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Resumo de Sociologia

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RESUMO DE SOCIOLOGIA
Crime e desvio: teorias explicativas (A. Giddens)
Conceituações: crime e desvio
Crime = conduta não conformista ⇢ infringe a lei; Desvio = ações que transgridem as normas comumente defendidas; podem ser ou não sancionadas por lei. Ex: nudismo, Hare Krishna.
Varia conforme ⇢ época e lugar. Ex: Kevin Mitnich, o “hacker”.
Estudos:
Criminologia = técnicas de mensuração do crime e formas comportamentais criminosas;
Sociologia do desvio = aplicação das noções de desvio; poder.
Sanções: formais = leis: positivas (elogios) e negativas 		(punição) e informais (ex: ”nerds”);
Teorias Explicativas: crime e desvio
Teorias Biológicas e Físicas = determinação genética 
Biologia = qualidades inatas. Ex: Lombroso em 1870;
Psicologia = tipo de personalidade
Teorias Sociológicas = explicações conforme os contextos sociais e suas discrepâncias de poder e riqueza.
Teoria Positivista e Funcionalista: produtos de tensões estruturais e falta de regulação moral.
Durkheim ⇢ anomia = colapso da vida tradicional na sociedade moderna, perda da solidariedade;
Processo: organização da sociedade moderna; divisão do trabalho; especialização; isolamento enfraquecimento da solidariedade e comportamento de desvio. Ex: metrópole e cidade do interior.
Crime e desvio ⇢ inevitáveis e necessários
Consenso ⇢ impossível.
Merton ⇢ o conflito entre normas e realidade social ou de meios (recursos institucionais e normas comportamentais) e metas (valores socioculturais). Ex: mídia e falta de oportunidades.
Subculturas = gangues = rejeitam valores dominantes e recompensam e encorajam comportamento criminoso.
Tipos de comportamento:
Conformista = busca metas por meios institucionais (não desvio);
Inovacionista = segue metas sociais e inova nos meios = criativo;
Ritualista = abdica das metas e apega-se aos meios. Ex: burocrata;
De Evasão = abandona metas e meios sociais. Ex: “hippies”;
De Rebelião = contra metas e meios ⇢ propõe novas metas e meios. Ex: revoluções como a francesa e a russa.
Teoria Interacionista
Desvio = fenômeno construído socialmente. E questionam:
Como os comportamentos são definidos como desviantes;
Porque alguns grupos são rotulados e outros não.
Teoria da Rotulação: o rótulo reforça o comportamento desviante ⇢ nenhum ato é intrinsecamente criminoso ou normal.
Rótulo é dado pelas pessoas que representam as forças da lei e da ordem conforme: suas definições de moralidade convencional e avaliação diferencial em bairros ricos e pobres. Ex: espancamento da doméstica e argumento do pai dos criminosos.
Fatores influentes: roupa, modo de falar, país de origem, etc.
Classificação de desvios (Lemert/72):
Primários = transgressão inicial que é “normalizada”;
Secundários = aceitação do rótulo e comportamento desviante. Ex: quebra de vitrine
Teoria do Conflito
Desvio = escolha deliberada e de natureza política face às desigualdades do capitalismo
Análise da estrutura da sociedade:
Interesses concorrentes entre os grupos sociais;
Preservação do poder das elites. Ex: Poder Negro.
Novo Realismo de Esquerda ⇢ chama atenção para as vítimas do crime e exige mudanças das políticas sociais especialmente em áreas urbanas degradadas.
A exclusão da comunidade ⇢ subcultura do crime e não a pobreza.
Apontam para as desigualdades na aplicação da lei à população. Ex: crimes do “colarinho branco”;
Teoria do Controle
Crime = controles sociais ou físicos inadequados para impedi-lo. 
Liga-se a: oportunidades e alvos crescentes nas sociedades modernas. 
Teoria das Janelas Quebradas ⇢ conexão direta entre: aparência de desordem e crime de fato.
Se a janela fica quebrada fica a mensagem de abandono e ocorre o aumento de danos, como pixações, vandalismos, etc. 
Visão: homem é egoísta por natureza e tendo a oportunidade...
Fatores que dão às pessoas o sentido de obediência ou de desvio na obediência à lei (Hirschi/69): apego, compromisso, envolvimento e crença.
Políticas e tendências: tolerância zero e privatização crescente da segurança.
Estudos Estatísticos: Criminalidade Feminina e temores populacionais
Estudos estatísticos: discrepância entre dados oficiais e experiências reais das pessoas.
Nem todos são denunciados: descrença, julgamentos demorados, constrangimento...
Criminalidade feminina é menor que a masculina ⇢ socialização 
Crimes em que são vítimas mais comumente:
Estupro, violência doméstica e assédio
Orientação: cuidados especiais... Senão serão “merecedoras”.
Temores populacionais ⇢ crimes de rua ⇢ domínio de jovens do sexo masculino e da classe operária.
Comportamento anti-social de jovens: “colapso moral”, acesso fácil às drogas e seu uso associado ao estilo de vida. Ex: subcultura “rave” e “club”. 
Crime de “colarinho branco” e de corporações
“Colarinho branco” = crimes “de escritório”, dos setores mais influentes da sociedade e que a lei não presta muita atenção. 
Crime organizado = formas institucionalizadas de atividade criminosa com uso de atividades sistematicamente ilegais, apesar das características ortodoxas. Ex: máfias japonesas (Yakuza), chinesa, russa, do leste europeu, etc.
Cibe crime = atividade criminosa que usa tecnologia da informática. Ex: lavagem de dinheiro eletrônica, transferência de fundos, invasão da privacidade, pornografia, etc. 
Solução: prisões? Para reformar? Para punir? Ou para impedir o crime? Alternativa: prestação de serviços à comunidade...
Crimes do futuro = “identidade” ⇢ personalizadas com “chips” eletrônicos.
Crítica ao Direito no Brasil: o direito alternativo (Guanabara e Jorge Ferreira)
Introdução: crítica ao direito
Raiz ⇨ marxista = “direito burguês” ,
Propósito = mudar o quadro jurídico vigente no Brasil no fim do século XX,
Correntes:
Uso alternativo do direito ⇨ proposta: usar o arcabouço legal de justiça de maneira mais flexível. Líderes = magistrados da região sul do país;
Direito alternativo ⇨ proposta: construir um novo direito ⇨ também chamado de insurgente e achado na rua. Não valorizam a ordem vigente.
Definindo os alternativos
Influência européia:
França ⇨ aversão à juridicidade (oposto dos EUA) ⇨ tendência a se recorrer a agências de mediação, evitando o recurso ao Poder Judiciário;
Itália ⇨ criam (anos 60 e 70) a chamada jurisprudência alternativa, com reflexos na Espanha.
Correntes de magistrados italianos:
Estrutral-funcionalistas = conservadores; valorizam a ordem e a segurança jurídica;
Conflitismo pluralista = reformistas ⇨ buscam mudanças no Poder Judiciário ⇨ aprofundamento da democracia e do estado de direito;
Conflitismo dicotômico do tipo marxista = buscam conferir à magistratura uma função criadora ⇨ construir uma socidade mais igualitária.
Brasil ⇨ subversão da ordem jurídica:
Seja a partir de dentro do Estado; centro do movimento = magistratura;
Seja a partir de fora, mobilizando setores organizados da sociedade = atores das lutas pelos seus direitos. 
Uso Alternativo do Direito
Fundamentação = direito positivado e instituído, Mas
Usando contradições, ambivalências e lacunas do direito com vistas a criar espaços para:
O avanço das lutas populares,
Democracia das normas
Suma: buscar dentro do que é legal e instituído formas de alinhamento com desfavorecidos; não acreditam na neutralidade do direito e da justiça.
Áreas de atuação:
Criminal = reforço da incriminação de crimes contra o patrimônio público;
 desconsideração de pequenos delitos como vadiagem, prostituição;
Trabalhista = maior proteção ao trabalhador, apoio às greves, direito do 	 consumidor, etc.;
Agrária = proteção à invasão de terras (resistência do Judiciário na devolução das terras aos proprietários.
Suma: muitas decisões polêmicas foram incorporadas à jurisprudências e a proposta perde seu aparente radicalismo.
Direito alternativo: direito insurgente e direito “achado na rua”
Convicções:
Necessário educar política e legalmente as classes populares parasua organização e conscientização;
Necessário substituir o direito oficial vigente por um direito autêntico oriundo da própria sociedade.
Estado ⇨ representante das classes dominantes ⇨ necessário Nova Ordem Jurídica = Fora do Estado ⇨ direito insurgente.
Direito “achado na rua” ⇨ projeto da UNB ⇨ educação à distância para organizações como associações de bairro, sindicatos, etc.
Lutas do novo direito:
Questionamento dos valores; criação de uma ética política libertadora, de uma racionalidade emancipatória e de uma práxis comunitária;
Redescoberta do novo sujeito histórico;
Reconhecimento de movimentos sociais e práticas ⇨ fontes do pluralismo jurídico.
Críticas: o radicalismo da recusa do direito positivado pode levar a equívocos e causar prejuízos à própria população.
Interação social e vida cotidiana (A. Giddens)
Conceito e abordagens
Interação = processo pelo qual agimos e reagimos às pessoas a	 		nosso redor.
Globalização muda ☞ freqüência e a natureza dos contatos das 				 	 diferentes culturas (exótico ⇄”normal”).
Vida cotidiana = estudo da percepção do mundo à nossa volta 		 	 (normal e familiar ⇄inusitado)
Ações a serem consideradas:
“Desatenção civil” = reconhece-se a presença do outro, mas evita-se qualquer gesto invasivo. Ex: cruzar com outra pessoa na rua;
Rotinas diárias = organização de nossas vidas conforme padrões semelhantes;
Ação criativa para moldar realidade = rotinas não são idênticas;
Conhecimento dos sistemas maiores e suas instituições.
Abordagens:
Microssociologia = análise ou estudo do comportamento dos indivíduos ou pequenos grupos no cotidiano;
Macro sociologia = estudo dos sistemas sociais em grande escala como: sistema político, ordem econômica, etc. e a longo prazo.
Ex.: reação dos homens e das mulheres em público. 
Comunicação não-verbal
Comunicação não-verbal = linguagem corporal
Rosto, Gestos e Emoção:
Expressão facial emocional é a mesma em todos os seres humanos;
Gestos ou posturas corporais ⇄ variam conforme a cultura e são usados para completar afirmações, transmitir idéias, brincar... Podem transmitir o que não queremos.
Imagem e autoestima = “boa imagem”, a estima pela qual um indivíduo é tido pelos outros.
Tato = mecanismo de proteção à exposição geral;
Controle da expressão facial ☞ símbolos = diplomatas, jogadores de pôquer.
Gênero: percepção da comunicação não-verbal é diferente para homens e mulheres. Ex.: contato visual. 
Diálogo (troca verbal)
Etnometodologia = estudo dos etnométodos = diálogo comum, da conversação, do que percebemos – buscamos dar sentido - o que os outros fazem ou dizem. Depende: 
Compreensão compartilhada, conforme contexto social. Ex.: diálogo entre proprietário e inquilino potencial.
Expectativas subentendidas = sentido no cotidiano depende da cultura compartilhada e não verbalizada.
Vandalismo interacional = quebra da regra do diálogo = insegurança..., 
Formas de falar = conversas fragmentadas, hesitantes, agramaticais;
Respostas exclamativas = situações de contratempo, momento crítico e não quando a pessoa está só.
Lapsos de fala☞Freud: nunca são verdadeiramente acidentais; revelam o que desejamos manter escondido, inconsciente..
Pode ser: engraçado e/ou causar desconforto.
Interação focada e desfocada
Controle ⇄ rosto e do corpo ⇄ transmite certos significados e oculta outros ⇄ movimento contínuo que não percebemos.
Encontros:
Interação não-focalizada = consciência mútua da presença dos outros, sem comunicação, sem conversação direta. Ex.: rua movimentada, festa, teatro.
Astúcia urbana = quando a pessoa se sente ameaçada. Ex: muda de calçada.
Interação focada = quando os indivíduos prestam atenção ao que os outros dizem. Ex.: família, amigos, etc. Festa = dois tipos.
Inícios ⇄ necessário descartar a desatenção civil;
contato visual – pode ser: ambíguo, exploratório.
Marcadores = separações entre os encontros – parênteses. Fazem a distinção entre cada interação – da manhã até a noite. Exs.: teatros (luzes), elevador (difícil demarcar área de interação focalizada).
Interação social = gestão da impressão ⇄ modelo dramaturgico = noções de teatro (papel, representação, palco, coxias). 
Região de frente = ocasiões formais, encontros sociais;
Região de fundo = local de preparação, de fora de cena.
Espaço Pessoal, Espaço e Tempo
Espaço pessoal = distância mantida entre os indivíduos engajados 		 na interação social (varia conforme a cultura).
Oriente ☞ distancia entre as pessoas é menor do que no ocidente;
Ocidente ☞ distâncias: íntima = 33 cms (interações comuns);Pessoal = 33 a 88 cms (amigos e íntimos);Social = 88 a 2,6 cms (representação para platéia); Pública= 2ms e 64cms.
Gênero = homens têm mais liberdade que as mulheres no uso do espaço.
Interação no tempo e no espaço: regionalizada. Ex.: casa
Tempo = marcado pelo relógio
Espaço = zoneado ao longo do dia, das semanas...
Mudanças com novas tecnologias ☞ comunicação instantânea.
Mente presente e corpo desaparecido ☞ compulsão de proximidade.
Organizações Modernas: poder e burocracia (A. Giddens)
Organizações = grandes associações de pessoas ⇨ fim comum ⇨papel central em nossas vidas do nascimento à morte; desde abrir uma torneira até usar TV ou fone.
Exs: corporações empresariais; agências governamentais; escolas; universidades; hospitais; prisões, etc.
Principais autores: Max Weber e Michel Foucault
Max Weber e a burocracia (burocracia=“bureau”=escritório)
Organização moderna com hierarquia de autoridade clara;
Regras escritas para controle da conduta dos funcionários;
Separação entre tarefas do escritório e vida fora deste;
Trabalho em tempo integral com salário; não supõe propriedade
Sentido atual = papelada, ineficiência, desperdício ou cautela.
Weber = superioridade técnica
Redes informais e Disfunções
Redes informais = tendência à proteção dos interesses individuais e grupais – em todos os níveis - e não os da organização. (Blau)
Regra = funcionário discutir problemas com superiores; Realidade = tendência a buscar os colegas do mesmo nível.
Disfunções da burocracia = rigidez ⇨ ritualismo onde as regras burocráticas se sobrepõem às metas organizacionais. (Merton)
Tipos de organização:
Sistemas mecanicistas = cadeias hierárquicas de comando; comunicação vertical por canais definidos; raros contatos da base com o topo.
Sistemas orgânicos = estrutura mais livre, especialização flexível; ordens são mais difusas e comunicação flui entre a base e o topo.
Instituições Totais (E. Goffman)
Abordagem interacionista = da perspectiva dos atores sociais e dos significados que atribui ao mundo que os cerca.
Instituições Totais = instalações que impõem a seus residentes: um sistema de existência rigorosamente organizado e planejado, em completo isolamento do mundo exterior e meticulosamente supervisionado. Exs.: hospitais psiquiátricos; prisões; conventos...
Aspectos comuns às Instituições:
Privação da “percepção do eu” ⇄ “reconstrução” da individualidade conforme regras instituídas;
Remoção dos objetos pessoais e traços de identificação (uniforme; novo nome ou nº; rompimento com ligações externas)
Lembrança constante: outra pessoa; nova identidade;
Separação entre funcionários e reclusos;
“Mortificação do eu” = humilhações na chegada, rebaixamento face aos superiores até a destruição do autoconceito.
Instituições Totais: reações identificadas
Reações: do retraimento completo à resistência aberta; acomodação e “desempenho” do papel. A maioria resiste ao abandono do “eu”.
Foucault ⇨prisões = organizações carcerárias das sociedades modernas (“sociedade disciplinar”).
Detenção ⇨ raras até inícios do século XIX ⇨ locais para “esfriar a cabeça” ou para aguardar execução como: açoite, enforcamento, etc.
Prisões modernas ⇨origem: casas de trabalho (fim do feudalismo) onde andarilhos, doentes, idosos, etc. trocam trabalho por comida.
Século XVIII diferenciam-se: prisões, manicômiose hospitais.
Foucault e o “Panopticon”
“Panopticon” = prisão ideal ⇨ estrutura para controle do tempo (horário) e do espaço (movimento) dos prisioneiros. Não percebem o momento da vigilância.
Isolamento em celas com uma única janela;
Padrão circular ⇨ vigilância por torre;
Área comum para exercícios.
Controle por arquivos e registros.
Tensão entre: burocracia e democracia
Centralização do poder – Oligarquias – dificultam a democracia. Situação máxima: países comunistas ⇨ poder de quem está no topo.
Tendências organizacionais atuais
Menos burocracia e mais flexibilidade.
Modelo Japonês (adotado no Ocidente):
Exercício de gerência = de baixo para cima; consulta às bases);
Pagamento e Responsabilidades ⇨ antiguidade (segurança);
Avaliação e Desempenho ⇨ grupos (não individual);
Menor especialização ⇨ todos têm que passar pelas diferentes áreas ⇨ após 30 anos chega ao pico da carreira;
Fusão: vida privada com profissional (alta lealdade).
“Ouchi” = clãs = grupo de pessoas com vínculos pessoais entre si (forma de autoridade).
Tecnologia e organizações modernas ⇨ transcendem Tempo e Espaço. Ex.: Bolsa de Valores.
Trabalho “em rede” (Castells) e não independente e fechado. Exs.: Benetton e IBM.
Debates sobre Desburocratização
H.Mintzberg ⇨ modelos variados e adaptáveis às necessidades;
Clegg ⇨ influência dos contextos culturais nas burocracias. Ex.: padarias francesas;
Ritzer ⇨ “McDonaldização” = racionalização crescentes das organizações ( modo de fazer; uniforme dos funcionários; “lay-out”).
Busca por máxima eficiência ⇄ mínima responsabilidade e menor envolvimento humano. Ex.: serviços automatizados...”teclas” no telefone.
Conclusão: Qual o futuro da burocracia?
Influência decisiva das Teorias Decisórias de Baixo para Cima?
Tecnologia da informação e eliminação da visão weberiana?
Tendências: ampliação da impessoalidade e hierarquia nas organizações.
Cautela e futuro incerto.
Sociologia Jurídica: objeto e método
Objeto da ciência jurídica
Objeto = fim, objetivo de uma ciência
Objeto da ciência jurídica = direito fato = compreensão dos comportamentos e estruturas + mudanças sociais, suas formas e fatores.
Entendimento de diferentes pensadores:
Durkheim:
Como as regras jurídicas se constituem real e efetivamente; 
Modo como as normas jurídicas funcionam.
Gurvitch
Formas de sociabilidade e fenômenos geradores do direito;
Sociologia diferencial = tipologias de grupos particulares e sociedades totais;
Sociologia genética = interinfluencia do direito e sua base econômica e social
E. Jorion
Observação e análise dos fatos;
Tipologias; estudos da gênese das regras e sua evolução;
Relação do direito com outros fenômenos e
Definição de Sociologia do Direito e seus limites.
R. Siches
Como o direito como fato representa o produto do processo social;
Efeitos do direito como condicionante e condicionado pela sociedade.
R. Treves
Eficácia das normas jurídicas e seus efeitos sobre a sociedade;
Estudo dos instrumentos humanos de realização da ordem jurídica e de suas instituições;
Estudo da opinião pública sobre o direito e instituições jurídicas.
Max Weber
Objeto = probabilidade dos membros de um grupo considerarem válida determinada ordem pela qual norteiam sua conduta.
Sociologia aplicada = análise de aspectos e dimensões do social como: direito, política, cultura, economia, religião, etc.;
Sociologia aplicada ao direito = direito como função das relações sociais;
Manifestações morfológicas = comportamento e relações prescritas: o fenômeno e a norma;
Significações institucionais = integração social dos indivíduos; estabelecimento de ordenamento e preservação da estrutura.
Abordagens:
Jurídica: O que idealmente tem valor como direito? + Qual o Sentido/Significado normativo logicamente correto que deve corresponder a uma formulação verbal a que se apresenta como norma jurídica?
Sociológica = o que de fato ocorre numa comunidade em razão de existir a % de que seus membros considerem subjetivamente válida determinada ordem e por ela orientem sua conduta?
Método da sociologia jurídica
Observação:
Sociedades contemporâneas tipo modernas (Códigos..)
Sociedades contemporâneas tipo primitivas (presença física);
Sociedades desaparecidas (vestígios arqueológicos).
Interpretação:
Exame e classificação dos fatos pelos métodos dedutivo/indutivo
Princípios: 
Definir os fatos jurídicos como “normas de condutas coletivas”;
Destacar a importância do tempo social; do momento de exercício das influências
Verificar os efeitos sociais dos documentos escritos.
Comparação: de dois ou mais elementos para determinar ⇢ semelhanças, diferenças ou relações.
Planos de Análise: 
Vertical: no tempo, na história; 
Horizontal: no espaço ou geograficamente.
Sociologia Jurídica? Sociologia do Direito?
Loche, Ferreira, Souza, distinguem:
Sociologia Jurídica = campo mais amplo; mais ligada ao pluralismo jurídico e ao acesso à justiça;
Sociologia do Direito = área mais restrita às análises institucionais e condições ligadas à eficácia do direito.
Lyra Filho, Faria e Campilongo: 
Sociologia Jurídica = exame do direito em geral como elemento do processo social;
Sociologia do Direito = estudo da base social de um direito específico.
Sabadel, não faz distinção, mas destaca a diferença entre:
Sociologia “do” direito = análise da totalidade do sistema jurídico;
Sociologia “no” direito = decisões jurídicas pautadas nos estudos sociais.
M.Reali, Cavalieri não fazem distinções.
Trabalho e transformações (A. Giddens)
Trabalho: vida econômica e social
Trabalho = execução de tarefas ⇢ com esforço físico e mental.
Objetivo: produção de mercadorias e serviços ⇢ necessidades.
Economia informal ⇢ fora da esfera do emprego ou do dinheiro. Trabalho não remunerado ⇢ doméstico e voluntário.
Várias culturas ⇢ base do sistema econômico e da autoestima.
Ocupação = trabalho executado em troca de ordenado regular. 
Características: 
Dinheiro ⇢ satisfazer necessidades;
Nível de atividade ⇢ conforme: aptidões e habilidades;
Variedade ⇢ acesso a contextos diferentes do doméstico;
Estrutura temporal ⇢ direção às atividades diárias;
Contatos sociais ⇢ amizades, atividades grupais, etc.;
Identidade pessoal ⇢ auto-estima e sustento familiar.
Mudanças no trabalho
Séculos XVIII e XIX ⇢ do trabalho agrário e de pastoreio ⇢ artesanal e industrial;
Século XX ⇢ do trabalho manual para o não manual ⇢ serviços e “colarinhos brancos” ⇢ economia global 
Século XXI ⇢ da economia industrial para a economia do conhecimento = economia das ideias, da informação e inovação, como: “marketing”, planejamento e desenvolvimento tecnológico, etc.
Setores: financiamento e investimento
Base: alta tecnologia, educação e treinamento, pesquisa e desenvolvimento. 
Motivos das mudanças:
Introdução contínua de maquinário para poupar trabalho;
Difusão da tecnologia de informação na indústria;
Crescimento de indústrias fora do Ocidente.
Sistema econômico: sociedades tradicionais e modernas
Sociedades tradicionais = economia auto-suficiente, 
Agricultura e pastoreio; um único ofício; produção de início ao fim; trabalho em casa ou nos arredores; haviam de 20 a 30 ofícios.
Sociedades modernas = produção em massa → economia interdependente.
Trabalho fora de casa; especialização na tarefa; supervisão constante; disciplina e técnicas de aumento de produtividade; cerca 20.000 ofícios diferentes.
Marx = alienação; trabalho e capital = contrato → desigualdade entre as partes e igualdade jurídica-política; pagamento após trabalho. 
Durkheim = solidariedade pela dependência
Taylorismo e Fordismo
Taylorismo ou gerenciamento científico = divisão do processo industrial em tarefas simples que podem ser → cronometradas e organizadas.
Fordismo = ampliação desse processo de produção em massa → cria linha de montagem com esteira rolante.
Sistemas de baixa confiança e com alto grau de alienação; produtos padronizadose sistema bastante rígido.
Adam Smith = iniciador da proposta de divisão do trabalho. Ex.: teoria da Fábrica de Alfinetes.
Atualmente: tecnologia da informação → teleconferência, comércio eletrônico, internet...
Automação = aparelho autômatos que desempenham funções humanas ( meados no século XIX) → robôs
Abordagens pós-fordistas
Pós-fordismo = uso de técnicas mais flexíveis e domínio da inovação. 
Mercado de “nicho” = maior diversificação exige atividades: 
Especialização flexível: desenvolvimento de produção e técnicas próprias aos segmentos especializados; 
Envolvimento dos empregados; “marketing” de nichos;
Trabalho em equipe não hierarquizado; equipes colaborativas;
Habilidades múltiplas = capacidade de rápida adaptação;
Treinamento no emprego = + barato que assessoria.
Transformações sobrepostas:
Vida econômica e em toda a sociedade; política partidária; escolha dos consumidores; estilos de vida.
Trabalho feminino e divisão do trabalho doméstico
Sociedades pré-industriais = não separação casa ⇄ local de trabalho; grande influência no lar e no processo econômico.
Sociedades industriais = casa e trabalho em esferas distintas; influências das 2 G. Guerras; mudança na natureza das tarefas; diminuição do índice de natalidade; mecanização de muitas tarefas domésticas e motivos financeiros.
Empregos femininos:
Associados a valores domésticos;
Mais mal remunerados do que dos homens;
Grande opção por meio turno (conciliar: casa e trabalho); 
Divisão do Trabalho Doméstico: mudanças entre os casais mais jovens, mas mulheres = mais responsáveis e homens “provedores”.
Novos desafios
Trabalho e Família = conciliação.
Jornadas mais longas e menos tempo para família e lazer;
Mães sob forte pressão, mesmo com políticas trabalhistas. 
Desemprego = experiência psicológica desorientadora; perda de renda e enfraquecimento dos laços comunitários.
Insegurança no emprego = sensação de apreensão quanto a segurança futura, especialmente nas classes médias nos setores bancário e financeiro muito afetado pela era da informação e enxugamento do sistema pelo uso de tecnologias de computação.
“Morte das Carreiras” = fim do “emprego para toda a vida”.
Situação atual = grandes mudanças estruturais na natureza e organização do trabalho, mas o “trabalho remunerado” ainda é básico para gerar recursos e permitir vida diversificada.

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