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Monitoramento e Avaliação em Serviço Social - Slides de Aula I

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Unidade I
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 
EM SERVIÇO SOCIAL
Profa. Eliane Rocha
Constituição de 1988
 O monitoramento e a avaliação de projetos e programas 
sociais têm obtido espaço privilegiado na atuação do 
assistente social: a partir do advento das políticas sociais.
 A Carta Constitucional de 1988 inaugura um novo momento 
na história do país e requisita movimentos que privilegiavam 
a participação e a mobilização.
Etimologia
 Monitoramento tem sua origem no latim monitor que significa 
“o que adverte, guia, dirige”; no português, ganha o sentido 
de acompanhamento ou supervisão (HOUAISS, 2009). 
Monitorar é estar presente de forma contínua e dinâmica.
Etimologia
 Avaliação nos remete ao ato de avaliar; tem origem no latim 
valere, referindo-se à força, ao vigor, à saúde. 
 O monitoramento e a avaliação ganham face de 
acompanhamento e movimento, que, juntos, visam ao alcance 
dos objetivos propostos.
Política social e monitoramento
Aspectos relevantes: 
 A política está articulada a um processo de decisão, tomado 
por diversos atores.
 Essas decisões envolvem intenções e comportamentos de 
uma ação, os quais geram impactos, esperados ou não, 
durante um determinado tempo.
 É um processo definido subjetivamente, segundo visões 
conceituais e concepções que podem ser adotadas como 
direcionamentos dessa política.
Políticas públicas – planejamento
 Para materializar as ações empreendidas pelo Governo 
Municipal, Estadual ou Federal, o planejamento social colabora 
para sistematizar essas políticas sob a forma de planos, 
programas e projetos. 
 Assim, a importância dos processos de planejamento e gestão 
das políticas sociais e, logo, do monitoramento e da avaliação.
Planejamento
 Um encaminhamento organizado e sistemático. 
 Objetivo: identificar e escolher o melhor caminho para se 
alcançar determinada meta. 
 Momento privilegiado, coloca em prática a criatividade humana 
como forma de otimizar, prever e implementar ações que visem 
às melhores condições.
Plano
 Momento de definição de linhas gerais, em que se definem as 
diretrizes e estratégias, bem como os meios e os fins a serem 
alcançados. 
 As forças operantes da política, como as linhas-mestras do 
processo, têm que se posicionar de maneira clara e objetiva. 
 As prioridades e o caminho a ser percorrido devem ficar claros. 
 O plano deve estar direcionado às demandas e necessidades 
dos segmentos demandantes.
Projeto
 Momento da sistematização, indicando os mecanismos, as 
técnicas que irão contribuir para o alcance dos objetivos 
previamente delimitados.
 A mola propulsora é a realização de determinada ação voltada 
para produzir determinado efeito na realidade. 
 Deve conter o passo a passo da ação planificada.
Intencionalidades no planejamento
 O plano, o programa e o projeto devem conter intencionalidades
voltadas para construção e reconstrução da realidade, bem
como dos sujeitos que a compõem.
 O assistente social, a partir do compromisso previsto em seu 
código de ética e seu projeto ético, político e profissional, deve 
ter sempre como meta princípios vinculados à liberdade,
à justiça social, à equidade e outros, que o requisitam a render 
seus esforços para a legitimação.
Interatividade
O momento de definição de linhas gerais, em que se definem as 
diretrizes e estratégias no planejamento é:
a) A avaliação.
b) O monitoramento.
c) O plano.
d) O projeto.
e) A técnica.
Dimensões do processo
 Dimensão: Objeto.
 Monitoramento: Acompanha, sistematicamente, ações e tarefas.
 Avaliação: Examina e analisa os impactos e resultados, 
voltando-se para fins e propósitos
 Dimensão: Momento.
 Monitoramento: Processo contínuo durante a execução do 
programa. 
 Avaliação: Processo situado antes, no decorrer, ou depois da 
execução do programa.
Dimensões do processo
 Dimensão: Objetivo.
 Monitoramento: Garantir o desenvolvimento dos trabalhos 
conforme o planejado.
 Avaliação: Analisar relações entre processo, resultado e 
impactos.
 Dimensão: Atitude. 
 Monitoramento: Descritiva e corretiva.
 Avaliação: Descritiva, interpretativa e experimental.
Dimensões do processo
 Dimensão: Recomendações.
 Monitoramento: Ajuste do plano de trabalho ou da estratégia 
de execução. 
 Avaliação: Revisão de ações, recursos e metas.
Importância em monitorar
 Monitorar é um desafio contínuo: 
 É essencial ao acompanhamento das ações e dos processos;
 Equivale a aderir a um movimento contínuo de observação do 
real;
 Articular as metas e os objetivos propostos. 
 Isso, sem dúvida, equivalerá ao sucesso, seja na forma de plano,
programa ou projeto.
Componentes estruturais do plano
 Síntese dos fatos e necessidades que o motivam e da 
importância da problemática para a instituição e para os grupos 
sociais que se beneficiarão do planejamento.
 O quadro ordenado por itens das mudanças a operar quanto à 
expansão de diferentes níveis e modalidades de ação da 
organização. 
 O quadro cronológico das metas ou resultados a atingir ao 
término do período ou das etapas previstas. 
Componentes estruturais do plano
 Os tipos e a magnitude dos recursos humanos, físicos 
e instrumentais indispensáveis.
 O volume e a composição das inversões e gastos para todo o 
período e para cada fase.
 A especificação das fontes e/ou modalidades de funcionamento.
 A previsão de mudanças legais, institucionais e administrativas.
 A atribuição das responsabilidades de execução, de controle e 
de avaliação dos resultados.
Elementos básicos do programa
 Síntese de informações sobre a situação a ser modificada com a 
programação.
 A formulação explícita das funções efetivamente consignadas 
aos órgãos e/ ou serviços ligados ao programa, com 
responsabilidades em sua execução. 
 A formulação de objetivos gerais e específicos em seu nível e a 
explicitação de sua ocorrência com as políticas, diretrizes e 
objetivos da organização e de sua relação com os demais 
programas de mesmo nível. 
Elementos básicos do programa
 A estratégia e a dinâmica de trabalho a serem adotadas para 
a realização do programa. 
 As atividades e os projetos que comporão o programa, suas 
interligações, incluindo a apresentação sumária de seus 
objetivos e de suas ações.
 Os recursos humanos, físicos e materiais a serem mobilizados 
para sua realização. 
 A explicitação das medidas administrativas necessárias para 
sua implantação e manutenção.
Qualidades em um projeto
 Simplicidade e clareza na redação. 
 Disposição gráfica adequada.
 Clareza e precisão nas ilustrações. 
 Objetividade e exatidão nas informações. 
 Suficiência e precisão, como guia para a ação, na terminologia 
e nas especificações técnicas. 
Qualidades em um projeto
 Abrangência, ou seja, o projeto deve referir-se, de forma 
exaustiva, a todos os aspectos da estrutura da questão a que 
se destina. 
 Ser compatível e coerente em suas relações entre as partes e 
com os outros níveis da programação. 
 Ter relação visível entre as operações previstas e o alcance 
dos resultados desejados, expressos nos objetivos.
 Apresentar limitação temporal e espacial.
Interatividade
Analisar relações entre processo, resultado e impactos, na 
dimensão Objetivo em um projeto, é uma função:
a) No monitoramento.
b) Na avaliação.
c) Na execução.
d) Na implantação.
e) Na implementação.
Indicadores sociais
 A escolha dos avaliadores e dos instantes em que as avaliações 
ganharão destaque determina as possibilidades de êxito. 
 A avaliação precisa estar prevista com momento específico, 
sobretudo,pela escolha e construção de instrumentais 
avaliativos.
 Definir o quê e como avaliar. 
Sistematização do controle
 Estabelecimento das unidades de medida e das especificações. 
 Estabelecimento de padrões (critérios que norteiam a análise 
qualitativa do executado). 
 Acompanhamento da ação e coleta de informações sobre a 
execução. 
 Comparação entre o executado e o programado.
 Correção da execução e/ou revisão do projeto.
Instrumentais 
Como mecanismos de captação de informações, podem ser 
utilizados e materializados por meio dos seguintes instrumentais: 
 o plano que dá base ao controle (o quê, quando, onde, quanto, 
como); 
 manuais de operação;
 gráficos de desenvolvimento da ação;
 relatórios; 
 cronogramas;
 fluxogramas;
 orçamento-programa.
Eficiência, eficácia e efetividade
 A construção de indicadores qualitativos é considerada 
desafiadora. 
 É preciso que os instrumentos de coleta de indicadores, para 
chegar aos patamares de averiguação da eficiência, eficácia e 
efetividade, tenham vinculação direta com o compromisso de 
demonstrar os frutos da realidade, tal qual esta se processa. 
Eficiência, eficácia e efetividade
 Os elementos eficiência e eficácia estão contidos nos preceitos 
tradicionais de gestão, mas, a partir de processos de 
apropriação e debate, podem ser transformados em aliados no 
decorrer do processo de avaliação e, logo, do planejamento e da 
gestão social.
Eficiência, eficácia e efetividade
 A eficiência traz a necessária responsabilidade no uso dos 
recursos.
 A eficácia demonstra que as metas precisam ser alcançadas.
 E a efetividade, sobretudo no que se refere ao uso do público, 
mostra a necessária correção do caminho das ações, à medida 
que o processo se faz. 
Eficiência
 Relacionada ao modo, ao meio de se fazer. 
 Utilizar da melhor forma os recursos.
 A proporção entre o resultado alcançado e os recursos 
necessários para alcançá-lo.
Eficácia
 Relacionada aos fins.
 Atingir os resultados e metas.
 Ênfase nos objetivos.
 A eficácia não está diretamente ligada aos meios nem à forma, 
mas sim à capacidade de atingir resultados. 
Efetividade
 Impacto social das Políticas Públicas.
 Conseguir atingir a eficácia e a eficiência.
Indicadores e monitoramento
 Os indicadores têm presença garantida nos processos de 
monitoramento e avaliação, pois se consubstanciam em 
ferramentas que avaliam o desempenho e o desenvolvimento 
dos planos, programas e projetos propostos.
Interatividade
O índice de análise que traz a necessária responsabilidade no 
uso dos recursos na execução de um plano é:
a) Eficácia.
b) Eficiência.
c) Efetividade.
d) Objetivos.
e) Resultado.
Participação
 Uma das formas mais eficazes que podem ser traduzidas como 
instrumento de monitoramento é a participação.
 Esse processo requer, de forma direta, além do imediatismo da 
presença, o necessário conhecimento de conceitos, leis e 
normatizações, que são formas de assegurar a efetivação dos 
direitos e, logo, das políticas. 
Participação: Conselhos Gestores
 Como mecanismos populares de monitoramento dessas 
políticas, devem estabelecer estratégias que possam fomentar 
os debates acerca dos encaminhamentos de ações e resultados 
a serem alcançados. 
 Buscaram, no seu processo de constituição, inspiração nos 
movimentos sociais efervescentes na década de 1970. 
 Devem ser estratégicos e construtores de mecanismos de 
participação social.
Controle social
 A implementação e o monitoramento das ações da gestão da 
política pública devem vir acompanhados por planos de 
gestão, de forma que possam dar visibilidade e transparência 
às ações, à alocação de recursos e aos resultados obtidos.
 O surgimento de novos desafios e novas proposituras de 
políticas sociais a serem edificadas.
Conselhos de políticas setoriais
 Conselhos de políticas públicas setoriais: formados por 
representantes da sociedade civil e do governo, voltados à 
formulação, implementação e ao monitoramento de políticas 
públicas da União, dos Estados e dos Municípios, em áreas 
como saúde, educação, assistência social, entre outras.
Conselhos de políticas públicas por direitos 
específicos
 Com a participação da sociedade civil e do governo, direcionados
à implementação e ao monitoramento de políticas de direitos e 
grupos sociais específicos, entre eles, direitos da mulher, do 
negro, da pessoa com deficiência (ou necessidade especial), 
das crianças e adolescentes, dos idosos, de direitos humanos 
e outros.
Conselhos de programas
 Constituídos por membros da sociedade civil vinculados à 
esfera da operacionalização de programas, projetos e ações
oriundas do governo e, de formas específicas, voltadas à 
questões como alimentação, medicamentos, risco e 
vulnerabilidade social.
Audiência pública
 Processo em que se estabelecem encontros organizados, cujo 
convite deve ter maior amplitude possível, para que a adesão 
seja oportuna à necessidade de discussão das temáticas. 
 Geralmente é instituída quando a comunidade é lesada em 
algum direito ou prestação de serviço público.
 Obs.: promovida pelo Poder Legislativo.
Orçamento participativo
 Mecanismo de participação popular em que os cidadãos, 
coletivamente, podem opinar sobre o destino dos projetos e 
das políticas públicas. 
 A comunidade oferece sua opinião quanto ao direcionamento 
da aplicação dos recursos públicos, sobretudo, nas áreas e 
setores que mais contemplam a sua necessidade. 
Ministério Público
 Importante aliado para o controle social e o monitoramento que 
figura como relevante agente de representação da defesa do 
direito do cidadão. 
 Vigília da operacionalização do direito na sociedade, 
assegurando o usufruto desse direito, por meio dos poderes 
públicos, e os assegura pela supremacia da Constituição 
Federal.
Interatividade
Os conselhos formados por representantes da sociedade civil e 
do governo voltados à formulação, implementação e ao 
monitoramento de políticas públicas são:
a) Conselhos de políticas públicas por direitos específicos.
b) Conselhos de programas.
c) Conselhos de saúde.
d) Conselhos orçamentários.
e) Conselhos de políticas setoriais.
ATÉ A PRÓXIMA!

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