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Seleção Natural Seleção natural SN é mortalidade/sobrevivência diferencial, que determina um processo de descendência com modificação. A publicação de On the origin of species, de Charles Darwin, em 1859, revolucionou o pensamento acerca da origem da diversidade dos seres vivos. Seleção natural A unidade de seleção natural é o indivíduo, por isso a sobrevivência diferencial se deve às diferenças de fenótipo, determinadas, por diferenças em um ou mais locos gênicos. Seleção natural: um loco com dois alelos Tabela com as freqüências de um gene letal recessivo “F(q)” em nove gerações. Δq é a diferença das freqüências entre as gerações. Gerações F(q) Δq 0 0.500 X 1 0.335 0.165 2 0.250 0.084 3 0.199 0.051 4 0.166 0.033 5 0.142 0.024 6 0.124 0.018 7 0.110 0.014 8 0.099 0.011 9 0.090 0.009 A seleção natural agindo neste caso é extrema, pois todos os indivíduos homozigotos (aa) morrem. A conseqüência é a redução gradual da freqüência do alelo selecionado (q). Mas, depois de nove gerações, o alelo permanece na população, mesmo com tamanha intensidade de força de seleção natural contra ele. Gerações F(q) Δq 0 0.500 X 1 0.335 0.165 2 0.250 0.084 3 0.199 0.051 4 0.166 0.033 5 0.142 0.024 6 0.124 0.018 7 0.110 0.014 8 0.099 0.011 9 0.090 0.009 Quanto menor a freqüência de q, menos variação disponível existe para que o processo evolutivo ocorra; desse modo, mesmo mantendo a pressão de seleção natural constante, a freqüência do alelo se altera mais lentamente, evidenciando que a seleção não é tão efetiva. Gerações F(q) Δq 0 0.500 X 1 0.335 0.165 2 0.250 0.084 3 0.199 0.051 4 0.166 0.033 5 0.142 0.024 6 0.124 0.018 7 0.110 0.014 8 0.099 0.011 9 0.090 0.009 Valor adapta;vo (W) e coeficiente de seleção (s) Freqüências genotípicas esperadas em nove gerações: Com as freqüências genotípicas, é possível calcular os valores adaptativos (W) dos genótipos envolvidos no processo de seleção natural, dividindo as freqüências genotípicas esperadas antes da seleção e as esperadas depois da seleção. Esses valores representam medidas da capacidade dos diferentes genótipos contribuírem com genes para as próximas gerações. Os W devem ser medidas relativas (devem indicar a contribuição relativa de um genótipo em relação aos demais). Por isso, convertemos os W em W relativos, que são a ponderação de todos os valores adaptativos pelo valor adaptativo do genótipo mais favorecido. WAA = 1,7689 / 1,7689 = 1 WAa = 0,8911 / 1,7689 = 0,5038 Waa = 0,4489 / 1,7689 = 0,2538 O maior W relativo de um genótipo é 1. W relativos menores que 1 indicam a ação da seleção natural, o que nos permite calcular, também, o coeficiente de seleção (s) associado a cada genótipo: W = 1 – s : sAA = 1 - 1 = 0 sAa = 1 - 0,5038 = 0,4962 saa = 1 - 0,2538 = 0,7462 Valor adapta;vo médio ( W ) Valor adaptativo médio da população é a soma da contribuição proporcional de cada genótipo naquela geração. WMÉDIO = p2.WAA + 2pq.WAa + q2.Waa Por que, que ao longo das gerações, a seleção natural aumenta o valor adaptativo médio da população? Pois à medida que os genótipos menos adaptados vão sendo retirados da população, ocorre um aumento do WMÉDIO da população em direção ao valor máximo (1). Esse processo de maximização do WMÉDIO da população é que origina o processo de adaptação. Modelo básico do efeito da seleção natural sobre um loco: Genótipo AA Aa aa Total Frequência antes da seleção p2 2pq q2 1 Valor adaptativo relativo WAA WAa Waa - Contribuição proporcional de cada genótipo p2.WAA 2pq.WAa q2.Waa WMÉDIO Frequência após a seleção p2.WAA / WMÉDIO 2pq.Waa / WMÉDIO q2.Waa / WMÉDIO 1 Valor adaptativo médio: WMÉDIO = p2.WAA + 2pq.Waa + q2.Waa O processo de seleção pode ser representado, também, por um gráfico, conhecido como superfície adaptativa, no qual o comportamento do valor adaptativo médio da população é observado em função das freqüências alélicas. O aumento do valor adaptativo médio da população é representado pela “elevação do terreno” em um determinado ponto. Modelo básico do efeito da seleção natural sobre um loco, onde p = 0,7 e q = 0,3. Genótipo AA Aa aa Total Frequência antes da seleção p2 = 0,49 2pq = 0,42 q2 = 0,09 1 Valor adaptativo relativo WAA = 0 WAa = 1 Waa = 1 - Contribuição proporcional de cada genótipo p2.WAA = 0 2pq.WAa = 0,42 q2.Waa= 0,09 WMÉDIO = 0,51 Frequência após a seleção p2.WAA / WMÉDIO = 0 2pq.WAa / WMÉDIO = 0,82 q2.Waa / WMÉDIO = 0,18 1 p' (p após a SN) = 0,41 q' (q após a SN) = 0,59 SN sobre viabilidade e não sobre fecundidade Genótipo AA Aa aa Total F2 p2 = 0,17 2pq = 0,48 q2 = 0,35 1 Valor adaptativo relativo WAA = 0 WAa = 1 Waa = 1 - Contribuição proporcional de cada genótipo p2.WAA = 0 2pq.WAa = 0,48 q2.Waa= 0,35 WMÉDIO = 0,83 Frequência após a seleção p2.WAA / WMÉDIO = 0 2pq.WAa / WMÉDIO = 0,58 q2.Waa / WMÉDIO = 0,42 1 p'' = 0,29; q'' = 0,71 SN sobre viabilidade e não sobre fecundidade Geração f (p) WMÉDIO 0 0,70 -‐ 1 0,41 0,51 2 0,29 0,83 + - Topografia adaptativa. A curva do valor adaptativo médio em relação aos valores de freqüências gênica é como uma montanha. As freqüências gênicas das populações tendem, pela seleção natural, a migrar para as que apresentam maior valor adaptativo médio. As populações naturais tendem a subir essas montanhas adaptativas, buscando seus picos. Os pontos de equilíbrio estável serão sempre aqueles em que a população tem o maior valor adaptativo médio. Populus: seleção em um loco autossômico com apenas dois alelos, A domina a f(A) = p = 0,1 (frequência alélica inicial de A) WAA = 1 WAa = 1 Waa = 0,9 s = 0,1 (coeficiente de seleção) h = 0 (A é dominante sobre a) A domina a Exercícios: 1. Assumindo o mesmo coeficiente de seleção (s), os alelos mais afetados pela seleção natural, são os dominantes ou os recessivos? Por quê? 2. Se o valor de s, para um determinado genótipo, for 1 (s = 1), significa que ele está sendo completamente selecionado. Neste caso, qual o valor adaptativo deste genótipo? 3. Qual a conseqüência evolutiva para uma população que se manteve sob pressão seletiva por várias gerações? Exercícios: 1. Assumindo o mesmo coeficiente de seleção (s), os alelos mais afetados pela seleção natural, são os dominantes ou os recessivos? Por quê? Os dominantes, porque eles são expressos tanto nos homozigotos, quanto nos heterozigotos. Neste caso, a variação não expressa, de alelos recessivos, é menos afetada pela seleção natural. 2. Se o valor de s, para um determinado genótipo, for 1 (s = 1), significa que ele está sendo completamente selecionado.Neste caso, qual o valor adaptativo deste genótipo? • valor adaptativo desse genótipo é zero (w = 0). Quando falamos de adaptação, estamos sempre falando, também, de seleção natural. 3. Qual a conseqüência evolutiva para uma população que se manteve sob pressão seletiva por várias gerações? Um aumento do valor adaptativo médio. Essa é a conseqüência evolutiva fundamental da evolução guiada por seleção natural. Exercícios: 1. Assumindo o mesmo coeficiente de seleção (s), os alelos mais afetados pela seleção natural, são os dominantes ou os recessivos? Por quê? Os dominantes, porque eles são expressos tanto nos homozigotos, quanto nos heterozigotos. Neste caso, a variação não expressa, de alelos recessivos, é menos afetada pela seleção natural. 2. Se o valor de s, para um determinado genótipo, for 1 (s = 1), significa que ele está sendo completamente selecionado. Neste caso, qual o valor adaptativo deste genótipo? O valor adaptativo desse genótipo é zero (w = 0). Quando falamos de adaptação, estamos sempre falando, também, de seleção natural. 3. Qual a conseqüência evolutiva para uma população que se manteve sob pressão seletiva por várias gerações? Um aumento do valor adaptativo médio. Essa é a conseqüência evolutiva fundamental da evolução guiada por seleção natural. Exercícios: 1. Assumindo o mesmo coeficiente de seleção (s), os alelos mais afetados pela seleção natural, são os dominantes ou os recessivos? Por quê? Os dominantes, porque eles são expressos tanto nos homozigotos, quanto nos heterozigotos. Neste caso, a variação não expressa, de alelos recessivos, é menos afetada pela seleção natural. 2. Se o valor de s, para um determinado genótipo, for 1 (s = 1), significa que ele está sendo completamente selecionado. Neste caso, qual o valor adaptativo deste genótipo? O valor adaptativo desse genótipo é zero (w = 0). Quando falamos de adaptação, estamos sempre falando, também, de seleção natural. 3. Qual a conseqüência evolutiva para uma população que se manteve sob pressão seletiva por várias gerações? Um aumento do valor adaptativo médio. Essa é a conseqüência evolutiva fundamental da evolução guiada por seleção natural. Assim, os indivíduos de genótipo Aa deixam, em média 67% de descendentes com relação aos de genótipo AA e os de genótipo aa deixam apenas 44%, com relação ao mais adaptado (AA). 4. Uma população de 1000 indivíduos foi observada por duas gerações obtendo-se os resultados: AA Aa aa 250 500 250 360 480 160 Calcular os valores adaptativos relativos para cada um dos genótipos. Assim, os indivíduos de genótipo Aa deixam, em média 67% de descendentes com relação aos de genótipo AA e os de genótipo aa deixam apenas 44%, com relação ao mais adaptado (AA). 4. Uma população de 1000 indivíduos foi observada por duas gerações obtendo-se os resultados: AA Aa aa 250 500 250 360 480 160 Calcular os valores adaptativos para cada um dos genótipos. Tipos de seleção Direcional Estabilizadora (balanceada, normalizadora, sobredominância) Disruptiva Dependente de frequência Sexual A seleção natural é a reprodução diferencial dos indivíduos numa população. A mortalidade (ou sobrevivência) dos organismos não ocorre ao acaso. Por isso, a seleção natural é uma força evolutiva determinista, ou seja, ela determina uma mudança das freqüências gênicas com sentido e direção determinados, gerando um aumento do valor adaptativo médio das populações. Seleção natural direcional O valor adaptativo da população aumenta com a eliminação de um dos alelos. Há uma perda de variação na população. Exemplo: Melanismo industrial, mariposa Biston betularia, na Inglaterra. Em menos de um século, a forma melânica dessa mariposa aumentou a sua freqüência na população de 1% para 90%, o inverso ocorrendo com a forma clara. Seleção natural balanceada Seleção que não resulta na perda de variação, ela mantêm um polimorfismo estável na população. A sua forma mais simples é a vantagem do heterozigoto, que é mais adaptado que um ou ambos homozigotos. Com isso, ambos os alelos serão mantidos na população pela maior sobrevivência ou reprodução dos indivíduos heterozigotos. No modelo de sobredominância existem dois coeficientes de seleção, s e t. WMÉDIO = 1 – sp2 – tq2 Genótipo AA Aa aa Total Frequência antes da seleção p2 2pq q2 1 Valor adaptativo relativo WAA = 1 – s WAa = 1 Waa = 1 – t - Contribuição proporcional de cada genótipo p2.(1 – s) 2pq q2.(1 – t) WMÉDIO Frequência após a seleção p2.(1 – s) / WMÉDIO 2pq / WMÉDIO q2.(1 – t) / WMÉDIO 1 Exemplo: Anemia falciforme. Os heterozigotos têm uma vantagem, tanto em relação aos indivíduos homozigotos normais, uma vez que são mais resistentes à malária, quanto em relação aos indivíduos falcêmicos, fortemente afetados pela doença. Deste modo, nestas regiões, o alelo S é mantido na população por uma seleção em favor do heterozigoto. Plasmodium sp. Anopheles sp. Seleção natural disrup;va Seleção dependente de frequência O W de um genótipo é diretamente afetado pela sua própria freqüência dentro da população. Relação entre W do organismo, em função da freqüência do seu padrão aposemático na população. (a) W negativamente correlacionado com a freqüência. (b) W do padrão aumenta com sua freqüência na população. Mimetismo batesiano Mimetismo Mülleriano MIMETISMO BATESIANO 1) Espécie de borboleta que serve como presa para pássaros. MIMETISMO BATESIANO 2) Indivíduos com genótipo palatável e não- palatável com o mesmo padrão morfológico. MIMETISMO BATESIANO 3) Indivíduos não-palatáveis serão beneficiados por SN, pois os pássaros aprendem a evitá-los. MIMETISMO BATESIANO 3) Indivíduos não-palatáveis serão beneficiados por SN, pois os pássaros aprendem a evitá-los. Que gosto ruim! ECA!!!! Vou comer outra coisa. MIMETISMO BATESIANO 4) Nessa circunstância de alto W, os indivíduos com genótipo palatável devem crescer em freqüência na população, de modo que os pássaros, agora, terão mais chance de encontro com eles. Que delícia! Vou comer mais borboletas. MIMETISMO BATESIANO 5) Se os indivíduos palatáveis forem muito freqüentes na população, seu W diminui: eles levam uma desvantagem seletiva e sua freqüência na população deve cair. MIMETISMO BATESIANO É possível manter o polimorfismo na população, pois quando o genótipo é raro, ele é favorecido e aumenta sua freqüência na população, e quando se torna freqüente, seu W diminui, caindo a sua freqüência na população. No ponto em que os valores adaptativos dos dois genótipos forem iguais, as freqüências gênicas terão alcançado equilíbrio, e a população estará mantendo um polimorfismo por ação de seleção natural dependente de freqüência. Relação entre W do organismo, em função da freqüência do seu padrão aposemático na população. (a) W negativamente correlacionado com a freqüência. Mimetismo batesiano MIMETISMO MÜLLERIANO 1) Espécie de borboleta em que todos os indivíduos são não-palatáveis com padrões morfológicos distintos. MIMETISMO MÜLLERIANO 2) Um padrão que tenha alta freqüência na população terá sido predado muitas vezes. Assim, os pássaros terão aprendido que essas borboletas são ruins, passando a evitá-las, o que lhes confere uma vantagem na população. MIMETISMOMÜLLERIANO 3) Padrões pouco comuns, terão sido menos predados e os pássaros podem não ter identificado ainda esse padrão como uma refeição desagradável, originando uma desvantagem para esses indivíduos. MIMETISMO MÜLLERIANO 4) Para cada área de ocupação da espécie, apenas um padrão é encontrado. MIMETISMO MULLERIANO O W está positivamente correlacionado com a freqüência. Desse modo, como o valor adaptativo do padrão se eleva com o aumento da sua freqüência na população, esperamos que o padrão aposemático mais freqüente se fixe na população. Nesse caso não é possível manter o polimorfismo na população. Relação entre W do organismo, em função da freqüência do seu padrão aposemático na população. (b) W do padrão aumenta com sua freqüência na população. Mimetismo Mülleriano MIMETISMO BATESIANO MIMETISMO MÜLLERIANO W negativamente correlacionado com a freqüência W positivamente correlacionado com a freqüência Manutenção do polimorfismo na população Não é possível manter o polimorfismo na população Genótipo raro favorecido Genótipo freqüênte favorecido Placa de Bates (1862): espécies de Dismorphia (primeira e terceira fila) e vários Ithomiini (Nymphalidae) (segunda e quarta fila). Borboletas do gênero Heliconius Seleção sexual Seleção sexual É a vantagem que certos indivíduos têm sobre outros do mesmo sexo e espécie, no que diz respeito, exclusivamente, à reprodução. Assim, se, por um lado, os pavões têm uma desvantagem adaptativa com sua exuberante cauda, por outro, tal desvantagem deve ser menor que a vantagem reprodutiva que esta mesma cauda lhes confere. Seleção sexual Seleção sexual intra-sexual (competição entre machos): a disputa ocorre entre machos da mesma espécie em competição pelas fêmeas ou por locais favoráveis para o acasalamento. Machos de elefantes marinhos lutam agressivamente todos os anos. Machos sem sucesso não chegam a acasalar, enquanto os machos vencedores têm haréns de 30 a 100 fêmeas. Seleção sexual inter-sexual: envolve a preferência das fêmeas. Isso significa que as fêmeas, de alguma forma, escolhem, entre os machos, alguns tipos, em detrimento de outros. O dimorfismo sexual é encontrado, principalmente, em espécies poligínicas (um macho pode acasalar com várias fêmeas). Ronald Fisher demonstrou que, em alguns casos, quando um caráter masculino é favorecido pela preferência das fêmeas, esse processo pode levar a um exagero sem limites. Fisher chamou esse fenômeno de seleção sexual “fugitiva”, onde filhas de machos exagerados preferem machos exagerados. Assim, a seleção produz caracteres que não são adaptativos. Quan;ficação de seleção em sequências codificadoras Professora: Luísa Damazio Rona Pitaluga Email: luisadrp@ioc.fiocruz.br Novos alelos são produzidos a todo momento nas populações. Entretanto, a grande maioria deles é eliminada por seleção negativa ou purificadora. Eventualmente, os alelos permanecem na população por serem seletivamente neutros ou por apresentarem vantagem adaptativa (seleção positiva). O Código Genético É a relação entre a seqüência de bases no DNA e a seqüência correspondente de aminoácidos na proteína. O Código Genético DEGENERADO: vários códons codificam um mesmo aminoácido; NÃO É AMBÍGUO: nenhum códon codifica mais que um aminoácido; UNIVERSAL: os códons tem o mesmo significado em quase todos os organismos. Na cadeia polinucleotídica de DNA, um conjunto de 3 nucleotídeos (códon) corresponde a um aminoácido. Com os 20 aminoácidos existentes, devem existir pelo menos 20 arranjos de nucleotídeos diferentes para que cada arranjo codifique um aminoácido. 41 = 4 combinações 42 = 16 combinações 43 = 64 combinações O gráfico a seguir (Nei, 2005) mostra a relação dN / dS, indicando claramente que a maioria dos genes estão sob seleção purificadora. Genes do sistema imune. Genes antigênicos do vírus influenza, do vírus HIV-1, de plasmódios, e outros parasitas. Estes genes apresentam uma alta taxa de mutação o que ajuda os parasitas a evadirem os sistemas de vigilância dos organismos hospedeiros. Exemplos de dN/dS > 1: Estes estudos sugerem que dN/dS > 1 é gerado pela “corrida armamentista” entre hospedeiros e parasitas. Foi lançada em 1980 por Hamilton. O nome foi dado remetendo a história de Alice no país das Maravilhas, quando Alice está fugindo das cartas de baralho enviadas pela Rainha Vermelha. Alice corre o máximo possível, mas como as cartas também correm, é como se ela não saísse do mesmo lugar, em uma perseguição eterna. Da mesma forma ocorre com os hospedeiros e os parasitas. Teoria da Rainha Vermelha Seguindo esta lógica, em episódio de seleção positiva, a taxa de acumulo das substituições sinônimas é maior que a das substuições não sinônimas dN dS < 1 seleção negativa (purificadora) = 1 evolução neutra > 1 seleção positiva O método mais direto para mostrar a presença da seleção positiva é demonstrar que o valor de dN é significativamente maior do que o valor de dS. A web-based tool developed using the Ruby programming language and the framework Ruby on Rails: http://pedro.biowebdb.org CODEML Modelo com dois locos Quando os efeitos de um genótipo são independentes dos efeitos no outro genótipo, a interação entre os valores adaptativos é do tipo multiplicativa e o valor adaptativo de cada indivíduo é encontrado pelo produto dos valores adaptativos de cada loco. Genótipo para loco P P1P1 P1P2 P2P2 Chance de sobreviver no primeiro mês W1 W2 W3 Genótipo para o loco B B1B1 B1B2 B2B2 Chance de sobreviver após o primeiro mês X1 X2 X3 P1P1 P1P2 P2P2 B1B1 W1 x X1 W2 x X1 W3 x X1 B1B2 W1 x X2 W2 x X2 W3 x X2 B2B2 W1 x X3 W2 x X3 W3 x X3 Quando os efeitos de um genótipo são dependentes dos efeitos no outro genótipo, a interação entre os valores adaptativos é do tipo aditiva e o valor adaptativo de cada indivíduo é encontrado pela soma dos valores adaptativos de cada loco. Genótipo para loco que codifica a enzima A A1A1 A1A2 A2A2 Chance de sobrevivência W1 W2 W3 Genótipo para o loco que codifica a enzima B B1B1 B1B2 B2B2 Chance de sobrevivência X1 X2 X3 A1A1 A1A2 A2A2 B1B1 W1 + X1 W2 + X1 W3 + X1 B1B2 W1 + X2 W2 + X2 W3 + X2 B2B2 W1 + X3 W2 + X3 W3 + X3 Efeito carona: os locos também podem apresentar ligações físicas entre eles. Locos que estão muito próximos nos cromossomos são herdados como unidades únicas e não sofrem segregação independente. Tais locos estão em desequilíbrio de ligação. Um dos efeitos imediatos da ligação entre locos é que a seleção que altera a freqüência de um alelo em um dos locos pode afetar, diretamente, a freqüência de um outro alelo do loco ligado, sem que esse alelo esteja, obrigatoriamente, sob seleção. Esse fenômeno é chamado de efeito carona. “Selec3ve sweep” Redução ou eliminação da variação nos nucleotídeos de regiões flanqueadoras do DNA que sofreu uma mutação como resultado de uma forte seleção direcional. O “selective sweep” leva à homozigozidade no loco selecionado e também nos locos flanqueadores através do efeito carona. f(A) = p = 0,1 (frequência alélica inicial de A) WAA = 1 WAa = 1 Waa = 0 s = 1 (coeficiente de seleção) h = 0 (A é dominante sobre a) Proporções de cada genótipo ao longo do tempo Freqüência (p) do alelo A ao longo de 50 gerações (t) A domina a A domina a Avariação na linha de menor valor de p (a linha vermelha) aumenta mais lentamente nos casos de co-dominância. Isso ocorre, pois no primeiro gráfico, o alelo A é selecionado a favor tanto no homozigoto como no heterozigoto. No segundo, o alelo A tem alguma seleção contra ele no heterozigoto. Assim, a freqüência dele (p) aumenta (já que WAA > Waa), mas não tão rapidamente. Nos casos de co-dominância, apesar do aumento das freqüências ser mais lento, os alelos A acabam se fixando, pois a seleção, agora, consegue ver o alelo selecionado mesmo no heterozigoto. Populus: seleção em um loco autossômico com apenas dois alelos, A e a são co-‐dominantes f(A) = p = frequência alélica inicial de A em seis locos WAA = 1 WAa = 1 Waa = 0,9 s = 0,1 (coeficiente de seleção relativo sobre o alelo a) h = 0 (A é dominante sobre a) f(A) = p WAA = 1 WAa = 0,95 Waa = 0,90 s = 0,1 h = 0,5 (co-dominância perfeita) A domina a Co-dominância f(A) = p WAA = 1 WAa = 1 Waa = 0,9 s = 0,1 h = 0 (A é dominante sobre a) f(A) = p WAA = 1 WAa = 0,95 Waa = 0,90 s = 0,1 h = 0,5 (co-dominância perfeita) A domina a Co-dominância Seleção natural direcional CALCULEM O W MÉDIO: CALCULEM O W MÉDIO: CALCULEM O W MÉDIO: Sobredominância Sobredominância Ponto de equilíbrio estável do modelo: p = 0,5 Sobredominância Sobredominância Sobredominância Ponto de equilíbrio instável do modelo: p = 1 Sobredominância Seleção natural disrupitiva Pontos de equilíbrios estável do modelo: p = 1 e p = 0 Ponto de equilíbrio instável do modelo: p = 0,5 Δp é a diferença das freqüências entre as gerações: Gerações F(p) Δp 0 0.500 X 1 0.335 0.165 2 0.250 0.084 3 0.199 0.051 4 0.166 0.033 5 0.142 0.024 6 0.124 0.018 7 0.110 0.014 8 0.099 0.011 9 0.090 0.009 Resumindo até aqui: Δp = p’ - p Explicação biológica Explicação matemática Quando uma característica se tornará mais freqüente? Quando p’ > p; Δp > 0 Quando uma característica se tornará mais rara? Quando p’ < p; Δp < 0 Quando vai parar? Quando p’ = p; Δp = 0 Gerações F(p) Δp 0 0.500 X 1 0.655 0.155 2 0.750 0.095 3 0.900 0.150 Δp = p’ - p Explicação biológica Explicação matemática Quando uma característica se tornará mais freqüente? Quando p’ > p; Δp > 0 Quando uma característica se tornará mais rara? Quando p’ < p; Δp < 0 Quando vai parar? Quando p’ = p; Δp = 0 Gerações F(p) Δp 0 0.500 X 1 0.335 -‐0.165 2 0.250 -‐0.084 3 0.199 -‐0.051 Δp = p’ - p Explicação biológica Explicação matemática Quando uma característica se tornará mais freqüente? Quando p’ > p; Δp > 0 Quando uma característica se tornará mais rara? Quando p’ < p; Δp < 0 Quando vai parar? Quando p’ = p; Δp = 0 Quando Δp = 0, p ou q será = 0 (um dos alelos se fixará). Gerações F(p) Δp 0 0.500 X 1 0.335 -‐0.165 2 0.250 -‐0.084 3 0.199 -‐0.051 4 0.166 -‐0.033 5 0.142 -‐0.024 6 0.124 -‐0.018 7 0.110 -‐0.014 8 0.099 -‐0.099 9 0.000 0.000 10 0.000 0.000 (a) Um dos alelos está sendo favorecido. Δp > 0 Δp = 0 (p = 0 ou q = 0) Pontos de equilíbrios instável do modelo: p = 0 Pontos de equilíbrios estável do modelo (global e local): p = 1 p = 0 (instável) p = 1 (estável) (a) Um dos alelos está sendo favorecido. Δp < 0 Δp = 0 (p = 0 ou q = 0) Pontos de equilíbrios estável do modelo: p = 0 Pontos de equilíbrios instável do modelo: p = 1 p = 0 (estável) p = 1 (instável) WAA = 0,9 WAa = 1 Waa = 1 t f (p) 0 Pontos de equilíbrios instável do modelo: p = 0 e p = 1 Pontos de equilíbrios estável do modelo: p = 0.5 (b) A favor do heterozigoto Δp = 0 (p = q) Este modelo tem 2 pontos de equilíbrio instável (p = 0 e p = 1) e um ponto de equilíbrio estável Sobredominância Ponto de equilíbrio estável do modelo: p = 0,5 Instável: p = 1 Instável: p = 0 Pontos de equilíbrios instável do modelo: p = 0.5 Pontos de equilíbrios estável do modelo: p = 1 e p = 0 (c) Contra o heterozigoto Δp = 0 (p = q) Este modelo tem 2 pontos de equilíbrio estável (p = 0 e p = 1) e um ponto de equilíbrio instável Ponto de equilíbrio instável do modelo: p = 0,5 Estável: p = 1 Estável: p = 0 Bibliografia recomendada
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