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10ª Petição de Reintegração de Posse com Pedido Liminar

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RECIFE.
PULA 10 LINHAS
Gilberto, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da carteira de identidade RG n° xxxxxxx e inscrito no CPF/MF sob n° xxxxxxx, residente e domiciliado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), por seu advogado que esta subscreve, constituído na forma do incluso instrumento de mandato, vem, a presença de Vossa Excelência, propor a presente.
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO LIMINAR
Em face de Marcelo, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da carteira de identidade RG n° xxxxxxx e inscrito no CPF/MF sob n° xxxxxxx, residente e domiciliado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), pelos fatos a seguir expostos:
DOS FATOS
O autor é proprietário de um imóvel residencial urbano localizado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado) e matriculado junto ao registro de imóveis da ____ zona desta comarca sob nº ______.
Gilberto celebrou com Marcelo um contrato escrito para ocupação do imóvel antes mencionado pelo período de 12 meses de forma gratuita, caracterizando deste modo, contrato de comodato previsto no artigo 579 do Código Civil.
A Ocupação se deu no dia 09 de novembro de 2015, tendo as parte combinado que a restituição da posse do imóvel ocorreria em 10 de novembro de 2016. Todavia, passado esse prazo, a desocupação não ocorreu.
Por não ter mais interesse em manter o comodato antes referido, o requerente notificou o requerido, por meio do Cartório de Títulos e Documentos, para que, no prazo de 15 dias, desocupasse o imóvel e restituísse a posse, fato este que não ocorrera após seis meses do término do contrato.
Além de não ter mais interesse no comodato e devido o imóvel ter sido partilha nos autos do inventário do pai, recebido como herança, o autor espera com urgência a restituição da posse.
DOS DIREITOS
Segundo o disposto no artigo 1210 do Código Civil Brasileiro: 
“Art. 1210 - O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.” 
Conforme narrado acima, os requerentes estão sendo esbulhados em sua posse, já que a requerida tomou para si o imóvel dos mesmos, insistindo em permanecer no imóvel que é dos requerentes.
O Art. 561 do CPC determina que incumbe ao Autor provar:
"I – a sua posse;
II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III – a data da turbação ou do esbulho;
IV – [...]; a perda da posse, na ação de reintegração."
É isso o que fazem os Autores nos itens que seguem.
a) A posse do autor, conforme a lição da doutrina a seguir, está consubstanciada pela certidão do Registro de Imóveis dando conta de que o requerente é proprietário do bem objeto da lide, sendo prova suficiente de sua posse.
OVÍDIO A. BAPTISTA DA SILVA esclarece que:
"A prova da posse obedece em geral às regras comuns de direito probatório. Sendo a posse uma relação fática de poder, ou de pertinência, a ligar a coisa ao sujeito dessa relação, prova-se a posse provando que a pessoa que se diz possuidora exerce sobre o objeto algum ou alguns dos poderes inerentes ao domínio, ou propriedade, segundo prescreve o art. 485 do Código Civil" 
b) O esbulho praticado pelo réu deu-se quando este adquiriu a posse sobre a casa por comodato, ajustado contratualmente entre as partes. O empréstimo gratuito se deu por prazo determinado de 12 meses, pelo que ficou o comodatário obrigado a restituir a posse quando notificado para tal.
A notificação foi feita e o comodatário permanece na posse do bem. Ao negar-se a restituir a posse, esta se tornou injusta, em razão da precariedade.
E, dessa forma, praticou o esbulho, conforme ensina Maria Helena Diniz:
"4º) Obrigatoriedade de restituição da coisa emprestada após o uso, pois o comodante não perdeu o domínio, e continua sendo o seu proprietário. Se o comodatário se recusar a restituí-la, praticará esbulho [...] e o comodante poderá mover ação judicial de reintegração de posse." 
c) Data do Esbulho e Perda da Posse:
A data do esbulho é aquela em que encerrado o prazo concedido ao requerido para que desocupasse o imóvel, qual seja 10/11/2016.
A perda da posse também está comprovada pela recusa do réu a restituir a posse ao autor, embora pessoalmente notificado para tal.
Pelo exposto, uma vez que o esbulho é de menos de ano e dia e estando devidamente instruída a inicial com documentos comprobatórios dos requisitos estabelecidos no art. 561 do CPC, deve ser expedido o mandado liminar de reintegração de posse, na forma preconizada no art. 562 da mesma verba legislativa.
d) – Da Indenização:
Deve o requerido ser condenado pelo pagamento de aluguéis que venham a vencer a partir de 26/11/2016, data em deveria ter restituído a posse imóvel tendo em vista o último dia da notificação extrajudicial, até a data em que esta retorne à mão do autor.
O art. 582 do Novo Código Civil dispõe que “…o comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante”.
O diploma processual, pela norma contida no art. 555, I, admite que em ação possessória seja cumulado pedido de condenação por perdas e danos.
DO PEDIDO
a) deferida a liminar, determinando seja expedido mandado, concedido liminarmente, inaudita altera parte, a reintegração de posse do imóvel situado na Rua XXXXX;
b) Subsidiariamente, caso Vossa Excelência entenda necessária a audiência de justificação, requer o autor digne-se Vossa Excelência de considerar suficiente, com a consequente expedição de mandado de reintegração de posse;
c) Ainda subsidiariamente, caso Vossa Excelência não conceda liminarmente, requer o autor a procedência da presente ação com a consequente expedição do mandado de reintegração da posse, condenado o réu no pagamento das perdas e danos consubstanciadas no valor de R$ XXX por mês, à título de aluguel mensal pelo período em que permanecer no imóvel;
d) ao final julgar procedente a presente ação, tornando definitiva a reintegração de posse, com a condenação do réu no pagamento, à titulo de indenização o valor mensal de RS XXXX correspondente ao aluguel, nos termos do artigo 582, do Código Civil, pelo período em que permanecer no imóvel;
e) A citação do réu, no endereço inicialmente referido, para comparecer na audiência de instrução e julgamento a ser designada, e, querendo, apresentar resposta, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;
f) que seja o réu condenado ao pagamento além das custas, honorários de advogado que Vossa Excelência houver por bem arbitrar e demais ônus de sucumbência;
g) Protesta o autor por provar o alegado através de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pela produção de prova documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial, depoimento pessoal do réu sob pena de confissão, caso não compareça, ou, comparecendo, se negue a depor (art. 385, § 1º, do Novo CPC), inclusive em eventual audiência de justificação.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Valor da causa: R$ XXXXX.
Olinda, 15 de Maio de 2017.
Advogado
OAB

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