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Ozonização: Tratamento de Água

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Disciplina: Processos Inorgânicos
Docente: Cinthya Rosa
Ozonização 
Discentes: Hugo Araújo
Julia Maini
Juliana Castro
Larissa Leal
Larissa Neves
Lucas Almeida
Marlon Alves
Nefertite Marie
Turma: QIM 271
Data de entrega: 27/08/2018
INTRODUÇÃO
Com o crescimento populacional ao longo das últimas décadas, junto com o alto nível de consumo de água devido a urbanização avançada, a tendência é de que os recursos hídricos se tornem mais escassos. Caso não tenha ações visando à melhoria da gestão e tratamento da demanda de água para os diferentes usos, a água pode se tornar algo cada vez mais raro. Portanto, manter o abastecimento d’água, não apenas em quantidade, mas também em qualidade, é um grande desafio a ser superado pela atual sociedade. Desta forma novos métodos vêm sendo estudados e desenvolvidos, tanto para aperfeiçoamento dos tratamentos já conhecidos, como para desenvolvimento de novos meios de tratamento, visando a melhora desses tratamentos, maior economia e eficácia. Dentre os novos meios de tratamento da água, está a ozonização [14,5].
O ozônio por definição é uma alótropo do oxigênio (O3) e é bastante instável, reativo e corrosivo. Pode ser encontrado na estratosfera, que por conter o ozônio, pode ser denominada de ozonosfera. O ozônio pode ser naturalmente obtido com o rompimento de moléculas de oxigênio através da radiação UV e também por uma descarga elétrica, o que acontece em uma tempestade que tem relâmpagos, que é representado na imagem abaixo [8].
Figura 1: Formação do ozônio por radiação UV
Devido ao seu alto pode oxidante, o ozônio é utilizado no tratamento de água para finalidades diversas, uma delas é a desinfecção da água [2].
Em vista das vantagens da utilização de ozônio frente ao uso de outros agentes desinfetantes como o cloro, a ozonização é um método químico que vem sido utilizado como tratamento biológico e ganhando mais valorização nos dias atuais, principalmente na Europa.
GERAÇÃO DE OZÔNIO
O ozônio utilizado para desinfecção e assim, tratamento de água é produzido em geradores de ozônio ou ozonizadores. A instabilidade do ozônio não permite que ele seja gerado e armazenado, por isso sua geração precisa ser feita “in situ”, ou seja, na hora em que será utilizado. Há três maneiras de produzir ozônio e são elas: pelo efeito corona, por eletrólise e por radiação UV [6]. 
Efeito corona
É o método mais utilizado para geração de ozônio e tem o mesmo princípio da produção de ozônio na atmosfera quando há descargas elétricas por meio dos relâmpagos. 
Um gerador de ozônio que emprega esse efeito corona é constituído por dois eletrodos que estão submetidos a uma elevada diferença de potencial. O ozônio é formado pela passagem de ar ou oxigênio seco entre esses dois eletrodos. Neste processo a descarga elétrica entre dois eletrodos resulta na decomposição da molécula de O2 em radicais O•, que quando combinados com a molécula de O2 formam o ozônio, O3. Então, quando os elétrons alcançam a energia necessária para dissociar a molécula de oxigênio, há colisões, que causam tal dissociação e consequentemente a formação do ozônio [6].
Figura 2: Típica configuração de uma célula corona
Há alguns parâmetros que controlam a eficiência da formação do ozônio como: temperatura do gás de entrada, conteúdo do oxigênio, potência elétrica da corona e o fluxo do gás de alimentação [6].
O gás de alimentação que irá sofrer descarga elétrica requer uma umidade baixa, por isso seu ponto de condensação deve ser de 60-65ºC negativos, pois a umidade pode reduzir a produção de ozônio por sujar a dielétrica por onde o oxigênio seco ou ar passam e tal umidade pode reagir com o ozônio. O resfriamento adequado do gás de alimentação é necessário para evitar elevadas temperaturas que poderiam decompor grande parte do ozônio produzido [8].
O efeito corona pode converter oxigênio molecular em ozônio de até 4% em massa se for gerado a partir do ar e até 14% a partir do oxigênio puro. O ozonizador alimentado pelo oxigênio puro tem um custo de manutenção menor, devido à maior simplicidade do equipamento e maior rendimento na produção de ozônio, porém é mais caro do que se utilizar o ar [8].
Produção eletroquímica de ozônio (PEO) 
Os métodos corona e fotoquímico não produzem uma concentração elevada de ozônio na fase gasosa porque as fontes de energia para promover a dissociação da molécula de oxigênio (descarga elétrica e radiação UV) também degradam a molécula de ozônio que fora formada, pois as reações ocorrem no meio homogêneo. As células eletrolíticas capazes de produzir ozônio diretamente no meio aquoso são mais econômicas que a descrita anteriormente e geram altas concentrações de ozônio diretamente dissolvido na água [12].
Em linhas gerais, a água é convertida em hidrogênio e átomos de oxigênio através da eletrólise. As moléculas de hidrogênio são separadas do gás e da água e os átomos de oxigênio se combinam para formar O3 e O2. A reação geral é:
3 H2O → O3 + 6e- + 6H+
Figura 3: Produção eletroquímica do ozônio
O anodo é constituído de um material poroso e condutor de água e é coberto por uma camada ativa que pode ser de PbO2. Estudos afirmam que o emprego de um eletrólito polimérico sólido (EPS) que atua como uma espécie de membrana separando o anodo do catodo, na ausência de eletrólitos aquosos, elimina o desgaste do PbO2 em consequência do transporte eficiente de H+, o qual elimina o acúmulo de prótons na superfície do anodo [12].
A produção de ozônio é de até 5g O3/h, porém a alta deve apresentar características físico-químicas de certa potabilidade, como ausência de turbidez e coloração, para que não danifique o catodo e anodo por onde passará. Este tipo de gerador de ozônio é muito utilizado para desinfecção de águas potáveis ou de uso farmacêutico [5].
Geração fotoquímica (radiação UV)
A geração do ozônio por radiação UV ocorre naturalmente na estratosfera e pode ser reproduzida em laboratório. O ozônio é gerado mediante a reação do oxigênio do ar sob a luz ultravioleta a um comprimento de onda de 140 a 190 nm. 
No laboratório esse processo pode ser reproduzido através da radiação emitida por lâmpadas do tipo ultravioleta. Porém, é muito difícil fazer com que a irradiação seja emitida exatamente no comprimento de onda adequado (λ ≅ 242 nm) para uma maior eficiência na produção do ozônio a partir de oxigênio, sem a presença simultânea da emissão em comprimentos de onda menores, onde ocorre a decomposição do ozônio (200 ≤ λ ≤ 308 nm).
Apesar de ser um processo que demanda bastante energia, essa tecnologia encontra aplicações em pequena escala laboratoriais com o objetivo de eliminar efetuar assepsia, mas não é utilizado industrialmente devido ao baixo rendimento [12].
APLICABILIDADE
Esse método possui um custo muito elevado devido a dificuldade da reação e a aparelhagem complexa, além do controle da temperatura, por isso ele é implementado em larga escala apesar de ser um desinfetante com ação mais eficaz que o UV e a cloração.
Tratamento de água
A ozonização é mais usada no fim do processo de tratamento, onde ela assume a função de matar os microrganismos presentes na água.
A combinação de ozônio e cloro é mais comum, pois a presença contínua do cloro durante o percurso da água até seu destino final previne quaisquer contaminações ocasionadas por falhas na rede de distribuição, coisa que a ozonização não é capaz de fazer, pois só age in situ pela instabilidade desse gás.
Mas combinando ambas as técnicas é possível a economia dos reagentes, pois ele consegue ser mais efetivo que o cloro, e não há formação de trialometanos.
No caso da combinação com a radiação ultravioleta o ozônio é decomposto facilmente por fotólise, e essa reação gera o radical OHo. Essa combinação é eficiente na oxidação de complexos de cianeto, solventes clorados, pesticidas, assim como DBO e DQO. Apesar disso, o custo dessa combinação é muito alto.
Efluente têxtil
São notórios os problemas ambientais associados aoefluente têxtil. Devido à sua própria natureza, a presença dos corantes é facilmente detectada, sendo visíveis mesmo em concentrações baixas. Quando lançados nos corpos aquáticos receptores, mesmo quantidades reduzidas podem alterar a coloração natural dos rios, resultando em problemas estéticos além de reduzir alguns processos fotossintéticos [1]. Apresentam composição química variada, baixa degradabilidade por processos biológicos, elevada DQO, além da presença de compostos recalcitrantes que podem estar associados à toxicidade crônica e aguda [7].
 Os corantes reativos são os principais alvos de pesquisas, pois: representam aproximadamente 20 a 30% de todos os corantes utilizados; cerca de 30% do corante utilizado é transformado em resíduo, devido à baixa fixação em fibras celulósicas e à baixa eficiência de remoção destes corantes pelos tratamentos biológicos convencionais [15].
Dentre os vários métodos que têm sido desenvolvidos para o tratamento deste efluente, o processo de ozonização tem sido sugerido na literatura recente como sendo um processo bastante promissor, devido à capacidade de descoloração e aumento da biodegradabilidade do efluente. Além disso, o fato do sistema não gerar resíduos sólidos (como no caso do lodo ativado) e ser de fácil instalação e operação torna sua aplicação ainda mais atrativa.
Durante o processo de ozonização ocorre a descoloração do efluente devido à clivagem oxidativa dos grupos cromóforos, seja por via direta ou indireta [10]. A clivagem destas ligações duplas conjugadas e de outros grupos funcionais faz com que as moléculas percam a habilidade de absorver luz na região visível do espectro eletromagnético.
Resultados provenientes de estudos de ozonização do efluente têxtil, em escala de laboratório, mostraram que a redução de cor é bastante eficiente, contribuindo significativamente para o reuso da água na própria planta de tratamento podendo, assim, chegar à descarga zero [11].
A elevada remoção de cor e a limitada remoção de matéria orgânica (expressa como COT e DQO) foram observadas por Sevimli e Sarikaya [6]. Isto pode ser explicado pela capacidade do ozônio quebrar as duplas ligações dos compostos orgânicos, fazendo com que as moléculas percam a habilidade de absorver luz na região visível. Já a baixa remoção de COT é devida à oxidação incompleta dos compostos orgânicos, ou seja, o processo não atinge o grau de mineralização desejado [10].
Efluente farmacêutico
Estudos recentes indicam que antibióticos, como os do grupo das penicilinas, podem exercer efeitos tóxicos a organismos aquáticos e até promover o desenvolvimento de cepas bacterianas multi-resistentes [4]. A ozonização é um processo que apresenta grande potencial para remediação do efluente farmacêutico, devido à capacidade do processo em remover compostos refratários como os tipicamente encontrados neste efluente, no entanto a eficiência de remoção de COT é pequena.
Arslan-Alaton e Balcioglu [3] ozonizaram o efluente proveniente de uma indústria farmacêutica, após ter sido submetido a um tratamento biológico (lodo ativado), em diferentes valores de pH (3 e 8). O tratamento biológico foi capaz de remover apenas 10% da DQO do efluente após 4 h de tratamento, atingindo o máximo de remoção (41%) após 48 h de tratamento. Isto indica que o efluente é parcialmente susceptível ao tratamento biológico. A pequena redução da absorbância em 254 e 280 nm indica que compostos aromáticos permaneceram no efluente biotratado. A ozonização deste efluente em pH 8 (reação indireta) resultou numa lenta e ineficiente remoção de DQO (inferior a 10%) após 4 h de ozonização. Entretanto, a redução da absorbância a 254 e 280 nm foi de 57 e 71%, respectivamente. Em meio ácido, compostos orgânicos, que absorvem na região ultravioleta do espectro eletromagnético, foram mais rapidamente removidos. Isto é devido ao ataque seletivo do ozônio aos compostos aromáticos e às duplas ligações dos compostos alifáticos [3]. O efeito do pH na eficiência de ozonização depende do tipo de poluente e do reagente oxidante (O3 ou radical hidroxila OH).
 
Pesticidas
Durante a síntese de pesticidas são gerados resíduos que contêm compostos tóxicos e não-biogradáveis que permanecem no ambiente ainda que submetidos aos processos de tratamento de rejeitos convencionais.
Foi observado que o ozônio reage com inseticidas organofosforados, pesticidas organoclorados e organonitrogenados, sendo efetivo na degradação destes, através da oxidação pelo ozônio, sobretudo quando a reação é conduzida em meio alaclino. No entanto, são necessários mais estudos para avaliar a habilidade do ozônio na redução da toxicidade destes compostos, visto que nos ensaios de ozonização realizados os subprodutos formados foram mais tóxicos que os originalmente presentes.
 
A degradação de pirimifosmetil, um pesticida organofosforado, foi estudada pela utilização de TiO2/UV e ozônio para efeito de comparação. A degradação do composto e a formação de subprodutos foram analisadas por técnicas de COT e CG/MS (cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massa). A degradação do composto por ozonização mostrou-se mais rápida, com redução de 90% do valor inicial de COT em 1 h de tratamento. A ozonização foi considerada a técnica mais eficiente para eliminação de diferentes pesticidas em águas residuais, quando comparada com outros processos oxidativos avançados. [1]
 DISSOLUÇÃO DO OZÔNIO EM ÁGUA
Para aumentar a dissolução do ozônio na água e obter melhor resultado de desinfecção, remoção de cor, etc., podem ser usados injetores venturi, difusores e misturadores estáticos de ozônio.
Injetores Venturi
Os Injetores Venturi funcionam forçando a água através de um corpo cônico que provoca um diferencial de pressão entre a entrada e saída. Isso cria um vácuo dentro do venturi, que inicia a sucção do ozônio através da entrada de sucção.
Figura 4: Funcionamento de um injetor venturi
Algumas características do Venturi são:
Alta taxa de mistura/transferência do ozônio na água (>90%);
Requer bomba d’água para iniciar a sucção;
Não perde eficiência ao longo do tempo;
Sem partes móveis.
Requer instalação fixa;
É a melhor opção para uso em piscinas, lagos, reservatórios e sistemas de tratamento de água por ter grande eficiência na mistura do ozônio na água. No entanto, é uma opção inviável para uso doméstico, tais como usos na cozinha.
A grande desvantagem é que possui um custo muito mais elevado em relação às pedras difusoras. Como o venturi depende de outros elementos (bomba d’água, cavalete, instalação) seu uso pode ser, em um primeiro momento, caro e difícil. Mas a longo prazo, devido a grande eficiência, torna-se compensador já que você necessitará de menores geradores de ozônio para obter excelentes resultados.
Os injetores produzem milhares de bolhas aumentando muito a área de superfície de oxigênio, ou ozônio, em contato com a água. (Duas pequenas bolhas têm maior superfície do que uma grande bolha do mesmo volume). Isso resulta em uma taxa de transferência de massa muito alta.
Pedras Difusoras
Figura 5: Pedras difusoras
As pedras difusoras permitem que o gás ozônio passem por uma membrana porosa, criando pequenas bolhas de ozônio. A transferência de gás ozônio para a água está diretamente relacionada com a superfície total de contato, desta forma o diâmetro da bolha de gás tem um impacto na eficiência do processo. Quanto menor a bolha, maior a superfície de contato e melhor transferência de massa de ozônio.
 No entanto, possuem eficiência muito menor que os Injetores Venturi. Em compensação não requerem instalação fixa e são muito mais simples de usar.
Características das Pedras Difusoras:
Baixa taxa de mistura/transferência do ozônio na água (entre 10 e 15%);
A eficiência aumenta conforme a profundidade aumenta;
Requer bomba ou compressor de ar para impulsionar o ozônio embaixo d’água;
Entope com o uso contínuo, perdendo eficiência até que seja necessário a substituição da peça;
Leve e portátil, não requer instalaçãofixa.
Por serem leves, portáteis e fáceis de usar, são a melhor opção para usos domésticos, exemplos: Usos na cozinha (ozonizar frutas, verduras, carnes, peixes, etc), produção de água ozonizada (para beber,por exemplo).
No entanto, utilizar pedra difusora não é uma boa escolha para tratamento de grandes volumes de água. Devido à baixa eficiência de difusão, você terá altos custos com Geradores de Ozônio muito potentes para fazer o mesmo serviço que um pequeno gerador de ozônio faria aliado a um injetor venturi [16].
Misturadores Estáticos 
É a combinação de elementos geométricos fixos dentro de um tubo que usam a energia da corrente de fluxo para criar uma mistura entre dois ou mais líquidos ou gases, e atingem qualidade de mistura com baixa pressão. 
Figura 6: Esquema interno de um Misturador Estático
Funcionamento do Misturador Estático:
Divisão do fluxo;
 O fluxo é dividido e forçado contra as paredes opostas;
 Desenvolvimento de um vórtice de mistura; 
Divisão do vórtice na fase 1 com rotação inversa.
Estes produzem o cisalhamento das bolhas do ozônio, resultando em uma maior superfície entre a agua e o gás ozônio, portanto, melhoram o desempenho de transferência de massa.
Para melhor eficiência de transferência de massa, um injetor venturi é instalado 30cm antes de um tanque de contato.[17]
Figura 7: Esquema do tratamento da água por venturi associado com Misturador Estático
VANTAGENS
Alto pode oxidante
 O ozônio é um desinfetante com alto poder oxidante conseguindo desinfetar mais rapidamente a água se comparado com os outros. Dependendo da substância atacada, é 3.125 vezes mais ágil e eficiente do que o cloro na inativação de bactérias e vírus. Essa característica faz com que metais se oxidem, gerando óxidos insolúveis, facilmente removidos por filtração. A tabela a baixo traz os potenciais de oxidação de alguns agentes desinfetantes [13].
	DESINFETANTES
	POTENCIAL (V)
	Radical hidroxila 
	2,80
	Ozônio
	2,07
	Peróxido de hidrogênio
	1,78
	Permanganato de potássio
	1,70
	Hidrocloreto
	1,49
	Cloro
	1,36
	Dióxido de cloro
	1,27
	Oxigênio
	1,23
Maior rapidez e eficiência
O ozônio atua diretamente na parede celular, causando sua quebra e assim, demanda um tempo menor e uma desinfecção mais ágil, impossibilitando a reativação. 
Além disso, o ozônio é relativamente instável em solução aquosa e apresenta tempo de meia vida que varia de 20-60 minutos, agindo rapidamente na destruição das impurezas e se decompondo.
Sem resíduos
O ozônio é instável, em estações de tratamento de água, possui um tempo de vida de aproximadamente 20-60 minutos, sendo assim, é decomposto rapidamente, não gerando resíduos secundários. Após sua atuação, é decomposto em água e gás oxigênio.
Cor, odor e sabor
O ozônio também pode ser usado para oxidação de micropoluentes e macropoluentes orgânicos, através da quebra de ligações, destruindo possíveis compostos capazes de transmitir odores e sabores não permitidos, como por exemplo, poluentes fenólicos e alguns pesticidas. Essas são algumas razões pelas quais as plantas de tratamento, usam sistema de desinfecção por ozônio.
Geração in situ
Isso se deve ao fato de que o ozônio não pode ser armazenado, tendo que ser produzido no momento e na estação de tratamento. Dessa forma, é uma economia satisfatória, visto que, não dependerá da demanda do transporte e nem precisará pagar por terceiros por transporte e produção.
DESVANTAGENS
Alto custo
Todo o processo de ozonização para o tratamento de água é eficiente e seguro, já que não há a decomposição de resíduos tóxicos que contaminam a água e consequentemente, causa prejuízos à fauna e flora. 
Por outro lado, para implementar e substituir o processo utilizando ozônio, o custo torna-se alto. O processo é altamente corrosivo, necessitando de materiais altamente resistentes a corrosão, dispensando materiais mais baratos como ferro e aço e, também há um elevado consumo de energia elétrica que chega até 10 vezes mais, se comparado com o processo de cloração. 
Devido a alta capacidade de ser oxidante, os materiais que tem contato com o ozônio devem ter grande resistência a corrosão, isso deve ser considerado para todos os componentes do sistema.
A escolha do material depende do tipo de água a ser tratada, das doses necessárias de ozônio e da vida útil requerida do equipamento. A geração de ozônio com oxigênio pode atingir concentrações de ozônio muito maiores nas fases de gás - líquido, sendo mais corrosivas para reatores e tubulações, do que os sistemas de ozonização alimentados a ar [14].
 Além de preocupações de segurança, materiais que não podem suportar a oxidação por ozônio ou outras espécies reativas podem liberar contaminantes na água que está sendo ozonizada, devem ser evitados também os materiais que aceleram a decomposição de ozônio.
Processo dependente 
O ozônio decompõe-se em O2 ao destruir as células bacterianas, isso é ótimo num primeiro momento, já que é um processo rápido e sem resíduos secundários, porém não se pode esquecer que o tratamento ocorre em estações e antes de chegar ao consumidor passa por tubulações velhas e enferrujadas com perigo de contaminações. Portanto, a ozonização não possui um efeito residual duradouro, responsável por manter a proteção da água por mais tempo, sendo necessária a utilização da cloração em conjunto, para garantir eficiência e proteção da água [13].
Não é universalmente benéfico
Mesmo com todos os benefícios da ozonização, ao se implementar em indústrias alimentícias é necessário um cuidado redobrado. Concentrações muito altas do gás podem causar oxidação na superfície de alimentos resultando na alteração de odor e sabor e descoloração. Essas alterações vão depender da composição química do alimento, da dosagem de ozônio, e das condições de tratamento [13].
COMPARAÇÕES
O cloro vai atuar por difusão através da parede celular, para depois agir sobre os elementos vitais no interior da célula (DNA, RNA, enzimas), já o ozônio, ao oxidar a parede celular de microrganismos, promove uma ruptura irreversível que impossibilita a manutenção da vida desses seres vivos. Em decorrência da especificidade do ozônio em oxidar e provocar a fragmentação da parede celular, ele é um agente extremamente eficiente no tratamento de águas. Porém, ao utilizar o ozônio em águas que possuem brometo em solução, há formação de compostos prejudiciais a saúde, como o íon bromato, hipobromoso, hipobromito, entre outros [2].
Com a utilização de cloro para tratamento de águas pode ser gerar compostos carcinogênicos. Por exemplo, ao utilizar cloro no tratamento de águas, há formação de subprodutos de difícil eliminação, como o trihalometanos, cloraminas e clorofenóis, entre outros [2].
Ao comparar os tratamentos separadamente, a ozonização possuiu uma maior eficácia em desinfetar águas, segundo o gráfico abaixo.
	A ozonização se mostra mais eficaz que o uso do cloro no combate a bactérias e como sendo um tratamento mais limpo. Em baixas doses, o cloro não é capaz de inativar vírus, cistos e coliformes totais. As propriedades biocidas do ozônio não são influenciadas pelo pH e não são capazes de alterá-lo, mas se a alcalinidade da água for insuficiente, o cloro pode reduzir o pH, o que implicará no uso de mais agentes químicos para a neutralização.	 
O tratamento UV também pode ser combinado, mas apresenta a grande desvantagem de não conseguir eliminar matéria dissolvida ou em suspensão da água, pois as mesmas diminuem a intensidade da luz ultravioleta. Apesar da ozonização ser um método que necessita muito de energia, no tratamento UV é necessário que ela seja ininterrupta, aumento os gastos [6].
DIAGRAMA DE BLOCOS
Tendo a água passado por todos os tratamentos físicos e químicos, é necessário passar pelo tratamento biológico que também pode ser chamado de desinfecção. No caso da ozonização, ela estaria depois do processo de neutralização, pois esse tratamento não sofre influência e nem influencia o pH do meio.Após a passagem pelo ozonizador, a etapa de cloração é necessária para que água não sofra nenhuma contaminação futura nas tubulações quando for para distribuição. O diagrama de blocos a seguir demonstra essa etapa do processo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] ALMEIDA, Edna et al. Tratamento de efluentes industriais por processos oxidativos na presença de ozônio: Wastewater treatment by oxidation with ozone. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422004000500023>. Acesso em: 24 ago. 2018.
[2] Aplicação do ozônio em água. O3R Geradores de ozônio e ozonizadores. Disponível em: http://www.o3r.com.br/aplicacao-do-ozonio-em/aguas/3/. Acesso em 24/08/18.
[5] Boas práticas, Tecnologias para desinfecção de águas e esgotos: ozonização. Disponível em: http://boaspraticasnet.com.br/tecnologias-para-desinfeccao-de-agua-e-esgotos-desinfeccao-por-ozonizacao/.Acesso em: 23/08/18.
[6] DE SOUSA, Lindomar Gomes. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, março de 2013. 140p. Aprimoramento do processo de geração de ozônio conduzido a partir da eletrólise da água pura. Disponível em: http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/bitstream/1/503/1/lindomar_gomes_sousa.pdf. Acesso em: 23/08/18
[7] Guaratini, C. C. I.; Zanoni, M. V. B.; Quim. Nova 2000, 23, 71.  
[8] Vandivere, P. C.; Bianchi, R.; Verstraete, W.; J. Chem. Technol. Biotechnol. 1998, 72, 289.
[9]. Kunz, A.; Mansilla, H.; Duran, N.; Environ. Technol. 2002, 23, 911.  
[10] Sevimli, M. F.; Sarikaya, H. Z.; J. Chem. Technol. Biotechnol. 2002, 77, 842.    
[11] Sevimli, M. F.; Kinaci, C.; Water Sci. Technol. 2002, 45, 279.
[12] SILVA, B. S. Potencialidades do uso do ozônio no processamento de alimentos.
[13] Tratamento de água com ozônio na Sanasa. Disponível em: http://www.ib.unicamp.br/dep_biologia_animal/sites/www.ib.unicamp.br.site.dep_biologia_animal/files/4.%20TRATAMENTO%20DE%20%C3%81GUA%20COM%20OZ%C3%94NIO.pdf. Acesso em: 23/08/18.
  [14] Tratamentos de água por ozonização: revisão. Disponível em: https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/tratamentos-de-aguas-por-ozonizacao-revisao/. Acesso em: 23/08/18
[15] Vandivere, P. C.; Bianchi, R.; Verstraete, W.; J. Chem. Technol. Biotechnol. 1998, 72, 289.
[16] Ozônio Line: Injetores Venturi vs Pedras Difusoras. Disponível em: <https://ozonioline.com.br/injetores-venturi-vs-pedras-difusoras/>. Acesso em: 24 ago. 2018.
[17] Misturadores Estáticos: Ozônio. Disponível em: <http://www.snatural.com.br/misturador-estatico-ozonio/>. Acesso em: 24 ago. 2018.

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