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FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA
 A Estrutura de Governança
A estrutura de governança da Ambev é integrada pelo conselho de administração, diretoria executiva e pelo conselho fiscal. 
O conselho de administração conta com 11 membros efetivo e um suplente que determinam o direcionamento geral e estratégico. Atualmente Victório Carlos de Marchi e Carlos Alves de Brito são os presidentes do conselho que cumprem um mandato de três anos foram eleitos nas assembleias e tem direito a reeleição, o conselho tem a ajuda do comitê de compliance que fiscaliza os cumprimentos das regras e estatutos em todos os setores da companhia e do comitê de operações finanças e remuneração que é o elo entre as decisões tomadas pelo conselho de administração e seus administradores, e que tem o dever de analisar e monitorar as diretorias, as principais atividades monitoradas são:
O plano anual de investimento da companhia;
As oportunidades de crescimento;
A estrutura de capital e o fluxo de caixa da companhia;
A gestão de risco financeiro da companhia, bem como a política orçamentária e de tesouraria.
 O conselho fiscal tem a responsabilidade de fiscalizar a administração, realizar análises e emissão de pareceres relativos às demonstrações contábeis da AMBEV, desempenhar outras atribuições de acordo com a legislação societária brasileira e seu estatuto social, são três membros titulares e três suplentes e são eleitos nas assembleias gerais de acionistas e o mandato dura um ano com direito a reeleição.
 A diretoria executiva é integrada pelo diretor geral e por 11 diretores, com mandato de três anos e possibilidade de reeleição. São profissionais experientes, e que estão em média há dez anos na empresa. A responsabilidade da diretoria executiva é gerir os negócios da AMBEV e apresentar propostas de planejamento de médios e longos prazos ao conselho de administração
https://pt.slideshare.net/klaun/ambev
 2.2 Atribuições do Gestor Financeiro
Ricardo Rittes exerce o cargo de diretor financeiro e de relações com investidor, está empresa desde 2005, começando como gerente de tesouraria é formado em engenharia de produção pela politécnica de São Paulo, além de possuir MBA pela universidade de Chicago EUA. É de sua competência como a todos os diretores a exercer as atribuições, o estatuto social e o conselho de administração lhe conferir, as demais funções que são atribuídas a ele são:
Gerenciar e responder pelo controle orçamentário da Companhia;
Prover informações financeiras e gerenciais;
Responder pelo controle de fluxo de caixa, aplicações financeiras e investimentos da companhia;
Prestar toda e qualquer informação aos investidores, à Comissão de Valores Mobiliários e à BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros;
Manter atualizado o registro de companhia aberta da Companhia;
Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pelo Conselho de Administração;
Planejamento Financeiro
Segundo a companhia o crescimento demográfico o aumento de renda disponível e inovações são os principais fatores de crescimento ao longo prazo entre as indústrias de cerveja e refrigerantes no Brasil, já em curto prazo identifica-se que os principais fatores que impactam o crescimento das indústrias de cervejas e refrigerantes são, o s preços ao consumidor, aumento de renda disponível no país e clima tropical.
Em 2016 a companhia encerrou com um investimento total de R$ 4,1 bilhões, dos quais R$ 2,0 bilhões foram investidos apenas no Brasil para manutenção de capacidade de produção e distribuição, além da ampliação da disponibilidade de garrafas de vidro retornáveis, Em 2017, o planejamento foi investir com o objetivo de fortalecer as plataformas comerciais e aprimorar a excelência operacional por meio de inovações que deixam a companhia em uma melhor posição para atender o mercado consumidor. Além disso, foi anunciado um investimento de R$ 180 milhões em um novo centro de desenvolvimento tecnológico no Rio de Janeiro, isso para acelerar a inovação de produtos e o desenvolvimento de novos líquidos e embalagens mais modernas. A AMBEV investiu nos últimos anos no lançamento de novos produtos e embalagens e tem intenção de continuar investindo em inovações de produtos, porem por motivos de privacidade e segurança a empresa mantem isso em sigilo. A Companhia conta com recursos provenientes do caixa operacional gerado e empréstimos com instituições financeiras no Brasil e no exterior. 
Controle Financeiro
A companhia mantem o controle financeiro tendo uma base solida, com uma equipe extremamente competente, preparadas e conscientes da missão do qual é designada, mantem um rígido código de conduta financeira onde todos os funcionários tem a obrigação de cumpri-lo, entre outros tópicos destaca-se o que diz: Ambev é uma empresa sólida, confiável e consciente de sua responsabilidade social e empresarial, que busca mostrar a sociedade os resultados de um modo justo, legal e transparente. Seus profissionais da área financeira devem contribuir para a afirmação da credibilidade no mercado mantendo padrões profissionais adequados na documentação de assuntos contábeis e financeiros, mantendo-se atualizado em relação às leis e regulamento, pedindo aconselhamento jurídico quando necessário, não usando em suas operações pessoais qualquer procedimento ou artifício destinado à manipulação direta ou indireta da cotação de ativos ou valores mobiliários, induzir terceiros a erros com o objetivo de obter vantagens financeiras para si ou para outros. Ao detectar qualquer tipo de violação da política da Ambev nos dados financeiros e operações comerciais o colaborador a de relatar imediatamente à área de Compliance. 
Os líderes da Área Financeira são responsáveis por manter as equipes de trabalho com uma variedade de habilidades financeiras e operacionais, tais como: controles contábeis e internos, planejamento financeiro, análise financeira, tesouraria e impostos. Os líderes não devem exercer pressão sobre a equipe de contabilidade com respeito a estimativas contábeis, com o objetivo de influenciar de forma imprópria os resultados financeiros.
A AMBEV mantem o controle financeiro tendo como base seu estatuto social que é seguido por todos, nos seus artigos que dizem:
Artigo 39 - O exercício social terá a duração de um ano e terminará no último dia do mês de dezembro de cada ano.
Artigo 40 - Ao fim de cada exercício social, serão elaboradas, com base na escrituração mercantil da Companhia, as demonstrações financeiras previstas em lei.
1º - O Conselho de Administração poderá determinar o levantamento de balanço semestral ou em períodos menores, e aprovar a distribuição de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio com base nos lucros apurados nesse balanço, respeitado o disposto no art. 204 da Lei n° 6.404/76.
2º - A qualquer tempo, o Conselho de Administração também poderá deliberar a distribuição de dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio, à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral.
3º - Os dividendos intermediários e os juros sobre o capital próprio serão sempre considerados como antecipação do dividendo mínimo obrigatório.
Artigo 41 - Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, eventuais prejuízos acumulados e a provisão para o imposto de renda.
1º - Sobre o valor apurado na forma do caput deste Artigo serão sucessivamente calculadas:
a) a participação estatutária dos empregados da Companhia até o limite máximo de 10% (dez por cento), a ser distribuída de acordo com parâmetros a serem estabelecidos pelo Conselho de Administração; e
b) a participação estatutária dos administradores, até o limite máximo legal.
2º - Sobre o valor apurado na forma do caput deste Artigo, poderá, ainda, ser calculada, até o limite de 10% (dez por cento), contribuição para atender aos encargos da fundaçãode assistência aos colaboradores e administradores da Companhia e de suas sociedades controladas, observadas as normas fixadas pelo Conselho de Administração a respeito.
3º - Do lucro líquido do exercício, obtido após as deduções de que tratam os parágrafos anteriores, destinar-se-á:
a) 5% (cinco por cento) para a reserva legal, até atingir 20% (vinte por cento) do capital social integralizado ou o limite previsto no § 1º do art. 193 da Lei nº 6.404/76;
b) do saldo do lucro líquido do exercício, obtido após a dedução de que trata a letra “a” deste Artigo e ajustado na forma do art. 202 da Lei nº 6.404/76, destinar-se-á 40% (quarenta por cento) para pagamento do dividendo obrigatório a todos os seus acionistas; e
c) importância não superior a 60% (sessenta por cento) do lucro líquido ajustado para a constituição de Reserva de Investimentos, com a finalidade de financiar a expansão das atividades da Companhia e de empresas controladas, inclusive através da subscrição de aumentos de capital ou criação de novos empreendimentos.
4º - A reserva prevista na alínea “c”, do § 3º, deste Artigo, não poderá ultrapassar 80% (oitenta por cento) do capital social. Atingido esse limite, caberá à Assembleia Geral deliberar sobre o saldo, procedendo à sua distribuição aos acionistas ou ao aumento do capital social.
Administração dos Ativos
Figura 1 - Resultado do 4º Trimestre 2016
Fonte: ri.ambev.com.br
 Com base no balaço notamos uma diminuição de 15,7% do ativo circulante em 2016 em comparação com 2015 mais especificamente na conta caixa e equivalentes de caixa, que diminuiu 42,16% cerca de R$ 5,743 bilhões um índice considerado alto, isso significa que mais saiu do que entrou dinheiro no caixa em 2016, fato que precisa ser analisado o porquê do ocorrido, No ativo não circulante praticamente se manteve, com uma pequena diminuição de 3% devido a uma variação nos impostos e contribuições a recuperar e deferido, no geral o ativo total diminuiu 7% de 2015 para 2016.
 
Administração dos Passivos
Figura 2 - Resultado do 4º Trimestre 2016
Fonte: ri.ambev.com.br
 As dividas de curto prazo caíram 4,53% na comparação ano após ano, mesmo tendo aumentando os empréstimos de curto prazo e os dividendos e juros sobre capital próprio, as contas a pagar e principalmente os instrumentos financeiros de derivativos ajudaram a diminuir o passivo circulante em relação ao ano anterior. O passivo não circulante também diminuiu 15,3% em relação a 2015 em destaque podemos citar os empréstimos e financiamentos que teve uma queda de 24% no ano de 2016. No patrimônio liquido podemos destacar a reserva de lucro que foi aumentada em 2,66%, e o ajuste de valorização patrimonial que subiu 7,2% diminuindo assim em 7,6% o total do patrimônio de controladores.
3.1.1 Conclusão 
 O aumento dos empréstimos de curto prazo e explicado pelo fato de ter diminuído ao longo prazo, assim quando termina o exercício financeiro as dividas com vencimento em até um ano deixam de ser de longo prazo para ser paga ao curto prazo, no total teve uma diminuição nos passivos de 6,65%, isso mostra que em relação as dividas a empresa pagou mais que contraiu, foi entendido também que o fato da empresa ter tido uma diminuição na conta caixa e equivalente de caixa e consequentemente do ativo circulante é explicado pelo aumento da reserva e por um considerável ajuste de avaliação patrimonial.
3.2 Fluxo de Caixa
Figura 3 - Resultado do 4º Trimestre 2016
Fonte: ri.ambev.com.br
A geração de caixa das atividades operacionais atingiu R$ 17.702 milhões no ano de 2016. Os investimentos em CAPEX totalizaram R$ 4.133 milhões, com uma redução de 35% destes investimentos no Brasil em relação ao ano anterior (R$ 1.969 milhões).
Analisando o fluxo de caixa de 2015 para 2016, apontamos uma redução no Líquido no Caixa de 2.255 Milhões para -5.198 Milhões em 2016, queda de 231%.
 Conclusão
Analisando o comportamento do Ativo, Passivo e Caixa, as decisões são de longo prazo mantendo a saúde financeira e o crescimento que a empresa tem apresentado nos últimos anos.