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PROCESSO CIVIL IV- CASO 9- AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CIVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO RIO DE JANEIRO
PAULO CASTRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado na rua...., bairro..., na cidade..., Estado..., Cep nº... endereço eletrônico...., vem por intermédio de seu advogado adiante assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço rua..., nº..., bairro..., Cep nº..., na cidade..., Estado..., endereço eletrônico, com fulcro nos artigos 106 I, do CPC, propor a presente:
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE
Pelo rito especial, em face de SILVIA BRANDÃO, nacionalidade, estado civil, portadora da cédula de identidade nº..., inscrita no CPF nº...., residente e domiciliada na rua ..., bairro..., Rio de Janeiro/RJ, Cep nº...endereço eletrônico, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I - DOS FATOS
Paulo Castro e Sílvia Brandão mantiveram união estável entre janeiro de 2007 e dezembro de 2014, quando decidiram separar-se. O período de convivência não foi antecedido de qualquer convenção sobre o regime de bens.
No período em que mantiveram união estável não adquiriram quaisquer bens, e Sílvia, ao tempo da separação, se achava desempregada, Paulo anuiu à permanência de Sílvia, por tempo indeterminado, no imóvel que até então servira de residência aos companheiros, situado no Rio de Janeiro. Tal imóvel fora adquirido por Paulo, mediante pagamento integral do preço, no ano de 1997. Paulo retirou-se do imóvel, passando a morar em outro, tomado por ele em locação.
 Passados mais de dois anos do fim da união estável, Paulo promoveu a notificação extrajudicial de sua ex-companheira, exigindo-lhe a desocupação, no prazo de quinze dias, do imóvel de sua propriedade situado no Rio de Janeiro. A notificação foi efetivamente recebida por Sílvia e o prazo concedido na notificação extrajudicial já se expirou, sem que Sílvia tenha deixado o imóvel.
II - DOS FUNDAMENTOS
O Código Civil garante ao possuidor o direito de restituição de bem que lhe seja esbulhado: “(...) Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no caso de esbulho (...)”.
A nova legislação processual civil, regulando o exercício do direito acima, também disciplinou o direito do possuidor a ser reintegrado de sua posse em caso de esbulho (NCPC, art. 560), incumbindo ao autor da ação de reintegração de posse, qual seja, aquele que sofreu o esbulho, provar:
“Art. 561 (...) I – a sua posse; II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; III – a data da turbação ou do esbulho; IV – a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração (...)”.
A posse do imóvel acerca do qual se funda a demanda está devidamente comprovada pela certidão anexa, expedida pelo XX cartório de registro de imóveis do Rio de Janeiro/RJ, atestando a regularidade do registro do imóvel em nome do autor da presente ação (matrícula do imóvel - nº. Xx. Xxx), documento que, segundo a jurisprudência, é bastante para tal finalidade:
“(...) IMÓVEL. PROPRIEDADE. REGISTRO (...) A propriedade de bem imóvel se dá através da certidão do cartório de registro de imóveis do respectivo imóvel” (TJRJ, proc. 1.0024.10.184017, Rel. Des. Antônio Bispo, DJ de 07/07/2014).
O esbulho praticado pelo réu restou consubstanciado pelo Termo de União Estável e sua Anulação, também anexos à esta peça exordial, asseverando-se que o Autor vive em locação conforme contrato de locação e seus comprovantes, por sua vez, também fortalece a convicção da data em que foi praticado o aludido esbulho.
Ressalte-se que houve uma tentativa de composição extrajudicial da lide, com o envio de notificação a Ré, solicitando a desocupação do local, conforme consta na comprovação em anexo. No entanto, se recusou a deixar o local.
III - DA LIMINAR POSSESSÓRIA
Disciplina o art. 562, caput, do NCPC, no que atina aos temas “manutenção e reintegração de posse”, que, “(...) Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração (...)”.
Ainda, havendo comprovação da posse, do esbulho, da data de sua ocorrência, bem como da perda da posse, o que restou comprovado na vestibular, é cediço que seja cabível a concessão de pedido liminar de reintegração de posse, conforme já decidiu o egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:
“(...) REINTEGRAÇÃO DE POSSE - PROVA DA POSSE E DO ESBULHO PRESENTES - LIMINAR – POSSIBILIDADE - Existindo a comprovação da posse, do esbulho, da data da sua ocorrência, bem como da perda da posse, nos exatos termos do artigo 927 do CPC, cogente resta a concessão de liminar de reintegração de posse” (TJRJ, proc. 1.0433.15.026671-9/001, Rel. Des. Pedro Aleixo, DJ de 18/03/2016).
IV – DO PAGAMENTO DOS ALUGUEIS A TITULO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS
Deve a requerida ser condenada pelo pagamento de aluguéis que venham a vencer a partir da data em que deveria ter restituído a posse do imóvel tendo em vista o último dia da notificação, até a data em que esta retorne à mão do autor. O diploma processual admite que em ação possessória seja cumulado pedido de condenação por perdas e danos. A posse da autora está mais do que comprovada mediante os documentos que acompanham a inicial, o esbulho sofrido está devidamente caracterizado, pelos fatos acima narrados, que poderão ser comprovados pelas durante a instrução processual.
V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer: 
1. Seja concedida a medida liminar de reintegração de posse, inaldita altera parte, em caráter imediato; 
2. A intimação do réu para comparecer a audiência de conciliação e ou mediação, designada por este douto juízo;
3. A citação do réu para contestar a presente ação, sob pena de revelia;
4. A condenação da ré ao pagamento de aluguel, convertido em perdas e danos até a efetiva desocupação e entrega do imóvel, no valor de R$...(...);
5. Sejam julgados procedentes e declarados por sentença, todos os pedidos formulados pelo autor, reintegrando-o em definitivo na posse do bem;
6. A condenação da ré aos ônus sucumbências.
VI – DAS PROVAS
Requer a produção de provas, conforme artigo 369 do CPC, para provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente pela produção de prova documental.
VII– DO VALOR DA CAUSA
Dá-se o valor da causa de R$ ............
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Local, Data.
Advogado
OAB/UF

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