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Resumo Bioetica

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BIOÉTICA E EUTANÁSIA
Bioética nas questões da vida e da morte
Século XXI a morte era vista como tabu ou algo vergonhoso, porém o desenvolvimento da medicina permitiu a cura de diversas doenças e chances de prolongamento da vida. Mas quando se trata de manter uma vida que já esta prestes a acabar, o assunto se torna polemico, e se tornou um dos maiores temores do ser humano atualmente. Ao discutir esse tema surque a questão: é possível escolher como ira morrer? A uma movimentação para buscar maneiras dignas que não apresse a morte (Eutanásia) e nem prolongue o processo (Distanásia), ainda há uma grande dificuldade ao utilizar esses termos.
Atualmente a Bioética vem retomando esse tema, levando a discussão e levantamento de questões partindo de princípios importantes como: beneficência, dignidade, competência e autonomia. No século XX o movimento dos cuidados paliativos retomou, trazendo a ideia de que a morte era algo a ser combatido da melhor maneira visando o bem estar e qualidade de vida da pessoa, mas nem sempre esse processo de prolongamento é um beneficio.
Questôes sobre o fim da vida:
-Tem a pessoa o direito de decidir sobre sua própria morte, buscando dignidade?
-Pode-se planejar a própria morte?
-Os profissionais de saúde, que têm o dever de cuidar das necessidades dos pacientes, podem atender um pedido para morrer?
-Podem ser interrompidos tratamentos que têm como objetivo apenas o prolongamento da vida, sem garantia da qualidade da mesma?
((1995-1996) Whiting deu inicio a pensamentos que podem responder essas perguntas, relatou sobre o encerramento da própria vida, se a escolha é da pessoa e está associada a questões pessoais e religiosas a sua escolha esta dentro da lei, mas há a possibilidade da inconsciência do individuo que torna o assunto ainda mais complexo. Alguns países dão a possibilidade de escrever um testamento feito de próprio punho se há o desejo de não ser mantido vivo em alguns casos.
(2001) Hennezel fala sobre a escolha do testamento quando a pessoa esta é um boas condições de saúde, e durante o processo de adoecimento há a adaptação podendo mudar sua escolha. Também levantou a questão das crianças, elas realmente conseguem expressar seu desejo, e podem controlar sua vontade e se mesmo com poupa idade pode responder por si só. Esse assunto trás variados pontos de vista e opiniões.
A bioética – algumas considerações de ordem geral
(1995) Segre e Cohen a bioética esta dirigida a questões ligadas à vida e à morte, alguns temas foram levantados para discussão do assunto: prolongamento da vida, morrer com dignidade, eutanásia e suicídio assistido.
(1971) O oncologista Potter deu inicio a um conceito interdisciplinar, ciência e estética e escreveu o livro Bioethics – Bridge to the Future em que o assunto abordado era a ciência da vida e a sabedoria prática.
(1985/ 2000) A bioética foi se tornando caráter multidisciplinar interligando ciências sociais, direito, antropologia, psicologia e teologia. Nas ciências da saúde, vem a preocupação com as condutas médicas, chamou de Comitê de Deus a escolha de pacientes que serão submetidos a determinados tratamentos em detrimento de outros (Pessini & Barchifontaine, 1994). Passaram a ter uma grande importância a relação médico/paciente, e na terceira fase das discussões da bioética começam a ter lugar as discussões ligadas a micropolítica da saúde, a economia e a questão dos excluídos (Anjos, 2002).
Na Segunda Guerra Mundial os abusos cometidos pelo nazismo, geram maior discussão com assuntos ligados ao ser Humano, as intenções e o sofrimento causado às pessoas. Comitês de ética zelam por estas condições em vários locais e instituições.
(1994) Pessini e Barchifontaine vincularam a autonomia, beneficência e justiça denominando de trindade bioética.
(1999) Fabbro diz que só se pode falar em exercício de autonomia quando há compartilhamento de conhecimento e informação da equipe de saúde para o paciente oferecendo dados importantes e linguagem acessível para um bom entendimento.
Princípio da autonomia são os cuidados aos doentes, relação paternalista, assimétrica, entre eles e os profissionais de saúde, é essencial que o paciente receba as informações necessárias, deixando claro sobre os procedimentos e ajudando em sua decisão diante das opções existentes em cada situação. 
(1999) Segre tornou necessária uma hierarquização para buscar uma resposta que atenda os que estão sob os cuidados.
O desenvolvimento da tecnologia favoreceu a manutenção e prolongamento da vida, e é necessário o investimento em tratamentos e saber quando interrompê-los, dilemas relativos à eutanásia, à distanásia, ao suicídio assistido e ao morrer com dignidade.(1960) Com o aparecimento dos transplantes, começaram a ser levantadas questões dos limites da vida, mantida com máquinas, fios e tubos.
Vida e morte envolvem vários personagens: pacientes, familiares e equipe de saúde, além da instituição hospitalar e qualquer escolha envolverá todas essas pessoas deixando eles a par dos prós e os contras de cada uma das opções. Toda esta discussão se torna fundamental quando está em jogo a busca da dignidade, não só durante toda a vida, mas também com a aproximação da morte, envolvendo a valorização das necessidades e a diminuição do sofrimento.
(1994) Pessini e Barchifontaine relataram que a pessoa é o fundamento de toda a reflexão da bioética, envolve a qualidade do viver não são somente os parâmetros vitais que estão em jogo, mas sim que não exista sofrimento.
(1998) Engelhardt discute a questão da vida biológica e pessoal e a partir destes pontos de vista, surgem as questões: quando deve ser definido o início da vida; no momento da concepção, na sua evolução, ou na possibilidade de estabelecer relações? E quando termina a vida.
A importância de se pensar numa bioética para o terceiro mundo, na qual a justiça para todos é uma questão importante, é fundamental atender um número maior de pessoas nas suas necessidades, tanto na alocação de recursos, quanto na sua qualidade e magnitude. A teologia tem a sua grande força: a justiça, a solidariedade e a fé.
(2002) Garrafa e Porto trazem a seguinte questão: existe uma ética universal? Em respostas positivas se torna intransponível, pois uma série de valores está presente nas questões que atingem a humanidade, porem o perigo de não ter alguns valores fundamentais como base é de se chegar a um relativismo que, em algumas situações, acaba se tornando inaceitável.·.
Situações específicas voltadas à bioética
Eutanásia ativa: ação que causa ou acelera a morte.
Eutanásia passiva: a retirada dos procedimentos que prolongam a vida. Atualmente não é mais considerada como eutanásia diante de um caso irreversível, sem possibilidade de cura e quando o tratamento causa sofrimento adicional. A interrupção dos tratamentos, neste caso, recebe o nome, de ortotanásia, ou seja, a morte na hora certa - Segundo Maurice Abiven, diretor da Unidade de Serviços Paliativos do Hospital Universitário de Paris, citado por Zaidhaft (1990, p. 120), não há eutanásia passiva, sendo esta uma expressão inadequada. Há, simplesmente, respeito à natureza.
Eutanásia voluntária: a ação que causa a morte quando há pedido explícito do paciente.
Eutanásia involuntária: ação que leva à morte, sem consentimento explícito do paciente. Não deveria mais ser chamada de eutanásia, e sim, de homicídio; com o atenuante de que é executada para aliviar o sofrimento, possivelmente dos cuidadores, familiares ou profissionais.
Suicídio: ação que o sujeito faz contra si próprio, e que resulta em morte.
Suicídio assistido: quando há ajuda para a realização do suicídio, a pedido do paciente. Esta situação é considerada crime, do ponto de vista legal.
Suicídio passivo: deixar de fazer alguma ação, podendo resultar em morte; por exemplo, não tomar medicação. Esta é uma situação muito difícil de ser comprovada. Falar em suicídio sempre implica na necessidade de uma cuidadosa investigação, já que vários fatores podem estar envolvidos nesta ação.
Duplo efeitoquando uma ação de cuidados é realizada e acaba conduzindo, como efeito secundário, ao óbito. Um exemplo é a analgesia e sedação, aplicada em pacientes gravemente enfermos, e podem provocar a morte,
Testamento em vida, vontade em vida (living will): o paciente escreve o seu testamento em vida. Procedimento utilizado quando se trata de um pedido de não ressuscitamento. É um documento legal nos Estados Unidos da América.
procedimento ou para interrupção de tratamento. 
 Pedidos para morrer
Muitas pessoas, em fase final da doença, pedem para morrer. 
Chochinov estudou 200 casos de pacientes em estágio terminal e apenas 8,5% destes pediram que se apressasse a morte. Vários pedem para morrer porque consideram suas vidas insuportáveis, se consideram abandonados e impotentes diante da vida e da morte.
Será que o desejo de morrer está sempre relacionado com sofrimento e depressão? Ou em alguns casos, não é a constatação de que a vida chegou ao fim? A diferença é que, no primeiro caso, os pacientes exalam tristeza e, no segundo, serenidade.
O que é mais complicado nos hospitais não é a morte em si, mas os dramas até a morte, a agonia. É aí que surge a tentação de aliviar o sofrimento, induzindo a morte.
Distanásia é o prolongamento da morte e e na maioria das vezes do sofrimento da pessoa também, invés de ajudar ou permitir uma morte natural, acaba prolongando sua agonia.
Ortotanásia é a morte em seu processo natural recebe uma contribuição do médico para que este estado siga seu curso natural. Invés de se prolongar artificialmente o processo de morte deixa que desenvolva naturalmente.
Eutanásia e o ponto de vista religioso
Eutanásia
Morte provocada por sentimento de piedade à pessoa que sofre antecipando a morte, só ocorrerá quando a morte for provocada em pessoa com forte sofrimento, doença incurável ou em estado terminal e movida pela compaixão ou piedade. Portanto, se a doença for curável não será eutanásia, mas sim o homicídio tipificado no art. 121 do Código Penal, pois a busca pela morte sem a motivação humanística não pode ser considerada eutanásia.
As religiões têm um papel importante para a humanidade, oferecendo acolhimento e reflexão nesses processos, induzindo a uma vida responsável e plena. As principais religiões se posicionam do inicio ao seu fim natural, manifestando-se a favor do cuidado aos pacientes com doença avançada, devendo se preservar a dignidade no adeus à vida, evitando-se o prolongamento artificial e penoso do processo de morrer.

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