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EmprEEndEdorismo
Professor Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
Douglas Crivelli
Revisão Textual
Leandro Vieira
Web Designer
Thiago Azenha
FATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
FATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro 
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
FATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
FATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.fatecie.edu.br
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E 
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. 
Empreendedorismo 
Heider Jeferson Gonçalves
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2016. 185 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária 
Zineide Pereira da Silva.
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site Freepik.com
Atribuições:
Designed by katemangostar / Freepik
Designed by snowing / Freepik
Designed by Asierromero / Freepik
Designed by Yanalya / Freepik
Designed by jannoon028 / Freepik
Designed by Jcomp / Freepik
Designed by Creativeart / Freepik
Designed by snowing / Freepik
pALAVrA dA dirEÇÃo
Prezado Acadêmico(a),
É com muita satisfação que inauguramos um novo mundo de oportunidades 
e expansão de nossa instituição que estrapolam os limites físicos e permite 
por meio da tecnolgias digitais que o processo ensino educação ocorra de 
formas ainda mais dinâmicas e em consonância com o estilo de vida da 
sociedade contemporânea. 
Empregamos agora no Ensino a Distância toda a dedicação e recursos para 
oferecer a você a mesma qualidade e excelência que virou a marca de nosso 
grupo educanional ao longo de nossa história. 
Queremos lembrar a você querido aluno, que a Faculdade Fatecie nasceu 
do sonho de um grupo de professores em contribuir com a sociedade por 
meio da educação. Motivados pelo desafio de empreender, tornaram o sonho 
realidade com a autorização da faculdade fatecie no ano de 2007. Desde 
o princípio a fatecie parte da crença no sonho coletivo de construção de 
uma sociedade mais democrática e com oportunidades para todos, onde a 
educação prepara para a cidadania de qualidade. 
Toda dedicação que a comunidade acadêmica teve ao longo de nossa 
história foi reconhecido ao conquistarmos por duas vezes consecutivas o 
título de Faculdade Número 1 do Paraná. Um feito inédito para paranavaí 
e toda região noroeste. No ranking, divulgado pelo mec em 2014 e 2015, a 
Fatecie foi destaque como a faculdade melhor avaliada em todo o estado. 
Posição veiculada em nível nacional pela Revista Exame e Folha de São paulo, 
apontando a Fatecie como a 1ª colocada no Paraná.
Essas e outras conquistas que obtivemos ao longo dos nossos 10 anos de 
história tem como base a proposta global da faculdade fatecie, que consiste 
em criar um ambiente voltado para uma abordagem multidisciplinar, crítica e 
reflexiva, onde se desenvolvem as atividades ensino, pesquisa e extensão. Para 
isso, a Fatecie conta com um corpo docente composto, em sua maioria, por 
professores com mestrado e doutorado e com ampla experiência profissional 
nas mais diversas áreas do mercado e da educação. 
Seja bem-vindo!
Direção 
Faculdade Fatecie
A
U
T
o
r
Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Especialista em Gestão de Políticas Públicas pelo Instituto 
ESAP / Faculdades Iguaçú e em Gestão Ambiental para Mu-
nicípios pela UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do 
Paraná. Graduado em Administração e em Ciências Contábeis. 
Professor Universitário a mais de oito anos, atuando nos cur-
sos de Tecnologia em Processos Gerenciais, Administração, 
Tecnologia em Marketing, Gestão Ambiental, Tecnologia em 
Logística e Gestão Pública. Atua como consultor empresarial 
com foco em estratégias de Marketing, Empreendedorismo e 
Gestão de Pessoas.
Atualmente é Coordenador da FATECIE START, Incubadora 
Tecnológica de empresas e negócios inovadores da Faculda-
de de Tecnologia e Ciências do Norte do Paraná – FATECIE, 
promovendo o empreendedorismo e a inovação.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/7038635031377474
AprEsEnTAÇÃo
O mundo atualmente tem passado por várias transformações, onde as 
inovações mudaram o estilo de vida das pessoas. Por trás dessas inovações 
existem pessoas, ou equipes, com características especiais. São pessoas 
visionárias, que questionam, arriscam, querem algo diferente. São os 
chamados empreendedores.
Os empreendedores têm essas características, são diferenciados, 
possuem motivação, gostam do que fazem, querem ser reconhecidos.
Embora existam empreendedores em todas as áreas da ação humana, 
em seu sentido restrito o conceito refere-se às pessoas que criam empresas 
- organizações pessoas criativas que colocam em prática suas habilidades 
no mundo dos negócios. O espírito empreendedor envolve emoção, paixão, 
impulso, inovação, risco e intuição. 
Mas deve também reservar um amplo espaço para a racionalidade. Saber 
localizar metas e objetivos globais e localizar os meios adequados para se 
“chegar lá”, da melhor maneira possível. Isso significa estratégia. 
Acredita-se que o empreendedorismo mudará a forma de se fazer negócios 
no mundo. Em razão do grande avanço tecnológico, o empreendedorismo 
ganhou ainda mais força, e faz com que empresários adotem paradigmas 
diferentes. 
A chamada nova economia, a era da internet, mostrou que boas 
ideias inovadoras, bom planejamento, estratégia, conhecimento, equipe 
competente e motivada são importantes para gerar negócios grandiosos e 
empreendimentos revolucionários. 
 
INDICAÇÃO DE SITES:
www.josedornelas.com.br
www.dolabela.com.br
www.endeavor.org.br
www.sebrae.com.br
www.redeincubar.org.br
www.planodenegocios.com.br
www.seusnegocios.com.br
www.geranegocio.com.br
sUmÁrio
CAPÍTULO 1
07 Empreendedorismo: Uma visão geral, definições e histórico
CAPÍTULO 2
14 O espírito empreendedor e o Empreendedorismo adquirido
CAPÍTULO 3
21 As características do empreendedor e os tipos de empreendedores
CAPÍTULO 4
35 Principais técnicas e ferramentas para Empreender
CAPÍTULO 5
47 Planos de Negócios: uma visão geral. O que é e para que serve?
CAPÍTULO 6
56 Conhecendo a Estrutura do Plano de Negócios
CAPÍTULO 7
63 A importância da Pesquisa de Mercado e do Planejamento Financeiro
CAPÍTULO 8
73 Desenvolvendo um Plano de Negócios na Prática
PÁGINA 7
CAPÍTULO
1
EmprEEndEdorismo: 
UmA VisÃo gErAL, 
dEfiniÇõEs E 
hisTórico
Uma questão que perturba muitas pessoas que querem prosperar na carreira 
e na vida é: “abrir ou não seu próprio negócio?”. Abrir mão da carteira assinada 
para tocar a própria empresa é uma opção feita por milhares de trabalhadores 
a cada ano. 
Isso pode gerar muitos empreendedores de sucesso ou uma legião de 
desempregados. Esse resultado depende de muitos fatores. 
Há 20 anos a criação de um negócio próprio por jovens recém formados 
era considerado uma loucura, mesmo porque as universidades formavam 
profissionais para dirigir uma grande empresa e não para criar empresas. 
Mudar essa visão levou algum tempo para redirecionar ações e repensar 
conceitos. 
Atualmente, o empreendedorismo já tem sido centro das políticas na maioria 
dos países e existem muitas ações relacionadas com o empreendedorismo 
e inovações tecnológicas como, por exemplo, programas de incubação de 
empresas e parques tecnológicos, programas e incentivos governamentais 
para promover a inovação e transferência de tecnologia, entre outros.
A idéia de um espírito empreendedor estáde fato associada a pessoas 
realizadoras, que mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações 
de negócios. 
A pessoa que assume o risco de começar uma empresa é um empreendedor. 
Empreendedor do latim imprendere, que significa “decidir realizar tarefa 
difícil e laboriosa” (dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001), “colocar 
em execução” (Dicionário Aurélio, 1975). Tem o mesmo significado da 
palavra francesa entrepreneur, que deu origem à inglesa entrepreneurship 
(comportamento do empreendedor). 
Segundo Dornelas (2008) “o empreendedor é aquele que faz as coisas 
acontecerem, e antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização”, 
já para Chiavenato (2004) “o empreendedor é a pessoa que inicia ou opera 
um negócio para realizar uma idéia ou projeto pessoal assumindo riscos e 
responsabilidades e inovando continuamente”. 
Schumpeter (citado por CHIAVENATO, 2004) amplia o conceito dizendo 
que “o empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente 
PÁGINA 8
graças à introdução no mercado de novos produtos e serviços, pela criação 
de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais 
e tecnologias”.
E de acordo com Dolabela (2006) “O empreendedor é um insatisfeito que 
transforma seu inconformismo em descobertas e propostas positivas para 
si mesmo e para os outros. É alguém que prefere seguir caminhos não 
percorridos, que define a partir do indefinido, acredita que seus atos podem 
gerar conseqüências. Em suma, alguém que acredita que pode alterar o mundo. 
É protagonista e autor de sim mesmo e, principalmente, da comunidade em 
que vive”.
Revolucionário. Aquele que cria novos mercados, ou seja, algo único. 
O empreendedor é aquele que cria negócios, que inova dentro da empresa já 
construída, que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar 
sobre ele, assumindo riscos calculados.
Como afirmou Joseph Schumpeter (1949), que o “empreendedor” destrói a 
ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, 
pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos 
recursos e materiais.
E o Empreendedorismo o que é?
Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em 
conjunto, levam à transformação de idéias em oportunidades.
Segundo Timmons (citado por DOLABELA, 2006), “o empreendedorismo é 
uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução 
industrial foi para o século 20”, ao comparar com a revolução industrial, a 
grande responsável por radicais mudanças no século 20, demonstra o grau 
de importância para a sociedade do tema empreendedorismo.
Uma outra definição interessante é a de Schumpeter (citado por FILION,1999) 
onde expõe que “empreendedorismo está na percepção e aproveitamento 
das novas oportunidades no âmbito dos negócios ... sempre tem a ver com 
criar uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em que eles sejam 
deslocados de seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações.”
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
-SEBRAE (2009) o empreendedor tem como característica básica o espírito 
criativo e pesquisador. Ele está constantemente buscando novos caminhos e 
novas soluções, sempre tendo em vista as necessidades das pessoas. 
A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e 
oportunidades e a preocupação sempre presente com a melhoria do produto. 
Enquanto a maior parte das pessoas tende a enxergar apenas dificuldades e 
insucessos, o empreendedor deve ser otimista e buscar o sucesso, apesar 
das dificuldades.
PÁGINA 9
Empreendedor ou Administrador?
Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para 
obter sucesso, mas nem todo administrador é um bom empreendedor. 
O trabalho do administrador seria o ato de planejar, organizar, dirigir e controlar 
(PODC). As demandas especificam o que deve ser feito e restrições são os 
fatores internos e externos da organização que limitam o que o responsável 
pelo trabalho administrativo pode fazer.
Segundo Hampton (1991), os administradores se diferem por ocupar um nível 
na hierarquia, que define como os processos administrativos são alcançados, 
e o conhecimento que tem no geral da empresa. O trabalho administrativo 
pode ser identificado como de supervisão, médio e alto. 
Os supervisores tratam de operações de uma unidade específica, como 
uma seção ou departamento. Os Administradores médios ficam entre os 
mais baixos e os mais altos níveis da hierarquia em uma organização. Já os 
administradores de alto nível são aqueles que têm a mais alta responsabilidade 
e a mais abrangente rede de interações. 
Lembremos que o empreendedor tem algo a mais: características e atitudes 
que o diferenciam do administrador tradicional, e que para ter sucesso ele 
possui características extras, além do atributo do administrador, e alguns 
atributos pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, 
permitem o nascimento de uma nova empresa dando uma idéia, surgindo 
uma inovação, e desta, uma nova empresa. 
Os empreendedores de sucesso são visionários, sabem tomar decisões, são 
indivíduos que fazem a diferença, sabem explorar ao máximo as oportunidades, 
são determinados e dinâmicos, dedicados, otimistas, independentes, ficam 
ricos, são líderes, organizados, sabem planejar, possuem conhecimento, 
assumem riscos e criam valor para a sociedade.
PÁGINA 10
Empreendedorismo: Breve histórico
Ao que se sabe, a palavra “empreendedor” surgiu na França, com significado 
de: aquele que assume riscos e começa algo novo.
A utilização do termo “empreendedorismo” é atribuído a Richard Cantillon 
(1755) e a Jean-Baptiste Say (1800). Ambos definiam os empreendedores 
como pessoas que correm riscos porque investem o seu próprio dinheiro em 
empreendimentos.
O primeiro uso do termo empreendedorismo foi por Marco Pólo, que assinou 
um contrato com um homem que possuía dinheiro que hoje é mais conhecido 
como capitalista, para vender as mercadorias deste.
Na idade média, o termo foi definido para aqueles que gerenciavam grandes 
projetos de produção, que não assumiam grandes riscos, apenas gerenciavam 
os projetos com os recursos disponíveis pelo governo do país.
Já no século XVII o empreendedor estabeleceu um acordo contratual com 
o governo para realizar alguns serviços ou fornecer produtos. Por ter os 
preços prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era de responsabilidade do 
empreendedor.
No século XVIII, com a industrialização que ocorria no mundo, o capitalista e 
o empreendedor foram finalmente diferenciados.
No final do século XIX e inicio do século XX, os empreendedores foram 
confundidos com os administradores, como aqueles que organizavam a 
empresa, pagavam os empregados, planejavam, dirigiam e controlavam as 
ações desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço do capitalista.
Mais tarde, em 1978, J. Schumpeter associa o empreendedorismo à inovação 
ao afirmar que “a essência do empreendorismo está na percepção e 
aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios; tem sempre 
que ver com a criação de uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em 
que eles sejam deslocados do seu emprego tradicional e sujeitos a novas 
combinações”. 
Schumpeter descreveu ainda o empreendedor como responsável por 
processos de “destruição criativa”, que resultavam na criação de novos 
métodos de produção, novos produtos e novos mercados.
O conceito de risco foi introduzido por K. Knight (1967) e Peter Drucker (1970). 
Em 1985 com Pinchot foi introduzido o conceito de Intra-empreendedor, uma 
pessoa empreendedora dentro da organização a que pertence.
PÁGINA 11
O Empreendedorismo no Brasil
O empreendedorismo no Brasil começou na década de 1990. Antes disso, 
o ambiente político e econômico do país não eram propícios. O SEBRAEé um dos órgãos nacionais mais conhecidos, que dá todo suporte que se 
precisa para iniciar uma empresa. O crescente movimento de franquias no 
Brasil também pode ser considerado um exemplo de desenvolvimento do 
empreendedorismo nacional.
Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), pesquisa que mede a 
capacidade empreendedora de vários paises, o Brasil é o sétimo colocado no 
ranking de nações mais empreendedoras do mundo, no país existem cerca 
de 15 milhões de empreendedores.
É importante frisar que para o GEM o empreendedorismo é qualquer tentativa 
de criação de um novo negócio ou novo empreendimento, qualquer que 
seja como, por exemplo, uma atividade autônoma, uma nova empresa, ou a 
expansão de um empreendimento que já existente, por um indivíduo, grupos 
de indivíduos ou por empresas já estabelecidas. Estes dados, porém são muito 
criticados, já que não consideram o fato de a grande maioria das empresas 
fechar antes do primeiro ano de vida.
E ainda, de acordo com o relatório apresentado pela GEM (Global 
Entrepreneurship Monitor), o Brasil apareceu como o país que apresenta 
melhor número de habitantes adultos que começam um novo negócio: um 
adulto em cada oito. No entanto, a criação de empresas por si só não leva ao 
desenvolvimento econômico. A partir do estudo anual do GEM, originaram-se 
duas definições de empreendedorismo:
A primeira definição seria o empreendedorismo de oportunidade, onde o 
empreendedor visionário sabe aonde quer chegar, tem planejamentos, tem 
em mente o crescimento que quer buscar, visa lucro, geração de riqueza. 
Este está totalmente ligado ao desenvolvimento econômico.
A segunda definição seria o empreendedorismo de necessidade, caracterizado 
muitas vezes pela falta de opção do empreendedor, por estar desempregado 
e sem alternativas de trabalho. 
Estes negócios geralmente não são planejados e possuem poucas chances 
de se tornarem ativos no mercado, não gerando desenvolvimento econômico. 
Dornelas (2001) afirma que um dos grandes motivos do crescimento no 
número de empresas abertas no país se dá pelos altos índices de desemprego, 
onde o desempregado usa o valor de sua rescisão provinda de seus direitos 
trabalhistas, e sem informação e planejamento, se aventura no mercado, 
visando muitas vezes abrir não uma empresa, mas um “emprego” e acaba 
decretando falência em um período curto de existência.
Assim o perfil da grande maioria dos empreendedores brasileiros consiste em 
pessoas sem muito grau de instrução, na maioria das vezes sem nenhuma 
PÁGINA 12
instrução a respeito de gestão ou empreendedorismo, o SEBRAE estima que 
apenas 5% buscam orientação, a grande maioria nem conhece o ramo de 
mercado que pretende atuar e nem o produto que se propõe a vender, jamais 
ouviu falar de “plano de negócios”, e nunca freqüentou uma universidade.
Além disso, faltam políticas públicas direcionadas à consolidação do 
empreendedorismo no Brasil.
 
Alguns Mitos sobre os empreendedores
 
Os Empreendedores nascem feitos?
Embora empreendedores nasçam com certa inteligência, vontade de criar e 
energia, sua formação depende da acumulação de habilidades relevantes, 
experiências, contatos, etc.
Qualquer pessoa pode começar um negócio?
Sim. A questão crucial é sobreviver e manter o negócio, prosperar. 
Empreendedores que entendem a diferença entre uma idéia e uma 
oportunidade e pensam grandes têm mais chances de ser bem-sucedidos.
Dinheiro é o mais importante para começar o negócio?
Com talento, gestão e dedicação, entre outras peças, o dinheiro aparecerá. 
Dinheiro é como o pincel e a tinta para um pintor - materiais que, nas mãos 
certas, produzem maravilhas.
 
Empreendedores não têm chefe e são completamente independentes?
Todo mundo é chefe do empreendedor: seus sócios, investidores, clientes, 
fornecedores, empregados, família, comunidade. Mas os empreendedores 
podem escolher as exigências que vão atender, e quando, suas prioridades.
Empreendedores devem ser jovens e cheios de energia?
Com certeza são qualidades que podem ajudar, mas idade não é barreira. O 
que é crítico é possuir o conhecimento relevante, experiência e contatos que 
facilitam reconhecer e agarrar uma oportunidade.
 
Empreendedores trabalham mais do que executivos de grandes companhias?
Depende de cada um, alguns trabalham mais, outros não.
 
Empreendedores são pessoas isoladas e solitárias?
Os empreendedores mais bem-sucedidos são líderes que constroem grandes 
equipes e ótimos relacionamentos com pares, diretores, investidores, clientes, 
fornecedores e outros.
 
Empreendedores são jogadores?
Empreendedores bem-sucedidos calculam muito bem os riscos. Eles tentam 
influenciar o jogo de probabilidades, freqüentemente atraindo outros para 
dividir os riscos com eles.
 
Qualquer empreendedor com uma boa idéia pode atrair investimentos?
PÁGINA 13
Nem sempre. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas entre 1 e 3 de 
cada 100 empreendedores com boas idéias conseguem atrair capitalistas e 
investidores.
 
Empreendedores buscam os méritos só para eles?
Privilegiar o próprio ego coloca um teto nas possibilidades de crescimento. 
Os melhores empreendedores geralmente sabem construir um time, uma 
organização, uma companhia, pois trabalham muito bem em equipe.
 
Enfim, o Brasil sem dúvida é um país de empreendedores, de pequenas, 
médios e grandes empreendimentos, parece que é um talento nato do 
brasileiro. Porém, a vida de um empreendedor não é nada fácil.
Abrir um empreendimento significa, para o trabalhador, a passagem para 
o outro lado da relação de trabalho. É preciso, pois, além de ter espírito 
empreendedor, preparar-se para trilhar esse novo caminho, que, embora 
difícil, pode ser compensador e resultar em sucesso pessoal e independência 
econômica.
PÁGINA 14
CAPÍTULO
o EspÍriTo 
EmprEEndEdor E o 
EmprEEndEdorismo 
AdQUirido
2
A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e 
oportunidades, e a preocupação sempre presente com a melhoria do produto. 
Enquanto a maior parte das pessoas tende a enxergar apenas dificuldades e 
insucessos, o empreendedor deve ser otimista e buscar o sucesso, diante das 
dificuldades.
A idéia de um espírito empreendedor está associada a pessoas realizadoras, 
que mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações e negócios 
de sucesso. 
Então os Empreendedores são natos, já nascem para o sucesso?
Pelo contrário, empreendedores de sucesso acumulam habilidades, 
experiências e contatos com o passar dos anos.
Como já foi questionada anteriormente, essa é uma pergunta recorrente: os 
Empreendedores já nascem feitos? Ou seja, com o tal espírito empreendedor?
E a resposta é que, embora empreendedores nasçam com certa inteligência, 
vontade de criar e energia, ou até mesmo com uma certa tendência a 
correr riscos, inventividade ou com este “espírito” próprio, sua formação 
e seu sucesso depende muito da acumulação de habilidades relevantes, 
experiências, contatos, etc.
O ato de empreender se manifesta na vontade e aptidão para realizar algo. O 
espírito empreendedor não escolhe credo, cor, ou raça. É ele um dos fatores 
essenciais para aumentar a riqueza do país e melhorar as condições de vida 
de seus cidadãos. Essa afirmação leva imediatamente a duas questões. 
A primeira: o que é espírito empreendedor? E a segunda: é possível ensinar 
uma pessoa a se tornar empreendedora? 
Até alguns anos atrás se acreditava que o empreendedor nascia com um 
diferencial e era predestinado ao sucesso dos negócios. Isto é um mito. Cada 
vez mais acredita-se que o processo empreendedor pode ser ensinado e 
entendido. Os empreendedores natos existem sim, mas muitos outros podem 
ser capacitados para tal perfil.
 
Por isso que o empreendedorismo pode ser adquirido, ou seja, estudado, 
transmitido e ensinado através de técnicas e métodos já comprovados.PÁGINA 15
Assim, podemos dizer que os objetivos do ensino do empreendedorismo são: 
•	 Identificação e entendimento das habilidades do empreendedor; 
•	 Identificação e análise de oportunidades; 
•	 Como ocorre a inovação e o processo empreendedor; 
•	 Importância do empreendedorismo no desenvolvimento econômico; 
•	 Como preparar e utilizar um plano de negócios; 
•	 Como identificar fontes e obter financiamento para o novo negócio; 
•	 Como gerenciar e fazer a empresa crescer.
Assim como os objetivos do ensino do empreendedorismo, devemos destacar 
também as habilidades requeridas para um empreendedor.
As habilidades requeridas para um empreendedor são: 
•	 Técnicas: Envolve saber escrever, ouvir as pessoas, captar informações, 
ter boa oratória, ser organizado, saber lidar e trabalhar em equipe. 
•	 Gerenciais: Criação, desenvolvimento e gerenciamento de uma nova 
empresa: marketing, administração, finanças, operacional, produção, 
tomada de decisão, controle das ações, e ser um bom negociador. 
•	 Pessoais: Ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ser orientado a 
mudanças, ser persistente e ser um líder visionário.
Parece ser hoje em dia consensual que não se nasce empreendedor. Podemos, 
sim, herdar algumas características que certamente nos ajudarão nas nossas 
incursões pelo mundo dos negócios. 
É também certo que muitos empreendedores se revelam muito precocemente 
(durante a infância e juventude) destacando-se pela sua capacidade de 
liderança, competitividade, criatividade ou “jeito” para os pequenos negócios.
Contudo, está ao alcance de qualquer um tornar-se empreendedor.
Exige-se trabalho, força de vontade e um profundo conhecimento de si 
próprio.
PÁGINA 16
O Processo Empreendedor
O espírito empreendedor envolve emoção, paixão, impulso, inovação, risco e 
intuição. Mas deve também reservar um amplo espaço para a racionalidade. 
Saber localizar metas e objetivos globais e localizar os meios adequados para 
“chegar lá”, da melhor maneira possível. Isso significa estratégia.
Uma pessoa empreendedora é capaz de identificar negócios e oportunidades. 
Tem capacidade e visão do ambiente de mercado, sendo altamente persuasivo 
com pessoas, colocando suas idéias e propondo o crescimento financeiro de 
seu produto. A pessoa precisa estar pronta para assumir os riscos do negócio 
e aprender com os erros cometidos, pois eles são presenciais na vida do 
empreendedor, porém cabe ao mesmo fazer dos erros, acertos futuros. 
Ele busca ser profundo conhecedor de seu produto/serviço, facilitando assim 
a explanação e crescimento de suas idéias. A pessoa tem que ser capaz de 
usar todas essas habilidades em favor de seu aperfeiçoamento empresarial. 
É preciso entender que para se iniciar um negócio próprio, temos que ter em 
mente as dificuldades iniciais, os trâmites legais, bem como as arquiteturas de 
mercado, pois de uma forma planejada e controlada, o empreendedor pode 
começar a trilhar seu caminho, desde que sabido os meios e devidamente 
conscientizado das obrigações pertinentes. 
Por exemplo: a pessoa deve saber ter consciência de onde abrir uma padaria 
ou uma lanchonete? Qual capital necessário? Quanto tempo terei meu capital 
de volta? e etc. 
PÁGINA 17
  A conscientização do empreendedorismo consiste em mostrar à pessoa 
candidata o processo de conhecimento de capitalização para se ter o negócio 
previsto. A pessoa deve procurar formar uma cultura empreendedora 
primeiramente dentro dela, e de posse desta formação fazer uma auto-análise, 
despertando-a para a sua função de pessoa executora na transformação de 
conhecimento em riquezas para a sociedade, para comércio e principalmente 
para ele. 
Mas o que nos leva ao desejo de ter o próprio negócio e de se tornar 
empreendedor?
Muita vezes, as pessoas motivadas pela ambição de ter dinheiro, condições 
para adquirir valiosos bens, melhores roupas, uma busca por melhores 
moradias e dar boas condições para si e para seus entes mais próximos, são 
estas as pessoas que sonham em ter seu próprio negócio e muitas delas 
acabam virando por questão de decisão de melhorias um empreendedor. 
Elas estão no “time” das pessoas que não gostam de ser mandadas, não 
gostam de ser “subordinadas”, pois a simples idéia destes paradigmas as 
deixam apavoradas.
 
Outras pessoas buscam abrir seu próprio negócio por motivos que fogem a sua 
vontade, pois levados por situações opressoras, vêem como solução abrir seu 
negócio. Podemos citar situações que se encaixam neste tipo: empregados 
que saíram de empresas e com a soma do volume financeiro significativo que 
recebeu de anos como empregado, resolveu abrir seu negócio próprio. 
Existem até mesmo aqueles que deixam seu emprego por ter melhores 
rendimentos através do negócio próprio e viram nisto a grande possibilidade 
de crescimento financeiro e uma melhor forma de vida. 
 
Ainda neste aspecto há pessoas que herdaram algum negócio da família 
e sem a maior pretensão, se tornaram donas de grandes empresas e hoje 
despontam no mercado financeiro, apesar de não terem tido o trabalho de 
iniciar sua empreitada. 
A decisão de tornar-se empreendedor pode ocorrer aparentemente por 
acaso. Mas na verdade, essa decisão ocorre devido fatores externos, sociais e 
ambientais, e aptidões pessoais.
A inovação é a semente do processo empreendedor. As inovações tecnológicas 
têm sido o diferencial do desenvolvimento econômico mundial. 
Segundo Dertouzos (1999), a inovação tecnológica possui quatro pilares:
•	 Investimento de capital de risco;
•	 Infra-estrutura de alta tecnologia;
•	 Idéias criativas;
•	 Cultura empreeendedora focada na paixão pelo negócio.
Já o talento empreendedor resulta da percepção, direção, dedicação e muito 
trabalho. 
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Onde existe talento, há a oportunidade de crescer, diversificar e desenvolver 
novos negócios. Mas talento sem idéias é como uma semente sem água.
Quando o talento é somado à tecnologia e as pessoas têm boas idéias viáveis, 
o processo empreendedor está na iminência de ocorrer. 
As fases do processo empreendedor são:
•	 Identificar e avaliar oportunidades: é a parte mais difícil. O empreendedor 
precisa ter muita percepção para os negócios. Mas muitos dizem 
que isso ocorre por sorte. Outros dizem que sorte é o encontro da 
competência com a oportunidade.
•	 Desenvolver o plano de negócios: pode ser a parte mais trabalhosa do 
ciclo. Ela dá forma a um documento que sintetiza toda a essência do 
negocio, a estratégia da empresa, seu mercado e competidores, como 
vão gerar receitas, etc.
•	 Determinar e captar os recursos necessários: É conseqüência do que já 
foi feito e planejado no plano de negócios. A captação de recursos pode 
ser feita de diversas formas. Há alguns anos as únicas possibilidades 
de obter financiamento ou recursos no Brasil eram através de bancos 
ou economias pessoais ou de conhecidos. Hoje já é mais comum 
encontrar a figura do capitalista de risco que prefere arriscar em novos 
negócios a deixar todo seu dinheiro aplicado nos bancos.
•	 Gerenciar a empresa criada: O estilo de gestão do empreendedor 
na prática, deve reconhecer suas limitações e saber recrutar uma 
excelente equipe de profissionais para ajudá-lo a gerir a empresa.
Outra forma de analisar os aspectos críticos do processo empreendedor, 
segundo Timmons (1994), é pelos seguintes fatores:
•	 Oportunidades: avaliação para que se tome a decisão de continuar ou 
não com o projeto.
•	 Equipe empreendedora: os profissionais da equipe têm perfis 
complementares
•	 Recursos: saber como e onde captá-los. A análise dos recursos 
necessários deve ser a ultima a ser feita, para evitar que o empreendedor 
e sua equipe restrinjam a análise da oportunidade, que é a primeira 
tarefa a ser realizada.
Sendo assim, o planejamento, por meio de um plano de negócios (business 
plan),é a ferramenta do empreendedor, com a qual sua equipe avalia 
oportunidades, identifica, busca e aloca os recursos necessários ao negócio, 
planeja as ações a serem tomadas, implementa e gerencia o novo negócio.
Lembremos que nesse processo de se tornar empreendedor, existem muitas 
barreiras a serem superadas.
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E que existe ainda a necessidade de um combustível essencial: o capital.
De fato, ser patrão implica estar exposto a mudanças repentinas e drásticas 
e que, muitas vezes, requer da pessoa “jogo de cintura”, bom senso, e “tino 
comercial”, pois em se tratando de adversidades, o mercado exige do 
empreendedor pelo menos que eles tenham esses adjetivos, caso contrário 
seu negócio e seus produtos poderão sofrer danos financeiros irreparáveis. 
 
A pessoa deve estar disposta a assumir responsabilidades perante o mercado 
financeiro e a comunidade à qual ela vai mostrar/vender seus produtos ou 
serviços. As pressões da sociedade por produtos de alta qualidade, úteis e de 
certa forma acessíveis, tornam o processo não amistoso ao empreendedor, 
gerando uma grande exigência de mercado. Além do mais o governo e sua 
tropa de “guerrilha fiscal e financeira”, também tendem a ajudar na carga de 
pressão no futuro empreendedor. 
A dedicação ao trabalho aumenta muito significativamente, enquanto um 
empregado simples na sua rotina, “bate ponto” e trabalha oito horas diárias, 
o empreendedor, muitas vezes trabalha mais de oito horas por dia, sem um 
salário fixo garantido no final do mês, e sem férias integrais, sem feriados. É claro 
que como ele é dono do seu próprio negócio, com um bom gerenciamento 
empresarial, bom conhecimento de mercado e de seu produto, o tempo 
pode ser gerenciado em favor da própria pessoa, podendo assim ter mais 
tempo livre para viagens e família. Veja que ser um grande executivo de uma 
empresa não significa ser um grande empresário. 
Mas qual seria o momento exato para agir e como agir? 
Cada pessoa deve analisar particularmente sua necessidade e ocasião de 
mercado, mais existem alguns fatores importantes que devem se notados 
para você decidir como e onde agir para ter seu próprio negócio. Eis algumas 
delas: 
•	 Fatores pessoais: desejo de realização pessoal, insatisfação no trabalho, 
desejo arde de mudar de vida ou mesmo o fato de ser demitido de seu 
emprego. 
•	 Fatores ambientais: analisar e identificar oportunidades de negócios ou 
a possibilidade entrar um projeto. 
•	 Fatores sociológicos: possibilidade de ter um grupo de pessoas 
competentes com características semelhantes, influência de parentes 
ou modelos já desenvolvidos na família. 
Fique de olhos bem abertos, pois quando todos olham para a mesma 
direção, considera-se ousado a pessoa que faz algo diferente e arrisca tudo 
em outros caminhos. Certamente estes tipos de pessoas são poucas e raras 
no mundo dos negócios, mais as existentes hoje algumas delas são as mais 
bem remuneradas em seus negócios e são as pessoas líderes que tem êxito 
financeiro, porém há os riscos deste ato. 
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Quantas histórias assim não conhecemos? Mas quantos destes que ousam 
e se dão mal? Isto tem que ser levado em consideração. No entanto, ser 
empreendedor é ser ousado, assumindo riscos calculados (dividindo o risco 
com os outros) e aproveitando as oportunidades. 
Não existe uma direção correta a seguir, mas o empreendedor pode buscar a 
melhor direção partindo da oportunidade, com muita análise de negócio, tendo 
ousadia, assumindo riscos e tendo muita competência e comprometimento, 
além de muita dedicação, muito estudo e pé no chão. 
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CAPÍTULO
3 As cArAcTErÍsTicAs do EmprEEndEdor E 
os Tipos dE 
EmprEEndEdorEs
O sucesso de um empreendimento inovador não depende de “mágica” e sim 
de uma série de fatores e condições – tanto pessoais, como do negócio – que 
o empreendedor deve levar em consideração antes de iniciá-lo.
Você sabe o que caracteriza uma pessoa empreendedora?
REFLITA 
Segundo Peter Drucker (1974), “O trabalho específico do empreendedorismo 
numa empresa de negócios, é fazer os negócios de hoje capazes de fazer o 
futuro, transformando-se em um negócio diferente”. 
“Empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É uma prática.”
As Características e o Perfil do Empreendedor
Ao observar verdadeiros empreendedores, é possível identificar um conjunto 
de aspectos que lhes são muito próprios:
1. Os empreendedores são peritos em identificar, explorar e comercializar 
oportunidades. 
2. São exímios na arte de criar (novos produtos, serviços ou processos).
3. Conseguem pensar “fora do quadrado”: a maioria das pessoas, por temer o 
insucesso e ser avessa ao risco, tem dificuldade em considerar novas formas 
de abordar problemas e perspectivar a realidade. Quem o consegue fazer 
beneficia de uma enorme vantagem na detecção de novas oportunidades. 
4. Pensam de forma diferente: os empreendedores têm uma perspectiva 
diferente das coisas; adivinham problemas que os outros não vêm ou que 
ainda nem existem; descobrem soluções antes mesmo de outros sentirem as 
necessidades.
5. Vêm o que outros não vêm: o empreendedor vê oportunidades que escapam 
aos outros, ou a que os outros não atribuem relevância.
6. Gostam de assumir riscos: acreditam nos seus palpites e seguem-nos.
7. Os empreendedores competem consigo próprios e acreditam que o 
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sucesso ou fracasso dependem de si. Na sua maioria não desistem e nunca 
param de lutar pelo sucesso.
8. Aceitam o insucesso: embora nenhum empreendedor goste de falhar, sabe 
que a possibilidade de fracassar é inerente ao risco que qualquer atividade 
empreendedora comporta. O insucesso é encarado como uma possibilidade 
de aprender e evoluir e previne futuros fracassos. 
9. Observam o que os rodeia: a grande maioria das ideias e inovações 
bem sucedidas foram desenvolvidas a partir de uma realidade próxima ao 
empreendedor – no âmbito profissional, familiar, de lazer.
10. Os empreendedores nunca se conformam. Em vários estudos feitos com 
empreendedores sobre as características às quais atribuíam o seu sucesso, 
as que mais se destacaram foram a perseverança, o desejo e vontade de 
traçar o rumo da sua vida, a competitividade, a auto-estima, o forte desejo de 
vencer, a auto-confiança e a flexibilidade.
Curiosamente, a vontade de ganhar muito dinheiro, as competências de 
gestão ou o desejo de poder costumam ocupar os últimos lugares em suas 
listas.
Mas para além destas, há um conjunto de outras características comuns aos 
empreendedores:
• Curiosidade
• Capacidade de resistência (física e emocional)
• Orientação para objetivos
• Independência
• Exigência
• Elevada propensão ao risco calculado
• Tolerância à ambiguidade e à incerteza
• Criatividade
• Inovação
• Visão
• Empenho
• Aptidão para resolução de problemas
• Capacidade de adaptação
• Iniciativa
• Integridade
• Capacidade de angariação de recursos
• Capacidade de persuasão
• Forte apetência pela mudança
• Empatia
• Tolerância ao fracasso
• Grande capacidade de trabalho
• Capacidade de liderança
• Sorte
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Algumas Competências do empreendedor
Competências emocionais
Em grande medida a performance do empreendedor está associada a 
características pessoais como a inciativa, a empatia, a capacidade de 
adaptação e de persuasão. Daniel Goleman (2000) agrupou as competências 
emocionais em quatro grandes grupos cabendo dentro de cada um dos 
grupos um conjunto de competências específicas:
1. Auto-consciência
•	 Auto-consciência emocional – Esta competência permite reconhecer e 
compreender os diferentes estados de espírito e a forma como afetam 
o desempenho social e profissional bem como as relações com os 
outros.
•	 Auto-avaliação rigorosa – Trata-se da capacidade de avaliar de forma 
realista as suas forças mas também as suas fraquezas.
•	 Autoconfiança– Competência que permite valorizar devidamente os 
seus pontos fortes e capacidades mais distintivas.
2. Autogestão 
•	 Autocontrole – Capacidade para manter as emoções sob controle.
•	 Inspirar confiança – A confiança conquista-se através de comportamentos 
que revelem integridade, honestidade, confiabilidade e autenticidade.
•	 Responsabilidade - Capacidade para se autogerir de modo responsável 
(e.g., ser organizado e cuidadoso no trabalho).
•	 Adaptabilidade – Competência revelada pela abertura a novas ideias 
e abordagens, flexibilidade na resposta à mudança, tolerância à 
ambiguidade.
•	 Orientação para o êxito - Optimismo, necessidade de auto-
aperfeiçoamento e de alcance de um padrão interno de excelência, 
persistência.
•	 Iniciativa - Prontidão para aproveitar as oportunidades, inclinação para 
exceder objetivos, proatividade.
3. Consciência social 
•	 Empatia – Capacidade para perceber os sentimentos e perspectivas 
dos outros, interesse ativo pelas suas preocupações, sensibilidade às 
suas especificidades.
•	 Consciência organizacional - Capacidade para ler a realidade 
organizacional, construir redes de decisão e ter consciência das 
correntes sociais e políticas da organização.
•	 Orientação para o cliente - Capacidade para antecipar, reconhecer e ir 
ao encontro das necessidades dos clientes.
4. Competências sociais
•	 Liderança visionária - Capacidade para inspirar e guiar os indivíduos ou 
grupos em torno de uma visão convincente.
•	 Influência - Capacidade para persuadir os outros através dos métodos 
mais adequados a cada situação.
•	 Desenvolver os outros - Capacidade para identificar necessidades/
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oportunidades de desenvolvimento dos outros e para agir de forma a 
promover o alargamento das suas competências.
•	 Comunicação - Ser bom ouvinte e ser capaz de comunicar de modo 
claro e convincente.
•	 Catalisador da mudança – Capacidade para promover e incentivar 
a mudança dentro da organização contribuindo ativamente para a 
eliminação das resistências por parte da equipa que lidera.
•	 Gestão de conflitos - Capacidade para gerir os conflitos emergentes na 
organização.
•	 Criar laços – Competência que permite a criação e desenvolvimento 
de redes de relações interpessoais.
•	 Espírito de equipe e cooperação – Capacidade de colaborar eficazmente 
com os outros conseguindo criar sinergias de grupo na execução de 
objetivos comuns.
É certo que o desenvolvimento deste conjunto de competências é desejável 
em qualquer pessoa, mas, no caso do empreendedor será decisivo para o seu 
sucesso. Condição prévia ao bom desenvolvimento destas características é 
um profundo conhecimento de si próprio.
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O Auto-conhecimento e a Criatividade
Uma das principais características do empreendedor de sucesso é o 
conhecimento que tem de si próprio. Sabe que não é rentável desperdiçar 
esforços em áreas e/ou atividades nas quais não tem competências. 
A sua base de desenvolvimento pessoal e profissional é o conhecimento dos 
seus pontos fortes, dos seus valores e objetivos e das formas concretas de 
alcançar o que pretende.
De todas as características do empreendedor, uma das essenciais e que mais 
facilmente podemos desenvolver é a criatividade.
Embora todos tenhamos talentos criativos falta-nos muitas vezes confiança 
na nossa própria criatividade. O termo criatividade tem um significado que vai 
muito além de possuir um talento artístico. É sim, a capacidade de utilizar a 
imaginação para criar novas ideias.
A criatividade é uma característica inata a todos os seres humanos. Cabe a 
cada um de nós desenvolver essa capacidade.
Antes de tudo, você deve estar atento ao que se passa à sua volta: o 
desenvolvimento da capacidade criativa, tal como qualquer outra competência, 
exige concentração e atenção. Comece por ver o mundo que construiu à sua 
volta: a sua casa, o seu trabalho, as suas relações sociais são expressões 
criativas criadas por si. Compreender que a criatividade pode assumir muitas 
formas é um primeiro passo para desenvolver a sua capacidade de criar de 
forma consciente.
São características das pessoas criativas:
1. Inteligência
2. Capacidade de adaptação
3. Auto-estima elevada
4. Orientação para desafios
5. Curiosidade
6. Interesse
Algumas características comuns a todos os empreendedores:
Integridade – É uma qualidade do caráter, ligada à honestidade e à coerência 
entre princípios e atitudes, como base do compromisso com as pessoas e 
com o negócio.
Liderança – É a capacidade de reunir as forças de um grupo em torno de 
um objetivo, transformando as pessoas em parceiros, estimulando seu 
crescimento e dando exemplo para manter a motivação elevada.
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Comunicação e relacionamento – É a capacidade de expressar de forma 
clara as próprias idéias e emoções e também de ouvir os outros. Essas 
características auxiliam no desenvolvimento da habilidade de conviver e 
interagir com as outras pessoas.
Senso administrativo – É a capacidade de agir para prevenir ou corrigir 
problemas decorrentes das variações do mercado, reconhecendo e 
analisando, no dia-a-dia, mudanças na economia e no comportamento dos 
clientes.
Visão de oportunidade – É o talento natural de estar sempre atento ao que 
acontece ao redor. É ser capaz de identificar as necessidades dos clientes e 
transformar isso em um negócio.
Motivação – É estar sempre disposto e entusiasmado para trabalhar em 
busca da realização de objetivos.
Organização/planejamento – Todo empreendimento precisa ser organizado. 
É necessário ter metas, planejar como alcançá-las e controlar os resultados. 
Acompanhar sistematicamente os custos, as vendas e o desenvolvimento 
das metas faz parte do dia-a-dia do empreendedor. Quem não for capaz de 
organizar-se tem poucas chances de ser um bom empresário. 
Determinação/perseverança – É ser capaz de enfrentar e superar as 
dificuldades sem se deixar abater, tendo claro que obstáculos podem surgir 
e que vencê-los é a condição para atingir os objetivos.
Criatividade/inovação – É a capacidade de buscar soluções novas e 
adequadas para os problemas, de estar o tempo todo procurando as melhores 
formas de atender os desejos do cliente, melhorando a qualidade e reduzindo 
os custos.
Iniciativa – É a capacidade de, ao perceber um problema ou detectar uma 
oportunidade, agir rapidamente para solucioná-lo ou aproveitá-la.
 
Correndo Riscos 
Abrir uma empresa é uma decisão que envolve mais riscos que a vida com 
carteira assinada. Mas que pode trazer em troca a sensação de vitória que só 
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as conquistas pessoais são capazes de proporcionar. Aos interessados, um 
aviso: 56% dos pequenos e micro negócios fecham antes de completar cinco 
anos. 
O alto porcentual, divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e 
Pequenas Empresas (SEBRAE-SP), mostra que todo cuidado é pouco quando 
se trata de montar um empreendimento. Ninguém nasce empreendedor. 
Todo mundo precisa ter noções de gerenciamento antes de aventurar-se.
Causas para esta realidade: 
•	 Deficiências no planejamento.
•	 Falhas na gestão;
•	 Brigas entre sócios.
Respostas claras e antecipadas para algumas questões (abaixo) serão de 
extrema importância para as decisões do empreendedor:
1 – Definir claramente o seu ramo de negócio. Será que esse tipo de negócio 
é o que você realmente deseja e para o qual tem mais vocação e capacidade?
2 – Que produtos ou serviços pretende comercializar? As pessoas estão 
interessadas em comprar o que eu pretendo vender?
3 – O preço do produto/serviço que pretendo vender é o ideal?
4 – Qual é o número mínimo de produtos/serviços que devem ser 
comercializados para não levar a firma à falência?
5 – Qual o local ideal para “tocar” o negocio?
6 - Quem serão os seus clientes?
7 - Quem serãoos seus eventuais concorrentes?
8 - Qual o preço de venda desses concorrentes e como eles atuam?
9 - De quanto dinheiro você vai precisar?
As respostas para essas e outras perguntas significam a forma de planejar o 
seu negócio. 
E, lembre-se, uma das principais causas de falência das pequenas e 
microempresas tem sido a falta de planejamento.
Como você pode notar, abrir o seu próprio negocio, requer um planejamento.
Peter Drucker disse que a finalidade do processo de planejamento é enfrentar 
a incerteza do futuro. 
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Sabemos que somente uma parte do futuro é incerta ou desconhecida. Outra 
parte é conhecida e previsível. As duas situações exigem preparação, ou a 
empresa fará parte da estatística apontada pelo SEBRAE. - será atropelada 
pelos acontecimentos.
O julgamento do desempenho de uma moderna administração possui dois 
aspectos do planejamento: determinar os objetivos “certos” e em seguida 
escolher os meios “certos” de alcançar os objetivos. Ambos os aspectos do 
planejamento são vitais para o processo de empreendedorismo.
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OS TIPOS DE EMPREENDEDORES
Tipo 1 – Empreendedor Nato 
Geralmente são os mais conhecidos e aclamados. Suas histórias são brilhantes 
e, muitas vezes, começam do nada e criam grandes impérios. Começam a 
trabalhar muito jovens e adquirem habilidade de negociação e de vendas. 
Em países ocidentais, esses empreendedores natos são, em sua maioria, 
imigrante ou seus pais e avós o foram. São visionários, otimistas, estão à 
frente do seu tempo e comprometem-se 100% para realizar seus sonhos. 
Suas referencias e exemplos a seguir são os valores familiares e religiosos, e 
eles mesmos acabam por se tornar uma grande referência. Se você perguntar 
a um empreendedor nato quem ele admira será comum lembrar-se da figura 
paterno-materna ou algum familiar mais próximo. Ex. Silvio Santos, Pedro 
Mufatto, Bill Gates, Steve Jobs.
Tipo 2 – O Empreendedor que aprende (inesperado)
Este tipo de empreendedor tem sido muito comum. É normalmente uma 
pessoa que, quando menos esperava, se deparou com uma oportunidade 
de negócio e tomou a decisão de mudar o que fazia na vida para se dedicar 
ao negócio próprio. É uma pessoa que nunca pensou em ser empreendedor, 
que antes de se tornar um via a alternativa de carreira em grandes empresas 
como a única possível. 
O momento de disparo ou de tomada de decisão ocorre quando alguém 
o convida para fazer parte de uma sociedade ou ainda quando ele próprio 
percebe que pode criar um negócio próprio. Geralmente demora um pouco 
para tomar a decisão de mudar de carreira, a não ser que esteja em situação de 
perder o emprego ou já tenha sido demitido. Antes de se tornar empreendedor, 
acreditava que não gostava de assumir riscos. Tem de aprender a lidar com as 
novas situações e se envolver em todas as atividades de um negócio próprio.
Tipo 3 – O empreendedor Serial (Cria Novos Negócios)
O Empreendedor serial é aquele apaixonado não apenas pelas empresas 
que cria, mas principalmente pelo ato de empreender. É uma pessoa que 
não se contenta em criar um negócio e ficar à frente dele até que se torne 
uma grande corporação. Como geralmente é uma pessoa dinâmica, prefere 
os desafios e a adrenalina envolvidos na criação de algo novo a assumir 
uma postura de executivo que lidera grandes equipes. Normalmente está 
atento a tudo o que ocorre ao seu redor e adora conversar com as pessoas, 
participar de eventos, associações, fazer networking. Geralmente tem uma 
habilidade incrível de montar equipes, motivar o time, captar recursos para 
o início do negócio e colocar a empresa em funcionamento. Sua habilidade 
maior é acreditar nas oportunidades e não descansar enquanto não as vir 
implementadas. Ao concluir um desafio, precisa de outros para se manter 
motivado. As vezes se envolve em vários negócios ao mesmo tempo e não é 
incomum ter várias histórias de fracasso. Mas estas servem de estímulo para 
a superação do próximo desafio. 
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Tipo 04 – O empreendedor Corporativo
O Empreendedor Corporativo tem ficado mais em evidência nos últimos 
anos, devido à necessidade das grandes organizações de se renovar, inovar 
e criar novos negócios. São geralmente executivos muito competentes, 
com capacidade gerencial e conhecimento de ferramentas administrativas. 
Trabalham de olho nos resultados para crescer no mundo corporativo. 
Assumem riscos e tem o desafio de lidar com a falta de autonomia, já que 
nunca terão o caminho 100% livre para agir. São hábeis comunicadores e 
vendedores de suas idéias. Desenvolvem seu networking dentro e fora da 
organização. Convencem as pessoas a fazerem parte de seu time, mas sabem 
reconhecer o empenho da equipe. Sabem se autopromover e são ambiciosos. 
Não se contentam em ganhar o que ganham e adoram planos com metas 
ousadas e recompensas variáveis. Se saírem da corporação para criar o 
próprio negócio pode ter problemas no inicio, já que estão acostumados com 
as regalias e o acesso a recursos do mundo corporativo. 
Tipo 05 – Empreendedor Social
O empreendedor social tem como missão de vida construir um mundo melhor 
para as pessoas. Envolve-se em causas humanitárias com comprometimento 
singular. Tem um desejo imenso de mudar o mundo criando oportunidades 
para aqueles que não têm acesso a elas. Suas características são similares às 
dos demais empreendedores, mas a diferença é que se realizam vendo seus 
projetos trazerem resultados para os outros e não para si próprios. De todo os 
tipos de empreendedores é o único que não busca desenvolver um patrimônio 
financeiro, ou seja, não tem como um de seus objetivos ganhar dinheiro. 
Prefere compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento das 
pessoas. 
Tipo 06 - O Empreendedor por Necessidade
O empreendedor por necessidade cria o próprio negocio porque não tem 
alternativa. Geralmente não tem acesso ao mercado de trabalho ou foi 
demitido. Não resta outra opção a não ser trabalhar por conta própria. 
Geralmente se envolve em negócio informal, desenvolvendo tarefas simples, 
prestando serviços e conseguindo como resultado pouco retorno financeiro. 
É um grande problema social para os países em desenvolvimento, pois apesar 
de ter iniciativa, trabalhar arduamente e buscar de todas as formas a sua 
sobrevivência e a dos seus familiares, não contribui para o desenvolvimento 
econômico. Na verdade, os empreendedores por necessidade são vítimas do 
modelo capitalista atual, pois não têm acesso a recursos, à educação e às 
mínimas condições para empreender de maneira estruturada. Suas iniciativas 
empreendedoras são simples, pouco inovadoras, geralmente não contribuem 
com impostos e outras taxas, e acaba por inflar as estatísticas empreendedoras 
de países em desenvolvimento, como o Brasil. Sua existência em grande 
quantidade é um problema social que, no caso brasileiro, ainda está longe de 
ser resolvido. 
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Tipo 07 - O empreendedor Herdeiro (Sucessão Familiar)
O empreendedor herdeiro recebe logo cedo à missão de levar à frente o legado 
de sua família. Empresas familiares fazem parte da estrutura empresarial de 
todos os paises, e muitos impérios foram construídos nos últimos anos por 
famílias empreendedoras, que mostraram habilidade de passar o bastão a 
cada nova geração. Mais recentemente, porém, tem ocorrido a chamada 
profissionalização da gestão de empresas familiares, através da contratação 
de executivos de mercado para a administração da empresa e da criação 
de uma estrutura de governança corporativa, com os herdeiros opinando 
no conselho de administração e não necessariamente assumindo cargos 
executivos na empresa. 
O desafio do empreendedor herdeiro é multiplicar o patrimônio recebido. Isso 
tem sido cada vez mais difícil. 
O empreendedor herdeiro aprende a arte de empreender com exemplos 
da família, e geralmente segue seus passos.Muitos começam bem cedo 
a entender como o negócio funciona e a assumir responsabilidade na 
organização, e acabam por assumir cargos de direção ainda jovens. Alguns 
têm senso de independência e desejo de inovar, de mudar as regras do jogo. 
Outros são conservadores e preferem não mexer no que tem dado certo. 
Esses extremos, na verdade, mostram que existem variações no perfil do 
empreendedor herdeiro. Mais recentemente, os próprios herdeiros e suas 
famílias, preocupados com a futura de sues negócios, têm optado por buscar 
mais apoio externo, através de cursos de especialização, MBA, programas 
especiais voltados para empresas familiares. 
Tipo 08 - O Empreendedor Normal (Planejado)
Toda teoria sobre empreendedorismo de sucesso sempre apresenta o 
planejamento como uma das mais importantes atividades desenvolvidas 
pelos empreendedores. E isso tem sido comprovado nos últimos anos, já que 
o planejamento aumenta a probabilidade de um negócio ser bem sucedido 
e, em conseqüência, levar mais empreendedores a usarem essa técnica 
para garantir melhores resultados. O empreendedor que “faz a lição de 
casa”, que busca minimizar riscos, que se preocupa com os próximos passos 
do negócio, que tem uma visão de futuro clara e que trabalha em função 
de metas é o empreendedor aqui definido como o “normal” ou planejado. 
Então o empreendedor normal seria o mais completo do ponto de vista da 
definição de empreendedor e o que a teria como referencia a ser seguida, 
mas que na prática ainda não representa uma quantidade considerável de 
empreendedores. No entanto, ao se analisar apenas empreendedores bem 
sucedidos, o planejamento aparece como uma atividade bem comum nesse 
universo específico, apesar de muitos dos bem-sucedidos também não se 
encaixarem nessa categoria. 
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O Intra-Empreendedor ou Empreendedorismo Corporativo
O Empreendedorismo Corporativo, ou seja, aquele praticado dentro das 
organizações, e que foi “batizado” pelo professor americano Guifford Pinchot 
III de Intrapreneurship, ou Intraempreendedorismo em português, não é na 
verdade um fenômeno recente. Pelo contrário, nos últimos 100 anos diversas 
empresas tiveram no comportamento empreendedor e na conseqüente 
geração de inovações a base para o sucesso. 
Este tema passou a despertar muito interesse no mundo empresarial no 
momento em que passamos a conviver com a Globalização, você percebeu 
que tudo o que tratamos nos negócios esta relacionado com: concorrência e 
a competitividade da organização?
A mudança é necessária dentro da organização. Hoje, preço baixo não 
é mais sinônimo de sucesso em vendas. É aí que entra o comportamento 
empreendedor. 
Profissionais com iniciativa, visionários, sem medo de tentar e que aprendem 
com os erros, determinados, criativos, ousados e capazes de mobilizar 
recursos e implementar novos negócios dentro do ambiente corporativo, são 
a única forma de se estabelecer essa vantagem competitiva definitiva. 
Hoje, dentro das universidades, trabalha-se com uma disciplina chamada 
Organização do Futuro, e é exatamente sobre isto que estamos falando. Se a 
sua empresa quer realmente fazer parte do futuro ela deve imediatamente, 
mudar.
Os novos negócios, criados pelas empresas de forma isolada do resto da 
organização, normalmente, são linhas de negócios ou produtos com poucas 
aderências aos produtos e negócios já existentes. O empreendedorismo 
corporativo possui uma ampla gama de aplicações. É muito difícil afirmar 
categoricamente que uma empresa é ou não intra empreendedora. 
Qualquer funcionário que por iniciativa própria promove alguma mudança 
dentro ou fora do seu escopo de trabalho, para o qual ele não e originalmente 
pago pode, a rigor, pode ser considerado um empreendedor corporativo.
O conceito não se resume unicamente à criação e desenvolvimento de novos 
produtos, ele indica qualquer norma de proposição de mudanças e melhorias 
na organização que, de alguma forma, se traduz em aumento de valor para o 
cliente ou para o acionista. (Hashimoto, 2006,pg. 8)
Alguns pontos para reflexão quanto ao conceito de empreendedorismo 
corporativo: conforme Hashimoto:
•	 Uma boa idéia por si só não se transforma em resultado sem um estudo 
de viabilidade, um planejamento de implementação, investimentos, 
ajustes e acompanhamento. O sucesso está diretamente relacionado 
com a eficácia das ações. 
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•	 Muitas vezes, um problema grave da organização serve como estopim 
para a revisão de paradigmas e pressupostos que levam a um processo 
de ruptura e busca de novos conceitos aumentarem a competitividade e a 
eficácia. Mais uma vez, o valor do esforço pela necessidade de sobreviver. 
•	 As empresas estão descobrindo que inovação é gerada por gente e não 
por tecnologia. Iniciativas, equipes auto-geridas, liderança situacional, 
descentralização, remuneração variável entre outras, são, na verdade, 
iniciativas que promovem o empreendedorismo interno. 
•	 Permitir que as pessoas tenham a liberdade de conduzir iniciativas 
pessoais e não só ignorar os fracassos daí decorrentes, mas incentivar 
o erro como processo de aprendizado não é fácil de implementar em 
nenhuma empresa.
•	 Há uma necessidade crescente de promover uma cultura interna de 
inovação como fonte de competitividade, evidenciando que as cabeças 
pensantes dos departamentos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) não 
estão dando conta da demanda por novidades e melhorias nos produtos 
e serviços oferecidos ao mercado. 
Para que você tenha realmente a ajuda das pessoas, é preciso que isso seja 
recíproco. O importante é usar novas maneiras de trabalhar com as pessoas 
adotando o compartilhamento de idéias e objetivos. Isto é empowerment. 
VOCÊ SABIA?
“Empowerment” ou “Empoderamento”, é uma abordagem de projeto de 
trabalho que objetiva a delegação de poder de decisão, autonomia e partici-
pação dos funcionários na administração das empresas. Analisa-se o desen-
volvimento do empowerment por meio dos estágios evolutivos das áreas de 
gestão, das configurações organizacionais, das estratégias competitivas, da 
gestão de recursos humanos e da qualidade.
De entre as várias características que permitem identificar um empreendedor 
podemos destacar a perseverança, o desejo e vontade de traçar o rumo da 
sua vida, a competitividade, a auto-estima, o forte desejo de vencer, a auto-
confiança e a flexibilidade.
Para além destas características, que embora se possam considerar inatas 
podem e devem ser potenciadas pelo empreendedor, existe um conjunto de 
outras competências que um líder deve possuir e desenvolver continuamente: 
as competências emocionais, o auto-conhecimento e a criatividade.
Recomenda-se ao empreendedor que se mantenha receptivo à inovação e 
criatividade de forma a conseguir identificar oportunidades, que seja realista 
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na apreciação de novas ideias e que seja persistente na busca de seus 
objetivos.
REFLITA 
Veja se você é um Empreendedor:
• Uma vez que decido fazer algo, farei mesmo e nada pode me deter? 
• Quando começo uma tarefa, estabeleço metas e objetivos claros para mim 
mesmo? 
• Depois de uma grande decepção em um projeto, sou capaz de juntar os 
pedaços e começar de novo? 
• Normalmente sou capaz de achar mais de uma solução para um problema? 
• Acredito que é importante organizar minhas tarefas antes de começá-las? 
• Constantemente fico pensando em novas idéias? 
• Encontro energia adicional quando assumo tarefas que gosto? 
• Normalmente trabalho longas horas para finalizar uma tarefa? 
• Quando faço um bom trabalho, fico satisfeito de saber que foi bem feito? 
• Quando penso no futuro, vejo-me gerenciando o meu próprio negócio? 
• Tento fazer um trabalho ainda melhor do que esperam de mim? 
• Sempre tento achar o lado benéfico de uma má situação? 
• Persisto quando os outros me dizem que não pode ser feito? 
• Empenho-meem usar erros do passado como processos de aprendizado?
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CAPÍTULO
4 TécnicAs E fErrAmEnTAs pArA 
EmprEEndEr
Ser empreendedor é um grande desafio. Encontram-se várias definições 
sobre empreendedorismo onde as características pessoais muitas vezes 
se sobressaem às características do negócio. Obviamente que para ser 
empreendedor a pessoa precisa ter um sonho e ter um plano que poderá 
conduzir o sonho à realidade.
Uma gestão empresarial bem pensada foca-se em pontos-chave para atingir 
o sucesso. E a pesquisa de campo é primordial para fundamentar qualquer 
ideia que possa surgir no universo do empreendedorismo. Quais serão os 
custos e investimentos da empresa? Quais são as tendências do mercado e 
os possíveis concorrentes? Existe demanda de consumo para o que se deseja 
propor? Quais as melhores técnicas e ferramentas para empreender? Enfim, 
esses são apenas alguns fatores que precisam ser organizados. Se pensarmos 
mais a fundo, ainda terão questões como o regime tributário para abertura de 
um negócio e se os profissionais da equipe têm o know how suficiente.
O empreendedorismo consiste muito mais na preparação do negócio e 
conhecimento do mercado, do que no simples fato de abrir o negócio próprio. 
É preciso agregar valor, planejar e desenvolver habilidades. Além de colocar 
tudo em prática, fator crucial para o tão sonhado sucesso. 
Neste contexto, o diagnóstico do sistema ou setor do empreendimento, 
descrição de uma situação atual, hipóteses de evolução, elaboração de 
cenários (pessimista, normal e otimista), análise da competitividade da 
empresa, uso de técnicas quantitativas, pesquisa de mercado, qualidade do 
produto e análise de sustentabilidade ambiental e econômica são fatores que 
o empreendedor não pode deixar de utilizar em seu planejamento. 
O sucesso do empreendimento estará ligado diretamente ao uso de 
metodologias que poderão identificar em que patamar de competição o 
empreendimento se colocará diante das exigências do mercado.
A intenção empresarial modernamente chama-se estratégia. Por isso, antes 
de se definir um investimento, ou um projeto, deve-se ter bem claro quais são 
as estratégias. 
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Planejamento Estratégico e Análise SWOT (FOFA)
Criar o futuro é estar bem preparado para enfrentar os desafios sejam pessoais 
ou profissionais. Por isso, temas como gestão, comportamento, planejamento 
dos negócios, decisões estratégicas, estudos de viabilidade, implementação 
de mecanismos de controle e acompanhamento, entre outros, devem estar 
presentes nas práticas do empreendedor.
Os parâmetros de um empreendimento podem ser definidos tecnicamente 
através de um planejamento. Planejar significa criar um esquema para fazer 
algo desejável. Detectar pontos fortes, pontos fracos e potencial do negócio 
significa analisar e conhecer os ambientes externo e interno. Improvisar ou agir 
ao acaso não é recomendável, pois pode demonstrar a falta de planejamento 
e de conhecimento dos ambientes de atuação. 
Elaborar cenários, ou seja, criar visões parciais do futuro é uma boa técnica 
para limitar o conjunto de circunstâncias que podem vir a ocorrer.
É preciso muito mais do que a coragem para arriscar. A falta de planejamento 
antes de abrir o próprio negócio é uma das maiores falhas dos novatos que 
estão entrando no mercado e pode levar à falência.
Planejar consiste em tomar três tipos de decisões:
•	 Definir o objetivo – qual situação deverá ser alcançada,
•	 Definir um ou mais cursos de ação – caminhos para atingir o 
objetivo,
•	 Definir meios de execução – previsão dos recursos necessários 
para realizar o objetivo.
As decisões deste tipo que afetam o futuro da empresa no longo prazo são 
decisões de planejamento estratégico.
O planejamento estratégico ira definir qual a direção que a empresa e a forma 
de competir com outras empresas do mercado. É o processo de tomada de 
decisões. 
Toda empresa tem que ter estratégia e planejamento estratégico. Quando um 
empreendedor decide iniciar um negocio, a partir de uma idéia de produto ou 
serviço, já esta fazendo planejamento estratégico:
A escolha de um negócio é a base para o planejamento estratégico.
A empresa cresce, consequentemente as praticas de planejamento estratégico 
evoluem, sustentando assim seu desenvolvimento. 
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Processo de elaboração de um plano estratégico: 
a) análise da missão e da situação estratégica atual; onde estamos?
b) análise externa: ameaças e oportunidades do mercado;
c) análise lise interna: pontos fortes e fracos da empresa;
d) Definição da estratégia (visão): para onde devemos ir?
a) Análise da missão
O primeiro segredo para o sucesso de uma empresa é definir a verdadeira 
natureza do negócio. Porque um empreendimento só irá surgir se você 
tiver os objetivos do mesmo bem definido, pois caso contrario você não 
terá uma empresa. Estamos falando do primeiro passo para elaboração do 
planejamento estratégico.
Mesmo as empresas que atuam em cima de “negócios de oportunidade”, 
são considerados negócios, pois se estão atingindo os objetivos do 
empreendimento. Porem não são todas as empresas que conseguem se 
definir, porque não tomam um verdadeiro posicionamento no mercado. Ficam 
fazendo “experiências”. Algumas acertam, outras erram, e vão tentando a 
sorte. Mas nem sempre acertam e acabam fechando.
Para atingir um mercado, o primeiro passo é sabermos exatamente qual é 
a nossa especialidade. Como citamos anteriormente, isso servirá para o 
desenvolvimento do processo estratégico.
Exemplo de missão de empresa, dentro de sua filosofia essencial:
“Nossa missão é colocar no mercado produtos e serviços da melhor qualidade 
possível para satisfação das necessidades dos clientes”. 
b) Análise externa 
Quando um avião decola, independente de qual é o seu destino, o piloto tem 
em suas mãos um plano de vôo. Neste documento, constam informações 
sobre a aeronave, o aeroporto de partida, o de destino, além da rota e das 
condições de vôo. Conhecer estes dados permite ao comandante traçar uma 
linha de ação clara que ajudará a manter a segurança dos passageiros e da 
tripulação. 
Em uma empresa, o conceito é semelhante. Um bom planejamento permite 
ao empreendedor guiar o seu negócio com mais segurança para alcançar 
bons resultados. Em um empreendimento, um planejamento tem a mesma 
função que o plano de vôo em um avião. 
A leitura do cenário atual em que vive a economia, a política o mercado que 
atua ou ira atuar é fundamental para a empresa que pretende trilhar um 
caminho mais estável. O plano não é uma garantia plena de sucesso. Como 
em um avião, no entanto, trabalhar com um planejamento claro reduz riscos.
c) Análise interna: pontos fortes e fracos da empresas
Nesta fase da analise devemos fazer uma revisão dos nossos prontos 
fracos e fortes, (sim é isto mesmo, primeiro os seus pontos, pois você é 
um empreendedor) e se a empresa já existe, os pontos da empresa. É a 
oportunidade de olharmos para dentro, fazendo assim uma análise sobre 
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nossas virtudes e defeitos. Tudo é importante. Esse momento é como se nos 
olhássemos no espelho, relatando exatamente aquilo que está refletido nele. 
Após esta análise devemos sempre ter em mente a necessidade de sempre 
reler o que até aqui foi escrito e verificar o que devemos adaptar e mudar, 
para atingir as nossas expectativas e desejos. 
d) Definição de estratégias: (Visão) para onde devemos ir?
As pessoas são diferentes, pensam e agem diferentemente das demais, 
sendo as organizações composta por pessoas, elas também pensam e agem 
diferentes das demais, assim, cada qual busca uma direção diferente, ou tem 
uma visão diferente de futuro.
Não há receita de como e onde obter uma boa administração, mas, com 
certeza, existem formas de ação que podem contribuir para encurtar o período 
de busca e torná-lo mais produtivo,na busca de seus objetivos.
Definir uma “visão” de futuro ou simplesmente uma direção para onde ir, faz 
toda a diferença no desenvolvimento e no sucesso de um empreendimento.
É fundamental que individualmente ou participando de grupos, disponha-
se a buscar, com determinação, o maior número de informações sobre o 
negócio e suas perspectivas de mercado, para tomar decisões acertadas e 
traças ações futuras.
Lembre-se: “Informação é a base do conhecimento”.
VOCÊ SABIA?
No Brasil, 32 % dos novos empresários decidiram abrir seu próprio negócio 
porque estavam desempregados ou insatisfeitos no emprego. Esse é um dado 
que não tem muito a ver com o espírito empreendedor. Entre os empresários 
paulistas, 45% não procuram identificar seus clientes antes de abrir a empresa. 
(O motivo, entre os empresários que faliram: 16% achavam desnecessário, 14% 
alegaram falta de experiência, 12% resolveram correr o risco e 8% nem sequer 
tinham pensado nesse assunto, isso sim é o que se pode chamar de aventura.) 
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REFLITA!
Se eu for viajar, preciso sentir-me seguro?
Não se importe em correr riscos, ele faz parte do seu cotidiano, pois o 
planejamento adequado, ira diminuir estes riscos.
Simplesmente imagine sua viajem, verifique quais os possíveis riscos ou 
“contratempos” que você poderá ter com o seu veículo da sua casa ate o seu 
destino:
 Verifique sempre:
 - os pneus;
 - seus documentos;
 - o combustível, água e óleo do motor;
 - tenha sempre uma mapa do local onde você irá;
 - lista de telefones úteis; 
 - roupas que irá utilizar
Viu como é simples o tal Planejamento?
Análise SWOT ou FOFA
A Análise SWOT, também conhecida e amplamente aplicada no Brasil, pelo 
nome Análise FOFA, siglas que em português significam: Forças, Fraquezas, 
Oportunidades e Ameaças, que derivam do idioma inglês, que por sua vez 
significam: Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats.
A Análise SWOT, – ou Matriz SWOT – foi desenvolvida na década de 60 por 
Albert Humphrey, que na Universidade de Stanford, liderou um projeto de 
pesquisa onde analisou e cruzou sistematicamente os dados das 500 maiores 
corporações relatadas pela revista Fortune da época, utilizando um método 
que, rapidamente, se transformou em um exercício utilizado por todas as 
principais empresas do mundo na formulação de suas estratégias.
A Análise SWOT é um sistema simples de analise que visa posicionar ou 
verificar a posição estratégica de uma determinada empresa em seu ramo 
de atuação, e devido sua simplicidade metodológica pode ser utilizada para 
fazer qualquer tipo de análise de cenário ou ambiente, desde a criação de um 
site à gestão de uma multinacional.
Podemos dizer então que o conceito da Análise SWOT está em sua ampla 
utilização como método de gestão para o estudo dos ambientes interno e 
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externo da empresa através da identificação e análise dos pontos fortes e 
fracos da organização, e das oportunidades e ameaças às quais ela está 
exposta. Faz parte do conceito de Analise SWOT também a identificação 
assertiva dos fatores que influenciam no funcionamento da organização 
fornecendo informações bastante úteis no processo de seu planejamento 
estratégico.
Pode-se dividir a análise SWOT em duas partes: ambiente interno, onde serão 
identificados os pontos fortes e os fracos, e a análise do ambiente externo, 
onde estão as ameaças e as oportunidades.
O ambiente interno da empresa é formado pelo conjunto de recursos 
humanos, financeiros, físicos, entre outros, sobre os quais é possível exercer 
maior controle, pois são resultado  de estratégias definidas pela direção. 
Nesse ambiente é possível identificar os pontos fortes, correspondentes 
aos recursos e capacidades que juntos se transformam em uma vantagem 
competitiva para a empresa em relação aos seus concorrentes, e os pontos 
fracos que são as deficiências que a empresa apresenta em comparação com 
seus concorrentes atuais ou em potencial.
Já o ambiente externo é composto por fatores que existem fora dos limites 
da organização e, que de alguma forma, exercem influência sobre ela. Este 
é um ambiente sobre o qual não existe controle, porém deve ser monitorado 
continuamente, pois é base para o planejamento estratégico.
A análise do ambiente externo é comumente dividida em fatores macro 
ambientais (questões políticas, demográficas, tecnológicas, econômicas etc.) 
e fatores micro ambientais (fornecedores, parceiros, consumidores e etc) que 
devem ser constantemente acompanhados, antes e após a definição das 
estratégias da empresa. Desta forma, por meio deste acompanhamento será 
possível identificar em tempo hábil as oportunidades e as ameaças que se 
apresentam.
Finalmente, se considerarmos que os fatores externos influenciam de 
forma homogênea todas as empresas que atuam em um mesmo mercado, 
podemos afirmar que somente aquelas que conseguirem melhor identificar 
as mudanças e tiverem agilidade para se adaptar é que conseguirão tirar 
melhor proveito das oportunidades sofrendo uma menor quantidade de 
danos e ameaças.
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FONTE: http://pmkb.com.br/artigo/a-analise-swot-no-gerenciamento-de-riscos/
Plano de negócios 
Plano de negócios (do inglês Business Plan), também chamado “plano 
empresarial”, é um documento que especifica, em linguagem escrita, um 
negócio que se quer iniciar ou que já está iniciado.
Geralmente é escrito por empreendedores, quando há intenção de se iniciar 
um negócio, mas também pode ser utilizado como ferramenta de marketing 
interno e gestão. Pode ser uma representação do modelo de negócios a ser 
seguido. Reúne informações tabulares e escritas de como o negócio é ou 
deverá ser.
De acordo com o pensamento moderno, o plano de negócio é um documento 
vivo, no sentido de que deve ser constantemente atualizado para que seja útil 
na consecução dos objetivos dos empreendedores e de seus sócios.
O plano de negócios também é utilizado para comunicar o conteúdo 
aos investidores de risco, que podem se decidir a aplicar recursos no 
empreendimento.
O Plano de Negócios (PN) será assunto de um capitulo específico de nossa 
disciplina.
Business Model Canvas ou simplesmente CANVAS
O Business Model Canvas, mais conhecido como Canvas, é uma ferramenta 
de planejamento estratégico, que permite desenvolver e esboçar modelos 
de negócio novos ou existentes. O Business Model Canvas é uma ferramenta 
muito útil para definir o Modelo de Negócios de uma empresa ou de qualquer 
projeto em que você for trabalhar. 
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Um modelo de negócios é o modo como nossa empresa vai criar valor, 
entregá-lo a nossos clientes e gerar renda no processo. O diferencial da Tela 
é que mostra em 9 blocos, de forma integrada e visual, todos os aspectos 
a ter em conta numa empresa, além de servir como ponto de referência 
e linguagem comum na hora de trabalhar nas nossas hipóteses. 
É um mapa visual pré-formatado contendo nove blocos, são eles:
FONTE: http://viversemchefe.com/melhor-do-que-um-plano-de-negocio-o-business-
model-canvas/
Os 9 blocos são acompanhados por uma serie de perguntas que ajudam a 
definir o conteúdo. São os seguintes:
1. Segmentos de mercado: Para quem criamos valor? Quem são os nossos 
clientes mais importantes?
2. Proposta de valor: Que valor proporcionamos aos nossos clientes? Que 
problemas dos nossos clientes ajudamos a solucionar? Que necessidades 
dos nossos clientes satisfazemos? Que pacote de produtos ou serviços 
oferecemos a cada segmento de mercado?
3. Canais de comercialização: Através de quais canais nosso segmento de 
clientes quer ser alcançado? Como estamos alcançando eles no momento? 
Como estão integrados nossos canais? Quais funcionam melhor? Quais são 
mais eficientes em custo? Como estamos integrando-os com os hábitos de 
nossos clientes?
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4. Relação om os clientes: Que tipo derelação esperam os diferentes 
segmentos de mercado? Que tipo de relação temos estabelecido? Qual é o 
custo delas? Como elas se integram em nosso modelo de negócio?
5. Fontes de renda: Por que valor estão dispostos a pagar nossos clientes (por 
segmentos)? Por que pagam atualmente? Como eles pagam atualmente? 
Como eles gostariam de pagar? Quanto reportam as diferentes fontes de 
renda ao total da renda?
6. Recursos chave: Que recursos chave requerem nossas propostas de valor, 
canais de distribuição, relações com clientes e fontes de renda?
7. Atividades chave:  Que atividades chave requerem nossas propostas de 
valor, canais de distribuição, relações com clientes e fontes de renda?
8. Parcerias chave:  Quem são nossos parceiros chave? Quem são nossos 
fornecedores chave? Que recursos chave adquirimos dos nossos parceiros? 
Que atividades chave realizam nossos parceiros?
9. Estrutura de custos:  Quais são os custos mais importantes inerentes 
ao nosso negócio? Quais são os recursos chave mais caros? Quais são as 
atividades chave mais caras?
O CANVAS é um meio criativo e prático para o empreendedor definir seu 
modelo de negócios, sem perder muito tempo.
Lembremos que: Estamos sempre buscando uma qualidade de vida melhor. A 
decisão de tocar seu próprio negocio deve ser clara. De início, é a sua decisão 
principal e é importante ter criatividade, organização e muita informação 
sobre as possibilidades existentes. Criatividade é essencial. 
Técnicas para desenvolver a criatividade
1. Brainstorm: a técnica da “tempestade de ideias” é um processo que permite 
gerar um conjunto de ideias, associações e conceitos livres e aleatórios que 
vistos de fora poderão parecer sem nexo. Contudo, e por se tratar de uma 
técnica onde as ideias flúem sem qualquer censura, permite bons resultados 
em termos de criatividade. A velocidade do processo permite ultrapassar 
o circuito lógico do hemisfério esquerdo do nosso cérebro, permitindo o 
surgimento de ideias imaginativas vindas do hemisfério direito – o lado criativo. 
Deste processo nascem muitas vezes soluções para problemas ou produto/
serviço especialmente inovador.
2. Potenciar o surgimento de ideias: esta estratégia consiste em reunir o 
máximo de informação possível sobre determinado problema (através da 
leitura, de conversas com outras pessoas entendidas nesse assunto, etc.). 
Depois deverá pensar sobre esse tema durante o tempo necessário ao 
surgimento de uma ideia. A solução encontrada é razoável? Em caso afirmativo, 
experimente-a. Caso contrário continue a pensar. Se resultar óptimo, senão, 
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recomece o processo até que surja uma ideia. O importante é aprender a não 
colocar obstáculos à sua mente.
3. Estimular o lado criativo do cérebro: existem técnicas que permitem 
“desligar” o lado lógico do cérebro permitindo o livre trabalho do nosso lado 
criativo. Uma dessas formas é escrever ou desenhar algo com a mão não-
dominante, deixando o instinto conduzir os músculos. O que de aqui resultar 
é um produto do seu lado criativo. Outra possibilidade é fechar os olhos e 
desenhar o que visualiza na sua mente. Poderá ainda escrever os seus 
pensamentos diariamente, à medida que vão surgindo. As ideias deverão 
fluir livremente procurando não fazer qualquer juízo de valor. Quanto mais 
praticar esta técnica mais facilidade terá em deixar fluir as suas ideias, pensar 
de forma abstrata e em tomar decisões. A sua mente está progressivamente 
mais aberta a novas ideias e menos preconceituosa.
4. Relaxe e medite: o pensamento lógico gera ondas beta no cérebro enquanto 
que a meditação e o relaxamento produzem ondas alfa que têm muitos efeitos 
positivos entre os quais se inclui o pensamento criativo. Existem técnicas de 
respiração que ajudam a libertar a mente e a mudar a atividade cerebral de 
ondas beta para alfa. Ouvir melodias simples e suaves também ajuda a mudar 
a frequência das ondas cerebrais.
5. Faça qualquer coisa fora de contexto: ser criativo é estar aberto a novos 
pensamentos e experiências. Tente quebrar algumas rotinas fazendo algo 
que nunca fez, algo simples como alterar a rota para o emprego ou sentar-se 
num diferente lugar à mesa. Ficará surpreendido com o efeito criativo que as 
pequenas mudanças conseguem provocar.
6. Uma experiência interessante pode ser pedir a ajuda de uma criança ou de 
uma familiar mais velho na resolução de um problema particularmente difícil. 
A criança sem o constrangimento do conhecimento e a pessoa mais velha 
com a sabedoria da experiência poderão trazer algo de novo ao problema e 
novas perspectivas que se poderão revelar bastante úteis e inspiradoras. 
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As quatro funções e a função empreender 
Podemos identificar quatro funções básicas no processo de iniciação 
na tomada de decisões das futuras organizações: Produzir, Administrar, 
Empreender e Integrar. 
 A função P - Produzir está associada àquilo para o qual a organização foi 
concebida e direciona sua existência, ou seja, que tipo de negócio você 
pretende montar. Neste item devemos “imaginar” e “concretizar” quais os 
produtos/serviços que vamos oferecer ao mercado, com suas respectivas 
inovações e agregações de valores. 
 
A função A - Administrar, colocar o projeto dentro de um padrão de sistema 
de controle, projetar rotinas internas e externas de trabalho, bem como 
programar as atividades da futura empresa. 
A função E - Empreender, aqui cabe ao empreendedor fazer prognósticos e 
tentar, de certa forma administrativa, fazer uma projeção do futuro, tratando o 
que irá acontecer com seu produto ao ser lançado, pós-lançamentos e todo 
um planejamento do empreendedorismo. 
 
A função I - Integrar, aos aspectos gerais do produto e afinidades da empresa. 
Vê-se, pois, que os variados aspectos da atividade empreendedora exigem um 
“mix” adequado da essência das quatro funções básicas para se empreender 
um negócio com êxito. 
Um negócio exclusivamente projetado e feito na função P (Produzir) - enfoca 
sua tarefa com extrema dedicação e diligência, mas não dispõe de qualquer 
habilidade administrativa, de planejamento e/ou de integração com seus 
colaboradores. 
Um negócio projetado exclusivamente na função A (Administrar) - provoca 
excesso de burocracias em processos e controles internos e externos. 
Um negócio projetado e desenvolvido exclusivamente na função E 
(Empreender) - pode ser comparada a um “incendiário” que alimenta a 
organização com novas idéias a todo o momento, porém, não conseguem 
planejar qualquer conjunto de ações capaz de implementá-las. 
Um negócio exclusivamente I (Integrar) - caracteriza-se pela simpatia à prática 
de uma “politicagem” e está fadada à geração de conflitos entre os futuros 
colaboradores. 
Essas funções aparentemente não têm sido reconhecidas como igualmente 
importantes. De fato, à função P (Planejar) muita atenção tem sido dada já 
há bastante tempo. O mesmo se pode dizer quanto à função A (Administrar), 
em tempos mais recentes. A função I (Integrar), em menor grau. A função E 
(Empreender) tem sido tradicionalmente tratada como o primo pobre por 
alguns que pretendem desenvolver e iniciar seu próprio negócio, ou mesmo 
muitos desconhecem estes elementos inicias para um bom começo. 
 
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Muitas pessoas começam a empreender seus projetos sem a mínima noção e 
acabam por erros básicos de administração, e até mesmo erros de diretrizes 
pessoas e condutas incoerentes não conduzindo seus negócios até o seu 
final.
Outras, até escolhem o negócio certo, mas o instalam no local errado. Muitos 
erram na qualidade, no preço do produto ou, ainda, no atendimento e são 
engolidos pela concorrência. O importante, porém, é perceber que a maior 
parte desses e de outros erros podem ser evitados planejando o negócio.
Podemos com estes temas abordados ter uma breve noção do mundo 
complexo que é empreender.Algumas dicas aqui expostas são necessárias 
e precisam ser seguidas corretamente, pois a negligência pode decretar o 
fracasso do seu empreendimento. 
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CAPÍTULO
5 pLAnos dE nEgócios: UmA VisÃo gErAL. o 
QUE é E pArA 
QUE sErVE?
Como já vimos anteriormente, o Plano de negócios (Business Plan), também 
chamado de “plano empresarial”, é um documento que especifica, em 
linguagem escrita, um negócio que se quer iniciar ou que já está iniciado.
De acordo com o pensamento moderno, o plano de negócio é um documento 
vivo, no sentido de que deve ser constantemente atualizado para que seja útil 
na consecução dos objetivos dos empreendedores e de seus sócios.
Geralmente é escrito por empreendedores, quando há intenção de se iniciar 
um negócio, mas também pode ser utilizado como ferramenta de marketing 
interno e de gestão. Pode ser uma representação do modelo de negócios a 
ser seguido. Reúne informações tabulares e escritas de como o negócio é ou 
deverá ser.
O plano de negócios também é utilizado para comunicar o conteúdo 
aos investidores de risco, que podem se decidir a aplicar recursos no 
empreendimento ou não, de acordo com as informações apresentadas.
Segundo o Sebrae, um plano de negócio é um documento que descreve por 
escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que 
esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas.
O plano de negócio pode ser definido ainda como um resumo escrito da 
maneira como o empreendedor pretende atingir suas metas e administrar os 
recursos necessários para que obtenha o sucesso desejado, transformando-o 
num plano de sucesso (Ferreira, 2003).
Na visão de Chiavenato (2006), o plano de negócios é um conjunto de dados 
e informações sobre o futuro empreendimento, que define as suas principais 
características para proporcionar uma análise da sua viabilidade bem como de 
seus riscos. Um pequeno check list para não permitir que nada seja esquecido.
Chiavenato (2006) ainda complementa que: o plano de negócios permite 
melhorar as condições de planejamento, organização, direção, avaliação e 
controle do negócio. Vale lembrar que o plano de negócios não é estático e, 
para maximizar os beneficios de sua utilização, é importante realizar revisões 
continuas e atualizá-lo de acordo com as mudanças ocorridas tanto no 
ambiente externo quanto no ambiente interno. 
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Já para Dolabela (2008), é através do plano de Negócios que o administrador 
consegue definir os rumos atuais e futuros de seu empreendimento, onde o 
principal usuário do plano de negócios é o próprio empreendedor, que está 
diante de uma ferramenta que o faz mergulhar profundamente na análise de 
seu negócio, diminuindo sua taxa de risco e subsidiando suas decisões.
Para Dornelas (2005), a necessidade de criação de um plano de negócios 
advém da necessidade do empreendedor de planejar suas ações e 
delinear as estratégias da empresa a ser criada. Porém, é utilizado também 
como instrumento de captação de recursos financeiros junto as entidades 
responsáveis. 
Ainda Dornelas (2005, p.128) expõe os seis principais motivos de se preparar 
um plano de negócios: 
1. Entender e estabelecer diretrizes para seu negócio. 
2. Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões 
acertadas. 
3. Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas 
quando necessário. 
4. Conseguir financiamento e recursos junto a bancos, 
governos, Sebrae, investidores, capitalistas de risco etc. 
5. Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial 
competitivo para a Empresa.
6. Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa 
e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, 
clientes, bancos, investidores, associações etc.). 
Chiavenato (2006, p.123) explica quais são os passos para o desenvolvimento 
de um plano de negócios: 
1. Fazer a análise completa do setor em que a nova empresa 
irá funcionar, levando em conta o perfil do cliente, 
as características do mercado, as características da 
concorrência e o cenário econômico, social e tecnológico 
no qual a empresa está inserida. 
2. Fazer um levantamento completo sobre as características 
do novo empreendimento, analisando as características 
do produto/serviço a ser ofertado, o preço e as condições 
de venda, a formatação jurídica do empreendimento e a 
estrutura organizacional. 
3. Elaboração do plano estratégico para o novo 
empreendimento colocando em perspectiva a definição 
da missão, visão e dos valores da empresa, a definição do 
negócio, a determinação dos objetivos estratégicos de 
longo prazo e o estabelecimento da estratégia do negócio. 
4. Elaboração de um plano operacional para o novo 
empreendimento colocando em perspectiva a previsão 
de demanda, o planejamento da produção, a previsão de 
despesas gerais e fluxo de caixa e o balancete simulado. 
5. Criação de um resumo executivo, condensando o resumo 
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de todas as informações acima relatadas. 
6. Revisão cuidadosa de todo o conjunto para obter 
consonância, analisando sua viabilidade e confiabilidade. 
Podemos afirmar que são vários os benefícios e as necessidades de elaboração 
de um plano de negócios frente da difícil tarefa de empreender. 
O empreendedor que se cerca de dados consistentes e fundamentados 
sobre o seu negócio e o mercado em que ele esta inserido esta mais apto 
para conhecer e diminuir os riscos inerentes às novas empresas e aproveitar 
melhor as oportunidades que se apresentam. 
VOCÊ SABIA?
Que um plano de negócios bem elaborado contribui para o estabelecimento 
de uma vantagem competitiva para a empresa, por isso as informações nele 
contidas devem ser verdadeiras e a ideia de negócio deve ser claramente 
descrita. O Plano de Negócio é composto por várias seções, que se relacionam
e permitem entender o negócio de forma ampla e estruturada.
Objetivo do plano de negócios
Segundo Ferreira (2003), “o plano de negócio serve para orientar o 
empreendedor a iniciar uma atividade econômica ou expandir o seu negócio 
numa tomada de decisões estratégica que minimize os riscos já identificados. 
Não se trata de alguma receita de bolo e não garante sucesso empresarial, 
mas seguramente, diminui, e muito, os riscos de fracasso ou insucesso”. 
Para a maioria dos empreendedores, a elaboração do plano de negócios 
tem como principal objetivo a apresentação do empreendimento a possíveis 
futuros parceiros comerciais como sócios, incubadoras e investidores.
Porém, embora sirva muito bem para essa finalidade, consideramos que 
o principal benefício da montagem de um Plano de Negócio está no 
conhecimento adquirido pelo próprio empreendedor durante esse processo. 
Desde que levada a sério, a elaboração do plano de negócios induz a realização 
do planejamento de forma organizada, forçando o empreendedor à reflexão.
Questões como: quem é o comprador do meu produto? É possível produzi-
lo a um custo comercialmente viável? Meu projeto é lucrativo? E inúmeras 
outras questões a serem analisadas, são determinantes para o sucesso 
ou fracasso do empreendimento e a busca por essas respostas tem boas 
chances de gerar conhecimento para o empreendedor, diminuindo incertezas 
e conseqüentemente os riscos para o empreendedor
Pode-se pensar no plano de negócios, como uma série de questões que 
deverão ser respondidas pelo empreendedor de forma a prepará-lo para a 
montagem efetiva do negócio. O quadro mostra a estrutura de um modelo de 
Plano de Negócios elaborado segundo esse conceito:
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Questões para o empreendedor
Note que, de uma forma sintética, praticamente todos os aspectos relevantes 
de um empreendimento foram contemplados. Um empreendedor que seja 
capaz de planejar e responder satisfatoriamente a essas questões, com 
certeza estará melhor preparado para enfrentar o mercado.
Podemosainda afirmar que o Plano de Negócio possui finalidades sob 2 óticas.
A primeira ótica condiz com o sentido interno do empreendimento, ou seja 
para proveito do próprio empreendimento, situação esta que serve para a 
organização das ideias dos empreendedores. Em outras palavras: O mapa do 
percurso. 
O plano serve como ferramenta de orientação na busca de informações 
detalhadas sobre o ramo, produtos e serviços que o empreendimento irá 
oferecer, bem como clientes, concorrentes, fornecedores, pontos fortes e 
fracos do negócio, contribuindo para a identificação da viabilidade da ideia 
e gestão da empresa. Ainda no sentido interno de suas finalidades, o Plano 
de Negócio ajuda o empreendedor a responder a seguinte pergunta: “Vale 
a pena abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”. Além de servir de plano 
operacional, que dirá o que e quando realizar as operações.
Já a segunda ótica, refere-se ao sentido externo do empreendimento, que 
tem a função de informar terceiros. 
O Plano de Negócio é considerado um pré-requisito para se falar com um 
capitalista e/ou outros investidores. Ele é também um documento que pode 
impressionar o banco no momento da solicitação de um empréstimo. Como 
regra geral, quanto mais dinheiro você necessita solicitar aos investidores, 
mais detalhado deverá ser seu Plano de Negócios.
Evidentemente, a montagem de um bom Plano de Negócios não garante o 
sucesso do empreendimento, mas, sem dúvida, representa um importante 
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passo nessa direção.
REFLITA 
Conhecer a fundo o mercado que deseja atuar é essencial na elaboração de 
um plano de negócio. Pesquise sobre o perfil de consumidor que seu produto 
ou serviço atenderá e também sobre os concorrentes. Além disso, o empre-
endedor deve se atentar para a parte financeira do documento. Quais são os 
gastos necessários para que a empresa funcione? Volume de investimento 
inicial, a taxa de rentabilidade, o ponto de equilíbrio e a necessidade de capi-
tal de giro são dados indispensáveis.
Alguns tipos de Plano de Negocios (PN)
No livro Write Your Business, os colaboradores da revista Entrepreneur 
oferecem um guia passo-a-passo fácil para a criação de um plano para a sua 
nova empresa.
Neles, os planos de negócios podem ser divididos basicamente em 4 tipos 
distintos: miniplanos, planos de apresentação, planos de trabalhos e planos 
do que fazer.
O sucesso depende de como você personaliza o seu plano para a sua 
audiência, e como você os configura. Vejamos:
•	 Miniplanos: são resumos de 5 a 10 páginas que explicam quem você é 
e o que pretende realizar. Podem ser os preferidos pelos investidores, 
que podem lê-los rapidamente, até mesmo de seus telefones.
•	 Planos de apresentação: estes são planos criados em PowerPoint, e 
apresentados para potenciais investidores e parceiros de negócios. 
O problema desses planos é que você precisa mostrar como vai 
monetizar o seu negócio de maneira atraente.
•	 Planos de trabalho: esse tipo de plano é usado internamente, para 
ajudar a gerir a sua empresa.
•	 Planos do que fazer: esse plano mostra a banqueiros ou investidores 
o que você tem pensado em fazer, caso seu negócio enfrente cenários 
ruins.
Ainda podemos destacar que os planos de negócios são também, por 
vezes, chamados de planos estratégicos, planos de investimento, planos de 
expansão, planos operacionais, anuais, internos, de crescimento, planos de 
produto, planos de custo e muitos outros nomes. Todos eles são planos de 
negócios.
Em cada uma das diferentes variedades de planos de negócios, o plano 
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retrata a situação específica que pretende traduzir e terá maior ênfase em 
algumas das suas componentes. 
Por exemplo, se está a desenvolver um plano apenas para uso interno, que 
não seja para enviar a bancos ou a investidores, poderá não precisar incluir 
todos os pequenos detalhes que você mesmo já conhece. 
Os tipos mais comuns de Planos de Negócios que encontrará são:
•	 O plano de negócios mais corrente é um Plano Inicial (“Start-up Plan” 
ou “Early Stage Plan”), que irá definir as linhas gerais de uma nova ideia 
de negócio. Ele contemplará tópicos tais como o tipo de empresa, o 
produto ou serviço para o qual está vocacionado, o mercado, eventuais 
exportações,  estratégia de implementação, a equipe de gestão e a 
análise financeira. A análise financeira, no mínimo, incluirá uma projeção 
de vendas, uma demonstração de resultados, o balanço, as projeções 
de cash-flow e, provavelmente, alguns outros quadros importantes. 
O plano começa com o sumário executivo e termina com os anexos 
apresentando os vários tipos de informação que  você considere 
necessária para sustentar adequadamente o seu projeto.
Dado que se trata de um Plano para suportar uma ideia ou negócio não 
existente, algumas componentes são especialmente importantes:
1. A fundamentação da ideia/projeto, face ao mercado alvo, ou seja, 
porque acreditamos que a ideia terá sucesso;
2. A fundamentação técnica da ideia, no caso de produtos, etc.;
3. A credibilidade e experiência da equipe ao nível técnico e de gestão.
•	 Plano de Crescimento ou Plano de Expansão (ou ainda um plano de 
um novo produto - “Later Stage Plan”) focar-se-á numa área específica 
de negócio ou num negócio secundário. Estes planos podem ou não 
ser planos internos, dependendo se são ou não dirigidos para a procura 
de novos financiamentos. Um plano interno, usado para estabelecer as 
linhas de crescimento ou  expansão com recurso à própria empresa, 
poderá não conter os detalhes financeiros de toda a  empresa, mas 
deverá conter, no mínimo, o conjunto de Demonstrações Financeiras 
que se fariam para um Start-up Plan, orientados à nova ideia/produto. 
No entanto, um Plano de Expansão que requeira novos investimentos 
deverá incluir uma descrição exaustiva da empresa e o background da 
equipa de gestão, bem como um plano de apresentação do 
novo projeto/ideia para novos  investidores, com as respectivas 
Demonstrações Financeiras. 
Neste caso, recomenda-se que o Plano seja estruturado de forma incremental, 
ou seja:
1. Explicando e analisando a nova ideia/produto como um negócio 
autónomo;
2. Assumindo todos os proveitos e custos específicos da nova área, sem 
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deixar que a análise seja “contaminada” pela realidade da empresa 
antes do lançamento do novo produto.
A fundamentação da experiência passada da empresa e equipe é crucial, 
para demonstração da  experiência concreta da gestão da mesma e dos 
fundamentos operacionais de suporte ao novo projeto.
•	 Plano de Reestruturação (ou “Turnaround-Plan”) é também um Plano 
de Negócio que inclui um sumário, o seu propósito, as chaves para o 
seu sucesso e uma estrutura muito semelhante aos anteriores, ou seja, 
deverá incluir todos os fundamentos de um plano global. No entanto, 
um Plano de Viabilização de uma Empresa - embora possa incluir o 
lançamento de novas ideias/produtos - deverá estar mais focado em 
outras componentes desse mesmo exercício:
1. Os constrangimentos concretos da empresa na sua fase atual;
2. Uma visão clara das razões que originam os problemas existentes - 
internas ou externas;
3. Um Plano de Implementação bastante mais detalhado e concreto, 
dado que se destina a transformar ativamente uma realidade existente 
e que se assume bem conhecida;
4. As competências e experiência da equipe de gestão envolvida no 
mercado em causa e em processos de viabilização anteriores;
5. Uma ideia clara quanto à forma de reformular o Plano de Financiamento 
da Empresa.
Além destes 3 tipos base de Planos de Negócios existirão variações ou sub-
conjuntos dos mesmos, que assumirão um papel importante em diferentes 
fases de vida ou em diferentes níveis da Empresa e que  descrevemos 
brevemente:
1. Plano Estratégico é também, normalmente, um plano interno, sendo 
no entanto, mais focado nas decisõesde alto nível e estabelecendo 
as principais prioridades, mais do que em datas detalhadas 
e responsabilidades específicas. Decorrerá, tipicamente, da afinação e 
detalhe da Visão definida e aprovada no Plano de Negócios.
2. Planos Internos não são dirigidos a investidores exteriores, bancos ou 
terceiros. Podem não incluir descrições detalhadas da companhia ou 
da equipa de gestão. Podem também não incluir projeções financeiras 
detalhadas que se traduzam em previsões ou orçamentos. Devem, isso 
sim, incluir tópicos específicos e planos de ação dirigidos à área a que 
reportam - Exemplos: Plano de Lançamento de um Produto, Plano de 
Marketing, Plano de Qualidade, etc.
3. Plano Operacional é, normalmente, um plano interno, e pode também 
ser chamado de plano  interno ou plano anual. Normalmente, será 
mais detalhado no que diz respeito à implementação de  objetivos, 
datas, “deadlines” e responsabilidades das equipas e dos gerentes. 
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Poderá incluir detalhes e definições de ordem técnica, em função da 
especificidade de cada negócio.
#FICA A DICA!
Atualmente, com os avanços tecnológicos já é possível encontrar livros e sites 
com exemplos e modelos de planos de negócios disponíveis na internet. Por 
exemplo, se a sua ideia de negócio é abrir um restaurante, é possível encon-
trar na internet planos de negócios específicos de restaurantes.
O SEBRAE oferece todo o apoio e vasto conhecimento sobre Plano de Negó-
cios. Visite o site: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae
Para saber mais detalhes sobre a melhor maneira de criar o plano de negó-
cios ideal para o seu negócio, assista o vídeo do SEBRAE: https://www.youtu-
be.com/watch?v=h7pa-JhoCno
Por que escrever um Plano de Negócios (PN)?
A tarefa de escrever um plano de negócios não é uma tarefa fácil. Isso se 
você nunca escreveu um e não tem a menor idéia de como começar. Nossa 
intenção e é tornar esta tarefa, que por sinal é muito importante, em algo que 
com certeza irá permitir a você futuro empreendedor um conhecimento claro 
da estrutura do seu negócio.
Lembre-se, informação nunca é demais, pois estamos falando de algo que 
poderá ser o início de um grande projeto de vida.
Com um plano de negócios é possível identificar os possíveis riscos, e tentar 
minimizá-los ou mesmo evitá-los. Nele você encontrará seus pontos fortes, 
conhecerá seu mercado, e terá uma plena idéia em relação ao desempenho 
financeira da empresa.
O PN não é estático, deve ser constituído como um ferramenta dinâmica, 
flexível, onde você devera revê-lo e atualizá-lo constantemente.
Infelizmente no Brasil por falta de informação, o PN não é difundido, ao 
contrário de outras paises onde ele passa a ser a principal ferramenta para 
o futuro negócio. Com o apoio do Governo Federal e de outras instituições, 
o SEBRAE, por exemplo, na promoção e divulgação com cursos e ampla 
campanha para a formação de empreendedores essa situação tem mudado, 
pois sem um PN bem elaborado, você fica impedido de alocar recursos para 
o empreendimento.
Por essa razão, é necessário que se entenda o que significa escrever um PN, 
como proceder, o que escrever e como utilizá-lo para as diversas finalidades 
a que se propõe. O PN irá abrir as portas para os constantes contatos da área 
financeira que você inevitavelmente terá pelos seus caminhos, pois ele será o 
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cartão de visitas da empresa. 
Uma das finalidades principais do PN é o Estudo de viabilidade, é a partir deste 
estudo que você conseguirá reunir elementos necessários para mostrar ate 
que ponto o seu negócio é viavel principalmente pelo ponto de vista financeiro.
Sem sombra de dúvida o mercadológico e operacional também irão fazer 
parte das suas necessidades. O importante é colocar no papel antes de tornar 
realidade.
Como um aspecto de planejamento inicial e preparação, o estudo de 
viabilidade envolve:
•	 Todas as pessoa interessadas no assunto.
•	 Estimula a criatividade que servira para superar os paradigmas.
•	 Permite, desde o início, manter-se um histórico das atividades 
do projeto e provê um ponto de referência para o pessoal que 
futuramente estará gerindo o projeto; 
A viabilidade econômico-financeira é um parecer sobre a viabilidade ou não 
do investimento planejado. É a etapa mais técnica e necessita da colocação 
em pratica dos conhecimentos apreendidos.
REFLITA 
Para entender melhor: 
“Com muitos cálculos pode-se vencer. Com poucos não se pode. Que chances 
têm quem não faz nenhum” (Sun tzu, 186,pg 114).
PÁGINA 56
CAPÍTULO
conhEcEndo A 
EsTrUTUrA do pLAno 
dE nEgócios
6
Lembremos que um plano de negócio é um documento que descreve por 
escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que 
esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um 
plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés 
de cometê-los no mercado. 
Lembremos ainda que, a preparação de um plano de negócio não é uma 
tarefa fácil, pois exige persistência, comprometimento, pesquisa, trabalho 
duro e muita criatividade. Boa sorte, ou melhor dizendo, bom trabalho! E tenha 
claro que começar já é a metade de toda a ação.
Existe um velho ditado que diz: “Se quiser que algo seja bem-feito, faça você 
mesmo.” Nada mais certo do que essa expressão popular, principalmente 
quando se trata da elaboração de um plano de negócio. 
Elaborando pessoalmente o seu plano de negócio, você tem a oportunidade 
de preparar um plano sob medida, baseado em informações que você 
mesmo levantou e nas quais pode depositar mais confiança. Quanto mais 
você conhecer sobre o mercado e sobre o ramo que pretende atuar, mais 
bem-feito será seu plano.
Existem alguns tipos de estrutura de plano de negócios, variando conforme o 
autor, o tipo de empresa e objetivo a que ele se destina. Segue alguns tipos 
diferentes de estrutura de plano de negócios. 
Chiavenato (2006) apresenta a seguinte estrutura: 
1. Sumário executivo 
2. Descrição da empresa 
3. Definição do Negócio 
4. Plano de marketing 
5. Aspectos de Recursos Humanos 
6. Aspectos Operacionais 
7. Aspectos Econômico-Financeiros
 
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Dornelas (2005) sugere a seguinte estrutura de plano de negócios para 
pequenas empresas prestadoras de serviço: 
1. Capa 
2. Sumário 
3. Sumário Executivo 
4. O Negócio 
4.1 Descrição do Negócio 
42 Descrição dos Serviços 
4.3 Mercado 
4.4 Localização 
4.5 Competidores (concorrência) 
4.6 Equipe Gerencial 
1.7 Estrutura Funcional 
5. Dados Financeiros 
5.1 Fontes de Recursos Financeiros 
5.2 Investimentos Necessários 
5.3 Balanço Patrimonial (projeto para três anos) 
1 4 Análise do Ponto de Equilíbrio 
5.5 Demonstrativo de Resultados (projetado para três anos) 
5.6 Projeção de Fluxo de Caixa (horizonte de três anos) 
5.7 Análise de Rentabilidade 
6. Anexos 
VOCÊ SABIA?
Que hoje, existem várias maneiras de montar um plano de negócio com a aju-
da de ferramentas gratuitas. A Endeavor tem um ebook que mostra quais são 
os pontos fundamentais que não devem ficar de fora do documento.
Outro exemplo é o software Plano de Negócios do Sebrae. Indicado tanto 
para pessoas que têm uma ideia de negócio, mas não sabem se ela é viável, 
quanto para empresários que desejam expandir os negócios. O download é 
gratuito e pode ser feito no site da instituição.
O Plano de Negócio é composto por várias seções que se relacionam e 
permitem um entendimento global do negócio de forma escrita e em poucas 
páginas. A seguir, encontra-se uma descrição resumida, mas sem perder a 
essência, de cada uma das seções do Plano de Negócio.
Dentre todos os modelos de Plano de Negócios existentes, o modelo do 
SEBRAE é um dos mais utilizados e também indicado para qualquer tipo de 
empreendedor, principalmente para os mais inexperientes, por sua plataforma 
interativa e muitosimples. Como veremos a seguir:
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A estrutura básica de um plano de negócios, geralmente é formada por:
- Capa – informações necessárias e pertinentes. 
Uma capa é simplesmente uma capa, nela você escreve o título do seu 
documento e pronto, correto? Não, muito pelo contrário, a capa de um plano 
de negócios e o cartão de visitas da sua empresa, essa capa ser visualmente 
agradável e deve passar as informações certas para que a pessoa que 
receber o plano de negócios seja com qualquer um dos objetivos de um 
sinta-se atraída a lê-lo. A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais 
importantes do Plano de Negócio, pois é a primeira coisa que é visualizada 
por quem lê o seu Plano de Negócio, devendo portanto ser feita de maneira 
limpa e com as informações necessárias e pertinentes. 
Se sua empresa já existe provavelmente ela tem uma marca, portanto seria 
ótimo incluir essa marca na capa do seu plano de negócios, dessa forma 
quem for ler saberá antes de ler qualquer palavra de quem veio esse plano 
de negócios e se lhe interessa ou não, se sua empresa não existe ainda e não 
tem uma marca essa seria uma ótima hora para encontrar algo que represente 
a idéia por trás dessa empresa, não precisa necessariamente ser a marca final 
dessa empresa, mas algo que transcreva visualmente essa empresa.
Juntamente com a marca da empresa você terá o título do documento, que 
será “Plano de Negócios” pois uma pessoa que recebe esse documento 
deverá somente pela capa que aquilo se trata de um plano de negócios, da 
empresa cuja marca está estampada nele, caso isso ainda não deixe claro do 
que se trata aquele plano de negócios você poderá incluir um subtítulo com 
uma frase curta sobre o que essa empresa faz, no caso da minha empresa 
seria algo do tipo “Desenvolvimento de Sistemas para Web”.
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Além desses itens essa capa deverá ter um rodapé no qual vão estar os dados 
de contato da empresa, pois não adianta nada um investidor receber seu 
plano de negócios, achar a ideia ótima, ter milhões de dolares para investir 
nela, mas não conseguir encontrá-lo para dar essa maravilhosa notícia. Esses 
dados de contato devem incluir, site, e-mail, telefone e endereço caso todos 
existam. Além disso esse rodapé devera conter o nome de quem o escreveu, 
e seu cargo na empresa, seguido da data de criação, a informação de versão 
desse documento (algo do tipo versão 1, ou versão 2), e o número de copias 
desse documento (no formato “Copia X de X”).
- Sumário - deve conter o título de cada seção do PN e a página respectiva 
onde se encontra. O sumário deve conter o título de cada seção do Plano de 
Negócio e a página respectiva onde se encontra. 
 
- Sumário Executivo – decidira se o leitor continua ou não a ler o seu PN. 
Inclui missão e visão do negocio - breve relatório sobre os sócios do 
empreendimento, breve relatório sobre os recursos financeiros necessários. 
O Sumário Executivo é a principal seção do seu Plano de Negócio. Através do 
Sumário Executivo é que o leitor decidirá se continua ou não a ler o seu Plano 
de Negócio. Portanto, deve ser escrito com muita atenção, revisado várias 
vezes e conter uma síntese das principais informações que constam em seu 
Plano de Negócio. Deve ainda ser dirigido ao público alvo do seu Plano de 
Negócio e explicitar qual o objetivo do Plano de Negócios em relação ao leitor 
(ex.: requisição de financiamento junto a bancos, capital de risco, apresentação 
da empresa para potenciais parceiros ou clientes etc.). O Sumário Executivo 
deve ser a última seção a ser escrita, pois depende de todas as outras seções 
do plano para ser feita. 
- Planejamento Estratégico do Negócio - irá definir: rumos, situação atual, 
suas metas e objetivos, premissas do planejamento, de longo prazo.
A seção de planejamento estratégico é onde você define os rumos de sua 
empresa, sua situação atual, suas metas e objetivos de negócio, bem como a 
descrição da visão e missão de sua empresa. É a base para o desenvolvimento 
e implantação das demais ações de sua empresa. 
- Descrição da Empresa - seu histórico, crescimento/faturamento dos 
últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura organizacional, localização, 
parcerias, etc.. Se não tiver estas informações fornecer uma estimativa.
Nesta seção você deve descrever sua empresa, seu histórico, crescimento/
faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura 
organizacional, localização, parcerias, serviços terceirizados etc. 
- Produtos e Serviços - quais são como são produzidos, ciclo de vida, fatores 
tecnológicos envolvidos, pesquisa e desenvolvimento, principais clientes 
atuais, se detém marca e/ou patente de algum produto etc. 
Nesta seção do seu Plano de Negócio você deve descrever quais são seus 
produtos e serviços, como são produzidos, ciclo de vida, fatores tecnológicos 
envolvidos, pesquisa e desenvolvimento, principais clientes atuais, se detém 
marca e/ou patente de algum produto etc. 
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- Análise de Mercado - através de uma pesquisa de mercado demonstrar 
como esta segmentado o seu produto as características do consumidor, 
análise da concorrência, a sua participação de mercado, os riscos do negócio 
etc. Na seção de Análise de Mercado, você deverá mostrar que conhece muito 
bem o mercado consumidor do seu produto/serviço (através de pesquisas 
de mercado): como está segmentado, as características do consumidor, 
análise da concorrência, a sua participação de mercado e a dos principais 
concorrentes, os riscos do negócio etc. 
 
- Plano de Marketing – como pretende vender seu produto/serviço e 
conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a 
demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do 
produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais 
de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade. O 
Plano de Marketing apresenta como você pretende vender seu produto/
serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar 
a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do 
produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais 
de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade. 
- Plano Financeiro - deve apresentar em números todas as ações planejadas 
de sua empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quanto 
precisa de capital, quando e com que propósito) Deve conter itens como 
fluxo de caixa, balanço, ponto de equilíbrio, necessidades de investimento, 
lucratividade prevista, prazo de retorno sobre investimentos etc. A seção de 
finanças deve apresentar em números todas as ações planejadas de sua 
empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quanto precisa de 
capital, quando e com que propósito), de sucesso do negócio. 
Deve conter itens como fluxo de caixa com horizonte de 3 anos, balanço, ponto 
de equilíbrio, necessidades de investimento, lucratividade prevista, prazo de 
retorno sobre investimentos etc. 
- Anexos: Esta seção deve conter todas as informações que você julgar 
relevantes para o melhor entendimento de seu Plano de Negócio. Por isso, 
não tem um limite de páginas ou exigências a serem seguidas. A única 
informação que você não pode esquecer de incluir é a relação dos curriculum 
vitae dos sócios da empresa. Poderá ser anexadas ainda informações como 
fotos de produtos, plantas da localização, roteiro e resultados completos 
das pesquisas de mercado que você realizou, material de divulgação de seu 
negócio, folders, catálogos, estatutos, contrato social da empresa, planilhas 
financeiras detalhadas etc.
PÁGINA 61
FICA A DICA!
O SEBRAE oferece todo o apoio e vasto conhecimento sobre Plano de 
Negócios.
Visite o site e veja como elaborar um plano de negócios passo-a-passo: 
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/como-elabo-rar-um-plano-de-negocio,37d2438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
LEITURA COMPLEMENTAR
Como definir o tamanho ideal do seu plano de negócio
Especialista afirma que muitos investidores já orientam os empreende-
dores sobre o tamanho, o formato e o conteúdo do plano que gostam de 
receber
Por Camila Lam 
access_time 15 abr 2015, 12h20 
É preciso estabelecer um tamanho para o plano de negócios? 
Respondido por Eduardo Vilas Boas, especialista em plano de negócios
Sempre existe a dúvida sobre o tamanho do plano de negócios. Se muito 
extenso ele pode ser prolixo e maçante, se muito curto pode não esclarecer 
tudo que é necessário.
Antes de preocupar-se com o tamanho, o empreendedor deve saber qual 
é a sua finalidade. O tamanho exigido é diferente para os planos que serão 
apresentados a investidores, para os que participarão de concursos ou ainda 
para os que serão utilizados pela própria empresa.
Recomendo que planos de negócios que serão apresentados a investidores 
tenham, no máximo, 20 páginas, sem contar os anexos. Essa é uma 
recomendação geral. 
PÁGINA 62
O empreendedor deve sempre buscar informações específicas sobre o 
investidor que irá abordar. Muitos investidores profissionais já orientam os 
empreendedores sobre o tamanho, o formato e o conteúdo do plano que 
gostam de receber. Essas orientações devem ser seguidas, não ache que o 
seu negócio é uma exceção e merece fugir do padrão. 
No caso dos planos que são feitos para participar de concursos, também é 
preciso seguir a regra, que costuma variar bastante. O concurso da universidade 
americana Wharton exige um plano de, no máximo, sete páginas e o de 
Harvard sugere uma apresentação com até 15 slides e um sumário executivo 
de até três páginas.
A utilização de slides, para fazer um plano bem sucinto, vem sendo muito 
recomendada, tanto em concursos quanto por investidores. Os slides 
devem ser bastante diretos, com pouco texto. Neste caso, recomendo não 
mais do que 15 slides. Mesmo que tenha optado por utilizar apenas slides, é 
recomendável que o empreendedor tenha um plano escrito completo pronto, 
para ser enviado caso mais informações sejam solicitadas.
A única possibilidade de o plano ser extenso é se for elaborado com o intuito 
de ser utilizado pelo próprio empreendedor e pela empresa. Neste caso não 
há limites para o tamanho, mas se muito extenso ele não é interessante. 
Se o empreendedor fizer uma versão extensa e detalhada, sugiro que faça 
uma versão resumida para ser compartilhada com a equipe, por exemplo.
Ter um plano de negócios sucinto é o ideal. Deixar o gostinho de quero mais 
no leitor e ser chamado para uma possível apresentação para esclarecer 
as dúvidas é muito melhor do que cansar o leitor com um plano cheio de 
detalhes irrelevantes. Neste caso, menos é mais.
Eduardo Vilas Boas é empreendedor, doutor em administração de empresas pela FEA/USP, sócio 
da Empreende e criador do site Empreende.vc.
FONTE: http://exame.abril.com.br/pme/como-definir-o-tamanho-ideal-do-seu-plano-
de-negocio/
PÁGINA 63
CAPÍTULO
A imporTânciA dA 
pEsQUisA dE mErcAdo 
E do pLAnEjAmEnTo 
finAncEiro
7
Não que os demais componentes do Plano de Negócios sejam menos 
importantes, mas devemos destacar que através da Análise de Mercado, 
através de uma pesquisa de mercado é que se pode demonstrar como está 
segmentado o produto e as características do consumidor, assim como 
análise da concorrência, a sua participação de mercado, os riscos do negócio 
e etc. E que com base nessa análise é que se elabora o Plano de Marketing, 
que define por exemplo, como se pretende vender seu produto/serviço e 
conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a 
demanda, seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço 
para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e 
estratégias de promoção/comunicação e publicidade. 
E tão importante quanto, o Plano Financeiro é aquele que deve apresentar 
em números todas as ações planejadas de sua empresa e as comprovações, 
através de projeções futuras (quanto precisa de capital, quando e com que 
propósito) Deve conter itens como fluxo de caixa, balanço, ponto de equilíbrio, 
necessidades de investimento, lucratividade prevista, prazo de retorno sobre 
investimentos entre outros.
A Pesquisa de Mercado
Para melhor atender um mercado-alvo, o empreendedor deve dispor de 
informações relevantes sobre seu campo de atuação, seu negócio, sua 
concorrência e especialmente seus futuros clientes. Por isso a necessidade 
de uma Pesquisa de Mercado.
Segundo Izuno (apud MATTAR, 2005, p. 2), “A pesquisa de mercado originou-
se e se desenvolveu nos Estados Unidos da América (EUA) a partir de 1910 
obtendo destaque nas décadas de 50 e 60 sendo até hoje o país que mais 
investe em pesquisas”. 
Kotler (2000, p. 125), afirma que a pesquisa de mercado ou pesquisa de 
marketing “corresponde à elaboração, à coleta, à análise e à edição de 
relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação 
específica de marketing enfrentada por uma empresa”.
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E segundo o IBOPE (2007, p. 1): 
a pesquisa de mercado é a melhor e mais confiável ferramenta 
para obtenção de informações representativas sobre determinado 
público-alvo. Além de permitir o teste de novas hipóteses, conceitos 
ou produtos, a pesquisa de mercado auxilia na identificação de 
problemas e oportunidades e ajuda a traçar perfis de consumidores 
e mercados. 
O processo de Pesquisa de Mercado consiste na definição do problema e 
dos objetivos de pesquisa, desenvolvimento do plano de pesquisa, coleta de 
informações, análise das informações e apresentação dos resultados para 
administração do negócio. 
Ao realizarem pesquisa o empreendedor deve decidir se deve coletar os 
dados ou usar dados já disponíveis. Deve também decidir sobre qual será 
a abordagem da pesquisa e que instrumento (questionários ou dispositivos 
mecanicos) usar.
A principal razão para um empreendedor adotar a pesquisa de mercado é 
a descoberta de uma oportunidade de mercado. Uma vez com a pesquisa 
concluída, ele deve, cuidadosamente, avaliar suas oportunidades e decidir 
em que mercados entrar. 
Os mercadólogos dependem ainda da pesquisa de mercado para determinar 
aquilo que os consumidores querem e quanto estão dispostos a pagar. 
Eles esperam que este processo lhes confira uma vantagem competitiva 
sustentável.
Daí sua importância como ferramenta auxiliar na tomada de decisões. A 
pesquisa mercadológica é uma ferramenta que disponibiliza informações 
sobre as variáveis de mercado, sendo essas informações armazenadas em 
sistemas de informação de marketing para análise de executivos no momento 
presente e em períodos futuros, fazendo-se comparações período/período 
para um melhor embasamento. 
Lembremos que, em um mercado global em rápida transformação, 
inconstante como nos dias atuais, a tomada de decisão exata, oportuna e 
eficiente é imprescindível, e, de acordo com Kotler (2000), a pesquisa é o 
ponto de partida não só para o marketing como também para o planejamento 
estratégico da empresa. Por meio dela, as empresas são capazes de 
segmentar seus mercados, definir qual será seu público-alvo, posicionar 
seus produtos/serviços de forma a criar valor a esses clientes, desenvolver 
estratégias no nível tático relativo ao mix de marketing, programar e controlar 
todo o processo, acompanhando e avaliando resultados, melhorando sua 
estratégia, ou seja, ela levará a empresa a reconhecer que os clientes em 
qualquer mercado normalmente diferem e m suas necessidades, desejos, 
percepções e preferências. 
Kotler (2000) descreve que as pesquisas de mercado podem acontecer por 
meio de grupo de foco, pesquisa por observação, levantamentos, dados 
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comportamentais e pesquisa experimental, tendocomo instrumentos o 
questionário e os instrumentos mecânicos. 
As pesquisas de mercado podem ser qualitativas ou quantitativas, ambas de 
grande valia se atendendo os propósitos de pesquisa. 
Em geral, nas pesquisas quantitativas há uma maior facilidade de se tabular 
os dados, devido à forma das varáveis apresentadas após a coleta de dados. 
Na pesquisa quantitativa elabora-se um questionario com questões fechadas 
(lista de respostas pré-codificadas) ou um questionário semi-estruturado 
com perguntas fechadas e abertas, podendo ser aplicado por intermédio de 
entrevistas pessoais, entrevistas por telefone, por mala-direta e pela internet. 
Já a pesquisa qualitativa tem métodos menos estruturados, porém mais 
intensivos ante as pesquisas quantitativas que são feitas por meio de 
questionários. Nas pesquisas qualitativas, existe um maior relacionamento 
com o respondente, conseqüentemente os dados extraídos apresentam 
contextos mais ricos e aprofundados, podendo, assim, subtrair novas 
percepções e perspectivas
Segundo Mattar (apud KIRK & MILLER, 1997, p. 77): 
tecnicamente a pesquisa qualitativa identifica a presença 
ou ausência de algo, enquanto a quantitativa procura medir 
o grau em que algo está presente. Há também diferenças 
metodológicas: na pesquisa quantitativa os dados são obtidos 
de um grande número de respondentes, usando-se escalas, 
geralmente, numéricas, e são submetidos a análise estatísticas 
formais; na pesquisa qualitativa os dados são colhidos 
através de perguntas abertas (quando em questionários), 
em entrevistas em grupos, em entrevistas individuais em 
profundidade e em testes projetivos. É possível que numa 
mesma pesquisa e num mesmo instrumento de coleta de 
dados haja perguntas quantitativas e qualitativas. 
A pesquisa quantitativa é realizada por questionários; assim definidos por 
Kotler (2000, p. 132): “um questionário consiste em um conjunto de perguntas 
que serão feitas aos entrevistados”. Devido à agilidade do questionário; esse , 
é, de longe, o método mais usado para a obtenção de dados primários, porém, 
precisam ser diligentemente elaborados e testados antes de serem aplicados 
em grande escala. Kotler (2000). 
Nota-se que, tanto qualitativa, como quantitativa, a pesquisa de mercado é 
de grande deferência no que diz respeito à tomada de decisão, podendo-
se ainda notar que, uma pesquisa pode dar seqüência em outra, com outro 
método, como forma de complementação; sempre buscando soluções e 
oportunidades. 
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Conforme manual do empresário elaborado pelo SEBRAE (2007, p. 3):
Todas as decisões sobre novos empreendimentos contêm um 
certo grau de incerteza, tanto em relação à informação nas 
quais estão baseadas como em relação às suas consequências. 
Assim, o sucesso de uma pesquisa mercadológica é a sua 
orientação para a decisão. 
Nota-se que a pesquisa mercadológica bem estruturada tem sido a bússola 
na tomada de decisão nas empresas, juntamente com outras ferramentas, 
visto que a área de marketing caminha lado a lado com a área financeira. 
Sistemas de inteligência empresarial são constantemente carregados com 
dados que posteriormente serão transformados em informações para que 
alguma decisão seja tomada.
Por isso que, pesquisas de mercado devem ser bem elaboradas, tendo em 
vista a sua relevância para as organizações e administradores tomadores de 
decisão, pois qualquer decisão precipitada pode desencadear no mau êxito 
do negócio. 
#FICA A DICA!
Um pequeno roteiro simplificado para uma pesquisa de mercado
* Primeiro, coloque o ramo de atividade escolhido e escreva tudo o que sabe 
sobre ele. Pergunte a si mesmo por que escolheu esse ramo e se você sentirá 
prazer em trabalhar nessa atividade; 
* Depois, faça um trabalho de pesquisa para conhecer melhor o ramo de 
atividade. Visite os concorrentes mais bem-sucedidos.
Observe e anote:
a) Que mercadorias ou serviços esses concorrentes comercializam?
b) Que preços praticam?
c) Que tipo de público os procura?
d) Como atendem a esse público?
e) Como é a “cara” do estabelecimento? Observe a pintura, a iluminação, 
o mobiliário, os uniformes, a apresentação dos produtos, a limpeza, etc.
f) Como organizar estoque, produção, comercialização e entrega?
g) Analisem quais são os seus concorrentes de maior sucesso e
anote por que eles têm a preferência dos clientes.
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VOCÊ SABIA?
É possível criar uma pesquisa de mercado online grátis!
Existem diversos sites especializados em pesquisas online, e alguns deles 
oferecem esse serviço gratuitamente. Como o exemplo abaixo.
ACESSE: https://www.survio.com/l-br-1-nr-xh-criar-pesquisa-de-mercado/
Planejamento Financeiro
Para fazer um plano de negócios, deve-se ter em mente que uma das partes 
mais importantes é o planejamento financeiro. Isso, porque no final das contas, 
“não importa” qual é o produto, segmento de mercado que pretende alcançar 
ou mesmo a maneira como vai colocar tudo isso em prática, se não tiver 
previsão de receitas suficientes que permitam isso ou que sejam atraentes 
para potenciais investidores. Obviamente que não consegue chegar em 
um plano financeiro de um plano de negócios bem feito sem muitas outras 
informações, mas pensar nele e como ele vai se concretizar é essencial.
O PF é o processo que, além de estimar a quantia necessária para iniciar 
bem como continuar as operações, viabilizando o processo de decisão sobre 
quando e como realizar financiamentos. 
Por se tratar de um procedimento confiável, é também um instrumento muito 
relevante para o empreendedor, na medida em que fornece roteiros para 
dirigir, coordenar e controlar as diversas ações para se alcançar os objetivos 
desejados. 
O sucesso de quaisquer negócios – seja uma empresa industrial, comercial, 
ou de serviços depende de varias decisões que o empreendedor deve tomar 
antes de iniciá-lo. O plano de viabilidade financeira ira ajudá-lo a:
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•	 O cálculo da demanda de fundos necessários para a execução 
dos planos traçados; 
•	 A elaboração de uma previsão da disponibilidade de fundos 
resultantes da execução dos planos; 
•	 A elaboração de um sistema de controle sobre as fontes e as 
aplicações de fundos dentro da organização;
•	 O desenvolvimento de uma metodologia de adaptação dos 
planos às variáveis externas não controláveis.  
O PF permite prevêr um superávit ou déficit de caixa no exercício, com a 
adaptação mais rápida caso haja alterações nos fatores externos, já que estes 
serões mais facilmente identificados. Fornece maior previsibilidade para 
empresas que desejam tomar decisões mais consistentes e confiáveis, além 
de maior sustentabilidade a curto, médio e longo prazo. 
Uma ferramenta útil para melhorar o desempenho e agilizar processos é o 
controle do fluxo de caixa (diário). É a previsão de entradas e saídas de recursos 
monetários, por um determinado período. O principal objetivo dessa previsão 
é fornecer informações para a tomada de decisões, tais como: prognosticar 
as necessidades de captação de recursos bem como prever os períodos em 
que haverá sobras ou necessidades de recursos; aplicar os excedentes de 
caixa nas alternativas mais rentáveis para a empresa sem comprometer a 
liquidez.
Resumidamente, é a demonstração visual das receitas e despesas distribuídas 
pela linha do tempo futuro. Para a montagem da projeção do fluxo de caixa 
devemos considerar os seguintes dados: 
Entradas
      a) contas a receber
      b) empréstimos
      c) dinheiro dos sócios 
 Saídas
      a) contas a pagar
      b) despesas gerais de administração (custos fixos) 
      c) pagamento de empréstimos
      d) compras à vista 
O fluxo de caixa é considerado um dos principais instrumentos de análise 
e avaliação de uma empresa, proporcionando ao empreendedor uma visão 
futura dos recursos financeiros da empresa, integrando o caixacentral, as 
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contas correntes em bancos, receitas, despesas e as previsões. As decisões 
relacionadas a compra, venda, investimentos, aportes de capital pelos sócios 
captação ou pagamento de empréstimos e de investimentos, constituem um 
fluxo contínuo entre as fontes geradoras e as utilizadoras de recursos. 
Somente com uma programação financeira bem estruturada e um fluxo de 
caixa, a empresa pode administrar o caixa, detectando, antecipadamente, 
apertos ou folgas de caixa. Deve e pode ser utilizado por empresas de 
qualquer porte dada a sua importância e simplicidade.  O PF é o processo 
que, além de estimar a quantia necessária para iniciar bem como continuar as 
operações, viabilizando o processo de decisão sobre quando e como realizar 
financiamentos. 
É preciso ter em mente que um dos principais motivos de falência de novas 
empresas é a falta de visão empresarial para a criação de uma boa estrutura 
financeira, planejada e direcionada para o desenvolvimento da empresa. 
E como fazer o plano financeiro no plano de negócios?
Para se fazer um bom  planejamento financeiro  não é necessário ser um 
economista. Basta identificar os detalhes do novo negócio, estabelecer metas, 
considerar os recursos a serem aplicados em cada caso e convertê-los em 
realidade. Veja um passo a passo para chegar nesse resultado:
Passo 1: Defina o investimento inicial necessário
Você deve analisar friamente o investimento inicial necessário e verificar todas 
as despesas para implantação do negócio como, por exemplo, os gastos com 
instalação, suprimentos, equipamentos eletrônicos, sede física, mobiliário e 
tudo o mais que for necessário para montar o seu empreendimento.
Vamos supor que um empreendedor precise de R$30.000 para iniciar o seu 
negócio, mas tem apenas R$10.000.
Ter essa noção vai permitir que ele saiba exatamente o que fazer antes de 
entrar de cabeça no negócio. Nesse caso, o empreendedor teria três opções:
– pedir um empréstimo/investimento com uma grande preocupação em 
como os juros iriam afetar os resultados não operacionais do negócio;
– refazer o plano financeiro analisando reduções de custo e como isso afetaria 
o resultado final;
– desistir da idéia, por ter menos dinheiro do que o necessário.
Pode até parecer cruel, mas a vida dos negócios é assim, ou você fica atento 
e toma decisões difíceis logo no primeiro passo ou estará fadado ao fracasso.
Passo 2: Faça uma projeção de despesas e receitas
Se você tem o capital necessário para o passo inicial, precisa verificar qual é o 
custo do negócio girando normalmente e isso envolve projeções de despesas 
e receitas. É preciso calcular atentamente todos os demais custos exigidos e 
o quanto você pode e conseguirá vender ao longo desse processo.
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Exemplo:
Um grande problema é a  impressionante quantidade de empreendedores 
que tendem a ser extremamente otimistas ao fazer suas projeções. Se você 
quiser fugir desse risco, tente abordagens nas quais você já tenha informações 
do seu negócio funcionando, mesmo que de maneira embrionária, em versão 
beta ou com capacidade inferior ao seu objetivo final.
Passo 3: Análise os principais indicadores de viabilidade
Os indicadores são produzidos tendo como base os valores anteriormente 
calculados, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento e crescimento 
do seu negócio. Veja quais são os principais indicadores:
– VPL – Valor presente líquido
– TIR – Taxa interna de retorno
– Payback – Tempo para recuperar investimento feito no negócio
Dependendo do investidor, pode ser que outros indicadores possam ser 
solicitados, mas de maneira geral, caso você tenha esses 3, já terá uma boa 
noção. 
Uma exercício interessante de se fazer nesses momentos é o de calcular um 
possível valuation, já que isso te daria uma boa noção de quanto pedir em 
troca de que porcentagem das suas ações em casos de investimentos.
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VOCÊ SABIA?
Valuation é um termo de origem inglesa que significa, adaptado ao portu-
guês, avaliação de empresas. Ao trabalhar com as percepções que a empre-
sa possui dos investidores e clientes, o valuation envolve o julgamento da 
posição que ocupa no mercado e a previsão do retorno de investimento nas 
ações da empresa.
Uma empresa pode ser avaliada em diversas ocasiões e por diferentes 
motivos: para fins contábeis, depois da realização de uma transação ou 
aquisição, além de processos judiciais, por exemplo, nos quais os bens pre-
cisam ser divididos.
Os responsáveis pela valuation analisam os vários componentes da empresa 
em questão e estimam o valor monetário dos seus ativos intangíveis, a ex-
emplo da própria marca, do relacionamento com o cliente ou da tecnologia 
da empresa.
Utilizar essa ferramenta de análise de seu negócio tem vários benefícios, tais 
como: 
Identificar as características que o valorizam;
Entender aspectos que o fazem valer menos;
Saber quanto pode ser investido;
Entender o crescimento ao longo dos anos;
Negociar, de forma justa, o valor da empresa com o societário.
FONTE: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conhe-
ca-o-valuation-e-saiba-quanto-vale-sua-empresa/
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LEITURA COMPLEMENTAR
Como montar a parte financeira do plano de negócios
Uma das partes mais importantes do plano de negócios é o plano financeiro
5 passos para montar a parte financeira do plano de negócios - Respondido por 
Rogério Nunes, especialista em finanças
Uma pequena empresa é viável quando oferece retorno financeiro ao empreendedor. 
Portanto, uma das partes mais importantes do plano de negócios é o plano financeiro.
Esta etapa transforma em números as estratégias de mercado e concorrência, 
localização, investimentos. Enfim, é a quantificação das demais peças do plano de 
negócios em relatórios que demonstrem a viabilidade econômica do empreendimento. 
Nessa parte, é necessário expor as descrições e cenários, fluxo de caixa, análise 
de investimentos, demonstrativos de resultados, projeções de balanços e outros 
indicadores.
Essa seção de projeções financeiras sempre pede uma atenção maior, e, geralmente, 
traz dúvidas para quem a desenvolve. Também não deve estar sujeita a emoções ou 
desejos – os números não podem mentir. 
Liste todos os pressupostos e os dados quantitativos como projeções financeiras 
com todas as estimativas de vendas, custos de produção, distribuição, logística, 
despesas comerciais e administrativas e investimentos em ativos e marketing.
Elabore as projeções financeiras para um período de três a cinco anos (este prazo 
deve obedecer às características de cada projeto), para que elas sirvam de orientação 
para a equipe de gestão, instituições financeiras ou possíveis investidores. Outra dica 
importante é que o planejamento traga as fontes de recursos financeiros, com um 
resumo de sua utilização.
Para que o plano financeiro seja bem completo, ele precisa ter as seguintes 
informações:
– Investimento inicial: coloque os custos com as instalações, suprimentos, 
equipamento e mobiliário necessários para a implantação do negócio;
– Custos e despesas: levante todos os valores que serão despendidos para produção 
do produto ou serviço da empresa e demais gastos necessários para a operação 
(administrativos e comerciais);
– Fluxo de caixa: é um instrumento que tem como objetivo a projeção das entradas 
e saídas de recursos financeiros da empresa;
– Demonstrativo de resultados: representa a geração de riqueza do empreendimento, 
sob o ponto de vista econômico, ou seja, determina a margem de lucro.
– Retorno do investimento: demonstra a relação entre o investimento efetuado e os 
ganhos gerados no empreendimento.
Para que o plano financeiro dê certo, ele tem que estar perfeitamente alinhado com 
as demais peças do plano de negócios.
Rogério Nunes é diretor da Moore Stephens Auditores e Consultores. 
FONTE: http://exame.abril.com.br/pme/como-montar-a-parte-financeira-do-plano-de-negocios/
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CAPÍTULO
dEsEnVoLVEndo Um 
pLAno dE nEgócios 
nA prÁTicA
8
A preparação de um plano de negócio não é uma tarefa fácil, pois exige 
persistência, comprometimento, pesquisa, trabalho duro e muita criatividade. 
Lembrando que existem alguns tipos de estrutura de plano de negócios, 
variando conforme o autor, o tipo de empresa e objetivo a que ele se destina. 
Dentre todos os modelos de Plano de Negócios existentes, o modelo do 
SEBRAE é um dos mais utilizados e também indicado para qualquer tipo de 
empreendedor, principalmente para os mais inexperientes, por sua plataforma 
interativa e muito simples. Como veremos a seguir:
Com base nesse modelo de Plano de Negócios oferecido pelo SEBRAE, 
sigamos em frente, pois, existe um velho ditado que diz: “Se quiser que algo 
seja bem-feito, faça você mesmo.” Nada mais certo do que essa expressão 
popular, principalmente quando se trata da elaboração de um plano de 
negócio. 
PÁGINA 74
Então, vamos lá! Mãos a obra!
VOCÊ SABIA?
Que hoje, existem várias maneiras de montar um plano de negócio com a ajuda de 
ferramentas gratuitas. 
Ótimo exemplo é o software Plano de Negócios do Sebrae. Indicado tanto para 
pessoas que têm uma ideia de negócio, mas não sabem se ela é viável, quanto 
para empresários que desejam expandir os negócios. O download é gratuito e pode 
ser feito no site da instituição.
Acesse através do link: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/
solucoes_online/software-plano-de-negocio-30,2bc0fec6ffae5510VgnVCM-
1000004c00210aRCRD
Exemplo de PN Completo – Boutique do Carro
Sumário Executivo
Conceito do Negócio
 
A Boutique do Carro será o primeiro centro automotivo focado totalmente no 
público feminino, contando com serviços estéticos e de mecânica. O grande 
diferencial da empresa será a abordagem no tratamento e atendimento ao 
nosso público alvo, possuindo funcionários treinados para passar confiança 
e ser transparente na explicação dos nossos serviços. Por trabalhar com 
um público exigente, a empresa contará com serviços diferenciados, como 
lavagem a seco, sistema delivery, filial móvel, entre outros.
A empresa possuirá um projeto arquitetônico criado para otimizar espaço, 
melhorar o sistema de iluminação e uma decoração totalmente voltada à 
mulher, buscando o bem estar e o aconchego da mesma. O empreendimento 
contará com os serviços de lavagem a seco, enceramento, cristalização, 
higienização, micro pintura, entre outros. Além disso, o centro automotivo 
abrangerá os serviços de mecânica, como reparos, troca de peças e revisão. 
Para todos esses serviços, existirá um trabalho de comunicação visual, com 
banners auto-explicativos e folhetos para facilitar o entendimento e mostrar 
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os benefícios de cada serviço.
 
Mercado e Competidores
 
A população de São Paulo vem sofrendo um processo de feminização ao 
longo dos últimos anos. Além disso, a mulher está cada vez mais dinâmica e 
independente, o que justifica o aumento da população feminina na direção 
dos automóveis. Aliado a esses dados de mercado, foi constatada, através 
da realização de uma pesquisa, a falta de tempo das mulheres para os 
cuidados estéticos com seu veículo e a falta de confiança que elas possuem 
na realização de reparos nos mecânicos atuais. Outro ponto levantado na 
pesquisa foi o desconforto que elas sentem em lava-rápidos e mecânicas, 
por acharem ser um ambiente masculino, sujo e com grande possibilidade 
de assédio. Por fim, a maioria das mulheres entrevistadas demonstrou um 
grande interesse em um espaço exclusivo a elas para realizarem os cuidados 
com seu carro.
Com relação aos nossos concorrentes, a Boutique do Carro está muito 
bem posicionada já que não há empresas no mercado com as mesmas 
características (centro estético e mecânico em um mesmo ambiente e focado 
para o público feminino).
 
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Marketing e Vendas
 
O crescimento do negócio está fundamentado basicamente em dois pilares: o 
aumento no número de clientes e o aumento no número de serviços de maior 
valor agregado. O primeiro acontece devido à estimativa inicial de clientes ter 
sido bem abaixo da média de empresas já estabelecidas, além do negócio 
ter uma ótima localização e o resultado das ações de marketing e parcerias 
que conferirão maior visibilidade ao negócio. Além disso, deve-se ressaltar o 
atendimento diferenciado, com foco no relacionamento transparente com as 
clientes, o que tende a fidelizá-las. Já o aumento no número de serviços de 
maior valor agregado (polimentos, cristalizações, higienizações, etc, no lava-
rápido e limpeza periódica de bico injetor, revisão a cada 20.000 km rodados, 
etc, na mecânica), está fundamentado na política da empresa em explicar e 
conscientizar os clientes dos benefícios de serviços não muito procurados 
pelo público-alvo, conforme dados da pesquisa de mercado realizada. Dessa 
forma, foi estimado um aumento gradativo no ticket médio tanto na mecânica 
como, principalmente, no lava-rápido.
 
Estrutura e Operações
 
A empresa estará localizada em um galpão de 200 m2 no bairro do Brooklin, 
zona sul da cidade de São Paulo, próximo a shoppings, um grande centro 
empresarial, universidades e bairros residenciais de médio/alto padrão.
 
A Boutique do Carro possui uma estrutura funcional enxuta e crescente de 
acordo com o aumento do número de serviços. Para cargos técnicos (mecânico 
e aplicador) serão recrutados no mercado profissionais com experiência.
 
Plano Financeiro
 
O momento de maior exposição do negócio será no 10º mês, em que o fluxo 
de caixa acumulado se encontra negativo em cerca de R$ 212.000,00.  A 
partir desse mês, o faturamento do negócio passa a ser superior às despesas, 
fazendo com que o caixa se torne positivo a partir do 25º mês. No início dos 4º e 
5º anos haverá um investimento em um automóvel utilitário e o recrutamento 
de mais três funcionários para compor a Filial Móvel. Ao final do 5º ano, estima-
se um faturamento médio mensal de R$240.000,00, com um lucro médio de 
R$66.000,00 e com o caixa acumulado de aproximadamente R$1.300.000,00.
 
Oferta ou Necessidade de Aporte de Recursos
 
Para a execução do empreendimento será investido um montante de 
R$116.500,00 para obras, equipamentos, móveis, treinamentos, insumos e 
marketing. Os recursos financeiros para suprir esse investimento inicial serão 
provenientes da proprietária do negócio e de familiares e amigos.
 
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Conceito do Negócio
A Oportunidade
 
Todos sabemos o quanto, nós brasileiros, somos apaixonados por carro 
e como damos valor a ele. Dados do Departamento Nacional de Trânsito 
(DENATRAN) mostram que, em 2004, já existiam mais de 3.400.000 automóveis 
em circulação no município de São Paulo, e embora haja um crescimento 
nas linhas de metrô e trem, as pessoas continuam muito dependentes de 
automóveis, ainda mais em regiões de pólos empresariais.
 
Não é de hoje que essa paixão existe. Antigamente, ela era muito mais 
presente nos homens, que eram os responsáveis por trabalhar e colocar 
dinheiro em casa e, na grande maioria das vezes, os únicos na família a possuir 
um automóvel.
 
Porém, no decorrer dos últimos anos, essa tendência mudou e a mulher 
não só aprendeu a se valorizar, ajudando nas despesas de casa, como vem 
crescendo dentro das empresas, atuando muitas vezes em cargos ocupados 
por homens. O fato delas já terem praticamente igualdade no trabalho, 
juntamente com o fato de cada vez mais buscarem direitos iguais e serem 
maioria no Brasil e na cidade de São Paulo, fazem com que as mulheres 
tenham, cada vez mais, uma importância muito significativa para o mercado.
 
Com isso, surge a oportunidade de fazer um centro automotivo voltado para o 
público feminino, que está sendo mal atendido e sem foco nesse segmento, 
uma vez que esse tipo de empreendimento ainda não existe na nossa cidade.Identificamos através da pesquisa de mercado em anexo, que as mulheres 
têm o costume de levar o carro para lavar, mas muitas vezes não tem tempo 
para isso ou reclamam por não terem o que fazer enquanto o mesmo é lavado. 
Com relação à parte mecânica do veículo, ainda existe um paradigma a ser 
quebrado, que é o medo que elas têm de ser enganadas.
 
Sendo assim, serão criados alguns serviços diferenciados para atender 
essas necessidades, como por exemplo, o sistema delivery, onde o veículo 
é retirado e entregue no local em que ela esteja (dentro do nossa área de 
atuação), atendimento personalizado para esclarecer dúvidas sobre serviços 
de lava-rápido e mecânica, além do fato de estarmos ao lado de dois grandes 
shoppings, Morumbi e Market Place, minimizando o problema de não terem o 
que fazer no período do nosso serviço.
 
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O Negócio
 
A Boutique do Carro é um centro automotivo especializado em limpeza, 
conservação, revitalização e pequenos reparos de superfícies, além de contar 
com serviços de mecânica.
 
A empresa é totalmente focada nas necessidades detectadas de um público 
específico: o feminino, muito exigente e cada vez mais preocupado com a 
conservação do seu automóvel.
 
A Boutique do Carro está dividida em duas partes: Estética e Mecânica
 
O Slogan é “Cuidando do seu carro e do seu tempo...”
 
Missão
“Criar para o público feminino, soluções de limpeza e serviços mecânicos 
em geral, de maneira transparente e ética, preservando o meio ambiente e 
garantindo lucro para o negócio”.
 
Visão:
“Ser referência no mercado brasileiro em serviços automotivos focados no 
público feminino”.
 
A empresa está preparada para atender o cliente da melhor forma possível, 
pois contará com profissionais legalmente capacitados, uniformizados, 
especializados e treinados para atender com agilidade e transparência, a fim 
de não deixar nenhuma dúvida por parte das nossas clientes. Possui uma 
preocupação com seus funcionários, os treinando para evitar qualquer tipo 
de lesão corporal, devido ao trabalho executado.
 
A empresa utilizará o que há de mais moderno em equipamentos e uma 
tecnologia diferenciada, contando com o sistema de lavagem a seco. Este 
tipo de sistema tem algumas vantagens em relação aos métodos tradicionais 
de lavagem, ainda bastante desconhecido pelo público em geral:
- não faz sujeira ou barulho;
- o grau de atrito da limpeza é menor que no sistema tradicional;
- não cria resíduos ou detritos poluentes para o esgoto;
- preserva a natureza - os produtos são ecologicamente corretos e o sistema 
não utiliza água;
- protege a pintura do veículo – os produtos não são abrasivos, evitando 
oxidação prematura da pintura, além de criar uma película protetora;
- não necessita local ou maquinários específicos, adaptando-se com facilidade 
a qualquer local ou tipo de operação.
 
Além disso, a lavagem a seco é totalmente comprometida com a preservação 
do meio ambiente, atendendo a legislação ambiental. Esse sistema de limpeza 
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não utiliza água, enquanto um lava-rápido comum gasta em média 250 litros 
de água para lavar um carro de passeio, sem o mínimo de consciência de 
que a água é um artifício que se deve preservar muito bem.  Hoje em dia, 
é uma tendência de mercado as empresas se preocuparem com essa 
questão ambiental. Fora isso, temos como destaque a utilização de produtos 
biodegradáveis e atóxicos, que não poluem as águas, e são também 
inofensivos ao ser humano.
 
Está localizada na Zona Sul de São Paulo em um dos principais pólos 
empresariais e comerciais da cidade, ao lado dos shoppings Morumbi e 
Market Place, da Universidade Anhembi Morumbi – Campus Moda e muito 
próximo de grandes empresas como a Rede Globo de Televisão, Banco Itaú 
(antigo Bank Boston), Vivo, Nestlé, CENU (Centro Empresarial Nações Unidas), 
Pfizer, Accentury, Ely Lili, Unilever, etc. Nossa área de atuação corresponde a 
um retângulo formado pelas  Avenidas Bandeirantes, Santo Amaro, Nações 
Unidas e Rua Américo Brasiliense, englobando grandes avenidas como Luis 
Carlos Berrini, Roque Petroni Jr., Vicente Rao, Morumbi, Roberto Marinho 
(antiga Águas Espraiadas), além de se localizar em bairros residenciais de alto 
e médio padrão.
 
A Boutique do Carro possui um projeto arquitetônico criado para otimizar 
espaço, com bom acesso para entrada e saída dos automóveis, além da 
disposição dos vestiários, balcão de atendimento e espera. A decoração é 
totalmente voltada para a mulher, a fim de criar uma identificação com a 
empresa, proporcionando o bem estar das mesmas.
 
Serviços de Estética Automotiva
 
- Lavagem e aspiração – Lavagem a seco. O sistema de lavagem rápida e a 
seco tem como premissa o comprometimento de preservar o meio ambiente, 
atendendo a legislação ambiental. A lavagem é feita através da aplicação de 
produtos com um pano, que agindo pelo processo de cristalização, fragmentam 
as partículas pesadas da sujeira. Desintegrada, a sujeira é eliminada com o 
uso de outro pano seco sem criar atrito na superfície da pintura, como ocorre 
nas lavagens tradicionais, que utilizam shampoo e derivados de petróleo, que 
entre outros efeitos, são em sua maioria corrosivos. O produto deixa, ainda, 
uma fina película protetora impermeabilizante, que evita a oxidação prematura 
da pintura, realçando seu brilho e mantendo o aspecto de encerado.
 
- Enceramento com alto brilho - Consiste na aplicação, com máquina orbital, 
de uma cera de alto brilho com proteção entre o produto de limpeza e o 
maquinário, criando uma camada de proteção contra a ação do tempo 
sobre a pintura do carro. Fabricado com produtos de formulação exclusiva, 
o enceramento mantém o carro limpo e brilhante por muito mais tempo, 
propiciando valorização do patrimônio. Tem baixo custo e sua aplicação é 
rápida.
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- Cristalização - Elimina imperfeições e riscos da pintura com grande 
durabilidade e intensidade de cor e brilho. Ideal para eliminar a aspereza 
resultante da oxidação e a recuperação de pequenos riscos, manchas 
superficiais à pintura, criando uma película protetora de alto brilho e longa 
duração. Aplicado com máquina orbital, é prático, eficiente e econômico. 
Como resultado, temos a proteção da pintura contra as agressões do tempo, 
raios solares e uso diário por até seis meses.
 
- Higienização interna - Remove as sujeiras do carpete e do estofamento, 
combatendo ácaros e fungos. Sistema de limpeza de estofamentos e 
interior de veículos, utilizando produto com ação instantânea bactericida e 
fungicida. A higienização de interiores limpa profundamente e realça a cor 
de estofamentos, carpetes, teto e porta-malas, com técnicas e produtos 
exclusivos.
 
- Higienização de Couro - Revitaliza e hidrata bancos de couro.  A ação do 
sol e do tempo sobre os bancos de couro causa ressecamento e retira a 
“vida” do couro. A hidratação de bancos de couro limpa, higieniza e recupera 
sua umidade natural. Após realização do serviço, o banco do carro fica com 
aparência de novo, com um toque macio e agradável por muito mais tempo. 
Além disso, a hidratação de bancos de couro ainda reduz aquele característico 
rangido provocado pelo atrito do corpo com o couro.
 
- Impermeabilização de bancos - Evita a absorção de líquidos e manchas.
- Limpeza técnica do motor s/ água - Permite produzir a limpeza sem usar 
água. Na finalização do serviço é aplicado o silicone que além da aparência 
protege as borrachas.
- Película de Segurança – Reduz o desbotamento de tecidos, protege do calor 
solar e ofuscamento, proporciona beleza e privacidade, além de fornecer 
segurança pelo fato de dificultar que o vidro estilhace.
- Higienização de Ar Condicionado - Elimina ácaros e fungos e melhora a 
qualidade do ar.
- Martelinho de ouro – Elimina pequenos amassados feitos por alguma 
colisão, esbarrões de porta e excluem imperfeições da lataria, preservando aoriginalidade de seu automóvel.
- Micropintura - Micro reparos, para aqueles casos que não se faz necessário 
a pintura da peça por completo e não se consegue retirar com a cristalização. 
Elimina riscos na pintura sem deixar vestígios.
 
Serviços de Mecânica
 
Serão oferecidos todos os serviços de mecânica para automóveis de pequeno, 
médio e grande porte, sendo que as peças serão adquiridas contra-pedido. 
Nesse espaço, contaremos com banners auto-explicativos, mostrando todos 
os sistemas de um carro, bem como seu funcionamento. Os funcionários 
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serão treinados para sempre serem transparentes com as clientes e não 
deixar dúvidas referentes aos serviços prestados.
 
Sistema Delivery
 
Pelo fato de ter sido detectado na pesquisa de mercado que as mulheres não 
levam seu carro para lavar por não ter tempo ou não ter o que fazer enquanto 
o serviço é executado, haverá um sistema delivery, em que o carro será 
retirado no local desejado (dentro da nossa área de atuação). Assim, o serviço 
será realizado e o veículo devolvido no mesmo local, cobrando-se uma taxa 
adicional. A retirada e a devolução do automóvel serão feitas com o auxílio de 
uma motocicleta, personalizada com a logomarca da empresa.
 
Pesquisa e desenvolvimento
 
Filial Móvel
 
No início do 4º ano, a Boutique do Carro passará a contar com a Filial Móvel, 
que será composta por um utilitário, três funcionários, maquinários e um 
estoque de produtos para limpeza e conservação dos veículos. O utilitário 
irá diariamente em locais de grande circulação do público feminino, como 
academias, estacionamentos de grandes lojas, centros de beleza, etc para 
efetuar as lavagens nos respectivos locais.
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Mercado e Competidores
Análise de Mercado
 
São Paulo é a maior cidade do Brasil e da América Latina e possui 
aproximadamente 11 milhões de habitantes. Esta população está distribuída 
em uma área de 1.509 km2 e apresenta algumas especificidades em termos 
demográficos e urbanos, dentre as quais merecem destaque as questões de 
gênero e idade.
 
Com relação à quantidade de automóveis, que é de 3.484.052, o município de 
São Paulo é responsável por 63% das viagens motorizadas de toda a Região 
Metropolitana, sendo que 90% desses deslocamentos são internos, que 
devido às grandes distâncias entre alguns bairros, faz com que a população 
dependa de automóvel para se deslocar ao trabalho e muitas vezes, utilizar 
o mesmo no próprio trabalho. Verifica-se que o modo Metrô transportou 506 
milhões em 1991 e apenas 512 milhões em 2005 (dados do IBGE). Isso nos 
mostra que apesar da expansão da rede coletiva, os paulistanos ainda dão 
preferência para o uso do seu próprio automóvel.
 
Grande parte desses automóveis pertence ao público feminino, que está 
conquistando seu espaço no mercado. Muitas mulheres já fazem questão de 
ter sua independência, tendo seu próprio veículo. Assim como os homens, 
as mulheres tem o cuidado de manter seu carro sempre em ordem, limpo 
e apresentável. Um exemplo é o fato de que, 5 anos atrás, as mulheres 
representavam cerca de 50% dos clientes de lava-rápidos de shopping e, 
atualmente, essa porcentagem chega até 80%.
 
“Seguindo o padrão encontrado em grandes áreas urbanas, a população de 
São Paulo vem sofrendo um processo de feminização, ou seja, ao longo dos 
anos tem sido crescente a predominância de mulheres”, conforme dados do 
IBGE. Dados do censo de 1980 indicavam uma proporção de 96 homens para 
cada 100 mulheres residentes no município. Em 2000, essa relação já era de 
91 para 100, e estima-se que atualmente esteja em torno de 90 para 100. 
Essa “razão entre os sexos” varia em função dos grupos etários, sendo mais 
discrepante nas idades mais avançadas: a partir dos 60 anos, em razão da 
longevidade feminina, a proporção encontrada é de 6,8 homens para cada 10 
mulheres.
 
Análise do segmento
 
O público alvo definido são mulheres entre dezoito e trinta e cinco anos, de 
classes A e B. São pessoas modernas, independentes, que têm interesse em 
se manter informadas e ampliar seus conhecimentos. Procuram praticidade, 
economia de tempo e que fazem questão de transparência e respeito.  
 
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A tendência das mulheres terem mais cuidado com seu carro foi verificada na 
pesquisa de mercado.
 
Outro ponto que foi levantado na pesquisa de mercado foi que, com relação 
à parte mecânica do automóvel, ainda existe um paradigma a ser quebrado: o 
fato das mulheres terem medo de ser enganadas.
 
Com relação ao espaço físico de mecânicas e lava-rápidos existentes no 
mercado, foi detectado que a grande maioria das mulheres não se sentem 
confortáveis nesses ambientes.
 
Devido ao fato dos paulistanos terem essa preferência pelo transporte 
particular, o mercado de lava-rápidos e mecânicas está em constante 
ascensão. Foi feito um levantamento da quantidade em média de lava-
rápidos e mecânicas na nossa área de atuação (ver anexo Tabela de 
Concorrentes Pesquisados), e apesar da alta competitividade, o negócio tem 
boas oportunidades de crescimento. Assim, para que a Boutique do Carro dê 
certo, possui alguns diferenciais, descritos ao longo deste plano de negócios.
 
Competidores
 
A seguir, foi destacado três grandes concorrentes diretos da Boutique do 
Carro e suas principais caracteristícas:
 
Lava Rápido Comum
Ambiente sujo sem o mínimo de conforto.
São oferecidos serviços básicos de lavagem com  menor qualidade. Utilizam 
serviço tradicional com água, prejudicando o meio ambiente.
Funcionários sem experiência. Atendimento não especializado e desconforto 
das mulheres.
Desorganizado aonde praticamente todos fazem de tudo (sem função 
definida)
Localizados em diversos bairros da região.
 
Dry Wash
Ambiente limpo, com conforto e segurança. Porem não muito iluminado 
devido ao fato a ser localizado em estacionamento cobertos de shoppings. 
Fora o cheiro da fumaça que vem dos carros que circulam pelo local.
Utilizam produtos da boa qualidade e rapidez nos serviços e possuem 
grande diversidade de serviços na área de lavagem (lavagem a seco) e 
cuidados com a superfície metálica.
 
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Bom relacionamento.
 
Alguns funcionários não sabem informar claramente como funciona o 
serviço, muito jovens e não transmitem confiança.
Estrutura da empresa bem organizada com os funcionários subordinados a 
um supervisor.
Localizado em estacionamentos de shopping (restringindo quem não vai ao 
shopping) e o estacionamento é pago separadamente.
 
Best Dry
 
Ambiente limpo  decoração simples e bem sinalizado porém sem muito 
conforto.
Utilizam produtos de alta tecnologia e visam um rápido atendimento do 
cliente.
Funcionários atenciosos, mas falta treinamento.
A pessoa ter que ir até o balcão e pagar antes que o serviço tenha sido feito.
Empresa com turnos de acordo com a posição da franquia (restringe aos 
horários de supermercados e shoppings)
Localizados de acordo com sua franquia. Normalmente localizados em 
shopping centers e supermercados em geral.
 
Com relação aos nossos concorrentes, a Boutique do Carro está muito bem 
posicionada por não haver uma empresa no mercado com as mesmas 
características.
 
Abaixo, as principais comparações realizadas com os nossos concorrentes:
- Ambiente: Ambiente limpo e claro, destinado ao público alvo visando o bem 
estar das clientes.
- Serviços: Além de possuir todos os serviços dos concorrentes, (lava-rápido) 
temos serviços voltados para a parte de mecânica, martelinho de ouro e 
micro pintura, utilizando produtos de boa qualidade. Possui também serviço 
de delivery e a filial móvel além de um atendimento personalizado a fim de 
deixar claro o funcionamento da empresa.
- Atendimento:  Todas as atendentes serão mulheres com treinamento 
especializado para passar confiança e clareza nas informações referentes aos 
serviços prestados.
- Organização: O gerente é o próprio donoe responsável pela organização. 
Empresa é bem organizada e com os cargos definidos de acordo com suas 
devidas funções.
- Localização:  Localizado no maior pólo comercial da cidade próximo a 
shopping, empresas, bancos e principais avenidas.
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Marketing e Vendas
Estratégia do Produto
 
  A Boutique do Carro será um centro automotivo criado para o público 
feminino, a fim de conquistar a confiança da mulher com relação aos serviços 
de estética e mecânica automotivas.
 
Por ser pioneira neste serviço, e por contar com equipamentos de última 
geração com alta tecnologia e mão de obra altamente capacitada, a empresa 
será posicionada para ser referência, atingindo grande parte do mercado. 
Além disso, teremos um ambiente aconchegante, totalmente voltado para o 
conforto das nossas clientes e serviços diferenciados.
 
Estratégia de Preço
 
Os serviços de estética automotiva seguirão o preço médio dos principais 
concorrentes do mercado. Os serviços de mecânica, devido ao tratamento 
diferenciado e especialização dos funcionários, terão um valor superior, 
estimado de 10 a 15 % da média do mercado. Com relação às formas de 
pagamentos, aceitaremos dinheiro, cheques sob consulta, cartão de débito e 
crédito, dependendo do valor podemos parcelar em até 3 vezes.
 
Estratégia de Promoção ou Comunicação
 
Para a divulgação da nossa empresa faremos um mix de comunicação:
 
Marketing Direto:
- Distribuição de panfletos e brindes (canetas, chaveiros, etc) nos shoppings 
Morumbi e Market Place em horários estratégicos e em entradas de edifícios 
comerciais em horários de pico (7:30 às 9:30 hs/ 17:00 às 19:00 hs).
- Confecção de website
 
Propaganda:
- Impressa: cartazes informativos, anúncio no jornal dos bairros do Brooklin, 
Campo Belo e Santo Amaro a princípio.
- Eletrônica: anúncio em sites de compra e venda de automóveis como 
Webmotors e Carsale.
 
Projeção de Vendas
 
O crescimento do negócio está fundamentado basicamente em dois pilares:
- Aumento no número de clientes devido à estimativa inicial de clientes ter 
sido bem abaixo da média de empresas já estabelecidas, além do negócio 
ter uma ótima localização  e o resultado das ações de marketing e parcerias, 
que irão conferir maior visibilidade ao negócio. Além disso, deve-se ressaltar 
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o atendimento diferenciado, com foco no relacionamento transparente com 
as clientes, o que tende a fidelizá-las.
- Aumento no número de serviços de maior valor agregado, está fundamentado 
na política da empresa em explicar e conscientizar os clientes dos benefícios 
de serviços não muito procurados pelo público-alvo, conforme dados da 
pesquisa de mercado realizada. Dessa forma, foi estimado um aumento 
gradativo no ticket médio tanto na mecânica como, principalmente, no lava-
rápido.
 
Estratégia de Distribuição
 
Localizada em galpão de 200 m2, no bairro do Brooklin, zona sul da cidade 
de São Paulo especificamente na Avenida Chucri Zaidan altura do número 
1.100, local estrategicamente próximo dos principais pólos empresariais e 
comerciais da cidade de São Paulo, ao lado dos shoppings Morumbi e Market 
Place, muito próximo de grandes empresas, Universidade e grandes áreas 
residenciais de padrão A e B.
 
Estabelecimento de parcerias com:
 
- Empresas da região e em algumas lojas dos shoppings de público 
feminino, entregando panfletos com descontos.
- Comércios voltados ao público feminino (salão de cabeleireiro, manicure, 
centro de estética, etc).
- Lojas de compra e venda de carros da região, principalmente na Av. 
Vicente Rao.
 
Estratégia de Desenvolvimento
Oportunidades do mercado
 
- Crescimento da população feminina que possui automóvel;
- Aumento da independência feminina no cuidado com seu carro;
- 70 a 80% de procura por lavagens em shoppings são por mulheres
- Falta de confiança da mulher nos serviços de mecânica atuais
- Mulheres mais dinâmicas e sem tempo para levar o carro para lavar
- Inexistência de um centro automotivo focado e especializado para o 
público feminino
 
Riscos e ameaças do mercado
 
- Surgimento de novos concorrentes com o mesmo foco;
- Região com um grande número de concorrentes;
- Resistência da população na lavagem a seco
- Características da sociedade em que serviços automotivos devem ser 
executados somente por homens;
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 Pontos fortes do negócio
 
- Localizado estrategicamente de acordo com o nosso público-alvo;
- Concentração de serviços de estética e mecânica no mesmo local;
- Convênios e parcerias com faculdades, shoppings, grandes empresas e 
comércios voltado ao público feminino;
- Atendimento diferenciado para o público feminino;
 
Pontos fracos do negócio
 
- Restrição do público alvo em mulheres
- Preço da lavagem a seco é maior que da lavagem comum
 
Estrutura e Operações
Estrutura
 
Localizada em um imóvel de 200 m2, no bairro do Brooklin, zona sul da cidade 
de São Paulo, contará com galpão criado para otimizar espaço, com o sistema 
de iluminação, elétrica e hidráulica altamente projetado e embutido com 
proteção contra incêndio e um fácil acesso de entrada e saída dos automóveis.
 
Além da disposição dos vestiários (feminino e masculino) teremos uma 
recepção com balcão de atendimento automatizado e uma área de espera. 
A decoração é aconchegante com todos os equipamentos sempre limpos 
proporcionando beleza para quem os vê.
 
Todos os equipamentos são de fácil manuseio e contaremos com um depósito 
de armazenamento.
 
Foram prospectados cinco quadros distintos de funcionários de acordo com 
o crescimento do negócio estimado e, consequentemente, o volume de 
serviço, além de considerar as novas iniciativas prospectadas.
 
Seguindo a tendência de mercado em relação ao bem-estar de seus 
funcionários, serão oferecidos os benefícios de assistência médica e vale-
transporte. 
 
O cargo de aplicador técnico refere-se a um funcionário especialista em 
serviços diferenciados do lava-rápido como polimentos, enceramento, 
cristalização, higienização, entre outros. Os auxiliares estarão mais focados na 
lavagem a seco dos veículos. A estimativa utilizada para os cálculos considera 
que cada carro é lavado por duas pessoas em 30 minutos.
 
Os encargos considerados nas tabelas foram estimados em 100% do valor do 
salário do funcionário. O dono do negócio terá um cargo de gerente, no qual o 
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supervisor do lava-rápido e o mecânico-chefe responderão a ele. O encargo 
incidente no pró-labore foi estimado em 30%.
 
No início do quarto ano de funcionamento do negócio será dado um 
aumento salarial aos funcionários, cuja porcentagem será variável de acordo 
com o cargo. Além disso, nesse mesmo período, a empresa irá adquirir um 
automóvel utilitário, maquinários e contratará 2 auxiliares e 1 aplicador técnico 
para compor uma “filial” móvel. Esse investimento será realizado novamente 
no início do quinto ano.
 
Operações
 
A Boutique do Carro estará capacitada para atender e realizar os serviços de 
estética automotiva e de mecânica e contará com uma equipe especializada 
para realizar estes serviços.
 
O lava-rápido funcionará 7 dias por semana, 8 horas por dia, enquanto a 
mecânica funcionará 6 dias por semana, 8 horas por dia.
 
Serviços de orçamento, dúvidas e reservas de horários poderão ser pedidos 
pela internet (correio eletrônico) e pelo telefone.
 
Todos os serviços realizados pelas clientes na Boutique do Carro são 
armazenados no sistema informatizado, juntamente com seus cadastros, 
programa de fidelidade, com o objetivo de permitir a personalização dos 
serviços e facilitar a comunicação pós-venda. 
 
O serviço de retirada e entrega “delivery” será feito por uma motocicleta da 
empresa personalizada com a logomarca. Já a Filial Móvel contará com um 
utilitário devidamente equipado para serviços fora do nosso local, facilitando 
para aqueles que não programaram esse tipode serviço.
 
Os fornecedores de insumos utilizados no lava-rápido já estão estabelecidos 
no mercado e fornecem também para alguns de nossos concorrentes.
 
A contabilidade da empresa será executada por escritório de contabilidade 
terceirizado.
 
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Plano Financeiro
Investimentos e aporte
 
O cálculo do investimento inicial foi baseado em empresas de lavagem a seco 
e mecânicas já estabelecidas no mercado. Os recursos financeiros a serem 
utilizados no empreendimento serão de 50% oriundos da própria dona e 50% 
como empréstimo de familiares e amigos.
 
Premissas Financeiras
 
Em relação ao lava-rápido, os gastos estimados para os maquinários elétricos 
contemplam 2 politrizes, 2 orbitais, 3 aspiradores e 1 higienizadora, quantidade 
suficiente para o crescimento estimado em três anos. O estoque inicial 
refere-se aos panos e produtos para limpeza e acabamento dos veículos. O 
treinamento específico engloba preparação dos funcionários sobre lavagem 
a seco e demais serviços oferecidos, bem como material para demonstração 
e cartazes informativos a serem exibidos no interior da loja. Será necessário a 
compra de uma motocicleta para a execução do serviço de delivery.
 
No caso da mecânica, os maquinários e ferramentas necessários para o início 
do negócio são 02 elevadores, 01 equipamento de injeção eletrônica, 02 
macacos jacaré, 01 compressor, 01 suporte de retirada de câmbio, 01 prensa, 
01 equipamento de limpeza de bico injetor, 01 guincho-girafa e ferramentas 
diversas. O estoque inicial no caso da mecânica é baixo pois as peças serão 
adquiridas contra-pedido. O estoque inicial consta com apenas baterias 
elétricas, produtos para limpeza de bicos injetores e produtos para trabalhos 
rotineiros (estopa, graxa, etc). 
 
Além disso, o investimento comum às duas frentes do negócio envolve obras 
internas no galpão alugado, referentes à construção de vestiários feminino e 
masculino, recepção e separação física do lava-rápido e mecânica, pintura, 
acabamento, etc; compra de móveis e equipamentos de informática; 
treinamento corporativo, que visa passar aos funcionários o conceito do 
negócio, o comportamento adequado junto às clientes, elaboração de 
cartazes informativos, etc; investimento em marketing com campanhas, 
anúncios, panfletos, evento de inauguração e parcerias a serem desenvolvidas 
com comércios voltados ao público feminino e, por fim, a   confecção de um 
website.
 
O imóvel a ser utilizado será um galpão, cujo valor do aluguel médio para 
empreendimentos comerciais é de R$ 40,00/m2. Será contratado um 
escritório de contabilidade para a gestão financeira do negócio. Nas despesas 
diversas, são considerados gastos com assinaturas de jornais e revistas, entre 
outros.
 
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Os custos variáveis considerados no negócio incluem insumos, gastos com 
água, energia e telefone, despesas com propaganda e marketing e despesas 
diversas. 
 
Em relação aos insumos, segundo dados de empresas já estabelecidas, o 
consumo médio de produto por carro em um lava-rápido a seco é R$ 7,00 e 
na mecânica, o gasto com insumos representa 35% do valor do serviço.
 
O gasto com água, energia e telefone foi aumentando com o passar dos meses, 
de acordo com o crescimento no número de clientes atendidos e, portanto, o 
volume de serviço.
 
Por se tratar de um negócio diferenciado, voltado a um público exigente, foi 
reservada uma porcentagem de 1% do faturamento mensal para investimento 
em propaganda e marketing. Serão estabelecidas parcerias com comércios 
voltados ao público feminino, como cabeleireiros, manicures, etc., visando 
atrair mais clientes, além de anúncios e panfletos a serem distribuídos.
 
Nas despesas diversas, considera-se gastos com imprevistos, taxas e 
transações bancárias, novos investimentos, entre outros.
 
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Indicadores Financeiros
 
Foi estimado um fluxo de caixa detalhado dos primeiros 60 meses do negócio, 
mostrando a evolução do faturamento, custos e lucro líquido. Nessa estimativa, 
contemplou-se o aumento no volume de negócios, a mudança no quadro de 
funcionários e nos custos variáveis, conforme citado anteriormente.
 
O momento de maior exposição do negócio é no 10º mês, em que o fluxo 
de caixa acumulado se encontra negativo em cerca de    R$ 212.000,00.  A 
partir desse mês, o faturamento do negócio passa a ser superior às despesas, 
fazendo com que o caixa se torne positivo a partir do 25º mês. O crescimento 
do negócio está fundamentado basicamente em dois pilares: o aumento 
no número de clientes e o aumento no número de serviços de maior valor 
agregado. O primeiro acontece devido à estimativa inicial de clientes ter 
sido bem abaixo da média de empresas já estabelecidas, além do negócio 
ter uma ótima localização e o resultado das ações de marketing e parcerias, 
que conferiram maior visibilidade ao negócio. Além disso, deve-se ressaltar o 
atendimento diferenciado, com foco no relacionamento transparente com as 
clientes, o que tende a fidelizá-las.
 
Já o aumento no número de serviços de maior valor agregado (polimentos, 
cristalizações, higienizações, etc, no lava-rápido e limpeza periódica de 
bico injetor, revisão a cada 20.000 km rodados, etc, na mecânica), está 
fundamentado na política da empresa em explicar e conscientizar os clientes 
dos benefícios de serviços não muito procurados pelo público-alvo, conforme 
dados da pesquisa de mercado realizada. Dessa forma, foi estimado um 
aumento gradativo no ticket médio tanto na mecânica como, principalmente, 
no lava-rápido.
 
No 37º e 49º mês, percebe-se uma queda no fluxo de caixa acumulado devido 
ao investimento em nossa “filial” móvel descrita anteriormente.
 
Cenários alternativos
 
Analisando os valores de faturamento, percebe-se um crescimento do primeiro 
para o segundo ano de 116%. Esse crescimento acentuado é esperado, devido 
aos resultados das ações descritas anteriormente e, principalmente, o fato de 
se tratar de um novo negócio em que a base de clientes, no primeiro ano, é 
pequena.
 
No segundo para o terceiro ano, o crescimento estimado para o faturamento 
é de 23%, pois acredita-se que um grande número de clientes já estará 
fidelizado e o negócio estará atingindo um patamar próximo ao de empresas 
já consolidadas, em termos de volume de clientes.
 
No quarto e quinto ano, o crescimento estimado será superior aos 30% devido 
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ao empreendimento das filiais móveis que aumentarão consideravelmente os 
negócios no lava-rápido.
 
Levando-se em consideração os pontos abordados neste plano de negócios, 
percebe-se que a Boutique do Carro pode ser considerado um negócio 
promissor e altamente rentável. Verificou-se através da análise do mercado 
e da pesquisa realizada que existe uma necessidade em um público alvo 
definido que não está sendo atendida.
 
A mulher moderna está cada vez mais atrás da sua independência e vem 
buscando isso de uma forma crítica e consciente. O conceito envolvido 
na Boutique do Carro vem exatamente de encontro com esses desejos 
e expectativas femininos, por isso a probabilidade de sucesso do 
empreendimento é alta. 
FONTE: http://www.josedornelas.com.br/plano-de-negocios/
#FICA A DICA!
Vários exemplos e modelos de Plano de Negócios prontos.
Visite o site: http://www.josedornelas.com.br/plano-de-negocios/
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Referências
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Paulo: Atlas, 2007. 
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