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trabalho de legislação

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DEMISSÃO
Como era: quando o empregado pedia demissão ou era demitido por justa causa, seu FGTS ficava bloqueado e não havia multa sobre ele (adicional de 40%). Na situação de desligamento do empregado sem justa causa, a empresa optava por aplicar o aviso prévio trabalhado ou indenizado, sendo a primeira opção com aviso de 30 dias de antecedência e a segunda opção como pagamento em rescisão de um salário base ao demitido, sem que ele precise trabalhar.
Como ficou: o contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo entre empregado e empregador, com acerto rescisório do pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá ainda movimentar (retirar) até 80% do valor depositado pela empresa na sua conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego.
Importante saber: o acréscimo desta nova opção de desligamento (acordo de demissão empregado x empregador) na Lei, não anula ou invalida as outras formas já existentes na legislação.
FGTS
Antes da reforma, caso o trabalhador se demitisse ou fosse demitido por justa causa, ele não tinha direito de sacar FGTS, seguro-desemprego nem recebia multa de 40% sobre os depósitos do FGTS.
Esses benefícios e indenizações só eram recebidos pelo funcionário no caso de uma demissão sem justa causa.
Agora, no entanto, o trabalhador e a empresa possuem uma nova alternativa, saber: juntos eles podem rescindir um contrato em comum acordo com a garantia de alguns benefícios para o trabalhador.
Nesse caso, o funcionário recebe uma multa de 20% sobre os depósitos do FGTS e pode retirar até 80% do fundo. Ele não possui, entretanto, o direito ao seguro-desemprego.
AÇÕES NA JUSTIÇA
Como era: o empregado (reclamante) podia faltar em até três audiências judiciais. Os honorários referentes às perícias eram pagos pela União. Além disso, quem entrava com a ação, não tinha nenhuma obrigação financeira processual.
Como ficou: o trabalhador (reclamante) será obrigado a comparecer a todas as audiências na Justiça do Trabalho e, caso perca a ação, deverá arcar com à custa do processo. Quem perder a causa terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sentença (referente ao advogado da parte vencedora – honorários de sucumbência). Caso o trabalhador tenho movido o processo pela Justiça gratuita, também estará sujeito ao pagamento de honorários de perícias, se tiver obtido créditos em outros processos capazes de suportar a despesa, caso contrário, a União arcará com os custos. Isso vale também para pagar os honorários da parte vencedora em caso de perda da ação. Haverá ainda punições para quem agir com má-fé, com multa variando de 1% a 10% da causa, além de indenização para a parte contrária.
Importante saber: a partir da assinatura da rescisão contratual / homologação, o empregado estará impedido de questionar novos valores do seu contrato findado e já quitado, na Justiça trabalhista.
TRABALHO INTERMITENTE
Como era: a legislação não previa esta modalidade de trabalho.
Como ficou: o trabalhador intermitente poderá ser remunerado por período, recebendo pelas horas trabalhadas ou diárias. Por não ser um trabalho contínuo, ele deverá ser convocado com três dias de antecedência e a proporção monetária trabalhada não poderá ser inferior à mesma proporção de um salário mínimo. Tanto o valor da hora trabalhada como seu período de inatividade, deverão estar anotados na CTPS, na parte de “anotações gerais”. Ao término do período trabalhado, o pagamento deverá ser feito de forma proporcional à jornada e deve incluir: remuneração, férias proporcionais com acréscimo de um terço, 13º salário proporcional, repouso semanal remunerado e adicionais legais. A contribuição previdenciária e o FGTS serão recolhidos pelo empregador na forma da lei. Após 12 meses de contrato, o profissional adquire o direito a férias e não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador que a concedê-la.
Importante saber: no período de inatividade, o trabalhador intermitente ficará liberado para prestar serviços para outros contratantes, dede que a CTPS dele esteja devidamente anotada com esta observação. Nesta modalidade de contratação intermitente, o empregador só poderá recontratar um empregado demitido após 18 meses.
DESCANSO (INTRAJORNADA)
Como era: para uma jornada padrão de 8 horas diárias, o trabalhador era obrigado a cumprir o mínimo de uma hora e o máximo de duas horas de intervalo (intrajornada), a título de repouso ou alimentação.
Como ficou: o período da intrajornada poderá ser negociado com o empregador, desde que não fique inferior a 30 minutos. Caso a empresa não conceda este intervalo mínimo ou conceda parcialmente, a indenização será de 50% do valor da hora normal de trabalho sobre este tempo não concedido.
JORNADA DE TRABALHO
Como era: a jornada ficava limitada a 8 horas diárias de trabalho, 44 horas semanais e 220 horas mensais, com o máximo de 2 horas extras por dia.
Como ficou: a jornada diária poderá atingir até 12 horas de trabalho, com 36 horas posteriores de descanso. A carga semanal (44 horas) e mensal (220 horas), bem como a quantidade diária de horas extras permitidas (2 horas), continua igual.
Importante saber: o tempo de percurso ao trabalho não faz parte da jornada, porém as idas ao banheiro e o tempo de troca de uniforme obrigatória na empresa, estão integradas à jornada de trabalho.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Como era: o recolhimento da contribuição sindical era obrigatório, correspondente a um dia de trabalho remunerado do empregado.
Como ficou: a contribuição sindical deixa de ser obrigatória e precisa ser autorizada formalmente pelo empregado, caso ele queira contribuir.
Importante saber: as contribuições assistencial e confederativa permanecem facultativas (opcionais) ao trabalhador.
 
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL
Como era: Os empregadores também possuíam uma contribuição sindical compulsória própria, a chamada contribuição sindical patronal, cujo valor calculava-se com base no capital social, considerando uma tabela progressiva disponibilizada pelo sindicato patronal da categoria. Diferentemente daquela descontada dos empregados, esta contribuição deveria ser calculada e recolhida em janeiro de cada exercício.
Como ficou: O texto da Consolidação das Leis do Trabalhos sofreu alteração quanto a obrigatoriedade do desconto da contribuição sindical de empregados. O artigo 579 condicionou o desconto à autorização prévia e expressa dos mesmos. Ou seja, não se trata mais de uma contribuição compulsiva, mas opcional, embora os critérios para cálculo continuem da mesma forma.
O mesmo ocorreu com relação à contribuição sindical patronal, prevista pelo artigo 587, que agora prevê o recolhimento desta contribuição em janeiro de cada exercício somente pelos empregadores que optarem por isso.
ACORDOS E REAJUSTES SALARIAIS
Como era: as condições de trabalho são negociadas com a participação dos sindicatos, responsáveis, segundo a Constituição, pela "defesa dos direitos e interesses" das categorias. Tópicos como jornada, remuneração e auxílios só podem ser alterados desde que confiram ao trabalhador uma situação melhor do que a prevista na lei.
Por exemplo, não seria possível negociar um intervalo de almoço menor do que uma hora, padrão estabelecido pela CLT. Mas com a reforma, os trabalhadores poderão negociar uma pausa de até meia hora, o que pode ser visto como uma desvantagem. Com a aprovação da proposta, os acordos passariam a prevalecer sobre o que diz a lei, mesmo que sejam menos favoráveis para o funcionário.
A medida abre a possibilidade de negociações feitas diretamente entre funcionários e chefes, sem a mediação do sindicato.
Mas alguns pontos, como seguro-desemprego e 13º salário, não poderão ser alterados.
A chamada "flexibilização" divide opiniões. Enquanto uns a veem como uma possibilidade de tornar as contratações mais dinâmicas, personalizando as regras para cada caso, outros a consideram uma forma de destruição da CLT, facilitando o abusode trabalhadores.
Como ficou: A reforma permite a negociação direta entre chefe e subordinado para funcionários com diploma de nível superior e salário maior do que dois benefícios máximos do INSS, que hoje somam R$ 11 mil. As partes podem estabelecer novos padrões de jornada, bancos de horas, intervalo, participação de lucros e outros pontos.
Essa liberdade, no entanto, não se estende a quem tem um salário mais baixo. Nesse caso, a figura do sindicato continua presente na discussão sobre condições de trabalho e é por meio dele que acordos coletivos são fechados. Isso porque o artigo da Constituição que determina o papel dessas instituições continua em vigor.
CONTRIBUICÃO AO INSS ( EMPREGADO E PATRONAL)
Como era: A empresa era responsável por pagar toda a contribuição devida á Previdência Social.
Como ficou: O trabalhador que ganhar menos que o salario mínimo terá que contribuir com 8% sobre a diferença entre o salario recebido e o valor do salario mínimo. O pagamento devera ser feito até o dia 20 do mês seguinte ao da prestação do serviço. Quanto menos a pessoa receber no emprego, mais ela terá que pagar ao INSS, porque maior será a diferença entre o salário dela e o salário mínimo.
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