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UNIDADE IV

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Prévia do material em texto

Psicologia e 
Percepção das Cores
A cor e suas aplicações
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Rita de Cássia Garcia Jimenez
Revisão Textual:
Profa. Esp. Vera Lídia de Sá Cicarone
5
• Comunicação Visual
• Design de Interiores
• Design de Produto
Para que você tenha um melhor aproveitamento deste material, foi criada uma série de 
itens para ajudá-lo. Além do texto central, veja o PowerPoint narrado e a videoaula, em que 
você terá o mesmo conteúdo apresentado de formas diferentes. O material complementar 
oferece, ainda, indicações de filmes e sites nos quais você poderá encontrar mais informações 
sobre o tema. Além disso, é interessante que você procure observar melhor as cores e sua 
utilização nas áreas de seu interesse. Acredito que, com as informações encontradas aqui, 
você terá condições de analisar melhor qualquer material que utiliza a cor como ferramenta 
de comunicação.
 · A cor como elemento da comunicação visual.
 · A escolha da paleta de cores através de sistemas como o NCS.
 · A importância da cor na criação de composições de 
diferentes áreas.
A cor e suas aplicações
• Design Gráfico
• Cinema
• Arquitetura
6
Unidade: A cor e suas aplicações
Além de entender a teoria das cores, conhecer as simbologias e suas origens na história da 
arte, é fundamental observar as cores aplicadas em materiais, produtos e projetos de todos os 
tipos nas diversas áreas da comunicação visual. É observando e analisando que você poderá 
compreender a importância da cor e saber, na prática, o que funciona e o que não funciona. 
Observe os exemplos apresentados e, se possível, busque mais imagens. Com certeza você irá 
se surpreender com as possibilidades que a cor pode oferecer.
Contextualização
7
Tão importante quanto à comunicação verbal, a comunicação visual transmite ideias, 
sensações, emoções, através da organização de seus elementos básicos – ponto, linha, forma, 
textura e cor – que geram equilíbrio, harmonia, tensão.
Quando falamos de comunicação visual, estamos nos referindo a imagens. Há indícios de 
imagens datadas de 40.000 anos. Inicialmente, eram totalmente funcionais: na arte rupestre, 
representavam o poder mágico de aprisionar a alma do animal a ser caçado; na civilização 
egípcia, garantiam os prazeres e o conforto para a vida eterna; na Idade Média; serviam para 
divulgar os ensinamentos da nova religião cristã. Seu reconhecimento como arte apenas surgiu 
no Renascimento, quando a genialidade de homens como Leonardo Da Vinci e Michelangelo 
Buonarroti aflorou em Florença, fazendo nascerem os conceitos de arte e artista.
Com o advento da reprodutibilidade das imagens no século XX, os meios de comunicação 
de massa – jornal, televisão, cinema – utilizaram-na de forma expositiva. Milhares de imagens 
passaram a ser vistas pelas pessoas e hoje dominam a comunicação, incorporando conceitos, 
ilustrando temas e informando. 
 
 Explore
Veja o ensaio de Walter Benjamin: A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica. 
http://baixacultura.org/biblioteca/artigos-ensaios-papers/1-1-a-obra-de-arte-na-era-de-sua-reproduti-
bilidade-tecnica/
Como lembra Norval Baitello Júnior:
[...] não se deve esquecer que, na passagem das imagens únicas para as 
imagens reproduzidas, a exuberância da cor se perdeu por algum tempo. E 
seu resgate foi e tem sido fundamental para a preservação de seu fascínio. 
(apud GUIMARÃES, 2004: ii)
Podemos classificar as cores como funcionais e não funcionais. A cor funcional é aquela 
que é utilizada para melhorar a comunicação de um determinado material, produto ou serviço, 
visando incitar uma determinada resposta no consumidor/observador. O termo é aplicado, 
principalmente, em áreas como a comunicação e o design, nas quais nenhum elemento é 
escolhido ao acaso. A cor aparece porque tem uma função importante dentro da composição, 
tanto em relação às questões estéticas como em relação à transmissão de informações diretas ou 
indiretas. Já a cor não funcional, ao contrário, aparece apenas como um elemento de adorno.
Nesta unidade, trataremos da cor funcional e sua aplicabilidade em algumas áreas da estética, 
como a moda, o design - produto, gráfico e interiores - a arquitetura, o cinema e a publicidade. 
Vamos tratar da cor inserida em um material no qual possui funções importantes, como informar, 
atrair, criar uma atmosfera, organizar e ensinar.
Comunicação Visual
8
Unidade: A cor e suas aplicações
Para compreender melhor essas funções, vamos ver alguns exemplos da aplicabilidade da 
cor funcional.
A cor é um elemento fundamental no diálogo entre as placas de sinalização e os observadores 
ou usuários das vias de trânsito. As placas de trânsito foram criadas para informar, alertar, 
identificar e orientar os condutores, segundo uma padronização de formas, símbolos e cores. No 
caso, a escolha das cores foi pensada para orientar as pessoas quanto ao tipo de informação a 
ser comunicada, diante do impacto causado por elas.
 Sinalização de Regulamentação
A cor vermelha indica uma ordem! PARE!
 Sinalização de Advertência
A cor amarela indica ATENÇÃO!
 
Sinalização de Identificação e 
Orientação
 A cor verde ORIENTA.
Educativas e Auxiliares
A cor azul EDUCA E AUXILIA
As cores também são usadas em infográficos 
e mapas para melhor visualizar as informações. 
Por exemplo, no mapa a seguir, as cores são 
utilizadas para melhor identificar as linhas de 
metrô da cidade de São Paulo e informar a 
sequência de estações e suas conexões. 
A cor separa as diferentes linhas de forma 
a oferecer uma imagem organizada e fácil 
de ser lida. O usuário, sabendo a cor da 
sua linha, olha a sequência de estações 
específica de seu interesse, recebendo a 
informação mais rapidamente.
As cores também tornam mais interessantes e atrativas as imagens. Utilizando o contraste, 
detalhes podem ser destacados – áreas e elementos - os quais poderão ser vistos/identificados 
com mais facilidade dentro da composição. 
metro.sp.gov.br
9
Steven Spielberg filmou A Lista de Schindler utilizando apenas o preto e branco, com 
exceção de uma cena, em que uma menina aparece com um vestido vermelho. A história que 
aborda um período do holocausto, quando os judeus sofreram todos os tipos de humilhações, 
é retratada, pelo diretor, sem cor, o que lhe confere uma atmosfera de tristeza e melancolia. O 
filme apresenta Oskar Schindler, um empresário que salvou a vida de muitos judeus como uma 
esperança no meio de tanto desespero. A cor vermelha do vestido da menina, além de destacá-
la do restante, coloca-a como o elemento visual dessa esperança.
Pôster de divulgação e cena do filme A lista de Schindler de 1993. Ver site oficial do filme.
O efeito de destaque resulta de uma composição que utilizou o contraste de cores. A cor 
vermelha, forte e vibrante, sobre um fundo de tonalidades cinza, chama a nossa atenção e 
confere significado à cena.
O contraste simultâneo é aquele que se dá a partir da interação de uma determinada cor com 
outras. A percepção dessa cor mudará conforme a aproximação de outras cores. 
Como enxergamos um vermelho? Certamente o perceberemos de formas diferentes sobre um fundo 
branco, preto e dentro de uma escala de tons de cinza.
 Na hora de escolhermos um tom para uma determinada composição, teremos que pensar 
na cor de fundo e naquelas que estarão próximas a ela.
O planejamento da cor deve levar em consideração vários fatores: área, objetivo do material/
produto, público, o contexto, incluindo iluminação e as cores circundantes. 
São infinitas as possibilidades de cores disponíveis tanto no ambiente dos programas gráficos 
como em tintas. Por isso, o profissional - artista, designer, estilista, arquiteto, maquiador - deve 
planejar qual conjunto de cores vai usar em sua composição.Necessariamente, ele terá que 
fazer escolhas e elas deverão ser pautadas conforme o objetivo que se queira atingir.
10
Unidade: A cor e suas aplicações
A primeira atitude a se tomar é fazer uma pesquisa sobre as tendências de mercado - em quais 
cores os segmentos estão investindo e quais as novas cores que estão sendo lançadas. Apesar 
de esse tipo de informação ser importante para todas as áreas, há algumas delas que acabam 
ditando as tendências, até por conta da antecipação que deve haver no planejamento de suas 
coleções, como é o caso da alta costura. Esta área é uma das primeiras a escolher as paletas 
de cores, juntamente com a indústria cosmética e os designers de produtos, que, na sequência, 
transmitem essas informações às outras áreas, como o design de interiores e a construção.
As tendências também são ditadas pelas condições políticas, sociais e financeiras de uma 
sociedade. Em momentos de crise econômica, por exemplo, surge uma tendência por cores 
neutras, que cansam menos, já que sabemos que não poderão ser trocadas rapidamente. 
Segundo Danger, depois da Segunda Guerra Mundial, houve uma preferência pelas cores 
pastéis, uma contraposição às duras condições impostas pela guerra. A escolha de cores fortes e 
exóticas, como o laranja, o roxo e o amarelo, pode ser ditada tanto pela boa situação econômica, 
que permite o luxo de se arriscar por uma cor diferente, como pela moda, que dita o status de 
ser atual. É por isso que o planejamento inclui uma pesquisa bastante séria e profunda sobre 
todos esses aspectos.
Ideias Chave
As tendências da cor não podem ser generalizadas. Em determinado setor, uma cor pode estar no topo 
da lista de preferências, enquanto, em outro, pode estar uma cor totalmente diferente. Atualmente, 
a cor branca passou a ser extremamente atrativa na indústria automobilística para uma parcela 
significativa de consumidores, enquanto, na decoração de interiores, o cinza e o preto tornaram-se 
cores chiques e elegantes para compor uma cozinha.
Pelo fato de haver vários fatores determinantes na escolha da cor, é necessário fazer um estudo 
aprofundado para que se determine uma escala de cores para ser usada na nova campanha 
publicitária, na coleção de moda, no lançamento da nova linha de produtos, etc., buscando 
atingir o maior número de pessoas possíveis dentro do público-alvo.
Depois de tanta pesquisa, vamos em busca de uma 
paleta que apresente harmonia – equilíbrio e simetria 
de porções - entre as cores escolhidas. A soma das 
cores, ao resultar em um cinza médio, proporciona 
um conforto para os olhos. Um guia para orientar 
essas escolhas pode ser os esquemas baseados nas 
cores complementares e na harmonia das cores.
Bergstrom cita o Natural Color Sistem (NCS) 
como uma ferramenta para auxiliar na escolha de 
cores para uma composição harmoniosa. Utilizado, 
em geral, pelos profissionais do design, este sistema 
consiste em um círculo cromático dividido em 
quadrantes no qual as cores são escolhidas dentro 
de três categorias: combinantes, próximas e opostas.
11
Combinantes são composições de cores de um mesmo 
quadrante, como as cores que se encontram entre o 
amarelo (Y) e o vermelho (R).
Próximas são cores que se encontram nos quadrantes 
próximos, como o laranja e os violetas. Ex: cores escolhidas 
entre o Y e o B.
Opostas são de quadrantes opostos, como laranjas e 
verdes. Ex. Cores entre o Y e o R e entre o G e o B.
No livro O guia completo da cor, Fraser e Banks oferecem outro esquema: 
Fonte:http://nightcrawlerace.blogspot.com.br/2012/05/arquitetura-decoracao-cores-aprenda.html
1. Esquema monocromático – nuanças e tonalidades 
de uma mesma cor.
2. Esquema análogo – duas ou mais cores situadas lado 
a lado no círculo cromático.
3. Esquema triádico – três cores igualmente espaçadas 
no círculo cromático.
4. Esquema complementar – duas cores opostas no 
círculo cromático.
Você Sabia ?
Que a escala de cores Pantone (PMS) foi criada pela empresa Pantone Inc. para que os 
designers pudessem indicar as cores corretamente para a produção dos materiais? Como 
podemos nos equivocar visualmente quanto à cor, criou-se uma escala de cores impressas 
indicadas com um número identificador. Assim, através desse código, a gráfica usará a cor 
exata indicada pelo profissional.
Vamos ver, a seguir, algumas informações sobre a cor em algumas das áreas que utilizam a 
comunicação visual para transmitir informações e conceitos através da cor.
1 2
3 4
12
Unidade: A cor e suas aplicações
Design de Interiores
As cores são determinantes nas decorações de ambientes. Entre as medidas de manutenção 
ou reorganização dos elementos de uma casa, a pintura das paredes é a mais comum, simples 
e transformadora. A indústria de tintas investe fortemente em novas paletas de cores para 
atrair consumidores que desejam mudanças e querem estar atualizados com as tendências de 
mercado. Em geral, é a cor das paredes que determinará as cores dos objetos e mobiliários do 
projeto de decoração.
Para Pensar
Se as cores podem nos afetar sensivelmente, como a psicologia da cor diz, imagine o impacto de 
um ambiente ou de uma parede inteira de uma determinada cor...
A cor nos ambientes pode criar sensações de aconchego, de seriedade, de luxo, de frieza, de 
limpeza. O importante é encontrar a cor adequada para cada lugar, que, naturalmente, tem uma 
função ou talvez um problema.
Imaginem, por exemplo, um espaço debaixo da escada da sala. Naturalmente, ele será 
desprezado por ser pequeno e baixo, mas se colocarmos uma iluminação adequada e uma cor 
clara, junto de alguns objetos, ele poderá ganhar uma função e passar a ser atrativo.
Existe um aparelho chamado colorímetro capaz de identificar a cor de qualquer 
objeto. Sua aplicabilidade é ampla, podendo ser utilizado em lojas de tintas para 
reproduzir a cor de um determinado objeto, usado para caracterizar e corrigir as 
cores de monitores de vídeos e para calibrar impressoras fotográficas e, ainda, 
utilizado por cegos para o reconhecimento específico das cores.
As cores e os ambientes
Não deve ser usado em grande quantidade 
em pinturas de casa ou ambiente de trabalho, 
mas, se usado de forma sensata com outras 
cores, ele se torna imponente e agrega certa 
sofisticação ao ambiente.
http://www.closetcozinhaecia.com.br/wp-content/uploads/2012/03/
Cozinha-4.jpg
13
O designer aplicou a cor preta em alguns pontos estratégicos da cozinha, trazendo 
sofisticação para o ambiente sem deixá-lo pesado. Para quebrar o preto e o branco, 
adicionou banquinhos, de formato moderno, na cor vermelha para tornar o espaço mais 
arrojado através do forte contraste.
É uma cor sofisticada e muito usada tanto 
pelos designers como pelas pessoas em 
geral por dar ao ambiente certa sofisticação, 
ampliar os espaços e transmitir uma sensação 
de limpeza. Porém, é importante observar 
que um ambiente todo branco pode causar 
uma sensação de frieza e cansaço, além de 
não dar profundidade.
A cor branca faz com que o ambiente ganhe uma aura de delicadeza e suavidade, 
mas também deixa todos os objetos apagados dentro desse cenário. Nada se destaca e 
parece faltar vida. 
Essa cor estimula a curiosidade, a 
criatividade e o otimismo e, por isso, torna-se 
eficaz em ambientes como salas de estudos, 
trabalho e criação. É uma cor moderna e 
atrativa e, por isso, pode também ser aplicada 
em outros ambientes, mas com moderação 
já que é uma cor muito forte e vibrante, 
constituída de amarelo e vermelho.
Apesar de ser muito forte, o laranja, quando puxado para a cor coral, ganha sofisticação. A 
dica é combiná-la com cores neutras, como o preto, branco e cinzas.
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu2/foto/0,,62737049,00.jpg
http://quintaldicasa.blogspot.com.br/2013/01/usando-cor-laranja-na-sua-casa.html
14
Unidade: A core suas aplicações
Estimula a organização, concentração e 
discernimento e, por isso, é indicada para 
ambientes de trabalho e salas de reunião. 
Por ser uma cor sóbria, é associada ao 
conservadorismo, trazendo sofisticação e luxo 
para qualquer ambiente.
Apesar de ser uma cor muito escura, ela 
também é neutra. Normalmente, essa cor já 
aparece nas decorações em móveis e pisos, mas 
pode ser utilizada de maneira mais audaciosa, 
como na pintura de uma parede e combinada 
com cores como azul e amarelo.
Design de Produto
A principal função dos designers de produto é desenhar 
produtos para que atendam, de forma eficiente, seus usuários 
através de um formato que seja, ao mesmo tempo, funcional, 
anatômico e arrojado. Apesar de a forma ser o centro das 
atenções, a cor também é um elemento importante. Vamos 
ver como alguns dos mais importantes designers da história 
trabalharam esse elemento.
No começo do século XX, a única preocupação dos designers 
era a forma que os produtos deviam ter para atender melhor 
aos consumidores. Foi apenas a partir de 1930 que os produtos 
industrializados começaram a ter suas aparências valorizadas 
através da cor. O designer Raymond Loewy (1893-1986), por 
exemplo, investiu no cromo por ser um material que reflete 
sofisticação, modernidade e que tem o poder de refletir as cores 
circundantes. 
Verner Panton (1926-1998), um dos mais importantes designers 
do século XX, criou uma série de móveis com um design futurista 
de cores vibrantes, nos anos de 1960, produzidos pela fábrica de 
móveis suíços Vitra.
http://www.decoracaocomdesign.com/decoracao-marrom-bombom/
Apontador de lápis, 1933. - 
Artjabber.com
Cadeira Panton Stuhl, 2007 Sailko - 
commons.wikimedia.org
15
O designer milanês Ettore Sottsass (1917-2007), líder do 
movimento Mênfis, nos anos de 1980, utilizava também cores 
fortes e vivas, como as das máquinas de escrever coloridas feitas 
para a empresa italiana Olivetti.
Nos anos de 1990, a Apple Computers lançou uma máquina 
com formas orgânicas e de material translúcido e colorido que 
dava humor aos computadores beges e de design austero dos 
anos de 1980.
Atualmente, vemos uma variedade de tendências de mercado 
na área de produto. A Apple, hoje, aposta em equipamentos 
brancos e prata, mais voltados para a sofisticação e a tecnologia. 
A cor prata também passou a ser a preferida das pessoas para 
os eletrodomésticos, como geladeiras e fogões, tornando as 
cozinhas mais Hi-Tech. Mas as cores fortes e vibrantes ainda são 
sinônimo de modernidade. Desde objetos comuns de plástico, 
como borrifadores de água, até objetos de design arrojado 
utilizam cores atrevidas.
Thinkstock.com
Design Gráfico
Todos os dias chega a nós uma quantidade enorme de impressos de divulgação de serviços e 
produtos. Na maioria das vezes, pegamos, mas também descartamos na primeira oportunidade. 
Para Pensar
O que torna um impresso mais atraente que outro? O que nos faz parar e olhar para um desses impressos? 
Esse é o grande desafio dos designers da atualidade. Criar um material que se identifique 
com seu público-alvo e que, ao mesmo tempo, seja inovador. 
Máquina de escrever Valentine para a 
Olivetti. - commons.wikimedia.org
IMac da Apple Computers 1998.. 
-Stevesonian.com
16
Unidade: A cor e suas aplicações
A cor é um elemento importante, porque, de imediato, informa o tipo de produto. Aqueles 
ligados a produtos da natureza, como os de beleza e farmacêuticos feitos com elementos naturais, 
usarão em maior quantidade os tons de verde. Já as agências de viagens vão preferir cores 
como laranja e vermelho para divulgar pacotes para países exóticos como a Índia e a Tailândia.
As capas de livros devem ser cada vez mais interessantes e atualizadas dentro das megastores, 
onde se encontram milhares de livros lado a lado. Não há receita, mas é o caso de se usar 
o bom senso, o referencial estético e uma boa dose das tendências de mercado. Blocos de 
uma única cor, barras, tarjas coloridas e imagens de cores significativas podem ser elementos 
decisivos na escolha de um produto, em detrimento de outro, em uma livraria.
Antigamente, as capas de revistas eram desenhadas e pintadas pelos ilustradores e designers, 
mas, posteriormente, essas ilustrações foram substituídas pela fotografia e as formas pelo 
conteúdo, o que não implicou em uma perda do poder da cor para as composições.
Na primeira capa da Fortune, Will Burtin (1908-
1972) fez uma composição colorida por meio do 
desenho e da pintura; já, na segunda imagem, 
vemos uma composição feita com uma fotografia. 
Nesse momento, a fotografia passou a informar e 
dar mais dados reais, além de conferir ao material 
certa modernidade através de imagens altamente 
inovadoras, já que fotógrafos da vanguarda artística 
eram chamados para fazer as capas das grandes 
revistas. Apesar das mudanças, a cor continuou 
sendo um elemento de grande importância na 
transmissão de conteúdo.
Na produção de cartazes e na propaganda de produtos, os 
designers, influenciados pelas vanguardas modernas e pelo 
imediatismo que a comunicação devia ter no período da I Guerra 
Mundial, desenvolveram projetos gráficos de grande impacto 
visual e com poucos elementos. As propagandas de Lucian 
Bernhard (1883-1972) para empresas como Stiller, Manoli e 
Priester caracterizaram-se pela simplicidade e precisão gráfica com 
formas de cores chapadas, sendo o produto e a marca o grande 
destaque. Nesse sentido, as cores tinham que ser bem pensadas 
para acentuar e marcar o produto.
Durante a guerra, o cartaz teve uma função muito importante: 
devia comunicar, chamar a atenção para as conquistas, incitar o 
otimismo e convidar a população para o alistamento de forma clara 
e rápida. Para isso, utilizou-se uma comunicação rápida, fácil e cheia 
de simbolismos.
O cartaz ao lado foi produzido para uma exposição de aviões 
capturados. A águia, símbolo do exército alemão, está pousada sobre 
um alvo azul, branco e vermelho, perfurado de balas, indício de uma 
aeronave inimiga, provavelmente americana.
1. Will Burtin.Colônia. Designer 
gráfico e diretor da Furtune
2. capa da revista Vogue com 
fotografia de Irvin Penn
Lucian Bernhard. Propaganda dos 
sapatos da marca Stiller, 1912. 
Julius Gipkens. Cartaz para a exposição - 
De aviões capturados, 1917.
17
As cores informam sobre a natureza da aeronave inimiga, o alvo a ser abatido – o círculo 
vermelho – e o poder da nação de estar sempre de prontidão para proteger seu país contra 
ataques inimigos – o preto remete à sombra de uma águia sempre atenta.
Hoje, praticamente tudo é feito pelo computador. Talvez alguns sketches e projetos rápidos 
sejam feitos na prancheta, mas o restante é criado e finalizado pelo sistema digital. Por conta 
disso, os designers tiveram que compreender como lidar com o novo sistema, inclusive com 
o uso das cores.
Apesar de algumas tentativas, foi apenas em 1990 que foi lançado o primeiro software 
para trabalhar imagens coloridas, o PHOTOSHOP, que até hoje é o mais popular programa 
profissional que temos. Na sequência, surgiu o Ilustrator, que criava desenhos a partir de 
formas coloridas.
Cinema
As cores surgiram no cinema, pela primeira vez, com o filme Le 
manoir du diable (A mansão do diabo), de George Mèliés (1861-
1938), lançado em 1896. Como ainda não conheciam a tecnologia 
para colorir a película, as cenas foram pintadas uma a uma à mão.
Em 1906, os irmãos Charles Urban (1867-1942) e G. Albert Smith 
(1864-1959) inventaram o sistema Kinemacolor, que conseguia aplicar 
duas cores ao filme através de filtros verde e vermelho. 
O pirata negro, 1906. Sistema Kinemacolor de duas cores. - United Artists, 1926
Em 1920, a empresa americana Kalmus desenvolveu uma câmera 
colorida chamada Technicolor, que, inicialmente, separou os vermelhos 
e verdesem duas tiras. Sete anos depois, a empresa conseguiu melhorar 
o processo com uma terceira cor, reproduzindo o espectro de cores 
completo. O primeiro filme totalmente colorido foi Becky Sharp (1935), 
uma adaptação do romance Vanity Fair, de William Makepeace Thackeray.
Le m anoir du diable, 1896. 
George Mèliés.
 Becky Sharp, 1935. 1° fime 
colorido- Pioneer Pictures, 1935
18
Unidade: A cor e suas aplicações
A dificuldade de manusear uma câmera com três tiras fez surgir, em 1950, o Eastman 
color da Kodak, que capturava as três cores em tintas fotossensíveis e as sobrepunha 
sobre um negativo. No entanto, havia um problema: a instabilidade da cor azul, que se 
decompunha com o tempo. Hoje os filmes são gravados em películas, transferidos para o 
sistema digital para ser feita a edição e, em seguida, passados novamente para a película 
para serem exibido.
Como vimos, em A lista de Schindler, a linguagem cinematográfica utiliza a cor para conferir 
significado ao filme, destacando elementos, criando uma determinada aura, reconstruindo uma 
época e reforçando conceitos. 
O filme Ensaio sobre a cegueira (2008), de Fernando Meirelles, uma adaptação 
do romance homônimo de José Saramago, exemplifica bem algumas funções da cor na 
composição das cenas. A história retrata uma epidemia chamada de cegueira branca, uma 
doença que surge inesperadamente e afeta toda a população, fazendo com que as pessoas 
passem a enxergar tudo esbranquiçado. Diante da dificuldade de enxergar, as pessoas 
começam a brigar pelas coisas mais simples, como água e comida. Toda a filmagem é 
tratada com cores brancas ou esbranquiçadas, dando-nos a possibilidade de enxergar tudo 
de uma forma mais próxima à dos personagens. Ao mesmo tempo, retira a cor das coisas, 
assim como o homem é capaz de tornar-se imensamente infeliz (sem cor) ao lhe retirarem 
algo como a visão. 
O diretor Peter Webber conseguiu recriar as cenas das pinturas de Johannes Veermer no filme 
Moça com brinco de pérola (2004). Ele se utilizou dos mesmos elementos – cores, formas, 
luz, objetos - o que conferiu ao filme um verdadeiro mergulho na vida do pintor e na história da 
pintura do Barroco holandês.
 Já as cores fortes e brilhantes dos anos 60 criaram o clima para a série de filmes Austin Powers. 
De 1997, a série, escrita e estrelada por Mike Myers, é uma sátira às grandiosas produções 
cinematográficas, como James Bond e Derek Flint.
Pôster do filme Ensaio sobre a 
cegueira - Miramax Films, 2008
Pôster do filme Moça com brinco de 
pérola - Lions Gate Films, 2003
Pôster da série Austim Powers – 000 
New Line Cinema, 1997
19
Arquitetura
As cores invadiram as cidades nos luminosos de neon que divulgam todos os tipos de serviços 
e atrações. Sem um planejamento adequado, esses elementos poluem as ruas, confundem a 
visão das pessoas sem agregar qualquer tipo de significado às construções dos edifícios.
Segundo Fraser, Rem Koolhaas (1944), fundador do Escritório de Arquitetura 
Metropolitana (OMA), 
Examinando as opções que os arquitetos têm para usar a cor, ele traça uma 
trajetória a partir da tradição modernista, passando pela exuberância dos 
anos 1960 e 1970 e chegando ao minimalismo dos anos 1990, com ênfase 
nas cores dos materiais atuais. 
Segundo Koolhaas, as cores deveriam ser usadas para refletir a função ou status, para 
esclarecer relações espaciais ou para fornecer orientações. 
Trocando Ideias
Ainda que a arquitetura moderna 
se caracterize por não utilizar a cor e 
pelo monocromatismo, vale lembrar 
que existem exceções. O artista e 
arquiteto Antoni Gaudí (1852-1926) 
ficou conhecido por suas construções 
originais e ousadas de elementos 
orgânicos e muitas cores.
Tato Grasso - commons.wikimedia.org
Antoni Gaudí - commons.wikimedia.org
O Centro de Danças Laban, em Londres, é um exemplo de um projeto arquitetônico no 
qual a cor foi pensada para trazer uma contribuição artística, estética e social para o edifício. 
Construído com uma película de plástico translúcido em sua superfície, sua parte interna torna-
se parcialmente visível. Durante a noite, transforma-se em um ponto iluminado “contribuição 
para a regeneração do meio ambiente urbano em torno dele” (Fraser, 80).
Laban Dance Centre, London, 2003. Os arquitetos Jacques Herzog e Pierre de Meuron trabalharam em colaboração com o artista Michel Craig 
Martin (Eye of the Storm, 2002. Acrílico÷) - commons.wikimedia.org
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Unidade: A cor e suas aplicações
O fabuloso destino de Amelie Poulain, Direção: Jean Pierre jeunet. Produção: Jean-
Marc Deschamps; Claudie Ossard. 2001, 1222 min. Son., color. [Comédia; Romance. França e 
Alemanha]. Sinopse: Garota jovem e inocente começa observar o mundo ao seu redor e decide 
ajudar as pessoas, quando encontra seu verdadeiro amor.
Veja o traler: https://www.youtube.com/watch?v=kjH6mOILViA
Austin Powers, 000 um agente nada discreto. Direção: Jay Roach. Produção: Demi Moore; 
Mike Myers, Jennifer Todd; Suzanne Todd. Inglaterra, 1997, 94 min. son., color. [Comédia; 
Crime. Inglaterra]. Sinopse: Uma série de filmes de comédia iniciada em 1997, escrita e estrelada 
por Mike Myers no papel-título, dirigida por Jay Roach e distribuída pela New Line Cinema. 
Ela satiriza basicamente as franquias cinematográficas de James Bond, Derek Flint, Alexandre 
Corso, Harry Palmer e Matt Helm e incorpora miríades de outros elementos da cultura pop.
Ensaio Sobre a Cegueira. Direção: Fernando Meirelles. Produção: Nicolas Aznarez; 
Andrea Barata Ribeiro; Niv Fichman; Sonoko Sakai. Brasil. 2008, 121 min. son., color. [Drama; 
Mistério. Brasil]. Sinopse: A história retrata uma epidemia chamada de cegueira branca, uma 
doença que surge inesperadamente e afeta toda a população, que faz com que as pessoas 
passem a enxergar tudo esbranquiçado. Diante da dificuldade de enxergar as pessoas começam 
a brigar pelas coisas mais simples como água e comida. Toda a filmagem é tratada com cores 
brancas ou esbranquiças, dando-nos a possibilidade de enxergar de uma forma mais próxima 
a dos personagens. Ao mesmo tempo, retira a cor das coisas, assim como o homem é capaz de 
tornar-se imensamente infeliz (sem cor) ao lhe retirarem algo como a visão.
http://www.youtube.com/watch?v=exBsufuN2HA
http://www.imdb.com/media/rm2300679680/tt0861689?ref_=tt_ov_i
Moça com brinco de pérola. Direção: Peter Weber. Produção: Andy Paterson; Anand 
Tucker. Londres: Archer Street production; Pathé Pictures International; UK Film Council; Roeser: 
Delux Productions; Luxemburgo: Film Fund Luxemburg; Nova York: Wild Bear Fims, 2003. 
95 min, son., color. [Drama; Reino Unido; Luxemburgo]. Sinopse: Griet (Scarlett Johansson) 
é uma jovem camponesa holandesa que vai trabalhar na casa do pintor Jan Veermer (Colin 
Firth). A garota se torna sua musa inspiradora e personagem principal da pintura Moça com 
brinco de pérola. 
Assista o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=kh2Ag2RurxU
Material Complementar
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BERGSTROM, Bo. Fundamentos da comunicação visual. São Paulo: Editora Rosari, 2009.
DANGER, Eric P. A Cor na comunicação. Rio de Janeiro: Editora Forum, 1973.
GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. A construção biofísica, linguística e 
cultural da simbologia das cores. São Paulo: Annablume Editora, 2004.
GUIMARÃES, Luciano. As cores na mídia. A organização da cor-informação no 
jornalismo. São Paulo: Annablume Editora, 2010.
MEGGS, Phillip B. História do design gráfico. São Paulo: Cosac Naif, 2009.
Referências
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Unidade: A cor e suas aplicações
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000

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