Buscar

Noberto Mazai RevisãoDeVéspera OAB

Prévia do material em texto

Um panorama da Filosofia do Direito
(Prof.Dr.Mazai)
A sorte é para os audazes...
• A Filosofia do Direito visa refletir sobre o Direito para além de sua 
simples operacionalização.
• Alguns conceitos, categorias, autores e ideias precisam ser 
conhecidos e assimilados.
• Os filósofos foram pessoas que estavam inseridos na vida social de 
seu tempo e, daí, advém suas teorias.
Breve panorama da ideia de Justiça
Sofistas: o foco da ideia de justiça dos sofistas repousava em 
um discurso relativista de justiça, isto é, a justiça estava a 
serviço dos interesses particulares de cada um.
• Um fator determinante para eles era a oratória e a retórica 
para convencer.
Sócrates e Platão: para esses grandes pensadores clássicos da 
antiguidade grega a ideia de justiça teria uma ligação fortemente
com as virtudes. 
• Somente conhece a justiça aquele que é justo. Não se pode ser justo
quando não se conhece a justiça.
• A justiça não pode ser vislumbrada somente na realidade humana
mas é questão metafísica.
Aristóteles: a justiça para o filósofo de estagira reside na virtude e na ética. 
• A justiça é um justo meio, a justa medida.
• A justiça é uma virtude que só pode ser praticada em relação ao outro, 
conscientemente, para chegar à igualdade ou à observância das leis, tendo
como fim último o bem comum. 
• Isto é, se o injusto é o desigual, o justo será o igual, o que, ainda que sem
provas, é evidente para todos os homens que vivem em sociedade.
•
Justiça na cristandade
• Lei divina e lei humana devem pautar-se pelo amor e a caridade.
• A prática da caridade é a chave para a conquista do paraíso. Agir bem, 
com amor e caridade sem olhar a quem.
• Agostinho: dar a cada um o que lhe é de direito.
Justiça Kantiana
• Um dos pontos singulares na filosofia do direito kantiana é a
questão da liberdade e, esta, relacionada a agir conforme as
próprias leis.
• A justiça possui como tarefa a função social e jurídica da
eliminação de obstáculos à liberdade e autonomia individual.
• Portanto, para o filósofo alemão o indivíduo deve agir de tal modo
que a sua atitude seja correta a ponto de tornar-se uma lei
universal a todos os homens.
Justiça em Hegel
• Hegel possui uma filosofia do direito pautada em leis universais em
que todos deveriam seguir não se importando com as razões para
poder obedecê-las.
• O direito se fundaria na idéia de vontade livre, isto é, o direito seria o
império da liberdade realizada.
• Essa vontade seria o eu mesmo que determina as ações. É o puro
pensamento de si mesmo abstraindo-se de todas as determinações.
Justiça em Hans Kelsen: sua contribuição a filosofia do direito está
ligada a idéia de que o direito deve ser visto como normas
legitimamente produzidas dentro de um sistema normativo.
• Os valores seriam uma questão a parte. Portanto, a autoridade jurídica
é quem cria, interpreta e aplica a norma jurídica.
Justiça em Habermas: defende a ideia do mundo da vida e da razão
comunicativa. O homem é livre para Habermas quando esse é
guiado por sua razão.
• É defensor da sociabilidade dos indivíduos no mundo da vida. Os
homens deveriam buscar o consenso pela linguagem, pela
democracia. Razão instrumental e razão comunicativa.
John Rawls é o grande teórico da democracia liberal.
• A justiça assume um papel de igualdade. Ele tolera a desobediência 
como ato de resposta as injustiças internas em uma dada sociedade.
• Os princípios da justiça independem de ideologias e devem estar 
calcados na racionalidade.
Ronald Dworkin. A teoria geral do direito para ele não pode ignorar que
seus maiores problemas são relativos a princípios morais e não a
estratégias ou a fatos jurídicos.
• A fundamentação do direito e da justiça devem ir alem das regras
jurídicas postas.
• Não pode-se desvincular da moral e do argumento.
Norberto Bobbio: para que seja alicerçada uma teoria da norma, deve-
se pensar que toda norma jurídica pode ser submetida a três
valorações distintas: aos critérios da justiça, da validade e da eficácia.
Portanto, a ideia da justiça corresponde aos valores últimos ou finais
que inspiram um ordenamento jurídico, a validade refere-se à
existência da regra jurídica enquanto tal, e a eficácia seria o efeito real
e prático da norma jurídica na sociedade.
Boa Prova! 
A carteira é sua!
P o d e q u e m P e n s a q u e P o d e e F a 
z...

Continue navegando