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MÓDULO A – FASE II Curso: Licenciatura Plena em Filosofia – EaD Disciplinas: FILOSOFIA DA MENTE e PRODUÇÃO DE MATERIAIS E ENSINO DE FILOSOFIA Roteiro de Estudos para realização da Prova Objetiva e Discursiva Prazo: 01/05/2017 a 30/06/2017 PROVA OBJETIVA TEMA: Dualismo de Substâncias “A formação do Dualismo de Substâncias, [...] só aparecerá de maneira sistemática com o filósofo francês Renê Descartes. [...] Em sua maneira de ver, a mente era algo imaterial que interagia com o corpo, mas não se confundia com este por ser uma substância diferente da material” (livro base, p. 24-25). TEMA: Penso, logo existo! No entanto, isto é verdade apenas para as coisas externas a nós, e nesse sentido, há algo que podemos saber com certeza: ao duvidamos dessas coisas e de nossos sentidos, há pelo menos uma coisa da qual podemos ter certeza, isto é, que deve haver necessariamente alguém que duvida, e esse alguém somos nós, ou como Descartes formulou: posso duvidar de tudo o que penso ou sinto, mas não posso duvidar de que duvido e, portanto, de que o agente dessa dúvida sou eu. (Livro base, p. 28) TEMA: Princípio colocado em dúvida por Descartes Um dos princípios que ele coloca em questão é aquele que afirma o primado da experiência sensível em relação ao edifício do conhecimento. Algumas vezes podemos nos enganar com o que parece ser uma evidência empírica, isto é, nossos sentidos podem nos enganar sobre o que percebemos e sentimos. Algumas vezes, coisas parecem estar ou existir onde não estão de fato, ou simplesmente podemos ter sensações que não são provocadas por nada externo, ou ainda, podemos pensar que algo é o que de fato não é, como no caso de processos alucinatórios. (livro-base, p. 26) TEMA: Glândula Pineal Como uma causa imaterial pode ter efeitos materiais? Na sua obra As Paixões da Alma (1649), Descartes tenta uma resposta propondo a glândula pineal como o órgão por onde a alma se conectaria com o corpo. No entanto, não explica como se daria essa conexão, e ainda que houvesse fornecido algum tipo de esclarecimento nesse sentido, sabemos que a glândula pineal não realiza a função de unificar em um todo coerente os dados recebidos pelos sentidos, como pensava Descartes, levando-o a escolher por isso a glândula pineal como o lugar provável da alma. (Livro-base, p. 31) TEMA: Relação entre corpo e alma para Descartes A princesa Elizabeth da Bohemia certa vez perguntou como, se a alma é de uma natureza diferente do corpo, podem ambos estar relacionados. Em uma carta datada de maio de 1643, ela pergunta a Descartes como a alma (mente), sendo imaterial, poderia entrar em contato com algo material, o corpo, e dotá-lo de mudança, movimento, ou seja, determinar as suas ações. Para que um corpo possa se mover, argumenta a princesa, é necessário ele que sofra a ação de algo externo, deve necessariamente ser por contato, e, portanto, ter extensão ou seja ser um corpo. (Livro-base, p. 30-31) TEMA: Concepção de alma ou mente para Spinoza Para Spinoza a mente, ou alma, nada mais era que a ideia do corpo. Corpo e alma seriam expressões de uma mesma substância: a Natureza, ou, seu sinônimo para Spinoza, Deus. Apesar de serem “modos” de ser da Natureza/Deus, para Spinoza corpo e alma não interagiam diretamente. Assim, toda modificação que se dá em um corpo é parte de uma série causal de eventos materiais que é determinada por leis que regem o comportamento da matéria e atuam em outros corpos com os quais está em relação. (Livro base, p. 33). TEMA: Empirismo Uma das vertentes que se oporá historicamente à perspectiva cartesiana é o empirismo. Segundo essa tendência filosófica, a única fonte de conhecimento confiável sobre o mundo externo é a experiência sensível. Embora o empirismo tenha nascido no pensamento grego antigo, a sua versão mais influente surge com os pensadores britânicos do século XVII e XVIII, dentre eles John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776). (Livro-base, p. 37). TEMA: Mente segundo John Locke [...] dentre eles John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776). Ambos sustentaram a ideia de que não haveria nada na mente previamente às experiências sensíveis. A mente seria como uma folha de papel em branco sobre a qual a experiência oriunda dos nossos sentidos seria escrita. Locke denominava a mente Tabula rasa, ou lousa em branco, por não conter nada mais do que aquilo que é dado pela experiência dos sentidos. (Livro base, p. 36) TEMA: Natureza da mente segundo Thomas Hobbes Thomas Hobbes (1588-1679) acreditava na inexistência de uma mente imaterial. Hobbes talvez tenha sido o primeiro e único filósofo verdadeiramente materialista e ateu no século XVII. Sua posição é um misto de doutrinas da filosofia antiga e medieval, aperfeiçoadas ao sabor do nascimento da ciência moderna. Defendia, no que concerne à essência da realidade, um nominalismo materialista e quanto ao método de se conhecer o mundo, o empirismo. (livro- base, p.41) TEMA: Pensamento segundo de La Mettrie “De La Mettrie afirma [...] que a mente nada mais é que um efeito das leis mecânicas que regem o corpo, um efeito aparente da maquinaria orgânica. Entre os animais e os humanos não haveria, portanto, diferença substancial, ao contrário de Descartes que defendia a excepcionalidade do humano em relação ao resto da natureza. A complexidade da organização da matéria nos animais aumenta quando se trata do homem. (Livro base, p. 49). TEMA: Diferença da natureza humana em relação à natureza animal segundo Descartes Isto por uma razão bastante simples, pensar não era um processo físico para esse filósofo. Em sua maneira de ver, a mente era algo imaterial que interagia com o corpo, mas não se confundia com este por ser uma substância diferente da material. Autômatos podiam se igualar a animais, que para Descartes não tinham mente, ou seja, na terminologia da época, alma. Porém jamais poderiam igualar os homens que, justamente, eram constituídos de alma, para além do corpo regido por mecanismos semelhantes aos das máquinas que Descartes tanto admirava. (Livro-base, p. 25-26) TEMA: A diferença entre a mente dos homens e a dos animais para De La Mettrie Sua perspectiva era igualmente determinista à medida que todo comportamento humano, toda ação era determinada por leis físicas. Assim como a marcação do tempo é um produto do mecanismo de um relógio, da mesma maneira o pensamento é um produto dos mecanismos que dão vida a um corpo humano. Homem e animais difeririam apenas por um grau de complexidade desse mecanismo. (Livro-base, p. 49). TEMA: Behaviorismo lógico e estados mentais A pessoa pode pedir-nos água, ou correr para comprar algo para beber, ou pode dar-nos sinais de extrema desidratação e assim por diante. Consequentemente, de acordo com o behaviorismo lógico estados mentais são, efetivamente, disposições comportamentais. (Livro- base, p. 62) A resposta do behaviorismo lógico, lembremos, é que temos apenas acesso ao comportamento, e, mais ainda, não há nada além do comportamento observado. Sem os exageros do behaviorismo, podemos considerar que de fato não temos acesso a outras mentes, exceto de modo indireto, pelas indicações que a pessoa nos dá do que está pensando ou sentindo. (Livro base, p. 63). TEMA: Behaviorismo lógico e empirismo lógico Como podemos saber se uma determinada pessoa está com dor, medo ou frio? A resposta é: observando seu comportamento. Ao observarmos o comportamento de uma pessoa atribuímos, invariavelmente, a esse comportamento um estado mental que lhe corresponde. Como observamos no capítulo anterior, acerca do verificacionismo defendido pelo empirismo lógico, que uma sentença tem sua verdadeao ter seu significado verificado pela experiência, ocorre aqui a mesma situação. (Livro-base. p. 62). TEMA: Autor expoentes do behaviorismo lógico O filósofo inglês Gilbert Ryle (1900-1976) não só refinou os argumentos do behaviorismo lógico, como foi seu maior expoente. Ryle ao analisar como termos que identificam estados mentais são usados na linguagem ordinária concluiu que não haveria sentido em se falar de estados mentais. O termo “estado mental” não se referiria a coisa alguma e, portanto, não teriam significado. Ryle a partir dessa observação disse que apenas podemos falar de comportamentos. (Livro-base, p. 64) TEMA: Funcionalismo e modelo computacional Já o funcionalismo, cujas ideias decorrem tanto do modelo computacional desenvolvido por Alan Turing, como dos novos conhecimentos acerca do funcionamento do cérebro revelados pela neurociência, aponta para a possibilidade das inteligências artificiais. Em consonância com a neurociência e o funcionalismo surgem as ciências cognitivas que abarcam uma série de disciplinas que vão desde a psicologia, passando pela filosofia até chegar à física. (Livro base, p. XI). TEMA: O que significa para Gilbert Ryle ter uma mente Ter uma mente, na concepção de Ryle, significa simplesmente comportar-se de uma certa maneira. Se x se comporta da maneira como seres inteligentes se comportam, então x tem uma mente inteligente, e provavelmente pertence à espécie humana, por outro lado se x se comporta como uma pedra, ou um vegetal então x não possui uma mente. (Livro base, p. 67). TEMA: Gilbert Ryle e o dogma do dualismo De maneira semelhante também, argumenta Ryle, os dualistas cometem um erro categorial ao pensarem que existem mentes do mesmo modo que corpos. Mentes, assim como universidades e cidades são simplesmente padrões complexos de organização comportamental. Dualistas acreditam em algo que Ryle vai denominar de “o dogma do fantasma na máquina” em referência ao modelo cartesiano de mente, para o qual corpos humanos nada mais são que Máquinas controlados por uma alma imaterial. (Livro base, p. 67). TEMA: Características do behaviorismo lógico Consoante ao que vimos, podemos afirmar que são duas as características fundamentais do behaviorismo lógico: a primeira é o postulado de que só existem objetos materiais e, a segunda, é a tese de que a mente pode ser reduzida às disposições comportamentais. Teorias reducionistas em ciência são bastante consideradas por seu potencial em simplificar nossas crenças ontológicas, ou seja, nossas crenças acerca daquilo que há no mundo. (Livro base, p. 68). DISCURSIVA TEMA: As bases do Dualismo As bases do Dualismo surgiram na Grécia antiga, especificamente na filosofia de Platão e Aristóteles. “Aristóteles que foi discípulo de Platão, basicamente concorda com este último quanto às naturezas diversas de alma e corpo”. Embora tal concepção tenha sofrido modificações, correções e até mesmo tenha sido abandonada por certos filósofos, ela permaneceu como a tendência principal do que se denomina, em filosofia da mente, dualismo de substâncias. (livro base, p. 22, 24) TEMA: Dualismo cartesiano A formulação mais acabada do dualismo de substância, no entanto, só aparecerá muito mais tarde com o filósofo francês Rene Descartes (1596-1650) no século XVII. A proposta Cartesiana terá um impacto enorme na filosofia e resistirá a várias tentativas de refutação, algumas já elaboradas de quando da publicação da obra em que trata mais diretamente desse assunto, suas Meditações Filosóficas (1641). (p. 24 do livro base) TEMA: Princípio colocado em questão por Descartes Um dos princípios que ele coloca em questão é aquele que afirma o primado da experiência sensível em relação ao edifício do conhecimento. Algumas vezes podemos nos enganar com o que parece ser uma evidência empírica, isto é, nossos sentidos podem nos enganar sobre o que percebemos e sentimos. Algumas vezes, coisas parecem estar ou existir onde não estão de fato, ou simplesmente podemos ter sensações que não são provocadas por nada externo, ou ainda, podemos pensar que algo é o que de fato não é, como no caso de processos alucinatórios. (livro base, p. 26) TEMA: Descartes e a relação entre mente e corpo. Por enquanto, ficamos com o problema insolúvel no horizonte da teoria da mente cartesiana de se pensar a interação entre mente e corpo. Este problema aparece em sua correspondência com a Princesa Elisabeth da Bohemia (1618-1680). Em uma carta datada de maio de 1643 ela pergunta a Descartes como a alma (mente), sendo imaterial, poderia entrar em contato com algo material, o corpo, e dotá-lo de mudança, movimento, ou seja, determinar as suas ações. Para que um corpo possa se mover, mudar, argumenta a princesa, é necessário ele que sofra a ação de algo externo, deve necessariamente ser por contato, e, portanto, ter extensão ou seja ser um corpo. Como então algo imaterial pode agir sobre um corpo animando-o? Como uma causa imaterial pode ter efeitos materiais? (livro base, p. 30-31). TEMA: Como o empirismo define o conhecimento Uma das vertentes que se oporá historicamente à perspectiva cartesiana é o empirismo. Segundo essa tendência filosófica, a única fonte de conhecimento confiável sobre o mundo externo é a experiência sensível. Embora o empirismo tenha nascido no pensamento grego antigo, a sua versão mais influente surge com os pensadores britânicos do século XVII e XVIII, dentre eles John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776). Ambos sustentaram a ideia de que não haveria nada na mente previamente às experiências sensíveis. A mente seria como uma folha de papel em branco sobre a qual a experiência oriunda dos nossos sentidos seria escrita. Locke denominava a mente Tabula rasa , ou lousa em branco, por não conter nada mais do que aquilo que é dado pela experiência dos sentidos (livro-base, p. 37) TEMA: A mente humana segundo John Locke Encontrar as propriedades essenciais que constituem uma pessoa tem por fim entender o que é manter-se idêntico a si mesmo, embora sofrendo contínuas transformações. A resposta mais celebre foi dada pela primeira vez pelo filósofo inglês John Locke (1632-1704) no seu livro Ensaio sobre o Entendimento Humano, ao se opor à concepção de Descartes, para quem nossa identidade pessoal reside em nossas almas. Para Locke nossa mente é “uma tabula rasa, ou lousa em branco, por não conter nada mais do que aquilo que é dado pela experiência dos sentidos”. (livro-base, p. 37) No capítulo do seu Ensaio intitulado: Sobre a Identidade e a Diversidade, Locke apresenta sua tese sobre a identidade pessoal em termos que poderíamos afirmar cognitivistas avant la lettre. “Locke começa por diferenciar tipos de identidade, por exemplo, entre coisas materiais como rochas e entre seres vivos, tais quais, plantas, animais. De acordo com Locke, uma coisa ser idêntica a outra em um momento e em outro, depende do tipo de coisa a que estamos nos referindo e da maneira que a estamos considerando (livro- base, p. 147) TEMA: Empirismo Os empiristas inferiram duas importantes consequências da diferenciação das ideias por eles propostas. Primeiramente, uma ideia corresponde a um objeto se e somente se puder ser derivada das impressões mentais das sensações. Segundo, um termo apenas tem significado se e somente se indicar um objeto real. (Livro base, p. 38). TEMA: Tese paralelista defendida por Leibniz. “Em certos casos a morte de alguém pode causar tristeza; mas, em outros, indiferença, ou mesmo sentimentos que poderíamos associar a estados de felicidade. E um pensamento doloroso não precisa necessariamente resultar em expressões faciais de dor.Dessa constatação nasce duas outras posições próximas ao dualismo, mas que negam as relações causais entre mente e corpo; são elas o paralelismo e o ocasionalismo. Tanto uma posição quanto a outra sugerem que as relações entre mente e corpo são meras ilusões. O paralelismo foi proposto pelo filósofo alemão Wilhelm von Leibniz (1646-1716), mas antes dele, seu contemporâneo o filósofo holandês de origem portuguesa Bento de Spinoza (1632-1677) já havia pensado a relação entre alma e corpo de uma maneira muito semelhante àquela de Leibniz. [...]” Para Leibniz, “a matéria é simples aparência produzida por um agregado de corpos que podem ser sempre ser divididos em outros corpos até unidades indivisíveis que são consideradas substâncias. Sendo todo corpo um composto, um agregado de partículas individuais em última instância, os corpos carecem de unidade ontológica, eles não são um ser único, mas sim um composto e, portanto, não podem ser concebidos como dotados de substância, a não ser de forma aparente. Um corpo [...] possui apenas a aparência da unidade necessária do ser”. (Livro base p. 34) TEMA: A teoria verificacionista “Conhecer a verdade de uma sentença para um empirista lógico, assim como para um empirista clássico consiste em verificar se seu significado é resultado da correspondência com algo do mundo. A diferença é que para o empirista lógico essa correspondência se dá pela verificação. Uma sentença como ‘o gato está sobre o carpete’ só tem significado se e somente se verificar-se que há de fato um gato sobre o carpete. A concepção de que o significado de uma sentença depende de como podemos verificá-la ficou conhecida como a teoria verificacionista do significado e serviu de base para o desenvolvimento de uma das fortes tendências teóricas da filosofia da mente conhecida como Behaviorismo Lógico, da qual vamos tratar mais adiante”. (livro base, p. 41) TEMA: Como sabemos que enunciados sobre estados mentais de certas pessoas são verdadeiros segundo o Behaviorismo Lógico “A maneira pela qual sabemos que enunciados sobre estados mentais de certas pessoas são verdadeiros, ou seja, significam algo de fato, é ao verificar se tais enunciados correspondem aos comportamentos que associamos àqueles estados mentais. Quando atribuímos a uma pessoa P um estado mental y, e tal consideração encontra-se expressa em um enunciado, “P tem y”, ou “x sofre de y”, etc., o que queremos dizer, efetivamente, é que tal pessoa em tal situação comporta-se de uma determinada maneira. (livro base, p. 62-63) TEMA: Como, no behaviorismo, se verificam as disposições comportamentais. A disposição comportamental é verificada por uma tendência a se responder de uma maneira semelhante aos mesmos estímulos. A tendência de algumas pessoas se exibirem em situações sociais indica uma disposição comportamental para tanto; gritar quando se vê uma barata, agredir fisicamente, ou verbalmente alguém da qual se discorda em uma discussão são índices de uma disposição comportamental. Assim como os empiristas clássicos afirmavam que não havia nada na mente anteriormente ao conteúdo fornecido pela experiência empírica, do mesmo modo o behaviorismo lógico afirma que não há conteúdos mentais afora aqueles observados nas disposições comportamentais. (livro base, p. 63) TEMA: Como Gilbert Ryle entende estados mentais O filósofo inglês Gilbert Ryle (1900-1976) não só refinou os argumentos do behaviorismo lógico como foi seu maior expoente. Ryle ao analisar como termos que identificam estados mentais são usados na linguagem ordinária concluiu que não haveria sentido em se falar de estados mentais. O termo “estado mental” não se referiria a coisa alguma e, portanto, não teriam significado. Ryle a partir dessa observação disse que apenas podemos falar de comportamentos. (Livro base, p. 64-65) PRODUÇÃO DE MATERIAIS E ENSINO DE FILOSOFIA OBJETIVA TEMA: Filósofos e seus conceitos de filosofia Kant faz a afirmação de que a filosofia é o conhecimento racional por princípios (livro-base, p.28); Platão, por sua vez afirma que a filosofia é o saber que, em face das contradições da realidade, atinge a visão do verdadeiro – isto é, das ideias (livro-base, p. 28); Hobbes traz a filosofia como sendo o conhecimento dos efeitos ou aparências, que adquirimos raciocinando corretamente a partir do conhecimento que temos inicialmente de suas causas ou geração (livro-base, p.27); Descartes diz que a filosofia é o saber que averigua os princípios de todas as ciências e, enquanto filosofia primeira (a metafísica), ocupa-se da elucidação das verdades últimas (livro-base, p.28). TEMA: Maiêutica socrática Sócrates rebelou-se contra os sofistas, porque ele afirmava que antes de conhecer a natureza e a persuadir os outros, é necessário ‘conhecer-se a si mesmo’, pois entendia que a essência do ser humano é a alma – ser da razão, o eu consciente. Sua filosofia, portanto, caracterizou- se pelos diálogos críticos, concebidos na ironia, que significou interrogação, e na maiêutica, definida como a arte de dar à luz (livro-base, p. 50). “Sua filosofia, portanto, caracterizou-se pelos diálogos críticos, concebidos na ironia, que significou interrogação, e na maiêutica, definida como a arte de dar à luz”. (livro-base, p. 50) TEMA: Sofistas “Os sofistas eram encarregados de convencer, mediante argumentação, que as explicações cosmológicas não tinham utilidade para a sobrevivência na pólis” (livro-base, p. 49). TEMA: Phicyber “Ron Barnette desenvolveu o que ele chama de Phicyber. Uma classe virtual: a ágora eletrônica. Um curso totalmente sem papel” (livro-base, p.124). TEMA: Kant, Hegel e o ensino da filosofia O livro-base (Gelamo [2009a]) atribui ao pensamento de dois filósofos, Kant e Hegel, a influência marcante do pensamento filosófico contemporâneo e o ensino da filosofia no contexto da contemporaneidade (livro-base, p.136). TEMA: Declaração de Paris para a Filosofia “os propósitos da Declaração de Paris para a Filosofia resultaram na composição de um documento liderado pela Unesco (1995). O documento “registra o destaque conferido à filosofia no tratamento dos problemas da existência humana, contribuindo para o exercício da crítica conceitual e também motivando o exercício da responsabilidade coletiva pelo bem comum” (livro-base, p.147). TEMA: O professor na sala de aula Segundo a Unesco, “o professor deve exercer na sala de aula uma vigilância antidogmática e antirrelativista”. (livro-base, p. 182). “é preciso que o educador leve o aluno ‘a ampliar seu campo de visão até a inteira latitude do real, no sentido de apreendê-lo’” (livro-base, p. 182). O professor “precisa evitar o relativismo já que a ignorância é um prejuízo e a certeza sem estar fundamentada pode ser considerada um erro [...]” (livro-base, p. 182-183). TEMA: O programa Matthew Lipman “O Centro Brasileiro de Filosofia para crianças, criado em 1989, em São Paulo, já formou milhares de professores, seguindo o programa Matthew Lipman, previamente à realização de experimentos em todo o país”. Há outras entidades que fazem isso, que não foram mencionadas nas alternativas, como o Centro de Filosofia Educação para o Pensar, sediado em Florianópolis. (livro-base, p. 154-155). TEMA: Onde a filosofia pode ser tanto ensinada “Podemos pensar que, em razão de sua natureza abstrata e conceitual, a filosofia pode ser tanto ensinada em sala de aula quanto na selva; em ambiente urbano ou rural; entre filósofos profissionais e não profissionais; em uma fábrica ou em uma reunião de executivos; em um país desenvolvido ou em um que esteja em desenvolvimento” (livro-base, p. 92). TEMA: Quatro princípios para uma educação do séculoXXI “No ensino em geral, o MEC prevê a consecução dos quatro princípios propostos para uma educação do século XXI: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser” (livro-base, p. 175). TEMA: Objetivo da Filosofia segundo a Unesco “Essa proposta da Unesco (2011) justifica todo o esforço que as diversas nações vêm fazendo para trazer o ensino de filosofia sob o formato de promoção do indivíduo para a formação da cidadania” (livro-base, p. 150). TEMA: Filosofia, Sociologia e cidadania “Dentre os conceitos estruturadores da filosofia, são apontados diversos artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) – Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996” (livro-base, p. 151). “Art. 36: Sobre o currículo do ensino médio, dispõe no parágrafo 1º., inciso III, que: [...] III – o domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania” (livro-base, p. 152). TEMA: As competências a serem desenvolvidas segundo os PCN “As competências a serem desenvolvidas por alunos da educação básica, ditadas pelos PCN, incluem as seguintes: 1. Capacidade de análise: somente é possível a crítica se previamente realizado o exame detalhado dos elementos conceituais que contribuem para a compreensão de um texto filosófico [...]. 2. Capacidade de interpretação: Implica em TEMAtizar aspectos inerentes ao texto filosófico, [...]. E 3. Capacidade de crítica ou de problematização: deve haver o distanciamento adequado do intérprete em relação ao texto [...]” (livro-base, p. 180, 181). TEMA: Sobre o exercício com conceitos “Sendo o conceito tomado como criação, precisamos saber o que ele é e quais são as condições e possibilidades apresentadas à sua produção, a fim de que possamos estabelecer uma verdadeira pedagogia do conceito. O conceito pode ser definido como uma aventura do pensamento que institui um ou vários acontecimentos, permitindo um ponto de vista sobre o mundo, ou melhor, uma ressignificação do mundo”. (livro-base, p. 32). TEMA: A definição de educação segundo Kant A definição de educação segundo Kant é de que esta é uma arte a ser aperfeiçoada em sua prática constante, considerando que cada geração possui os seus próprios conhecimentos e ainda armazena os trazidos pelas gerações que a precederam. Esse argumento fortalece o contexto em que a educação deve ser desenvolvida de forma a atuar naturalmente em proporção e conformidade com o intuito de guiar o homem ao seu destino (livro-base, p.25). TEMA: “O ser humano precisa de filosofia porque ela lhe permite a transcendência, caracterizada pela capacidade inata de superar a situação dada e não escolhida”. Avaliar os fundamentos dos atos humanos e dos fins a que se destinam, segundo Chauí, é função da filosofia (livro-base, p.36). Pela reflexão, segundo Aranha e Martins (livro-base, p. 36), a filosofia tira o homem prático do mundo em que se encontra mergulhado e permite a ele ter mais de uma dimensão sobre as coisas, e por isso a filosofia é necessária ser posta em prática em sala de aula. Se o homem por meio da filosofia transcende, segundo Aranha e Martins (livro-base, p.37) ele é capaz – e não incapaz – de ser livre ou ter liberdade e de construir o seu destino. DISCURSIVA TEMA: A história da filosofia e seu ensino Porque ao se apresentar alguns filósofos como sendo os mais importantes na história da humanidade, pretende-se que o aluno compreenda como a filosofia foi sendo construída ao longo do tempo e que sua produção não deve ser reduzida em nenhum momento, e sim instigada com os questionamentos sobre a vida, a realidade e o próprio homem. Para finalizar, pretendemos esclarecer que o conhecimento sucinto dos atores filosóficos de diferentes épocas deve despertar no aluno o interesse em se aprofundar na história da filosofia, em suas criações e seus conceitos, de modo que um novo olhar e novos exercícios de reflexão e criação possam ser idealizados, senão realizados, como resposta a esse aprendizado (livro- base, p. 81). TEMA: Três problemas sobre o ensino de filosofia No que diz respeito ao ensino de filosofia, Gelamo (2009a, p. 98), menciona três problemas que se inter-relacionam: (1) o entendimento da importância do ensino de filosofia para a sociedade, para a cultura e para a formação crítica do homem; (2) a reflexão sobre os TEMAs importantes a serem ensinados e sobre o currículo; e (3) a procura por uma metodologia do ensino da filosofia e do ensino do filosofar (livro-base, p.90). TEMA: Importância do conceito em filosofia “O conceito pode ser definido como uma aventura do pensamento que institui um ou vários acontecimentos, permitindo um ponto de vista sobre o mundo, ou melhor uma ressignificação do mundo (livro-base, p.33). E porque desta forma o aluno tem a possibilidade de compreender o que é o conceito e o modo como ele é criado, permitindo ao aluno exercitar sua capacidade criadora ao se deparar com o conceito de outrem, o que se caracteriza como condição inerente a percepção, para todos, e que nos permite passar de um mundo a outro” (livro-base, p. 33). TEMA: Ciberespaço: a ágora eletrônica Porque ela é um espaço de classes sem fronteiras (livro-base, p.93) e também porque não há “rigidez ou conveniência em relação ao lugar no qual se desenvolve a filosofia, a contemporaneidade vem trazendo como local de discussão o espaço cibernético, virtual” (livro- base, p.92). E porque “o computador/internet torna-se uma nova praça pública, que, através de seus diversos programas de relacionamentos, constitui-se num lugar comum para o embate de ideias, reflexões e exposição das diferentes opiniões” (livro-base, p.119). TEMA: Filosofia como a arte de questionar Observando a descrição de que a filosofia é a arte de questionar, entende-se a mensagem do autor quando este afirma que o começo e o fim da filosofia podem se dar na pergunta, sendo a resposta contingente; a pergunta é estímulo, aquilo que liga” (livro-base, p. 35). TEMA: Pierre Lévy e a ideia de solidariedade a partir da web Porque, segundo Lévy “o planeta solidário está sendo construído pela Web e pela sua economia virtual. O crescimento da Web é o processo de tomada de consciência – e de realização! – da sua unidade pela humanidade (preciso, para aqueles que não estão familiarizados com o sentido da palavra unidade que ele [sic] não significa ausência de desigualdades”) (livro-base, p.105-106). A humanidade consciente de si própria nasce ao mesmo tempo politicamente, intelectualmente e economicamente (livro-base, p.106). E foi constatado uma nova situação, na qual o slogan predominante seria todos ajudando a todos” (livro-base, p.105). TEMA: Blogs e a ÁGORA VIRTUAL Em face do surgimento das novas tecnologias, em particular o computador/internet – o sentido antigo da praça pública, dos diálogos realizados na contemporaneidade, mediados pelos diversos ambientes virtuais: ÁGORA VIRTUAL. Acreditamos no blog como ambiente de abertura ao diálogo reflexivo e à defesa de argumentos elaborados por seus participantes, por entendermos ser este espaço um meio pelo qual a mera deliberação das teses é sucumbida diante da pluralidade de culturas, pontos de vista e entendimentos partilhados por seus interlocutores (livro-base, p.121). TEMA: Conceito de desterritorialização Desterritorialização significa a conquista ou anulação do espaço, compreendido, sobretudo, como uma nova produção do espaço (livro-base, p. 101), não possuindo um lugar em específico (livro-base, p. 97). TEMA: Os três eixos definidos pela UNESCO para o ensino da Filosofia Os três eixos principais são: 1- A filosofia ante os problemas do mundo: diálogo, análise e questionamentossobre a sociedade contemporânea. 2- O ensino da filosofia no mundo: incentivo à reflexão crítica e do pensamento independente. 3- A promoção da investigação do pensamento filosófico (livro-base, p. 149). TEMA: Quatro princípios voltados para uma educação do século XXI segundo MEC Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser (livro-base, p.175) TEMA: A função do professor de Filosofia no ensino médio “A função do professor de Filosofia no ensino médio deve ser a de pensar de maneira filosófica na construção de espaços de problematização compartilhados com os alunos de modo que problemas da vida atual possam ser abordados, envidando respostas e formulações da história da filosofia e a criação de conceitos (livro-base, p. 177 e p.178). TEMA: As competências e as habilidades a serem desenvolvidas em filosofia As competências e as habilidades a serem desenvolvidas em filosofia, são: 1- representação e comunicação: ler textos filosóficos de modo significativo; ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros; elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo; debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição em face de argumentos mais consistentes. 2- investigação e compreensão: articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras produções culturais. 3- Contextualização sociocultural: contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica, quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sociopolítico, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científicotecnológica” (livro-base, p.177) TEMA: Ensino de filosofia e espaço virtual As tecnologias apresentadas para o ensino da filosofia diz respeito ao espaço virtual, registrando conceitos sobre o contexto cibernético e de como se está estabelecendo uma ágora em sala de aula virtual (livro-base, p. 90). E como a adoção de recursos tecnológicos espera-se que seja ampliada a capacidade criativa, bem como de favorecer a ação de liberdade de cada sujeito – no caso, o aluno – para que manifeste a sua expressão de vida e de mundo (livro-base, p. 90).
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