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Compactação dos solos Disciplina: Geotecnia I Profª. Daira Sibele de Oliveira 23.10.2018 Razões e Histórico da Compactação Mecânico Manual Compactação é a densificação de um solo, tendo como conseqüência: • A redução do índice de vazios; • O aumento do entrosamento entre os grãos; • O aumento da resistência e da estabilidade volumétrica do solo; • A redução da permeabilidade; • A homogeneização do solo. Razões e Histórico da Compactação A compactação é empregada em diversas obras de Engenharia: • Obras de Terraplenagem; • Construção de barragens de terra; • Construção de rodovias e ferrovias; • Construção de aeroportos; • Construção de aterros; • Estruturas de arrimo. Razões e Histórico da Compactação O estudo sistemático da compactação iniciou-se com os trabalhos de Ralph Proctor, publicados em 1933. Enunciados de Proctor: “Para uma dada energia de compactação, a densidade obtida depende do teor de umidade do solo”. “Para uma dada energia de compactação, a densidade máxima é obtida para um certo teor de umidade denominado umidade ótima”. O Ensaio Normal de Compactação Proctor Objetivo NBR-7182. Determinar a relação, para um dado solo, entre energia de compactação, teor de umidade e densidade aparente. Neste ensaio, a energia de compactação é fixa e denominada energia Proctor Normal. O Ensaio Normal de Compactação https://www.youtube.com/watch?v=7KA3kEkCvow Ensaio de Proctor - NBR-7182 Consiste em compactar uma porção de solo, em camadas, mediante a aplicação de golpes de um soquete, dentro de um cilindro de dimensões padronizadas. Este procedimento deve ser repetido para diferentes teores de umidade a fim de que se possa avaliar a relação destes com a densidade obtida na compactação. Ensaio de Proctor - NBR-7182 Parâmetros: • Dimensões do cilindro: 10cm de diâmetro e 12,73cm de altura. • Volume do cilindro: 1000 cm³ • Massa do soquete: 2,5 Kg • Altura de queda do soquete: 30,5 cm • Número de camadas: 3 • Número de golpes por camada: 26 Ensaio de Proctor - NBR-7182 Equipamentos Ensaio de Proctor - NBR-7182 Para cada repetição do ensaio, determina-se o teor de umidade (w) e o peso específico natural da amostra ( γn), e calcula-se o peso específico aparente seco ( γd). Curva de Compactação Como resultado, obtém-se a curva de compactação do solo para a energia Proctor Normal, de onde são obtidos a umidade ótima (wot) e o peso específico aparente seco máxima (γdmax). A curva de compactação apresenta dois ramos: • Um ramo de densidades ascendentes chamado ramo seco; • Um ramo de densidades descendentes chamado ramo úmido. Curva de Compactação Curva de Compactação Para facilitar a obtenção da curva de compactação, o teor de umidade inicial deve estar em torno de 5% abaixo da umidade ótima e os incrementos devem ser de aproximadamente 2%. Cinco ou seis pontos são normalmente suficientes. Normalmente a umidade ótima é próxima ou um pouco inferior ao limite de plasticidade do solo (LP). Curva de Saturação A relação entre o teor de umidade e o peso específico aparente seco para um dado grau de saturação é dada pela expressão: Para S=1, isto é, para o solo saturado: Curva de Saturação A umidade ótima corresponde normalmente a graus de Saturação entre 80 e 90%. Valores Típicos Solos argilosos e siltosos: Umidade Ótima: 25 a 30% Peso Específico Seco Máximo: 15 a 14 kN/m³ Areias com pedregulhos pouco argilosas: Umidade Ótima: 9 a 10% Peso Específico Seco Máximo: 20 a 21 kN/m³ Areias finas argilosas lateríticas: Umidade Ótima: 12 a 14% Peso Específico Seco Máximo: 19 kN/m³ Curvas de Compactação Típicas Métodos Alternativos de Compactação Ensaio sem reuso do material • Usualmente o ensaio é feito com o reuso do material. • O ensaio sem reuso é mais rigoroso porém requer uma maior quantidade de amostra. • Deve ser feito quando as partículas do solo são frágeis. Métodos Alternativos de Compactação Ensaio sem secagem prévia da amostra • A pré-secagem pode alterar algumas proprie- dades do solo e dificulta a homogeneização do teor de umidade. • O ensaio realizado com o solo a partir da sua umidade natural é mais representativo da compactação no campo. • A prática corrente, no entanto, é realizar o ensaio com secagem prévia. Métodos Alternativos de Compactação Ensaio em solo com pedregulho • A presença de pedregulhos afeta os resultados do ensaio (teor de umidade). • Formação de ninhos junto às paredes do cilindro. • O cilindro de 1000 cm³ só deve ser utilizado para solos com partículas de até 4,8mm. • No caso de solos com pedregulhos, deve ser utilizado um cilindro maior mantendo-se a mesma energia de compactação. Métodos Alternativos de Compactação Ensaio em solo com pedregulho • Dimensões do cilindro: 15,24cm de diâmetro e 11,43cm de altura. • Volume do cilindro: 12.085 cm³ • Massa do soquete: 4,536 Kg • Altura de queda do soquete: 45,7 cm • Número de camadas: 5 • Número de golpes por camada: 12 Influência da Energia de Compactação • A umidade ótima e o peso específico seco máximo dependem da energia aplicada. • A energia Proctor Normal corresponde à compactação com equipamentos de campo convencionais. • Para simular a compactação com equipamentos mais pesados, outros ensaios com energias maiores podem ser realizados em laboratório. Influência da Energia de Compactação Ensaio Modificado de Compactação: • Cilindro grande, soquete grande, 55 golpes, 5 camadas. • Camadas principais de pavimentos. Ensaio Intermediário de Compactação: • Cilindro grande, soquete grande, 26 golpes, 5 camadas. • Camadas intermediárias de pavimentos. Influência da Energia de Compactação Influência da Energia de Compactação • Efeito da energia de compactação nos parâmetros de compactação. • Aumento da energia de compactação no ramo seco. • Aumento de compactação no ramo úmido: “borrachudos”. Linha de densidades máximas: Influência da Energia de Compactação • Observa-se experimentalmente que o valor do coeficiente “b” é tanto maior quanto mais argiloso for o solo. QUAL É O SIGNIFICADO PRÁTICO DESTA OBSERVAÇÃO? - Influência do tipo de compactação: • Compactação dinâmica • Compactação estática • Compactação por pisoteamento Aterros Experimentais • Pequeno aterro executado com o solo a ser compactado, com cerca de 200m de extensão, subdividido em 4-6 trechos com umidades diferentes. • Após um certo número de passadas, determina-se a umidade e a densidade atingida. • Diferentes tipos de equipamentos podem ter as suas eficácias testadas. Aterros Experimentais • Orientam na seleção dos equipamentos, indicam as umidades mais adequadas para cada equipamento, as espessuras das camadas, o número de passadas, etc. • Permitem a observação visual do aterro compactado e a retirada de amostras representativas para a realização de ensaios mecânicos. Aterros Experimentais Estrutura dos Solos Compactados A Compactação no Campo • Escolha da área de empréstimo as partir de um estudo técnico-econômico; • Transporte e espalhamento do solo em camadas soltas de aproximadamente 22 a 23cm de espessura (15 a 20cm depois de compactado); • Acerto da umidade por irrigação ou aeração; • Compactação propriamente dita. A Compactação no Campo Escolha dos equipamentos de compactação: • Rolos pé-de-carneiro:solos argilosos • Rolos pneumáticos: varios tipos de solos • Rolos vibratórios: solos granulares • Caminhões caçamba: aterros pequenos (heterogeneidade) Controle da compactação • Desvio de umidade (±1 a ±2%) • Grau de compactação (superior a 95%) Compactação de Solos Granulares • Os ensaios de compactação não se aplicam a areias e pedregulhos limpos. • Compactação por vibração, tanto no laboratório como no campo. • Maiores densidades são obtidas com o solo saturado ou seco. • O controle da compactação é feito com base na compacidade relativa (CR) que deve ser igual ou superior a 65-70%.
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