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9
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA
MARINEIDE BATISTA SANTOS
AUTISMO E EDUCAÇÃO INFANTIL
JEQUIÉ
2020
MARINEIDE BATISTA SANTOS
AS DIFICULDADES DE INCLUSÃO DOS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
 
Projeto apresentado como requisito para aprovação da disciplina Pesquisa e Prática em Educação-Projeto, com exigências da professora: Maria Francisca Teresa Velloso Porto Ferreira. 
 
 
 JEQUIÉ 
2020
1. INTRODUÇÃO 
 
 Autismo é um transtorno que surge geralmente aos três anos de vida da criança. Essa deficiência apresenta alguns aspectos como: dificuldade na fala, ecolalia, e interação social. O autista apresenta dificuldade de reconhecer sentimentos. As crianças que sofre com a síndrome demostram, certa antipatia com outras crianças, não demostram vontade de brincar ou compartilhar brinquedos. 
 O Transtorno do Espectro Autista (TEA) indica as alterações que as crianças sofrem, tais como dificuldade na linguagem, coordenação motora, e interação social. O autismo está relacionado diversos fatores, como genéticos, neurológicos e ambiental. Ao logo da vida os autistas podem enfrentar diversas objeções. Alguns podem continuar não-verbal, outros ainda, apresenta deficiência intelectual. Diante disso, surgiram as seguintes perguntas: Quais as dificuldades do aluno com autismo na educação infantil? Qual e o papel do professor? De que forma acontece a inclusão da criança com TEA?
 O ambiente escolar é um importante espaço de interação social, para ajudar os autistas a desenvolverem, o professor também tem um importante papel, a inclusão na sala de aula devem acontecer de forma plena, não só pela questão social e emocional, o aluno devem se sentir acolhido e incluso nas atividades pedagógicas. Através de metodologias que busque a prática de socialização e inclusão. 
 Esse trabalho buscar informar a sociedade de um modo geral para, ora os pais como também os professores. Para um olhar atento, e o engajamento da escola como poderão garantir ao aluno um melhor aproveitamento no aprendizado escolar, além de contribuir para sua inclusão social. Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa bibliográfica. Dessa forma, a pesquisa tem como objetivo geral, buscar entender e identificar a especificidades das crianças com o autismo e suas dificuldades de inserção nas escolas. Diante disso, levantar e identificar quais os conhecimentos que os professores detêm sobre a inclusão desses alunos e analisar como vem se desenvolvendo a prática docente junto ao aluno com TEA.
1. METODOLOGIA
 
 O trabalho tem por objetivo identificar as dificuldades que as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), enfrentam nas escolas do ensino fundamental. Para isso, escolhemos utilizar a pesquisa bibliográfica de natureza explicativa, entendemos que a mesmo será importante para compreendemos as verdadeiras necessidades e as especificidades que os autistas sofrem durante a inclusão no meio social e escolar.
 A pesquisa bibliográfica explicativa, mostrara diversos dados a respeito das dificuldades dos autistas. Não temos a intenção de trazer números. Por tanto, nossa pesquisa se dará apenas por interpretar as opiniões de diversos pesquisadores, e autores de trabalhos a respeito do autismo. O objetivo principal é criar uma base de conhecimentos a respeito do assunto, ou seja, da inclusão dos estudantes com TEA na rede regular de ensino, considerando o papel dos professores como essencial nesse processo de inclusão e a importância da sociedade como um fator importante. 
 Por tanto, é necessário que, os autistas tenham em seu ambiente escolar um acolhimento de forma integra e social. Dessa foram, a escola será um centro de acolhimento, que ajudará crianças a desenvolverem suas habilidades intelectuais e emocionais de forma que a inclusão seja aceita pelos alunos, professores e pais. Que a sociedade possa respeitar as condições das pessoas com deficiências, buscando entender os impasses e as dificuldades.
 
 1. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 Algum tempo atrás, as escolas regulares e especiais eram separadas. O sistema educacional do Brasil oferecia apenas a escola regular e a escola especial, ou o aluno frequentava uma, ou a outra. Nas últimas décadas, a escola transformou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotado: a regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequados e oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem. 
 Diante dessa problemática, em 2008 surgiram a proposta de escolas inclusivas, de acordo com a nova lei criada que beneficia as pessoas com deficiências, todos os estudantes com deficiências terão acesso de qualidade nas escolas regular. O objetivo da lei, é proporcionar, proteger, e assegurar todos os direitos as pessoas com deficiência e garantir o respeito pela sua dignidade inerente. As Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, enfrentam diversas barreiras, que os possibilita a sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. 
 Segundo Gomes Terán (, 2014, p. 450). 
 O retardo mental não é uma característica da síndrome autista. Entretanto, uma grande porcentagem de pessoas com autismo pode apresentar retardo mental como característica associada. Muitas vezes, por desconhecimento ou falta de “olho clínico”, ocorre uma confusão entre retardo mental e autismo. 
 O autismo também e considerado um sintoma da esquizofrenia, essa anomalia afeta tais indivíduos de forma que a realidade torna-se de forma surreal. Essa patologia traz diversas consequências para os indivíduos que sofrem com a doença. Estudos mais recentes, no entanto, têm mostrado uma distinção segura entre o Autismo e a Esquizofrenia de início precoce. Alguns estudos alertam que esta distinção não é apenas por questões conceituais, mas, também, com base na fenomenologia, genética, correlações biológicas e quadros neurológicos associados, que distinguem o Autismo da Esquizofrenia. 
Segundo Jennifer Connelly: 
 
 O pesadelo da esquizofrenia é não saber o que é verdade. Imagine que descobria subitamente que as pessoas, os lugares e os momentos mais importantes para sinão tinham desaparecido, nem morrido, mas pior, nunca tinham existido. 
 
 As pessoas que possui o especto autistas trazem consigo dificuldade em perceber ou comunicar-se através de pistas não verbais, como expressões faciais; Não compreendem que os outros têm sentimentos diferentes dos seus interesses obsessivos por algum assunto, como linhas dos ônibus ou trens; “Desajeitamento” motor; Inflexível quanto à mudança de rotinas, especialmente quando são inesperadas; Melodia da fala é mecânica, quase robótica. Existem também, a síndrome de Asperger está ligada ao autismo, diferenciando e dele por não causar dificuldades globais no desenvolvimento cognitivo (apreensão do conhecimento) e na linguagem das pessoas. Porém, essa diferença não é suficiente para determinar se um indivíduo é autista ou possui síndrome de asperger, afinal, alguns deles também podem apresentar dificuldades na comunicação, da mesma forma que determinadas crianças autistas também são capazes de desenvolver a fala. 
De acordo com Assunção Jr & Kuczynski (2011 p. 47), 
 
 Relata que quando a síndrome de Asperge corresponde a um quadro de alta funcionalidade, embora seja também um transtorno do desenvolvimento, no qual observamos alterações nas mesmas três áreas do desenvolvimento observadas nos quadros autísticos, a saber relacionamento social, linguagem e comportamento repetitivo e/ou perseverativo, com número limitado de focos de interesse. 
 
 Essas síndromes também apresentam, prejuízos na coordenação motora e na percepção viso-espacial. Comparando-se às demais crianças, eles podem aprender coisas na idadeprópria, outros cedo demais e alguns podem aprender tarde demais ou apenas quando são cuidadosamente ensinados de apenas os sentidos literais das palavras não compreendem metáforas nem o duplo sentido. 
De acordo com a teórica: Rutter, em 1967, (SALLE et al, 2005, p. 11). 
 
 Fez uma análise crítica das evidências empíricas encontradas acerca do autismo e considerou quatro características como principais: falta de interesse social; incapacidade de elaboração de linguagem responsiva, presença de conduta motora bizarra em padrões de brinquedos bastante limitados e início precoce, antes dos trinta meses. 
 
 Na realidade, a dificuldade em estabelecer interações sociais também se deve ao fato de o autista ter dificuldades em entender e aplicar as normas sociais, que normalmente são aprendidas com base na observação e na intuição. A manifestação dos sintomas ocorre antes dos três anos de idade e persiste durante a vida adulta. A incidência do autismo é de cinco a cada 1.000 crianças, sendo mais comum no sexo masculino, na razão de quatro homens para cada uma mulher afetada. Nos primeiros anos escolar da criança, a escola deve estar preparada para os alunos independentemente de sua diferença, pois o processo de inclusão escolar (ou exclusão) começa ali. Mas, é a partir desse ponto que a escola necessita vencer as barreiras, e buscar como pode proporcionar condições adequadas aos alunos e principalmente capacitação especializada aos educadores.
Segundo o então Kanner 1948 (ORRÚ, 2007, p.19). 
 
 Escreveu em seu manual de psiquiatria infantil que a maioria das crianças que chegavam até ele com essas características tinha algumas coisas em comum, os pais ou avós eram, na maioria das vezes, médicos, escritores, jornalistas, cientistas e estudiosos que apresentavam uma inteligência acima da média e que também apresentavam certa obsessão no ambiente familiar. 
 
 O autismo possui diversos graus, o leve, moderado, e severo. É nas formas mais graves, demonstram ausência completa de qualquer contato interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos estereotipados, sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante. Diante disso, os autistas podem desenvolver diferentes características, vai depender de cada grau da sua deficiência. O grau leve apresenta um pouco de cuidado, a criança tem dificuldade na comunicação, porém consegue uma socialização, possui dificuldade de se organizar devido a isso não consegue uma vida independente. Já o grau moderado, possui de cuidados, a dificuldade na linguagem e maior. O severo necessita de cuidados ainda maior, a criança possui um déficit, na coordenação motora, e coordenação motora fina, além de deficiência intelectual, a criança que possui esse grau, torna-se uma criança totalmente isolada do mundo social não responde a nenhum estimulo de comunicação ou interação.
Segundo o então Kanner 1948 (ORRÚ, 2007, p.19). 
 
 Na realidade, a dificuldade em estabelecer interações sociais também se deve ao fato de o autista ter dificuldades em entender e aplicar as normas sociais, que normalmente são aprendidas com base na observação e na intuição. 
 
 Diante do exposto, o autismo é um transtorno considerável, já que existem diversos níveis e graus. O autista pode viver uma vida normal, dependendo do seu nível ou grau, eles detêm de habilidades enormes, que muitos cientistas ainda buscam entender, como também possui características que não foram estudadas ainda. Muitos porém, terão uma vida solitária que dependeram de cuidados e medicação. Esses autistas, necessitam de proteção, mais devem estar inclusos no meio social e escolar. Pois, de acordo com a convenção das pessoas com deficiência, todos terão os mesmos direitos e qualidade de ensino para todos.
		
2. AS DIFICULDADES DO AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 De acordo com a Lei 12.764 todas as pessoas com autismo podem frequentar escolas regulares e têm o direito de solicitar acompanhamento nesses locais, se necessário. Porém, a falta de conhecimento a respeito da síndrome do autismo, acaba levando diversos questionamentos sobre o comportamento do autista Apesar de ser um direito garantido por lei, o primeiro desafio dos pais é encontrar uma escola que tenha a abertura e disponibilidade necessária para lidar individualmente com as dificuldades que um aluno com autismo possa apresentar. 
 De acordo com Orrú (2012 p. 21), 
		
 O autismo atualmente é considerado como: Uma síndrome comportamental com etiologias múltiplas e curso de um distúrbio de desenvolvimento é uma disfunção orgânica e não um problema dos pais e é de origem biológica. 
 
 Os autistas enfrentam uma serem de dificuldades ao ingressar na escola regular. Essas objeções passam a fazer parte da rotina dos professores e da escola como todo. A escola junto com o corpo pedagógico, devem encontrar uma maneira de melhorar a adaptação e, consequentemente, obter a diminuição desse transtorno trazida pela criança e promover sua aprendizagem, de forma que a criança esteja completamente inclusa nas atividades pedagógica, e não simplesmente colocar a criança na sala de aula e incluir um cuidador para ela, isso acontece muito em escolas, onde a professora regente simplesmente esquece que tem um aluno especial em sala, e a educação desse aluno fica restrita somente aos cuidados básicos. Diante disso, o professor necessita receber qualificação especializada em educação especial, onde o mesmo receberá uma educação de forma adequada a suas necessidades. 
De acordo com Valle e Maia (2010), a adaptação curricular se define como:
 Conjunto de modificações que se realizam nos objetivos, conteúdos, critérios e procedimentos de avaliação, atividades e metodologia para atender as diferenças individuais dos alunos (p.23). 
 É necessário levar em consideração, cada caso, pois cada criança possui características diferentes, umas das outras. Diante disso, a dificuldade maior, que os professores, coordenadores e gestores enfrentam na escola é o diagnostico tardio das crianças. Para fazer o diagnóstico do autismo, a criança precisa apresentar sintoma em três áreas: dificuldade na comunicação e linguagem, na sociabilidade e no comportamento, por isso o diagnóstico é tão difícil. A maioria dos pais começa a perceber isso somente com o desenvolvimento da linguagem, aos 2 anos de idade. 
 Dessa forma, os pais, professores, e gestores devem estar atentos aos sinais dessas crianças, fazer a avaliação, observar o comprometimento de cada uma dessas áreas. Muitos pediatras ainda não conseguem perceber os sinais de alerta quando se trata de autismo. Às vezes, os pais relatam algum comportamento que consideram estranho na criança numa determinada faixa etária, como, por exemplo, o atraso para falar, se comunicar. Porém, os médicos pedem para aguardar um pouco, devido a essa espera, isso faz com que o diagnostico seja tardio, dificultando o tratamento psicológico e pedagógico.
 
 	De acordo com Valle e Maia (2010): (p. 17). 
 
 A inclusão escolar consiste no processo de adequação da sociedade às necessidades de seus participantes, para que eles, um vez incluídos, possam desenvolver-se e exercer plenamente sua cidadania 
 É importante que a família e a escola estejam de acordo, tanto com a avaliação do aluno como com a proposta interventiva, tendo em mente que a avaliação tem que ser realizada por um psicólogo especialista nesta abordagem e que possua conhecimento sobre a intervenção em indivíduos com o TEA. A linguagem escrita, falada e a não verbal, são constituídas por sinais que emitimos o tempo todo, pela fala, pelos gestos, pelas expressões corporais e faciais. As pessoas com autismo não possuem a capacidade de avaliar estas formas de comunicação. 
De acordo com a descrição de Bosa (2007): 
 
 Os déficitsde linguagem seriam uma consequência da incapacidade destas crianças para se comunicarem com outras pessoas a respeito de estados mentais; os distúrbios no comportamento social refletiriam a dificuldade em dar um sentido ao que as pessoas pensam e ao modo como se comportam (p.4). 
 
 
Segundo Orrú, (2007, p.37). 
 
 Quando as pessoas são questionadas sobre o autismo, geralmente são levadas a dizer que se trata de crianças que se debatem contra a parede, têm movimentos esquisitos, ficam balançando o corpo e chegam até o dizer que é perigoso e precisam ficar trancados em uma instituição para deficientes mentais. 
 
 Por tanto, e necessário que se conheça cada comportamento, pois isso poderá ajudar a diagnosticar casos suspeitos de autistas. Para que isso ocorra o psicólogo comportamental lança mão de uma ferramenta: a avaliação comportamental. A maioria das pessoas autistas, no entanto, não compreende que cada um tem os próprios pensamentos e pontos de vista e um modo único de ser. Consequentemente, elas não entendem crenças, emoções e atitudes alheias. O autismo é considerado uma síndrome e não uma doença, por não se terem estabelecidas suas causas. 
 De acordo com a Mayer (1995 apud SILVARES, 2008). 
 
 É possível ao psicólogo comportamental tentar entender que princípios de comportamento estão envolvidos em seu trabalho. Há, entretanto, três considerações a fazer. A primeira é que essa análise não deve ser durante o atendimento. Se o psicólogo estiver preocupado com ela enquanto interage com o cliente, pode deixar de estar sensível às contingências presentes naquele momento do processo terapêutico. Ela deve ser uma reflexão posterior, que, com a prática, pode até ocorrer de forma concomitante. 
Entretanto, em 1949, Kanner (LUDCKE, 2011). 
 Passou a referir-se ao quadro com o nome de autismo infantil precoce, descrevendo-o a partir de uma dificuldade profunda no contato com pessoas, um desejo obsessivo de preservar coisas e situações, uma ligação especial com objetos, presença de uma fisionomia inteligente e alterações de linguagem que se estendiam do mutismo à comunicação disfuncional. 
 
Porém, revisando seu conceito, em 1968 Kanner (BELISÁRIO FILHO; FERREIRA, 2010). Continua referindo: 
 As falhas em que se produzem evidências neurológicas, metabólicas no autismo infantil. Ao mesmo tempo, frisa a importância de um diagnóstico diferencial com deficientes mentais e afásicos. 
 
 Foi criando um programa nos Estados Unidos, mais precisamente na Carolina do norte, onde todos os autistas têm direitos vitalícios em atendimentos para o autista e os familiares. No brasil ele ainda não é totalmente conhecido. Ele tem por objetivo, responsabilizar, e criar medidas para proteção das pessoas dentro do espectro autista a se adaptarem aos contextos ambientais que estão inseridos, preparando as condições familiares, escolares e da comunidade a fim de reduzir a manifestação dos comportamentos desadaptados, para incluir o indivíduo de forma funcional. O programa tem por finalidade desenvolver formas especiais para facilitar o convívio e permitir que o autista adquira a capacidade para compreender outras pessoas, promovendo um convívio harmônico, além de incentivar a capacidade para explorar os ambientes e estimular o aprendizado. 
 Além disso, os programas de ensino têm criado, meios para ajudar a inclusão, como cuidadores, professoras de reforço e salas de aceleração, que não resolvem, muito menos atendem o desafio da inclusão. Pois, e necessário criar adaptações a escola para receber todas as crianças que necessita de cuidados e educação mais voltada para suas necessidades. Na inclusão, não é a criança que se adapta à escola, mas a escola que para recebê-la deve se transformar. 
 É necessário um plano de ensino que respeite a capacidade de cada aluno e que proponha atividades diversificadas para todos e considere o conhecimento que cada aluno traz para a escola. De acordo com Maria Teresa, a educadora aponta que é fundamental se afastar de modelos de avaliação escolar que se baseiam em respostas pré-definidas ou que vinculam o saber às boas notas. 
 Diante dessas transformações, a educação regular e para todos os estudantes com deficiência, os programas abriu espaço para que a educação dessas crianças seja oferecida em organizações especializadas. Eles querem voltar para trás, querem neutralizar o desafio da inclusão fazendo voltar a escola especial, quando todo mundo sabe que a diferenciação pela deficiência é crime de discriminação. O salto qualitativo necessário para a inclusão é um ensino desafiador da capacidade de cada aluno e que reconhece a diferença de cada um”. 
Contudo, é importante ressaltar que as organizações especializadas como a Abraça que é uma associação para pessoas autistas. Vem defendendo os direitos dos mesmos, buscando adaptar-se as necessidades dos autistas, levando a diversidade e a cultura nas escolas, pois, acreditam, que a inclusão só acontecerá de forma plena. Dessa forma, a sociedade e a escola devem caminhar juntos, buscar soluções inovadoras e transformadora para que os alunos se sinta incluso no ambiente escolar.
4. A Inclusão do Aluno com TEA no Ambiente Escolar 
 
 A escola que possui alunos com TEA, em sala de aula precisa se adaptar aos meios de educação, aos métodos pedagógicos. De que forma será trabalhado o aprendizado com a criança, a socialização acontecera de que maneira. Nessa direção, entende-se por inclusão, a participação de todos os indivíduos em um processo de interação, linguagem e participação social. Pois, ela só acontecerá se todos estiverem engajados em uma única questão, a sensibilização, o respeito, e a inclusão.
 
 No Brasil, a inclusão vem chegando aos poucos, atualmente ele vem sendo discutido com mais frequência, com as novas leis que ressalta a importância dos direitos e garantias as pessoas com deficiências, a sociedade está mais aberto a essa nova modalidade de ensino, onde uma criança especial pode conviver facilmente em uma sala de aula do ensino regular. Que antes não era permitido, as crianças especiais eram tratadas como retardados e impedidos de frequentar escolas. Por tanto, devido aos fatos a Integração defende com prioridade o direito das pessoas com deficiência, buscando a inserção parcial e condicional dessas pessoas, na inclusão se pressupõe o direito de todos, sem nenhuma condição ou restrição. 
 
 Segundo Ropoli: ROPOLI, 2010, p.8) 
 
 A inclusão escolar impõe uma escola em que todos os alunos estão inseridos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar, segundo suas capacidades, e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas. 
 A inclusão escolar dos alunos com TEA, não se resume apenas no aluno dentro da escola, mas espera que sua interação se dê num ambiente escolar que se estruture e se adéque não apenas às necessidades físicas do aluno, mas que ao incluir esse aluno na escola se produzam novas dimensões, atitudes e atividades em todo o corpo profissional da escola, bem como nas comunidades escolar como um todo.
Para Ropoli: (ROPOLI, 2010, p.90). 
 Para haver inclusão é necessário que haja aprendizagem, e isso traz a necessidade de rever os nossos conceitos sobre currículo. Este não pode se resumir às experiências acadêmicas, mas se ampliar para todas as experiências que favoreçam o desenvolvimento dos alunos normais ou especiais. Sendo assim, as atividades de vida diária podem se constituir em currículo e em alguns casos, talvez sejam “os conteúdos” que serão ensinados. 
 
 São distintas as opiniões que recorrem sobre a inclusão escolar, no entanto, todas elas produzem a mesma opinião: que as escolas precisam estar preparadas para receber e ensinar os alunos. Para isso, os professores precisam estar preparados e conscientes de sua participação junto àescola para que essa inclusão aconteça. Ele é a ponte principal que fará com que o aluno ultrapasse a barreira do anonimato, da incapacidade, para apresentar suas potencialidades. Os currículos devem adaptar-se às necessidades da criança e não vice-versa. As escolas, portanto, terão de fornecer oportunidades curriculares que correspondam às crianças com capacidades e interesses distintos. As crianças com necessidades especiais devem receber apoio pedagógico suplementar no contexto do currículo regular e não um currículo diferente. O princípio orientador será o de fornecer toda a mesma educação, proporcionando assistência e os apoios suplementares aos que deles necessitem. 
Para fazer inclusão, ainda de acordo com a Declaração da Salamanca: 
 Cada escola deve ser uma comunidade, conjuntamente responsável pelo sucesso ou insucesso de cada aluno. É a equipe pedagógica mais do que o professor individual, que se encarregará da educação das crianças com necessidades especiais, convidando, também os pais e voluntários a desempenharem um papel ativo no trabalho da escola. Os professores exercem, no entanto, ação fundamental como gestores do processo educativo, apoiando os alunos na utilização de todos os recursos disponíveis quer dentro quer fora da sala de aula. 
 
 Dessa forma, a inclusão escolar tem o objetivo nobre de colocar as crianças com necessidades especiais em contato com a sociedade, o que facilitará o seu desenvolvimento. Assim será possível conviver com a diversidade, na construção de um mundo melhor. Falar em inclusão é um tema delicado e complexo quando saímos da teoria e partimos para uma prática efetiva nas escolas. 
 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 A inclusão da criança com TEA deve estar muito além da sua presença na sala de aula, deve almejar, sobretudo, a aprendizagem e o desenvolvimento das habilidades e potencialidades, superando as dificuldades. No entanto, o que é visto nas escolas regulares é a oferta de vagas para inserir essas crianças, mas, não se promove modificações nas práticas pedagógicas.
 Por tanto, para que a inclusão aconteça e necessário que os professores recebam treinamentos, capacitações, e cursos especializados na área de educação especial. Que as escolas estejam abertas a receberem seus alunos, oferecendo um ambiente escolar acolhedor e adaptável a necessidades de cada caso. Portanto, consideramos que uma das principais barreiras é, talvez, a dificuldades de conhecimento dos professores e gestores, e por isso, a inclusão seja um papel muito difícil em algumas escolas. 
 Segundo pesquisadores, os professores têm um papel importante no processo de aprendizagem dos autistas. Mais sem a formação adequada, os professores não são capazes de trabalhar a inclusão nas suas diferentes áreas. Diante disso, alguns professores declaram seu despreparo em relação ao tema. Já que algumas escolas não possuem qualquer planejamento, método pedagógico, ou estrutura para atender as especificidades de cada aluno.
 Diante disso, compreendemos, que a inclusão de crianças com TEA em classes regulares não podem ser apenas uma matrícula ou uma carteira preenchida, mais que realmente aconteçam a inclusão. Que a escola, atenda as diretrizes escolares, que a inserção desse aluno não seja apenas uma obrigação do estado, a escola precisa estar conectada com o aluno, a família e a sociedade. É importante que as políticas públicas busquem como primeiro passo dar prioridade a formação adequada e continuada para os professores. Pois, sem essas condições a inclusão será apenas um termo, ela precisa acontecer de forma que a sociedade respeite as diferenças.
 
 	6. REFERÊNCIAS: 
 
 RICHARDSON, R. J. Pesquisa social. São Paulo; Atlas Editora, 1999. 
. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002. 
SILVA. Ana Beatriz Barbosa. Mundo Singular - Entenda o Autismo, Rio de Janeiro. ED. Fontanar, 2012. 
 DECLARAÇÃO DA SALAMANCA: Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acessado em 31 de março de 2016. 
http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/716/ri t 
a monografia.pdf?sequence=1 acessado em 04 de Abril de 2016. 
KHOURY, Laís P. et al. Manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em condição de inclusão escolar: 52 
 	ORRÚ, Silva Ester. Autismo, Linguagem e Educação- interação social no cotidiano escolar. 3 ed.-Rio de Janeiro: Wak Ed., 2012. 
Revista de quem educa Nova escola - A inclusão que ensina. Disponível em:<http://revistaescola.abril.com.br/formacao/inclusao-ensina-511186.shtml > Acesso em: 26 mar. 2016. 
 BRASIL. Lei Federal nº 12.764/2012, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro 
Autista. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 28 dez. 2012. 
 20 
BRITO, R. M. T. de. QUANDO A INCLUSÃO ACONTECE: analisando o processo de inclusão de uma criança autista em uma escola da rede pública de João 
Pessoa. Trabalho de conclusão de curso de Pedagogia. João Pessoa: UFPB, 2013. 
 - A experiência de Matheus, um aluno autista, na escola. Disponível em:< http://revistaescola.abril.com.br/formacao/experienciamatheus-aluno-autistaescola482092.shtml> Acesso em: 26 mar. 2016

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