 5o-I - Serão tributadas na forma do Anexo V (ou III) da Lei Complementar: 
I - medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; 
II - medicina veterinária; 
III - odontologia; 
IV - psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de 
vacinação e bancos de leite; 
V - serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação; 
VI - engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e 
tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; 
VII - representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros; 
VIII - perícia, leilão e avaliação; 
IX - auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; 
X - jornalismo e publicidade; 
XI - agenciamento, exceto de mão de obra; 
XII - outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do 
exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua 
profissão regulamentada ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III ou IV desta 
Lei Complementar. 
As atividades de prestação de serviços a que se refere o § 5o-I serão tributadas na forma do Anexo III da Lei 
Complementarcaso a razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica seja igual ou superior 
a 28% (vinte e oito por cento). 
 
Quando a relação entre a folha de salários e a receita bruta da microempresa ou da empresa de pequeno porte 
for inferior a 28% (vinte e oito por cento), serão tributadas na forma do Anexo V da Lei Complementar as 
atividades previstas: 
I - nos incisos XVI, XVIII, XIX, XX e XXI do § 5o-B deste artigo; 
II - no § 5o-D deste artigo. 
Para o cálculo da razão a que se referem os §§ 5o-J e 5o-M, serão considerados, respectivamente, os montantes 
pagos e auferidos nos doze meses anteriores ao período de apuração para fins de enquadramento no regime 
tributário do Simples Nacional. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
§ 27. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Msg/VEP-589.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm#art11
 
 
 
26 
 
 
ANEXO IV DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 Produção de efeito 
(Vigência: 01/01/2018) 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-
C do art. 18 desta Lei Complementar 
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$) 
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% - 
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,00 
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% 12.420,00 
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% 39.780,00 
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00% 183.780,00 
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 828.000,00 
 
 
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos 
 IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS (*) 
1a Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,83% 44,50% 
2a Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00% 
3a Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00% 
4a Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00% 
5a Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00% (*) 
6a Faixa 53,50% 21,50% 20,55% 4,45% - 
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, 
aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva 
for superior a 12,5%, a repartição será: 
Faixa IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS 
5a Faixa, 
comalíquota 
efetiva 
superior a 
12,5% 
Alíquota 
efetiva – 
5%) x 
31,33% 
(Alíquota 
efetiva – 5%) 
x 32,00% 
(Alíquota 
efetiva – 
5%) x 
30,13% 
Alíquota efetiva – 5%) x 
6,54% 
Percentual de ISS fixo em 
5% 
 
§ 5º-C - Serão tributadas na forma do Anexo IV da Lei Complementar, hipótese em que não estará incluída no 
Simples Nacional a contribuição prevista no inciso VI do caput do art. 13 desta Lei Complementar 
I - construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de 
projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; 
VI - serviço de vigilância, limpeza ou conservação. 
VII - serviços advocatícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm#anexoiv
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm#art13
 
 
 
27 
 
 
ANEXO V DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 Produção de efeito 
(Vigência: 01/01/2018) 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-I 
do art. 18 desta Lei Complementar 
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$) 
1a Faixa Até 180.000,00 15,50% - 
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% 4.500,00 
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,00 
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% 17.100,00 
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% 62.100,00 
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% 540.000,00 
 
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos 
 IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS 
1a Faixa 25,00% 15,00% 14,10% 3,05% 28,85% 14,00% 
2a Faixa 23,00% 15,00% 14,10% 3,05% 27,85% 17,00% 
3a Faixa 24,00% 15,00% 14,92% 3,23% 23,85% 19,00% 
4a Faixa 21,00% 15,00% 15,74% 3,41% 23,85% 21,00% 
5a Faixa 23,00% 12,50% 14,10% 3,05% 23,85% 23,50% 
6a Faixa 35,00% 15,50% 16,44% 3,56% 29,50% - 
 
Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições 
abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida 
no mês, na forma prevista neste artigo. 
 
§ 1o Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual 
que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou o 
empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização 
e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-
calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que 
não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. 
 
NOTA: Em função dos impactos da pandemia da Covid-19, o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) aprovou 
a Resolução CGSN nº 155, de 15 de maio de 2020, estabelecendo que: 
 
1 - As datas de vencimento das parcelas mensais relativas aos parcelamentos administrados pela Secretaria 
Especial da Receita Federal do Brasil – RFB e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN, dos 
tributos apurados no âmbito do Simples Nacional, incluindo o Microempreendedor Individual – MEI, ficam 
prorrogadas até o último dia útil do mês: 
I - de agosto de 2020, para as parcelas com vencimento em maio de 2020; 
II - de outubro de 2020, para as parcelas com vencimento em junho de 2020; e 
III - de dezembro de 2020, para as parcelas com vencimento em julho de 2020. 
 
2 - As microempresas e empresas de pequeno porte inscritas no CNPJ durante o ano de 2020 poderão formalizar 
a opção pelo Simples Nacional, na condição de empresas em início de atividade em até 180 dias após a inscrição 
no CNPJ. Antes da edição da resolução esse prazo era de até 60 dias. 
 
3 - Através da resolução CGSN nº. 154, o ICMS e ISS das competências de Março, Abril e Maio passarão a ter 
vencimento em 20/07/2020, 20/08/2020 e 21/09/2020, respectivamente. 
 
4 - Prorrogação da DEFIS (Simples Nacional) DASN (SIMEI) do Ano‐calendário de 2019 para 30/06/2020 pela 
Resolução CGSN nº. 153; 
 
5 - Suspensão da exigibilidade do recolhimento do FGTS pelos empregadores referentes às competências de 
março, abril e maio de 2020. O parcelamento desses valores serão quitados em até seis parcelas mensais, com 
vencimento no sétimo dia de cada mês, a partir de julho de 2020, MP nº. 927/2020; 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm#anexov
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art966
 
 
 
28 
 
 
NOTA: Medidas Governamentais por circunstâncias do COVID-19 para empresas Lucro Real e Lucro 
Presumido: 
 
- Redução do Imposto de Importação para Álcool em gel, EPI e instrumentos de saúde – Prazo de 17/03/2020 a 
30/09/2020 pela Resolução CAMEX nº. 17; 
- Redução do Imposto sobre Industrialização para 0,00% para os itens Álcool em gel, EPI e instrumentos de 
saúde – Prazo de 20/03/2020 a 30/09/2020 pelo Decreto nº. 10.285; 
- Redução das Contribuições aos Serviços Sociais – Novos percentuais: 1,25% para o Sescoop, 0,75% para o 
Sesc, Sesi, e Sest, 0,05% para o Senac, Senai e Senat, 1,25% para o Senar sobre a folha de pagamento, 
0,125% nas aquisições de pessoas jurídicas rurais e agroindústria e 0,1% nas aquisições de produtoresrurais ou 
contribuintes especiais – Atenção no cálculo do Funrural – Prazo de 31/03/2020 até 30/06/2020 pela MP nº. 932; 
- As Certidões de Débitos Tributários Válidas em 24/03/2020 serão mantidas por um período de 90 dias 
conforme Portaria Conjunta nº. 555; 
- Redução da alíquota de IOF para 0% nas 0perações de crédito contratados no período de 03/04 até 03/07, 
conforme Decreto nº. 10.305/2020; 
- Suspensão da exigibilidade do recolhimento do FGTS pelos empregadores referentes às competências de 
março, abril e maio de 2020. O parcelamento desses valores serão quitados em até seis parcelas mensais, com 
vencimento no sétimo dia de cada mês, a partir de julho de 2020, MP nº. 927/2020; 
- Prorrogação do prazo para apresentação da DCTF, originalmente previstas para serem transmitidas até o 15º 
(décimo quinto) dia útil dos meses de abril, maio e junho de 2020, para o 15º (décimo quinto) dia útil do mês de 
julho, conforme IN nº. 1.932; 
- Prorrogação do prazo para apresentação da EFD‐Contribuições, originalmente previstas para serem 
transmitidas até o 10º (décimo) dia útil dos meses de abril, maio e junho de 2020, inclusive nos casos de 
extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial. para o décimo dia útil do mês de julho, conforme IN nº. 
1.932; 
- Prorrogação do prazo de recolhimento do INSS, referente à parcela patronal, relativas as competências março 
e abril de 2020, deverão ser pagas no prazo de vencimento das contribuições devidas nas competências julho e 
setembro de 2020, respectivamente, conforme Portaria nº. 139; 
- Prorrogação do prazo de recolhimento do PIS/COFINS, relativas as competências março e abril de 2020, ficam 
postergadas para os prazos de vencimento dessas contribuições devidas nas competências julho e setembro de 
2020, respectivamente, conforme Portaria nº. 139; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
3- LUCRO PRESUMIDO 
3.1 – O que é Lucro Presumido 
O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de 
renda e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL das pessoas jurídicas. 
A sistemática é utilizada para presumir o lucro da pessoa jurídica a partir de sua receita bruta e outras receitas 
sujeitas à tributação. 
Em termos gerais, trata-se de um lucro fixado a partir de percentuais padrões aplicados sobre a Receita 
Operacional Bruta. Sobre o referido resultado somam-se as outras receitas auxiliares (receitas financeiras, 
alugueis esporádicos, entre outras). Assim, por não se tratar do lucro contábil efetivo, mas uma mera aproximação 
fiscal, denomina-se de Lucro Presumido. 
3.2 – Quem pode Optar 
Com a publicação da Lei nº 12.814/2013, resultado da conversão, com alterações, da Medida Provisória nº 
594/2012, foi aumentado o limite para opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido de R$ 
48.000.000,00 (quarenta e oito milhões) para R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) a partir de 1º de 
janeiro de 2014.Assim, a pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou 
inferior a R$ 78.000.000,00 ou a R$ 6.500.000,00, multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-
calendário anterior, quando inferior a doze meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro 
presumido. 
 
 
Há que se considerar as pessoas jurídicas obrigadas ao Lucro Real. Essas empresas, por conseguinte, estão 
impedidas de optar pelo Lucro Presumido. 
3.3 - Atividades impedidas de optar pelo lucro presumido 
Não podem optar pela sistemática do lucro presumido, por estarem obrigadas ao Lucro Real as pessoas 
jurídicas: 
a) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, 
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito 
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e 
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros 
privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; 
 
 CORRETORA DE SEGUROS - LUCRO REAL - As sociedades corretoras de seguros não se encontram 
inseridas no rol daquelas pessoas Jurídicas obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, 
previsto no art. 36, inciso III, da Lei nº 8.981/95. Dispositivos Legais: Lei nº 8.981/95, art. 36: Lei nº 
9.249/95. art. 15: Lei nº 9.430/96. arts. 1º e 2º: Parecer Normativo nº 01/93. Decisão nº 223/97. SRRF / 
7ª RF. Publicação no DOU: 02.10.1997. 
b) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
 
 Em conformidade com o Ato Declaratório Interpretativo nº 5 de 2001, a obrigatoriedade de tributação 
com base no lucro real aqui prevista não se aplica à pessoa jurídica que auferir receita da exportação de 
mercadorias e da prestação direta de serviços no exterior. Não se considera prestação direta de serviços 
aquela realizada no exterior por intermédio de filiais, sucursais, agências, representações, coligadas, 
controladas e outras unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam assemelhadas. 
c) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do 
imposto (empresas geralmente sediadas nas áreas da SUDENE e SUDAM); 
d) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa; 
 
 
 
30 
 
 
e) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de 
direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 
f) que se dediquem à construção, incorporação, compra e venda de imóveis que tenham registro de custo 
orçado, nos termos das normas aplicáveis a essas atividades; 
g) constituídas como Sociedade de Propósito Específica - SPE, nos termos do artigo 56 da Lei Complementar nº 
123/2006. 
 
 A vedação da letra "g" atinge somente as SPE constituídas para realizar operações com micro e 
pequenas empresas do Simples Nacional, nos termos do mencionado dispositivo legal. 
h) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. 
 
 Esta obrigatoriedade foi inserida pelo artigo 22 da Lei nº 12.249 de 11.05.2010, conversão da Medida 
Provisória nº 472 de 15.12.2009. 
Fundamentação: art. 14 da Lei nº 9.718 de 1998; art. 22 da Instrução Normativa SRF nº 93 de 1997; art. 22 da 
Lei 12.249/10 
3.4 - Apuração da Base de Cálculo 
O imposto de renda das empresas incide sobre o lucro. As empresas optantes pelo lucro presumido devem 
presumir o lucro auferido em cada trimestre, e essa presunção é feita pela aplicação de percentuais de 
lucratividade ditados pela lei, sobre a receita: 
a) das atividades em geral, exceto as listadas a seguir: 8,0% (oito por cento); 
b) revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural: 1,6% 
(um inteiro e seis décimos por cento); 
c) serviços em geral: 32,0% (trinta e dois por cento); 
d) serviços hospitalares e de transporte de carga: 8% (oito por cento); 
e) demais serviços de transporte: 16% (dezesseis por cento); e 
No caso de atividades diversificadas, será aplicado o percentual correspondente a cada atividade. 
Destaca-se algumas decisões administrativas da Receita Federal do Brasil sobre composição da base de cálculo 
para fins de cálculo do lucro presumido: 
Fundamentação: art. 15 da Lei nº 9.249 de 1995; art. 25 da Lei nº 9.430 de 1996. 
3.5 - Percentuais Reduzidos para Pequenos Prestadores de Serviços 
A base de cálculo do imposto de renda das pessoas jurídicas prestadoras de serviços em geral cuja receita bruta 
anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), será determinada mediante a aplicação do percentualde 16% sobre a receita bruta auferida (Lei nº 9.250/95, art. 40). Essa redução não se aplica, entretanto aos 
serviços hospitalares e de transporte, bem como aqueles prestados por sociedades prestadoras de serviços de 
profissões legalmente regulamentadas. 
A pessoa jurídica que houver utilizado a alíquota reduzida de 16,0%, cuja receita bruta acumulada até um 
determinado mês do ano-calendário exceder o limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença 
não recolhida, apurada em relação a cada trimestre transcorrido, até o último dia útil do mês subsequente àquele 
trimestre em que ocorrer o excesso, sem acréscimos legais. 
Fundamentação: art. 40 da Lei nº 9.250 de 1995; § 7º do art. 519 do RIR/99. 
 
 
 
31 
 
 
3.6 - Tabela Prática de Percentuais: Por definição legal ou de atos normativos editados pela Receita Federal, é 
possível montar a seguinte tabela de percentuais: 
ATIVIDADE 
IRPJ CSLL 
% 
Receita anual 
até R$ 
120.000,00* 
% 
Revenda de comb. derivados de petróleo e álcool, GLP e gás natural veicular 1,6 - 12,0 
Venda de Lubrificantes 8,0 - 12,0 
Venda de Mercadorias 8,0 - 12,0 
Venda de produtos industrializados 8,0 - 12,0 
Industrialização por Encomenda** 8,0 - 12,0 
Atividade Rural 8,0 - 12,0 
Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e 
terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, 
medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora 
destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e 
atenda às normas da Anvisa (art. 29, Lei 11.727/2008) 
8,0 - 12,0 
Serviços de Fisioterapia (Lei 11.727/2008 e SC Disit/SRRF03 nº 3031/ 2019) 8,0 - 12,0 
Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra 
ou aplicação parcial de materiais 
32,0 16,0 32,0 
Construção civil, na modalidade total, fornecendo o empreiteiro todos os 
materiais indispensáveis à sua execução (Solução de Consulta nº 54, de 11 
de Julho de 2011) 
8,0 - 12,0 
Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis 
construídos ou adquiridos para revenda 
8,0 - 12,0 
Serviços de transporte de cargas 8,0 - 12,0 
Serviços de transporte de passageiros 16,0 - 12,0 
Prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente 
regulamentada, inclusive escolas 
32,0 - 32,0 
Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, dentre 
outros) e as de representação comercial 
32,0 16,0 32,0 
Compra e venda de veículos usados (muito embora, trate-se de uma 
comercialização, para fins fiscais, equipara-se a operação de consignação, 
conforme art. 5º da Lei nº 9.716 de 1998). 
32,0 16,0 32,0 
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis. 32,0 16,0 32,0 
Prestação de serviços de gráfica, com ou sem fornecimento de material, em 
relação à receita bruta que não decorra de atividade comercial ou industrial 
32,0 16,0 32,0 
Prestação de serviços de suprimento de água tratada e coleta de esgoto e 
exploração de rodovia mediante cobrança de pedágio (AD COSIT nº 16/2000) 
32,0 16,0 32,0 
* Verificar condições no item 1 para utilizar o percentual de redução de 16% para o IRPJ. 
** Verificar condições do item 2., letra "b". 
 
 
 
32 
 
 
A. Considerações sobre a Tabela 
a) Atividades diversificadas: No caso da pessoa jurídica possuir várias atividades, será aplicado sobre a receita 
bruta de cada atividade o respectivo percentual de presunção do lucro. 
b) Industrialização por Encomenda: Para fins de apuração das bases de cálculo do Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), consideram-se industrialização 
as operações definidas no art. 4º do Decreto nº 4.544, de 26 de dezembro de 2002, observadas as disposições 
do art. 5º c/c o art. 7º do referido decreto (Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 26, de 25 de abril de 2008) 
c) Não existe nenhuma hipótese de redução de 16% para CSLL. 
B. Redução do Percentual 
As condições para utilizar o percentual de redução de 16% para IRPJ são: 
a) A empresa deve ser exclusivamente prestadoras de serviços, com exceção dos serviços hospitalares, de 
transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas; 
b) A receita bruta anual não poderá ultrapassar R$ 120.000,00; 
c) A empresa prestadora de serviço que exercer juntamente a atividade de comércio, não poderá utilizar o 
percentual de redução de 16%, visto que deixa de ser exclusivamente prestadora de serviço; 
d) A pessoa jurídica prestadora de serviço em geral (por ex.: serviços de digitação) e também ter outra atividade 
de profissão regulamenta, não poderá utilizar o percentual de redução, uma vez que não é exclusivamente 
prestadora de serviço em geral (SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 32 de 06 de Fevereiro de 2007). 
Se a receita bruta, acumulada até determinado trimestre, ultrapassar R$ 120.000,00, a pessoa jurídica passará a 
utilizar o percentual de 32% e ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto postergado, apurado em 
relação a cada trimestre transcorrido. 
Essas diferenças deverão ser recolhidas até o último dia útil do mês subseqüente ao trimestre em que ocorrer o 
excesso. 
Paga dentro desse prazo, a diferença apurada será recolhida sem acréscimo. 
Fora desse prazo haverá incidência de multa e juros. 
3.7 - Alíquota 
O imposto de renda das pessoas jurídicas é calculado pela aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) 
sobre a base de cálculo (lucro presumido mais demais receitas e ganhos de capital) 
3.7.1 - Adicional 
Incide também um adicional do imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento) sobre a parcela da base de 
cálculo (lucro presumido mais demais receitas e ganhos de capital) que exceder o valor resultante da 
multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração, ou seja, R$ 60.000,00 quando o 
período de apuração englobar os três meses do trimestre. 
 
 
 
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 A empresa que optar por antecipar em cada mês do trimestre os pagamentos do lucro presumido deve 
deixar o adicional para o encerramento do trimestre, sob pena de incorrer em pagamento a maior, pois o 
limite deve ser calculado no trimestre. 
3.8 - Base de cálculo da CSLL 
Desde 1º de janeiro de 1997, a contribuição social é determinada mediante a aplicação da alíquota de 9% (nove 
por cento) sobre a base de cálculo, apurada da seguinte forma: 
a) Somar a receita bruta auferida ou recebida no trimestre (regime de competência ou de caixa) e aplicar o 
percentual de: 
a.1) 12%, no caso de comércio, indústria e prestação de serviços hospitalares, de transportes e construção por 
empreitada com emprego de materiais; 
a.2) 32%, no caso das prestações de serviços não contempladas no percentual de 12% e demais atividades tais 
como: 
a.2.1) intermediação de negócios; 
a.2.2) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; 
a.2.3) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, 
seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de 
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 
a.2.4) construção por empreitada sem o emprego de materiais. 
3.9 - Base de cálculo – PIS/COFINS 
A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, no regime de incidência cumulativa, é o 
faturamento mensal, que corresponde à receita bruta, assim entendida a totalidade das receitas auferidas pela 
pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as 
receitas. (Lei nº 9.718, de 1998, art. 3º, § 1º) 
Alíquotas - As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no regime de incidência cumulativa, são, 
respectivamente, de sessenta e cinco centésimos por cento (0,65%) e de três por cento (3%). 
Apuração e Pagamento - A apuração e o pagamento da Contribuiçãopara o PIS/Pasep e da Cofins serão 
efetuados mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, devendo o 
pagamento ser efetuado até o último dia útil do 2º (segundo) decêndio subseqüente ao mês de ocorrência dos 
fatos geradores. Os códigos de receita são 8109 e 2172. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 – LUCRO REAL 
4.1 – O que é Lucro Real 
Ao mesmo tempo em que é o “regime geral” também é o mais complexo. 
Neste regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil, apurado pela pessoa jurídica, acrescido 
de ajustes (positivos e negativos) requeridos pela legislação fiscal, conforme esquema a seguir: 
Lucro (Prejuízo) Contábil 
(+) Ajustes fiscais positivos (adições) 
(-) Ajustes fiscais negativos (exclusões) 
(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período 
Quando se trata do regime de Lucro Real pode haver, inclusive, situações de Prejuízo Fiscal, hipótese em que não 
haverá imposto de imposto de renda a pagar. 
4.2 - Empresas obrigadas ao Lucro Real 
Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: 
a) cuja receita total, no ano calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00, ou proporcional ao 
número de meses do período, quando inferior a doze meses (R$ 6.500.000,00 por mês de atividade); 
b) Entidades Financeiras 
c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do 
imposto (empresas geralmente sediadas nas áreas da SUDENE e SUDAM); 
e) que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa; 
f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de 
direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 
g) que se dediquem à construção, incorporação, compra e venda de imóveis que tenham registro de custo 
orçado, nos termos das normas aplicáveis a essas atividades; 
h) que sejam Sociedade de Propósito Específico formada por Microempresas e Empresas de pequeno porte 
optantes pelo Simples Nacional; 
i) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. 
 
 Frisamos que mesmo as empresas não obrigadas ao Lucro Real, podem escolher este regime, por 
mera opção. 
Fundamentação: art. 14 da Lei nº 9.718/1998; art. 22 da Instrução Normativa SRF nº 93/1997; art. 56, § 2º, IV da 
Lei Complementar nº 123/2006; art. 22 da Lei nº 12.249/2010. 
4.3 - Transcrição da Demonstração do Lucro Real no LALUR 
A demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços ou balancetes mensais, deverá ser 
transcrita no Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, observando-se o seguinte: 
a) a cada balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução do imposto de renda, o 
contribuinte deverá determinar um novo lucro real para o período em curso, desconsiderando aqueles apurados 
em meses anteriores do mesmo ano calendário; 
b) as adições, exclusões e compensações, computadas na apuração do lucro real, correspondentes aos 
balanços ou balancetes, deverão constar, discriminadamente, na Parte A do LALUR, para fins de elaboração da 
demonstração do lucro real do período em curso, não cabendo nenhum registro na Parte B do referido Livro. 
 
 
 
 
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4.4 - Alíquotas 
Alíquota do IRPJ (tanto no Presumido quanto no Real) 
Sobre a base de cálculo apurada segundo as formas acima explicitadas, aplicaremos a alíquota de 15%. 
Contudo, além da alíquota de 15%, é devido o adicional do imposto de renda, à alíquota de 10% (dez por cento) 
sobre a parcela da base de cálculo que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por mês. 
Assim, teremos: 
a) aplicação da alíquota de 15% sobre o total da base de cálculo; 
b) aplicação da alíquota de 10% sobre o que exceder a R$ 20.000,00 por mês, ou R$ 60.000,00 por trimestre, 
dependendo da periodicidade. 
 
 O valor do adicional será recolhido integralmente, não sendo permitidas quaisquer deduções. 
Fundamentação: art. 3º da Lei nº 9.249/1995. 
Alíquota da CSLL (Presumido = real) 
A partir de 1º de janeiro de 2003, nos termos do art. 37 da Lei nº 10.637/2002, a contribuição social será 
determinada mediante a aplicação da alíquota de 9% sobre o lucro líquido ajustado (base de cálculo). 
Desde 1º de maio de 2008 ficou estabelecido que a alíquota da CSLL é de 15%, no caso de instituições 
financeiras, pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização, referidas nos incisos I a XII do § 1º do art. 
1º da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001. Em relação às demais pessoas jurídicas, a alíquota 
aplicável da contribuição permanece em 9%. 
 
 1 - A Instrução Normativa RFB nº 810, de 21.01.2008, também dispõe sobre a alíquota da CSLL 
aplicável aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de maio de 2008, relativamente às instituições 
financeiras, pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização. 
2 - O valor CSLL não poderá ser deduzido na determinação de sua própria base de cálculo, nem da 
base de cálculo do imposto de renda das pessoas jurídicas (Lei nº 9.316/96). 
 
4.5 - PIS/COFINS - Não Cumulativo: 
 
O regime não cumulativo, por sua vez, difere-se ao permitir a dedução de créditos de contribuições calculadas 
sobre o valor das aquisições de mercadorias, insumos e outros bens e serviços especificados na lei. Esse último 
regime vai ao encontro da ideia de tributação sobre o valor adicionado, semelhantemente ao que ocorre em 
outros tributos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Operações Relativas à 
Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS). 
A sujeição a um ou outro regime depende de critérios estabelecidos na legislação de regência dessas 
contribuições, podendo haver situações de uma mesma empresa ter de apurar as contribuições de acordo com 
os dois regimes, cada um deles aplicado a parte de suas receitas. 
A regra geral é a incidência não cumulativa, sendo que as exceções a essa regra são elencadas expressamente 
na Lei 10.637/2002 e na Lei 10.833/2003. 
Dessa forma, o raciocínio jurídico para identificar o regime de apuração aplicável ao caso concreto é verificar se 
ele está previsto expressamente em uma das hipóteses legais submetidas ao regime cumulativo; caso não 
estejam previstos expressamente entre essas hipóteses, a receita ou a pessoa jurídica, dependendo do caso, 
submetem-se ao regime não cumulativo. 
Entre as hipóteses que se sujeitam ao regime cumulativo do PIS e da COFINS, previstos, respectivamente, na 
Lei 10.637/2002 e na Lei 10.833/2003, podemos destacar as seguintes: 
• Instituições financeiras (art. 8.º da Lei 10.637/2002). 
• Operadoras de planos de assistência à saúde (art. 8.º da Lei 10.637/2002). 
 
 
 
36 
 
 
• Prestadores de serviços de vigilância e transporte de valores (Lei 10.833/2003, art. 10, I). 
• Pessoas jurídicas tributadas pelo IRPJ com base no Lucro Presumido ou Arbitrado (art. 8.º da Lei 
10.637/2002). 
• Pessoas jurídicas optantes pelo Simples (art. 8.º da Lei 10.637/2002). 
• Pessoas jurídicas imunes a impostos (art. 8.º da Lei 10.637/2002). 
• Cooperativas (exceto, em relação à COFINS, as de produção agropecuária e as de consumo) (art. 8.º da 
Lei 10.637/2002). 
• Operações sujeitas à substituição tributária de PIS/COFINS (art. 8.º da Lei 10.637/2002). 
• Compra e venda de veículos usados (art. 8.º da Lei 10.637/2002). 
• Prestação de serviços de telecomunicações (art. 8.º da Lei 10.637/2002). 
• Venda de jornais e periódicos e serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão (rádio e TV) (Lei 
10.833/2003, art. 10, IX). 
• Transporte coletivo rodoviário,

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