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Fichamento Psicopatologia na Aprendizagem

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO: PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
Luciana Weingartner Pernas Sales
FICHAMENTO: Inclusão Escolar do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais: Contribuições ao Professor do Ensino Regular.
 
Rio de Janeiro
2018
�
Indicação Bibliográfica
Inclusão Escolar do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais: Contribuições ao Professor do Ensino Regular. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1462-8.pdf. Acesso em: 10 maio 2018.
Resumo
Esse fichamento é sobre o artigo “Inclusão escolar do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais: Contribuiçoes ao Professor do Ensino Regular”, cujo objetivo é possibilitar aos professores do ensino regular reflexão sobre a inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, através de estudos, discussões, mostrando um pouco da história da educação especial e das políticas adotadas sobre o assunto no Brasil. O artigo mostra as especificidades de cada necessidade educacional especial e relaciona contribuições que auxiliarão o professor a trabalhar com esses alunos.
É mundial, todos falam sobre inclusão escolar na rede regular de ensino, as escolas passam a ser obrigadas a acolher e matricular alunos com necessidades educacionais especiais, porém apenas o acolhimento não é suficiente, eles precisam ter condições de aprender e desenvolver suas potencialidades. Por isso, faz se necessário um sistema de ensino eficaz que garanta a permanência de todos os alunos, garantindo a intencionalidade pedagógica, a qualidade do ensino e o desenvolvimento integral do indivíduo. Para isso é de suma importâcia que os educadores sejam qualificados no que tange as necessidades educativas de todos, sejam esses deficientes ou não, seguindo os fundamentos da Educação Inclusiva que afirma que a educação de qualidade é para todos e que deve haver respeito as especificidades de cada aluno. 
A história mostra que o processo de inclusão percorreu diferentes fases em diversas épocas e culturas. Na Grécia, na Idade Antiga, as crianças que nasciam com deficiência eram abandonadas ou até mortas. Na Idade Média, pessoas com deficiência eram marginalizadas, tidas como inválidas, perseguidas e mortas; por isso, as famílias preferiam privá-las da vida comunitária e social, escondendo-as. 
Por volta do século XVIII, no Brasil, o atendimento aos deficientes restringia-se a uma visão assistencialista, ofereciam abrigos e alimentos, nas Santas Casas, com raríssimas exceções de crianças que participavam de algumas instruções com outras crianças ditas normais. No século XX, a concepção passou a ser médico-pedagógica, centrada nas causas biológicas da deficiência. Com o avanço da psicologia, surge a psicopedagogia, valorizando a importância da escola e as técnicas e métodos de ensino. No início do século XXI, os estudos de Educação Especial avançam no Brasil. As atitudes sociais marcantes, com relação ao tratamento dado às pessoas com deficiência, no país, são três: marginalização; assistencialismo; ambos com total descrença no potencial desses indivíduos; e educação/reabilitação, acredita-se na mudança e no desenvolvimento das pessoas com deficiência, iniciando a preocupação com a educação. 
Já no processo de inclusão/integração educacional ocorrem quatro fases ao longo da história, são: exclusão, pessoas com deficiência ou necessidades especiais eram rejeitadas e ignoradas pela sociedade; segregação, eram separadas de suas famílias e recebiam atendimentos em instituições religiosas e filantrópicas, assim surgiram às escolas especiais e os centros de reabilitação; integração, eram encaminhadas para escolas regulares, classes especiais e salas de recursos, após participarem de testes de inteligência; e a fase atual que é a de inclusão, aonde as pessoas com necessidades especiais são inseridas em classes regulares, o ambiente físico e os procedimentos educativos devem ser adaptados para elas, observando suas necessidades. 
Desde a década de 40 o Brasil sofre influências dos movimentos e declarações internacionais. A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas produziu vários documentos internacionais, dentre eles destacam-se: Declaração Universal dos Direitos Humanos; Declaração Mundial Sobre Educação para Todos e “Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem”; Declaração de Salamanca; Convenção da Guatemala; e a Declaração de Montreal. 
Para se construir uma verdadeira sociedade inclusiva é preciso cuidado com a linguagem utilizada, pois é através dela que se expressa respeito, aceitação discriminação ou preconceito às pessoas ou grupos, conforme suas características. O uso incorreto de um determinado termo ou palavra pode causar dificuldades ou demora, para as pessoas em geral e os profissionais mudarem seus conceitos, comportamentos, raciocínios e conhecimentos com relação às pessoas ou grupos considerados como “diferentes”. 
No Brasil ocorrem tentativas de definir terminologias corretas para que não ocorram práticas discriminatórias. A expressão “necessidades educacionais especiais” surgiu para amenizar efeitos negativos ao distinguir os indivíduos em suas singularidades, por apresentarem limitações motoras, cognitivas, físicas, sensoriais, lingüísticas, síndromes variadas, altas habilidades etc. tais como: deficientes, excepcionais, incapacitados, superdotados, entre outras. Essa expressão pode ser utilizada para se referir aos jovens e crianças com dificuldades de aprendizagem ou com elevada capacidade, para aqueles com deficiências permanentes ou para aqueles que por alguma razão em determinado momento apresentam baixo rendimento escolar. 
A Política Nacional de Educação Especial define o aluno como portador de necessidades especiais aquele que apresenta necessidades específicas de aprendizagens curriculares, diferenciadas dos demais alunos e necessitam de recursos pedagógicos e metodologias específicas, sendo assim classificados: alunos com deficiência; alunos com condutas típicas e alunos com superdotação/altas habilidades. Ela garante atendimento educacional especializado para alunos com deficiência mental, visual, auditiva, física/neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento (TGD), superdotação/altas habilidades. 
O movimento de Inclusão Escolar propõe levar Educação de qualidade para todos, fazendo cumprir o direito constitucional de todo indivíduo, porém a realidade educacional é bem diferente comparada à legislação; a inclusão não acontece adequadamente, a proposta de educação atual não oferece e nem garante condições efetivamente inclusivas, seria necessário uma maior competência profissional, projetos educacionais melhores elaborados e disponibilidade de mais recursos educacionais. Uma educação de qualidade para todos implica em um redimensionamento da escola, em uma mudança de paradigma, aonde não deve ocorrer apenas aceitação, mas a valorização das diferenças, resgatando os valores culturais, fortalecendo a identidade individual e coletiva, respeitando o ato de aprender e construir. 
	O desafio da escola hoje é trabalhar com a diversidade, já que cada aluno possui característica própria, conjunto de valores e informações que os tornam únicos, cada um com seu ritmo de aprendizagem. A escola atual precisa construir um novo conceito relacionado ao ensino/aprendizagem, eliminando qualquer tipo de segregação. 
	Com a Lei de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, as necessidades educativas especiais estiveram presente, com a referência comum da responsabilidade do poder público e da matrícula preferencial na rede regular de ensino, com os apoios especializados necessários. Com a Resolução n.2/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, o sistema de ensino deve matricular todos os alunos, cabendo as escolas a organização referente ao atendimento aos aprendentes com necessidades educacionais especiais, assegurandocondições necessárias para educação de qualidade para todos. 
	As escolas, em sua maioria, possuem o conhecimento sobre a inclusão e da obrigatoriedade da garantia de vaga para alunos com necessidades educacionais especiais, porém a ausência de definições mais estruturais acerca da educação especial e dos suportes necessários a sua implantação, acabam dificultando a inclusão de fato. As condições de trabalho e a limitação profissional, o número elevado de alunos por sala, a infra-estrutura inadequada, profissionais despreparados para ensinar “alunos atípicos”, são desafios para inclusão, apenas a legislação não irá garanti-la, mudanças no contexto sócio-econômico são necessárias. 
O projeto de inclusão já começou e não se trata de desativar o que está funcionando, mas de buscar alternativas que possibilitem esse novo modelo de escola. A educação inclusiva além de favorecer os alunos com necessidades educacionais especiais, também contribui para que os demais adquiram atitudes de respeito e compreensão com relação às diferenças, além de todos receberem uma educação diferenciada e ter a disposição mais recursos.
	É de suma importância para todo processo de inclusão que: os professores saibam lidar com todos os alunos e que consigam desenvolver um processo de ensino/aprendizagem incluindo todos, para isso a capacitação é de suma importância; mas para que a inclusão realmente aconteça, possibilitando o resgate de cidadania e ampliando as perspectivas existenciais dos alunos com deficiência, não basta apenas cursos para professores e a criação de leis, ou a obrigatoriedade de matrícula, essas são medidas essenciais, porém não são suficientes. 
Incluir pessoas com necessidades educacionais especiais em escolas regulares exige uma grande reforma em todo o sistema educacional. Algumas medidas a serem adotadas são: a adequação do currículo; a modificação da forma de ensinar; novas metodologias e avaliações; o desenvolvimento de trabalhos em grupo; e a adequação de estruturas físicas; garantindo não só o desenvolvimento da aprendizagem, mas o desenvolvimento integral do indivíduo. O desafio para o professor é grande e muitos estão despreparados, mas cabe a ele contribuir para que aconteçam transformações e essas iniciarem uma inclusão escolar possível.
Segundo o MEC, as adaptações curriculares são respostas educativas dadas pelo sistema educacional, favorecendo todos os alunos, sem exceção. Sua implantação é em sua totalidade realizada pelo trabalho docente, entre essas adaptações estão: a criação de condições físicas, materiais e ambientais na sala de aula; favorecer a comunicação e a integração do aluno com a comunidade escolar; permitir a participação do aluno em todas as atividades; lutar para adquirir o material e os equipamentos necessários para o aluno; realizar adaptações em materiais de uso comum em sala; permitir sistemas alternativos de comunicação; colaborar na eliminação de sentimentos de baixa auto-estima, inferioridade ou fracasso; realizar um trabalho de conscientização com os alunos a fim de mostrar a importância da convivência com a diversidade e o respeito às diferenças; entre outros.
	Para que o processo de inclusão seja eficaz deve se repensar a escola e as suas práticas pedagógicas, beneficiando alunos e professores, não existem modelos pedagógicos prontos e nem diretrizes que transformarão a escola tradicional em uma inclusiva e de qualidade para todos. Cada escola, cada turma, cada professor, cada aluno possui suas especificidades e realidades diferentes, é possível criar adaptações que possam contribuir de forma simples, prática e abrangente às diversas situações, dificuldades e necessidades especiais existentes nas escolas.
	Existem adaptações sugeridas cuja referência principal é o Projeto Escola Viva: Garantindo o acesso e a permanência de todos os alunos na escola, produzido em Brasília no ano de 2000, pelo Ministério da Educação/Secretaria da Educação Especial. Na tabela, abaixo, podem ser visualizadas algumas adaptações que devem ser realizadas para atender as necessidades especiais, de acordo com a deficiência apresentada pelo aluno:
	Deficiência Visual
	Surdos ou com deficiência auditiva
	Deficiência mental/intelectual
	Deficiência física
	Altas Habilidades
	TGD
	Explicar verbalmente o material visual para o aluno entender a atividade.
	
Utilizar tablado, softwares educativos, treinador de fala e etc.
	Criar conflitos cognitivos, desafiando enfrentamentos e avançando a compreensão.
	Utilizar pranchas para escrita, presilhas,suporte para lápis, etc.
	Estimular a utilização de processos cognitivos complexos.
	Individualizar o ensino, se necessário, norteado por um Plano de Ensino.
	Facilitar a locomoção e o deslocamento, proporcionando independência.
	Posicionar bem o aluno para que veja os movimentos orofaciais.
	Posicionar o aluno para melhor receber atenção do professor.
	Posicionar o aluno, facilitando o deslocamento.
	Estimular independência do aluno.
	Estabelecer limites de convivência.
	Oferecer suporte físico, verbal e instrucional, referindo-se à orientação espacial.
	Usar a escrita e materiais visuais, favorecendo a compreensão das informações abordadas verbalmente.
	Estimular o desenvolvimento de habilidades de comunicação interpessoal e de autocuidado.
	Utilizar textos escritos complementados por outras linguagens e sistemas de comunicação como a fala e os desenhos.
	Estimular a leitura e a pesquisa, e assim extrapolar os conteúdos regulares e seguir o próprio ritmo.
	Criar condições de expressar verbalmente e de outras formas os sentimentos
	Aumentar o tempo para realização das atividades e provas.
	Usar sistemas alternativos de comunicação, como leitura orofacial, linguagem de sinais, linguagem gestual e etc.
	Estimular a atenção nas atividades escolares.
	Utilizar equipamentos ou recursos disponíveis que favoreçam a comunicação dos impedidos de falar.
	Estimular o envolvimento em atividades cooperativas.
	Identificar melhores maneiras de comunicação, fazendo com que trabalhe com compreensão, prazer e adquira autonomia.
	Evitar uma avaliação diferente, pois pode ser considerado discriminatório.
	
Fornecer cópia, com antecedência, dos textos, para o aluno conhecer a aula que será realizada.
	Estimular a autonomia.
	Identificar se apresentam, também, deficiência mental, para que as respostas educacionais sejam satisfatórias 
	Incentivar a comunicação interpessoal.
	Relacionar o que está sendo ensinado com a vida do aluno, quando possível.
	Fazer uso de sorabã, reglete de mesa, máquina de datilografia Braille, textos Braille, do Virtual Vision, da lupa eletrônica, de gravador, de computadores com jogos pedagógicos, carteiras reclináveis, e etc.
	Falar de forma clara, não exagerar no tom de voz e evitar ficar de costa quando falar, muitos surdos lêem os movimentos dos lábios, por isso deixe a boca sempre visível.
	Encorajar interações com o ambiente e relações sociais estáveis.
	
	Estimular o respeito por todos os seres humanos.
	Informar previamente as ações e os acontecimentos para que a ansiedade seja reduzida, estruturando o uso do tempo, do espaço, dos materiais e a realização das atividades.
	Aumentar o contraste das cores, usando cores como branco e preto.
	Ao utilizar quadro ou materiais audiovisuais, primeiro mostre os materiais e depois explique.
	
	
	
	Desenvolver a consciência corporal, realizando atividades que a possibilidade de sucesso seja maior do que a de fracasso.
O artigo também descreve sobre algumas dicas de convivência que podem ajudar no dia a dia com pessoas com deficiência visual, algumas são: toque no braço da pessoa cega para indicar que está falando com ela; avise quando for embora para não deixá-la falando sozinha; não puxe a pessoa pelo braço, ofereça o cotovelo ou o ombro; use o tom normal de voz para falar com elas; mantenha portas fechadas ou encostadas na parede; seja preciso quando indicar direções, informe metros ou passos; e nãomude posições de móveis sem avisar.
Descreve dicas que podem ajudar na convivência com pessoas surdas que são: acene ou toque no braço para chamar a pessoa surda, se não estiver prestando atenção; pronuncie bem as palavras; não grite; seja expressivo; se não entender o que está sendo dito peça para que repita, nem sempre elas possuem boa dicção; se necessário, comunique-se através de bilhetes; e mantenha sempre contato visual.
E dicas de como conviver com pessoas com deficiência física: empurre a cadeira com cuidado, evitando acidentes; se for conversar muito tempo com a pessoa na cadeira de rodas, sente-se ou abaixe-se para ficar com os olhos no mesmo nível dela; nunca movimente a cadeira sem pedir; se estiver acompanhando uma pessoa que ande devagar, acompanhe o ritmo dela; mantenha sempre as muletas ou bengalas próximas à pessoa; preste atenção na existência de barreiras arquitetônicas; pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar, fazer movimentos involuntários com braços e pernas, ter dificuldade para falar e apresentar expressões estranhas no rosto; é normal.
Finalizando, o artigo mostra uma pesquisa realizada com os professores e através dela afirma que foi possível constatar várias dificuldades envolvidas no processo de inclusão, com destaque para a falta de formação específica do docente, falta de recursos materiais das escolas, a dificuldade de comunicação ao ensinar, a dificuldade de planejamento, a falta de conhecimento das necessidades educacionais especiais, entre outros. Com relação ao processo de inclusão, a maioria se mostrou favorável, pois acreditam que é através do contato e da interação com outros indivíduos que o aluno aprende e se desenvolve, porém se sentem despreparados. Os professores fazem sugestões para melhorar o processo de inclusão e entre elas estão: a oferta de cursos de capacitação; a reorganização da escola (físico e material); o envolvimento de todos os funcionários no processo; e realizar parcerias com psicopedagogos, neurologistas, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, agentes de saúde e terapeutas ocupacionais.
A atitude do professor é o que mais contribui para a eficácia do processo inclusivo, não é apenas criar leis e a inclusão acontecer, pois inclusão é um processo em que os alunos precisam ter oportunidade de se desenvolver e progredir, não somente em termos educacionais, mas também para alcançar autonomia pessoal, social e econômica. Por isso, a inclusão exige uma mudança não só do professor, mas das escolas, pois esta terá que se transformar para proporcionar um ensino de excelência para todos os alunos e o máximo de acesso para os que possuem necessidades educacionais especiais. Inclusão não é somente matricular alunos com necessidades especiais em classe regular, é dar suporte ao professor e a escola com relação as suas ações pedagógicas.
Após a pesquisa foi realizado um grupo de estudo, aonde foi discutido sobre inclusão, deficiências, termos utilizados na educação especial e contribuições para o professor lidar com alunos inclusos. O resultado deixou evidente que os professores estão cientes que não estão preparados para inclusão e precisam de apoio de especialistas, sabem da importância de uma educação democrática, de qualidade e para todos, mas afirmam que os órgãos competentes precisam tomar providências, incluindo não só os educadores, mas os pais e a sociedade a fim de oferecer a todos os alunos um ensino adequado às suas necessidades específicas. 
Constata-se que a inclusão está longe de ser ideal, longe dos princípios estabelecidos na Declaração de Salamanca, documento de referencia política, que norteia a prática da educação para necessidades especiais e que recomenda que as escolas se ajustem às necessidades de todos os alunos. 
	 
Citações 
Sendo a escola, o espaço primeiro e fundamental da manifestação da diversidade, decorre a necessidade de repensar e defender a escolarização como princípio inclusivo, reconhecendo a possibilidade e o direito de todos que não são por ela alcançados. Desta forma, o movimento de inclusão traz como premissa básica, propiciar a Educação para todos, uma vez que, o direito do aluno com necessidades educacionais especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional (p. 9).
Então a Educação Inclusiva, diferentemente da Educação Tradicional, na qual todos os alunos é que precisavam se adaptar a ela, chega estabelecendo um novo modelo onde a escola é que precisa se adaptar às necessidades e especificidades do aluno, buscando além de sua permanência na escola, o seu máximo desenvolvimento (p. 10).
		Nas palavras de Carvalho, (2004, p. 77): 
A Letra das leis, os textos teóricos e os discursos que proferimos asseguram os direitos, mas o que os garante são as efetivas ações, na medida em que se concretizam os dispositivos legais e todas as deliberações contidas nos textos de políticas públicas. Para tanto, mais que prever há que prover recursos de toda a ordem, permitindo que os direitos humanos sejam respeitados, de fato. Inúmeras são as providências políticas, administrativas e financeiras a serem tomadas, para que as escolas, sem discriminações de qualquer natureza, acolham a todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras...(p. 12).
O desafio colocado aos professores é grande e que parte significativa continua “não preparada” para desenvolver estratégias de ensino diversificado, mas, o aluno com necessidades especiais está na escola, então cabe a cada um, encarar esse desafio de forma a contribuir para que no espaço escolar, aconteçam avanços e transformações, ainda que pequenas, mas que possam propiciar o início de uma inclusão escolar possível (p. 13).
Claro que as dificuldades ainda são muitas, e sabemos que muitas delas não se referem exclusivamente aos alunos com necessidades especiais, mas são problemas existentes já há muito tempo na estrutura educacional do país como um todo. Nesse sentido, a inclusão desse alunado em classes comuns gera novas circunstâncias e desafios, que tendem a somar-se com as dificuldades já existentes do sistema atual, e, por conseguinte, reafirma a idéia de que a inclusão exige profundas mudanças a fim de melhorar a qualidade da educação, seja para educandos com ou sem necessidades educacionais especiais (p. 32).
Comentários
Como visto no artigo muito se evoluiu para chegarmos até a inclusão, o texto separa em quatro fases: a exlusão, a segregação, a integração e a que vivemos hoje, inclusão, aonde as pessoas com necessidades especiais são inseridas em classes regulares, o ambiente físico e os procedimentos educativos devem ser adaptados para elas, observando suas necessidades. 
Não é de hoje que se fala sobre inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino, porém enfrentam-se muitas dificuldades para que ela realmente aconteça de fato; apenas as leis que garantem a matrícula e o acolhimento de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino, ignorando suas necessidades específicas, estão longe de serem suficientes para garantir a tão almejada Inclusão Escolar.
Como visto no texto, o professor é de suma importância para propiciar o início de uma inclusão escolar possível, e a maioria apóia a inclusão por entender que é através da interação que o individuo aprende e se desenvolve, porém muitos se sentem despreparados para ela; oferecer cursos de capacitação são de grande vália mas não o suficiente para resolver, é necessário dar suporte pedágogico à escola e aos docentes. Os órgãos competentes precisam tomar providências, incluindo não só os educadores, mas os pais e a sociedade, a fim de oferecer a todos os alunos um ensino adequado às suas necessidades específicas, independente de suas especificidades. 
A inclusão não pode ser vista como um fato e sim como um processo complexo, que precisa ser analisado, bemavaliado e necessita principalmente de uma profunda transformação na política e no sistema de ensino vigente. Faz-se necessário uma maior competência profissional; a criação de projetos educacionais mais elaborados; um aumento de possibilidades de recursos educacionais; um redimensionamento financeiro dos sistemas e instituições; a implementação de serviços e recursos de apoio complementar, tanto para os professores quanto para os alunos. Não deixando de citar que à valorização das diferenças e da diversidade são os primeiro passos para se começar um processo verdadeiramente inclusivo e para criação de uma escola de qualidade para todos. 
Os alunos com necessidades educacionais já estão nas escolas regulares, é necessário repensar urgentemente o papel da escola, na construção dessa escola inclusiva, para que possam oportunizar condições de independência e autonomia a todos, garantindo a intencionalidade pedagógica, a qualidade do ensino, o desenvolvimento integral do indivíduo, a valorização da pontencialidade de cada um, a permanência de todos os alunos na escola; seguindo os fundamentos da Educação Inclusiva que afirma que a educação de qualidade é para todos e que deve haver respeito às especificidades, eliminando a segregação.
Pom fim, o artigo oferece informações super válidas sobre adaptações que atendem as necessidades especiais em sala de aula e dá dicas de convivência para o dia a dia com pessoas com deficiência; e ainda mostra uma pesquisa realizada e um grupo de estudos com a participação de professores, aonde se discutiu questões básicas sobre o processo de inclusão, as deficiências e as terminologias utilizadas em educação especial e algumas contribuições para o trabalho do professor, ao lidar com o aluno incluso. 
Ideação
Não existe uma receita pronta para tornar uma escola inclusiva, mas começar a pensar em processos educacionais mais centrados no estudante abre alguns caminhos. Na escola inclusiva, a escola se adapta ao aluno, ele é o foco do ensino/aprendizado, o ambiente físico e os procedimentos educativos devem ser adaptados para ele, observando a necessidade de cada indivíduo, a fim de melhorar a qualidade da educação; isso vale para educandos com ou sem necessidades educacionais especiais. 
Não adianta aceitar a matrícula do aluno com deficiência obedecendo à lei e dizer que a escola é inclusiva, inclusão não é apenas aceitação do aluno, mas sim a valorização das diferenças, resgatando os valores culturais, fortalecendo a identidade individual e coletiva, respeitando o ato de aprender e construir, eliminando a segregação; a escola precisa acolher a diversidade. 
Entre os princípios fundamentais da educação inclusiva, está o entendimento de que o acesso à educação é um direito incondicional de todos. A educação inclusiva é educação para todos, todos os alunos ganham com ela, ganham os alunos com deficiência, pois passam a conviver em um ambiente desafiador, provocador, rico em experiências que os incentivem a pensar; e os alunos “normais” por terem oportunidade de aprender com a diferenças do outro, vivenciarem novas formas de construir conhecimento e de se comunicar (libras, braillle, recursos da tecnologia assistiva, entre outros) e, acima de tudo, por terem a oportunidade de vivenciar verdadeiros momentos de colaboração, ajuda mútua e solidariedade, tão necessários para os dias de hoje. Afinal é pela interação que o indivíduo aprende e se desenvolve. 
Ainda existe muito para se evoluir com relação à inclusão, ainda há muito para se fazer, muitos preconceitos precisarão ser vencidos, mudanças sociais, culturais e políticas precisarão ser feitas, é apenas o começo. A inclusão exige profundas mudanças e toda nova mudança apresenta muitos questionamentos, incertezas, dificuldades, inseguranças, tentativas de acertos e falhas, as dificuldades precisam ser eliminadas para dar lugar a uma educação de qualidade. 
Pais, escola, os professores, alunos, governantes, a sociedade em geral, cada um tem o seu papel e todos precisam se unir para promover essa mudança tão importante e imprescindível nas escolas. É necessário que os professores capacitem-se, as escolas precisam se reinventar, quebrar paradigmas e aprender a lidar com as diferenças, garantindo a intencionalidade pedagógica, a qualidade do ensino e o desenvolvimento integral do indivíduo; os alunos precisam ter oportunidade de se desenvolver e progredir, não somente em termos educacionais, mas também para alcançar autonomia pessoal, social e econômica; os governantes precisam enxergar a educação como prioridade absoluta para mudar a realidade social, fazendo com que as leis sejam cumpridas e os recursos estejam disponíveis; a sociedade precisa aceitar a inclusão como o caminho para uma nação mais democrática.
 Há muito a ser discutido, testado, analisado e implantado para que a educação inclusiva e a melhoria da qualidade da educação no Brasil sejam alcançadas, precisamos acreditar; olhando para trás podemos ver muitas conquistas alcançadas, está longe de ser o ideal, porém isso não pode significar conformismo, mas sim motivo de esperança para continuar. É preciso entender a diferença não como algo fixo e incapacitante na pessoa, mas reconhecê-la como própria da condição humana. Quando todos forem vistos como “iguais” não precisaremos mais de inclusão, seremos todos apenas seres humanos.

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