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Mecânica dos Solos I Professora Esp. Letícia Moreira de Carvalho <leticia.carvalho@ufersa.edu.br> Universidade Federal Rural do Semi-Árido Centro Multidisciplinar Angicos Bacharelado em Engenharia Civil Não compactado Compactado Redução dos vazios do solo através da expulsão de ar! INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO A Compactação de um solo é a sua densificação por meio de equipamento mecânico, geralmente um rolo compactador ou compactadores manuais. Resistência Deformabilidade Permeabilidade Capacidade de carga Recalques Expulsão do ar Aplicação de energia mecânica Ralph Proctor (1933) – Engenheiro americano especialista em construção de barragens. INTRODUÇÃO Aplicando-se uma certa energia de compactação A massa específica resultante é função da umidade em que o solo estiver Campo – Nº de passadas de um certo equipamento; Laboratório – Nº de golpes de soquete. Aplicando-se uma certa energia de compactação Campo – Nº de passadas de um certo equipamento; Quando se compacta com umidade baixa, o atrito entre as partículas é muito alto e não se consegue uma significativa redução dos vazios. INTRODUÇÃO Ao adicionar água, esta provoca um certo efeito de lubrificação entre as partículas, que deslizam entre si, aumentando a trabalhabilidade e acomodando-se num arranjo mais compacto. INTRODUÇÃO CURVA DE COMPACTAÇÃO Umidade Densidade Variação volumétrica (Vazios) Estado mais seco; Adição de água + Aplicação da carga Densidade máxima / Teor de Umidade Ótima Ao acrescentar mais água, a compactação não consegue mais expulsar o ar dos vazios pois o grau de saturação já é elevado Estrutura dispersa; Água passa a ocupar o espaço do solo, reduzindo a densidade Densidade da água = 1 g/cm³ Densidade do solo ~ 2,6 – 2,7 (g/cm³) Ramo seco: anterior ao valor de umidade ótima. Ramo ótimo: Wot - 2< Wot < Wot + 2 Ramo úmido: a umidade é elevada e a água encontra-se livre na estrutura do solo, absorvendo grande parte da energia de compactação. Ramo ótimo CURVA DE COMPACTAÇÃO Consiste em compactar porções do solo em estudo em diferentes teores de umidade de forma a se obter, após os cálculos, a curva de compactação do solo definido através da sua umidade ótima e massa específica aparente seca máxima. ENSAIO DE COMPACTAÇÃO EQUIPAMENTOS ENSAIO DE COMPACTAÇÃO Cilindro grande: V = 2085 cm³ ~ 2L Cilindro pequeno: V = 997 cm³ ~ 1L 1) Coloca-se uma camada de solo 2) Compactar com um soquete 3) Repete-se o processo de 3 a 5 vezes. ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO Proctor Normal (6Kg.cm/cm³) Proctor Intermediário (13 Kg.cm/cm³) Proctor Modificado (27 Kg.cm/cm³) ENSAIO DE COMPACTAÇÃO NORMAL (E= 6Kg.cm/cm³) • 3 camadas • 26 golpes por camada • Soquete de 2,5 Kg • Altura de queda de 305mm MODIFICADO (E= 6Kg.cm/cm³) • 5 camadas • 27 golpes por camada • Soquete de 4,5 Kg • Altura de queda de 457mm NBR 7182 Proctor Normal (6Kg.cm/cm³) ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PREPARAÇÃO DA AMOSTRA ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCEDIMENTO ENSAIO DE COMPACTAÇÃO https://www.youtube.com/watch?v=xgbc2wS4wX0 PROCEDIMENTO ENSAIO DE COMPACTAÇÃO ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCEDIMENTO ENSAIO DE COMPACTAÇÃO CURVA DE COMPACTAÇÃO w = Os resultados do laboratório para ensaio de Proctor Normal são fornecidos na tabela a seguir: EXERCÍCIO 1 1) Cálculo para massa específica natural (ρ𝑛) ρ𝑛= 𝑃 𝑉 ; ρ𝑛1= 1681 944 = 1,78 g/cm³; ρ𝑛2= 1784 944 = 1,89 g/cm³; ρ𝑛3 = 1841 944 = 1,95 g/cm³; . . . Volume do molde (cm³) Peso do solo úmido (g) Teor de umidade (%) 944 1681 10 944 1784 12 944 1841 14 944 1833 16 944 1784 18 944 1735 20 Massa específica natural (g/cm³) 1,78 1,89 1,95 1,94 1,89 1,84 Os resultados do laboratório para ensaio de Proctor Normal são fornecidos na tabela a seguir: EXERCÍCIO 1 Volume do molde (cm³) Peso do solo úmido (g) Teor de umidade (%) 944 1681 10 944 1784 12 944 1841 14 944 1833 16 944 1784 18 944 1735 20 2) Cálculo para massa específica seca máxima (ρ𝑑) 𝜌𝑑 = ρ𝑛 1+𝑤 ; 𝜌𝑑1 = ρ𝑛 1+𝑤 = 1,78 1+0,10 = 1,62 g/cm³ 𝜌𝑑2 = ρ𝑛 1+𝑤 = 1,89 1+0,12 = 1,69 g/cm³ 𝜌𝑑3 = ρ𝑛 1+𝑤 = 1,95 1+0,14 = 1,71 g/cm³ . . . Massa específica natural (g/cm³) 1,78 1,89 1,95 1,94 1,89 1,84 Massa específica seca máxima ( 1,62 1,69 1,71 1,67 1,60 1,53 Os resultados do laboratório para ensaio de Proctor Normal são fornecidos na tabela a seguir: EXERCÍCIO 1 Teor de umidade (%) Massa específica seca máxima (g/cm³) 10 1,62 12 1,69 14 1,71 16 1,67 18 1,60 20 1,53 1,52 1,54 1,56 1,58 1,6 1,62 1,64 1,66 1,68 1,7 1,72 0 5 10 15 20 25 CURVA DE COMPACTAÇÃO 𝑤𝑜𝑡 = 14%; 𝜌𝑑 = 1,71𝑔/𝑐𝑚³ MÉTODOS ALTERNATIVOS DE COMPACTAÇÃO ENSAIO SEM REÚSO DO MATERIAL Exige maior quantidade de material mas, o resultado é mais fiel. Pouco utilizado na prática! Não tem muita discrepância do ensaio com reúso; Dificuldade da realização do ensaio em laboratório. MÉTODOS ALTERNATIVOS DE COMPACTAÇÃO ENSAIO COM SECAGEM PRÉVIA A pré – secagem da amostra pode influenciar nas propriedades do solo, além de dificultar a posterior homogeneização da umidade incorporada. EFEITO DO TIPO DO SOLO O tipo de solo (granulometria, formato dos grãos, peso específico dos grãos, tipos de minerais presentes) irão afetar os parâmetros de compactação. FATORES QUE AFETAM A COMPACTAÇÃO Granulometria Massa específica Umidade EFEITO DA ENERGIA DE COMPACTAÇÃO FATORES QUE AFETAM A COMPACTAÇÃO Umidade Energia de Compactação Massa específica seca COMPACTAÇÃO NO CAMPO A escolha do equipamento que irá ser utilizado no campo depende principalmente do tipo de material que se deseja compactar COMPACTAÇÃO NO CAMPO PRESSÃO ESTÁTICA Compressão: rolo liso e pneumático IMPACTO Onda de pressão: pé de carneiro VIBRAÇÃO Sucessivas ondas de pressão que movimentam as partículas: rolos e compactadores vibratórios Energia de compactação: energia transferida pelo equipamento ao solo. Número de passadas: diretamente ligada ao tempo de execução Espessura da camada: função do tipo de solo e equipamento. (20cm-30cm) Velocidade de rolagem: menor velocidade promove melhor compactação, principalmente relacionado ao efeito de vibração. FATORES QUE INFLUENCIAM NA COMPACTAÇÃO Amplitude e frequência das vibrações; Homogeneização: deve-se evitar torrões secos ou muito úmidos, blocos ou fragmentos de rocha; Umidade: FATORES QUE INFLUENCIAM NA COMPACTAÇÃO Canchas Experimentais IRRIGAÇÃO AERAÇÃO FATORES QUE INFLUENCIAM NA COMPACTAÇÃO EQUIPAMENTOS DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO EQUIPAMENTOS DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO Rolos pneumáticos Rolo liso não é recomendado para solos argilosos, pois pode formar uma capa superficial de água impedindo que essa energia possa ser transmitida de forma adequada para o solo. Pavimentação ROLOS IMPACTADORES EQUIPAMENTOS DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO • Compactação profunda (2m - 3m) • Construção de pistas de pouso CONTROLE DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO O controle de compactação no campo se baseia na verificação do teor de umidade e do peso específico aparente seco. Na obra, é fixada uma faixa de variação da umidade permitida em torno da ótima (geralmente, hot ± 2%). Para determinar a umidade no campo: Coleta de amostras hermeticamente fechadas e determinação da umidade em laboratório; Speedy, método da frigideira, estufa. CONTROLE DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO O peso específico aparente seco (γd) de campo pode ser determinado através do ensaio de frasco de areia (NBR 7185). Com este dado é possível determinar o Grau de Compactação (GC) que para ser considerado aceitável deve variar entre 95% e 100%. CONTROLE DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO FREQUÊNCIA DO CONTROLE - 1 ensaio de compactação para cada 1000 m³ de material compactado; - Para camadas finais: 1 controle de densidade para cada 100 metros de extensão.Outros Métodos de controle: Método de Hilf; Método das famílias de curva de compactação; Relações empíricas estabelecidas com base em estudos estatísticos. CONTROLE DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO PROCEDIMENTO DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO 1. Escolha da área de empréstimo 2. Transporte e espalhamento do solo PROCEDIMENTO DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO 3. Regularização da camada 4. Acerto de Umidade PROCEDIMENTO DE COMPACTAÇÃO NO CAMPO 5. Compactação propriamente dita OBRIGADA! Professora Letícia Moreira de Carvalho E-mail: leticia.carvalho@ufersa.edu.br
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