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Engenharia Civil - Estradas 2016 Engenharia Civil – ESTRADAS e PAVIMENTAÇÃO Prof. Msc. Elian Moreira ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO AGREGADOS Estradas e Pavimentação Estradas e Pavimentação FAIXAS DE COMPOSIÇÃO Composição da mistura A faixa utilizada deve apresentar diâmetro máximo inferior a 2/3 da espessura da camada asfáltica. DER/PR ES-P 22/05 MATERIAIS PÉTREOS (AGREGADOS) Os materiais pétreos usados em pavimentação, normalmente conhecidos sob a denominação genérica de agregados. Podem ser: naturais : aqueles utilizados como se encontram na natureza, como o pedregulho, os seixos rolados, etc., artificiais : compreendem os que necessitam uma transformação física e química do material natural para sua utilização, como a escória e a argila expandida. CLASSIFICAÇÃO - Agregados naturais - são constituídos de grãos oriundos do intemperismo das rochas ou produzidos por processos físicos naturais (pedregulhos, seixos, areias, cascalhos, etc.). - Agregados artificiais - são aqueles onde os grãos são produtos ou subprodutos de transformação industrial física ou química do material (brita escória de alto forno, argila calcinada, argila expandida, etc.). Quanto à NATUREZA das partículas: - Agregado graúdo - é maior que 2,0 mm (# 200) (britas, cascalhos, seixos, etc.). -Agregado miúdo - é menor que 2,0 mm e maior que 0,075 mm (# 200) (pó-de-pedra, areia, etc.). - Agregado de enchimento (filler) - é pelo menos 65 % menor que 0,075 mm ( cal extinta, cimento Portland, fly ash, etc.). Quanto ao TAMANHO dos grãos: Dimensões dos Agregados - Agregado de graduação densa - tem granulometria graduada e contínua com material fino preenchendo vazios das partículas maiores. - Agregado de graduação aberta - tem granulometria graduada e contínua sem material fino preenchendo vazios das partículas maiores. - Agregado tipo macadame - possui partículas de um único tamanho; trata-se de agregado de granulometria uniforme onde o diâmetro máximo é aproximadamente o dobro do diâmetro mínimo. Quanto à DISTRIBUIÇÃO ou GRADUAÇÃO dos grãos: Definições de agregados aperfeiçoados Pedra afeiçoada - é a pedra bruta trabalhada para fins específicos, tais como; pedra para paralelepípedos, para meios-fios, etc. Pedra marroada - é a pedra bruta fragmentada por meio de marrão e com dimensões tais que possa ser manuseada. Pedra não-marroada - é uma porção de rocha não trabalhada, ou seja, rocha bruta, rocha sã. Brita - material resultante da britagem de pedra, escória de alto forno, etc. 13 Brita corrida - é a resultante da britagem sem haver qualquer processo de separação granulométrica. Pedrisco - é o material proveniente de britagem da pedra e com diâmetro compreendido entre 6,4 mm e 2,0 mm. Pó-de-pedra - brita com partículas de diâmetro menor que 2,0 mm. Brita graduada - é a brita obedecendo a determinados limites de diâmetro; para fins práticos considera-se o diâmetro máximo. PAVIMENTAÇÃO BÁSICA – RUBENS BRAZETTI 14 CUSTOS DOS AGREGADOS Um dos primeiros passos ao se planejar o início de uma obra é o de obter informações sobre os materiais a serem usados. O agregado, pode ser usado em quantidades relativamente grandes e ter custo apreciável, deve ser analisado adequadamente. Distância Pedreira para a Obra? Pedreiras da Época da Construção das Estradas BR 381 – FERNÃO DIAS Mar.08 EQUIPAMENTOS DE BRITAGEM Aggregate Processing 1. Excavation 2. Transportation 18 3. Crushing 5. Stockpiling 4. Sizing www.fhwa.dot.gov/asphtech/05jb1lect1gen.ppt 19 CARACTERÍSTICAS TÉCNOLÓGICAS DOS AGREGADOS Índice de Qualidade dos Agregados As características tecnológicas de um agregado servem para comprovar sua uniformidade, bem como a escolha de um material que resista, de forma adequada, as cargas que o pavimento irá suportar. As características dos agregados que devem ser levadas em conta nos serviços de pavimentação, são as seguintes: a) Granulometria b) Forma c) Absorção de água d) Resistência ao choque e ao desgaste e) Durabilidade f) Limpeza g) Adesividade h) Massa específica aparente i) Densidade real e aparente do grão A granulometria do agregado é uma das características que asseguram estabilidade aos pavimentos, em conseqüência do maior atrito interno obtido por entrosamento das partículas, desde a mais graúda à partícula mais fina. O DIÂMETRO MÁXIMO de um agregado é a abertura da malha da menor peneira na qual passam, no mínimo, 95% do material. O DIÂMETRO MÍNIMO é a abertura da malha da maior peneira na qual passam, no máximo, 5% do material. a) GRANULOMETRIA 22 23 FAIXA GRANULOMÉTRICA A forma dos grãos de um agregado é avaliada pelo Índice de Forma. Agregados empregados em bases e sub-bases devem ter forma cúbica. Em revestimento por mistura admite- se formas lamelares ou alongadas. Define-se que um agregado tem forma cúbica quando da relação entre sua menor e maior dimensão for ≥ 0,6. Na construção de revestimentos asfálticos do tipo tratamento superficial é importante que a maioria dos agregados empregados tenha a forma cúbica. Índice de Forma (DNER-ME 86-64) PAVIMENTAÇÃO BÁSICA – RUBENS BRAZETTI b) FORMA http://pavementinteractive.org/index.php?title=Flat_and_Elongated_Particles A porosidade do agregado é avaliada através de ensaios de absorção de água. Indica a quantidade de água que um agregado é capaz de absorver quando em contato com a mesma. É determinada em função da diferença de pesos, expressos em percentagem, observados em uma amostra que, inicialmente é mergulhada em água por 24 horas e depois seca em estufa a 100°C – 110°C, até constância de peso. c) POROSIDADE Está associada aos movimentos entre as partículas e à ação do tráfego ou aos movimentos recíprocos das diversas partículas. Valores Usuais d) Resistência ao Choque a ao Desgaste É avaliada pelo ensaio Los Angeles. 28 O ensaio é realizado em uma solução saturada de sulfato de magnésio. A amostra depois de preparada segundo uma granulometria estabelecida é imersa nas soluções e após um período de imersão de 16 a 18 horas é retirada e seca em estufa. A operação é repetida 5 vezes e finalmente determina-se a perda de peso do material retido em determinada peneira. A durabilidade do agregado está relacionada a resistência ao intemperismo. É avaliada por ataque de uma solução padronizada de sulfatos de sódio ou de magnésio. A ASTM C-33 estabelece que a perda de peso deverá ser no máximo: - para sulfato de sódio = 12% - para sulfato de magnésio = 18% ENSAIO DE SANIDADE (DNER-ME 89-64) e) Durabilidade Para serem usados na pavimentação betuminosa os agregados devem ser isentos de sujeiras tais como argila, matéria orgânica, etc, caracterizando, assim, a limpeza do agregado. Substâncias Nocivas • Torrões de argila • Materiais Carbonosos • Material Pulverulento f) Limpeza do Agregado Para ser usado em revestimentos asfálticos o agregado deve ter boa adesividade, isto é, não haja possibilidade de deslocamento da película betuminosa pela ação de água. Uma das principais propriedades a ser garantida na mistura betuminosa. ADESIVIDADE GRAÚDA OU ENSAIO RRL MODIFICADO (DNER-ME 78-63) Consiste da observação do comportamento de uma amostra previamente envolvida com asfalto à imersão em água, a temperatura de 40ºC, durante 72hs. Como resultado deste ensaio tem-se agregados com adesividade satisfatória(não havendo descolamento) ou adesividade não satisfatória (havendo descolamento parcial ou total da película de asfalto). g) Adesividade Agregado graúdo O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória, seixo rolado preferencialmente britado ou outro material indicado nas Especificações Complementares a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50% (DNER-ME 035); admitindo- se excepcionalmente agregados com valores maiores, no caso de terem apresentado comprovadamente desempenho satisfatório em utilização anterior; Melhorador de adesividade Não havendo boa adesividade entre o ligante asfáltico e os agregados graúdos ou miúdos (DNER-ME 078 e DNER-ME 079), pode ser empregado melhorador de adesividade na quantidade fixada no projeto. 32 NORMA DNIT 031/2006 – ES Com DOPE Sem DOPE 33 Problemas de Adesividade Agentes de Adesividade - DOPE h) Massa específica aparente i) Densidade real e aparente do grão A massa específica aparente de um agregado é necessária para transformação de unidades gravimétricas em volumétricas e vice-versa, muito em uso nos serviços de pavimentação. Sua determinação é preconizada por métodos normalizados pela ABNT e pelo DNER. A massa específica do grão identifica o material, a partir do qual se obteve o agregado. NORMAS TÉCNICAS Densidades Aparente e Absorção 38 Massa específica na condição seca: Relação entre a massa do agregado seco e seu volume, excluídos os vazios permeáveis. 39 Brita Graduada - BG Camada de base ou sub-base, composta por mistura em usina de produtos de britagem, apresentando granulometria contínua, cuja estabilização é obtida pela ação mecânica do equipamento de compactação. Faixas granulométricas A percentagem de grãos de forma defeituosa, obtida no ensaio de lamelaridade não deve ser superior a 20%. O Índice de Suporte Califórnia, obtido através do ensaio DNER-ME 49/94, com a energia modificada, não deve ser inferior a 100%. Faixa granulométrica Dentro da Faixa Fora da Faixa http://www.lmbrasil.com.br/comentarios_tecnicos/et29/29_figura11.htm Transporte da brita graduada A brita graduada produzida na central é descarregada diretamente sobre caminhões basculantes e em seguida transportada para a pista. Não é permitida a estocagem do material usinado. Não é permitido o transporte de brita para a pista, quando o subleito ou a camada subjacente estiver molhada, não sendo capaz de suportar, sem se deformar, a movimentação do equipamento. Distribuição da mistura A distribuição da mistura, sobre a camada anterior previamente liberada pelo DER/PR, é realizada com distribuidor de agregados, capaz de distribuir a brita graduada em espessura uniforme, sem produzir segregação. Opcionalmente, e a exclusivo juízo do DER/PR, a distribuição da brita graduada pode ser procedida pela ação de motoniveladora. Neste caso, a brita graduada é descarregada dos basculantes em leiras, sobre a camada anterior liberada pelo DER/PR, devendo ser estabelecidos critérios de trabalho que assegurem a qualidade do serviço. A distribuição da mistura deve ser procedida de forma a evitar conformação adicional da camada. Caso, no entanto, isto seja necessário, admite-se conformação pela atuação da motoniveladora, exclusivamente por ação de corte, previamente ao início da compactação. É vedado o uso, no espalhamento, de equipamentos ou processos que causem segregação do material. A espessura da camada individual acabada deve situar-se no intervalo de 0,10 a 0,17 m, no máximo. Quando se desejar camadas de bases ou sub-bases de maior espessura, os serviços devem ser executados em mais de uma camada, segundo os critérios descritos no Manual de Execução. Compressão A compactação da brita graduada é executada mediante o emprego de rolos vibratórios lisos, e de rolos pneumáticos de pressão regulável. Nos trechos em tangente, a compactação deve evoluir partindo dos bordos para o eixo, e nas curvas, partindo do bordo interno para o bordo externo. Em cada passada, o equipamento utilizado deve recobrir, ao menos, a metade da faixa anteriormente comprimida. Durante a compactação, se necessário, pode ser promovido o umedecimento da superfície da camada, mediante emprego do caminhão- tanque irrigador. Eventuais manobras do equipamento de compactação que impliquem em variações direcionais prejudiciais devem se processar fora da área de compressão. A compactação deve evoluir até que se obtenha o grau de compactação mínimo de 100%, em relação à massa específica aparente seca máxima obtida no ensaio DNER-ME 129/94, executando com a energia adotada (modificada ou superior). Observações gerais A sub-base de brita graduada não deve ser submetida à ação direta do tráfego. Em caráter excepcional, o DER/PR pode autorizar a liberação de tráfego, desde que tal fato não prejudique a qualidade do serviço. No caso de camada de base de brita graduada, só é permitida a liberação do tráfego após a cura da imprimação, por período de pelo menos 12 horas, e proteção adequada com “salgamento” da camada. Quando é prevista a imprimação da camada de brita graduada, a mesma deve ser realizada após a conclusão da compactação, tão logo se constate a evaporação do excesso de umidade superficial. Antes da aplicação da pintura betuminosa, a superfície deve ser perfeitamente limpa, mediante emprego de processos e equipamentos adequados (varrição). CONTROLE INTERNO DE QUALIDADE Misturas Asfálticas: Produtos obtidos em usina, a quente ou a frio, envolvendo agregados (~90%) e ligantes asfálticos, adequadamente. as misturas devem atender às especificações da relação betume/vazios ou aos mínimos de vazios do agregado mineral NORMA DNIT 031/2004 - ES 50 USINA DRUM-MIXER Instaladas em Pedreiras Silos Automatizados Misturas Controladas Preparo de Misturas Asfálticas Carregamentos RECICLAGEM de Pavimentos Fresagem de Revestimento Recuperação dos Agregados FRESAGEM COM RECICLAGEM O material asfáltico é liberado e removido por dispositivos de fresagem e é misturado de novo, com ou sem a adição de um agente rejuvenescedor. AGREGADOS RECICLADOS BRASIL. Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre - DNIT. Manual de Pavimentação. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Rio de Janeiro. 2006. Disponível em http://www1.dnit.gov.br/arquivos_internet/ipr/ipr_new/manuais/Manual_de_Pavimenta%C3%A7%C3%A3o_Versao%20Final.pdf em 27.08.09 Carvalho, José Carlos. Laboratórios DER/PR. Apresentação. Programa de Integração e Capacitação do DER/PR. 2008 DER/PR_Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná. Terraplenagem – Aterros - DER/PR ES-T 06/05. Disponível em http://www.der.pr.gov.br/arquivos/File/PDF/pdf_Terraplenagem/ES-T06-05Aterros.pdf em 25.08.09 _______, Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná. Pavimentação: Brita Graduada - DER/PR ES-P 05/05. Disponível em http://www.der.pr.gov.br/arquivos/File/PDF/pdf_Pavimentacao/ES-P05-05BritaGraduada.pdf em 25.08.09 Faria, Eloir de Oliveira. História dos transportes terrestres no mundo. Ciências dos Transportes. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em http://www.transitocomvida.ufrj.br/download/Hist%F3ria%20dos%20transportes%20terrestres.pdf em 26.08.09 Holz, Raquel da Fonseca. Classificação dos Solos e Agregados. Notas de Aula de Projeto de Estradas de Rodagem. Departamento de Materiais e Construção. Universidade Federal de Rio Grande. Disponível em http://www.dmc.furg.br/disp04091/apostila/UNIDADE%20I.pdf em 26.08.09 Paschoalin Filho, João Alexandre e Carvalho, David de. Compactação Planejada. Revista Cultivar Máquinas, Ed.21, jun.2003. Disponível em http://www.grupocultivar.com.br/arquivos/m21_compacta.pdfem 27.08.09 Specht, Luciano Pivoto. Classificação de Solos. Notas de aula de Rodovias. Disponível em http://www2.unijui.tche.br/~specht/rodo2/aula3.pdf em 27.08.09 _____, Luciano Pivoto. Identificação dos solos através de ensaios. Notas de aula de Rodovias. Disponível em http://www2.unijui.tche.br/~specht/solos1/aula2.pdf em 27.08.09 14. Referências
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