Buscar

3ª Petição de Danos Morais e Materiais (Ofensa Sexual e Quebra de Celular)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____.
Otavio, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da carteira de identidade RG n° xxxxxxx e inscrito no CPF/MF sob n° xxxxxxx, residente e domiciliado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), por seu advogado que esta subscreve, constituído na forma do incluso instrumento de mandato, vem, a presença de Vossa Excelência, propor a presente.
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
contra João, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da carteira de identidade RG n° xxxxxxx e inscrito no CPF/MF sob n° xxxxxxx, residente e domiciliado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), consubstanciado nos motivos fáticos e de direito a seguir aduzidos:
DOS FATOS
O autor da presente ação frequenta um grupo de encontro de carros modificados, na qual também participa o demandado, sendo que nesses encontros, sempre que os dois se encontram, joão faz ofensas em relação a Otavio, chamando de gay, viadinho, imbecil e imprestável, constrangendo e humilhando-o na frente dos outros diversas vezes, sem motivo para tal comportamento.
Em um desses encontros, além dos insultos, o acusado ao pegar o celular do Autor, acidentalmente derrubou-o, quebrando a tela do aparelho e inabilitando-o para uso.
Vale salientar que Otavio, nos últimos 2 anos, busca de forma amigável, solucionar esses problemas com João, contudo sem êxito.
Ao sair para se divertir com amigos, Otavio externa toda a situação que vêm sofrendo a um amigo próximo e este o incentiva a procurar uma delegacia para instaurar um Boletim de ocorrência para que possa resolver judicialmente, tendo em vista que não conseguiu resolver diretamente com o demandado e buscar uma compensação por tudo que sofreu e a restauração do aparelho danificado.
Dos Direitos
Em nosso direito é certa e pacífica a tese de que quando alguém viola um interesse de outrem, juridicamente protegido, fica obrigado a reparar o dano daí decorrente. Basta adentrar na esfera jurídica alheia, para que venha certa a responsabilidade civil.
E no caso particular, deve-se considerar que dano é "qualquer lesão injusta a componentes do complexo de valores protegidos pelo Direito".
No mesmo entendimento de dano material, temos a definição clara e objetiva de que a destruição de um objeto de outrem deverá devolver a coisa em espécie, ou repor o numerário a título de dano material.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Além do valor referente ao dano moral sofrido pelo autor, que ao ter ofendido sua honra sem que houvesse ao menos uma retratação.
Sendo assim, não há como confundir a reparabilidade do dano material e do dano moral. Na primeira busca-se a reposição do numerário que deu causa ao prejuízo sofrido, ao passo que na segunda, a reparação se faz por meio de uma compensação ou reparação que satisfaça o autor pelo mal sofrido.
Pois bem, adentrando na análise legal do tema, inicialmente é oportuno fazer referência à Constituição Federal de 1988, que foi muito clara ao dispor, no seu art. 5º, inciso X, "in verbis":
" X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".
Excelência, em conformidade com os fatos já narrados nesta petição, é sabido que Otavio incorreu nos crimes tipificados no código penal nos artigos 139 e 140, respectivamente, Difamação e Injúria, senão vejamos:
Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Ao denegrir a imagem e a honra do Querelante, depreciando-lhe sua subjetividade perante a sociedade, ofendendo-lhe sua boa reputação, o acusado incidiu no crime de Difamação quando transcreveu as palavras “gay” e “viadinho”.
Da mesma forma a Querelada cometeu o crime de Injúria, uma vez que lhe ofendeu sua dignidade e decoro através dos vocábulos “imbecil” e “imprestável”.
Do Pedido
Posto isso, requer a Vossa Excelência:
A citação do réu, no endereço inicialmente referido, para comparecer na audiência de instrução e julgamento a ser designada, e, querendo, apresentar resposta, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;
Se digne Vossa Excelência considerar procedente o seu pedido, para o fim de condenar o réu ao pagamento de indenização no valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais), pelos danos materiais, mais o valor de R$ 3000,00 (Três Mil Reais) referentes ao dano moral, bem como das custas processuais e honorários advocatícios, na base de xx% sobre o valor da condenação, tudo com a devida atualização.
Os benefícios da justiça gratuita, previsto na Lei 1.060/50, por ser o autor pessoa pobre na acepção jurídica do termo, não podendo arcar com as despesas processuais sem que cause prejuízos para sua sobrevivência.
DAS PROVAS
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, depoimentos de testemunhas, bem como novas provas, documentais e outras, que eventualmente venham a surgir.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 3500,00 (Três mil e quinhentos reais).
Termos em que
Pede Deferimento.
(Local, data, ano).
Advogado
OAB

Outros materiais