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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES – UCAM CENTRO
ROSANI DA LUZ SILVA
TRABALHO DE CONSTITUCIONAL II
DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
RIO DE JANEIRO
2015
ROSANI DA LUZ SILVA
TRABALHO DE CONSTITUCIONAL II
DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Rio de Janeiro, 30 de março de 2015.
SUMÁRIO
O Problema da Repartição de Competências Federativas
O princípio da Predominância de Interesse
Técnicas de Repartição de Competências
Sistema da Constituição de 1988
Classificação das Competências 
Classificação exclusiva, reservada, comum e concorrente, supletiva paralela e competência administrativa
O Problema da Repartição de Competências Federativas
O funcionamento normativo dos entes federativos se dá através da repartição de competências. Inclusive consta na nossa Constituição Federal essa distribuição de poderes. Contudo, ocorrem complicações no momento em que se faz necessário decidirem de quem é a responsabilidade.
A repartição regional e local depende da natureza e do tipo histórico de federação, numas os estados federados possuem competências mais amplas, enquanto que noutras os estados membros possuem um campo de atuação mais limitado, como ocorre no Brasil, que em razão da existência de competências exclusivas dos Municípios comprimem mais a área estadual.
A Constituição de 1988 compôs um sistema no qual combina competências exclusivas, privativas e principiológicas com competências comuns e concorrentes, visando desta forma construir um sistema federativo baseado na experiência passada.
Princípio da Predominância do Interesse
	O princípio base da repartição de competência entre as entidades componentes do Estado Federal é chamado de Princípio da Predominância do Interesse. Tal princípio busca dividir o que cabe a cada entidade desta forma: o que é de predominante interesse geral diz respeito à União, o que é de predominante interesse regional diz respeito aos Estados e os Municípios ficam com assuntos de interesse local.
	
	
Técnicas de repartição de competências
As Constituições se organizavam com a seguinte técnica: dividiam-se em poderes enumerados e poderes reservados ou remanescentes, ou seja, a) na enumeração dos poderes da União, deixando para os Estados os poderes remanescentes; b) na atribuição dos poderes enumerados aos Estados e os remanescentes à União. O sistema de enumeração exaustiva de poderes é que vigora no Brasil para a repartição de rendas tributárias.
Em razão dos problemas acima expostos, surgiram com a contemporaneidade, novas técnicas de repartição de competências. E buscou-se acolher formas de composição mais complexas com campos específicos para cada uma, mas ao mesmo tempo autonomia e setores concorrentes em que a competência para estabelecer diretrizes, cabe à União. Esse é o sistema atual da República Federal da Alemanha e é também o nosso.
Sistema da constituição de 1988
No Brasil, a Constituição adota um sistema complexo que visa equilibrar a federação. Essa repartição é fundamentada na técnica da enumeração dos poderes da união (arts. 21 e 22), com poderes remanescentes para os Estados (art. 25 parágrafo 1º) e poderes definidos indicativamente para os municípios (art. 30), mas há com essa reserva de campos privativos, possibilidades de delegação (art. 22 parágrafo único), áreas comuns em que se preveem atuações da União e Estados, onde a competência para estabelecer políticas gerais cabe à União e as competências suplementares cabem aos Estados e Municípios.
Classificação das competências
Competência são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades estatais para realizar suas funções. Assim existem espécies de competência que são agrupadas segundo sua natureza, sua vinculação cumulativa a mais de uma entidade e seu vínculo à função de governo. Dessa forma, podemos classificar as competências em dois grandes grupos:
Competência material, que pode ser: 
Exclusiva (art. 21);
Comum, cumulativa ou paralela (art. 23);
Competência legislativa, que pode ser: 
Exclusiva (art. 25, §§ 1º e 2º);
Privativa (art. 22);
Concorrente (art. 24);
Suplementar (art. 24, § 2 º).
Ademais, essas competências podem ser classificadas quanto à forma, conteúdo, extensão e origem.
Quanto à forma ou processo de sua distribuição, a competência será: 
Enumerada ou expressa, quando for estabelecida de modo direto pela Constituição para determinada entidade. Ex. art. 21 e 22.
Reservada ou remanescente ou residual, ou seja, competência que sobra a uma entidade depois de enumerada a competência de outra. Ex. art. 25, § 1º.
Implícita ou resultante ou inerente ou decorrente, porque decorre da natureza do ente. Ex. o STF decidiu, no silêncio da Constituição Federal que a expulsão dos estrangeiros era competência da união. 
Quanto ao conteúdo, a competência distingue-se em econômica, social, político-administrativa, financeira e tributária. Outrossim, é possível se falar em competência internacional. Ex. O Senado é geralmente autorizado a realizar certos negócios externos.
		Quanto à extensão, ou seja, quanto à participação de uma na outra, que ficam da seguinte forma: 
Exclusiva, quando é atribuída a uma entidade com exclusão das demais;
Privativa, quando enumerada como própria de uma entidade, com possibilidade, no entanto de delegação e de competência suplementar;
Comum, Cumulativa ou paralela, reputadas expressões sinônimas que significam a faculdade de legislar ou praticar certos atos, em determinada esfera, juntamente e em pé de igualdade, consistindo, pois, num campo de atuação comum às várias entidades, sem que o exercício de uma venha a excluir a competência de outra, podendo assim ser exercida cumulativamente.
Concorrente, cujo conceito compreende dois elementos, primeiro a possibilidade de disposição sobre o mesmo assunto ou matéria por mais de uma entidade federativa e segundo a primazia da União no que tange a fixação de normas gerais.
Suplementar, que é correlativa da competência concorrente, e significa o poder de desdobrar normas que desdobrem o conteúdo de princípios ou normas gerais ou 	que supram a ausência ou omissão destas.
Quanto à origem, a competência pode ser:
Originária, quando desde o início é estabelecida em favor de uma entidade.
Delegada, quando a entidade recebe sua competência por delegação daquela que a tem originariamente, sua possibilidade consta do parágrafo único do art. 22, que comete a lei autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas nesse artigo e também do parágrafo único do art. 23, que determina a lei complementar fixar normas para a cooperação entre União e os Estados, Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
Pesquisa feita no STF – Ação de Inconstitucionalidade – Repartição de competência – Exemplo relacionado à Competência Privativa da União (Art. 22, parágrafo único).
Ementa 
EMENTA Ação Direta de Inconstitucionalidade. Lei estadual que fixa piso salarial para certas categorias. CNC. Preliminar de ausência parcial de pertinência temática. Rejeitada. Alegada violação ao art. 5º, caput (princípio da isonomia), art. 7º, inciso V; 8º, inciso I; e art. 114, § 2º, da Constituição. Inexistência. Expressão “que o fixe a maior” contida no caput artigo 1º da Lei estadual nº 5.627/09. Direito do trabalho. Competência legislativa privativa da União delegada aos Estados e ao Distrito Federal. Expressão que extravasa os limites da delegação de competência legislativa conferida pela União aos Estados por meio da Lei Complementar nº 103/00. Ofensa ao artigo 22, inciso I e parágrafo único, da Lei Maior. 1. A exigência de pertinência temática não impede oamplo conhecimento da ação, com a declaração de inconstitucionalidade da norma para além do âmbito dos indivíduos representados pela entidade requerente, quando o vício de inconstitucionalidade for idêntico para todos os seus destinatários. Preliminar rejeitada. 2. A Lei nº 5.627/09 dá continuidade a uma sequência de normas que já vêm fixando, desde o ano de 2000, pisos salariais no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. Conquanto acrescente algumas categorias não citadas nas leis anteriores, há na nova legislação somente uma inovação efetivamente relevante, qual seja, a expressão “que o fixe a maior”, contida no caput do artigo 1º. Considerando que, em relação à Lei nº 3.512/2000, impugnada nas ADIs nº 2.401 e nº 2.403, esta Corte, em sede de liminar, entendeu restarem atendidos os requisitos da extensão e da complexidade do trabalho, e que, no presente caso, houve uma ampliação do número de patamares, de três (Lei nº 3.512/2000) para nove, com mais razão devem ser tidos por suficientes os pressupostos previstos no inciso V do artigo 7º da Constituição Federal. Não há, no caso, aleatoriedade na fixação das faixas de piso salarial definidos no diploma questionado, não havendo violação dos artigos 5º, caput (princípio da isonomia); 7º, inciso V; 8º, inciso I; e 114, § 2º, todos da Constituição Federal. 3. A competência legislativa do Estado do Rio de Janeiro para fixar piso salarial decorre da Lei Complementar federal nº 103, de 2000, mediante a qual a União, valendo-se do disposto no artigo 22, inciso I e parágrafo único, da Carta Maior, delegou aos Estados e ao Distrito Federal a competência para instituir piso salarial para os empregados que não tenham esse mínimo definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho. Trata-se de lei estadual que consubstancia um exemplo típico de exercício, pelo legislador federado, da figura da competência privativa delegada. 4. A expressão “que o fixe a maior” contida no caput do artigo 1º da Lei estadual nº 5.627/09 tornou os valores fixados na lei estadual aplicáveis, inclusive, aos trabalhadores com pisos salariais estabelecidos em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho inferiores a esse. A inclusão da expressão extrapola os limites da delegação legislativa advinda da Lei Complementar nº 103/2000, violando, assim, o art. 22, inciso I e parágrafo único, da Constituição Federal, por invadir a competência da União para legislar sobre direito do trabalho. 5. Não há no caso mera violação indireta ou reflexa da Constituição. A lei estadual que ultrapassa os limites da lei delegadora de competência privativa da União é inconstitucional, por ofensa direta às regras constitucionais de repartição da competência legislativa. Existindo lei complementar federal autorizando os Estados-membros a legislar sobre determinada questão específica, não pode a lei estadual ultrapassar os limites da competência delegada, pois, se tal ocorrer, o diploma legislativo estadual incidirá diretamente no vício da inconstitucionalidade. Atuar fora dos limites da delegação é legislar sem competência, e a usurpação da competência legislativa qualifica-se como ato de transgressão constitucional. 6. Ação direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para declarar, com efeitos ex tunc, a inconstitucionalidade da expressão “que o fixe a maior” contida no caput do artigo 1º da Lei nº 5.627, de 28 de dezembro de 2009, do Estado do Rio de Janeiro.
Referências Bibliográficas
SILVA, José Afonso da, Curso de Direito Constitucional Positivo, editora Malheiros, 3ª parte, título I, capítulo II, páginas 481 à 486.
STF, Site do, pesquisa de jurisprudência, ação de inconstitucionalidade, repartição de competência.

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