Buscar

Lipidios, ácidos graxos e corpos cetonicos

Prévia do material em texto

*
Lipídios, Ácidos graxos e Corpos cetônicos
*
Degradação de Gorduras - Triacilgliceróis
Os ácidos graxos e o glicerol são liberados pela corrente sanguínea e são absorvidos por outras células (principalmente hepatócitos)
*
O glicerol é convertido em gliceraldeído- 3 P, que é processado pela glicólise ou neoglicogênese.
Os ácidos graxos são oxidados a Acetil CoA que pode seguir o Ciclo de Krebs ou ser convertido em corpos cetônicos.
*
Degradação de Triacilgliceróis (Gorduras)
*
Na célula hepática, os ácidos graxos (de cadeia longa) são ativados para formar Acil-CoA (membrana mitocondrial externa)
Em seguida, são transportados para dentro da mitocôndria por um carreador – CARNITINA
Na mitocôndria ocorre a oxidação até Acetil-CoA
Metabolismo dos Ácidos Graxos
*
Carnitina é um derivado da Lisina. Encontrada na carne vermelha
Pessoas com baixos níveis de carnitina muitas vezes têm depósito de gordura nos músculos, são irritáveis e fracas.
Ligação do Ácido Graxo à Carnitina na membrana mitocondrial interna
*
Oxidação de Ácidos Graxos – Matriz Mitocondrial
Processo conhecido como b-oxidação ou 
Ciclo de Lynen 
Na b -oxidação, os ácidos graxos originam acetil-CoA. 
O processo envolve 4 etapas:
 Desidrogenação
 Hidratação
 Oxidação 
 Tiólise 
*
 Tiólise 
Desidrogenação
Hidratação
Oxidação
Beta-oxidação
FADH2
NADH + H
*
Rendimento Energético da Oxidação do Ácido Palmítico (C16)
8 acetil-CoA
7 NADH
7 FADH2
TOTAL 131 ATPs !!!!
*
Degradação de Ácidos Graxos
Corpos 
Corpos Cetônicos 
*
O acetil-CoA formado pela Beta-oxidação dos ácidos graxos só entra para o Ciclo de Krebs se a degradação de lípides e carboidratos estiver equilibrada.
A entrada do acetil-CoAno ciclo de Krebs depende da disponibilidade de oxalacetato.
A concentração de oxalacetato diminui muito quando não há glicídeos disponíveis.
O oxalacetato é normalmente formado a partir do piruvato (produto final da glicólise em aerobiose), por ação da piruvato carboxilase.
*
No jejum prolongado e no diabetes, o oxalacetato entra para a gliconeogênese e não estará disponível para condensar com o acetil-CoA. 
Nestas condições, o acetil-CoA é desviado para a formação de corpos cetônicos.
*
O fígado é o principal local de síntese de corpos cetônicos.
A produção de corpos cetônicos é um mecanismo importante de sobrevivência. 
A córtex adrenal e o músculo cardíaco utilizam corpos cetônicos (acetoacetato) preferencialmente como combustíveis celulares.
No jejum prolongado e no diabetes, o cérebro se adapta à utilização de corpos cetônicos como combustível celular.
*
 Acetona não é utilizada pelo organismo e é expelida pelos pulmões 
Uma indicação que uma pessoa está produzindo corpos cetônicos é a presença de acetona em sua respiração. 
Acetoacetato e beta-hidroxibutirato podem ser convertidos novamente a acetil-CoA.
*
Corpos Cetônicos são produzidos em pequenas quantidades por pessoas sadias. 
A concentração no sangue de mamíferos normais é de cerca de 1 mg/dL.
A perda urinária no homem é de menos que 1 mg/24 horas. 
Em algumas condições como jejum ou diabetes, corpos cetônicos atingem altos níveis, acarretando cetonemia e cetonúria. O quadro geral é denominado cetose.
O ácido acetoacético e hidroxi-butírico são ácidos moderadamente fortes e precisam ser neutralizados.
A excreção urinária desses ácidos provoca acidez da urina.
Os rins produzem amônia para neutralizar esta acidez, resultando em diminuição da reserva alcalina e um quadro denominado “cetoacidose”.
*
REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE TRIACILGLICERÓIS
DEGRADAÇÃO DE GORDURAS
Com baixa ingestão calórica ou glicemia baixa, ocorre liberação de Glucagon 
Durante a atividade física ocorre liberação de Epinefrina
AMBOS HORMÔNIOS ESTIMULAM A DEGRADAÇÃO DE TRIACILGLICERÓIS
Glucagon – TECIDO ADIPOSO
Epinefrina – MÚSCULO
Glucagon e Epinefrina promovem a degradação de triacilgliceróis pela cascata do cAMP, fosforilando Lipases.
*
Insulina – é liberada quando a glicemia é ELEVADA
Promove a desfosforilação das Lipases
Portanto:
INIBE A DEGRADAÇÃO DE TRIACILGLICERÓIS
*
Lipogênese
Quando ingerimos carboidratos, estes são transformados em glicose, e esta, entra na corrente sanguínea.  
Quando a concentração de glicose depositada no sangue ultrapassa o seu limite máximo, seu excesso é removido pelo fígado, e este, o armazena em seu interior sob a forma de glicogênio, logo ingerindo glicose, consequentemente aumentamos a concentração de glicogênio dentro do fígado. 
Por sua vez, quando em excesso, o glicogênio é quebrado pelo fígado tendo seu excedente eliminado no sangue e, consequentemente, a concentração de ácidos graxos na corrente sanguínea será aumentada. 
*
Lipólise 
A lipólise é exatamente o processo contrário da lipogênese. Quando o sangue está com concentração de glicose abaixo do normal, ele recebe glicose do fígado resultante da quebra do glicogênio.
O fígado, por sua vez, para manter seu nível de glicogênio estável, retira ácidos graxos do sangue, transformando-os em glicogênio.
 
*
 
Quando o sangue, que teve os ácidos graxos removidos pelo fígado, chega até a pele, esta, quebra a gordura armazenada em seus adipócitos e a introduz no sangue sob a forma de ácidos graxos.
Os fatores que influenciam a lipólise e a lipogênese são: ingestão calórica, gasto energético, hormonal, fatores psicológicos, sócio-familiares e hereditário. 
*
 
*
A maior parte da reserva energética do organismo encontra-se armazenada sob a forma de triacilglicéridos. Estes podem ser hidrolisados por lipase à glicerol e ácidos graxos.
O glicerol é oxidado à diidroxiacetona fosfato. A diidroxiacetona fosfato faz parte na seqüência da glicólise. Esse composto pode ser convertido em glicogênio no fígado e tecidos musculares ou em ácido pirúvico, o qual entra no Ciclo de Krebs. 
Já os ácidos graxos têm como “destino” a β-oxidação.
*
Beta-oxidação dos
 ácidos graxos
É o processo pelo qual o ácido graxo é convertido em acetil-CoA para a entrada no ciclo de Krebs, acontece dentro da mitocôndria. Nesse processo a β-oxidação remove dois átomos de carbono da cadeia de ácido graxo. 
Os ácidos graxos livres podem passar para dentro da célula por difusão simples pela membrana plasmática, porém não podem entrar livremente para o interior das mitocôndrias. A entrada dos ácidos graxos no interior das mitocôndrias requer primeiro a transformação dos ácidos graxos em acil-CoA.
A membrana da mitocôndria é impermeável á acil-CoA. Para entrarem na mitocôndria estes reagem com um aminoácido "especial", a carnitina, liberando a coenzima A. A carnitina esterificada é transportada para dentro da mitocôndria por um transportador específico; a carnitina livre volta então para o citoplasma através do transportador. Neste processo não existe transporte de CoA para dentro da mitocôndria: as reservas citoplasmática e mitocondrial de CoA não se misturam.
*
A β-oxidação dos ácidos graxos consiste num ciclo de três reações sucessivas, idênticas à parte final do ciclo de Krebs Por ação da enzima tiolase, libera-se acetil-CoA, e um acil-CoA com menos dois carbonos que o acil-CoA original. A repetição do ciclo permite a degradação total de um ácido graxo de cadeia par em acetil-CoA, que pode entrar no ciclo de Krebs, onde é completamente oxidado a CO2; sendo assim é impossível utilizar acetil-CoA para produzir oxaloacetato.
*
OXIDAÇÃO dos Acidos Graxos
Ciclo do ácido cítrico
-Oxidação
Cadeia Respiratória
 (Transferência de e-)
Estágio 1
Estágio 3
Estágio 2
*
OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS
Digestão, mobilização e transporte dos ácidos graxos (AG);
Ativação e entrada dos ácidos graxos na mitocôndria;
-oxidação;
Oxidação de AG insaturados e com número ímpar de carbonos;
 Corpos cetônicos.
*
MOBILIZAÇÃO
Adrenalina e glucagon
Necessidade de energia metabólica
1o2o
3o
4o
*
-OXIDAÇÃO
16 C = 8 Acetil-CoA 
*
ETAPAS da -OXIDAÇÃO
 OXIDAÇÃO (FAD)
 HIDRATAÇÃO (NAD+)
 RE-OXIDAÇÃO
 CLIVAGEM
1, 2, 3 e 4 se repetem “n” vezes, de acordo com o tamanho da cadeia carbonada do ac. graxo
4C = 1; 6C = 2; 8C = 3 ........... 16C = 7
[(no C  2) – 1]
ATIVAÇÃO
*
EQUAÇÃO GLOBAL DA -OXIDAÇÃO
Palmitoil-CoA + 7 FAD + 7 NAD+ + 7 H2O + 7 CoA 
8Acetil-CoA + 7 FADH2 + 7 NADH + 7 CoA + 7H+
*
CORPOS CETÔNICOS
Acetona
Acetoacetato
D--hidroxibutirato
*
CORPOS CETÔNICOS
*
CORPOS CETÔNICOS
*

Continue navegando