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GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO UNIDADE 1 questionarios

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GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Unidade I - AULA I
Prof. Adilson Camacho
Geopolítica, regionalização e integração (GRI)
Roteiro da Unidade I (Observação: todas as citações diretas são do livro-texto da disciplina). 
 Geopolítica: o território e as relações de poder Geopolítica moderna clássica e contemporânea: Estados e relações internacionais. 
Competição e cooperação nas relações internacionais: teorias.
O campo das políticas externas e os interesses nacionais: instrumentos da política estatal e da geopolítica.
O sistema internacional.
Objetivos gerais da disciplina:
Análise e entendimento das interações entre unidades políticas (agentes diversos), países e suas tendências.
Abordagem contemporânea da geopolítica, estudo das macropolíticas e das fronteiras nacionais, tratando dos processos de regionalização e integração.
Ao abordar os conceitos e objetivos das políticas externas, as ações e interações entre os Estados, a disciplina analisa a questão das fronteiras e compõe debates entre aqueles que defendem seu fim e aqueles que as vêm transformadas; além de debates sobre as relações de poder, como as que envolvem questões relacionadas aos recursos ambientais.
Objetivos específicos da disciplina:
analisar os fundamentos das relações territoriais de poder;
identificar as relações entre sociedade ou agentes públicos e privados (estado, empresas e indivíduos), território e poder;
analisar teorias das relações sociais e internacionais de poder;
conhecer as noções complementares de cooperação e de competição;
conhecer os conceitos e objetivos das políticas externas; 
entender a evolução dos projetos e das práticas geopolíticas;
conhecer a agenda da geopolítica moderna;
compreender os aspectos da integração regional.
Geopolítica: o território e as relações de poder muito antes do Estado-nação
Geografia e política
Geografia: cotidiana e como ciência.
Lugar, orientação, ocupação, território e região.
Política: cotidiana e como ciência.
Lugar, diversidade, negociação/acordos, território e região.
Geopolítica moderna: estados e relações internacionais.
Estado nacional moderno: o que é um país.
Relações internacionais: teoria e história
O mundo do século XX e as relações internacionais.
Fragmentação, internacionalização e fragmentação novamente.
O mapa do mundo: antes (pulverizado) e depois dos Estados (progressiva e precária conexão).
Interatividade
Assinale a alternativa correta quanto à geopolítica vista como uma espécie fundamental de relações internacionais.
a) O papel do Estado no cenário internacional prescinde o do território.
b) É possível fazer política fora do espaço geográfico.
c) As relações internacionais são um campo independente do conhecimento sociológico, geográfico e antropológico.
d) Geopolítica e relações internacionais são a mesma coisa.
e) Geopolítica é dimensão fundamental das relações internacionais mais gerais e sempre territoriais.
GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Unidade I - AULA II
Prof. Adilson Camacho
Competição e cooperação nas relações internacionais
Os processos sociais de competição e de cooperação para os teóricos idealistas, realistas e da interdependência.
Observação: primeiramente, a complementaridade!
Corrente idealista.
Corrente realista.
Corrente da “interdependência”.
Competição e cooperação
Corrente idealista: o idealismo e o foco na utopia.
Utopias necessárias...
Corrente realista: foco em certo pragmatismo, ao modo da geopolítica clássica (o que veremos também nas próximas aulas).
Principal agente é o Estado.
Observação: perspectiva engessa a realidade, que já é mais complexa do que a redução da ação ao Estado faz crer!
Corrente da “interdependência”: tentativa de superação, ao modo da geopolítica contemporânea (o que veremos também nas próximas aulas).
Os agentes são complexos e diversificados (públicos e privados e em várias escalas).
A geografia política, conhecida por ser a correlata universitária da geopolítica, seria alimentada pelas três correntes.
A geografia política e seu papel acadêmico nasce da preocupação com o papel dos aspectos fisiográficos do espaço geográfico no jogo político (ligada tanto ao expansionismo quanto à manutenção territorial).
A geografia política seria alimentada pelas três correntes:
Idealismo. Exemplo no “espaço vital”, de Ratzel.
Realismo. Exemplo no Estadocentrismo, de realistas e neorrealistas. Anterior à Segunda Grande Guerra.
Interdependência e governança. Relações em redes e escalas complexas (disputas, conflitos e cooperação). Após a Segunda Grande Guerra.
Interatividade
Assinale a alternativa que esteja de acordo com as afirmações do nosso bloco da aula.
a) Não há necessidade nem espaço para as correntes chamadas idealistas, posto que não sejam construções racionais dignas de respeito acadêmico.
b) A corrente realista, por não ter falhas, é tida por mais fiel à realidade e abarca toda a gama de fatores internacionais.
c) Não há interdependência no cenário global, como mostra a crescente desigualdade dentro das nações e entre elas.
d) O idealismo nunca foi aceito como fundamento teórico nas explicações das relações internacionais.
e) As teorias da interdependência são as que mais se aproximam da complexidade das relações internacionais.
GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Unidade I - AULA III
Prof. Adilson Camacho
Geopolítica, regionalização e integração (GRI)
 O campo das políticas externas e os interesses nacionais: instrumentos da política estatal e da geopolítica
Introdução às políticas externas: conceitos e objetivos.
Instrumentos.
A ação e a interação dos Estados.
As possibilidades de integração “humanista, “sustentável” entre economia, política e cultura internacionais.
Macroeconomias e macropolíticas: o papel da cultura (ideias e marcas) na abertura de caminhos políticos e na expansão dos mercados.
Introdução às políticas externas: conceitos e objetivos
A Paz de Westphalia é resultado de um conjunto de tratados diplomáticos firmados em 1648 entre as principais potências europeias, que colocaram fim à Guerra dos Trinta Anos (1618-1648).
Os tratados assinados em Westphalia legitimaram o status quo anterior ao conflito, que ainda reconhecia uma sociedade de Estados fundada no princípio da soberania territorial, na qual todas as formas de governo passaram a ser legítimas; na não intervenção em assuntos internos dos demais, respeitando o princípio de tolerância e liberdade religiosa escolhida pelo príncipe; e na independência dos Estados.
O campo das políticas externas é, portanto, o desdobramento dos acordos de Westphalia.
Reafirmando: o modelo de estado-nação eminentemente moderno, fundado no princípio da soberania e forjado em Westphalia, outorga relativa independência na formulação da estratégia que orienta a ação estatal no âmbito internacional. É por meio de suas receptivas políticas externas e de seus recursos disponíveis que os países têm relativa autonomia para escolher seus caminhos, seja para desenvolvimento econômico, capacitação tecnológica, maior participação no comércio global, crescimento de índices sociais ideais, busca por poder etc.
A ação e a interação dos Estados
Os sistemas internacionais podem ser examinados sob o ângulo de subsistemas, podendo ser divididos em:
Ideologia: tem irrefutável influência na política internacional e está ligada ao modo de organização do país no que concerne à política externa.
Desenvolvimento: o “nível de desenvolvimento” de um país afeta diretamente sua capacidade de ação internacional.
Conflito: situações de tensão aguda ou conflito aberto constituem oportunidades extremamente ricas para análise da realidade internacional.
Segurança: os arranjos internacionais e os meios nacionais são instrumentos de segurança externa, porém, não deve-se pensar apenas nos instrumentos militares, mas também nos políticos, econômicos e socioculturais.
Na definição de Seitenfus, a política externa é um “processo de percepção,avaliação, decisão, ação e prospecção estatais, inclusive aquelas iniciativas tomadas no âmbito interno que possuam uma incidência além-fronteiras”. A política externa é de caráter dinâmico e ajustável, decorrente, portanto, da confrontação entre, de um lado, as aspirações internas traduzidas pelo interesse nacional e os instrumentos de que dispõem para promovê-lo e, de outro, as oportunidades e limitação oferecidas pelo sistema internacional (SEITENFUS).
Alguns fatores podem ajudar a estabelecer parâmetros para balizar os contornos da inserção de países no cenário internacional:
fatores estáticos e permanentes (dimensão, localização e população);
situações estruturais (regime político, sistema econômico, relações políticas e econômicas com o mundo);
comportamentos conjunturais (posição em debates e crises internacionais).
O reconhecimento de tais diferenças é objeto de análise da política externa quanto a seus objetivos, sua agenda, seus instrumentos e seu estilo de execução. Os objetivos são as metas, anseios ou intuitos estratégicos estabelecidos como prioritários pelo governo de determinado país para defender, promover e atingir seus interesses.
Para atingir os objetivos nacionais estabelecidos, o mesmo governo concebe um conjunto de estratégias: é o que chamamos de agenda. Quanto aos instrumentos, estes compreendem os recursos disponíveis e os necessários para implementação das estratégias nacionais estabelecidas.
A maneira, a forma, o modo, as práticas e os costumes que caracterizam a condução da política exterior determinam o estilo do governo em questão.
Como desenvolver e fazer das relações internacionais de comércio uma agenda de inserção positiva? A inserção internacional de um país, e sua política externa devem considerar três campos fundamentais de sua atuação internacional:
estratégico-militar: no que diz respeito ao risco de guerra ou desejo de paz, o campo estratégico-militar representa o que o país significa ou pode vir a significar como aliado, protetor, amigo ou inimigo;
relações econômicas: indica o que o país representa para a comunidade internacional em termos de mercado de fornecimento, consumo, alianças, parcerias e similares;
valores: revela o que o país representa como modelo de sociedade.
Para que um Estado seja reconhecido, ele deve cumprir quatro condições essenciais. São elas:
o Estado deve ter uma base territorial e uma fronteira definida geograficamente;
uma população estável deve morar dentro de suas fronteiras;
deve existir um governo ao qual a população respeite;
o Estado deve ser reconhecido diplomaticamente por outros Estados.
Na visão liberal o Estado é soberano, porém, ele não é um protagonista autônomo. Os liberais enxergam o Estado como uma arena pluralista que possui a função de manter as regras básicas do jogo. Muitas vezes, esses interesses competem entre si dentro de uma estrutura pluralista. A visão liberal conceitua o Estado como:
 um processo que envolve interesses concorrentes;
uma reflexão dos interesses governamentais e da sociedade;
o repertório de vários interesses nacionais que estão sempre mudando;
o possuidor das fontes fungíveis de poder.
Muitas pessoas entendem que a definição de Estado é a mesma de nação. Mas isso é um mero engano. Uma nação é composta pelo povo, ou seja, um grupo de pessoas que possui um conjunto de características comuns.
Dessa forma, o Estado pós-westphaliano pode assumir diversas formas:
a)Estados-nação, em que existe uma “harmonia” entre eles; e b)Estado com várias nações.
Diante disso, é possível conceituar o Estado de diversas formas:
a) o Estado é uma ordem normativa, munida de um símbolo e de crenças que unem o povo que vive dentro dele;
b) é a entidade que detém exclusivamente poder para uso da violência dentro da sociedade;
c) além de ser uma entidade funcional, centraliza e unifica várias responsabilidades importantes.
A visão realista do Estado defende uma visão mais estatista, isto é, voltada para o Estado, que passa a ser um protagonista autônomo, restringido apenas pela monarquia estrutural do sistema internacional. O Estado tem o poder para trabalhar com assuntos que se referem a problemas internos que afetam sua população, sua forma de governo, sua economia e sua segurança. Ele tem um conjunto consistente de metas, definido em termos de poder (poderio militar). Na visão realista, o Estado é:
a) um protagonista autônomo;
b) circundado por uma estrutura de permanente conflito e um sistema anárquico;
c) é soberano;
d) é guiado por um interesse nacional, que é definido em termos de poder.
Há ainda aqueles que identificam duas outras visões de Estado, direcionadas a enfatizar o papel do capitalismo e da classe capitalista em sua formação e funcionamento do Estado. A visão marxista instrumental o considera como um agente executor da burguesia. A visão marxista estrutural, por sua vez, o considera como aquele que funciona dentro da estrutura do sistema capitalista. Nesta, o Estado é levado a expandir-se por causa dos imperativos do sistema em questão. A visão radical de Estado marca que este é:
a) o agente executor da burguesia;
b) influenciado por pressões da classe capitalista;
c) restringido pela estrutura do sistema capitalista internacional.
Os construtivistas possuem uma visão diferente, pois estão em constante mudança e evolução no que diz respeito a assuntos internos ou internacionais. Para eles, os Estados devem compartilhar diversas metas e valores a partir dos quais a socialização lhes é sugerida por organizações não governamentais e internacionais. Essas metas e valores podem influenciar e até mudar as preferências estatais. A visão construtivista de Estado indica que este é:
a) entidade construída socialmente;
b) repositório de interesses nacionais que mudam ao longo do tempo;
c) moldado por normas nacionais que mudam as preferências;
d) influenciado por interesses nacionais que estão sempre mudando e que modelam e remodelam as identidades;
e) socializado por OGIs e ONGs.
Interatividade
Assinale a alternativa que apresente uma das condições essenciais que um Estado deve cumprir para ser reconhecido internacionalmente.
a) O Estado não precisa ter base territorial ou fronteiras definidas geograficamente.
b) Possuir ao menos populações instáveis, de passagem, refugiadas em suas fronteiras.
c) Governos não são fundamentais no cenário jurídico contemporâneo.
d) O Estado deve ser reconhecido diplomaticamente por outros Estados.
e) O Estado não precisa ser reconhecido diplomaticamente por outros Estados.
GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Unidade I - AULA IV
Prof. Adilson Camacho
O sistema internacional
Mas o que significa o termo sistema quando aplicado às relações internacionais? Nesse contexto, sistema é uma união, de algum modo regular, que se dá por meio do agrupamento de unidades, objetos ou partes. Os sistemas reagem de modo constante e têm fronteiras separadas um do outro, sendo que pode haver permuta de fronteiras.
Para aplicar o conceito de sistema metodologicamente, é preciso que o objeto de análise possua:
limites claros e b) relacionamento com o meio ambiente por meio de insumos e produtos. Devido à multiplicidade de fatos e atos, os limites da realidade internacional são indefinidos, ou seja, não é mais nítida a linha que diferencia a política externa da interna.
O sistema internacional atual compõe-se da sucessão de macroestruturas (eurocentrismo, período entreguerras, Guerra Fria, descolonização, multipolarismo e a détente entre uperpotências) marcadas por dois conflitos generalizados, por revoluções e flutuações econômicas repletas de drama e por hostilidades em maior ou menor escala.
Segundo Mingst, a concepção de sistema está interligada ao pensamento das três escolas teóricas dominantes de relações internacionais: a liberal, a realista e a radical.
A escola liberal não vê o sistema internacional como centro de estudo, no entanto, conceitua três pontos diferentesdesse sistema:
 sistema internacional não é uma estrutura, mas um processo que determina diversas frentes. Estados e outros protagonistas: organizações governamentais internacionais (OIGs);
relacionado à tradição inglesa de sociedade internacional, composta por vários protagonistas, se define pela comunicação, pelos interesses e pelas regras comuns;
é o do institucionalismo neoliberal, que visualiza o sistema internacional como anárquico. Aqui, o Estado se comporta de acordo com seu próprio interesse. A interação entre protagonistas é algo positivo para os liberais.
Outra escola teórica dominante de relações internacionais é a escola realista, que acredita que a política é governada por leis objetivas, enraizadas na natureza humana. O conceito de realismo é o do interesse definido como poder e não possui um significado inalterável. O realismo tem o conhecimento do significado moral da ação política, mas não reconhece as aspirações morais de um Estado, como as leis morais que governam o universo. A escola leva em conta a política, uma esfera autônoma da atividade humana.
Segundo Vazques, os realistas definem o sistema internacional como um sistema anárquico, isto é, o Estado é a única autoridade.
É pela dimensão da polaridade que os realistas diferenciam o sistema internacional. Existem três tipos de polaridade:
1. refere-se a vários protagonistas influentes no âmbito internacional. Neste, haveria um sistema de equilíbrio de poder ou multipolar;
2. é o bipolar, com um sistema baseado em alianças mais duradouras e em interesses relativamente permanentes; 
3. esse último sistema é o unipolar, que aponta a existência de apenas um grupo ou até mesmo um Estado, que detém o controle de influência no sistema internacional. Os Estados Unidos são o grande exemplo: após a Guerra do Golfo, em 1991, quando os aliados mais próximos e praticamente todos os países em desenvolvimento começaram a se preocupar porque o sistema internacional havia se tornado unipolar.
A terceira escola teórica é a escola radical, que busca definir a estrutura em termos de estratificação. Assim, o sistema internacional seria estratificado conforme os recursos que cada Estado possui, como poder econômico ou petróleo. A estratificação do poder e os recursos formam a divisão entre aqueles que têm (Norte) e aqueles que não têm (Sul). Para se ter uma noção, as principais potências (EUA, Japão, Alemanha, França, Rússia e Inglaterra) foram responsáveis por aproximadamente metade do PIB mundial.
Em outras palavras, os radicais acreditam que há muitas diferenças econômicas dentro da estrutura do sistema internacional e todas as ações são restritas por essa estrutura. Alguns teóricos enxergam uma possibilidade dentro do sistema capitalista, uma mudança na semiperiferia e na periferia, vinculadas à medida que os Estados modifiquem suas posições relativas em face de outros. O capitalismo é uma força dinâmica, afinal, assim como o colonialismo e o imperialismo, possui ciclos de crescimento e expansão, seguidos de contração e declínio.
Já os denominados construtivistas desenvolveram ideias de como o sistema internacional é mutável, ideias essas calcadas em alterações nas normas sociais, mesmo que algumas ainda não venham a ser transformadoras. Os construtivistas buscam, singularmente, a especificação dos mecanismos pelos quais ocorrem as mudanças (MINGST).
Interatividade
Para aplicar metodologicamente o conceito de sistema às relações internacionais, é preciso que:
a) Tenham conteúdo diplomático, mesmo sem limites claros;
b) O relacionamento com o ambiente por meio de insumos e produtos seja pontual aos lugares, tomando cuidado com a perspectiva ecológica (pulverizada); c) Se descarte a história na análise das macroestruturas (eurocentrismo, período entreguerras, Guerra Fria, descolonização, multipolarismo e a “détente” entre superpotências);
d) Haja uma conexão, de algum modo regular, que se dá por meio do agrupamento de unidades, objetos ou partes;
e) Se desconsidere as fronteiras, pois não pode haver permuta de elementos entre elas (materiais, informações e pessoas).
	Course
	GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
	Test
	QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Question 1
	
	
	
	A concentração de poder e riqueza, processo estruturador da globalização, está baseada na seletividade de investimentos e agregação de valor, com a qual os agentes capitalistas, ao alocarem e deslocarem a produção e a força de trabalho, bem como as condições destas, modelam o próprio espaço geográfico. A partir da afirmação, assinale a alternativa correta acerca do nexo entre as dimensões sociais da globalização.
	
	
	
	
		
	e.A frase refere-se aos acontecimentos próprios às dimensões sociais da globalização (econômica, política, territorial, cultural), expressos espacialmente, tanto no nível internacional quanto local.
	
	a.As redes constituídas pelo capitalismo global têm a função básica de incluírem os lugares e as pessoas, servindo ao pluralismo e à democracia; característica que é mais acentuada quando estiverem estritamente a serviço da globalização da economia.
	
	b. O espaço geográfico não está diretamente ligado às questões econômicas, administrativas ou gerenciais.
	
	c.Ao ocorrer a seleção de áreas para moradia, alocação de recursos privados e públicos, tal processo é, principalmente em nossa sociedade, essencialmente democrático.
	
	d. As condições sociais ligadas à riqueza e poder, investimentos e mando, por exemplo, não serão facilmente visíveis nas cidades.
	Response Feedback:
	Resposta: E
Comentário: Os fenômenos sociais, sejam antigos ou modernos, são expressos espacialmente.
	
	
	
Question 2
	
	
	
	A consolidação das relações internacionais como ciência social é recente. Muito embora haja traços na história da humanidade que apontam para uma preocupação com o fundamento político de uma ordem social pacífica no mundo desde a Antiguidade, o estudo das relações internacionais é relativamente recente se comparado a outros campos das ciências sociais (CASTRO, 2001).
In: Livro-texto da disciplina de geopolítica, de Enzo Fiorelli Vasques.
Assinale a alternativa correta com base nessa afirmação.
	
	
	
	
		e.As relações internacionais consolidam-se com o reconhecimento e desenvolvimento dos Estados nacionais (Westphalia).
	a. A frase é um contrassenso, pois sempre houve relações internacionais.
	b. É impossível haver geopolítica na antiguidade, dadas as estruturas territoriais e culturais do poder.
	c. As relações internacionais são caracterizadas principalmente pelas políticas internas das nações.
	d. O fundamento político a que se refere a autora trata-se do isolamento e da independência dos povos.
	Response Feedback:
	Resposta: E
Comentário: A alternativa E está correta, pois não é possível falar em relação entre Estados-nação antes destes existirem.
	
	
	
Question 3
	
	A partir do tema das redes cada vez mais técnicas, assinale a alternativa que demonstre mais diretamente os traços do processo de globalização.
	
	
	
	
		a.As redes são as formas espaciais mais expressivas da globalização, conforme podemos observar ao estudar principalmente as metrópoles.
	b.As redes são essencialmente democráticas e as reivindicações dos movimentos sociais de apropriação popular da produção são essencialmente capitalistas.
	c.Os processos de concentração, universalização e unificação, próprios da globalização, promovem, pelo mercado, uma vida melhor para todos os seres humanos.
	d. É bom para a democracia que órgãos de Estado centralizem as redes em geral.
	e.O comércio globalizado integra todos os países em igual medida e participação, o que é fundamental para a democracia internacional.
	Response Feedback:
	Resposta: A
Comentário: As redes são, de fato, a maior síntese territorial dos processos globalizantes e mostram as intenções dos agentes; e as metrópoles são os grandes nós das redes globais,zonas de convergência e realimentação dos processos.
	
	
	
Question 4
	
	
	
	Anterior ao surgimento do Estado nacional, as unidades governamentais existiam em diferentes épocas sob a forma de comunas, cidades-estados e feudos, ao passo que “as unidades econômicas formaram, nesta ordem: a família, o feudo, a comunidade da vila, a cidade e a liga das cidades” (DIAS, 2004, p. 25).
In: Livro-texto da disciplina de geopolítica, de Enzo Fiorelli Vasques.
	
	
	
	
		b. A base geográfica e a estrutura de poder sempre estiveram presentes nas organizações humanas, muito antes das relações internacionais.
	a. De acordo com a afirmação, pode-se inferir a existência das relações internacionais desde a antiguidade.
	c. Família, feudo, vila, não são entidades econômicas.
	d. Estados e feudos têm organizações sociais similares.
	e. Cidades-estados são idênticas aos Estados-nação.
	Response Feedback:
	Resposta: B
Comentário: A alternativa B menciona elementos estruturais da vida social.
	
	
	
Question 5
	
	
	
	Há um debate entre aqueles que acreditam no caráter civilizatório (liberal ou “normal”) das organizações internacionais do mundo moderno, como a ONU e seus organismos de governança, e aqueles que enxergam em suas ações apenas expressão de interesses na exploração de nações por outras (modelo de dependência e subordinação internacional). Assinale a alternativa que confirme a afirmação.
	
	
	
	
		e. A dualidade interpretativa descrita condiciona todas as relações internacionais.
	a. A versão liberal é focada na realidade dos países mais pobres, que são a base desse modelo econômico.
	b.O mérito democrático e humanitário dos projetos liberais (ou normais) é restringir o mercado aos agentes solváveis (que podem pagar o que compram).
	c. O multilateralismo não está relacionado à questão.
	d.Não há dependência de países em relação a outros, mas somente interdependência normal em que cada um oferece o que tem no mercado mundial.
	Response Feedback:
	Resposta: E
Comentário: A alternativa remete à desigualdade entre os países que conformam as relações internacionais, políticas e comerciais e está na base de todas as relações globais.
	
	
	
Question 6
	
	
	
	Leia as definições de relações internacionais a seguir, retiradas do livro-texto da disciplina de geopolítica, de Enzo Fiorelli Vasques: “No trabalho Relações Internacionais como Campo de Estudos, Lytton Guimarães (2001) atribuiu o emprego sensato da expressão relações internacionais a pelo menos duas dimensões. Numa primeira análise, conferiu a ela um sentido mais amplo e a vinculou ao que ‘[...] se refere à gama de contatos e interações de natureza diplomática, política, econômica, militar, social, cultural, étnica, humanitária, que se processam entre atores internacionais, estatais e não estatais’” (GUIMARÃES, 2001, p. 9). Numa abordagem mais específica, o autor atribui sentido à expressão relações internacionais quando esta: “[...] refere-se ao campo de estudos acadêmico que enfoca as diversas formas de interações anteriormente descritas, assim como outras questões e fenômenos considerados relevantes para se compreender e explicar a complexidade do cenário internacional” (GUIMARÃES, 2001, p. 10).
Assinale a alternativa com o elemento ou dimensão que as tornariam diretamente geopolíticas.
	
	
	
	
		e. Território.
	a. Diplomacia.
	b. Organização das Nações Unidas.
	c. Normas.
	d. Academia.
	Response Feedback:
	Resposta: E
Comentário: A alternativa E está correta, pois a base das relações geopolíticas (de poder) é o território.
	
	
	
Question 7
	
	
	
	Limites e fronteiras normalmente são tomados como sinônimos, embora existam diferenças fundamentais entre eles. O conceito fronteira significa "aquilo que está na frente", cuja origem está ligada às dinâmicas das sociedades, expandindo seu mundo vivido, suas atividades, até que se encontrem; formando-se, assim, espaços de comunicação e de política. Tal é o sentido de fronteira quando nos referimos aos casos das “fronteiras agrícolas”, “fronteiras migratórias”, entre outras. Já o conceito de limite indica mais o fim, “membranas” ou “películas” envoltórias de conjuntos (territórios das populações), daí seu uso político (soberania dos Estados-nação). O chamado “marco de fronteira” é, na verdade, um símbolo visível do limite. O limite pode ser traçado em escritórios, não requerendo em suas localizações vida social. É abstrato, generalizado nas formas de leis nacionais e internacionais. O limite pode estar distante dos desejos e aspirações dos habitantes da fronteira.
Ver: Machado, Lia O. Limites, Fronteiras e Redes. In: Fronteiras e Espaço Global, Porto Alegre: AGB, p.41-49, 1998.
A partir dessa breve distinção, assinale a alternativa que não tenha referência direta à geopolítica (condição territorial do poder), seja como disciplina ou área do saber, seja como ação.
	
	
	
	
		d.Os limites jurídicos (constitucionais) dos poderes do Estado federal, nas três esferas, fazem parte do exercício democrático, sem que se neutralize suas prerrogativas públicas.
	a. A palavra limite foi criada para designar o fim daquilo que mantém coesa uma unidade político-territorial, isto é, sua ligação interna.
	b.A conotação política de limite foi reforçada pelo moderno conceito de Estado, no qual a soberania corresponde a um processo absoluto de territorialização. A fronteira é considerada uma fonte de perigo ou ameaça porque pode desenvolver interesses diferentes daqueles do governo central.
	c.Podemos afirmar que fronteira está orientada “para fora” (forças centrífugas), enquanto limites estão orientados “para dentro” (forças centrípetas).
	e. Fronteiras seriam vivas, representando interesses e limites que podem ser apenas demarcações territoriais no espaço geográfico, criados e mantidos pelo governo central, não tendo vida própria e nem mesmo existência material.
	Response Feedback:
	Resposta: D
Comentário: A alternativa D faz uma referência procedimental mediada pelas normas e instituições em primeiro plano, secundando sua espacialidade (não aludida diretamente), portanto, a geopolítica.
	
	
	
Question 8
	
	
	
	O objetivo dos idealistas era: “[...] que a cooperação internacional, através do direito internacional repassado de um moralismo idealista, pudesse oferecer os meios para a manutenção de uma paz duradoura”. (CASTRO, 2001, p. 14).
In: Livro-texto da disciplina de geopolítica, de Enzo Fiorelli Vasques.
A partir dos trechos do livro, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		a.O idealismo significa que uma ideia é colocada à frente da ação como uma espécie de modelo para a execução do projeto; normalmente um projeto maior do que a própria história.
	b. Idealismo é muito inferior ao realismo, pois não oferece meios para a ação, apenas ideias. 
	c. Idealismo é a corrente de pensamento de quem não controla os instrumentos da ação.
	d. A ideia de projeto nada tem a ver com o idealismo.
	e. Moralismo é sempre idealista, pois materialistas não podem ser legisladores morais.
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	Resposta: A. Comentário: A alternativa A está correta, pois o idealismo coloca diante da ação um modelo de ação a seguir.
	
	
	
Question 9
	
	
	
	Os tratados assinados em Westphalia legitimaram o status quo anterior ao conflito, que ainda reconhecia uma sociedade de Estados fundada no princípio da soberania territorial, na qual todas as formas de governo passaram a ser legítimas; na não intervenção em assuntos internos dos demais, respeitando o princípio de tolerância e liberdade religiosa escolhida pelo príncipe (cuius régio, eius religio: quem tem a região tem a religião); e na independência dos Estados, detentores de diretos jurídicos iguais, a serem respeitados pelos demais membros, uma vez que partes com direitos iguais não têm capacidade para julgar seus semelhantes.Como se vê, o modelo estabelecido em Westphalia instaurou condições de autonomia aos Estados sem, no entanto, criar obrigações mútuas entre eles, o que motivou, a partir de então, preocupações no sentido de gerar “estruturas de cooperação internacional capazes de constituir a base de processos políticos mundiais para se atingir a paz duradoura, chamados projetos de paz perpétua” (CASTRO, 2001, p. 12).
In: Livro-texto da disciplina de geopolítica, de Enzo Fiorelli Vasques.
A partir dos trechos do livro assinale a alternativa correta quanto aos desdobramentos de Westphalia.
	
	
	
	
		c.A região de domínio favorece o desenvolvimento das relações sociais próprias aos grupos que estão no poder (controle do Estado) e ao seu povo, hierarquicamente nessa ordem. É com essa carga que cada país passa a ter que negociar no cenário internacional pós-Westphalia.
	a. Os Estados nacionais já nascem prontos e “voltados para fora”, com grande preocupação com a organização internacional.
	b. Soberania e não intervenção significam maiores relações internacionais.
	d. Os direitos nacionais ajudaram na abertura das relações internacionais.
	e. O mundo de hoje, globalizado, já não tem mais vestígios dos acordos históricos de Westphalia.
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	Resposta: C.
Comentário: A alternativa C trata do controle social (político, administrativo, ideológico) dos grupos hierárquicos de poder num país.
	
	
	
Question 10
	
	
	
	“Nesse programa (da corrente da interdependência) havia espaço para o desenvolvimento de análises que focalizavam agentes distintos do Estado nacional e processos complementares ao problema da segurança, o que estabelecia, assim, um contraste com a abordagem realista. Para essa análise, os autores partiram do que percebiam como transformações reais da política internacional. Tais transformações seriam consequência de medidas adotadas pela política internacional desde o período entreguerras. Mesmo antes do fim da Segunda Guerra Mundial, as potências vencedoras, imbuídas de esforços de institucionalização da política internacional, desenvolveram uma rede de organizações internacionais com vistas a promover a cooperação multilateral em diferentes áreas”.
In: Livro-texto da disciplina de geopolítica, de Enzo Fiorelli Vasques.
A partir dos trechos do livro assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		a. A rede institucional a que se refere o trecho é fundamental à organização das relações internacionais.
	b. Para a corrente da interdependência, o Estado nacional não tem mais importância no cenário internacional.
	c. A corrente da interdependência é muito parecida com a realista no que concerne à prioridade dos agentes.
	d. A corrente da interdependência forma um corpo de ideias mais rígido do que a realista.
	e. A cooperação de que trata o trecho é de fundo moral.
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	Resposta: A.
Comentário: A alternativa A está correta, pois a essa rede institucional é fundamental à governança ou estabilidade das relações internacionais em geral.

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