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RESUMO DE SOCIOLOGIA Crime e desvio: teorias explicativas (A. Giddens) Conceituações: crime e desvio Crime = conduta não conformista ⇢ infringe a lei; Desvio = ações que transgridem as normas comumente defendidas; podem ser ou não sancionadas por lei. Ex: nudismo, Hare Krishna. Varia conforme ⇢ época e lugar. Ex: Kevin Mitnich, o “hacker”. Estudos: Criminologia = técnicas de mensuração do crime e formas comportamentais criminosas; Sociologia do desvio = aplicação das noções de desvio; poder. Sanções: formais = leis: positivas (elogios) e negativas (punição) e informais (ex: ”nerds”); Teorias Explicativas: crime e desvio Teorias Biológicas e Físicas = determinação genética Biologia = qualidades inatas. Ex: Lombroso em 1870; Psicologia = tipo de personalidade Teorias Sociológicas = explicações conforme os contextos sociais e suas discrepâncias de poder e riqueza. Teoria Positivista e Funcionalista: produtos de tensões estruturais e falta de regulação moral. Durkheim ⇢ anomia = colapso da vida tradicional na sociedade moderna, perda da solidariedade; Processo: organização da sociedade moderna; divisão do trabalho; especialização; isolamento enfraquecimento da solidariedade e comportamento de desvio. Ex: metrópole e cidade do interior. Crime e desvio ⇢ inevitáveis e necessários Consenso ⇢ impossível. Merton ⇢ o conflito entre normas e realidade social ou de meios (recursos institucionais e normas comportamentais) e metas (valores socioculturais). Ex: mídia e falta de oportunidades. Subculturas = gangues = rejeitam valores dominantes e recompensam e encorajam comportamento criminoso. Tipos de comportamento: Conformista = busca metas por meios institucionais (não desvio); Inovacionista = segue metas sociais e inova nos meios = criativo; Ritualista = abdica das metas e apega-se aos meios. Ex: burocrata; De Evasão = abandona metas e meios sociais. Ex: “hippies”; De Rebelião = contra metas e meios ⇢ propõe novas metas e meios. Ex: revoluções como a francesa e a russa. Teoria Interacionista Desvio = fenômeno construído socialmente. E questionam: Como os comportamentos são definidos como desviantes; Porque alguns grupos são rotulados e outros não. Teoria da Rotulação: o rótulo reforça o comportamento desviante ⇢ nenhum ato é intrinsecamente criminoso ou normal. Rótulo é dado pelas pessoas que representam as forças da lei e da ordem conforme: suas definições de moralidade convencional e avaliação diferencial em bairros ricos e pobres. Ex: espancamento da doméstica e argumento do pai dos criminosos. Fatores influentes: roupa, modo de falar, país de origem, etc. Classificação de desvios (Lemert/72): Primários = transgressão inicial que é “normalizada”; Secundários = aceitação do rótulo e comportamento desviante. Ex: quebra de vitrine Teoria do Conflito Desvio = escolha deliberada e de natureza política face às desigualdades do capitalismo Análise da estrutura da sociedade: Interesses concorrentes entre os grupos sociais; Preservação do poder das elites. Ex: Poder Negro. Novo Realismo de Esquerda ⇢ chama atenção para as vítimas do crime e exige mudanças das políticas sociais especialmente em áreas urbanas degradadas. A exclusão da comunidade ⇢ subcultura do crime e não a pobreza. Apontam para as desigualdades na aplicação da lei à população. Ex: crimes do “colarinho branco”; Teoria do Controle Crime = controles sociais ou físicos inadequados para impedi-lo. Liga-se a: oportunidades e alvos crescentes nas sociedades modernas. Teoria das Janelas Quebradas ⇢ conexão direta entre: aparência de desordem e crime de fato. Se a janela fica quebrada fica a mensagem de abandono e ocorre o aumento de danos, como pixações, vandalismos, etc. Visão: homem é egoísta por natureza e tendo a oportunidade... Fatores que dão às pessoas o sentido de obediência ou de desvio na obediência à lei (Hirschi/69): apego, compromisso, envolvimento e crença. Políticas e tendências: tolerância zero e privatização crescente da segurança. Estudos Estatísticos: Criminalidade Feminina e temores populacionais Estudos estatísticos: discrepância entre dados oficiais e experiências reais das pessoas. Nem todos são denunciados: descrença, julgamentos demorados, constrangimento... Criminalidade feminina é menor que a masculina ⇢ socialização Crimes em que são vítimas mais comumente: Estupro, violência doméstica e assédio Orientação: cuidados especiais... Senão serão “merecedoras”. Temores populacionais ⇢ crimes de rua ⇢ domínio de jovens do sexo masculino e da classe operária. Comportamento anti-social de jovens: “colapso moral”, acesso fácil às drogas e seu uso associado ao estilo de vida. Ex: subcultura “rave” e “club”. Crime de “colarinho branco” e de corporações “Colarinho branco” = crimes “de escritório”, dos setores mais influentes da sociedade e que a lei não presta muita atenção. Crime organizado = formas institucionalizadas de atividade criminosa com uso de atividades sistematicamente ilegais, apesar das características ortodoxas. Ex: máfias japonesas (Yakuza), chinesa, russa, do leste europeu, etc. Cibe crime = atividade criminosa que usa tecnologia da informática. Ex: lavagem de dinheiro eletrônica, transferência de fundos, invasão da privacidade, pornografia, etc. Solução: prisões? Para reformar? Para punir? Ou para impedir o crime? Alternativa: prestação de serviços à comunidade... Crimes do futuro = “identidade” ⇢ personalizadas com “chips” eletrônicos. Crítica ao Direito no Brasil: o direito alternativo (Guanabara e Jorge Ferreira) Introdução: crítica ao direito Raiz ⇨ marxista = “direito burguês” , Propósito = mudar o quadro jurídico vigente no Brasil no fim do século XX, Correntes: Uso alternativo do direito ⇨ proposta: usar o arcabouço legal de justiça de maneira mais flexível. Líderes = magistrados da região sul do país; Direito alternativo ⇨ proposta: construir um novo direito ⇨ também chamado de insurgente e achado na rua. Não valorizam a ordem vigente. Definindo os alternativos Influência européia: França ⇨ aversão à juridicidade (oposto dos EUA) ⇨ tendência a se recorrer a agências de mediação, evitando o recurso ao Poder Judiciário; Itália ⇨ criam (anos 60 e 70) a chamada jurisprudência alternativa, com reflexos na Espanha. Correntes de magistrados italianos: Estrutral-funcionalistas = conservadores; valorizam a ordem e a segurança jurídica; Conflitismo pluralista = reformistas ⇨ buscam mudanças no Poder Judiciário ⇨ aprofundamento da democracia e do estado de direito; Conflitismo dicotômico do tipo marxista = buscam conferir à magistratura uma função criadora ⇨ construir uma socidade mais igualitária. Brasil ⇨ subversão da ordem jurídica: Seja a partir de dentro do Estado; centro do movimento = magistratura; Seja a partir de fora, mobilizando setores organizados da sociedade = atores das lutas pelos seus direitos. Uso Alternativo do Direito Fundamentação = direito positivado e instituído, Mas Usando contradições, ambivalências e lacunas do direito com vistas a criar espaços para: O avanço das lutas populares, Democracia das normas Suma: buscar dentro do que é legal e instituído formas de alinhamento com desfavorecidos; não acreditam na neutralidade do direito e da justiça. Áreas de atuação: Criminal = reforço da incriminação de crimes contra o patrimônio público; desconsideração de pequenos delitos como vadiagem, prostituição; Trabalhista = maior proteção ao trabalhador, apoio às greves, direito do consumidor, etc.; Agrária = proteção à invasão de terras (resistência do Judiciário na devolução das terras aos proprietários. Suma: muitas decisões polêmicas foram incorporadas à jurisprudências e a proposta perde seu aparente radicalismo. Direito alternativo: direito insurgente e direito “achado na rua” Convicções: Necessário educar política e legalmente as classes populares parasua organização e conscientização; Necessário substituir o direito oficial vigente por um direito autêntico oriundo da própria sociedade. Estado ⇨ representante das classes dominantes ⇨ necessário Nova Ordem Jurídica = Fora do Estado ⇨ direito insurgente. Direito “achado na rua” ⇨ projeto da UNB ⇨ educação à distância para organizações como associações de bairro, sindicatos, etc. Lutas do novo direito: Questionamento dos valores; criação de uma ética política libertadora, de uma racionalidade emancipatória e de uma práxis comunitária; Redescoberta do novo sujeito histórico; Reconhecimento de movimentos sociais e práticas ⇨ fontes do pluralismo jurídico. Críticas: o radicalismo da recusa do direito positivado pode levar a equívocos e causar prejuízos à própria população. Interação social e vida cotidiana (A. Giddens) Conceito e abordagens Interação = processo pelo qual agimos e reagimos às pessoas a nosso redor. Globalização muda ☞ freqüência e a natureza dos contatos das diferentes culturas (exótico ⇄”normal”). Vida cotidiana = estudo da percepção do mundo à nossa volta (normal e familiar ⇄inusitado) Ações a serem consideradas: “Desatenção civil” = reconhece-se a presença do outro, mas evita-se qualquer gesto invasivo. Ex: cruzar com outra pessoa na rua; Rotinas diárias = organização de nossas vidas conforme padrões semelhantes; Ação criativa para moldar realidade = rotinas não são idênticas; Conhecimento dos sistemas maiores e suas instituições. Abordagens: Microssociologia = análise ou estudo do comportamento dos indivíduos ou pequenos grupos no cotidiano; Macro sociologia = estudo dos sistemas sociais em grande escala como: sistema político, ordem econômica, etc. e a longo prazo. Ex.: reação dos homens e das mulheres em público. Comunicação não-verbal Comunicação não-verbal = linguagem corporal Rosto, Gestos e Emoção: Expressão facial emocional é a mesma em todos os seres humanos; Gestos ou posturas corporais ⇄ variam conforme a cultura e são usados para completar afirmações, transmitir idéias, brincar... Podem transmitir o que não queremos. Imagem e autoestima = “boa imagem”, a estima pela qual um indivíduo é tido pelos outros. Tato = mecanismo de proteção à exposição geral; Controle da expressão facial ☞ símbolos = diplomatas, jogadores de pôquer. Gênero: percepção da comunicação não-verbal é diferente para homens e mulheres. Ex.: contato visual. Diálogo (troca verbal) Etnometodologia = estudo dos etnométodos = diálogo comum, da conversação, do que percebemos – buscamos dar sentido - o que os outros fazem ou dizem. Depende: Compreensão compartilhada, conforme contexto social. Ex.: diálogo entre proprietário e inquilino potencial. Expectativas subentendidas = sentido no cotidiano depende da cultura compartilhada e não verbalizada. Vandalismo interacional = quebra da regra do diálogo = insegurança..., Formas de falar = conversas fragmentadas, hesitantes, agramaticais; Respostas exclamativas = situações de contratempo, momento crítico e não quando a pessoa está só. Lapsos de fala☞Freud: nunca são verdadeiramente acidentais; revelam o que desejamos manter escondido, inconsciente.. Pode ser: engraçado e/ou causar desconforto. Interação focada e desfocada Controle ⇄ rosto e do corpo ⇄ transmite certos significados e oculta outros ⇄ movimento contínuo que não percebemos. Encontros: Interação não-focalizada = consciência mútua da presença dos outros, sem comunicação, sem conversação direta. Ex.: rua movimentada, festa, teatro. Astúcia urbana = quando a pessoa se sente ameaçada. Ex: muda de calçada. Interação focada = quando os indivíduos prestam atenção ao que os outros dizem. Ex.: família, amigos, etc. Festa = dois tipos. Inícios ⇄ necessário descartar a desatenção civil; contato visual – pode ser: ambíguo, exploratório. Marcadores = separações entre os encontros – parênteses. Fazem a distinção entre cada interação – da manhã até a noite. Exs.: teatros (luzes), elevador (difícil demarcar área de interação focalizada). Interação social = gestão da impressão ⇄ modelo dramaturgico = noções de teatro (papel, representação, palco, coxias). Região de frente = ocasiões formais, encontros sociais; Região de fundo = local de preparação, de fora de cena. Espaço Pessoal, Espaço e Tempo Espaço pessoal = distância mantida entre os indivíduos engajados na interação social (varia conforme a cultura). Oriente ☞ distancia entre as pessoas é menor do que no ocidente; Ocidente ☞ distâncias: íntima = 33 cms (interações comuns);Pessoal = 33 a 88 cms (amigos e íntimos);Social = 88 a 2,6 cms (representação para platéia); Pública= 2ms e 64cms. Gênero = homens têm mais liberdade que as mulheres no uso do espaço. Interação no tempo e no espaço: regionalizada. Ex.: casa Tempo = marcado pelo relógio Espaço = zoneado ao longo do dia, das semanas... Mudanças com novas tecnologias ☞ comunicação instantânea. Mente presente e corpo desaparecido ☞ compulsão de proximidade. Organizações Modernas: poder e burocracia (A. Giddens) Organizações = grandes associações de pessoas ⇨ fim comum ⇨papel central em nossas vidas do nascimento à morte; desde abrir uma torneira até usar TV ou fone. Exs: corporações empresariais; agências governamentais; escolas; universidades; hospitais; prisões, etc. Principais autores: Max Weber e Michel Foucault Max Weber e a burocracia (burocracia=“bureau”=escritório) Organização moderna com hierarquia de autoridade clara; Regras escritas para controle da conduta dos funcionários; Separação entre tarefas do escritório e vida fora deste; Trabalho em tempo integral com salário; não supõe propriedade Sentido atual = papelada, ineficiência, desperdício ou cautela. Weber = superioridade técnica Redes informais e Disfunções Redes informais = tendência à proteção dos interesses individuais e grupais – em todos os níveis - e não os da organização. (Blau) Regra = funcionário discutir problemas com superiores; Realidade = tendência a buscar os colegas do mesmo nível. Disfunções da burocracia = rigidez ⇨ ritualismo onde as regras burocráticas se sobrepõem às metas organizacionais. (Merton) Tipos de organização: Sistemas mecanicistas = cadeias hierárquicas de comando; comunicação vertical por canais definidos; raros contatos da base com o topo. Sistemas orgânicos = estrutura mais livre, especialização flexível; ordens são mais difusas e comunicação flui entre a base e o topo. Instituições Totais (E. Goffman) Abordagem interacionista = da perspectiva dos atores sociais e dos significados que atribui ao mundo que os cerca. Instituições Totais = instalações que impõem a seus residentes: um sistema de existência rigorosamente organizado e planejado, em completo isolamento do mundo exterior e meticulosamente supervisionado. Exs.: hospitais psiquiátricos; prisões; conventos... Aspectos comuns às Instituições: Privação da “percepção do eu” ⇄ “reconstrução” da individualidade conforme regras instituídas; Remoção dos objetos pessoais e traços de identificação (uniforme; novo nome ou nº; rompimento com ligações externas) Lembrança constante: outra pessoa; nova identidade; Separação entre funcionários e reclusos; “Mortificação do eu” = humilhações na chegada, rebaixamento face aos superiores até a destruição do autoconceito. Instituições Totais: reações identificadas Reações: do retraimento completo à resistência aberta; acomodação e “desempenho” do papel. A maioria resiste ao abandono do “eu”. Foucault ⇨prisões = organizações carcerárias das sociedades modernas (“sociedade disciplinar”). Detenção ⇨ raras até inícios do século XIX ⇨ locais para “esfriar a cabeça” ou para aguardar execução como: açoite, enforcamento, etc. Prisões modernas ⇨origem: casas de trabalho (fim do feudalismo) onde andarilhos, doentes, idosos, etc. trocam trabalho por comida. Século XVIII diferenciam-se: prisões, manicômiose hospitais. Foucault e o “Panopticon” “Panopticon” = prisão ideal ⇨ estrutura para controle do tempo (horário) e do espaço (movimento) dos prisioneiros. Não percebem o momento da vigilância. Isolamento em celas com uma única janela; Padrão circular ⇨ vigilância por torre; Área comum para exercícios. Controle por arquivos e registros. Tensão entre: burocracia e democracia Centralização do poder – Oligarquias – dificultam a democracia. Situação máxima: países comunistas ⇨ poder de quem está no topo. Tendências organizacionais atuais Menos burocracia e mais flexibilidade. Modelo Japonês (adotado no Ocidente): Exercício de gerência = de baixo para cima; consulta às bases); Pagamento e Responsabilidades ⇨ antiguidade (segurança); Avaliação e Desempenho ⇨ grupos (não individual); Menor especialização ⇨ todos têm que passar pelas diferentes áreas ⇨ após 30 anos chega ao pico da carreira; Fusão: vida privada com profissional (alta lealdade). “Ouchi” = clãs = grupo de pessoas com vínculos pessoais entre si (forma de autoridade). Tecnologia e organizações modernas ⇨ transcendem Tempo e Espaço. Ex.: Bolsa de Valores. Trabalho “em rede” (Castells) e não independente e fechado. Exs.: Benetton e IBM. Debates sobre Desburocratização H.Mintzberg ⇨ modelos variados e adaptáveis às necessidades; Clegg ⇨ influência dos contextos culturais nas burocracias. Ex.: padarias francesas; Ritzer ⇨ “McDonaldização” = racionalização crescentes das organizações ( modo de fazer; uniforme dos funcionários; “lay-out”). Busca por máxima eficiência ⇄ mínima responsabilidade e menor envolvimento humano. Ex.: serviços automatizados...”teclas” no telefone. Conclusão: Qual o futuro da burocracia? Influência decisiva das Teorias Decisórias de Baixo para Cima? Tecnologia da informação e eliminação da visão weberiana? Tendências: ampliação da impessoalidade e hierarquia nas organizações. Cautela e futuro incerto. Sociologia Jurídica: objeto e método Objeto da ciência jurídica Objeto = fim, objetivo de uma ciência Objeto da ciência jurídica = direito fato = compreensão dos comportamentos e estruturas + mudanças sociais, suas formas e fatores. Entendimento de diferentes pensadores: Durkheim: Como as regras jurídicas se constituem real e efetivamente; Modo como as normas jurídicas funcionam. Gurvitch Formas de sociabilidade e fenômenos geradores do direito; Sociologia diferencial = tipologias de grupos particulares e sociedades totais; Sociologia genética = interinfluencia do direito e sua base econômica e social E. Jorion Observação e análise dos fatos; Tipologias; estudos da gênese das regras e sua evolução; Relação do direito com outros fenômenos e Definição de Sociologia do Direito e seus limites. R. Siches Como o direito como fato representa o produto do processo social; Efeitos do direito como condicionante e condicionado pela sociedade. R. Treves Eficácia das normas jurídicas e seus efeitos sobre a sociedade; Estudo dos instrumentos humanos de realização da ordem jurídica e de suas instituições; Estudo da opinião pública sobre o direito e instituições jurídicas. Max Weber Objeto = probabilidade dos membros de um grupo considerarem válida determinada ordem pela qual norteiam sua conduta. Sociologia aplicada = análise de aspectos e dimensões do social como: direito, política, cultura, economia, religião, etc.; Sociologia aplicada ao direito = direito como função das relações sociais; Manifestações morfológicas = comportamento e relações prescritas: o fenômeno e a norma; Significações institucionais = integração social dos indivíduos; estabelecimento de ordenamento e preservação da estrutura. Abordagens: Jurídica: O que idealmente tem valor como direito? + Qual o Sentido/Significado normativo logicamente correto que deve corresponder a uma formulação verbal a que se apresenta como norma jurídica? Sociológica = o que de fato ocorre numa comunidade em razão de existir a % de que seus membros considerem subjetivamente válida determinada ordem e por ela orientem sua conduta? Método da sociologia jurídica Observação: Sociedades contemporâneas tipo modernas (Códigos..) Sociedades contemporâneas tipo primitivas (presença física); Sociedades desaparecidas (vestígios arqueológicos). Interpretação: Exame e classificação dos fatos pelos métodos dedutivo/indutivo Princípios: Definir os fatos jurídicos como “normas de condutas coletivas”; Destacar a importância do tempo social; do momento de exercício das influências Verificar os efeitos sociais dos documentos escritos. Comparação: de dois ou mais elementos para determinar ⇢ semelhanças, diferenças ou relações. Planos de Análise: Vertical: no tempo, na história; Horizontal: no espaço ou geograficamente. Sociologia Jurídica? Sociologia do Direito? Loche, Ferreira, Souza, distinguem: Sociologia Jurídica = campo mais amplo; mais ligada ao pluralismo jurídico e ao acesso à justiça; Sociologia do Direito = área mais restrita às análises institucionais e condições ligadas à eficácia do direito. Lyra Filho, Faria e Campilongo: Sociologia Jurídica = exame do direito em geral como elemento do processo social; Sociologia do Direito = estudo da base social de um direito específico. Sabadel, não faz distinção, mas destaca a diferença entre: Sociologia “do” direito = análise da totalidade do sistema jurídico; Sociologia “no” direito = decisões jurídicas pautadas nos estudos sociais. M.Reali, Cavalieri não fazem distinções. Trabalho e transformações (A. Giddens) Trabalho: vida econômica e social Trabalho = execução de tarefas ⇢ com esforço físico e mental. Objetivo: produção de mercadorias e serviços ⇢ necessidades. Economia informal ⇢ fora da esfera do emprego ou do dinheiro. Trabalho não remunerado ⇢ doméstico e voluntário. Várias culturas ⇢ base do sistema econômico e da autoestima. Ocupação = trabalho executado em troca de ordenado regular. Características: Dinheiro ⇢ satisfazer necessidades; Nível de atividade ⇢ conforme: aptidões e habilidades; Variedade ⇢ acesso a contextos diferentes do doméstico; Estrutura temporal ⇢ direção às atividades diárias; Contatos sociais ⇢ amizades, atividades grupais, etc.; Identidade pessoal ⇢ auto-estima e sustento familiar. Mudanças no trabalho Séculos XVIII e XIX ⇢ do trabalho agrário e de pastoreio ⇢ artesanal e industrial; Século XX ⇢ do trabalho manual para o não manual ⇢ serviços e “colarinhos brancos” ⇢ economia global Século XXI ⇢ da economia industrial para a economia do conhecimento = economia das ideias, da informação e inovação, como: “marketing”, planejamento e desenvolvimento tecnológico, etc. Setores: financiamento e investimento Base: alta tecnologia, educação e treinamento, pesquisa e desenvolvimento. Motivos das mudanças: Introdução contínua de maquinário para poupar trabalho; Difusão da tecnologia de informação na indústria; Crescimento de indústrias fora do Ocidente. Sistema econômico: sociedades tradicionais e modernas Sociedades tradicionais = economia auto-suficiente, Agricultura e pastoreio; um único ofício; produção de início ao fim; trabalho em casa ou nos arredores; haviam de 20 a 30 ofícios. Sociedades modernas = produção em massa → economia interdependente. Trabalho fora de casa; especialização na tarefa; supervisão constante; disciplina e técnicas de aumento de produtividade; cerca 20.000 ofícios diferentes. Marx = alienação; trabalho e capital = contrato → desigualdade entre as partes e igualdade jurídica-política; pagamento após trabalho. Durkheim = solidariedade pela dependência Taylorismo e Fordismo Taylorismo ou gerenciamento científico = divisão do processo industrial em tarefas simples que podem ser → cronometradas e organizadas. Fordismo = ampliação desse processo de produção em massa → cria linha de montagem com esteira rolante. Sistemas de baixa confiança e com alto grau de alienação; produtos padronizadose sistema bastante rígido. Adam Smith = iniciador da proposta de divisão do trabalho. Ex.: teoria da Fábrica de Alfinetes. Atualmente: tecnologia da informação → teleconferência, comércio eletrônico, internet... Automação = aparelho autômatos que desempenham funções humanas ( meados no século XIX) → robôs Abordagens pós-fordistas Pós-fordismo = uso de técnicas mais flexíveis e domínio da inovação. Mercado de “nicho” = maior diversificação exige atividades: Especialização flexível: desenvolvimento de produção e técnicas próprias aos segmentos especializados; Envolvimento dos empregados; “marketing” de nichos; Trabalho em equipe não hierarquizado; equipes colaborativas; Habilidades múltiplas = capacidade de rápida adaptação; Treinamento no emprego = + barato que assessoria. Transformações sobrepostas: Vida econômica e em toda a sociedade; política partidária; escolha dos consumidores; estilos de vida. Trabalho feminino e divisão do trabalho doméstico Sociedades pré-industriais = não separação casa ⇄ local de trabalho; grande influência no lar e no processo econômico. Sociedades industriais = casa e trabalho em esferas distintas; influências das 2 G. Guerras; mudança na natureza das tarefas; diminuição do índice de natalidade; mecanização de muitas tarefas domésticas e motivos financeiros. Empregos femininos: Associados a valores domésticos; Mais mal remunerados do que dos homens; Grande opção por meio turno (conciliar: casa e trabalho); Divisão do Trabalho Doméstico: mudanças entre os casais mais jovens, mas mulheres = mais responsáveis e homens “provedores”. Novos desafios Trabalho e Família = conciliação. Jornadas mais longas e menos tempo para família e lazer; Mães sob forte pressão, mesmo com políticas trabalhistas. Desemprego = experiência psicológica desorientadora; perda de renda e enfraquecimento dos laços comunitários. Insegurança no emprego = sensação de apreensão quanto a segurança futura, especialmente nas classes médias nos setores bancário e financeiro muito afetado pela era da informação e enxugamento do sistema pelo uso de tecnologias de computação. “Morte das Carreiras” = fim do “emprego para toda a vida”. Situação atual = grandes mudanças estruturais na natureza e organização do trabalho, mas o “trabalho remunerado” ainda é básico para gerar recursos e permitir vida diversificada.
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