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Disciplina de Materiais Elétricos Prof. Drª. Thaís de Fátima Araújo Silva thaisarasilva@gmail.com Universidade Federal de Ouro Preto Materiais Elétricos – Temas de Estudo Materiais isolantes e condutores Conceitos básicos: teoria das bandas de energia, métodos de obtenção, propriedades e aplicação; Circuitos semicondutores; Materiais ferromagnéticos e aplicações; Circuitos magnéticos e aplicações; Materiais ópticos e aplicações. Materiais Elétricos – Cronograma de Avaliações 1ª Prova: 25 % – 28/09 – Materiais Condutores e Isolantes 2ª Prova: 25% – 09/11 – Materiais Semicondutores e Ferromagnéticos 3ª Prova: 25 % – 14/12 – Materiais Magnéticos, ópticos e temas de seminário Exercícios em sala: 5% Seminário: 20% – 06 a 10/12- Novas Tecnologias em Materiais Aplicados à Engenharia Exame Especial – 100% - 19/12 Materiais Elétricos – Sugestões de Temas para os Seminários Supercondutores: inovações. Superisolantes. Componentes Quânticos. Materiais nanoestruturados e aplicações. Estruturas polimétricas e aplicações. Novos Materiais fotovoltaicos e suas particularidades. Materiais utilizados em transdutores. Materiais Magnéticos utilizados em transformadores Materiais Elétricos - Introdução Objetivos: Distinguir e recomendar os diversos materiais utilizados em equipamentos e componentes elétricos e magnéticos. Materiais Elétricos - Introdução Principais tipos de materiais: Metais Ligas Materiais cerâmicos Semicondutores Plásticos Outros polímeros Outros materiais Materiais Elétricos - Introdução Propriedades importantes: Propriedades químicas Elétricas Térmicas Óticas Mecânica Materiais Elétricos - Introdução Procedimentos gerais para definição do melhor tipo de material de acordo com sua aplicação: Propriedades consistentes com as condições de serviço; Efeitos das mudanças dessas condições; Dentre os possíveis materiais elimine os que devido a característica não adequadas não atentem às condições de serviço; Observe se o material propicia falta de segurança; Custo. Materiais Elétricos - Introdução Caso os materiais restantes não atendam a todos os requisitos, considere: Tratar os materiais térmica ou quimicamente; Mudar o ambiente de serviço; Produzir uma liga que tenha as características desejadas. Materiais Elétricos - Introdução Exemplo: Materiais nas Usinas Hidrelétricas Etapa de construção: utilização do aço na construção das pás e eixo das turbinas Característica importante: resistência mecânica Geradores (estator, rotor, coletores, etc): destaca-se o uso do cobre eletrolítico Característica: propriedades elétricas Exemplo: Materiais nas Usinas Hidrelétricas Transformadores: destaca-se o uso de materiais isolantes sólidos: papel, madeira, resinas Uso de isolantes líquidos: óleo mineral isolante Gasoso: nitrogênio e CO2 Materiais ferromagnéticos: núcleo dos transformadores Chapa de aço-silício laminado a frio Cobre para os enrolamentos Materiais Elétricos - Introdução Materiais Elétricos – Aula 3-4 Materiais Condutores: Metais Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação São caracterizados por diversas grandezas, destacando-se: Condutividade ou resistividade elétrica Coeficiente de temperatura Condutividade térmica Potencial de contato Efeito Hall Comportamento mecânico Características e Classificação Escolha do metal mais adequado: Nem sempre o que apresenta as melhores características elétricas; As condições de utilização devem ser atendidas. Materiais de elevada condutividade: metais nobres, outros grupos e suas ligas. Podem ser aplicados como: Condutores Enrolamentos de máquinas elétricas Transformadores Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Ligas de alta resistência: Resistências Aparelhos de calefação Filamentos para lâmpadas incandescentes. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Principais características: Resistividade: [Ω] Onde: = resistividade elétrica do material [ ] A= seção transversal ( ଶ = comprimento do condutor [ ] Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Principais características: Curva característica da variação da resistência em função da temperatura: Materiais Elétricos – Materiais Condutores TA TB T R 𝛼 ∆𝑅 ∆𝑇 𝐴 ∆𝑅 𝐵 Características e Classificação Principais características: Coeficiente de temperatura ಳ మబ Materiais Elétricos – Materiais Condutores ∆𝑇 TA TB T R 𝛼 ∆𝑅 𝐴 ∆𝑅 𝐵 Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Exercícios: Encontre a resistência a 20ºC de uma barra de cobre recozido de 3m de comprimento e 0,5cm por 3cm de seção reta retangular. Resposta: 3,44 10-4Ω Um certo condutor de cobre de um transformador desernergizado possui uma resistência de 30Ω a 20ºC. Quando em operação, entretanto, esta resistência atinge 35 Ω. Encontre a temperatura do condutor para essa situação. Resposta: 62,41ºC Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Tabelas importantes: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação São caracterizados por diversas grandezas, destacando-se: Condutividade ou resistividade elétrica Coeficiente de temperatura Condutividade térmica Efeito Pelicular Potencial de contato Comportamento mecânico Características e Classificação Principais características: condutividade térmica A condutividade térmica de metais e ligas demonstra a capacidade do material de liberar para o ambiente o aquecimento causado pelas perdas. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação A condutividade térmica de metais e ligas demonstra a capacidade do material de liberar para o ambiente o aquecimento causado pelas perdas. A energia térmica pode alterar as condições do material. Resistência Térmica: ் ் Para materiais puros a resistividade térmica é baixa elevando-se para ligas metálicas. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Material Resistividade Térmica [ 𝟏Ω𝒄𝒎] Cobre 0,24 Alumínio 0,40 Zinco 0,90 Estanho 1,55 Chumbo 3,00 Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Principais características: Efeito Pelicular • Distribuição uniforme de corrente através da seção de um condutor: corrente contínua. • Com o aumento da frequência uma distribuição não uniforme acontece Características e Classificação Resistência de Contato nos metais: Quando uma peça metálica é aplicada sobre outra com objetivo de contato elétrico, estas ficam separadas qualquer que seja a pressão a que sejam submetidas (distância relativa às dimensões de um átomo). A passagem de energia se dá de duas formas ( Não se pode aplicar a lei de Ohm): Através de um zona de contato íntimo, ou de condução. Através de uma zona de disrupção, onde o gradiente de potencial pode alcançar valores elevados, muito pouco inferiores à rigidez dielétrica do ar. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Resistência de Contato nos metais: Resistência de contato é a relação entre a tensão nos bornes de um contato e a intensidade de corrente que o atravessa. Não é constante. Depende da pressão a que estão submetidas as peças (pressão de contato) Depende da composição, forma, seção daspeças. Depende do sentido e intensidade da corrente, entre outras características. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Resistência de Contato nos metais: Considera-se um bom contato quando há uma pequena diferença de temperatura entres os mesmos e os pontos ao redor. A prata, o cobre, o bronze, o latão e o tungstênio são interessantes nesse tipo de aplicação. O alumínio geralmente apresenta alta resistência de contato. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Tensão de Contato nos metais: Em um circuito fechado de dois metais, se a soma dos potenciais de contado for diferente de zero, isto é as temperaturas são diferentes. Chamando essas de T1 e T2 a tensão de contato ente os dois metais A e B, será: ா ଵ ଶ ಲ ಳ =A ( ଵ- ଶ [V] Onde: K= constante de Boltzmann T= Temperatura em graus absolutos E= carga de um elétron nO= número de elétrons livres por unidade de volume do material Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Tensão de Contato nos metais: Características e Classificação Efeito Hall Considerando-se um condutor pelo qual passa uma corrente I. Aplica-se então sobre o lado de maior comprimento um campo magnético uniforme . Materiais Elétricos – Materiais Condutores Deslocamento de elétrons se dá perpendicularmente ao campo magnético. Isso cria uma força entre os elétrons e o campo. Com o tempo, cargas negativas acumulam-se na face inferior e cargas positivas na face superior. Características e Classificação Efeito Hall Materiais Elétricos – Materiais Condutores Excesso de cargas positivas e negativas funciona como um capacitor de placas paralelas, gerando um campo elétrico E. Características e Classificação Efeito Hall Materiais Elétricos – Materiais Condutores ఉ ா -ev ு I=N e vA J= ூ ு R ாಹ ఉ R= Coeficiente de Hall Aulas 5-6 Propriedades Mecânicas dos Metais Características e Classificação Características Mecânicas dos Metais Submissão de equipamentos elétricos à forças ou cargas: linhas de transmissão e distribuição, motores Comportamento mecânico reflete a relação entre sua resposta a uma carga ou força aplicada: deformação Propriedades importantes em um projeto: rigidez, resistência, dureza, ductibilidade e tenacidade. As propriedades elencadas estão associadas à habilidade do material de resistir e/ou transmitir forças mecânicas. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Tipos de tensões: tração, compressão, cisalhamento e torção Ensaio mecânico: carga estática ou variável no tempo aplicada uniformemente sobre a seção transversal ou sobre superfície de um elemento, corpo de prova. Normas técnicas: padronização da confecção de corpos de prova e procedimentos de medidas: ASTM ( American Society for Testing and Materials) ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) Ensaios comuns: resistência à tração; resistência à compressão; resistência à torção; resistência ao choque; resistência ao desgaste; dureza; dentre outros. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Tração: Amostra é deformada até sua fratura por uma carga aumentada gradativamente aplicada uniaxialmente ao longo do eixo. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Ensaio registrado através de dados de carga ou força em função do alongamento. Tensão de Engenharia: Deformação de engenharia: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Compressão: ensaio de tensão-deformação através da aplicação de uma força compressiva em um corpo de prova que se contrai ao longo da direção da tensão. Força compressiva é considerada negativa: tensão negativa Geralmente não oferecem informações adicionais Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Ensaios de Cisalhamento e de Torção: Força cisalhante pura: tensão cisalhante: Deformação cisalhante γ: tangente do ângulo de deformação Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Torção: variação do ensaio de cisalhamento no qual o elemento estrutural é torcido : movido de rotação em torno do eixo longitudinal de uma das extremidades do elemento em relação à outra extremidade. Aplicação: eixos de máquinas Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Comportamento Tensão-Deformação Grau de deformação depende da tensão imposta Lei de Hooke: relação entre a tensão de engenharia e a deformação de engenharia para uma deformação elástica Onde E é a constante de proporcionalidade em (GPa ou psi) é o módulo de elasticidade, módulo de Young. Para metais E= 45 GPa para o magnésio e 407 GPa para o tungstênio Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Deformação elástica: processo de deformação em que a tensão e a deformação são proporcionais. Módulo de elasticidade: rigidez ou resistência do material à deformação elástica. Quanto maior o módulo mais rígido será o material; ou menor será a deformação elástica. Não é permanente, em escala atômica manifesta-se como pequenas alterações no espaçamento Interatômico e no estiramento das ligações interatômicas. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Deformação elástica: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Deformação elástica: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Deformação elástica: Tensão e deformação cisalhante são proporcionais uma à outra: Onde G é o módulo de cisalhamento. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Anelasticidade: A deformação elástica permanece após a aplicação da tensão por um tempo finito: recuperação completa Devido a processos microscópicos e atomísticos. Metais: componente anelástica é normalmente pequena e é desprezada Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Propriedades Elásticas: Considerando que a força aplicada é unidirecional , tensão de tração (direção z) haverá uma contrição nas direção laterais x e y perpendiculares à tensão aplicada. Para materiais isotrópicos, deformação εx= εy Coeficiente de Poisson: Para metais e ligas: Coeficiente de Poisson varia entre 0,25 e 0,35 Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensãoe Deformação Para materiais isotrópicos: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Materiais Isotrópicos: coeficiente de cisalhamento e de elasticidade se relacionam: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Deformação Plástica: Deformações maiores que 0,005 A lei de Hook deixa de ser válida Deformação permanente, não recuperável Quebra de ligações entre os átomos vizinhos originais, seguida da formação de novas ligações Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Escoamento e limite de escoamento: Nível de tensão no qual tem início a deformação plástica. Limite de Escoamento: transição gradual de formação elástica para plástica: afastamento inicial da linearidade na curva de formação A magnitude do limite de escoamento para um metal é a medida de sua resistência à deformação plástica. Varia entre 35MPa para o alumínio de baixa resistência até 1400 Mpa para aços de alta resistência. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Limite de Resistência à tração: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Aulas 7-8 Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Ductibilidade: medida do grau de deformação plástica que foi suportado até a fratura. Metal frágil: sofre deformação plástica muito pequena ou quase nenhuma até a fratura. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Ductibilidade: Alongamento percentual: porcentagem de deformação plástica na fratura: Redução percentual de área: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Ductibilidade: Indica ao projetista o grau no qual uma estrutura irá se deformar plasticamente antes de fraturar. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Ductibilidade: Temperatura Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Resiliência Capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado elasticamente. Quando a carga é retirada há a recuperação dessa energia. Módulo de resiliência, Ur: energia de deformação por unidade de volume necessária para tencionar o material até o limite de escoamento. Cálculo: área sob a curva de um gráfico tensão-deformação até o escoamento: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Características Mecânicas Características Mecânicas dos Metais: Tensão e Deformação Tenacidade Tenacidade à fratura: propriedade indicativa da resistência de um material à fratura quando um trinca está presente. Habilidade de um material absorver energia e se deformar plasticamente antes de fraturar. Mesma unidade de resiliência. Um material tenaz é resistente e dúctil. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Ensaios de Desgaste: Macroesclerometria Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais Elétricos – Materiais Condutores Ensaios de Desgaste: Macroesclerometria Descrição: A seleção de materiais resistentes ao desgaste abrasivo é de suma importância para o setor industrial, onde vários erros ocorrem devidos às falhas na adesividade do revestimento em um determinado equipamento. Esse fato levou ao desenvolvimento de inúmeros equipamentos e procedimentos de teste que simulassem de maneira aproximada o que ocorre no ambiente industrial. Dentre esses equipamentos destaca-se o macro-esclerômetro. Numa experiência esclerométrica, o desgaste abrasivo é estudado através de contatos elementares supostos independentes. As partículas abrasivas são assemelhadas a penetradores duros de geometria simples, geralmente opostos a superfícies preparadas metalograficamente. Estas condições, muito embora idealizadas, permitem a utilização de modelos simples, podendo contribuir para a compreensão de aspectos fundamentais do processo abrasivo. Tais aspectos são: Determinar os esforços atuantes sobre as diferentes fases constituintes do material; A partir de considerações da mecânica do contato, e para cada fase considerada isoladamente, pode-se determinar: dureza ao risco, tenacidade, energia específica, índice de fragilidade; Estudar a morfologia da deformação nas proximidades do penetrador e determinar: efeito da geometria do penetrador, fator de perda da matéria e ângulo crítico de ataque. Para uma melhor compreensão do processo abrasivo, necessita-se conhecer as forças atuantes sobre as partículas abrasivas, pois estas através de gráficos ajudam a definir o ponto exato onde o revestimento de um substrato foi rompido. Materiais Elétricos – Materiais Condutores • Macro-esclerômetro (parte física) • 2 motores de passo HT23-397 • 2 drives de controle 3540i 2 fontes 24 e 30 Vdc • 1 célula de carga • Módulo de controle e aquisição – Spider 8 • Micro computador Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais Elétricos – Materiais Condutores Características e Classificação Classificação quanto ao peso específico Metais leves: peso específico menor que 4g/cm3. Ex: Al, Mg, Be, Na e Ca Metais pesados: peso específico maior ou igual a 4 g/cm3 A) Metais de baixa fusão: ponto de fusão até 1000ºC: Pb, Zn, Sb (antimônio), Sn (estanho) B) Metais de ponto de fusão médio: 1000ºC até 2000ºC: Cu, Fe, Ni e Mn C) Metais de alto ponto de fusão: maiores que 2000ºC: W (Tungstênio), Mo (molibdênio), Ta (tântalo) Materiais Elétricos – Materiais Condutores Obtenção e constituição dos metais puros Materiais Elétricos – Materiais Condutores Metais: Aglomerado de átomos com caráter metálico em que os elétrons da camada de valência fluem livremente Obtenção e constituição dos metais puros Materiais Elétricos – Materiais Condutores Metal puro: metal que não está misturado com nenhum outro tipo de metal, nem com impurezas não metálicas, e não combinado com outras substâncias. Ou seja constituído por átomos de um único elemento metálico. Liga metálica: combinação de dois ou mais elementos metálicos, ou solução sólida, visando formar um outro metal (liga) com características e propriedades desejadas. Obtenção dos metais puros Quase impossível de serem encontrados na natureza, geralmente são obtidos através de processos químicos e eletrolíticos. Na natureza no estado puro temos os metais nobres: ouro, platina e pequenas quantidades de prata e cobre. A obtenção é um estudo que cabe à metalurgia. Matérias primas: minérios (ligações do metal com o oxigênio, enxofre, sais, ácidos). Materiais Elétricos – Materiais Condutores Obtenção dos metais puros Cada metal possui no estado puro sua própria massa, seu ponto de fusão e suas propriedade físicas. São raramente utilizados por não possuírem características e propriedades que atendam às necessidadede sua utilização. Mesmo após os processos de obtenção, nenhum metal se torna 100% puro. Há sempre alguma impureza. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Obtenção dos metais puros Materiais Elétricos – Materiais Condutores Geralmente os metais estão concentrados em jazidas Geralmente não puros Metal + impureza = Minério A partir do minério passa-se por duas fases distintas: mineração e metalurgia Mineração: colheita do minérios que pode ser a céu aberto ou subterrânea Obtenção dos metais puros Materiais Elétricos – Materiais Condutores Mineração: colheita do minérios que pode ser a céu aberto ou subterrânea Após mineração: separação dos minérios utilizáveis e eliminação de impurezas (areia, argila, organismos, etc) Purificação do minério pode ser feita por processos mecânicos ou processos químicos Obtenção dos metais puros Processo mecânicos: classificação, levigação (impurezas flutuam), flotação (impurezas afundam), lavagem, etc. A calcinação é um processo químico para eliminação de substâncias voláteis. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Processo de Flotação Obtenção dos metais puros A metalurgia tem por finalidade obter o metal puro: redução, precipitação química ou eletrólise. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Obtenção dos metais puros: Cobre Principais minérios: CuFeS2, Cu2S, Cu3FeS3, Cu2O e CuCO3.Cu(OH)2. Porcentagem de cobre: 3,5 a 0,5% Principais jazidas: Congo, Estados Unidos da América, Austrália, Espanha, Suécia, Noruega e Chile Materiais Elétricos – Materiais Condutores Obtenção dos metais puros: Cobre Obtenção: Processo Seco: eliminação parcial do enxofre Redução em fornos de fusão através do carbono e aditivos ácidos que irão absorver o ferro. Obtenção de dois líquidos de peso específico diferente: um concentrado (na parte superior) e um composto de cobre ( na parte de baixo) que contém 45% desse metal. Reação química: 𝟐 𝟐 𝟐 Materiais Elétricos – Materiais Condutores Obtenção dos metais puros: Cobre Obtenção: Por via úmida: aplicada em minérios pobres em cobre Processo eletrolítico: 90% de todo cobre obtido mundialmente. Aplica-se ao minério uma solução de enxofre obtendo uma solução de sulfato de cobre. Posteriormente o cobre é deslocado pela ação do ferro. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Obtenção dos metais puros: Cobre Purificação: Para fins elétricos o cobre tem que atingir pureza de 99,9%. Cobre com 94 a 97% de pureza é fundido com certos aditivos. Esse cobre é transformado em placas anódicas e inserido num processo eletrolítico. O catodo é formado de chapas de cobre e o eletrólito de uma solução de sulfato de cobre com acidificação por enxofre. Assim todo cobre do anodo se transfere para o catodo ficando as impurezas (Fe, Co, Zn) Restrição: Cobre obtido por esse processo não pode ser laminado necessário a utilização de sua fusão (formação de lingotes) Materiais Elétricos – Materiais Condutores Obtenção dos metais puros: Alumínio Principais minérios: bauxita (Al2O3 . H2O) e hidróxido de alumínio [AlO(OH)]. Frequentemente está misturado com impurezas como o ferro. Jazidas relativamente grandes (Brasil): 7% de toda a crosta terrestre é alumínio Apresenta oxidação rápida: grande afinidade com o oxigênio. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Obtenção dos metais puros: Alumínio Obtenção: partindo-se do óxido de alumínio puro (Al2O3) Processo de Bayer: a bauxita, tratada termicamente e finamente moída, é colocada numa solução concentrada de sódio sob pressão e a uma temperatura de 160 a 170ºC. Assim o alumínio do minério se transforma em aluminato de sódio, eliminando o ferro e outros aditivos como a lama. Realiza-se uma filtragem, sendo depois a solução de aluminado misturada com hidróxido de alumínio puro cristalizado. Alumínio dissolvido se separa na forma e Al(OH)2 Após tratamento térmico resulta em Al2O3 puro. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Obtenção dos metais puros: Alumínio Obtenção: O óxido de alumínio é dissolvido a 950ºC em fluorito de alumínio e sódio (Na3AlF6) Processo eletrolítico: anodo é um eletrodo de carbono e catodo é a cuba de aço revestida com carbono internamente. O alumínio que se deposita no catodo é pouco mais pesado que eletrólito em fusão. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais Condutores: Constituição dos Metais Puros Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Constituição cristalina: Disposição de átomos: a) afastamento interatômicos b) forma geométrica Materiais Elétricos – Materiais Condutores Estrutura cristalina Estrutura amorfa Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Representação da estrutura cristalina: através dos núcleos atômicos: Estruturas Cristalinas: formadas por unidades básicas e repetitivas denominadas células unitárias. Célula Unitária: menor arranjo de átomos que pode representar um sólido cristalino. Constituição dos Metais Puros Existem 7 sistemas cristalinos básicos: formas das células unitárias Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Maioria dos elementos metálicos (90%) cristaliza-se com estruturas altamente densas: Cúbica de Corpo Centrado: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Cúbica de face Centrada: Hexagonal Compacta: Questão 01: Os materiais classificados como metais possuem características específicas que os diferenciam de outros tipos de materiais. Cite e descreva cada uma dessas características. Questão 02: Sabe-se que os metais dificilmente são encontrados de forma pura na natureza. Sendo assim, descreva o processo de obtenção de níquel e do tungstênio. Questão 03: Sobre o processo de obtenção dos metais assinale a alternativa correta: a) Denomina-se como metal puro o metal que não está misturado com nenhum outro tipo de metal, nem com impurezas não metálicas, e não está combinado com outras substâncias. Sendo assim, nenhum tipo de metal puro pode ser encontrado na natureza. b) Grande parte dos metais são encontrados como materiais não puros, misturados a alguma impureza (minérios). Devido a isso, após o processo obtenção ainda devem passar por um processo de purificação. Contudo mesmo após todo o processo nenhum desses metais se torna 100% puro. c) O alumínio, encontrado frequentemente misturado com impurezas como o cobre e outros aditivos, se caracteriza por uma grande afinidade com o oxigênio. d) O processo eletrolítico de obtenção do cobre pode ser classificado como um processo seco no qual acontece a eliminação parcial do enxofre. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Sistema de Ligação Atômica dos Metais Formação de um átomo: prótons, nêutrons e elétrons Fonte: infoescola.com Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Sistema de Ligação Atômica dos Metais Tipos de Ligação: Ligação iônica: ligação entre um átomo com número de elétrons superior a quatro com outro átomo com número de elétrons inferior a quatro na camada de valência. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Tipos de Ligação: Ligação atômica: Ligação entre dois elementos eletronegativos. Ligação metálica: ligação entre dois elementos metálicos: tendem a perder ou a ligar os elétrons da camada de valência. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Tipos de Ligação: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Sistema de Ligação Atômica dosMetais Nuvem de elétrons: Facilidade de movimentação Condutividade eletrônica Ligação metálica: ligação entre dois elementos metálicos: tendem a perder ou a ligar os elétrons da camada de valência. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Processo e Curvas de Resfriamento Calor de fusão: energia necessária para a fusão de um metal. Curvas de aquecimento e esfriamento de chumbo puro: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Processo e Curvas de Resfriamento Formação e crescimento dos cristais Gérmens cristalinos: o cristal se forma no processo de esfriamento de uma metal em fusão (átomos com distâncias definitivas entre si) Crescimento: ação de forças entre os cristais – átomos vão ocupando seus lugares na grade cristalina. Nem sempre acontece de forma regular Velocidade de cristalização: eleva-se com um esfriamento mais rápido. Velocidade de cristalização maior Estrutura cristalina mais fina Materiais Elétricos – Materiais Condutores Modificações estruturais Alotropia: certos metais modificam seu reticulado cristalino de acordo com a variação da temperatura. Mudança ou rearranjo na estrutura cristalina decorrente de aquecimento ou resfriamento. Novo esfriamento: mudança de posição do átomo Materiais Elétricos – Materiais Condutores Modificações estruturais Curva de esfriamento de ferro puro: Ponto de solidificação do ferro: 1528ºC Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Modificações estruturais Curva de aquecimento de ferro puro: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Anisotropia Cristalina Características elétricas, mecânicas e outros variam de acordo com o eixo cristalino em que são medidas. As propriedades físicas dependem da direção cristalográfica na qual as medições são tomadas. Escolha do material elétrico está condicionada à escolha do correto ângulo de aplicação dos esforços. <110> <100> <111><100> para as faces <110> para as diagonais das faces <111> para a diagonal do cubo Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Anisotropia Cristalina Valores de resistência à tração em função da posição cristalina Posição Cristalina Resistência à tração [N/mm2] Na aresta 1.46 Na diagonal de superfície 2,01 Na diagonal interna 3,50 Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Processo de Solidificação e Ligas Duplas: Ligas Duplas: são formadas quando dois ou mais metais se misturam e se ligam estruturalmente, permanecendo assim quando solidificam. Esse fenômeno ocorre quando as ligas estão no estado líquido ou no de fusão. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Processo de Solidificação e Ligas Duplas Formação Eutética: Ocorre quando dois metais, no estado de fusão, são totalmente misturáveis entre si formando uma liga plena. Contudo, quando se solidificam se separam novamente. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Processo de Solidificação e Ligas Duplas Estrutura cristalina mista Solução Sólida Participam diferentes tipos de átomos na construção da estrutura cristalina. Metais com mesma grade cristalina e que não apresentem sensíveis diferenças nas distâncias interatômicas. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Principais Defeitos na Solidificação: Bolhas e poros: absorção de grande quantidade gás (oxigênio, nitrogênio, gás carbono). Quanto mais rápidos os processos de esfriamento e a solidificação das paredes externas da peça fundida maior a probabilidade de absorção. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Principais Defeitos na Solidificação: Fissuras: provocadas por um esfriamento rápido ou pela presença de quantidades significativas de materiais que não combinam com o material. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Constituição dos Metais Puros Principais Defeitos na Solidificação: Impurezas: podem ser provenientes de transformações do próprio metal Durante a solidificação formam-se fases sólidas com densidades muito diferentes. Durante a solidificação em ferros fundidos nodulares, forma-se primeiro a grafita (baixa densidade) no metal líquido (maior densidade). Questão 01: Alguns metais tem sua estrutura cristalina modificada quando passam por um novo esfriamento. O que ocorre nestes casos? Explique o que ocorre com o ferro quando este passo por novo processo de esfriamento. Questão 02: Por que se diz que uma liga tem uma formação eutética? Questão 03: Quais são os principais defeitos que podem surgir no processo de solidificação? Cite formas diferentes de se combater esses defeitos. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais com Elevada Condutividade Cobre e suas ligas: Posição de destaque entre os metais condutores Pequena resistividade Características mecânicas favoráveis Baixa oxidação para a maioria das aplicações Fácil deformação a frio e a quente Materiais Elétricos – Materiais Condutores Fonte: http://www.industriahoje.com.br Materiais com Elevada Condutividade: Cobre e suas ligas: O cobre possui cor avermelhada características o que o diferencia de outros metais que geralmente são cinzentos (exceto ouro). O valor da condutividade é proporcional ao grau de pureza do cobre: 61 m/Ωmm2 (obtido em ambiente sem oxigênio). Materiais Elétricos – Materiais Condutores Condutividade elétrica do cobre é influenciada na presença de impurezas, mesmo em pequenas quantidades: P,As,Al,Fe,Sb e Sn. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Liga Condutividade em relação ao cobre [%] Cu +Cd 95 Bronze Bl 0,1% Mn, o resto de Cu 82 Cu>60% 0,8Cd+0,6Sn 50-55 Latão 30 Zn 25 Materiais com Elevada Condutividade: Cobre e suas ligas: O cobre resiste bem à ação da água, de fumaças, de sulfatos e de carbonatos. Carbonato de cobre é especialmente importante na proteção do cobre perante condições do ambiente. É atacado pelo oxigênio do ar, e em presença deste, ácidos e amoníacos podem corroer o cobre: Remoção do óxido de cobre: quimicamente pela aplicação de ácidos como clorofórmio ( não precisa de limpeza posterior e evita corrosão posterior) Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais com Elevada Condutividade: Cobre e suas ligas: Aplicações do cobre: encruado ou duro Usado em casos em que se exige elevada dureza, resistência à tração e pequeno desgaste: Redes aéreas de cabo nu em tração elétrica particularmente para: Fios telefônicos Peças de contado Anéis coletores Materiais Elétricos – Materiais Condutores Aplicações: Estes cabos são indicados para instalações aéreas, aéreas espinadas ou subterrâneas em linhas de dutos. Características: Cabo constituído por condutores de cobre nu, condutor de aço cobreado ou cobre estanhado, maciço, com isolação em termoplástico, reunidos e núcleo protegido por uma capa APL na cor preta http://www.abenpar.com.br Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais com Elevada Condutividade: Cobre e suas ligas: Aplicações do cobre: mole ou recozido Enrolamentos Barramentos Cabos isolados Materiais Elétricos – Materiais Condutores Casos intermediários precisam ser devidamente especificados O barramento de cobre para painel elétrico é um produto de cobre eletrolítico. O cobre é um dos principais condutores elétricos, com isso é utilizado nos painéis para a realização de neutros, terras e fases. Utilizandoo melhor cobre eletrolítico do mercado e seguindo as normas vigentes, NBR 5410, NBR 6524 e NBR 5111. O barramento elétrico para painel elétrico é imprescindível. A instalação e manutenção são de grande facilidade, pois as conexões entre as peças do barramento são realizadas através de parafusos. Fonte: http://www.mceig.com.br Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais com Elevada Condutividade: Ligas de cobre: A escolha da liga deve levar em consideração características elétricas, mecânicas e também fatores econômicos: Bronzes (cobre e estanho): Suportam adições, mais ou menos importantes de chumbo, de zinco e às vezes de níquel. Resistente ao desgaste por atrito Fácil usinagem São ligas elásticas Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais com Elevada Condutividade: Ligas de cobre: Latões (cobre e zinco com adição de chumbo ou alumínio): Latões comuns não são aconselháveis quando forem aplicados em ambientes com problemas de corrosão. Latões de alta resistência possuem excelentes propriedades mecânicas e notável resistência à corrosão. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais com Elevada Condutividade: Cobre e suas ligas: O Cobre é o segundo metal mais usado na eletricidade Nos últimos tempos há uma preocupação permanente em substituí-lo pelo alumínio por motivos econômicos. Considerando a substituição em condutores, mesmo que haja a necessidade de utilizar condutores de alumínio com diâmetro maior o fio de alumínio ainda tem metade do peso do de cobre. Instalações elétricas de aviões. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais com Elevada Condutividade: Alumínio e suas ligas: De forma geral apresenta uma oxidação extremamente rápida. Nesse processo forma-se uma película fina de óxido de alumínio que tem a propriedade de evitar o avanço do processo de oxidação. Essa película protetora apresenta uma tensão de ruptura de 100 a 300 V, o que dificulta a soldagem do alumínio: utilização de pasta especiais. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais com Elevada Condutividade: Alumínio e suas ligas: Alumínio puro: aplicado onde solicitações mecânicas são pequenas Cabos isolados Capacitores Materiais Elétricos – Materiais Condutores Cabos Empacotados Aéreos 11kv 33kv cabo abc sobrecarga https://portuguese.alibaba.com/ Materiais com Elevada Condutividade: Alumínio e suas ligas: Principais ligas de alumínio aplicadas em processos ou equipamentos elétricos: associação do alumínio com Cu, Mg, Mn e Si. Com exceção da liga formada com silício constituem sistemas cristalinos mistos, sensivelmente dependentes das condições de temperatura em que a liga é processada. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais com Elevada Condutividade: Alumínio e suas ligas: Aplicações em eletrotécnica: peso específico pequeno Redução de peso de equipamentos portáteis. Partes de equipamentos elétricos em movimento, promovendo redução de massa, da energia cinética e do desgaste por atrito Peças sujeitas a transporte: facilitação do transporte e da montagem. Estruturas de suporte de materiais elétricos Cabos: redução de peso e consequente necessidade de estruturas de sustentação mais leves. A liga de alumínio com manganês é aplicada em locais com grande probabilidade de corrosão. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Materiais com Elevada Condutividade: Outros metais condutores: Chumbo (Pb) Estanho (Sn) Prata (Ag) Ouro(Au) Platina (Pt) Mercúrio (Hg) Zinco (Zn) Cádmio (Cd) Materiais Elétricos – Materiais Condutores Níquel (Ni) Cromo (Cr) Tungstênio (W) Ferro (Fe) Ligas metálicas resistivas: Ligas para fins térmicos e de aquecimento: Estufas Chuveiro: o nicromo (15%-25% Cr, 19-80% Ni,) sendo o restante Fe) Ligas para fins de medição. Ligas para fins de regulação. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Ligas metálicas resistivas: Ligas de aquecimento: Precisam ter uma elevada estabilidade térmica Possui uma temperatura máxima de serviço, que não pode ser ultrapassada, referida ao ambiente de serviço, geralmente em contato com o ar. Podem romper-se se houver frequentes aquecimentos e resfriamentos, ou frequentes ligações e desligamentos da rede elétrica. Exemplos: • Ligas de Níquel-Cromo: elevada resistividade, elevada resistência mecânica a frio e a quente e elevada estabilidade térmica. • Ligas com teor de ferro de até 20% - fornos elétricos Materiais Elétricos – Materiais Condutores Ligas resistivas: Ligas para fins de medição: Resistores para instrumentos de precisão: Coeficiente de temperatura máximo de 2,5x10-6 ºC. Pequena tensão de contato com relação ao cobre. Resistência praticamente constante. Se tais ligas sofrerem deformação a frio isso pode ocasionar “envelhecimento”. Processo de envelhecimento artificial: estabiliza o material através de um tratamento térmico controlado que elimina tensões internar, estabiliza e homogeneíza os cristais. Exemplos: • Ligas de níquel-cromo : elevada resistividade e baixo coeficiente de temperatura : Nichrome V. • Ligas de ferro-níquel: custo menor que a anterior, menor resistividade e menor resistência à corrosão: Nilvar Materiais Elétricos – Materiais Condutores Ligas metálicas resistivas: Ligas para fins de regulação: Fabricação de reostatos; Resistências de aquecimento para fornos Aquecedores Aparelhos de laboratório. Exemplos: • Ligas ternária de ferro, níquel e cromo: elevada resistividade, pequena variação da resistividade com a temperatura, grande resistência química e propriedade mecânicas capazes de permitirem um funcionamento prolongado a alta temperatura sem deformação excessiva. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Ligas metálicas resistivas: Ligas para fins de regulação: Fios resistentes normalmente revestidos de uma película impermeável e isolante de óxido, a qual permite bobinar resistências com as espiras encostadas: desde que a diferença de potencial entre os pontos vizinhos não exceda 2V. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Ligas com elevada resistividade: Ligas habitualmente empregadas: Liga A (12Ni + 12Cr + 76Fe): Aplicada em resistência de aquecimento à temperatura moderada e reostatos de aquecimento de motores Liga B (36Ni + 11Cr + 53Fe): Aplicada em resistências de aquecimento à temperatura moderada. Aquecimento doméstico, reostatos de motores de tração. Liga C (48Ni + 22Cr + 30Fe) : fabricação de radiadores, fornos de tratamento a altas temperaturas e em aparelhos de medida Liga D (60Ni + 15Cr + 25Fe): mesmas aplicações da liga C. Ligas E (80Ni + 20Cr): radiadores luminosos, fornos de tratamento a altas temperaturas, aparelhos de laboratório e resistências de medidas. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Carbono e Grafite (C): Quando cristalizado no sistema cúbico, o diamante não é condutor de eletricidade Outras variedades de diamantes, que são mais ou menos negras, adquirem esta propriedade quando submetidas a uma temperatura adequada. São classificadas em grafites e carbonos amorfos. Materiais Elétricos – Materiais Condutores Grafite: existe em estado natural Muito mais densa Melhor condutora de eletricidade Oleosa Menos sensível aos agentes químicos que os carbonos amorfos Materiais Elétricos – Materiais Condutores O grafite ou o composto grafite + metais em aplicações elétricas, apresentam algumas características que os diferenciam dos demais compostos normalmente utilizados para o mesmo fim. Algumas delas são: Alto ponto de fusão, evitando que os contatos se fundam, mesmo sob efeito doarco elétrico; Alto coeficiente de transmissão de calor, consequentemente, os arcos e faíscas são apagados rapidamente; Alta resistência à oxidação. Entre as aplicações elétricas de grafite, a principal é a escova de carvão. As escovas de carvão constituem uma das partes mais importantes e sensíveis de uma máquina elétrica, um gerador, motor C.C ou C.A, conversor rotativo, etc. O seu desempenho é imediatamente refletido na eficácia das máquinas que à emprega. Portanto, a correta especificação das escovas é de vital importância. Para que isto efetivamente ocorra, solicitamos informar, além dos dimensionais das escovas, outros dados como: local de utilização, tipo de máquina, características do trabalho (corrente real de trabalho, tensão, rotação), diâmetro e largura dos anéis e comutador, etc. Grafite (C): Materiais Elétricos – Materiais Condutores http://www.graficel.com.br Comparação das principais propriedade de algumas variedades mais recorrentes de carbono: Materiais Elétricos – Materiais Condutores Resistividade 𝝁Ω. 𝒄𝒎 Densidade Carbono amorfo 3200 a 6500 1,98 – 2,10 Carbono Eletrografítico 800 a 1200 2,20 – 2,24 Grafite natural 50 a 400 2,25 Carvão: carbonos amorfos aglomerados e que não constituem grafite natural ou artificial. Aplicações na eletrotécnica: Elementos de resistência Resistência fixa elevada Eletrodos para fornos de arco Escovas para motores elétricos Materiais Elétricos – Materiais Condutores • Transmissão de corrente em muitas aplicações industriais. • Podem ser utilizadas tanto na indústria de papéis e plásticos, hidrelétricas, ¯ usinas termo elétricas bem como em siderúrgicas e fábricas de cimento, bem como em empilhadeiras elétricas. • Fornecem boa condutividade elétrica e térmica, alta resistência à alta temperatura e longa vida útil. Materiais Elétricos – Materiais Supercondutores Materiais Elétricos – Materiais Supercondutores Supercondutor é um condutor ôhmico de resistividade nula, ou, de condutividade infinita. Campo magnético dentro do material é zero (B=0). Normal Supercondutor Materiais Elétricos: Isolantes Condutividade elétrica ~10-01 e 10-16 (Ωm)-1 Densidade de portadores de cargas livres é muito pequena. Portadores de carga nem sempre são das bandas de valência e condução (impurezas – transporte iônico). Aplicação típica: capacitor de placas paralelas. Materiais Elétricos - Isolantes Dielétricos e suas propriedades elétricas Dielétricos ou materiais isolantes: oferecem uma considerável resistência à passagem de corrente. Esse comportamento é baseado em propriedades físicas: Polarização do Dielétrico: Polarização de suas partículas elementares quando sujeitas à ação de um campo elétrico. Polarização: deslocamento reversível dos centros das cargas positivas e negativas na direção do campo elétrico externo aplicado. Materiais Elétricos – Isolantes Polarização de um dielétrico Polarização do Dielétrico: Fechando S se aplica V em C, (não imediatamente) e os elétrons movem-se do terminal -V para a placa inferior, induzindo carga positiva no terminal superior. A corrente inicial, estabelece uma diferença de potencial entre as placas do capacitor: inicialmente existe um regime transitório e logo depois se estabelece um regime estacionário com corrente nula. Materiais Elétricos – Isolantes Materiais Elétricos – Isolantes Polarização do Dielétrico: Polarização do Dielétrico: Capacitor de Placas Paralelas Materiais Elétricos – Isolantes Capacitores e Dielétricos Observação empírica: Inserindo um material isolante (não condutor), entre as placas de um capacitor, o valor da capacitância MUDA. Definição: A constante dielétrica de um material é a relação entre a capacitância com e sem material (vácuo) κ possui valor sempre > 1 (e.g., vidro = 5.6; água = 78) Para aumentar a capacitância utilizam-se materiais isolantes com grande valor de capacitância κ, permitindo o armazenamento de maior quantidade de energia para um dado volume. Materiais Elétricos – Isolantes Materiais Elétricos – Isolantes Materiais Elétricos – Isolantes Materiais Elétricos – Isolantes Materiais Elétricos – Isolantes Processo de Polarização Suscetibilidade dielétrica: medida de quão facilmente ele se polariza em resposta a um campo elétrico. Materiais Elétricos – Isolantes Características de um Dielétrico: Constante dielétrica: A constante dielétrica de um material é a relação entre a capacitância com e sem material (vácuo). Fator de perdas dielétricas: polarização com elevação da temperatura resultado no consumo de energia. Volume reduzido de cargas livres: aparecimento de uma corrente através da seção transversal do isolante quando uma determinada tensão é aplicada. Rigidez dielétrica: É o valor máximo alcançado pelo campo elétrico tolerado pelo material por cm sem que haja uma ruptura. Resistência superficial de descarga: No caso dos isolantes sólidos de muito grande resistividade, a resistência através da sua massa é também elevada, sendo muito pequena a corrente que os atravessa. Ora acontece que, pela acumulação de poeira e umidade na superfície das peças isoladoras, se forma um novo caminho para a passagem da corrente elétrica, o qual se diz ser superficial. Limite de solicitação elétrica: característica de cada material; caso seja ultrapassado ocorre uma modificação geralmente irreversível no material afetando suas propriedades isolantes. Ruptura dielétrica Deformação permanente Modificação estrutural. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Polarização do Dielétrico: Pode ocorrer de duas formas: Isolante constituído por átomos que não apresentam momento dipolar : Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Deslocamento dos núcleos das cargas positivas e negativas Maior quanto mais elevada a intensidade do campo Sem campo externo Átomos voltam à sua posição original: polarização desaparece Duas cargas pontuais de modulo q e sinais opostos, separados entre si de uma distância s (eixo do dipolo), constituem um dipolo elétrico. O momento desse dipolo, , é uma grandeza vetorial de módulo qs, com a direção da reta que une as duas cargas e sentido da carga negativa para a positiva Polarização do dielétrico: Dielétrico constituído de partículas elementares (elétrons, prótons,...) que são dipolos, isto é, dotados de carga positiva e negativa: Materiais Elétricos – Isolantes Sem campo externo Dependendo da estrutura do dielétrico uma polarização pode acontecer Campo externo orienta as partículas Maior quanto mais elevada a intensidade do campo A maioria dos dielétricos apresentam variação linear entre polarização e ação do campo externo, exceto quando há saturação Consequência: qualquer isolante que se localiza entre duas partes condutoras entre as quais existe uma diferença de potencial pode ser encarado como um capacitor, com determinada capacitância. C= capacitância U = tensão aplicada Q= carga Constante dielétrica: ou permissividade relativa 𝟎 Q0= carga do capacitor quando o dielétrico é o vácuo. 𝟎 𝟎 Materiais Elétricos – Isolantes Materiais Elétricos – Isolantes Para um valor constante de tensão: K ou 𝑪 𝑪𝟎 Suscetibilidade dielétrica: medida de quão facilmente ele se polariza em resposta a um campo elétrico S E= campo elétrico J = grau de polarização Relacionando as variáveis , e depois de diversas transformações físicas Formas fundamentais de polarização Polarização eletrônica: deslocamento dos elétrons ligados ao núcleo de um átomo pela ação deum campo elétrico externo. Deslocamento do centro de gravidade das cargas positivas e negativas: dipolo Tempo necessário: 10-13 a 10-15 (Desprezível) 𝑬 - capacidade de polarização , grandeza independente da temperatura Nível de polarização da partícula reduz-se com o aumento da temperatura: dilatação do corpo que reduz o número de partículas por volume Apresenta característica reversível e independente de perdas de energia Materiais Elétricos – Isolantes Constante dielétrica: polarização eletrônica pura 𝟐 𝟐 𝑬 𝑴 n é o número de partículas por unidade de volume (cm3) M é o peso molecular é a densidade da matéria N é a constante de Lorschmidt 𝑬 a capacidade de polarização 𝑴 é o índice de refração molecular (correlação entre eletrotécnica e óptica) Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Polarização Iônica: características dos sólidos cujas partículas são íons Baseia-se no deslocamento dos íons. 𝑰 capacidade de polarização: eleva-se com elevação da temperatura Constante dielétrica: varia no mesmo sentido que a temperatura Com a dilatação do corpo aumenta-se a distância entre os íons diminuindo as forças atuantes entre eles. Tempo de atuação: 10-13 Pequena elevação de temperatura devido às perdas joulicas. Materiais Elétricos – Isolantes Polarização Dipolar: rotação do dipolo de acordo com o campo externo aplicado. Aplica-se a partículas que apresentam característica dipolar Cada dipolo ordena-se no estado livre Com a ação do campo elétrico externo esses dipolos ordenam-se de acordo com a orientação deste em porcentagem maior ou menor As forças moleculares de orientação e posicionamento natural dos dipolos diminuem com o aumento da temperatura (dilatação do corpo) elevando a polarização dipolar. Elevação de temperatura leva a uma maior agitação das partículas Depende de qual efeito será mais forte. Tempo de ação: superior aos demais Dielétricos líquidos e sólidos: resistência à polarização dipolar é muito grande (pode não se completar) Polarização dipolar decresce com o aumento da frequência elétrica ( orientação do campo se modifica em pequenos intervalos de tempo) Materiais Elétricos – Isolantes Polarização Dipolar: rotação do dipolo de acordo com o campo externo aplicado Materiais Elétricos – Isolantes Dipolo instantâneo: elétrons concentram- se mais em uma região, produzindo uma diferença de eletronegatividade temporária. Polarização estrutural: Acontece em corpos com estruturas moleculares mais complexas, como corpos amorfos e sólidos cristalinos polares (vidro). Orientação das estruturas complexas do material perante a ação de um campo externo. Deslocamento de íons, dipolos com aquecimento devido às perdas joulicas. Comporta-se como a polarização dipolar em relação à temperatura. Materiais Elétricos – Isolantes Polarização espontânea: Depende da temperatura e da intensidade do campo elétrico. Provoca perdas joulicas e elevação de temperatura . Mecanismo não bem definido: certas áreas polarizadas de uma estrutura sem a ação de campos elétricos (momentos estatisticamente distribuídos) orientam-se de acordo com um campo elétrico aplicado . Materiais Elétricos – Isolantes Classificação dos dielétricos segundo o tipo de polarização Dielétricos reais sofrem variados tipos de polarização devido à mistura de matérias primas com diferentes características moleculares. O circuito apresentado na figura pode representar um circuito equivalente de um isolante com estrutura complexa ( ação de diversos tipos de polarização quando há aplicação de um campo elétrico). C0 representa capacitância no vácuo do material C e Q – capacitância e carga devidos à polarização (eletrônica, iônica, dipolar ou estrutural) r – resistores equivalentes para as perdas respectivas à cada tipo de polarização R – resistência transversal: dificuldade oferecida à passagem da corrente Materiais Elétricos – Isolantes Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Classificação dos dielétricos segundo o tipo de polarização: Grupo dos dielétricos com predominância da polarização eletrônica: materiais amorfos e cristalinos sólidos, cujas moléculas apresentam ausência ou fraco momento dipolar Parafina, enxofre, polistirol Líquidos e gases: benzol e hidrogênio Grupo dos dielétricos onde se encontram a polarização eletrônica e iônica: isolantes cristalinos com carga iônica compacta: Quartzo, sal, mica e o óxido de alumínio Grupo dos dielétricos que se caracterizam por uma polarização eletrônica e de estrutural: Alguns apresentam polarização iônica Dielétricos orgânicos (celulose, resinas sintéticas, termofixas) vidros e isolantes cristalinos (porcelana e mica) Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Classificação dos dielétricos segundo o tipo de polarização Grupo dos dielétricos com polarização eletrônica e dipolar: askarel, óleo de rícino (produtos líquidos ou pastosos) Grupo dos dielétricos com polarização eletrônica: Sal de seignette Metatitanato de bário. Propriedades de materiais Isolantes: Essas propriedades variam seu valor numérico de acordo com as condições físicas de seu uso (temperatura, umidade, tensão elétrica aplicada). Constante Dielétrica: gases, líquidos e sólidos Condutividade Elétrica Transversal dos isolantes Condutividade Superficial dos isolantes sólidos Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Propriedades de materiais Isolantes: Essas propriedades variam seu valor numérico de acordo com as condições físicas de seu uso (temperatura, umidade, tensão elétrica aplicada). Constante Dielétrica: Gases Varia de acordo com a polarização: apresentam um polarização eletrônica ou uma combinação de polarização eletrônica e dipolar. Gases polares: predomina a polarização eletrônica Polarização pequena: afastamento intermolecular bastante grande Constante dielétrica praticamente igual 1. Constante dielétrica tanto maior quanto maior o raio molecular Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Constante Dielétrica: Gases: Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Gás Constante Dielétrica 𝜺 Raio da Molécula [cm] Polarização Hélio 1,000072 1,12 . 10-8 Não polar Oxigênio 1,000027 1,35 . 10-8 Não polar Hidrogênio 1,00055 1,82 . 10-8 Fracamente polar Argônio 1,00056 1,83 . 10 -8 Não polar Gás Carbônico 1,00096 2,3 . 10-8 Polar Constante Dielétrica: Gases Variação com a temperatura e a pressão: mudança do número de moléculas por unidade de volume A influência da umidade aumenta à medida que a temperatura do ambiente aumenta. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Constante dielétrica do ar em função da temperatura , à pressão constante, quando ar está seco. Temperatura [ºC] 𝜺 +60 1,00052 +20 1,00058 -60 1,00081 Constante dielétrica do ar em função da umidade relativa Umidade Relativa [%] 𝜺 50 1,00060 100 1,00064 Constante Dielétrica: Líquidos: Podem ser constituídos por moléculas polares e não polares Valor da constante dielétrica não é elevado ( geralmente inferior a 2,5) Constante dielétrica varia em relação à temperatura: redução do número de moléculas por unidade de volume (densidade) quando a temperatura aumenta. Líquidos não polares: Líquidos polares: Polarização determinada por um deslocamento nas camadas eletrônicas e orientação dos dipolos na direção do campo aplicado (eletrônica e dipolar). Constante dielétrica maior quando maior o número de moléculas por unidade de volume. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Líquidos 𝜺 Benzol 2,218 Toluol 2,294 Óleo Mineral 2,200 Constante Dielétrica: Líquidos Líquidos polares: Águae Álcool: não são considerados dielétricos por apresentarem elevada condutibilidade apesar de possuírem constante dielétrica elevada. Em relação à temperatura: relação não linear entre a temperatura e a constante dielétrica: A frequência do campo externo também influencia no valor da constante dielétrica: Baixa: 𝜺 possui valor próximo ao valor obtido em corrente contínua Ação de campos alternados: 𝜺 diminui à medida que a frequência aumenta (polarização eletrônica) Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Elevação rápida de 𝜺 - mudança da viscosidade do líquido (𝛆 aumenta) Em temperaturas maiores – movimentação térmica age contrariamente à polarização ( 𝛆 diminui) Constante Dielétrica: Isolantes Sólidos: Podem ter diversas formas de polarização: eletrônica, iônica, estrutural ou espontânea Valores menores de 𝜺 são encontrados em isolantes sólidos não polares (polarização eletrônica pura) O número de moléculas por unidade de volume : variação da densidade pela temperatura também influencia no valor de 𝜺 Isolantes Sólidos não polares: polarização eletrônica Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Sólidos 𝜺 - 20ºC Parafina 1,9 – 2,2 Polistrol 2,4 – 2,6 Diamante 5,6 – 5,8 Enxofre 3,6 – 4,0 Aumento da temperatura provoca diminuição de 𝛆 Constante Dielétrica: Isolantes Sólidos: Isolantes Sólidos com íons como partículas elementares: polarização iônica predominante. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes • 𝜺 aumenta com o aumento da temperatura: redução da densidade e elevação da capacidade de ionização- isolantes cristalinos • Exceto a família dos titanatos e dos dióxidos de titâneo Cristais Iônicos Coeficiente de Temperatura 𝜺 – 20ºC Corindo 100.10-6 10 Sal 150 .10-6 4,3 Rutílio -750 .10-6 110 Titanato de Cálcio -1500 .10 -6 160 Constante Dielétrica: Isolantes Sólidos: Polares com estrutura cristalina ou amorfa e iônicos com estrutura amorfa: Exemplos: resinas polares, baquelite, ebonite, cloreto de polivinila (PVC), goma-laca, celulose e seus produtos derivados e vidros inorgânicos. Tipo de polarização: eletrônica, iônica e de estrutura Classificação: Subgrupo 1: Dielétricos iônicos amorfos Vidros inorgânicos Polarização de estrutura (acontece devido à temperatura) Constante dielétrica relativamente grande (4 a 20) com coeficiente de temperatura positivo 𝜺 aumenta com aumento da presença de íons deslocáveis (metais alcalinos – lítio e sódio) Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Constante Dielétrica: Isolantes Sólidos: Polares com estrutura cristalina ou amorfa e iônicos com estrutura amorfa: Subgrupo 2: Sólidos polares cristalinos e amorfos Celulose Polarização dipolar Grupos polares de moléculas que sofrem bastante influência do campo externo gerando uma agitação térmica. ( temperatura e frequência do campo externo). Subgrupo 3: Sólidos cristalinos com estrutura iônica: SEIGNETTE Metatitanatos de bário e produtos de enxofre Polarização iônica, eletrônica e espontânea Constante dielétrica elevada dependente da temperatura e frequência do campo externo Histerese dielétrica: permanência residual de deslocamentos após a alteração do campo externo. Propriedades de materiais Isolantes: Condutividade Elétrica Transversal dos Isolantes: Dielétricos não são isolantes perfeitos Apresentam uma reduzida condutividade: pode ser desprezada quando os limites de aplicação do material são respeitados Condutividade originada a partir do deslocamento de elétrons e íons A corrente que circula através do isolante: corrente transversal Corrente de polarização: deslocamento retardo de cargas devido à ação da tensão aplicada (Característica reversível). A redução da corrente que passa por um isolante: formação de cargas espaciais um uma fina camada perto do eletrodos. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Propriedades de materiais Isolantes: Condutividade Elétrica Transversal dos Isolantes: Cálculo da resistência transversal real: considera-se a Lei de Ohm e a corrente de polarização. Cálculo da resistividade transversal: considera-se um corpo de prova plano em forma de placa: A condutividade depende da estrutura do material, do estado físico, da umidade, temperatura e tipo de campo elétrico aplicado. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Propriedades de materiais Isolantes: Condutividade Elétrica Transversal dos Isolantes: Gases: Pequena se a intensidade do campo elétrico é pequena. Se houver corrente será constituída de elétrons e íons livres Ionização de moléculas neutras acontecem por meio de influencias externas (radiação de raios X, ultravioletas e radioativas) ou colisão de moléculas neutras. Caso ocorra um aumento da energia cinética das partículas pela ação do campo elétrico aplicado: o gás pode se comportar como um condutor. Recombinação: associação de cargas positivas e negativas para reestabelecer o equilíbrio de um gás. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Propriedades de materiais Isolantes: Condutividade Elétrica Transversal dos Isolantes: Líquidos: Valor ligado a propriedades físico-químicas do líquido. Líquidos não polares: condutividade depende da presença de impurezas dissociadas à estrutura molecular. Líquidos polares: condutividade em função da própria dissociação de moléculas do líquido Condutividade dos líquidos polares é maior que a dos líquidos não polares. Com elevação da constante dielétrica há a elevação da condutividade. Melhoramento das propriedades de um líquido isolante – Purificação eletrolítica : passagem de corrente através do mesmo por um período relativamente longo: íons provenientes das impurezas dissociadas são atraídos para junto dos eletrodos e são neutralizados (eliminados). Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Propriedades de materiais Isolantes: Condutividade Elétrica Transversal dos Isolantes: Líquidos: Elevação da temperatura provoca elevação da condutividade: redução da viscosidade e aumento da capacidade de movimentação dos íons e do grau de dissociação das moléculas dos líquidos. Perante campos elétricos elevados: isolantes líquidos não obedecem a Lei de Ohm: Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Propriedades de materiais Isolantes: Condutividade Elétrica Transversal dos Isolantes: Sólidos: Depende tanto de elétrons livres quanto dos íons Isolantes sólidos com grade iônica: função dos íons arrancados da grade devido à ação vibratória térmica: Temperaturas altas: íons da estrutura Temperaturas baixas : íons provenientes das impurezas Condução iônica de materiais com estrutura atômica ou molecular: depende dos íons das impurezas. Condutividade elétrica em isolantes sólidos cristalinos com estrutura iônica: considera-se a valência: íons monovalentes tem condutividade elétrica maior do que os de valência maior Em um material formado por cristais: condutividade elétrica depende do eixo de cristalográfico de medição (quartzo) Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Propriedades de materiais Isolantes: Condutividade Elétrica Transversal dos Isolantes: Sólidos: Isolantes cristalinos com estrutura molecular: Enxofre, polietileno, parafina Condutividade influenciada pelas impurezas Materiais amorfos: Condutividade depende de misturas e impurezas Polímeros orgânicos de elevado peso molecular sofrem influência do grau de polimerização (plásticos) ou de vulcanização (borrachas). Isolantes orgânicos não polares (polistirol): pequena condutividade Vidros: condutividade depende da composição e da temperatura Isolantes porosos (mármore, madeira e fibra): resistividadedepende da umidade Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Outro efeito do dielétrico é limitar a diferença de potencial que pode ser aplicada entre as placas de um capacitor. Quando ultrapassado substancialmente, o material dielétrico se romperá originando um caminho condutor entre as placa: Rigidez Dielétrica: é o valor da tensão Vmax necessária para causar o rompimento dielétrico : [V/m] Altos campos elétricos aplicados ao material Número grande de elétrons na banda de condução Aumento significativo da corrente elétrica Aumento das perdas: fusão local, queima ou vaporização do material Rompimento dielétrico Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Depende: área específica, porosidade, defeitos e pureza do material, frequência da tensão aplicada, tempo de aplicação da tensão e condições ambientais ( temperatura, umidade, etc) A rigidez dielétrica de materiais sólidos varia de 0,5 a 105 KV/m Para materiais inorgânicos (mica, óxido de alumínio varia de 2 a 2x106 kV/m Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Algumas origens: a) Arco entre um terminal de alta tensão b) superfície contaminada do isolador ( átomos de impurezas podem doar elétricos para a banda de condução) c) dielétrico que sofreu com modificações químicas ou mecânicas ( capacitores velhos) Materiais Elétricos – Isolantes Materiais Elétricos – Isolantes Materiais Elétricos – Isolantes Materiais Elétricos – Isolantes Os sensores de proximidade capacitivos registram a presença de qualquer tipo de material. A distância de detecção varia de 0 a 20 mm, dependendo da massa do material a ser detectado e das características determinadas pelo fabricante. Materiais Elétricos – Isolantes Célula Capacitiva: Funcionamento: diafragma metálico de medição se move entre duas placas metálicas fixas provocando modificações no valor da capacitância. Entre as placas fixas e o diafragma móvel, existe um líquido de enchimento que funciona como um dielétrico. Materiais Elétricos – Isolantes Célula Capacitiva: Pressão Materiais Elétricos – Isolantes Isolação dos condutores elétricos Histórico Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolação dos condutores elétricos Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolação dos condutores elétricos Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolação dos condutores elétricos Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolação dos condutores elétricos Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolação dos condutores elétricos Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolação dos condutores elétricos Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolação dos condutores elétricos Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolação dos condutores elétricos Isolantes gasosos: ar atmosférico Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: SF6 Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Isolantes Líquidos Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Isolantes gasosos: Óleo Mineral Questão 01: A propriedade fundamental de um dielétrico é a polarização de suas partículas elementares. Qual a definição do processo de polarização? Descreva as principais formas de polarização de um dielétrico. Como os materiais dielétricos são classificados segundo o tipo de polarização (cite exemplos de materiais para cada grupo)? Questão 02: Como é feito o controle de temperatura de transformadores de distribuição. Existe alguma técnica específica aplicada? Questão 03: Cite aplicações do gás isolante SF6. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Exercícios: Conceitos Importantes: Material Dielétrico é eletricamente isolante e apresenta com característica principal a separação de entidades eletricamente carregadas positiva e negativamente, num nível atômico ou molecular. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes O processo de alinhamento de dipolos é chamado de polarização. Todo dielétrico inserido em um circuito elétrico pode ser considerado como um capacitor de capacidade determinada: Capacitor de placas paralelas: Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Materiais Ferroelétricos: Certos materiais não precisam da ação de um campo elétrico externo para que íons se desloquem em seu cristal: Titanato de Bário (BaTiO3) a temperatura inferior a 120ªC que apresenta um estrutura cúbica estável a esta temperatura. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes • Quando o titanato é resfriado abaixo de 120ºC sofre uma transformação de fase ( transformação tetragonal) que o torna um material ferroéletrico. • A estrutura originada é assimétrica possibilitando a formação de um dipolo elétrico. • A temperatura crítica em que ocorre a transformação é conhecida como temperatura de Curie. Materiais Ferroelétricos: Em equilíbrio apresenta seus domínios orientados aleatoriamente: polarização resultante não mensurável. Ao se aplicar um campo elétrico externo: apresentam uma polarização total não nula no material, que aumenta rapidamente com o campo aplicado. Com tudo esse alinhamento é finito e o aumento o campo elétrico aplicado apenas melhora um pouco a polarização. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Materiais ferroelétricos: Temperatura de Curie para alguns materiais: Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Material Temperatura [K] Materiais Ferroelétricos: Dielétricos em capacitores especiais Todos os cristais no estado ferroelétricos são piezo elétricos, contudo alguns materiais não ferroelétricos apresentam piezo eletricidade. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Fonte: http://www.quimlab.com.br/guiadoselementos/bario.htm Materiais Antiferroelétricos: Materiais em que os dipolos elétricos de células unitárias se orientam antiparalelamente: polarização nula Ex: Óxido de tungstênio: WO3 Não apresenta um fenômeno de histerese abaixo de uma temperatura de transição. Aplicação: Construção de varistores: Varistores são elementos que fazem parte do sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica ou de instalações elétricas especiais. Estes dispositivos são amplamente produzidos variando a escala, dependendo de sua aplicação, como dispositivos de baixa voltagem, com poucos grãos, exibindo ruptura de alguns volts, a vários kilovolts como usado em para-raios em rede de distribuição de energia. Materiais Elétricos – Materiais Isolantes Materiais piezelétricos: Deformação mecânica provoca a polarização de determinados cristais. Deslocamento relativo entre os íons no cristal, sem centro de simetria. Materiais piezoelétricos: se contraem ou se alongam quando sujeitos a um campo elétrico, pois o comprimento dos
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