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Soldabilidade dos metais e ligas metálicas Material Soldável satisfazer 3 conceitos de soldabilidade Soldabilidade operatória ou operacional: processo de soldagem / condições de fabricação - soldador ou profissional habilitado em processos manuais, semi-automáticos, mecanizados ou automatizados - adequação do(s) processo(s) de soldagem e preparação das juntas/chanfros - procedimentos de soldagem – EPS com variáveis e parâmetros operacionais - equipamentos e dispositivos apropriados, em condições satisfatórias de uso e/ou funcionamento Soldabilidade metalúrgica: procedimento de soldagem energia de soldagem - modificações microestruturais e físico-químicas nos materiais de base - transferência de calor e/ou à extensão da deformação na junta soldada Soldabilidade construtiva ou mecânica: desempenho em serviço - propriedades de uma construção soldada, sensibilidade à deformação e à fratura - resistência ao desgaste mecânico ou químico por corrosão/oxidação - desempenho e vida útil da estrutura soldada Soldabilidade dos metais e ligas metálicas componente soldado pode ser colocado em serviço: como soldado (“as welded”) a junta apresenta propriedades e características adequadas aos requisitos de projeto e aplicação em trabalho, sem nenhum tratamento térmico pós-soldagem tratado termicamente e/ou mecanicamente (“post heat treatment”) (“post mechanical treatment”) a junta soldada é submetida a tratamentos térmicos e/ou mecânicos para recuperar as propriedades originais e/ou deixar num nível de tensões residuais aceitável, para desempenho satisfatório em serviço Soldabilidade dos metais e ligas metálicas Métodos para determinação da soldabilidade a) Operatória: - Qualificação ou simulação de soldagem: EPS - Especificação do Procedimento de Soldagem (para fabricação) - Qualificação ou simulação de reparo: EPRS - Especificação do Procedimento de Recuperação por Soldagem (para manutenção) - Qualificação ou simulação de desempenho: soldador e de operador de soldagem Normas e códigos de qualificação de EPS, soldadores e operadores de soldagem estruturas metálicas: ABNT NBR 262 e FBTS N-006 estruturas metálicas - aço: AWS D1.1; DNV e EN 287/288 estruturas metálicas - chapa fina de aço: AWS D1.3 pontes metálicas - aço: AWS D1.5 oleodutos e gasodutos: ANSI B31.4 e API 1104 tubulações: ANSI B31.1/31.3 e ASME IX tanques de armazenamento: API 650 e ASME IX aeroespacial: ABNT NBR 9540 estruturas metálicas - aço inox: AWS D1.6 vasos de pressão: ASME IX equipamentos movimentação de terra: AWS D14.3 fornos e caldeiras: ANSI B31.1/31.3 e ASME IX materiais fundidos: ASTM A488 naval: sociedades classificadoras GL, ABS, LRS, BV e NK subaquática: AWS D3.6 Soldabilidade dos metais e ligas metálicas Métodos para determinação da soldabilidade b) Metalúrgica - Simulação: - modelagem do ciclo térmico e/ou predição através de diagramas de fases, de transformação e conceitos metalúrgicos - simulação do ciclo térmico - Experimental: - fusão localizada e/ou aplicação de pressão através de uma fonte térmica/mecânica - controle da microestrutura na ZTA ou junção em comparação com o metal base e a solda - ensaios de restrição Tekken, Varestrain e Implante - ensaios químicos - outros c) Mecânica: - Ensaios e testes: não destrutivos, mecânicos, físicos, teste da pancada ou fratura da junta soldada etc - Simulação: para peça nova ou para recuperação de uma peça já trabalhada com defeitos de serviço ou de processamento, como peça fundida, forjada, laminada, etc. - Modelagem matemática: programas computacionais Tecnologia da soldagem Soldabilidade dos metais e ligas metálicas Métodos para determinação da soldabilidade - Experimental: - ensaio de restrição Varestrain Soldabilidade dos metais e ligas metálicas Avaliação da soldabilidade de um material: a) conhecer o metal ou liga metálica - natureza: tipo e composição química do metal ou liga ferrosa ou não-ferrosa → especificações e classificações das normas: Chave dos Aços (Key to Steel ou Stahlschlussel), Chave dos Metais (Key to Metals), Worldwide Guide to Equivalent Irons and Steels and alloys (ASM) → usinas produtoras: Woldman’s Engineerig Alloys - processo de fabricação: laminado, fundido, forjado, trefilado, estampado, extrudado - propriedades: mecânicas, físicas, químicas, magnéticas, metalúrgicas - estado de fornecimento: tratado termicamente, encruado, fadigado, com tensões residuais, recuperado por solda ou com recobrimento superficial (metalizado), sob carregamento/esforço por estar montado ou desmontado - forma de fornecimento: chapa, lamina, barra, arame/fio, tubo, perfil, tira, peça fundida ou forjada etc - condições de trabalho: situações de carregamento mecânico, desgaste ou corrosão, condições do meio e temperatura à qual a junta ou componente soldado vai estar submetido em serviço Soldabilidade dos metais e ligas metálicas Avaliação da soldabilidade de um material: b) avaliar os processos de soldagem: → conhecer os processos disponíveis, suas características operacionais e capabilidade c) usar procedimentos pós-soldagem: → lançar mão de tratamentos térmicos e/ou mecânicos para restituir à junta e ao componente soldado as propriedades, características ou estado de fornecimento originais d) gerenciar tecnicamente o emprego da tecnologia: → do projeto da peça, componente ou estrutura à validação do seu procedimento de soldagem sistema da qualidade Aços ao carbono e aços ao carbono liga aços ao carbono = ligas ferrosas (ferro-carbono) C < 2% peças ou semiprodutos fundidos ou conformados mecanicamente especificados por normas ABNT, SAE, AISI, DIN, AFNOR - Aços carbono: liga Fe-C + silício e manganês adicionados intencionalmente em pequenas proporções + enxofre e fósforo residuais do processo de fabricação do aço: < 0,050% - Aços carbono baixa liga: liga Fe-C + silício e manganês adicionados intencionalmente em pequenas proporções + adições intencionais de elementos de liga em teores abaixo de ~ 5% de Cr, Ni, Mo, Mn, V, W, Si, Co, B etc para conferir propriedades mecânicas, químicas e físicas diferenciadas ou especiais (resistência ao desgaste, calor, a baixas ou altas temperaturas, corrosão), + enxofre e fósforo residuais do processo de fabricação do aço: S e P < 0,050% 8 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Tipos: aços alta resistência baixa liga - ARBL (“HSLA”) aços microligados aços ferramenta (“tool steels”) patináveis resistentes à corrosão atmosférica (“weathering steels”) - composições químicas variadas - transformáveis no estado sólido por tratamento térmico (recozimento, normalização ou tempera/revenido) - tratamento mecânico por deformação plástica a frio (encruamento) 9 Aços ao carbono e aços ao carbono liga MICROESTRUTURAS DOS AÇOS (metal base) Previsão das microestruturas em função da temperatura, composição química percentual e da velocidade de resfriamento: - diagramas válidos somente para transformações de fase sob resfriamento lento: constitucionais ou de fases binário Fe-C ou Fe-Fe3C ou ternários - diagramas válidos para transformações de fase sob resfriamento lento ou rápido: transformação isotérmica TTT-Tempo-Temperatura-Transformação (ITT - Isothermal-Time-Transformation) temperatura variável TRC - Transformação por Resfriamento Contínuo (CCT - Continuous Cooling Transformation) Análise metalográfica (micro e macrografia) PROPRIEDADES Avaliação por ensaios e testes: - mecânicas, físicas, grau de encruamento - químicas, corrosivas - térmicas e elétricas 10 Aços ao carbono e aços ao carbono liga 11 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Diagrama binário Fe-C austenita hipo hipereutetoide austenita + ferrita cementita + perlita perlita 12Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Diagrama Fe-C: microestruturas típicas de resfriamento lento hipoeutetoide C < 0,8% hipereutetoide C > 0,8%eutetoide C = 0,8% 13 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Diagramas de transformação TTT - Tempo-Temperatura-Transformação (ITT - Isothermal-Time-Transformation) TRC -Transformação por Resfriamento Contínuo (CCT - Continuous Cooling Transformation) 14 Aços ao carbono e aços ao carbono liga MICROESTRUTURAS NA ZTA OU ZAC Previsão das transformações e microestruturas na região vizinha à solda, em função do ciclo térmico de soldagem diagramas Fe-C ou Fe-Fe3C, TTT ou TRC aplicação limitada e orientativa diagramas TTTs ou TRCs (s de soldagem) temperaturas de austenitização típicas de soldagem MICROESTRUTURAS NA SOLDA OU ZONA FUNDIDA Microconstituintes típicos do metal depositado na condição “como soldada” (sem tratamento térmico pós-soldagem) conforme terminologia do IIW - International Institute of Welding: * para resfriamento relativamente lento da junta: ferrita e perlita sob diversas morfologias - ferrita primária de contorno de grão ou poligonal intragranular - ferrita acicular: desejável, pois apresenta boas propriedades mecânicas e de tenacidade para um teor de Mn ~1,5% - ferrita com fase secundária alinhada: de placas laterais ou não alinhada - agregado ferrita/carboneto: estrutura de ferrita com perlita precipitada * para altas velocidades de resfriamento da junta: - martensita ou bainita inferior e superior 15 16 17 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Microestruturas resultantes da transformação da austenita em função da velocidade de resfriamento 18 Soldabilidade dos aços extra baixo carbono a) Característica original - C < 0,025% - resistência mecânica: composição química + microestrutura + granulação ferrítica - aplicação: fabricação de tanques e acessórios para galvanização ou decapagem 19 Aço SAE 1005 Tecnologia da soldagem Soldabilidade dos aços extra baixo carbono b) Soldabilidade metalúrgica/mecânica - soldagem por fusão → função do tamanho de grão na junta soldada crescimento de grão na ZTA (e zona fundida) ciclo térmico / energia de soldagem alta favorece uma granulação mais grosseira, com perda das propriedades ou características mecânicas avaliação: ZTA ensaio de dureza e impacto na solda ensaios de dureza, tração, impacto e dobramento - soldagem por pressão → função do grau de encruamento da junta soldada aumento da resistência na ZTA (e zona fundida) favorece uma dutilidade baixa avaliação: ZPD e/ou ZTA ensaio de dureza e impacto na solda ensaios de dureza, tração, impacto 20 Tecnologia da soldagem Soldabilidade dos aços extra baixo carbono c) Soldabilidade operacional e procedimentos de soldagem - processos por fusão com ou sem metal de adição (autógeno) - processos por pressão ou pressão/fusão - energia de soldagem menor possível: ciclo térmico menos agressivo tamanho de grão mais refinado na ZTA (e na solda) - tratamento térmico pós-soldagem: refinar grão para ficar igual ao original - eletrodo ou metal de adição que depositam as mesmas propriedades ou características do metal de base: conforme AWS A 5.1 - eletrodo revestido de aço carbono com revestimento oxidante - soldagem Eletrodo Revestido A 5.2 - vareta de ferro e aço carbono - soldagem Oxicombustível 21 Soldabilidade dos aços carbono e carbono baixa liga - estado recozido Característica original - C > 0,025% - resistencia mecanica e tenacidade: composição química + microestrutura/granulação + recozimento pleno → T > 723ºC - microestruturas: hipoeutetóide C<0,8%: ferrita/perlita eutetóide C=0,8%: perlita hipereutetóide C>0,8%: perlítico-cementita Aplicações típicas fabricação de estruturas, peças, componentes ,vasos de pressão, vigas 22 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Composição química do aço = % carbono + % elementos de liga temperabilidade teor de carbono ou carbono equivalente (ceq) Ceq = contribuição do teor de carbono e dos elementos de liga na temperabilidade do aço efeito endurecedor de cada elemento de liga comparado com o efeito do carbono 23 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido fórmulas matemáticas equivalente em C referente ao percentual (%) do elemento de liga . Ceq (IIW) = % C + % Mn/6 + % (Cr + Mo + V)/5 + %(Cu + Ni)/15 . Ceq (Itoh/Pcm) = % C + % Si/30 + % (Mn + Cu + Cr)/20 + % Ni/60 + % Mo/15 + %V/10 + 5%B . Ceq (Winterton) = % C + % Mn/6 + % Cu/40 + % Ni/20 + % Mo/50 + %V/10 + %Cr/10 . Ceq (DnV) = % C + % Si/24 + % (Ni + Cu)/40 + % Mn/10 + % Mo/4 + %V/14 + %Cr/5 . Ceq (JIS/WES) = % C + % Mn/6 + % Si/24 + % Ni/40 + % Mo/4 + %V/14 + %Cr/5 24 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Valores indicativos/orientativos de %C e %Ceq para avaliar soldabilidade metalúrgica em função da sua temperabilidade Carbono < 0,25%: aços soldáveis ou de boa soldabilidade Ceq < 0,40%: aços soldáveis ou de boa soldabilidade 0,40% < Ceq < 0,70%: aços soldáveis com precauções ou media soldabilidade Ceq > 0,70%: aços de difícil soldabilidade ou de má soldabilidade Não confundir soldabilidade de um aço ao carbono com sua dureza antes da soldagem ! a soldabilidade metalúrgica de um aço carbono é avaliada pela possibilidade de aparecimento de martensita ou bainita ZTA (ou na solda), em função da velocidade de resfriamento alta da junta 25 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Valores indicativos/orientativos de %C e %Ceq para avaliar soldabilidade metalúrgica em função da sua temperabilidade Carbono < 0,25%: aços soldáveis ou de boa soldabilidade Ceq < 0,40%: aços soldáveis ou de boa soldabilidade 0,40% < Ceq < 0,70%: aços soldáveis com precauções ou media soldabilidade Ceq > 0,70%: aços de difícil soldabilidade ou de má soldabilidade Não confundir soldabilidade de um aço ao carbono com sua dureza antes da soldagem ! microconstituintes dúcteis na ZTA → ferrita, cementita ou perlita boa soldabilidade – Soldagem por fusão microconstituintes de alta dureza / baixa ductilidade na ZTA → martensita ou bainita: baixa capacidade de absorver tensões baixa soldabilidade – Soldagem por fusão 26 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Soldabilidade metalúrgica/mecânica Soldagem por fusão → função do grau de temperabilidade do aço e do tamanho de grão na ZTA percentual de Carbono ou Cequivalente → temperabilidade → soldabilidade metalúrgica - %C ou %Ceq baixo → temperabilidade baixa microconstituintes dúcteis na ZTA → ferrita, cementita ou perlita boa soldabilidade - %C ou %Ceq alto → temperabilidade alta microconstituintes de alta dureza / baixa ductilidade na ZTA → martensita ou bainita: baixa capacidade de absorver tensões baixa soldabilidade 27 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Valores máximos aceitáveis de dureza Vickers na ZTA indicativos/orientativos para avaliar soldabilidade mecânica conforme normas técnicas de qualificação de procedimentos de soldagem: - AWS D1.1 - Structural Welding Code - Steel (EUA) < 350 HV - válido para juntas em ângulo, eletrodos baixo hidrogênio (revestimento tipo básico) - EN 288-3 - Specification and Approval of Welding Procedures for Metallic Materials (União Européia) válido para solda multipasse - juntas de topo e angulo < 350 HV para aço carbono não tratado com LE < 355 MPa ou LR < 520 MPa < 320 HV para aço carbono normalizado para refino de grão com LE > 355 MPa - Petrobrás N-269 - Montagem de Vaso de Pressão - N1706- Serviços Especiais válido para vasos de pressão, após tratamento térmico, carga 5 ou 10 Kg (HV5 ou HV10) aço C < 280 HV, serviço em meio não agressivo aço C baixa liga ao Cr-Mo Cr até 2%: < 215 HV; Cr acima de 2%: < 240 HV acima destes valores de dureza dutilidade baixa baixa capacidade para absorver tensões térmicas e/ou de carregamento em serviço 28 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Soldabilidade metalúrgica/mecânica Soldagem por fusão → tamanho de grão → resistência mecânica/tenacidade → soldabilidade mecânica granulação grosseira → dureza/resistência menor soldabilidade baixa microestrutura na ZTA (e zona fundida) tamanho de grão alteração e variação na sua granulação temperatura inicial da junta tempo de permanência temperatura máxima velocidade de resfriamento 29 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Valores mínimos aceitáveis de dureza Vickers na ZTA indicativos/orientativos para avaliar soldabilidade mecânica conforme normas técnicas de qualificação de procedimentos de soldagem: dureza na ZTA dureza do metal base abaixo deste valor de dureza crescimento de grão resistência mecânica e/ou tenacidade baixa 30 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido previsão dos microconstituintes presentes na ZTA de um aço hipoeutetóide recozido 0,45% C / temperável - solda monopasse - resfriamento lento da junta: correlação com o diagrama Fe-C 31 ~ 590 0,45 SAE 1045 T (ºC) 1535 910 723 líquido austenita %C ferrita austenita + ferrita 2,0 25 Diagrama Ferro-Carbono (esquemático) ~ 1400 0,8 temperatura crítica temperatura de fusão Distância (mm) ZTA 3: região intercrítica ZTA 4: região sub-crítica ZTA 1: região de granulação grosseira metal base: ferrita + perlita junta soldada (parcial) zona fundida perlita Repartição Térmica 820 Tmáx (ºC) ZTA 2: região de refino de grão Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Microestruturas típicas de uma aço ao carbono na ZTA de uma junta soldada por fusão ciclo térmico: resfriamento lento detalhe em corte metal base região sub-crítica refino de grão crescimento de grão ZTA região intercrítica Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Microestruras na ZTA de um aço carbono 33 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido previsão dos microconstituintes presentes na ZTA de um aço hipoeutetóide recozido 0,45% C / temperável - solda monopasse - resfriamento rápido da junta: correlação com o diagrama TTT velocidade de resfriamento alta reação martensítica: martensita dureza e resistência alta baixa dutilidade e tenacidade microestrutura resultante na ZTA Tempo de resfriamento (s) Ciclo térmico de soldagem na ZTA Diagrama TTT(S) / TRC(S) (esquemático) temperatura de austenitizaçãoT (ºC) ferrita ferrita + carboneto martensita ZTA 1: região de austenitização: martensita ZTA 2: região intercrítica: parcialmente martensita ZTA 3: região sub-crítica: similar ao metal base metal base microestrutura: hipo - eutetoide - hiper Junta Soldada (parcial) zona fundida 34 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Diagramas de transformação evidenciando as microestruturas possíveis de se obter na ZTA, em função das diferentes velocidades de resfriamento do ciclo térmico 35 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Diagramas de transformação evidenciando as microestruturas possíveis de se obter na ZTA, em função das diferentes velocidades de resfriamento do ciclo térmico 36 Taustenitização = 900°C - 20 min - Tamanho grão ASTM = 9 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Soldabilidade operacional e procedimentos de soldagem - processos por fusão: com ou sem metal de adição (autógeno) - maioria dos processos por pressão ou pressão/fusão - energia de soldagem menor possível: ciclo térmico menos agressivo menores tempos de permanência a altas temperaturas tamanho de grão mais refinado na ZTA - pré-aquecimento da junta: aquecimento da junta antes do início da soldagem diminuir a dissipação de calor através da junta durante a soldagem baixa velocidade de resfriamento da junta → evitar ou minimizar a formação de microconstituintes de alta dureza e baixa dutilidade martensita e/ou bainita na ZTA aplicação do préaquecimento soldagem de união ou reparo ponteamento por solda para pré-montagem fixação de dispositivos temporários ou definitivos na junta 37 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido - Cálculo da Temperatura de Pré-Aquecimento Formulação de Seferian (Metallurgie de la Soudure - Dunod Editer / Paris - 1965) . Cálculo do Carbono equivalente(*): Ceq = % C + % (Mn + Cr)/9 + % Ni/18 + % Mo/13 . Cálculo do Carbono compensado: Cc = Ceq (1 + 0,005 x E), onde E = espessura em mm . Cálculo da Temperatura mínima de pré-aquecimento: Tp (°C) 350 (Cc - 0,25) (*) fórmulas de Ceq mais atualizadas podem ser usadas em substituição à do Seferian, pois consideram alguns elementos de liga não previstos: . Ceq (IIW) = % C + % Mn/6 + % (Cr + Mo + V)/5 + %(Cu + Ni)/15 . Ceq (JIS/WES) = % C + % Mn/6 + % Si/24 + % Ni/40 + % Mo/4 + %V/14 + %Cr/5 . Ceq (Itoh/Pcm) = % C + % Si/30 + % (Mn + Cu + Cr)/20 + % Ni/60 + % Mo/15 + %V/10 + 5%B . Ceq (Winterton) = % C + % Mn/6 + % Cu/40 + % Ni/20 + % Mo/50 + %V/10 + %Cr/10 . Ceq (DnV) = % C + % Si/24 + % (Ni + Cu)/40 + % Mn/10 + % Mo/4 + %V/14 + %Cr/5 38 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Fórmulas para cálculo da Tpré-aquecimento consideram: composição química da liga: avalia a temperabilidade > possibilidade de formação de martensita e/ou microconstituintes duros espessura da junta/condutividade térmica do material: determina o efeito massa para dissipação de calor > velocidade de resfriamento da junta energia de soldagem: aquecimento devido à fonte térmica do processo de soldagem a temperatura de pré-aquecimento também é influenciada pelo grau de restrição da junta: quanto maior a limitação da junta à deformação plástica durante a soldagem, maior a temperatura de pré- aquecimento percentual em peso (%) de cada elemento referente à composição química do material: especificação de norma, certificado de qualidade do material ou dados de catálogo da usina produtora ou do fornecedor aços com composição química e propriedades metalúrgicas diferentes: considera-se o material de maior temperabilidade, ou seja, com maior Cequivalente conseqüências secundárias em préaquecer a junta: minimiza tensões residuais, aumenta a extensão da ZTA e sua granulação, promove uma maior penetração (diluição), desumidifica (remoção da umidade - H2) e/ou vaporiza substancias contaminantes na superfície do metal base/chanfro, como óleo, graxa ou removedores 39 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Procedimentos de pré-aquecimento - modo de aquecimento: localizado (+/- 200 a 300 mm ao redor do chanfro) ou generalizado (em toda a peça) - norma de referencia: DIN 32 524 - fontes de calor e meios de aquecimento: - calor aplicado homogeneamente lado oposto da junta - maçarico ou queimador (“chuveiro”) chama neutra (O2 + acetileno) ou atmosférico (GLP) - manta resistiva - indução - forno - proteção da peça ou local da junta: - material isolante térmico manta de fibra cerâmica (“kevlar”) - imersão em material refratário (areia ou cal) - anteparo contra correntede ar resfriamento lento durante a soldagem - controle da temperatura na junta: - pastilha ou lápis térmico de fusão - fita termométrica - pirômetro de contato - termopar carta ou registro gráfico das temperaturas durante a soldagem - segurança e conforto: proteção ao soldador contra o calor irradiado da junta e da fonte térmica - posto de soldagem: proteção contra corrente de ar e umidade 40 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Procedimentos de pré-aquecimento 41 Tecnologia da soldagem Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Procedimentos de pré-aquecimento 42 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Procedimentos de pré-aquecimento 43 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Procedimentos de pré-aquecimento 44 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Procedimentos de pré-aquecimento 45 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Procedimentos de pré-aquecimento 46 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Procedimentos de pré-aquecimento 47 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Pré-aquecimento maçarico chuveiro a chama 48 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Pré-aquecimento maçarico chuveiro a chama 49 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Pré-aquecimento queimador a chama 50 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Pré-aquecimento queimador a chama 51 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Pré-aquecimento queimador a chama 52 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Pré-aquecimento indução 53 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Pré-aquecimento resistivo: mantas resistivas 54 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Pré-aquecimento a chama insuficiente proteção inadequada 55 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Préaquecimento câmara portátil a chama Proteção local da junta contra corrente de ar 56 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Préaquecimento câmara de aquecimento Proteção da peça inteira 57 Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Préaquecimento proteção local Proteção da peça inteira 58 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Pré-aquecimento controle da temperatura lápis térmico de fusão e termômetro digital ou de contato 59 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Soldabilidade operacional e procedimentos de soldagem - pós-aquecimento: manutenção da temperatura da junta imediatamente após o término da soldagem mobilidade atômica de gases presentes difusão do H2 para fora da junta evitar a fragilização e/ou trincamento da junta soldada - tratamento térmico pós-soldagem: submeter a junta ou peça soldada a tratamentos térmicos - recozimento sub-crítico alívio ou redução de tensões residuais - recozimento pleno ou normalização restaurar a microestrutura e tamanho de grão originais do metal base 60 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Soldabilidade operacional e procedimentos de soldagem tratamento térmico pós-soldagem carta gráfica 61 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Soldabilidade operacional e procedimentos de soldagem - eletrodos ou metais de adição: com as mesmas propriedades ou características do metal de base Norma AWS - American Welding Society (EUA) A 5.1 e A 5.5 - eletrodo revestido de aço carbono e baixa liga - soldagem Eletrodo Revestido; A 5.2 - vareta de ferro e aço carbono - soldagem Oxicombustível; A 5.17 - arame sólido e tubular contínuo de aço carbono - soldagem Arco Submerso A 5.18 - fio sólido ou tubular contínuo e vareta de aço carbono soldagem TIG, MIG/MAG e Plasma A 5.20 - arme tubular contínuo de aço carbono - soldagem Arame Tubular A 5.23 - arame sólido e tubular contínuo - soldagem Arco Submerso A 5.25 - arame sólido contínuo de aço carbono e baixa liga - soldagem Eletroescória A 5.26 - arame sólido contínuo de aço carbono e baixa liga - soldagem Eletrogás A 5.28 - fio sólido contínuo e vareta aço baixa liga - soldagem TIG, MIG/MAG e Plasma A 5.29 - arame tubular contínuo aço baixa liga - soldagem Arame Tubular A 5.30 - inserto consumível 62 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Microestruras na ZTA de um aço carbono 63 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Soldabilidade operacional e procedimentos de soldagem - controle da temperatura de interpasse: manter a temperatura máxima entrepasses que a solda e a junta atinge após deposição de cada cordão de solda, no intervalo entre Tpré e Tinterpasse → controle do intervalo de temperatura que a junta fica exposta durante toda a soldagem assegurar maior homogeneidade da microestrutura da solda e granulação menos grosseira na ZTA 64 ferrita bainita perlita faixa de temperatura faixa de velocidade de resfriamento maior homogeneidade de microestrutura tempo (s) temperatura (ºC) ciclo térmico martensita Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Microestruturas típicas de uma aço ao carbono na ZTA de uma junta soldada por fusão ciclo térmico: resfriamento lento detalhe em corte metal base região sub-crítica refino de grão crescimento de grão ZTA região intercrítica Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Problemas: Trincamento a quente: teor de enxofre > 0,035% Trincamento a frio: presença de H2 66 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Problemas: Trincamento a frio: presença de H2 67 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Problemas: Trincamento a quente: liquação no contorno de grão 68 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Problemas: Trincamento a quente: liquação no contorno de grão 69 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Problemas: Trincamento de reaquecimento 70 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Problemas: Trincamento a frio 71 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Problemas: junta susceptível a trincamento por decoesão ou destacamento lamelar 72 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Problemas: Trincamento por decoesão lamelar 73 tensões de contração Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Problemas: Trincamento por decoesãolamelar 74 SOLDAGEM POR PRESSÃO Aços ao carbono e aços ao carbono liga 75 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado recozido Soldagem por pressão fç (grau de encruamento na junção) o material na região da junção apresentará resistência mecânica conforme deformação plástica durante a soldagem deformação plástica a frio encruamento aumento da resistência mecânica deformação plástica a quente recristalização manutenção da resistência mecânica, se além da recristalização ocorrer crescimento de grão diminuição da resistência mecânica original 76 Aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado normalizado Características originais composição química aços hipoeutetóides : C < 0,8% microestrutura ferrítica e perlítica grão refinado normalização resistência mecânica e tenacidade 77 austenita hipo hipereutetoide austenita + ferrita cementita + perlita perlita Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado normalizado Soldabilidade metalúrgica e mecânica Soldagem por fusão função do grau de temperabilidade do aço + tamanho de grão na ZTA • Ceq temperabilidade soldabilidade metalúrgica %Ceq baixo temperabilidade baixa: microconstituintes dúcteis na ZTA boa soldabilidade %Ceq alto temperabilidade alta: microconstituintes de alta dureza e baixa ductilidade baixa capacidade de absorver tensões soldabilidade baixa • tamanho de grão resistência e tenacidade soldabilidade mecânica ciclo térmico agressivo: energia alta tempo acima da temperatura de crescimento de grão granulação grosseira resistência e tenacidade baixas baixa soldabilidade 78 Soldabilidade aços ao C e aços ao C baixa liga no estado recozido ou normalizado Soldagem por pressão fç (grau de encruamento na junção) o material na região da junção apresentará resistência mecânica conforme deformação plástica durante a soldagem deformação plástica a frio encruamento aumento da resistência mecânica deformação plástica a quente recristalização manutenção da resistência mecânica se além da recristalização ocorrer crescimento de grão diminuição da resistência mecânica original 79 Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado normalizado Soldabilidade operacional e procedimentos de soldagem Soldagem por Fusão ou Pressão similar aos aços recozidos equivalente aos aços ao carbono/baixa liga recozidos • evitar microconstituintes de alta dureza/baixa tenacidade e crescimento de grão excessivo • soldar na condição recozida e normalizar toda a peça posteriormente ou • soldar normalizado e normalizar novamente após soldagem 80 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado temperado e revenido Características originais composição química microestrutura martensítica e/ou bainítica de tratamento de beneficiamento resistência mecânica e dureza definida pela temperatura de revenimento 81 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono liga no estado temperado e revenido Diagrama TTT 82 bainita martensita CP/Usiminas Tecnologia da soldagem Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado temperado e revenido Soldabilidade metalúrgica e mecânica Soldagem por fusão: possibilidade de manter a microestrutura constituída de martensita ou bainita microestrutura martensítica/bainítica ciclo térmico de soldagem velocidade de resfriamento (Vr) - Vr lenta: microestrutura com resistência / dureza mais baixa na ZTA perda das propriedades mecânicas - Vr alta: microestrutura com resistência / dureza alta na ZTA manutenção das propriedades mecânicas, porém com tensões residuais relativamente mais altas Soldagem por pressão: possibilidade de deformação plástica ao serem soldados 83 Tecnologia da soldagem Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado temperado e revenido Soldabilidade operacional e procedimentos de soldagem - todos os processos por fusão e a maioria dos processos por pressão/fusão - baixa energia de soldagem: ciclo térmico menos agressivo alta velocidade de resfriamento da junta manter a presença de martensita - usar pré-aquecimento: temperaturas relativamente baixas para favorecer o aparecimento de martensita “revenida” de dureza e tensões relativamente baixas - Opção: soldar na condição recozida e depois fazer o tratamento de têmpera e revenido - usar eletrodo ou metal de adição que depositam as mesmas propriedades e características do metal de base: especificações e classes da norma AWS para aço carbono e baixa liga 84 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado encruado Características originais deformação plástica a frio processos de conformação mecânica resistência mecânica microestrutura e granulação ferrítica/perlítica encruada aços hipoeutetóides (C < 0,8%) 85 Tecnologia da soldagem Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado encruado Soldabilidade metalúrgica/mecânica Soldagem por fusão fç (grau de recristalização do aço e tamanho de grão ZTA) ciclo térmico temperatura alta e tempo de permanência longo recristalização + crescimento de grão excessivo microestrutura de baixa dureza na ZTA perda das propriedades mecânicas baixa soldabilidade Soldagem por pressão possibilidade de deformação plástica ao serem soldados 86 Tecnologia da soldagem Soldabilidade dos aços ao carbono e aços ao carbono liga no estado encruado Soldabilidade operacional e procedimentos de soldagem - todos os processos por fusão - processos por pressão/fusão e por pressão: limitado - energia de soldagem menor possível: ciclo térmico menos agressivo para induzir um tamanho de grão mais refinado na ZTA - restituir a resistência mecânica: encruamento da junta pós-soldagem (nem sempre possível operacionalmente) ou soldar na condição recozida e encruar o material e a junta posteriormente - usar eletrodo ou metal de adição que depositam as mesmas propriedades e características do metal de base: conforme especificações e classes AWS 87 laminação de encruamento pós tratamento mecânicosoldagemgrãos encruados grãos recristalizados grãos encruados? Tecnologia da soldagem Aços patináveis resistentes à corrosão atmosférica ou aços aclimáveis (“wethering steels”) Características originais aços ao carbono resistentes a ciclos alternados de umidificação, chuva, orvalho e secagem ao tempo sem revestimento ou pintura, sem se corroer resistência mecânica composição química contendo Cr, Cu, Si, P ou S em teores apropriados e baixos resistência estrutural resistência à corrosão atmosférica formação superficial de uma camada compacta de óxidos “pátina” aderente e pouco solúvel em água com característica protetora retarda a corrosão do metal 88 Tecnologia da soldagem Aços patináveis resistentes à corrosão atmosférica ou aços aclimáveis (“wethering steels”) USI SAC 50, 300, 350 - CSN Cor-420, 500 - ASTM A588 - V&M VM350Cor o óxido superficial difere da oxidação comum (“ferrugem”), pois impede que os elementos causadores da corrosão atmosférica atinjam o aço boa durabilidade a pátina estabilizada apresenta, em serviço, variações de tonalidade em função da agressividade do ambiente: rural, marinho, industrial, urbano ou misto o aço está “enferrujado” com coloração variada, mas está protegido quando exposto à atmosfera Aplicações típicas pontes, viadutos passarelas, estrutura metálica para prédios, vagões, navios, equipamentos e tubos para mineração, silos, para fins estéticos na arquitetura de edifícios ou fachada,peças/componentes expostas à ação do intemperismo 89 Tecnologia da soldagem Soldabilidade dos aços patináveis resistentes à corrosão atmosférica ou aços aclimáveis (“wethering steels”) Soldabilidade e procedimentos de soldagem - equivalente aos aços normalizados - metal depositado, em multipasse: atender à resistência mecânica/estrutural de projeto - solda com composição química similar ao material: somente nas 2 últimas camadas que ficarão em contato com o meio conferir à solda resistência à corrosão atmosférica consumíveis das normas AWS A 5.1 e A 5.5 - eletrodo revestido de aço carbono e baixa liga - soldagem Eletrodo Revestido A 5.28 - fio sólido contínuo e vareta aço baixa liga - soldagem TIG, MIG/MAG e Plasma A 5.29 - arame tubular contínuo aço baixa liga - soldagem Arame Tubular A 5.17 - eletrodos e fluxos de aço carbono - soldagem Arco Submerso - na soldagem monopasse usar eletrodo ou consumível convencional que atenda somente à resistência mecânica a diluição garante a composição química necessária à formação da pátina na solda - soldável pelos processos por fusão a arco Eletrodo Revestido, MIG/MAG, Arame Tubular ou Arco Submerso e processos por resistência e por pressão 90 Tecnologia da soldagem Soldabilidade dos aços resistentes à abrasão Características originais aços de alta dureza tratamento térmico e composição química resistência mecânica e ao desgaste especificados pela microestrutura e dureza Aplicação: peças ou componentes de mineração ou de movimentação de terra material estrutural (resistência de projeto) e resistente ao desgaste Soldabilidade e procedimentos de soldagem - metal depositado: atender à resistência mecânica/estrutural de projeto a dureza nos passes de acabamento é conseguida através de solda com dureza similar ao material normas AWS A5.13 ou DIN 8555. Soldável pelos processos por fusão Eletrodo Revestido, MIG/MAG ou Arame Tubular, com energia relativamente baixa e pré-aquecimento (grandes espessuras) 91 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ferramenta (“tool steels”) Características originais ligas Fe com baixo ou alto teor de C (até 1,5%) + elementos de liga Cr, V, W para formar carbonetos (Cr23C6, V4C3, WC) dispersos na matriz do aço temperados e revenidos alta dureza e resistência + baixa dutilidade / tenacidade resistência ao desgaste e abrasão a frio ou a quente Mo retêm dureza em alta temperatura até ~600ºC suportar um fio de corte afilado ferramentas de corte, matrizes para modelagem ou conformação de materiais, facas, lâminas de corte e de serra, molas e arames de alta resistência Especificação: normas AISI - SAE - ASTM - EN - ISO Classificação: M (aços rápidos a base de molibdênio - W (aços temperáveis em água), S (aços resistentes ao choque) - O (trabalho a frio temperável em óleo), A (aços para trabalho a frio temperável ao ar) - D (aços para trabalho a frio alto C e Cr), H (aços para trabalho a quente) - P (aços para moldes) 92 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ferramenta (“tool steels”) 93 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ferramenta (“tool steels”) Soldabilidade e procedimentos de soldagem processos por fusão: com ou sem metal de adição (autógeno) processos por pressão ou pressão/fusão: limitado - eletrodos ou metais de adição: para fabricação de peças novas ou para recuperação de peças usadas → composição química não necessariamente igual ao metal base normas AWS A5.13, EN 14700 e DIN 8555 microestrutura, dureza a frio e a quente e a tenacidade - oxidação superficial e alterações dimensionais: procedimentos e técnicas com alta temperatura - diluição: considerar este conceito na soldagem de enchimento e após acabamento superficial da ferramenta 94 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços ferramenta (“tool steels”) Soldabilidade e procedimentos de soldagem ciclo térmico altera o tratamento térmico de fornecimento do material propriedades originais são mais ou menos alteradas = fç(procedimento de soldagem) - soldagem na condição recozida: recozer a peça + pré-aquecer a 600ºC + soldagem + resfriamento lento + acabamento ou usinagem + tratamento térmico da ferramenta soldada ou recuperada - soldagem na condição temperada/revenida → técnica da soldagem por etapas: pré-aquecer de 800 a 1000ºC + resfriamento até 450ºC + soldagem a temperatura mínima de 450º + resfriamento rápido/brusco em ar/óleo + revenido procedimento não resultará numa solda com microestrutura e dureza originais do metal base → apropriado em situações de emergência até a fabricação de nova ferramenta - soldagem na condição temperada/revenida → técnica da soldagem simplificada: pré-aquecer de 200 a 500ºC + soldagem + resfriamento procedimento não resultará num metal depositado com microestrutura e dureza originais do metal base → apropriado em situações de emergência até a fabricação da nova ferramenta - opção: fabricar o corpo da ferramenta nova em aço C ou C baixa liga e usar metal de solda apropriado somente nas regiões onde são necessárias as propriedades e características de trabalho da ferramenta 95 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços austeníticos ao manganês (aços “Hadfield”) Características originais ligas Fe com elevado teor de C: 1 a 1,5% + manganês: 12 a 13% dureza de 180 a 200 HB apresenta encruamento sob impacto dureza aumenta progressivamente durante o serviço até 400-500 HB resistência ao desgaste por impacto e abrasão aumenta sob os esforços em serviço sob deformação a frio da austenita instável transformação em martensita Especificação: normas ASTM 128 Aplicação: mandíbulas e cone de britador de minério ou pedra, dentes de carregadeiras e escavadeiras, martelos de moinhos, sapatas de freio 96 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços austeníticos ao manganês (aços “Hadfield”) Aplicações 97 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços austeníticos ao manganês (aços “Hadfield”) fase frágil de dureza alta: resultante de resfriamento lento 98 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços austeníticos ao manganês (aços “Hadfield”) Soldabilidade metalúrgica e mecânica fragilização: velocidade de resfriamento baixa formação da fase dura β-Mn ocorrência de trincas na ZTA e na solda Soldabilidade operacional e procedimentos de soldagem - remover camada encruada ou soldas de reparo em peças usadas - baixa energia de soldagem - temperatura de preaquecimento e interpasse baixas: < 80 a 100ºC - processos: Eletrodo Revestido, MIG/MAG ou Arame Tubular, com eletrodos que depositam composição química equivalente - dureza de ~ 45 HRc após impacto de trabalho o material vai se endurecendo à medida que sofre deformação a frio, em serviço - reparos de manutenção de componentes: remover a parte endurecida pelo trabalho e aplicar almofada com solda inoxidável austenítica AWS A.5.4 tipo E 307, com posterior soldagem de enchimento com eletrodo que deposita aço de composição química similar ao metal de base com 12/13% de manganês a solda austenítica funciona como camada amortecedora de impacto e bloqueadora de propagação de trincas para o interior da peça 99 Tecnologia da soldagem Aços ao carbono e aços ao carbono liga Soldabilidade dos aços austeníticos ao manganês (aços “Hadfield”) microestrutura austenítica camada amortecedora de impacto e bloqueadora de propagação de trincas para o interior da peça solda ZTA 100
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