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Ciências do Ambiente
Fundamentos da Ecologia
Desenvolvimento Sustentável: é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Comissão de Brundland (1897): criada pelas nações unidas para discutir e propor meios de um desenvolvimento econômico mais consciente e conservação ambiental, buscando soluções para a manutenção da grande população mundial de uma forma que promova a sustentabilidade com a exploração de recursos naturais renováveis de maneira equilibrada.
Recurso Natural: é qualquer insumo que organismos, populações e ecossistemas necessitam para sua manutenção. Algo se torna um recurso natural caso sua exploração, processamento e utilização não causem danos ao meio ambiente
Tecnologia: processos tecnológicos viabilizam a utilização dos recursos renováveis.
Economia: os recursos só serão reconhecidos e explorados se forem economicamente viáveis.
Meio Ambiente: o uso de elementos extremamente tóxicos como recursos naturais se deve ao fato de não levar em conta o meio ambiente.
Sistemas Naturais: energia solar e reciclagem de materiais – fundamentais.
Declaração Sobre o Meio Ambiente: declaração de responsabilidade ambiental produzida na conferência das nações unidas realizada em Estocolmo no ano de 1972. Os debates foram direcionados para o controle populacional, e para a necessidade de redução do crescimento econômico.
Cúpula da Terra: também chamada de ECO-92 ou RIO-92. Ocorrida em julho de 1992 no Rio de Janeiro e denominada oficialmente como conferência das nações unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento.
Agenda 21: programa de ações para por em prática os princípios básicos definidos na carta da terra, resultado da reunião da cúpula da terra.
Ecologia: é a ciência que estuda como os organismos interagem uns com os outros e com o ambiente abiótico. Seu objetivo principal é entender as interações entre organismos, populações, comunidades e ecossistemas com seu meio físico;
Ecologia Moderna: para a sua delimitação, deve-se considerar o conceito de níveis de organização em que diversos níveis bióticos de hierarquia se organizam em um amplo espectro biológico (comunidade, população, organismo, célula e gene).
Sistema: conjunto de elementos que se unem por meio de propriedades calçadas na inter-relação, interdependência e na sensibilidade a certos mecanismos reguladores, de tal modo que formem um todo unificado.
Sistemas Funcionais: produzidos através da integração em cada nível biótico com o ambiente físico.
Níveis de Sistemas: gene – células – tecidos – órgãos – organismos – populações – comunidades – ecossistemas.
Componentes Bióticos: componentes vivos do meio ambiente.
Produtores: absorvem energia luminosa e produzem seu próprio alimento.
Heterótrofos: não produzem seu próprio alimento e necessitam de outros serem vivos para sobreviverem.
Componentes Abióticos: representados por fatores físicos e químicos do meio.
Físicos: clima determinado por diversos fatores como temperatura, luz, umidade, ventos, altitude.
Químicos: componentes inorgânicos (água, ar, solo, CO2) e orgânicos (proteínas, carboidratos, lipídeos).
Meio Ambiente: conjunto de fatores abióticos e bióticos que possibilitam a sobrevivência dos organismos.
Habitat: é o lugar onde vive uma ou mais espécies.
Nicho Ecológico: é a posição ou papel de um organismo dentro da sua comunidade e ecossistema, como resultante das respectivas adaptações estruturais, reações fisiológicas e comportamento específico. É a forma de obtenção de energia e as interações das quais ele participa dentro de um ecossistema.
Nicho Trófico: é a posição de um organismo dentro de uma cadeia alimentar, como produtores, herbívoros e carnívoros.
Ecossistema: é um conjunto de componentes bióticos e abióticos que, num determinado meio, trocam matéria e energia.
Bioma: região caracterizada por um tipo de vegetação.
Biosfera: engloba todos os organismos vivos da terra que interagem com o meio físico. 
Espécie: é o conjunto de organismos semelhantes entre si que se reproduzem em condições naturais, sendo seus descendentes potencialmente férteis.
População: é o conjunto de organismos de uma mesma espécie que habitam ou ocupam o mesmo espaço em determinado tempo.
Comunidade: é um conjunto de seres vivos de diversas populações em uma determinada área.
Elementos de Geologia
Geologia: é a ciência da Terra. Estuda sua composição e estrutura, sua história e sua vida passada, tanto a vegetal quanto a animal. A Geologia repousa sobre fundamentos da Astronomia, Química, Física, Matemática e Biologia. Está estritamente relacionada com a Antropologia, Geografia e Economia.
Litologia: é o estudo da origem e natureza das rochas.
Parâmetros Litológicos: são todos os parâmetros envolvidos nos processos da litologia.
Petrografia e Petrologia: ciências que estudam as rochas no sentido restrito, aspectos descritivos e genéticos, respectivamente.
Estratigrafia: ciência que ordena as rochas, sistematizando-as a partir das mais antigas até as mais jovens.
Paleontologia: ciência que descreve e classifica os antigos seres que se encontram nas rochas.
Geologia Histórica: descreve os eventos geológicos, biológicos e estruturais cronologicamente.
Geociências: estudam a terra, seus materiais, seus processos, história e posição no espaço. Permitem uma visão ampla e integrada dos fenômenos da natureza.
Estrutura da Terra: é formada pelo núcleo interno, núcleo externo, manto e crosta.
Crosta: é a camada mais externa, basicamente formada de rochas e constituída principalmente por silício e alumínio.
Manto: é constituído pelo magma, é uma grossa camada rochosa em estado pastoso, com cerca de 2.900 km de espessura. Este material está em constante movimentação e envolve o núcleo.
Núcleo: possui cerca de 3.400 km de raio e é formado por rochas e por uma liga metálica constituída principalmente de ferro e níquel a uma temperatura por volta de 3500º C. Sua consistência é líquida, mas supõe-se que exista um núcleo sólido.
Mineral: é um elemento ou composto químico homogêneo encontrado naturalmente na crosta terrestre resultante de processos inorgânicos, de composição química definida e de estrutura interna característica, manifestada na sua forma exterior e nas suas propriedades físicas. Os minerais em geral são sólidos. Somente a água e o mercúrio são líquidos nas condições normais de pressão e de temperatura.
Propriedades dos Minerais: estão reunidas em duas categorias.
Gerais: são aquelas que podem ser observadas em todos os minerais (estrutura, forma cristalina, cor, brilho, dureza, peso específico e traço ou risco).
Especiais: As propriedades especiais são aquelas encontradas em alguns minerais (clivagem, fratura, sabor, magnetismo, dupla refração, tato, luminescência, polimorfismo e isomorfismo).
Rocha: é um agregado natural formado por um ou mais minerais. De acordo com sua origem, distinguem-se três grandes grupos de rochas.
Sedimentares: são formadas a partir da deposição do material fragmentado, proveniente de qualquer tipo de rocha ou material, em diversos ambientes de sedimentação da superfície terrestre. Apresentam-se, na maioria das vezes, dispostas em camadas horizontais ou sub-horizontais, e a estratificação é caracterizada pelas condições de deposição
Sedimentos Clássicos ou Mecânicos: formados através da deposição de fragmentos de rochas preexistentes.
Sedimentos Não Clássicos: formados através da precipitação química.
Magmáticas ou Ígneas: surgem da consolidação do magma e através do resfriamento das lavas vulcânicas. Constitui-se de uma mistura complexa de substâncias no estado de fusão, que se transforma em rochas magmáticas pelo resfriamento. Possuem suas estruturas de acordo com o conteúdo de voláteis, composição química, temperatura e viscosidade do magma, principalmente.
Magmáticas Intrusivas, Plutônicas ou Abissais: são formadas no interior da crosta terrestre.O magma, ao penetrar na crosta terrestre, não consegue rompê-la ficando retido e consolidando-se no seu interior. O resfriamento do magma, neste caso, é lento e a textura é equigranular.
Magmáticas Extrusivas, Vulcânicas ou Eusivas: são formadas através da consolidação do magma, no estado gasoso, líquido ou sólido, na superfície terrestre. O resfriamento do material, neste caso, é rápido e a textura é vítrea. Os corpos magmáticos extrusivos ou vulcânicos são representados pelos derrames de lavas, cinzas e materiais piroclásticos expelidos pelos vulcões.
Metamórficas: são originadas pela transformação, em estado sólido, das rochas preexistentes devido às novas condições de temperatura e pressão, presença de agentes voláteis ou fortes atritos. Possuem estruturas relacionadas à temperatura e pressão do ambiente em que se formou.
Formadas pelo Metamorfismo Regional: são extensas massas rochosas, que foram submetidas a determinadas condições de temperatura (200ºC a 1.000ºC) e pressão (100 atm a 10.000 atm). Podem ser de baixo, médio e alto metamorfismo.
Formadas pelo Metamorfismo de Deslocamento: conjunto de rochas formadas em zonas de deformação, por falhamento ou dobramento, da crosta terrestre. As rochas produzidas nessas condições apresentam estruturas cataclásticas ou miloníticas.
Formadas Pelo Metamorfismo de Contato: O metamorfismo de contato termal ou hidrotermal, entre o magma e a rocha encaixante, provoca a formação de novos conjuntos de rochas. No metamorfismo de contato termal a rocha se cristaliza e se transforma em mármore. No metamorfismo hidrotermal, soluções voláteis migram ao longo de fraturas ou vazios e geram veios ou filões, geralmente mineralizados, no interior da rocha encaixante.
Ciclo das Rochas: estabelece a história da formação das rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. Mostra o relacionamento genético que existe entre elas e as fontes de rochas primárias e secundárias que compõem a crosta terrestre. Esta sequência complexa e heterogênea, que se repete continuamente, envolve: erosão, deposição, litificação ou diagênese, metamorfismo, fusão, intrusão e vulcanismo.
Diagênese: é responsável pela formação das rochas sedimentares. É composta principalmente pela compactação mecânica e pela cimentação promovida por compostos minerais como quartzo, calcita, pirita e argilominerais.
Discordância: superfície que separa rochas formadas em diferentes épocas geológicas, ou seja, onde tiver ocorrido um lapso de tempo entre a formação de camadas adjacentes.
Angular: as rochas mais antigas inclinadas formam ângulo com as rochas mais modernas horizontais.
Paralela: as rochas mais antigas são separadas pela superfície discordante, das camadas mais jovens sobrejacentes, permanecendo o paralelismo entre elas.
Erosiva: as rochas sedimentares repousam sobre rochas cristalinas muito mais antigas apresentando-se uma descontinuidade estratigráfica.
Estrutura das Rochas:
Não Perturbadas: são estruturas típicas das rochas sedimentares que se formam geralmente em estratos horizontais ou sub-horizontais, contudo, em alguns casos, não se verifica essa horizontalidade.
Perturbadas: podem ser atectônicas ou tectônicas.
Perturbações Atectônicas: são perturbações locais de pequena amplitude, que afetam pequenas áreas, causadas frequentemente pela força da gravidade, localizadas geralmente na superfície ou nas suas proximidades, comumente manifestadas sob a forma de dobramentos de parte do pacote rochoso.
Perturbações Tectônicas: entre os movimentos tectônicos distinguem-se dois tipos: 
Epirogênese - caracteriza-se pela movimentação vertical lenta de vastas áreas continentais, ora se levantando ora se abaixando, sem alterar a disposição e a estrutura geral das rochas da crosta terrestre, entretanto, podem dobrar-se suavemente (grandes arqueamentos) ou sofrer um ou mais sistemas de fraturas ou falhas, através dos quais se verifica ou não tal movimentação.
Orogênese - é definida por um conjunto de fenômenos que levam à formação de montanhas. É caracterizado, principalmente, por intensos dobramentos, falhamentos ou a combinação de ambos.
Placas Tectônicas: são enormes blocos que formam uma sólida camada externa no nosso planeta e são responsáveis pela sustentação de continentes e oceanos.
Terremotos: impulsionadas pelo movimento do magma incandescente, as placas tectônicas se movimentam muito lentamente. Quando elas se encontram, uma enorme quantidade de energia é acumulada, sendo liberada através de terremotos. 
Vulcões: a presença de fendas nas placas tectônicas pode dar origem a vulcões.
Fenômenos Geológicos:
Falha: quando a rocha se rompe deslocando-se as partes (rejeito), ao longo do plano da falha.
Diáclase ou Fratura: são planos de fraqueza que tendem separar uma rocha em duas partes, ao longo das quais não se deu nenhum deslocamento.
Xistosidade, Foliação ou Clivagem: é a propriedade de certas rochas de se partirem em fatias ou lâminas paralelas ou subparalelas e que sejam também superfície de orientação mineralógica.
Dobra: é a deformação de uma rocha provocada pela intensidade, duração e ângulo de incidência de esforço (pressão).
Processo Geotectônico: é o principal responsável pela formação das rochas e da maioria das feições estruturais da crosta terrestre. É o responsável pelas sucessivas deformações e, em alguns casos, metamorfismo, soerguimento e erosão.
Tempo Geológico: pode ser representado como uma linha do tempo do presente até a formação da Terra, subdividido em éons, eras, períodos, épocas e idades, que se baseiam nos grandes eventos geológicos da história do planeta.
Litosfera: A litosfera é a camada mais rígida e fria da Terra. Ela é subdividida por um número finito de placas que sofrem constantes deformações.
Placas Litosféricas: são peças ou fragmentos, de diversos tamanhos, mais ou menos contínuos da litosfera. Os limites entre placas litosféricas foram definidos como sendo do tipo extensional, compressional ou strike-slip. Estes limites formam uma rede interconectada em torno do Planeta, sobre os quais ocorrem 95% do total das atividades sísmicas da Terra.
Tectônica das Placas: é a teoria que envolve a litosfera terrestre, constituída comumente pela crosta e o manto superior, limitada pela zona de baixa velocidade sísmica, em torno de 1330°C (superfície isotérmica) na superfície da astenosfera.
Intemperismo: é um fenômeno importante que atua na superfície da crosta terrestre. Constitui um conjunto de processos que ocasionam a decomposição dos minerais e rochas, graças à ação dos agentes atmosféricos, físicos e biológicos. Os efeitos do aumento da intensidade do intemperismo levam à abundância relativa de certos minerais e à formação de solos residuais, depósitos coluviais, depósitos de talus, campos de blocos ou lascas, depósitos aluviais, entre outras feições geoambientais superficiais, como: cicatriz, ravina e linha de fluxo.
Desintegração Física dos Minerais: processos de variação do volume dos corpos rochosos, causada pela temperatura, cristalização dos sais e a congelação.
Decomposição Química: o nitrogênio atmosférico, a descarga elétrica e o oxigênio do ar, formam o ácido nitroso de ação corrosiva que, ao infiltrar-se no solo, dissolve e carrega diversas substâncias também ativas no intemperismo químico.
Decomposição Químico-Biológica: é supostamente o processo que inicia o intemperismo, pois a rocha exposta submetida à ação de bactérias e fungos, leva à proliferação de líquens e posteriormente algas e musgos, responsáveis pela produção de uma delgada camada de solo onde fixarão as plantas superiores ou mais desenvolvidas.
Ciclo Hidrológico: a energia necessária para acionar este ciclo provém do calor solar. Uma molécula de água saindo da superfície terrestre pode tomar diversos rumos até voltar à sua origem.
Água Subterrânea: os fatores que controlam o suprimento e a movimentação das águas subterrâneas são:
Permeabilidade das Rochas: é função do grau de compactação, faturamento, granulometria, estrutura e litologia.
Relevo: o relevoplano proporciona a infiltração da água e o suprimento do lençol freático, enquanto que, o montanhoso, o escorrimento superficial.
Vegetação: a presença da vegetação na superfície é função do clima, solo, litologia e pluviosidade (precipitação pluviométrica).
Nível Hidrostático: a localização do nível hidrostático depende do atrito da água às partículas rochosas, da permeabilidade do terreno e da sazonalidade climática.
Rios: são originados das águas correntes que brotam das fontes, mais as águas da chuva que escoam pela superfície formam pequenos córregos que se juntam. A configuração de um rio e a sua velocidade dependem de diversos fatores: topografia, regime pluviométrico, constituição litológica e estágio erosivo. O curso superior de um rio, na sua fase juvenil, caracteriza-se pelo excesso de energia e franca ação erosiva e transportadora. No seu curso médio, na fase madura ou intermediária, graças à menor declividade, diminui o poder transportador depositando os fragmentos maiores. Na fase senil verifica-se um acentuado alargamento do leito, formação de extensas planícies e forte poder de deposição e erosão lateral.
Eixo do Rio: percurso simétrico ou assimétrico em relação às margens descrita pela corrente principal das águas de um rio, dependendo do movimento da corrente e do tipo de formação do fundo.
Densidade de Drenagem: A densidade de drenagem correlaciona o comprimento acumulado dos canais de drenagem, por unidade de área, em uma bacia hidrográfica.
Padrão de Drenagem: é o desenho formado pelo arranjo e disposição dos canais de drenagem ou rios em uma área particular. As variações de padrões de drenagem são substanciais e, geralmente, são subdivididos em padrões de drenagem básico (apresenta características próprias que distinguem de outros padrões) e básico modificado (apresenta alguma mudança em seu aspecto original).
Influência da Maré: maré se caracteriza pela subida e descida periódica do nível marinho e de outros corpos de água ligadas aos oceanos, causadas principalmente pela atração do sol a da lua.
Interflúvio, Divisor de Águas ou Linha de Cumiada: local de maior elevação do relevo, formada pela erosão causada pelas águas superficiais, representada por uma linha que separa bacias hidrográficas.
Bacia e Sub-bacia Hidrográfica: refere-se às unidades e subunidades individuais, em níveis de representação distintas, da rede de drenagem.
Solo: é um corpo natural formado por um conjunto de substâncias originadas pela ação integrada do clima e organismos que agem sobre a superfície e está condicionado ao relevo, tempo, mecanismos e processos de formação. O solo possui propriedades internas distintas definidas pelos horizontes superior e inferior. As condições atmosféricas, declividade do terreno e cobertura vegetal, interferem diretamente na natureza do solo.
Fatores de Formação do Solo: a formação do solo está relacionada à ação integrada do clima, organismos, material originário, relevo e tempo que provocam o intemperismo da rocha matriz. A ação contínua desses fatores sobre o material originário produz partículas do solo cada vez menores.
Clima: através da temperatura, precipitação e umidade o clima influencia diretamente no intemperismo das rochas produzindo solos e a natureza dos horizontes.
Organismo: ação dos microrganismos vegetais e animais na decomposição e transformação de resíduos orgânicos em sais minerais, proliferação de plantas.
Material Originário: refere-se ao material originário não consolidado transformado em saprolito resultante do intemperismo da rocha subjacente do local ou transportada de outras áreas.
Relevo: a configuração da superfície terrestre interfere no desenvolvimento dos solos, influência da dinâmica da água, erosão, microclima e na temperatura do solo.
Tempo: o tempo é necessário para a maturidade dos horizontes de solo. A evolução da maturidade de um solo é avaliada em função do grau de desenvolvimento e concentração de minerais primários e secundários.
Mecanismos de Formação do Solo: os mecanismos atuantes na formação do solo é função de certas combinações de eventos pedogenéticos responsáveis pela origem, caracterização, distribuição e diferenciação dos horizontes.
Processo de Formação do Solo ou Pedogênese: atua em condições ambientais específicas, originam solos com características bem definidas, leva a formação de distintos horizontes e serve de parâmetro para a sua identificação e classificação. O processo de formação do solo engloba o intemperismo que transformam a rocha matriz e seus minerais em solo. Os principais processos específicos atuantes na Pedogênese são:
Latossolização: processo que leva ao envelhecimento do solo. As principais características:
a) Remoção de sílica (SiO2) e de bases (Ca, Mg, K) e enriquecimento com óxidos de ferro e alumínio;
b) Baixo teor de minerais primários;
c) Pequena diferenciação entre horizontes;
d) Formação de solos ácidos.
Podzolização: processo dominante de translocação de matéria orgânica e óxido de ferro e alumínio do horizonte A para o B. Têm horizontes bem diferenciados, provocados pela translocação. Com B podzol são muito pobres e a vegetação decomposta, dá ao solo grande acidez. Com B textural são mais férteis do que os com B podzol apresentam mais argila no horizonte B que no horizonte A.
Calcificação: Translocação e adição de carbonato de cálcio secundário de um horizonte para outro. Origina solos bem estruturados e com alta fertilidade natural.
Salinização: Adição de sais solúveis de um horizonte a outro em um perfil de solo, como:
Salinização Primária: ocorre naturalmente devido a elevada evapotranspiração. Ocorre em regiões onde a evapotranspiração supera a precipitação pluviométrica. Presença de minerais facilmente intemperizáveis.
Salinização Secundária: ação antrópica, tais como irrigação inadequada e uso inadequado de fertilizantes.
Gleização: Processo de remoção dos agentes pigmentantes do solo, como ferro oxidado e manganês. Comum em solos hidromórficos (desenvolvidos em função da influência do lençol freático):
a) O Fe e Mn podem ser aleatoriamente reprecipitados;
b) Formação de nódulos de Mn, concreções concêntricas de nódulos e mosqueados.
Horizontes do Solo: a definição dos horizontes está baseada no grau de diferenciação com relação ao material parental, na posição que ocupa no perfil e nos fatores, mecanismos e processos que originaram suas principais características.
Horizonte O: é o horizonte mais superficial do solo no qual há uma mistura de materiais minerais e orgânicos e reservatório de nutrientes produzidos por processos de humificação e a sua espessura depende das condições climáticas, da cobertura vegetal e do relevo.
Horizonte A: É um horizonte mineral imediatamente abaixo do horizonte O. É o horizonte do solo em que há a máxima atividade biológica e que está mais sujeito às variações de temperatura e umidade. Constitui-se em uma zona de eluviação caracterizada pela menor concentração de argilo-mineral, ferro, alumínio e minerais resistentes.
Horizonte B: Localiza-se imediatamente abaixo do horizonte A. Representa a zona de iluviação em que há concentração de argila, sesquióxido de ferro e alumínio e apresenta desenvolvimento estrutural diferente dos horizontes A e C. Os horizontes A e B representam o verdadeiro solo.
Horizonte C: é representado pela camada de rocha originária, com pouca ou nenhuma ação biológica e com características físicas, químicas, estratigráficas e mineralógicas presumivelmente iguais às da rocha matriz do horizonte R.
Horizonte R: representa a rocha inalterada ou sã. A resistência da rocha depende das condições ambientais e das características e propriedades da rocha matriz. A presença de estruturas internas como: falhas, fraturas, diaclases, dobras, posição dos estratos e os tipos de litológicos caracterizam o corpo rochoso e também o horizonte R.
Tipos de Solos: a classificação geológica genética dos solos, especialmente para os tropicais, é feita a partir da rocha de origem e dos fatores, mecanismos e processosde formação, dando origem aos solos residuais e transportados.
Solos Residuais: Recebem o nome de solos residuais ou in situ por terem sido formados no mesmo local em que se encontram.
Solos Transportados: Provenientes da erosão, transporte e deposição de matérias existentes na superfície.
Aluvião: é constituído por depósitos de material erodido, transportado e retrabalhado pelos cursos de água e depositados em seus leitos e margens;
Coluvião: é constituído por depósitos de material solto, depositados pela ação da gravidade, encontrado nos sopés das encostas ou vertentes; 
Talús: é formado pelo material decomposto depositado por gravidade nas encostas íngremes com predominância de blocos ou lascas de rochas.
Relação Entre Relevo e Solo: as condições fisiográficas específicas da paisagem influenciam basicamente nas condições hídricas, espessura do solo e teor de matéria orgânica. Nas partes mais altas, convexas ou relativamente planas, os solos apresentam boa drenagem interna. Nas encostas íngremes a drenagem externa é boa, porém são solos mais secos, enquanto que nas mais baixas das várzeas ou depressões a presença da água predomina no interior do solo. Desta forma, a permanência da água na superfície ou no interior do solo resulta em solos bem drenados ou mal drenados, dependendo da flutuação do lençol freático e da permeabilidade.
Dinâmica da Água no Solo: compreende a movimentação da água na superfície do terreno, a frequência e o tempo em que o solo permanece saturado ou não com água subterrânea.
Espessura do Solo e Relevo: os solos em relevos íngremes (ondulado a montanhoso) são mais rasos com menor diferenciação entre os horizontes. O forte escoamento superficial da água e a erosão favorecem a remoção total ou parcial do solo. Nos solos localizados em relevos mais suaves (planos a sub-horizontais) são mais profundos ou espessos e apresentam, em geral, horizontes nitidamente diferenciados, diversificados e maduros.
Relevo e Teor de Matéria Orgânica: nas áreas de topografia elevada o horizonte orgânico-mineral mais espesso com potencial elevado de matéria orgânica só é encontrado em regiões onde a lenta mineralização do material orgânico é favorecido pelo clima condicionado à altitude. Nas áreas planas, principalmente nas várzeas, o acúmulo de matéria orgânica aumenta e o horizonte A é mais espesso à medida que o lençol freático se eleva.
Erosão: é o processo de desagregação e remoção de partículas do solo ou de fragmentos de rochas, pela ação combinada da gravidade com a água, vento, gelo, vegetação e ação antrópica. A erosão é o desgaste na superfície terrestre, transporte e deposição de sedimentos nos leitos dos cursos de água e depressões. Os principais fatores que combinados podem vir a acelerar o processo erosivo são: chuvas intensas ou constantes, ausência de cobertura vegetal; solos friáveis; alta declividade da encosta, entre outros. Esses fatores podem ocorrer isoladamente ou de forma combinada, podendo evoluir para ravinamentos e voçorocas e, em alguns casos, para erosão sub-superficial.
Erosão Fluvial: Por escorrerem sobre a superfície, as águas dos rios erodem os materiais da superfície e os transportam em direção ao mar. Quando perdem a sua força erosiva deixam depositados, em diversos lugares de suas margens, os sedimentos ou inundam determinadas regiões planas ou deprimidas.
Delta: tem lugar na desembocadura do rio junto às depressões ou zonas litorâneas. Nestes lugares, o delta deposita o material fino transportado pelo rio, sujeito à erosão fluvial, marinha ou ambos, em forma de camadas. O extenso depósito de sedimentos adquire a forma triangular da letra delta maiúscula resultante do equilíbrio entre a força da corrente do rio e ambiente depositário. A formação de um delta depende da inexistência de correntes destrutivas na desembocadura do rio, do pequeno desnível entre maré alta e maré baixa e da presença de cordões litorâneos junto à costa.
Inundação: geralmente acontece em períodos de chuvas intensas ou devido à influência do degelo quando o rio aumenta o seu caudal de tal modo que as águas transpõem de forma gradual ou violenta seu leito, provocando forte erosão, inundação e deposição de sedimentos nas depressões do terreno.
Erosão Eólica: é o transporte aéreo ou rolamento de partículas sólidas retiradas do solo pelo vento que resulta em um agente erosivo que, quando tocam o terreno provocam o seu desgaste, formam estruturas peculiares no relevo e produzem grandes depósitos de areias conhecidos como dunas. Ocorrem frequentemente em regiões áridas, onde os ventos são fortes e tendem a soprar em uma direção preferencial.
Erosão Glacial: os glaciais são formados pelo acúmulo da neve. Atuam como importantes agentes erosivos e modeladores da paisagem. São encontrados nas regiões de médias a altas latitudes do planeta. Quando extensas massas de gelo deslizam lentamente sobre a superfície, devido ao efeito da gravidade, erodem grande quantidade de rocha e carregam, através de um vale ou de uma ampla planície, o material abrasivo da geleira que, depois, é depositado sobre rochas subjacentes na frente, no fundo ou nas laterais do canal glacial.
Erosão Marinha: é a ação erosiva das águas do mar, dependente da configuração da margem litorânea, atividade das ondas, marés e corrente marinha, atuante tanto em costa rasa como escarpada. A erosão marinha ou costeira dá lugar a formas do relevo litorâneo características do ambiente marinho, principalmente na interface entre o mar e o continente, como: falésia, golfo, cabo, baía, enseada e estuário. O material erodido pelas correntes marinhas, transportado de um lugar e depositado em outro, é distribuído principalmente ao longo da costa litorânea e formam feições deposicionais, como: praia, restinga e cordões nas partes mais profundas do oceano.
Formas de Relevo Costeiro:
Falésia Marinha: é uma formação litorânea, que significa: precipício ou alcantilado. De faces abruptas é formada pela ação erosiva das ondas sobre as rochas. Quando o processo de erosão é contínuo é denominada falésia marinha viva e quando cessa a erosão é denominada falésia marinha morta.
Golfo: é uma penetração em curva, mais ou menos ampla, do mar na costa, com profundidade suficiente para atracar um navio.
Cabo: arte da costa que se adentra ao mar ou lago mais extenso que uma península e menor que um pontão.
Baía: é um golfo côncavo marinho ou lacustre, de dimensões reduzida e aberta, localizada entre dois cabos ou promontórios, menor que um golfo e maior que uma enseada.
Enseada: é uma baía litorânea, aberta em forma de meia-lua, desenvolvida frequentemente entre dois promontórios ou cabos.
Estuário: zona de desembocadura de um rio que adentra o mar. Os estuários são geologicamente transitórios que acabam preenchidos por depósitos de mangues, de deltas ou de marés.
Feições Deposicionais Litorâneas:
Praia: é a expressão do balanço entre a erosão marinha e aporte de sedimentos marinhos ou trazidos pelos rios.
Restinga: é uma barreira de composição arenosa que especialmente fecham lagunas costeiras com ligação parcial com o mar aberto.
Cordão (crista praial): é uma feição costeira resultante do acúmulo alongado, geralmente arenoso, cascalhoso ou conchífero, paralela à paleolinha praial.
Tômbolo: é uma barra de sedimentos, situada acima do nível de maré alta, através do qual uma ilha se une ao continente.
Movimentos de Massa: movimento de massa é um processo holístico de instabilidade que ocorre em encostas naturais com declividades acentuadas e de formas variadas. Os principais movimentos de massa são: escorregamento, rastejo, corridas de detritos e queda.
Escorregamento: as principais características do escorregamento são: movimentos rápidos da massa de solo e/ou rocha, volume de massa definido e poucos planos de deslocamentos, ou seja, acontece basicamente na mesma direção e podem ser planares, circulares ou em cunha. Esse fenômeno se desenvolve principalmente com o aumento da pluviosidade, coincidindo com o fim da estação chuvosa quandoos solos residuais estão completamente saturados e quanto maior for à inclinação do terreno, mais favorável estará à superfície do solo à ocorrência de escorregamento.
Rastejo: é um processo de movimento de massa, que ocorre em taludes com geometria indefinida e velocidades baixas e decrescentes com a profundidade. Caracteriza-se por movimentos constantes, sazonais ou intermitentes, podendo ocorrer tanto em perfis de solo, assim como, em rochas alteradas ou decompostas e/ou fraturadas. O rastejo ocorre em depósitos do tipo tálus e colúvio. Esse fenômeno pode ser identificado pela presença de árvores inclinadas, abatimentos e trincas na superfície do solo (creep) e resultar danos em obras de engenharia.
Corridas de Detritos: corridas de detritos, blocos ou lascas de rochas (debris flow) são movimentos rápidos e de alta energia que escoam encosta abaixo em busca de um canal de drenagem. São geralmente associados a uma sequência de corridas consecutivas que mobilizam uma grande quantidade de material com poder destrutivo elevado que se juntam a blocos ou lascas de rochas e restos vegetais.
Queda: a queda de blocos, lascas, matacões ou lajes é um movimento rápido causado por queda livre provocada pela força da gravidade, de volumes variáveis de massa que se despregam das encostas muito íngremes. Esse movimento de massa pode provocar rotação da rocha em torno de um ponto ou rolamentos de matacões rochosos ao longo da encosta devido ao descalçamento ou falta de apoio na base.
Assoreamento ou Colmatação: é o ato de encher pelo acúmulo de sedimento, entulho ou outros materiais detríticos o fundo de uma baía, um lago ou um estuário. É um processo de redução de profundidade, produzido naturalmente por rios, correntes costeiras e ventos ou através de influência das obras de engenharia, como: mineração, portos, barragens etc.
Recalque: acontece em áreas instáveis com deslocamento vertical para baixo, inseridas dentro de um sistema natural afetado pela presença depósitos de sedimentos argilo-orgânicos, de pequenas a grandes proporções. Esse deslocamento resulta da deformação do solo proveniente da aplicação de cargas sobre o qual se apoia uma estrutura ou devido ao peso próprio das camadas.
Elementos de Climatologia
Tempo: pode ser definido como um conjunto de valores que, em um dado momento e em um certo lugar, caracteriza o estado atmosférico. Reflete um estado momentâneo da atmosfera.
Clima: pode ser entendido como a sucessão habitual desses estados médios, ou seja, é o conjunto de fenômenos meteorológicos que caracteriza, durante um longo período, o estado médio da atmosfera de um lugar.
Meteorologia: estuda a atmosfera baseada na Física. Procura conhecer o estado físico do ar para fazer previsões do tempo em curto prazo, isto é, fazer prognósticos das condições possíveis de serem encontradas nas próximas horas.
Climatologia: é uma ciência que tem por objetivo o estudo dos climas, em suas principais características e sua ocorrência no Planeta. Descreve, localiza e busca a explicação científica dos aspectos variáveis da atmosfera. A Meteorologia fornece a ela os dados estatísticos.
Elementos do Clima: são os componentes principais, aqueles que se combinam para caracterizar o tempo atmosférico e o clima propriamente dito.
Temperatura: é uma grandeza física que determina o fluxo de calor que é transmitido de um corpo de temperatura mais elevada para outro, de temperatura mais baixa. Esse elemento climático sofre expressivas variações decorrentes dos efeitos da altitude, da latitude, da maritimidade e da continentalidade. De maneira geral, a temperatura diminui em razão do aumento da latitude, ou seja, a temperatura diminui à medida que se afasta do Equador, em direção aos polos. Essa situação se deve à forma como se dá a incidência dos raios solares na superfície terrestre, que é perpendicular na faixa equatorial e tanto mais oblíqua em direção aos polos. Mas a radiação é menor nos polos, não somente em razão dos raios solares incidirem mais obliquamente, mas também devido à grande reflexão proporcionada pela neve, que cobre grande parte da superfície dessas regiões. A associação de altas latitudes e elevadas altitudes acaba por formar áreas de clima excepcionalmente frio. A influência da continentalidade e da maritimidade sobre a temperatura decorre, basicamente, da desigual repartição entre terras e águas e devido à diferença de calor específico entre a terra e as superfícies hídricas. Regiões marítimas apresentam temperaturas mais regulares devido ao efeito amenizador das brisas e das correntes marítimas; mas, sobretudo pela propriedade que tem a água de manter o calor absorvido por mais tempo e misturá-lo a maiores profundidades. Além disso, o calor específico da terra é bastante diferente do da água. Em geral, a água absorve 5 vezes mais calor a fim de aumentar sua temperatura em quantidade igual ao aumento do solo. Como resultado, as áreas continentais se aquecem e se resfriam mais rapidamente que as superfícies hídricas, e apresentam, em geral, maior amplitude térmica diária (diferença entre a temperatura máxima e mínima do dia), bem como maiores variações térmicas anuais, entre o inverno e o verão (em geral, as áreas mais interioranas alternam verões mais quentes com invernos mais rígidos). Conclui-se então que quanto maior o efeito da continentalidade, tanto maior a amplitude térmica e as variações de temperatura no local; e, ao contrário, quanto maior o efeito da maritimidade, menores as oscilações de temperatura.
Umidade do Ar: representa a quantidade de vapor d’água contido na atmosfera, o que resulta da evaporação dos mares, lagos e rios e da evapotranspiração, realizada por animais e vegetais. Depende da temperatura (calor) para produzir a evaporação e da presença de água para ser evaporada. Contudo, a forma mais comum de se expressar a quantidade de vapor d’água contido no ar é através da Umidade Relativa, que estabelece a relação percentual entre a concentração de vapor existente no ar e sua concentração máxima (ou saturação). O ar estará saturado quando apresentar a concentração máxima de vapor que pode conter, caso em que a umidade relativa corresponderá a 100%. A concentração máxima de vapor d’água (ou saturação) varia com a temperatura, de modo que, com maior temperatura, o ar se expande, aumentando sua capacidade de reter vapor d’água. Assim, com maior temperatura, menor tende a ser a umidade relativa. Ao contrário, a redução da temperatura tende a levar o ar à saturação. Como a temperatura diminui com a altitude, e com menor temperatura, menor o volume de vapor d’água que pode ser contido no ar, conclui-se que, quanto maior a altitude, menor a temperatura e menor a quantidade de vapor d’água presente no ar (Umidade Absoluta), embora se esteja mais próximo da saturação (Umidade Relativa). Isso explica porque nos climas frios, o ar livre, mesmo quando saturado, pode conter apenas pequena quantidade de vapor d’água. A umidade relativa não fornece, na verdade, informação sobre a quantidade de umidade presente na atmosfera, mas informa quão próximo o ar está da saturação
Pressão Atmosférica: a pressão atmosférica pode ser entendida como o peso exercido pela coluna de ar que fica sobreposta a qualquer ponto da superfície terrestre. A pressão atmosférica aumenta com o aumento da latitude. As áreas de menor pressão são denominadas de baixa pressão (BP) e os locais de maiores pressões atmosféricas são chamados de alta pressão (AP). A pressão atmosférica sofre a influência da temperatura e logicamente, da latitude e da altitude, que fazem variar os valores térmicos. O aumento da temperatura torna o ar mais leve e determina, por consequência, menor pressão exercida por esse ar sobre a superfície (BP). Assim, entre dois locais de mesma altitude, a pressão será diferente desde que ocorra variação da temperatura entre esses dois locais. A pressão desempenha importante papel na Meteorologia, pois suas variações estão intimamente relacionadas ao movimento do ar atmosférico. As áreas deBP, também chamadas ciclones ou áreas ciclonais são receptoras de ventos, enquanto as áreas de AP, denominadas anticiclones ou áreas anticiclonais, são dispersoras de ventos. Essa situação ocorre em função dos mecanismos de Convergência e Divergência do ar. As regiões onde o ar faz o movimento ascensional são denominadas zonas de baixa pressão e as regiões onde o ar realiza o movimento de subsidência são chamadas zonas de alta pressão.
Vento: movimento do ar em relação à superfície terrestre ocorre tanto no sentido horizontal, quanto vertical. Ele resulta da diferença de pressão existente entre dois pontos, deslocando-se das áreas de AP para as de BP. Alguns sistemas específicos de vento, em razão de sua importância, merecem ser destacados.
Brisa: as brisas terrestres e marítimas, ventos locais que ocorrem principalmente nas costas tropicais, são causadas pela diferença de pressão existente entre o continente e o mar e esta, por sua vez, tem origem nas diferenças térmicas (calor específico) entre as superfícies terrestre e hídrica. Durante o dia, a terra se aquece mais rapidamente que o mar, e assim, o ar sobre o continente se aquece antes, expandindo-se, tornando-se mais leve e determinando uma área de BP, receptora de ventos. Dessa forma, durante o dia, o continente funciona como um centro de baixa pressão, e os ventos se dirigem do mar (ou de grandes lagos) para a terra: é a Brisa Marítima ou Lacustre. À noite, ocorre o oposto, ou seja, o continente se resfria rapidamente, enquanto o mar permanece mais tempo aquecido, ocorrendo assim uma inversão dos centros de pressão, funcionando o oceano como área de baixa pressão, receptora de ventos, e o vento passa a soprar da terra para o mar: é a Brisa Terrestre.
Monções: o termo monção está relacionado a uma inversão sazonal na direção dos ventos. A causa principal é o aquecimento diferencial de grandes superfícies continentais e oceânicas, que faz alterar os centros de pressão com as estações do ano, especialmente, verão e inverno. A monção ocorre em várias partes do mundo, porém é mais desenvolvida no sul e sudeste asiático, em função do tamanho do continente e em razão do efeito produzido pela Cordilheira do Himalaia, que é uma vasta área de terras com grandes altitudes, que se estende na direção geral oeste-leste e constitui uma barreira efetiva entre as massas de ar tropicais e polares. Durante o inverno no Hemisfério Norte, o continente (sudeste asiático) sofre muitas perdas de calor, encontrando-se a porção setentrional totalmente coberta de neve, formando-se assim, nessa área do continente asiático, uma área de alta pressão (ar mais denso, mais pesado, logo, exercendo maior pressão sobre a superfície). Assim, durante o inverno, os ventos da monção movem-se do continente em direção ao Oceano Índico. Essas monções de inverno são geralmente secas e frias, trazendo redução de temperaturas e invernos secos para grande parte do sul e sudeste asiático. No verão, com o continente mais aquecido que o oceano Índico, ocorre o fenômeno oposto. Sobre o continente asiático, mais quente, forma-se uma área de Baixa Pressão, receptora de ventos. Sobre o oceano, relativamente mais frio, forma-se uma área de Alta Pressão. Assim, os ventos de monção sopram do oceano em direção ao continente. Esses ventos, que constituem a monção de verão na Ásia (notadamente no sul e sudeste), são muito úmidos e instáveis, pois provém de superfícies oceânicas, e produzem grandes volumes de chuva na área continental, principalmente nos locais situados ao sul da Cordilheira do Himalaia, enquanto do lado oposto dessa cadeia de montanhas, encontra-se a presença de áreas desérticas.
Alísios: são ventos constantes que provém das regiões temperadas – áreas de alta pressão, dispersoras de ventos, para a faixa Equatorial – área quente, de baixa pressão e receptora de ventos. As temperaturas mais elevadas da faixa equatorial formam uma constante área de baixa pressão, o que resulta na ascensão das massas de ar. Nas áreas extratropicais temperadas, próximas aos 30º de latitude (nos dois hemisférios), de pressões mais altas que a região equatorial, formam-se centros dispersores de ventos (anticiclones). Para substituir as massas de ar da região equatorial, que ascenderam em virtude das temperaturas elevadas, para lá convergem massas de ar menos quentes, originadas nas regiões temperadas: são os Ventos Alísios. Após provocarem chuvas na região equatorial, eles se aquecem, ficam mais leves e ascendem, voltando para as regiões de origem, viajando agora pelas partes mais altas da Troposfera, e com o nome de Contra-Alísios. São ventos permanentes devido à formação permanente dos ciclones no Equador e dos anticiclones nas regiões temperadas.
Radiação Solar e Insolação: a radiação solar pode ser tratada como energia eletromagnética e insolação, o período de iluminação da Terra pelo Sol. Desta forma, o Sol é responsável pela manutenção dos processos ambientais da Terra, através da luz em forma de iluminação e de energia.
Nebulosidade: uma nuvem é formada por água líquida e/ou de cristais de gelo, podendo conter também outras partículas, procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaças ou de poeiras. O vapor d’água presente no ar atmosférico pode voltar à fase líquida pelo processo de Condensação, após ser atingida a saturação, que, por sua vez, resulta da redução da temperatura ou da adição de vapor d’água.
Precipitação: é o processo pelo qual a água condensada na atmosfera atinge gravitacionalmente a superfície terrestre. A precipitação ocorre quando as gotículas que constituem as nuvens crescem, até alcançar um tamanho em que se tornam mais sujeitas à atuação da força da gravidade do que à ação das correntes ascendentes de ar. A precipitação pode ocorrer sob a forma líquida ou pluvial (chuva ou chuvisco) ou sob a forma sólida (granizo, neve e saraiva). No caso da precipitação pluvial, a unidade de medida é o mm, que corresponde à altura da chuva em mm/m2.
Chuvas Convectivas: provenientes de grandes cúmulos ou cúmulo-nimbos são típicas da região intertropical, sobretudo na faixa equatorial, área caracterizada por grande calor e umidade. O calor constante promove a ascensão da massa de ar úmido que, com o aumento da concentração de vapor d’água ou com o resfriamento, saturação do vapor d’água, resultando em chuvas pesadas intensas, acompanhadas de raios, relâmpagos e trovões.
Chuvas Frontais: como representado no próximo esquema, resultam do encontro de duas massas de ar de propriedades diferentes (uma quente e outra fria). São pouco intensas, porém contínuas, afetando extensas áreas, especialmente nas médias latitudes.
Chuvas Orográficas: resultam da ascensão de ventos carregados de umidade para transpor um obstáculo do relevo. Ao se elevar, o ar resfria-se, podendo atingir a saturação. As vertentes voltadas para o vento recebem as chuvas orográficas, enquanto do lado oposto, o ar descendente é seco e, em geral, frio.
Fatores Climáticos: são aqueles que produzem alterações e interferências nos elementos e nos tipos climáticos.
Tipos Climáticos:
Aw – Tipo climático quente, com predomínio das chuvas no verão e com estação seca no inverno. Corresponde ao clima Tropical e domina extensas áreas do país, especialmente na região central.
Aw’ – Clima quente, que corresponde ao tipo Tropical, mas com as chuvas ocorrendo no outono e verão. É uma adaptação do modelo original de Köppen que ocorre no litoral norte da Região Nordeste e em parte do interior dessa região.
Af – É o autêntico clima Equatorial, sempre úmido, sem existir estação seca, com chuvas ocorrendo durante todo o ano, e quente, com temperaturas médias anuais sempre superiores a 25ºC. Predomina no noroeste da Amazônia, litoral da Bahia e Sergipe e em área próxima a Belém.
Am – Clima quente e úmido, que apresenta elevadas temperaturas ao longo do ano e breve estação seca (cerca de um mês). É o tipo Subequatorial, que ocorre em grande parte da Amazônia. 
As – Adaptação do modelo climático de Köppen, que ocorre em pequenafaixa do litoral nordestino. É um tipo climático quente e úmido, que tem como característica a ocorrência das chuvas no período do inverno.
BSh – Clima Semiárido que ocorre no Sertão Nordestino. Clima quente e de poucas chuvas, em que a estação seca pode ter grande duração.
Cfa – Clima Subtropical, úmido e de verões quentes, que ocorre nas áreas menos elevadas das regiões Sul e Sudeste.
Cfb – Clima Subtropical, com verões amenos, que ocorre nas áreas de maiores altitudes das regiões Sudeste e Sul.
Cwa – Clima Tropical de Altitude, de verões quentes e chuvosos, que predomina, sobretudo, na região Sudeste.
Cwb – Ocorre nos trechos mais elevados da Região Sudeste. Apresenta chuvas no verão, embora este se caracterize por temperaturas mais amenas.
Ecossistema Terrestre
Ecossistema: é uma unidade da Ecologia, sendo essa derivada do grego oikos (casa) e logos (estudo) e tendo como significado o estudo do ambiente. Ecossistema é a interação do conjunto de organismos vivos (meio biótico) entre si e o seu ambiente (meio abiótico)”. Os ecossistemas são considerados sistemas abertos, ou seja, dependem de um suprimento constante de entrada de energia vinda do Sol e mecanismos de saída dessa energia, a partir das perdas naturais em cada estrato do sistema. A partir daí todo o sistema promove a formação e a ciclagem de materiais, além da própria energia que flui por esse mesmo sistema. os ecossistemas devem interagir com três componentes fundamentais: a comunidade, o fluxo de energia e ciclagem dos materiais.
Sistemas Ecológicos: são governados por princípios físicos e biológicos, construídos a partir de propriedades físicas e químicas da matéria, obedecendo às leis físicas da termodinâmica ou à lei da conservação de energia.
Comunidade: refere-se a um conjunto de populações que vive em uma área definida.
Habitat: é o meio onde as espécies conseguem abrigo, alimento e fluxo gênico.
População: grupo de organismos de espécies idênticas ou similares que se integram num habitat.
Nicho Ecológico: inclui o papel funcional do organismo na comunidade (estrutura trófica) e posição nos gradientes ambientais de temperatura, umidade, solo e outras condições para a sobrevivência.
Autótrofos (Produtores): organismos que se nutrem por si mesmos. Aplicam-se as plantas de cor verde que, pela fotossíntese, não requerem carbono orgânico para o seu desenvolvimento. São capazes de captar energia da luz a partir de reações químicas inorgânicas. A energia luminosa se transforma em energia química pelo processo da fotossíntese, complexo conjunto de fenômenos que acontecem em organelas celulares especializadas dos seres que possuem pigmentos de clorofila.
Heterótrofos (Consumidores): organismos que se alimentam de compostos orgânicos já sintetizados por outros seres. Fazem assim todos os animais, as bactérias, os fungos, algumas plantas unicelulares não autótrofas e pluricelulares parasitas ou carnívoras. Considerando o grande número de nichos proporcionados pela vegetação, as comunidades terrestres têm composição bastante variada de consumidores animais.
Consumidores Primários: incluem não somente pequenos organismos, como insetos, mas herbívoros muito grandes, como girafas, antas e outros.
Consumidores Secundários: alimentam-se diretamente dos consumidores primários, sendo formados principalmente por carnívoros de pequeno porte, enquanto os terciários alimentam-se dos secundários, destacando-se no porte.
Saprótrofos (Decompositores): organismos que se alimentam de restos orgânicos em decomposição, mais ou menos alterados. São um tipo de detritívoro microscópicos, também chamados de microbiota, representados por cinco grandes grupos: actinomicetos, algas, protozoários, fungos e bactérias, sendo que apenas os dois últimos respondem a 90% da atividade microbiana no solo.
Cadeia Alimentar: sequência de relações tróficas pelas quais a energia passa pelo sistema.
Estado Contínuo: estado de equilíbrio autoajustador, uma condição equilibrada que está mais ou menos imune a perturbações, acima de tudo em menores escalas.
Estrutura Trófica: Um estrato autotrófico superior de plantas onde predominam a absorção de energia luminosa, a utilização de substâncias inorgânicas simples e a produção de substâncias orgânicas. Um estrato heterotrófico inferior, com folhas, troncos, solos, sedimentos, matéria em decomposição, no qual predominam a assimilação de substâncias e a decomposição de materiais.
Biodiversidade: variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentre espécies, entre espécies e de ecossistemas.
1ª Lei da Termodinâmica: embora a quantidade de energia seja preservada, a qualidade é sempre degradada. Já que alguma energia sempre se dispersa em energia térmica não disponível, nenhuma transformação espontânea de energia em energia potencial é 100% eficiente.
2ª Lei da Termodinâmica: a entropia é uma medida de energia não disponível (perda) que resulta de transformações. O termo também é utilizado como índice geral da desordem associada com a degradação da energia.
Ciclos Biogeoquímicos (Ciclos da Matéria): processos naturais em que ocorre a ciclagem dos elementos, ou seja, sua passagem do meio ambiente (componentes físico-químicos) para os organismos vivos e destes de volta para o meio. 
Biomas Terrestres
As principais comunidades terrestres são os biomas, que representam áreas com características de vegetação estável, adaptada a condições climáticas específicas e com uma fauna característica.
Biomas Mundiais: para classificação dos biomas mundiais se considera o conjunto de grandes regiões geográficas ou também chamadas de zonas climáticas onde se reconhece um padrão das comunidades vegetais. 
Tundra: situada geograficamente no norte da Floresta Boreal (Norte do Alasca e do Canadá, Groenlândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Sibéria), possui precipitações muito baixas no inverno e no verão. Inverno muito frio e iluminação limitada. Presença de vegetação rasteira em algumas áreas, com solos ácidos e sem drenagem, com a decomposição da matéria orgânica extremamente baixa por causa da temperatura baixa do solo e falta de proteção de uma floresta, facilitando a ação do vento que transporta boa parte da matéria orgânica. Em áreas mais frias, o permafrost (solo permanentemente congelado) está presente em toda parte, não permanecendo nada enraizado. A fauna é constituída basicamente de aves e mamíferos, com frequente migração e hibernação. No verão, é possível observar alguns insetos, como mosquitos e simulídeos. Um tipo de adaptação frequente é a coloração branca em mamíferos e aves, funcionando como proteção aos predadores.
Taiga ou Floreta Boreal: estende-se num amplo cinturão da América do Norte até Europa e Ásia. Também chamada de floresta boreal e de coníferas. Possui precipitações pluviais moderadamente baixas e invernos frios. Baixa evaporação, com solos úmidos, ácidos e pobres em nutrientes. Florestas com predomínio de pinheiros e coníferas, de 10 a 20 metros de altura e sempre verdes, com folhas aciculares. Devido às baixas temperaturas, a serrapilheira se decompõe lentamente e se acumula na superfície do solo, que é ácido e infértil. As estações de crescimento duram no máximo 100 dias. A vegetação é tolerante ao congelamento. A fauna é constituída de numerosos mamíferos, como urso, alce, lobo, raposas, marta, visão e esquilos. A avifauna é menos numerosa, contudo presente, representada por pintassilgos, tetrazes e bicos-cruzados. As populações tendem a oscilar, como na tundra.
Florestas Temperadas Decíduas: localizadas em algumas regiões da Europa, América do Norte e Ásia, possuem precipitações moderadas, invernos frios e verões amenos. Dependendo da região e da época do ano, as árvores tornam-se decíduas. Pouca drenagem do solo, com precipitação maior que evaporação e transpiração, formando rios e lagos. Há uma intensa atividadena camada de folhas mortas, com diversas espécies se utilizando desse espaço. A fauna é bem mais diversa, representada por vertebrados arborícolas, mamíferos terrestres e avifauna habitando diversos estratos do ambiente. Nas regiões mais quentes desse bioma, crescem pinheiros com acículas. No hemisfério sul, com invernos menos rigorosos e latitudes mais amenas, há poucos pontos de zonas temperadas, como o Chile, Austrália e Nova Zelândia.
Floresta Mediterrânea ou Chaparral: regiões caracterizadas por chuvas de inverno abundantes e verão tendendo a ser mais seco, distribuídas ao longo da costa do Mar Mediterrâneo, abrangendo a Europa e o norte da África. A vegetação é formada predominantemente por árvores de folhas persistentes, como por exemplo, o carvalho verde e o sombreiro, além de arbustos formando moitas.
Desertos: o processo de evapotranspiração é fundamental para a formação dos desertos, em que a evaporação supera o total da precipitação pluviométrica. Sua principal característica é a seca, pois as precipitações são muito baixas e as temperaturas máximas variam com o tipo de deserto. Presença de plantas suculentas, tais como cactos, com adaptações, como folhas pequenas e transformadas em espinhos. Grande estresse hídrico. Variação da amplitude térmica, com desertos quentes e frios. Baixa biodiversidade. A baixa precipitação dos desertos pode estar relacionada com a localização, como regiões com alta pressão, onde se originam os ventos, o que impede a umidade proveniente dos oceanos, ou em regiões com altitudes elevadas, ou ainda, em regiões localizadas atrás de cadeia montanhosas litorâneas, impedindo a chegada de ventos úmidos.
Floresta Pluvial Tropical: a floresta tropical, localizada na proximidade do Equador, onde o ar quente e úmido sobe e libera sua umidade, ocorre em três regiões: continente americano, africano e indo-malaio. A floresta indo-malaia compreende a costa da Indochina, a costa norte da Austrália, as Filipinas, Nova Guiné e Bornéu, entre outras. Na região africana, compreende a Libéria, o golfo da Guiné e principalmente a região da bacia do rio Congo. A floresta tropical é o bioma mais produtivo do mundo. Esse fato deve-se à alta radiação solar recebida e às chuvas abundantes. Por causa das altas temperaturas e precipitações ao longo do ano, as árvores mantêm suas folhas sempre verdes durante todo o ano, sendo, por isso, também chamadas de plantas perenes latifoliadas. Bioma com a maior diversidade de espécies animais e vegetais do planeta, sendo muitas espécies endêmicas. Solos com intensa decomposição de matéria orgânica em decorrência do calor e umidade. Os minerais em geral constituem a matéria orgânica, sendo pouca a quantidade armazenada no solo, pois, com as chuvas constantes, grande parte é lixiviado, sendo por isso considerado um solo pobre em nutrientes e impróprio para a agricultura. As variações de solo e temperatura não são tão contrastantes quanto a precipitação pluvial, contudo a interação de tais fatores e da altitude chegam a causar mudanças de grande significação na vegetação, dando origem a formações vegetais distintas e características próprias e com grandes implicações nas formas de utilização pelo homem.
Floresta Tropical Arbustiva: É observada compondo grandes áreas na parte central da América do Sul, no sudoeste do continente africano e em algumas regiões do sudoeste da Ásia. A flora é representada principalmente por pequenas árvores (arbustos), com troncos retorcidos, espinhosos e de madeira dura e resistente. Esta é uma condição típica da qual chamamos no Brasil de caatinga. Essas florestas ocorrem nos trópicos em áreas onde as condições de umidade são intermediárias entre o deserto e a savana de um lado e a floresta pluvial do outro. Ou seja, pode ser considerado um bioma de transição entre a savana e a floresta pluvial.
Savanas: é constituída por uma vegetação rasteira, herbácea, em que predominam as gramíneas, podendo apresentar-se de duas formas diferentes: de forma contínua (campos limpos), também chamada de estepe, ou com a presença de arbustos isolados ou pequenas árvores na paisagem, formando os chamados campos sujos ou savanas, como as savanas tropicais africanas e o cerrado e caatinga brasileiras. A vegetação é resistente a secas prolongadas e até ao fogo, decorrente dessa intensa condição seca. A fauna é bastante diversa, sendo formada de um lado por antílopes, leopardos, zebras, leões, elefantes, e do outro por formigas e cupins. Por serem constituídas de gramíneas, as savanas constituem boas pastagens naturais, sendo também exploradas para a agricultura.
Estepes: característico de áreas com clima apresentando épocas de secas prolongadas. Observam-se numerosas espécies de gramíneas, cujas raízes são muito desenvolvidas para encontrar e absorver o máximo de água possível. Esse tipo de bioma se distribui em uma faixa que abrange da Ucrânia à Mongólia, na Ásia, até os continentes americanos, africano e australiano. A fauna é abundante e diversificada, sendo representada por grandes herbívoros (antílopes, cavalos selvagens e bisões) e outros mamíferos predadores (lobos, coiotes, raposas e cães selvagens).
Montanha: bioma relacionado a altitudes extremas, com limites definidos pela região em que se encontram, sendo diferentes entre o Himalaia (Ásia), os Andes (América do Sul) e as Montanhas Rochosas (América do Norte).Todos os organismos encontrados nesse ambiente, de alguma forma, encontraram ou desenvolveram mecanismos e adaptações para viverem nessas condições ambientais, com ventos muito fortes e temperaturas baixíssimas. A vegetação varia de acordo com a exposição ao sol, com a composição do solo e o período de neve. A fauna, na sua maioria, é representada por pequenos mamíferos herbívoros e aves igualmente pequenas.
Gelo: ocupa as regiões polares, com condições climáticas extremamente adversas à vida. Desta forma, podemos observar uma diversidade biológica muito reduzida, sendo representada por algas verdes e microrganismos heterotróficos, que sobrevivem dentro e debaixo da camada de gelo.
Biomas Brasileiros: são classificados em:
Amazônia: abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins. O clima é do tipo equatorial, quente e úmido, com a temperatura variando pouco durante o ano, em torno de 26ºC. É muito comum na região os períodos de chuva provocados em grande parte pelo vapor d'água trazido do leste pelos ventos. Possuem muitos ecossistemas associados, como florestas montanhosas andinas, Florestas de terra firme e Florestas fluviais alagadas.
Mata Atlântica: a mata Atlântica que se estende ao longo da costa do oceano atlântico, desde o Sul, até o Nordeste, possui atualmente cerca de 4% da cobertura original. A variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde climas temperados úmidos no extremo sul a tropical úmido e semiárido no Nordeste. O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda mais variabilidade a esse bioma.
Caatinga: está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais. Apresenta vegetação caducifólia, ou seja, com perda de folhas durante a estação seca. Possuem muitas espécies endêmicas e a presença de cactos com folhas transformadas em espinhos. Generalizando, o solo é pedregoso e raso, ocorrendo em algumas partes afloramento de rocha. Ocorrem longos períodos de estiagem que tornam a paisagem agressiva pela abundância de cactáceas e pelas árvores e arbustos com espinhos, sendo que após a chuva, de inverno, a paisagem se transforma. As árvores em geral são esparsas e de pequeno porte.
Costeiros: os ecossistemas costeiros geralmente estão associados à Mata Atlântica, como as restingas que se desenvolvem nos solos arenosos dos cordões litorâneos e dunas, com espécies herbáceas, típicas da praia e espécies arbóreas e o manguezal, que é um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho. Na zona das marés, destacam-seas praias e os rochedos, colonizados por algas e muitos animais. Corresponde à região litorânea composta pelos ecossistemas de manguezal, de vegetação restinga e de banhados. O manguezal, classificado como formação pioneira com influência fluvio-marinha, ocorre na desembocadura de rios com o mar, às margens dos estuários até onde existir influência da maré, em solos limosos com acúmulo de matéria orgânica. Quanto à fauna, predominam o caranguejo e moluscos, principalmente ostras.
Pantanal: localizado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, é o menor bioma brasileiro e representa a maior planície inundável do mundo. No oeste do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Área inundada regularmente, durante os meses de outubro a março, como consequência do extravasamento dos rios da região. No período de estio, o terreno apresenta-se seco, mas ocorrendo várias lagoas. Constitui refúgio para a fauna, apresentando grande diversidade biótica e de ambientes. Como a caatinga, o pantanal foi classificado como em savana-estépica, apresentando as mesmas subdivisões, mas nesse caso diferenciado pelas condições de alagamento, e não de seca no solo.
Cerrado: situado no planalto central, sua vegetação é típica de climas tropicais, com duas estações de ano bem definidas: verão bem chuvoso e o inverno seco. Com queimadas esporádicas, solo pobre em nutrientes e rico em metais como alumínio e ferro, o cerrado abriga plantas e espécies arbustivas de aparência seca e baixas com cerca de vinte metros de altura. Possui regiões com predominância de gramíneas e uma área que tem maior predominância florestal, como os cerradões. As árvores e plantas do cerrado possuem troncos com cascas grossas, o que permite um isolamento térmico, galhos tortuosos e raízes longas que ajudam na contenção e na absorção da água do lençol freático. Com marcada estação seca que pode durar 5 a 7 meses, sendo que toda a vegetação herbácea e arbustiva seca e morre, os arbustos e parte das árvores perdem suas folhas e as gramíneas amarelecem.
Pampa: os campos são constituídos por uma vegetação rasteira, herbácea, em que predominam as gramíneas, podendo apresentar-se de forma contínua, como os campos limpos, encontrados em algumas regiões de outros biomas, como o Cerrado, ou com a presença de arbustos isolados na paisagem, formando os chamados campos sujos.
Ecossistema: unidade ecológica, estrutural e funcional, com seus componentes abióticos e bióticos.
Biomas: Categorias baseadas em formas vegetais dominantes, nas quais são classificadas as unidades biológicas, dando continuidade às comunidades a sua característica geral. O bioma também pode ser definido como uma unidade de comunidade terrestre mais ampla, cuja comunidade vegetal é uniforme e estável com o clima (clímax), interligada a uma fauna característica. O bioma é identificado pelo estado da vegetação clímax, contudo, o conceito também envolve as etapas de desenvolvimento, chamadas de etapas seres ou estágios sucessionais.
Ecossistemas Aquáticos
Ciclo Hidrológico: o ciclo hidrológico responde por aproximadamente metade da energia solar absorvida pela superfície terrestre. Dessa forma, a água presente na superfície terrestre, em rios, lagos e mares, sofre um processo de evaporação devido ao calor do Sol e passa para o ar. Ao se converter em vapor, ela se encontra em estado gasoso e, quando a temperatura baixa, vai se transformando em minúsculas gotas que se unem e formam nuvens. Quando as nuvens alcançam uma determinada concentração, essas gotas não podem se manter em suspensão no ar e se condensam, voltando à terra sob a forma de precipitação.
Detritos Tóxicos: podem compor-se de uma infinidade de elementos, tais como: metais pesados, venenos orgânicos, detergentes, hidrocarbonetos, solventes etc.
Ambientes Epicontinentais: considerando-se o ciclo hidrológico, e tomando-se como ponto de partida a precipitação sobre a superfície terrestre, a água, além de percolar no solo ou ser interceptada pela vegetação terrestre, em menor escala, acumula nos lagos e flui pelos rios, em maior escala, dando origem aos ambientes epicontinentais.
Estuários: São os ambientes de transição entre os rios e o mar. Sob forte influência do regime de marés e da descarga dos rios, com sistemas complexos de circulação. Por sua baixa salinidade e densidade, a água do rio fica por cima da água do mar, se misturando e aumentando a salinidade gradativamente. A circulação das águas nos estuários promove a renovação de nutrientes e a remoção de detritos, além de propiciar grandes variações de salinidade em curto período de tempo. Esses processos influenciam diretamente o estabelecimento das comunidades biológicas nesses ambientes. Bosques de manguezais, em regiões tropicais e subtropicais, e marismas e pântanos salgados em regiões temperadas e altas latitudes são as tipologias vegetais mais comuns encontradas nos ambientes estuarinos, normalmente em planícies arenosas. Enquanto os manguezais são dominados por espécies arbóreas, os marismas e pântanos salgados são formados basicamente por gramíneas. Devido às flutuações de marés, os organismos encontrados nesses ambientes também estão expostos a variações de temperaturas, seja pela oscilação do nível da água, seja pelas diferentes temperaturas entre as águas dos rios e do mar. A intensidade luminosa nesses ambientes também varia em função das oscilações das marés, como também pela grande quantidade de material particulado em suspensão, que geralmente deixa essas águas com maior turbidez. As concentrações de oxigênio também variam intensamente nesses ambientes. Os processos de decomposição da matéria orgânica consomem grandes quantidades de oxigênio dissolvido; por outro lado, a elevada atividade fotossintética produz quantidades consideráveis de oxigênio. A constante renovação das águas pelas marés também pode propiciar a entrada de águas mais saturadas de oxigênio nesses ambientes, compensando em parte a depleção desse gás devido à decomposição da matéria orgânica.
Recifes de Corais: são o segundo ecossistema mais rico do planeta, ambiente com grande diversidade de plantas e animais. Devido a esse fato, são chamados de florestas tropicais dos oceanos.
Ambientes Aquáticos Epicontinentais: 
Sistemas Lóticos: são sistemas onde a água flui rápida e unidirecionalmente (rios e córregos). Habitam numerosas espécies de insetos (libélulas e besouros) que evoluíram para se adaptar as características desse ambiente para sobreviver. Muitas espécies de peixes, como enguias, trutas e vairões são encontrados. Mamíferos como castores, lontras e golfinhos de água doce habitam o ecossistema lótico. Podem ser considerados sistemas abertos.
Sistemas Lênticos: inclui todos habitats de água parada (lagos e lagoas). São o habitat natural de algas, plantas enraizadas e flutuantes, e invertebrados como caranguejos e camarões. Anfíbios como sapos e salamandras, répteis como jacarés e cobras d'água. Podem ser considerados sistemas fechados.
Sistemas Artificiais: reservatórios artificiais de água têm sido construídos para atender a fins diversos como armazenamento de água potável, geração de energia, controle de enchentes, recreação e paisagismo. Os reservatórios são formados a partir do represamento de um rio encaixado em um vale de forma a acumular e reter a água a partir da barragem. A água liberada rio abaixo é regulada conforme o fluxo de entrada pela bacia de drenagem e do uso ao qual foi destinado.
Pantanal: áreas pantanosas, que podem ser cobertas por água e possuem uma grande biodiversidade (pântanos, brejos e charcos). Plantas como lírios aquáticos são comuns. A fauna consiste de libélulas, pássaros como a garça verde e peixes.
Ecossistemas Aquáticos: em todos os ambientes são encontradas comunidades biológicas estabelecidas, que evoluíram e se distribuíram conforme os fatores abióticos peculiares de cada local, como as condições de temperatura, luminosidade, substrato, dinâmica da água, recursos disponíveis, além das interações biológicas entre os organismos,como competição, predação, mutualismo, formando assim os ecossistemas aquáticos. De maneira geral, os organismos aquáticos podem ser classificados basicamente conforme sua associação com o ambiente em que vivem, como o plâncton e o nécton, na coluna d’água, e os bentos, associados aos substratos de fundo.
Plâncton: os organismos planctônicos são desprovidos de órgãos de locomoção, ou, quando os têm, são insuficientes para vencer a força dos movimentos da água, sendo, portanto, errantes. Dividem-se em autotróficos (fitoplâncton) e heterotróficos (zooplâncton), produtores primários e consumidores, respectivamente, sendo geralmente de tamanhos bastante reduzidos, a maioria, microscópicos. Cabe ressaltar que as algas planctônicas marinhas são responsáveis por grande parte da produção de oxigênio no planeta, superando a produção por florestas tropicais.
Nécton: os organismos nectônicos possuem eficientes órgãos locomotores e, portanto, são ativos nadadores. Devido ao porte e abundância, organismos nectônicos, como lulas e peixes, constituem a maioria dos recursos pesqueiros pelágicos, especialmente nos oceanos das zonas de clima temperado do Planeta.
Bentos: os organismos bentônicos podem ser sésseis, quando vivem fixados a substratos, ou móveis, porém vivendo associados ao fundo, constituindo-se em recursos pesqueiros demersais. Esses organismos podem ser animais, ou zoobentos; e micro e macroalgas, além de plantas aquáticas enraizadas, ou fitobentos. Esta classificação é aplicada tanto para os organismos de ambientes marinhos, quanto para os de ambientes epicontinentais.
Oceano: são caracterizados como grandes extensões de água salgada que ocupam as depressões da superfície da terra. Responsáveis pelo desenvolvimento dos primeiros seres vivos em nosso planeta, os oceanos são os grandes produtores de oxigênio, através das microalgas oceânicas, contribuindo decisivamente na regulação da temperatura do planeta, interferindo nos diferentes climas. Os cinco principais oceanos são o Ártico, Antártico, Indico, Atlântico e Pacífico.
Zona Litoral ou Intertidal: zona horizontal do oceano. Região rasa do oceano que sofre influência das marés.
Zona Nerídica: zona horizontal do oceano que vai da região costeira até a borda da plataforma continental, cerca de 200 metros de profundidade.
Zona Oceânica: região do oceano além da plataforma continental.
Zona Epipelágica: zona vertical do oceano. Camada superficial até 200 metros de profundidade.
Zona Mesopelágica: zona vertical do oceano. Entre 200 e 1.000 metros de profundidade.
Zona Batipelágica: zona vertical do oceano. Entre 1.000 e 4.000 metros.
Zona Abissal: zona vertical do oceano. Entre 4.000 e 6.000 metros.
Zona Hadal: zona vertical do oceano. Abaixo de 6.000 metros.
Temperatura das Águas: Luz e temperatura são fatores relacionados à radiação solar. Cerca de 80% da energia solar que atinge os oceanos é absorvida nos primeiros 10 metros de profundidade. A partir daí o espectro luminoso decai podendo atingir a profundidade de 600 metros, em águas muito claras. Abaixo desta profundidade as águas se tornam totalmente escuras. A temperatura das águas apresenta um padrão no sentido vertical, quando a temperatura diminui das águas superficiais para águas mais profundas, formando uma estratificação térmica com camadas de diferentes temperaturas, e consequentemente diferentes densidades. A temperatura das águas também apresenta uma variação no sentido horizontal, condicionado pela latitude. Sendo assim, as temperaturas das águas superficiais dos oceanos decaem da região equatorial. 
Termoclina: mudança brusca na temperatura com a profundidade (1ºC/m). Combinando-se os efeitos vertical e horizontal da temperatura das águas oceânicas, observa-se que as termoclinas são mais pronunciadas nas águas tropicais, e praticamente inexistentes nas águas polares.
Salinidade: a salinidade, dada pela quantidade de sais dissolvidos na água, varia conforme a latitude e a proximidade do deságue de grandes rios. De maneira geral, menores salinidades são encontradas nas regiões equatoriais e latitudes superiores a 40o, onde a precipitação é maior que a evaporação; enquanto que, nas regiões temperadas, onde a evaporação é maior do que a precipitação são verificadas mais salinidades. Juntamente com a temperatura, a salinidade determina a densidade, outro fator relevante nas águas oceânicas, definindo assim diferentes massas de água. As águas de superfície não se enquadram na categoria de verdadeiras massas de água devido às grandes variações de temperatura e salinidade, e que devido à ação dos ventos se misturam, sendo assim chamadas de camada superficial de mistura. Com o aumento da densidade, a camada superficial afunda e se mistura vagarosamente com outras massas de água, à medida que se desloca para o fundo. A velocidade dessas correntes é muito pequena, de cerca de 1 centímetro por segundo. Desta forma, a renovação das águas abaixo da camada superficial se dá pela ação das correntes formadas por diferenças de densidade resultantes da variação de temperatura e/ou salinidade.
Convecção Profunda e Subdução: são os processos envolvidos na formação de massas de água, a partir de diferenças nas temperaturas e salinidade, conforme a região, e estão associadas à dinâmica da camada de mistura na superfície.
Circulação Termohalina: refere-se ao conjunto de correntes oceânicas que forma um padrão global de circulação oceânica, induzida pelas diferenças de temperatura, salinidade e densidade das águas oceânicas. Geralmente, as correntes termohalinas têm origem em altas latitudes, com águas frias e densas que afundam e lentamente fluem em direção ao equador, onde voltam a aquecer, promovendo assim circulação termohalina. 
Massas D’água: são denominadas de acordo com a profundidade na qual são encontradas e com a região geográfica de procedência. Enquanto nas regiões subtropicais a formação de massas d`água se dá por subdução, devido à convergência da camada superficial para o fundo, a formação de massas de águas profundas por convecção ocorre principalmente nas regiões polares e subpolares. Nessas águas a coluna d’água é praticamente homogênea em termos de densidade e, por conseguinte, ocorre pouca estratificação ao longo da coluna. Mesmo assim, quando a água na camada de mistura se torna mais densa, seja por resfriamento e/ou pelo aumento da salinidade por evaporação ou pela formação de gelo, essa camada submerge atingindo grandes profundidades.
El Niño: é um exemplo de interação oceano-atmosfera com consequências em escala global. Este fenômeno é caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical, alterando padrões de ventos, afetando assim os regimes de chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias. Quando ocorre um esfriamento dessas águas, o fenômeno é conhecido com La Niña, também com reflexos sobre os padrões normais de ventos, e consequentemente sobre o regime de chuvas.
Cursos de Rios: em função dos gradientes de altitude, os cursos de rios podem ser classificados como crenal, ritral e potamal.
Região Crenal: encontra-se nas partes mais altas do terreno e é formada pelas nascentes e trechos de baixa ordem.
Região Ritral: encontra-se em seguida da região crenal, ainda drenando as partes altas das montanhas configurando-se nos trechos superiores do rio, onde as águas fluem com maior velocidade.
Região Potamal: corresponde aos trechos das partes mais planas da bacia ou o curso inferior de planície, onde as águas são mais lentas.
A variação da altitude no sentido longitudinal condiciona a velocidade das águas, que por sua vez condicionam a capacidade de transporte, processos erosivos e de deposição. Os trechos mais altos correm por vales bem encaixados com drenagens praticamente lineares, sendo que a morfologia do canal é condicionada pelo tipo de formação do terreno. Já nos trechos mais planos, devido às características mais arenosas dos terrenos, verifica-se a formação de meandros, ou seja, os cursos deixam de ser linearesa passam a ser mais sinuosos. Nos eventos de maiores descargas, as águas invariavelmente transbordam os canais invadindo as planícies de inundação. Enquanto os meandramentos representam as sinuosidades no plano horizontal, as ondulações do leito no plano vertical formam ambientes rasos, com correntes suficientes para manter o fundo desprovido de sedimentos mais finos, denominados corredeiras; e ambientes mais profundos com águas bem mais lentas, possibilitando a deposição dos sedimentos mais finos, denominados poços. Estas feições têm origem nos processos erosivos e deposicionais associados ao meandramento, ou seja, erosão e acresção das margens e leitos, quando normalmente os poços estão situados nas proximidades das curvas e as corredeiras nos pontos de inflexão entre meandros.
Teoria do Espiralamento de Nutrientes: postula que uma partícula de um nutriente inorgânico dissolvido na coluna d’água é assimilada por um produtor primário que a transforma em matéria orgânica. Essa matéria orgânica, ao ser ingerida por um consumidor, retorna ao meio através da excreção ou pela morte do produtor primário ou do consumidor. Então sofre a ação dos decompositores, normalmente nos sedimentos de fundo do corpo d’água, que a transformam novamente em nutriente inorgânico, retornando à coluna d’água. Como esses processos ocorrem no sentido unidirecional, a troca entre os compartimentos coluna d’água-sedimentos de fundo provoca um efeito que se assemelha a uma espiral.
Distritos: agrupamento de lagos existentes através de eventos catastróficos decorrentes de atividades tectônicas, vulcânicas e glaciais.
Zonas dos Lagos: 
Zona Litoral: representa as partes mais rasas e onde podem ser encontradas plantas aquáticas enraizadas formando uma grande variedade de mozaicos, além de ser a mais produtiva, é também a que apresenta maior diversidade de habitats, e consequentemente a maior riqueza de espécies, especialmente da epifauna bêntica. 
Zona Limnética ou Pelágica: representa as águas abertas e são dominadas por comunidades planctônicas e nectônicas. Na zona limnética os processos produtivos excedem os processos respiratórios da decomposição.
Zona Profunda: é caracterizada pela ausência de organismos fotoautotróficos e pela presença de organismos da infauna bêntica ocupando os sedimentos do fundo, juntamente com os organismos decompositores da matéria orgânica produzida nos outros compartimentos. Geralmente, as concentrações de oxigênio dissolvido são muito baixas, devido ao seu consumo pela decomposição da matéria orgânica e a inexistência de organismos fotossintetizantes.
Zona Eufótica: é a região na qual os produtores primários são capazes de realizar a fotossíntese.
Zona Afótica: encontrada abaixo da zona eufótica, na ausência total de luz nas regiões mais profundas.
Produtividade: está associada à disponibilidade de nutrientes inorgânicos dissolvidos, especialmente o fósforo. Sob condições naturais, o fósforo é considerado um fator limitante da produtividade, ou seja, sua fonte é bastante restrita e pontual, sendo poucos os lugares no Planeta onde se encontram rochas fosfatadas. Desta forma, o fósforo disponível para assimilação dos produtores primários provém dos processos da ciclagem deste nutriente no ambiente. Entretanto, a presença de fósforo de origem antropogênica nos ambientes aquáticos pode levar a estágios de hipereutrofia, uma vez que este elemento é encontrado na fórmula de diversos produtos consumidos comumente pela população, como sabonetes, cremes dentais, detergentes, fertilizantes etc., e que através de esgotos ou de enxurradas irá ter seu destino final nos ambientes aquáticos.
O epilímnio representa as camadas superficiais menos densas, e está limitado abaixo pelo metalímnio, a camada intermediária, enquanto que o hipolímnio, mais denso, representa as camadas mais profundas.
A desestratificação da coluna d’água pode resultar em consequências distintas nos lagos rasos. Isso pode ocorrer pela ação de ventos que exercem uma força sobre as camadas superiores empurrando-as para baixo quando a massa d’água encontra a margem no sentido desses ventos, fazendo com que as camadas mais intermediárias e profundas aflorem na superfície, misturando as águas. Outro processo de desestratificação e consequente mistura e dá pela temperatura. Em períodos muito quentes as camadas superiores transferem calor para as camadas inferiores quebrando a termoclina, e assim provocando a mistura entre as camadas superiores e inferiores; ou ainda, com a queda da temperatura nas camadas superiores e consequente aumento da densidade, provocando seu afundamento e, por conseguinte, a mistura com as camadas profundas. A surgência das águas profundas para as camadas superiores irá trazer nutrientes inorgânicos, que foram mineralizados pela ação bacteriana nos sedimentos de fundo. Em qualquer caso, a duração e intensidade desses fenômenos serão resultantes da magnitude ou volume das massas d’água superficial e profunda.
Fases dos Reservatórios: no gradiente longitudinal desses corpos d’água são observadas diferentes fases nas quais ocorrem processos físicos, químicos e biológicos também distintos.
Fase Rio: é relativamente estreita e situa-se nas partes mais altas dos reservatórios onde ocorrem os aportes de água dos corpos d’água contribuintes e tributários. Nessa fase as águas encontram-se geralmente bem misturadas, devido ao fluxo turbulento, com grande quantidade de material particulado em suspensão e nutrientes inorgânicos dissolvidos. À medida que as águas adentram o reservatório e vão perdendo velocidade, quando a energia é dissipada sobre áreas mais largas, o material em suspensão mais grosseiro começa a se depositar, mas o transporte por advecção é suficiente para manter as partículas mais finas suspensas na água.
Fase de Transição: ocorre mais penetração de luz na coluna d’água, permitindo assim o início da realização de processos fotossintéticos por algas planctônicas.
Fase Lacustre: nessa fase as características do corpo d’água se assemelham mais aos ambientes lênticos. Nessa parte do reservatório, as águas praticamente não se movimentam, e frequentemente encontram-se estratificadas termicamente. A produtividade primária planctônica passa a depender mais da disponibilidade de nutrientes inorgânicos dissolvidos, uma vez que a intensidade luminosa deixa de ser limitante.
Fitoplâncton: consiste na biocenose de microalgas que vivem em suspensão na coluna d’água, cujos organismos estão sujeitos ao movimento das correntes. As algas planctônicas constituem a porção autotrófica de ambientes lênticos. Produtor primário.
Perifíton: é uma complexa comunidade da microbiota composta por bactérias, fungos, algas, protozoários, aderidas firme ou frouxamente a substratos submersos, orgânicos ou inorgânicos, vivos ou mortos. Nestas comunidades, destacam-se as biocenoses de algas perifíticas que primariamente autotróficas desempenham um papel fundamental nos ecossistemas aquáticos, provendo intercâmbio entre os componentes físicos, químicos e biológicos, apresentando taxas de produção, decomposição e reposição contínuas. Como atuam na base das teias alimentares desses ambientes, afetam o crescimento, desenvolvimento, sobrevivência e reprodução de muitos organismos.
Macrófitas Aquáticas: são plantas vasculares, macroscópicas, cujas partes fotossintetizantes ativas encontram-se permanentemente ou em algum momento do ciclo hidrológico, submersas ou flutuantes em sua superfície, e podem ser encontradas em diferentes tipos de ambientes, nas margens e nas áreas mais rasas dos rios, lagos e reservatórios. Constituem em sua maioria vegetais superiores, que retornaram ao ambiente aquático. Sendo assim, podem apresentar, ainda, algumas características de vegetais terrestres e grande capacidade de adaptação a diferentes tipos de ambientes.
Protozoários Testáceos: são organismos essencialmente aquáticos e são encontrados em uma grande variedade de habitats úmidos e de água doce. Apesar de estarem vinculados principalmente à vegetaçãomarginal e ao fundo, podem também ser encontrados no compartimento planctônico de ambientes lóticos e lênticos.
Rotíferos: são organismos generalistas, filtradores de material em suspensão de diferentes tamanhos, desde bactérias até algas filamentosas, a partir de diferentes estratégias na obtenção de alimento.
Cladóceros e Copépodes: também participam ativamente na promoção do fluxo de energia e ciclagem de nutrientes em ambientes aquáticos, visto que são predominantemente filtradores de detritos, algas e bactérias, e constituem grande parte dos itens alimentares de peixes jovens e adultos.
Zoobentos: é caracterizado por organismos que habitam o substrato de fundo de ecossistemas aquáticos (sedimentos, detritos, troncos, macrófitas aquáticas etc.), em pelo menos uma fase de seu ciclo de vida. Estes organismos podem viver na superfície (epifauna) ou abaixo da superfície (infauna) dos substratos e geralmente refletem notavelmente o caráter do substrato. São considerados macroinvertebrados bentônicos os organismos com tamanhos superiores a 8 milímetros.
Invertebrados Bentônicos: são particularmente sensíveis a alterações hidrológicas que modificam as condições de velocidade do escoamento, do substrato e dos teores de matéria orgânica no meio aquático. Geralmente, em condições naturais, as comunidades bentônicas se caracterizam por uma alta diversidade; mas, alguns poucos grupos mais tolerantes podem se tornar numericamente dominantes sob um conjunto específico de condições ambientais adversas à maioria dos demais organismos bentônicos. Dada a grande diversidade de espécies, por serem encontrados em quase todos os tipos de habitats de água doce, sob diferentes condições ambientais, e também de fácil amostragem, este grupo é amplamente utilizado como bioindicador de integridade ambiental de ecossistemas aquáticos, tanto lóticos quanto lênticos.
Energia
Energia: na Física, energia é um conceito essencial, definido como a capacidade de qualquer corpo produzir trabalho, ação ou movimento. O primeiro princípio da termodinâmica ensina que energia não se cria, se transforma.
Carvão: rocha sedimentar que resulta da decomposição em ambientes sem oxigênio, de detritos vegetais que caíram em lagoas e que sob a intensa pressão das rochas o transformou em mineral, constituído basicamente de carbono. O processo que leva à formação do carvão chama-se incarbonização; O uso do carvão iniciou-se há pouco mais de trezentos anos e provocou a Primeira Revolução Industrial. O custo dos combustíveis fósseis é tão baixo, que permitiu seu uso mesmo com a baixa eficiência energética que os caracteriza: a queima do carvão produz somente 35% de energia mecânica, sendo o resto desperdiçado na forma de calor. Logo o carvão mostrava suas limitações: baixo rendimento energético, alta poluição em toda a cadeia de produção (da mina ao beneficiamento, e no seu uso). Era necessário encontrar outra fonte, com melhores características. Iniciou-se, então, a era do petróleo e a Segunda Revolução Industrial.
Energia Muscular: a primeira fonte de energia usada pelo homem foram seus próprios músculos. Os músculos humanos, combinados com um formato de corpo que permitiu seu uso em atividades das mais brutas às mais delicadas.
Energia Nuclear: Em 1901, Pierre Curie e um discípulo foram os primeiros a descobrir a energia nuclear, ao identificarem a emissão contínua de calor das partículas do elemento químico rádio. Eles descobriram que cada grama de Rádio liberava 140 calorias por hora. A descoberta indicou a existência da energia radioativa, que mais tarde seria chamada de energia atômica ou energia nuclear, evidenciando assim a energia que existe no núcleo do átomo. Existem duas formas de gerar energia atômica: a fissão e a fusão dos núcleos atômicos de elementos radiativos enriquecidos.
Fusão Nuclear é a união de pequenos núcleos atômicos que irão formar um núcleo maior e mais estável. Essa é a fonte de energia e vida das estrelas, como o Sol: em seu núcleo ocorrem reações de fusão de núcleos de hidrogênio, originando núcleos de hélio.
Fissão Nuclear é a quebra do núcleo de um átomo instável em dois átomos menores, mediante o bombardeamento de partículas atômicas, tais como os nêutrons.
Energia Térmica: Quando a humanidade começou a usar o fogo, iniciou seu desenvolvimento tecnológico. A madeira foi o combustível por excelência nessa fase do homem, sendo a segunda fonte de energia que ele utilizou.
Energia do Vento: O vento foi a fonte seguinte de energia a ser utilizada pelo homem por volta do ano 3.500 a.C., no esforço de mover-se em busca de novas áreas. A produção de alimentos e utensílios nos diversos focos de civilização possibilitou o surgimento da principal invenção social humana, o comércio. O uso seguinte da energia do vento foi conseguido pela invenção do moinho de vento. Esse equipamento, surgido por volta do século X, transforma a energia cinética do vento em energia mecânica, captando essa energia através das pás que fazem girar um eixo, e este move blocos de pedra cilíndricos que passam sobre os grãos, moendo-os. Posteriormente, os moinhos de vento foram adaptados para bombear água, seja de depósitos subterrâneos ou de fontes de água superficiais.
Energia Hidráulica: Uma usina ou central hidrelétrica consiste em uma represa que armazena a água e a conduz para um conduto forçado que faz girar uma turbina, que está acoplada a um gerador elétrico. No caso das usinas por maré ou por ondas, a água move um ou mais pistões que fazem girar uma turbina. Rodas d’água modernas, como as turbinas Francis, Pelton, ou Bulbo, convertem grande parte da energia hidráulica em energia mecânica.
Petróleo: fluido viscoso de origem orgânica, de cor negra, constituído essencialmente de carbono e hidrogênio. Além de carbono e hidrogênio, o petróleo é uma mistura complexa de outros compostos como enxofre, oxigênio, nitrogênio e metais como o níquel e vanádio. A teoria orgânica entende que grandes acumulações de matéria orgânica de restos orgânicos planctônicos deram origem a este hidrocarboneto. Há muitos milhões de anos o fitoplâncton e o zooplâncton, após a sua morte, foram a matéria-prima do petróleo. Os restos de organismos parcialmente decompostos foram enterrados sob camadas de sedimentos. Formaram-se hidrocarbonetos que migraram nas rochas até ficarem retidos. Em contraposição a esta, a teoria abiótica descreve que a produção de petróleo não deriva de formas biológicas de vida, mas de um processo químico no interior da terra. As elevadas temperaturas do magma são a fonte de energia para este fenômeno geológico. Na terra, as placas continentais flutuam sobre uma inimaginável quantidade de hidrocarbonetos. A rocha calcária inorgânica é transformada num processo químico. Os hidrocarbonetos que daí resultam são mais leves que as camadas de solo e rocha sedimentares e acumulam-se sob as camadas impermeáveis da crosta terrestre.
Gás Natural: produzido em conjunto com o petróleo, uma vez que o processo de formação de hidrocarbonetos líquidos (petróleo) produz também hidrocarbonetos gasosos (gás natural).
Vapor: Máquina a Vapor é a denominação de qualquer equipamento que funcione pela transformação da energia térmica em energia mecânica, através da expansão do vapor d’água. A pressão acumulada pelo vapor move êmbolos e eixos, e estes movem mecanismos associados.
Energia Elétrica: A primeira usina de energia elétrica surgiu em Londres, em janeiro de 1881, e a segunda em Nova York, em setembro do mesmo ano. Forneciam energia para iluminação e usavam a corrente contínua.
As fontes primárias de energia são geradas pelos recursos naturais, como a madeira, carvão, petróleo, gás, vento, água, sol e etc. As fontes de energia secundária são aquelas obtidas a partir da transformação das fontes primárias, por exemplo, eletricidade, gasolina, biomassa e etc.
Recurso Natural: é qualquer insumo de que os organismos, populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção. Algo se torna recurso natural caso sua exploração, processamento e utilizaçãonão causem danos ao meio ambiente. Ou seja, são todos os componentes do meio natural que se o homem souber preservar, poderão ser inesgotáveis, enquanto que os não renováveis são todos os componentes do meio natural que se esgotam à medida que vão sendo utilizados.
Energias Renováveis:
Energia das Marés: é a energia potencial que pode ser obtida através da variação do nível de água, para gerar energia mecânica. A maioria dos projetos são experimentais e se mostraram antieconômicos. São poucos os locais em que são viáveis esse sistema. No Brasil, o nordeste brasileiro pode ser uma alternativa.
Energia Hidráulica: provenientes dos deslocamentos e ou quedas das águas, disponíveis nas regiões de grandes bacias hídricas formadas por rios, além de quedas d’água - centrais hidrelétricas. Esse tipo de aproveitamento é um dos mais eficientes e consiste em aproveitar a energia potencial da água, transformando-a em cinética e depois mecânica pela turbina e finalmente elétrica pelo alternador. O grande problema é seu impacto causado à biodiversidade aquática e à população local. Em países como o Brasil e a Noruega, a hidroeletricidade é responsável por 92% da produção total de energia.
Energia Geotérmica: obtida a partir do calor criado no centro do planeta, usando o vapor liberado pelos gêiseres para movimentar turbinas, dessa forma gerando energia. Apesar de problemas de viabilidade econômica, é possível abrir poços até a rocha quente e injetar água para formar vapor, criando gêiseres artificiais.
Energia da Biomassa: é a matéria vegetal produzida através da fotossíntese. Provenientes da queima de madeira, cana-de-açúcar, resíduos agrícolas, entre outros. Depois das sucessivas crises do petróleo a biomassa vem ganhando importância como alternativa de combustível para geração de energia. Existem inúmeras vantagens associadas, como o baixo custo; é renovável, permite o reaproveitamento de resíduos; é menos poluente que os combustíveis fósseis, e tanto pode produzir energia elétrica, quanto combustível líquido (biocombustível). Pode causar grande impacto ambiental através da poluição atmosférica produzida, com emissão de gases como o monóxido do carbono e materiais particulados. O grande problema do uso desses compostos é a utilização das terras sem um desenvolvimento sustentável, causando impactos ambientais no solo, como erosão, uso de agrotóxicos, entre outros.
Biogás: proveniente da decomposição anaeróbica de compostos orgânicos ou processos de fermentação do tipo aterros sanitários e tratamentos de esgotos.  A energia é utilizada a partir da queima do gás, que gera calor liberado na combustão. Os resíduos podem ser aproveitados como adubos.
Biocombustível: proveniente da decomposição anaeróbica de biomassa, como lixo orgânico e cana-de-açúcar, produz metanol e álcool etílico. O Brasil passou a produzir o etanol para a utilização em automotores e possui a maior frota do mundo. Os resíduos podem ser aproveitados como adubos. A gasolina brasileira possui cerca de 22% de etanol, o que diminui o processo de emissão de monóxido de carbono, aumentando, entretanto, os oxidantes fotoquímicos. O ideal é a produção desse recurso em terras improdutivas.
Gás Hidrogênio: proveniente da separação do hidrogênio contido nos hidrocarbonetos, principalmente através do gás natural. Combustível gasoso produzido principalmente por eletrólise da água. O aproveitamento da energia é proveniente da queima do gás hidrogênio gerado. O hidrogênio é rico em energia, sendo usado pela NASA como combustível para seus veículos espaciais. Contudo, ainda não temos uma tecnologia segura e prática para o seu uso em larga escala, devido a sua alta capacidade reativa e combustão espontânea. É uma energia limpa, os motores utilizados são elétricos, no qual o átomo de hidrogênio reage com o oxigênio do ar, o que resulta em vapor d’água e energia. O grande problema é o alto custo da produção do gás e é altamente explosivo.
Energia Eólica: gerada a partir do vento, através de turbinas em forma de um moinho ou cata-vento. O movimento, através de um gerador, produz energia elétrica. A energia eólica representa atualmente uma das alternativas mais importantes para se gerar energia de forma sustentável, pois ocasiona baixo impacto ambiental e pode ser utilizada em várias escalas. Os aerogeradores podem servir a residências ou a indústrias, com potência que pode ultrapassar 500 kW cada um. A experiência tem mostrado que essas turbinas podem produzir a energia a custos razoáveis em áreas onde a velocidade do vento varia na faixa de 20 a 40km/h. As turbinas podem interferir no voo dos pássaros, na paisagem e na transmissão de rádios e TVs. Não há regularidade na produção, tendo que ser geradas novas fontes alternativas em fase de calmaria. Pode ser utilizada como fonte complementar de energia e em pequenas escalas.
Energia Solar: O aproveitamento do sol para a produção direta de energia pode ser realizado com duas finalidades, a produção de energia térmica e/ou produção de energia elétrica. Existem poucas usinas térmicas para aproveitamento da energia solar direta. A mais conhecida encontra-se na França, nos Pirineus. O calor produzido (2760ºC) é utilizado para fabricar metais puros e outras substâncias. O calor excedente é utilizado para produzir vapor e eletricidade. São sistemas ineficientes e caros, porém com a vantagem de um mínimo impacto ao meio ambiente. Pode ser utilizada como fonte complementar de energia, em pequenas áreas e em zonas rurais.
Energia solar térmica – seu uso é com a finalidade de aquecer um fluido através de coletores solares, recipientes que absorvem o calor do sol e o transferem para esse fluido por meio de um sistema de tubos em serpentina. Esse fluido pode ser água, óleo ou qualquer outro que possibilite a transferência adequada de calor.
Energia solar fotovoltaica – é a transformação da energia radiante do sol em energia elétrica através de células fotovoltaicas, que são placas contendo materiais capazes de realizar o efeito fotovoltaico de transformação de energia solar em elétrica.
Energias Não Renováveis: 
Combustíveis Fósseis: aproximadamente 2/3 do petróleo mundial estão estocados em cinco países: Arábia Saudita, Kuwait, Irã, Iraque e Emirados Árabes. Apesar de não possuir a maior reserva, a Rússia é hoje a maior produtora mundial. Além de contribuir para o "efeito estufa", a exploração desses compostos produz outras impurezas, como o enxofre, aumentando a poluição atmosférica.  O óleo combustível também tem os mesmos problemas, ainda que em menor proporção.
Óleos Pesados Não Convencionais: grande problema provocado pelo aproveitamento do xisto ou areias com alcatrão é o impacto ambiental, uma vez que os processamentos requerem, respectivamente, grandes quantidades de água e óleo convencional. Além da emissão de gases que contribuem para a poluição atmosférica.
Energia Nuclear: Não emite gases do efeito estufa, porém é uma energia não renovável, podendo causar grande impacto ambiental em casos de acidente. Na esfera global, pelo alto risco de acidente nuclear, as usinas tendem a ser desativadas.
Modelo do Mundo em Crescimento: defende a construção de grandes usinas termelétricas (a carvão e fissão nuclear) para atender a demanda nos próximos 25 anos e mudança gradual para a total dependência das usinas à fusão nuclear.
Modelo de Crescimento Sustentável: visa a aumentar a eficiência no uso da energia; diminuir o emprego do óleo, carvão e gás natural; eliminar as usinas nucleares, pois estas seriam antieconômicas, inseguras e desnecessárias; aumentar o emprego de recursos energéticos solares diretos e indiretos.
Gestão do Ambiente:
Ambiente: é qualquer porção da biosfera que resulta de relações físicas, químicas, biológicas, sociais, econômicas e culturais, catalisadas pela energia solar, mantidas pelos fatores ambientais que a constituem (Ar, Água, Solo, Flora, Fauna e Homem). Todas as porções da biosfera são compostas por distintos ecossistemas, que podem ser aéreos, aquáticos e terrestres, bem comodevem ser analisados segundo seus fatores físicos, bióticos e antropogênicos.
Meio Ambiente: conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
Sustentabilidade: é um atributo do Ambiente que consiste na sua capacidade e de seus ecossistemas constituintes em manter e desenvolver as relações ambientais entre seus fatores ambientais (Ar, Água, Solo, Flora, Fauna e Homem). A Gestão da Sustentabilidade consiste no processo gerencial onde são avaliados, planejados e monitorados os processos da transformação ambiental, os resultados destes processos e as respostas do Ambiente a estes resultados, beneficiadas através de um plano ambiental específico.

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