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O APRENDIZADO DO ALUNO COM TRANSTORNO DO ASPECTO AUTISTA NAS SERIES FINAIS DO ENSINO FUNDANTAL MAIOR

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FACULDADE CRUZ AZUL/EDUCA MAIS 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL E 
INCLUSIVA 
 
JULIMAR ARAUJO AZANCORT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O APRENDIZADO DO ALUNO COM TRANSTORNO DO 
ASPECTO AUTISTA NAS SERIES FINAIS DO ENSINO 
FUNDANTAL MAIOR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM-PA 
2018 
 
JULIMAR ARAUJO AZANCORT 
 
 
 
 
 
 
O APRENDIZADO DO ALUNO COM TRANSTORNO DO 
ASPECTO AUTISTA NAS SERIES FINAIS DO ENSINO 
FUNDANTAL MAIOR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado ao programa de 
pós-graduação da faculdade cruz azul/ 
educa mais para obtenção do grau de 
Especialista em Educação Especial e 
inclusiva. 
 
Orientador: Profº Esp. Adina Salomão 
Souza de Oliveira 
 
 
 
 
 
 BELÉM- PÁ 
 2018 
 
 
 
JULIMAR ARAUJO AZANCORT 
 
 
 
 
 
 O APRENDIZADO DO ALUNO COM TRANSTORNO DO ASPECTO AUTISTA 
NAS SERIES FINAIS DO ENSINO FUNDANTAL MAIOR. 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado ao programa de pós-
graduação da faculdade cruz azul/educa mais 
para obtenção do grau de Especialista em 
Educação Especial e Inclusiva. 
 
 
 
 
 
 ______________________________________________ 
 Julimar Araujo Azancort Nota 
 
 
_______________________________________ 
Orientador: Profº Esp. Adina Salomão Souza de Oliveira 
 
BELÉM 
2018 
 
 
 
O APRENDIZADO DO ALUNO COM TRANSTORNO DO ASPECTO AUTISTA NAS 
SERIES FINAIS DO ENSINO FUNDANTAL MAIOR 
 Julimar Araujo Azancort 
Resumo 
Esta pesquisa tem como objetivo mostrar de forma bem abrangente a história e a 
concepção do Autismo, seus sintomas e seu desenvolvimento de aprendizagem nas 
series finais do fundamental maior. Entender o isolamento extremo, a ausência nas 
atividades tanto individual, mas principalmente em grupo e a relação com o outro. 
Nesta perspectiva, esse artigo reflete sobre o Autismo e sobre a necessidade de incluir 
o jovem autista na escola de modo inclusivo no ensino fundamental maior e também 
a relação desse aluno com os professores de áreas diversas. Onde a diferença 
metodológica de cada um, diferencia no aprendizado desse aluno com o transtorno 
do aspecto autista. 
 
Palavras chaves: Autismo, inclusão escolar. Aprendizagem, metodologia de ensino. 
 
Abstract 
This research aims to show in a very embracing way the history and conception of 
Autism, symptoms and development of learning in middle school. Understand the 
extreme isolation, absence in activities in a individual, but mainly in a group and in a 
relation with others. 
In perspective, this ancient reflects about Autism and about the necessity to include 
the young autistic in school, in a inclusive mode on middle school and the relation of 
this student with teachers of different areas. Where the methodological difference of 
each, distinguish on the student learning with autism disorder. 
Keywords: Autism, school inclusion, learning, teaching methodology. 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
O presente artigo procura discutir o transtorno do aspecto autista que causa atraso no 
desenvolvimento da criança e principalmente comprometendo sua imaginação, 
criatividade, comunicação, socialização e iniciativa. A maioria das crianças nascem 
aparentemente sem nenhuma disfunção, algumas se comportam e choram no início 
da vida como todos os recém nascidos, mas já nos primeiros meses de vida, podendo 
ser notadas até aos cinco anos de idade, os primeiros sintomas, configurando uma 
situação dolorosa para os pais, que são incapazes de olhar as pessoas e isola-se 
cada vez mais no mundo misterioso e impenetrável. 
O transtorno do Autismo pode ser encontrado em todo mundo, em famílias de 
quaisquer configuração racial e étnica e social. Não se conseguiu provar até agora 
nenhuma causa psicológica, ou do meio ambiente nessas pessoas que podem causar 
o transtorno do aspecto autista. (que é mais comum em meninos) 
De acordo com Mirenda, Donnellan & Yoder (1983), tais distúrbios podem ser 
observados já no início da vida; o contato "olho a olho" é anormal antes mesmo de 
completar o primeiro ano de vida, dentre outras características. Isso prova que não é 
uma tarefa muito difícil de identificar, entretanto muitos pais têm medo de descobrir 
que tem uma criança diferente e não buscam auxílio por receio do diagnóstico e, 
muitas vezes, quando buscam, os profissionais não estão capacitados para dá um 
diagnóstico preciso. 
 
 Na busca pelo diagnóstico, a caminhada é longa e árdua. 
Cada profissional fala uma coisa e não é raro encontrar 
aqueles que digam que a culpa é da mãe, aumentando, ainda 
mais, indecisão, a dúvida e a insegurança. Quando finalmente 
o diagnóstico vem, a negação a primeira reação dos pais: 
"Não, não pode ser, isto não é verdade! Não meu filho!" 
(Santos, 2008, p.26) 
 
Um dos principais problemas que se encontra em uma escola em relação ao aluno 
com TEA, além da negação dos pais e a procura tardia para um tratamento ou até 
mesmo um acompanhamento com um profissional qualificado para lhe dar com o aluno 
com transtorno do aspecto do Autismo. Essa dificuldade acaba por refletir diretamente 
em sala de aula principalmente no Ensino fundamental maior, onde a grande maioria 
dos professores não tem a qualificação desejada e não sabem como se comporta 
perante esse tipo de transtorno. A cobrança encima do conteúdo, a quantidade de 
alunos em sala de aula e o pouco tempo que o professor passa com a turma acaba 
limitando a atenção que o professor deveria dar para os alunos com algum tipo de 
transtorno. 
Associado a essa dificuldade, a não dedicação dos pais para a melhora desse aluno 
seja por falta de conhecimento ou até mesmo pela negação do filho não ter nada e o 
considerar “normal”, atrapalha e muito no desenvolvimento da criança com o 
Transtorno do aspecto do Autismo. 
O diagnóstico tardio, faz com que a criança comece a desenvolver tardiamente todas 
as qualidades que ela possui. A busca para entender qual a melhor forma e a melhor 
metodologia para fazer a criança e adolescente se desenvolver, ficam prejudicado, 
pois só através de um diagnóstico e de um acompanhamento rigoroso e cauteloso o 
profissional poderá orientar os pais e professores como lhe dar com essa situação. 
Estrutura familiar, as dificuldades de leitura e escrita, a dislexia, falta de professores 
sem capacitação habilitada em buscar didaticamente melhores métodos de ensinar 
crianças e adolescentes. Ainda segundo o autor ( Santos-2008), o professor deve ser 
capaz de intervir diante dessa necessidade, compreendendo que há a dificuldade, e 
fazer a intervenção com essa clientela, buscando desenvolver seus aspectos 
cognitivos referente ao problema de aprendizagem, de forma qualitativa e através 
dessa intervenção estreitar e fortalecer os laços da aprendizagem entre educador e 
educando 
A aprendizagem é um processo de ação reciproca entre o sujeito que aprende, o 
sujeito que ensina e o ambiente, cujo resultado se dá numa mudança de 
comportamento. Em se tratando de um processo de uma ação reciproca, as causas 
que provocam o problema de aprendizagem tanto podem ser encontradas na própria 
pessoa aprendente, na pessoa do ensinante, como no ambiente onde está se 
realizando. Hoje as grandes dificuldades esta relacionadas mas nacapacitação de 
quem ensina no de quem aprende, os profissionais da educação principalmente os 
com formação mais antigas não estão preparados para essa mudança chamada de 
inclusão, o ambiente também não está sendo adequado para receber ele novo tipo 
de clientela, a forma tradicional de ensino não causa estimulo nos jovens com TEA e 
muitos professores não se atento a essa falta de interesse desses alunos, pois o 
mesmo não se acha capaz de mudar a situação vivida na realidade de sala de aula 
 
 
 
Um Breve Histórico do Fracasso Escolar 
 
 Santos (2008) afirma que a escola tem um papel importante na investigação 
diagnóstica, uma vez que é o primeiro lugar de interação social da criança separada 
de seus familiares. É onde a criança vai ter maior dificuldade em se adaptar às regras 
sociais, o que é muito difícil para um autista. 
Essa situação acaba refletindo diretamente no rendimento escolar, a tardia aceitação 
dos pais em buscar uma ajuda adequada, com especialistas da área faz com que isso 
se reflita em um histórico de fracasso escolar. Associado a essa dificuldade de 
aceitação familiar, outros aspectos também podem ser somados a este baixo 
desenvolvimento escolar à falta de conhecimento e de preparação dos professores de 
hora aula do ensino fundamental maior. Em uma sala de aula com aproximadamente 
30 alunos, onde o professor tem no máximo 90 minutos por semana nessa sala, 
poucos professores procuram trabalhar de forma adequada com o aluno com 
transtorno do espectro altista. 
 Faz necessário que o educador tenha demasiada paciência e compreensão para com 
o aluno autista para que ele consiga aprender, pois ela pode apresentar um olhar 
distante e não atender ao chamado e até mesmo demorar muito para aprender 
determinada lição. Mas nada disso acontece porque a criança é desinteressada e sim 
porque o autismo compromete e retarda o processo de aprendizagem, ela precisa de 
muito elogio, motivação e carinho para desenvolver sua inteligência. Fato esse que é 
muito raramente acontecer, pois o professor dificilmente tem esse olhar mais 
compreensivo. 
Outra situação que também prejudica muito o desenvolvimento do aluno com aspecto 
autista, segundo Santos (2008) o autista pode apresentar uma reação violenta ao ser 
submetido ao excesso de pressão, sendo essa pressão causada pelo excesso de 
atividades ou até mesmo pelos comportamentos dos colegas de classe. 
Baptista, Rosa (2006), entre outros estudiosos, apontam para a intervenção 
pedagógica como um dos grandes aliados ao tratamento de pessoas com autismo. 
Não se sabe ainda como curar um autista, mas, reduzir a dependência talvez seja o 
caminho dos atendimentos e dos processos recomendados. As limitações de 
comunicação, os comportamentos indesejados, associados ao isolamento, talvez 
sejam, dentre outros sintomas, os motivos da busca pela melhor intervenção 
terapêutica e psicopedagógico 
A inclusão mesmo de forma tardia e a melhor forma de lidar com a criança ou 
adolescente com o aspecto autista. A socialização torna o mundo do autista um pouco 
mais amplo devido o convívio com pessoas de quase a mesma idade. O isolamento 
faria cada vez mais essa criança se fecha eu mundo próprio e assim ter cada vez, 
mas dificuldades de aprendizagem e de comunicação. 
A falta de interesse em qualificar cada vez, mas os professores do ensino fundamental 
maior chega a refletir diretamente na qualidade de vida desses alunos com o 
Transtorno do aspecto Autista. Quando esse aluno ingressa do 6º ano em diante, 
aumenta mais ainda suas dificuldades seja pela quantidade de 
professores que ele tem que lidar ao longo do dia, já que estava acostumado somente 
com uma professora o dia todo ou seja também pelos métodos pedagógicos que cada 
professor hora/aula impõem na sala. Isso ajuda diretamente no fracasso do aluno nas 
series finais, tanto que um número bem baixo de alunos com TEA ingressão no Ensino 
Médio, e uma quantidade menor ainda em universidades. Hoje e mais comum as 
crianças com transtorno do espectro do autismo estar presente em sala de aula há 40 
anos atrás. Veja o gráfico da proporção de crianças que nascem com TEA em 
comparação as que nascem sem esse transtorno, fato que atinge diretamente as salas 
de aulas. 
 
Figura 1 – dados primários 
Fonte: Centro dos EUA de Controle e Prevenção de Doenças 
 
 
 
 
Um Breve Histórico do Autismo 
 
 Autismo vem do grego: autos, que significa em si mesmo. A palavra autismo foi usada 
pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Leo Kanner, psiquiatra infantil americano que 
notou em sua atuação profissional um grupo de crianças que se destacava das demais 
por duas características básicas: forte resistência a mudanças e incapacidade de se 
relacionar com pessoas, sempre voltadas para si. Nesse contexto, o autismo era 
chamado de dissociação psíquica se referindo ao predomínio da emoção sobre a 
percepção da realidade. Em 1943, Leo Kanner define os distúrbios do contato afetivo 
como um autismo extremo, tendo como características a obsessividade (relativo a 
obsessão), as estereotipias (ação repetitiva) e a ecolalia (repetição de palavras). 
Neste momento, o autismo é relacionado a fenômenos esquizofrênicos, apresentando 
como sinal um alheamento extremo já no início da vida (antes dos três anos de idade), 
uma vez que não há respostas aos estímulos externos, vivendo fora do mundo e 
mantendo relação inteligente com os objetos, porém sem apresentar alteração em seu 
isolamento. Após algumas reflexões, este mesmo autor, em 1949, define o autismo 
infantil precoce, caracterizando-o por dificuldade profunda no contato com as pessoas, 
um desejo obsessivo de preservar as coisas e as situações, uma ligação especial aos 
objetos e a presença de uma fisionomia inteligente, além das alterações de linguagem 
que se estendiam do mutismo a uma linguagem sem função comunicacional, 
revelando inversão pronominal, neologismos e metáforas. O autismo infantil precoce 
ainda está intimamente relacionado à esquizofrenia infantil, podendo ser uma 
manifestação prematura desta patologia. Até hoje não se sabe exatamente quais são 
as causas do autismo, mas estudiosos chegaram a algumas conclusões de fatores 
que podem ser podem ser predeterminantes da anomalia. Santos (2008) destaca 
alguns deles: rubéola materna, fenilcetonúria (doença rara) não tratada, encefalite, 
meningite, tuberculose, exposição química, desbalanceamento químico durante o 
desenvolvimento da criança e predisposição genética. 
Porem já foi estudado grupo de gestantes de risco no qual nasceu crianças sadias e 
grupo de gestantes saudáveis onde ocorreu nascimento de crianças autistas. 
 
 No entanto, permanece sem explicação para as causas do autismo. O autismo 
apresenta diversas características umas mais visíveis de serem identificadas e 
outras mais difíceis de serem percebidas. Alguns dos sintomas podem ser 
apresentados como: 
• Dificuldades da fala 
• Dificuldades nas relações interpessoais (alguns preferem viverem sozinhos em seu 
mundo, outros já escolhem uma pessoa para se relacionar, ou seja, ser amigo apenas 
de uma pessoa). 
• Apresentam dificuldades na leitura e escrita e são melhores em cálculos 
• Comunicam-se através de gestos quase não usam a fala 
• Alguns apresentam crises de risos e ataques eufóricos. 
Em estudos comprovados o Aspecto do Autismo e mais frequente em meninos do 
que em meninas, veja o gráfico abaixo 
 
 
Figura 2—dados primários 
Fonte: AMA – Autismo Blumenau e microrregião 
 
A fim de receber um diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo, uma pessoa 
deve ter os três seguintes déficits: 
 Problemas de interação social ou emocional alternativo- Isso pode incluir a 
dificuldade de estabelecer ou manter o vai-e-vem de conversas e interações, a 
incapacidade de iniciar uma interação, e problemas com a atenção compartilhada ou 
partilha de emoções e interesses com os outros. 
 Graves problemas para manter relações - Isso pode envolver uma completa falta de 
interesse em outras pessoas, as dificuldades de jogar fingir e se engajar em atividades 
sociais apropriadas à idade e problemas de adaptação a diferentes expectativas 
sociais. 
 Problemas de comunicação não-verbal - o que pode incluir o contato anormal dos 
olhos, postura, expressões faciais, tom de voz e gestos, bem como a incapacidade de 
entender esses sinais não-verbais de outras pessoas. 
Para Kenner(1943), há vários tipos de autismos e cada um possui sintomas e graus 
de dificuldades diferenciados, uns com intensidades graves que podem comprometer 
as coordenações motoras e cognitivas, outros com intensidades leves com pouco 
comprometimento motor. 
A Síndrome de Asperger possui intensidade leve, pois, na criança não ocorre 
grandes atrasos no desenvolvimento da fala e cognitivo. As dificuldades encontradas 
por essas crianças são nas interações sociais e a comunicação. É mais comum essa 
síndrome ser diagnosticada em crianças do sexo masculino. Crianças com síndrome 
de Aspeger pode frequentar a escola regular, apesar de que em alguns casos precise 
de classes especiais. 
O Autismo Atípico apresenta comprometimento grave e global, e as dificuldades são 
na interação social e comunicação verbal e não verbal. 
Transtornos de Rett têm suas causas desconhecidas, porém aparecem sintomas de 
severa doença mental, esse transtorno só aparece em crianças do sexo feminino. 
Esse transtorno pode ser quatro estágios: estagnação precoce, regressão 
psicomotora, pseudo-estacionário, deterioração motora tardia. 
Temos o Transtorno Desitegrativo da Infância, é algo mais raro que o autismo e 
tem muita semelhança com a Rett sendo que é mais comum em meninos. 
 
Figura 3 – dados primários 
Fonte: Laboratório Geográfico da América Latina para o Autismo 
 
O Autismo não tem cura, o quadro apenas vai mudando conforme o indivíduo vai 
adquirido mais idade. Depende do processo que há em decorrência com suas 
experiências vivenciadas, de como e a relação com os outros e como é tratado 
partindo de tudo que esse indivíduo venha vivenciando no decorrer do seu processo 
de vida. Quanto mais a idade vai avançando, mas dificultoso e o processo de 
aprendizado do Autista. Veja o gráfico abaixo por idade: 
 
Figura 4 – dados primários 
Fonte: AMA – Autismo Blumenau e microrregião 
 
Metodologia 
 
As crianças com autismo, em geral, principalmente quando já estão no ensino 
fundamental maior, apresentam dificuldade em aprender a utilizar corretamente das 
atividades em grupo, mas quando participam de um programa intenso de aulas 
parecem ocorrer mudanças positivas nas habilidades de linguagem, motoras, 
interação social e a aprendizagem. O papel da escola é fazer o reconhecido no nível 
da educação, na elaboração de estratégias para que estes alunos com autismo 
consigam desenvolver capacidades para se integrar e interagir com as outras crianças 
ditas “normais”. Já a família tem também um papel importante, pois é a responsável 
por dar atenção, os cuidados, amor e deverá zelar por toda uma vida. É necessário 
dispensar algumas horas para que as crianças possam se sentir queridas e mostrar o 
que aprenderam. O nível de desenvolvimento da aprendizagem do autista geralmente 
é lento e gradativo, portanto, caberá ao professor adequar o seu sistema de 
comunicação a cada aluno. O professor tem a responsabilidade a dar atenção 
especial e sensibilização dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como 
se comportam esses alunos autistas. Ensinar coisas funcionais para a criança autista 
é a essência de um trabalho adequado e a persistência é um grande aliado deste 
objetivo. É preciso atender prontamente toda vez que a criança autista solicitar e tentar 
o diálogo, a interação é essencial para esse convívio escolar. O conteúdo do programa 
de uma criança autista deve estar de acordo com seu potencial, de acordo com sua 
idade e de acordo com o seu interesse. Atividades com esse propósito se encaixam 
no dia-a-dia dos professores e alunos e tendem a dar resultados a longo prazo. 
(CAVALCANTI, 2006,p. 164) A proposta de educação inclusiva (Tratado da 
Guatemala, 1991) declara que todos os alunos devem ter a possibilidade de integrar-
se ao ensino regular, mesmo aqueles com deficiências sensoriais, mentais, cognitivas 
ou que apresentem transtornos severos de comportamento, preferencialmente sem 
defasagem idade- série. A escola, segundo essa proposta, deverá adaptar-se para 
atender às necessidades destes alunos inseridos em classes regulares. Portanto, a 
educação inclusiva deverá ser posta em prática numa escola inclusiva que busque 
ações que favoreçam a integração e a opção por práticas heterogêneas. Em 1996 foi 
publicada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que em seu artigo (59) 
preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, 
recursos e organização específicos para atender às suas necessidades. Em 2008, foi 
publicada a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva, que preconiza o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, nas escolas 
regulares. 
(BRASIL, 2008). O Ministério da Educação programou a política de inclusão que 
pressupõe a reestruturação do sistema educacional, com o objetivo de tornar a escola 
um espaço democrático que acolha e garanta a permanência de todos os alunos, sem 
distinção social, cultura, étnica, de gênero ou em razão de deficiências e 
características pessoais. Nesse processo a escola é entendida como um espaço de 
todos, no qual os alunos constroem o conhecimento segundo suas capacidades, 
expressam suas ideias livremente, participam ativamente das tarefas de ensino e se 
desenvolvem como cidadãos, nas suas diferenças. Compreendemos que a inclusão 
escolar impõe uma escola em que todos estejam inseridos sem quaisquer condições 
pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente desse 
processo, segundo suas capacidades, e sem que nenhuma delas possa ser motivo 
para diferenciação que os excluirá das suas turmas. Observamos escolas que existem 
alunos portadores de autismo frequentando, em sua maioria, escolas especiais ou 
classes especiais de condutas típicas, dentro das escolas regulares. Há umas poucas 
iniciativas de inclusão desses alunos em classes regulares. Neste último caso, a 
inclusão tem sido efetivada sob quatro condições: 
 a) o aluno frequenta a classe regular todos os dias, durante o tempo total da aula; 
 b) o aluno frequenta a classe regular todos os dias, em horário parcial; 
 c) o aluno frequenta a classe regular algumas vezes na semana, durante o tempo 
total da aula; 
 d) o aluno frequenta a classe regular algumas vezes na semana, em horário parcial. 
 Praticamente na totalidade dos casos, tais alunos fazem uso de recursos 
especializados de apoio como escolas de educação especial, fonoaudióloga, dietas 
especiais, terapia ocupacional, entre outros. 
 
Resultados 
Concluímos que a grande dificuldade do aluno quando adentra o ensino fundamental 
maior está ligado diretamente a formação dos professores. Ao receber uma 
criança/jovem autista em sala de aula, sempre causa um transtorno para os 
profissionais da área de educação. A preocupação é como entender o funcionamento 
e o processo de educação desses indivíduos, quaisintervenções são eficazes para 
fazê-los desenvolver-se. 
É sempre um fator desafiante para esses profissionais. Entender as características, 
as limitações e os possíveis avanços, faz com que o professor que atende esses 
alunos em sala de aula, mude sua concepção acerca autista. É importante que o 
professor entenda que esse aluno veio à sala para transtorná-la e que o mesmo 
poderá alcançar a aprendizagem como os demais, mas alcançará de forma diferente. 
O aluno autista é capaz de desenvolver sua aprendizagem tal como os outros, na sala 
de aula. O que ele precisa é de método e tempo diferenciado para realizar as 
atividades. A incompreensão dessa realidade é que faz com que o professor não 
realize um trabalho capaz de atingir esse público-alvo. O professor precisa estar 
preparado para saber lidar em casos de apatia ou agressividade, bem como outros 
comportamentos inadequados, a uma rotina escolar. Isso ajudará combater os 
preconceitos que a sociedade, muitas vezes, formula e impõe, mais também abrindo 
uma reflexão sobre esse tema. 
É importante também que essa reflexão seja produto de uma complementação 
teórica, capaz de trazer para a sala de aula formas críticas de se pensar acerca de 
formação e ensino, e desse encontro construir paradigmas e realidades capazes de 
transformar sua própria docência. Embora a pesquisa realizada estivesse restrita a 
um único contexto, a mesma objetivou mostrar dentro dessa realidade como se 
processa e se desenvolvem as relações professor-aluno no ensino fundamental maior 
e como influíam no ensino e na aprendizagem de alunos autistas. 
 Assim, sabemos da limitação de seus achados para estabelecer generalizações, por 
outro lado, acreditamos estar preenchendo lacunas em áreas carentes de pesquisas 
como o autismo e as relações professor-aluno em sala de aula no fundamental II. 
 Finalmente acreditamos que a realização deste Artigo possa ter possibilitado 
evidenciar práticas educativas desenvolvidas em escolas públicas de ensino 
fundamental maior para alunos autistas, e que os achados encontrados nesse Artigo 
possam ser utilizados em futuras reflexões críticas para montagem e aplicação de 
programas de formação docente que atuam com os jovens no Ensino Fundamental 
Maior. O indivíduo autista, apesar de manter suas dificuldades, dependendo do grau 
do comprometimento, pode aprender os padrões de comportamento aceitos pela 
cultura, exercitar sua cidadania, adquirir conhecimento e integrar-se de maneira 
bastante satisfatório à sociedade e neste sentido o papel da escola como espaço 
inclusivo é mais do que fundamental, é indispensável, dependendo do quadro clínico 
da criança autista. A adaptação, acolhimento da criança no contexto social, quando 
não iniciado pela família torna-se uma tarefa exclusiva do educador ao recebê-lo em 
sala de aula, dessa forma o aluno que era visto como uma "ovelha negra" da turma 
passa a ser vista uma agradável criança que necessita de adaptações específicas 
para aconselhar a aprendizagem e compreensão por parte de todos. 
 
 
 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica 
 
BRASIL. (2008). Secretaria de Educação. Fundamentais Parâmetros Curriculares 
Nacionais. Pluralidade Cultural e Orientação Sexual, vl 10. Brasília. 
 
 CAVALCANTE, Meire. Inclusão: A sociedade em busca de mais tolerância. Nova 
Escola, São Paulo, n. 196, p. 164, out 2006. 
GAUDERER, E. Christian, Autismo – Década de 80. Uma atualização para os que 
atuam na área: do especialista aos pais, Ed. Almed, 2ª edição, 1987 
 
MIRENDA, P., Donnellan, A. M., Yoder, D. E. (1983) Gaze behavior: A new look at 
an old problem. Journal of Autism and Developmental Disorders, 13, 297-309. 
 
 
KANNER, Leo. "Autistic disturbances of affective contact", na revista, Nervous 
Children, 1943 
 
SANTOS, Ana Maria Tarcitano. Autismo: um desafio na alfabetização e no convívio 
escolar. São Paulo: CRDA, 2008. 
 
BAPTISTA, C. R, BOSA, C. Inclusão e escolarização: múltiplas perspectivas. Porto 
Alegre: Mediação, 2006.

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