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RECURSO ESPECIAL GERALDO SILVA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA.
Processo nº ________________________
Geraldo da Silva, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de identidade R.G. nº xxxxxx e inscrição no CPF/MF nº xxxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxxxxxxx, nº xxxx, bairro xxxxxxxx, CEP xxxxxxx, Vitoria da Conquista, no Estado da Bahia, vem por intermédio de seu advogado, não se conformando com a sentença proferida às fls. XX, interpor o presente:
RECURSO DE ESPECIAL,
Com fundamento no artigo 105, III, “a” e “c” da Constituição face de decisão que indeferiu o pedido de Resilição Contratual ao Recorrente, em ação ajuizada em face de Inácio Guerra, brasileiro, casado, empresário, portador da cédula de identidade R.G. e CPF/MF xxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxxxxxxx, nº xxxx, bairro xxxxxxxx, CEP xxxxxxx, Vitoria da Conquista, no Estado da Bahia, pelos fatos e fundamentos a seguir:
O Recurso Especial se faz necessário, em razão de decisão deste Egregio Tribunal requerendo sua remessa ao Insigne Superior Tribunal de Justiça-STJ, para que seja recebido, processado e ao final julgado, dando-se integral provimento aos pleitos constantes no mesmo.
Termos em que pede deferimento,
Salvador, xxxxx de xxxxxxxxx de 201x.
Advogado xxxxxxxxx
OABxxxxxxxxxxxxxx
RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL
Recorrente: Geraldo Silva
Recorrido: Inácio Guerra 
Origem: 1ª Vara Civel da Comarca de Salvador/BA
Processo numero: xxx.xxxxxxxxxxx-x
EGRÉGIO TRIBUNAL, 
COLENDA TURMA,
NOBRES JULGADORES.
O acordão ora combatido merece reforma, pelos motivos de fato e direito a seguir expostos.
DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
Em se tratando do PREPARO, o recorrente anexou as guias ao recurso conforme instruções legais. Quanto a TEMPESTIVIDADE, o acordão foi publicado em 20/08/2018, bem como a interposição de tal recurso está obedecendo as normas legais, ou seja, dentro do prazo de 15 dias. Tal recurso é totalmente CABIVEL, bem como expõe o artigo 105, inciso III, alínea ‘a’ da CF.
BREVE RESUMO DOS FATOS
No dia 10.07.2017 as partes firmaram contrato de compra de venda de bem móvel, em valor negociado de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), bem como no mesmo período o recorrente realizou pagamento para fim de amortização no valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais).
Ficou ajustado que a maquina seria entregue no dia 10.01.2018, contudo no dia 10.11.2017 em função de crise financeira obrigou que o recorrente solicitasse a rescisão do contrato bem como o reembolso do valor pago.
Sendo a única maneira possível, o recorrente, com desejo de reincidir o contrato de compra e venda e ter seus direitos assegurados, recorreu ao auxilio do Poder Judiciário, mediante Ação de Resilição Contratual e Restituição de valor que deu causa a enriquecimento ilícito. A Ação foi contestada. Ato continuo, foi proferida Sentença reconhecendo que o valor pago pelo recorrente se deu a titulo de Arras e que deveria ser retido pelo recorrido, bem como determinou o pagamento de indenização de R$ 10.000,00 do recorrente ao recorrido.
O recorrente interpôs Recurso de apelação visando reforma da referida sentença, alegando que havia clausula de arrependimento que justificasse o desfazimento do negocio, contudo, o Tribunal negou provimento ao pedido. Dessa forma, vem requerer através do presente Recurso Especial o que é de inteira justiça.
RAZOES DA REFORMA
O acordão recorrido merece ser revisto, eis que prolatado com negativa de vigência à lei federal, nos termos do artigo 105, III, a, da CRFB/88, com relação ao Código Civil, pelas razões a seguir.
Deve ser modificado, uma vez que não há previsão contratual de desistência do negocio por parte do requerente, conforme Clausula de Arrependimento existente no contrato, assim exposto no Código Civil, artigo 417.
Ademais, conforme fundamentos presentes na Lei Civil e também conforme posicionamento do Supremo Tribunal Federal, que determinam que a existência desta clausula impede o pagamento de valor suplementar a titulo de perdas e danos.
Com fundamento no Código Civil no artigo 417, 418 e 420 do Codigo Civil, fica evidenciado o direito do recorrente em solicitar o reembolso.
“Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.”
Nesse caso, ainda podemos citar Sumula do Supremo Tribunal Federal de numero 412:
“No compromisso de compra e venda com cláusula de arrependimento, a devolução do sinal, por quem o deu, ou a sua restituição em dôbro, por quem o recebeu, exclui indenização maior, a título de perdas e danos, salvo os juros moratórios e os encargos do processo.”
Diante da legislação exposta fica claro o direito do recorrente, bem como a impossibilidade de pagamento de indenização complementar, com base nos artigos 420 e da Sumula 412 do STF.
DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, requer:
O conhecimento do presente Recurso, pois estão presentes todos os pressupostos de admissibilidade.
A intimação do recorrido para que, querendo, apresente contrarrazões, nos termos do inciso I do artigo 1.030 do Novo Código de Processo Civil.
O total provimento ao presente recurso, para reformar o acordão recorrido, por ser de inteira justiça.
Termos em que pede deferimento,
Salvador/BA, xx de xxxxx de 201x.
ADVOGADA XXXXXXX
OAB/UF XXXXXX

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