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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ DEPARTAMENTO DE ENG. ELÉTRICA DISCIPLINA DE ELETRÔNICA ANALÓGICA PRÁTICAS DE LABORATÓRIO PROFESSORES: ELETRÔNICA Otacílio da Mota Almeida SUMÁRIO páginas APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................... 1 PRÁTICA Nº 01 – CIRCUITOS COM AMPLIFICADORES OPERACIONAIS ............................ 2 PRÁTICA Nº 02 – APLICAÇÕES PRÁTICAS COM LM741 ......................................................... 7 PRÁTICA Nº 03 – FILTROS ATIVOS ........................................................................................... 12 PRÁTICA Nº 04 – AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA CLASSE A - FAIXA DE OPERAÇÃO .................................................................................................................................... 16 PRÁTICA Nº 05 - AMPLIFICADOR CLASSE B .......................................................................... 22 PRÁTICA Nº 06 - CIRCUITOS COMPARADORES .................................................................... 24 PRÁTICA Nº 07– FONTE AUXILIAR REGULADA A TRANSISTOR COM PROTEÇÃO DE CURTO-CIRCUITO ............................................................................................ 27 PRÁTICA Nº 08 – CIRCUITOS REGULADORES INTEGRADOS ............................................. 30 PRÁTICA Nº 09 – MODULAÇÃO PWM COM LM 555 .............................................................. 33 Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 1 APRESENTAÇÃO A apostila de práticas de Laboratório referente à Disciplina de Eletrônica consiste: edição, estruturação e adequação das práticas do laboratório. As práticas procuram incluir didática, organização e clareza, as quais contornam problemas e dúvidas sugeridas por alunos e professores que utilizaram o material durante os semestres anteriores. Sendo assim, é apresentado o objetivo geral: fortalecer o incentivo ao aprendizado e moldar o perfil do estudante direcionado à área de estudo da eletrônica; e de forma semelhante são apresentados os objetivos específicos: adequar à aplicação prática o conteúdo da disciplina, criar roteiros conforme o conteúdo ministrado semanalmente e impor estrutura lógica na elaboração da prática. Uma organização da estrutura dos roteiros de prática foi estabelecida de modo que um encaminhamento lógico durante a realização do experimento possa ser seguido. Aos alunos, este trabalho pretende contribuir de forma satisfatória no processo de ensino- aprendizagem, de modo que literaturas complementares possam ser utilizada em complementação ao processo de ensino. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 2 PRÁTICA Nº 01 – CIRCUITOS COM AMPLIFICADORES OPERACIONAIS 1. OBJETIVOS O objetivo principal desta prática é levantar e traçar a curva de ganho em freqüência referente à dinâmica de um amplificador operacional (AMP-OP) real e verificar não idealidades. 2. INFORMAÇÃO TEÓRICA Um amplificador operacional ideal é um amplificador de alto ganho, com banda-passante ilimitada. O amplificador operacional real é normalmente construído recorrendo à utilização de sub- circuitos, compostos por transistores TBJ e ou FET como componentes ativos, de modo a reunir em uma única pastilha circuitos elaborados. Algumas limitações de ordem física (ganho infinito, necessidade de correntes ou tensões de polarização, realimentação e não linearidades, entre outros) vão condicionar as características de operação estável. Circuitos de compensação interna são projetados de modo a reduzir o ganho em malha aberta (AVD) com o aumento da freqüência, garantindo assim a estabilidade. Em aplicações práticas, é comum o uso de componentes passivos (resistores e capacitores, entre outros) conectados externamente ao AMP-OP, de modo a reduzir o ganho de tensão do circuito a um valor bastante reduzido (ganho em malha fechada, ACE), acarretando assim a uma série de benefícios como: o ganho de tensão do amplificador é mais estável e preciso, o qual é estabelecido por componentes externos; a impedância de entrada do circuito assume um valor maior em relação ao AMP-OP isolado; a impedância de saída do circuito assume um valor menor em comparação ao AMP-OP isolado; e a resposta em freqüência do circuito ocupa uma faixa maior do espectro de freqüência. O gráfico do ganho em função da freqüência (Av = f(fs)) obtido a partir de um circuito com AMP- OP, ilustrado na Figura 1, trata o comportamento do ganho de tensão, quando um sinal de tensão senoidal com amplitude definida e freqüência variável é aplicado à entrada. A freqüência é tratada no eixo das abscissas em escala logarítmica e o ganho é tratado no eixo das ordenadas em [V/V]; comumente o ganho é tratado em decibéis [dB], conforme a Eq. (1). 0 Av [V/V] fs [Hz] fc 0,707.A VD AVD f1 1 Figura 1 - Gráfico do ganho em função da freqüência. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 3 |)log(|.20 Vi VoAv (1) Nota-se na Figura 1, que em baixas freqüências, próximo à operação DC (abaixo de fc), o ganho é dado por AVD, a freqüência de corte (fc) do AMP-OP é definida para 70,7% do ganho DC e a freqüência para ganho unitário (f1) ocorre para a tensão de saída igual à tensão de entrada. 3. ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO O esquemático do circuito experimental é ilustrado na Figura 2. LM741+3 - 2 V+ 7 V- 4 6 RL RF R0 10k 0 Vsin 0 0 Vcc Vcc0+ - + - Vi Vo C1 Figura 2 - Esquemático a ser montado durante o experimento. 4. ESPECIFICAÇÕES, CONSIDERAÇÕES E MATERIAL UTILIZADO A seguir são apresentadas as seguintes especificações: Vcc = 15 [V] [Tensão contínua aplicada ao circuito]. Para o projeto devem ser tratadas as seguintes considerações: Vsin = 1 [V] [Tensão de pico a pico do sinal senoidal]; fs = 100 a 1M [Hz] [Freqüência do sinal senoidal]; e C1 LM 741 [AMP-OP utilizado]. Os instrumentos utilizados nesta prática são listados a seguir: Multímetro (1); Osciloscópio (1); Gerador de função (1); e Fonte de tensão CC (2). 5. ANÁLISE COMPUTACIONAL Conforme as informações apresentadas nos itens (2), (3) e (4), antes de ser realizada a montagem experimental é necessário: Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 4 a) Simular o circuito no ORCAD referente ao procedimento, analisar resultados esperados, traçar algumas formas de onda pertinentes e preencher a Tabela 1. 6. PROCEDIMENTO a) A partir do esquemático apresentado na Figura 2 e dos resultados obtidos durante a análise computacional, monte o circuito experimental proposto. Mantenha as fontes Vcc desligadas. Nota1: é aconselhável utilizar resistores com tolerância reduzida para os elementos RF e RL. b) Utilizando as resistências RF=10kΩ e RL=1kΩ, aplique ao ponto (Vi) o sinal de tensão senoidal com tensão pico-a-pico constante e freqüência definida na Tabela 1. Ligue as fontes Vcc e meça a tensão no ponto Vo com o osciloscópio e determine a resposta em freqüência para o ganho do AMP-OP (Av). c) Obtenha a freqüência de corte (fc) e a freqüência para ganho unitário (f1) do AMP-OP. d) Repetir os passos (b) e (c) do item (6), para as resistências RF=22kΩ e RL=1kΩ. Tabela 1. Resultados simulados e experimentais. Fs (Hz) 100 300 700 1k 3k 7k 10k Vi (Vpp) Vo (Vpp) Av (V/V) Av (dB) Fs (Hz) 30k 70k 100k 200k 300k 700k 1M Vi (Vpp) Vo (Vpp) Av (V/V) Av (dB)Fc (Hz) F1 (Hz) Nota: A Tabela 1 deve ser replicada para cada circuito experimental. 7. QUESTIONÁRIO a) Traçar as curvas de ganho Av [dB] = f(fs [Hz]) (gráfico de ganho) para os passos (b) e (d) do item (6): experimental e simulada. b) Comparar as curvas de ganho traçadas em (a) item (7) (indicando valores de freqüência de corte) com aquela esperada para o modelo real do amplificador operacional (folha de dados) e comente detalhadamente seus resultados. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 5 c) Explique o comportamento das formas de onda apresentadas na Figura 3. d) Consultando a folha de dados do AMP-OP adotado durante a prática e comente a respeito das principais características de operação, bem como os limites de operação. e) Para AMP-OP defina os principais parâmetros relacionados: ganho diferencial, ganho de modo comum, largura de banda, impedância diferencial de entrada, impedância de saída, máxima taxa de crescimento da tensão de saída e tensão de desvio de entrada. f) Explique o procedimento experimental para se obter o gráfico de fase. g) Consultando a folha de dados dos AMP-OP’s: LM741 e LM311; faça um comparativo entre as suas características e indique aplicações específicas mais adequadas ao uso destes (baseado no roteiro desta prática). Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 6 8. APÊNDICE Time 450ms 460ms 470ms 480ms 490ms 500ms -5.0V 0V 5.0V Time 912.00us 914.00us 916.00us910.82us Vi(1Vpp) Vo -500mV 0V 500mV Frequência de 100 Hz Frequência de 1 MHz Vi(1Vpp) Vo Figura 3 – Formas de onda obtidas em simulação (com RF=10kΩ e RL=1kΩ) para as frequências de 100 Hz e 1 MHz. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 7 PRÁTICA Nº 02 – APLICAÇÕES PRÁTICAS COM LM741 1. OBJETIVOS O objetivo principal desta prática é analisar e verificar o comportamento do amplificador operacional (AMP-OP) em diferentes aplicações mediante simulação e experimentação. 2. INFORMAÇÃO TEÓRICA Diversos circuitos analógicos e circuitos digitais fazem uso AMP-OP em aplicações que exigem a manipulação de sinais, tais como: comparação, amplificação e integração, entre outras; de modo a explorar suas características construtivas. Um modelo equivalente de um AMP-OP ideal, descrito por um circuito esquemático, é ilustrado na Figura 1. Verificam-se alguns elementos essenciais ao modelo ideal: impedância de entrada (Ri), impedância de saída (Ro) e o ganho de tensão (Av). -+ + - Av GAIN = 200 Ri 2e6 Ro 75 0 V- V+ Vo E Figura 1- Modelo ideal LM 741. Como forma de limitar o ganho componente em malha aberta elementos externos são conectados ao AMP-OP, contribuindo assim para um ganho limitado em malha fechada. É apresentado na Figura 2 um modelo equivalente ao modelo real do LM741 utilizado em simulação. U1 LM741 +3 -2 V+ 7 V- 4 OUT 6 OS1 1 OS2 5 Figura 2- Modelo simulado referente ao LM 741. Portanto, o LM741 integra uma grande variedade de circuitos clássicos de modo a serem exploradas suas características de operação. Os seguintes circuitos a serem experimentados são citados: seguidor, comparador, amplificador inversor, amplificador não-inversor e somador inversor, entre outras combinações. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 8 3. ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO O esquemático do circuito experimental é ilustrado na Figura 3. +3 -2 4 6 1 5 V- V+ Va Ro 10k 0 7 (a) Vo1 +3 -2 7 4 6 1 5 V- V+ Vb Ro 10k 0 Va (b) Vo2 +3 -2 7 4 6 1 5 V- V+ RF RL 0 Va Ro 10k 0 (c) Vo3 V- +3 -2 7 4 6 1 5 V+ RF RL Va Ro 10k 0 0 (d) Vo4 V- +3 -2 7 4 6 1 5 V+ RF RL2 0 Vb Ro 10k 0 RL1 Va (e) Vo5 0 V- + 3 - 2 7 4 6 1 5 V+ Ro 10k 0 Vcc Vcc - - + + (f) Vo Figura 3. Esquemáticos a serem montados durante o experimento: (a) seguidor, (b) comparador, (c) amplificador inversor, (d) amplificador não-inversor, (e) somador inversor e (f) detalhe da alimentação do integrado. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 9 4. ESPECIFICAÇÕES, CONSIDERAÇÕES E MATERIAL UTILIZADO A seguir são apresentadas as seguintes especificações: Vcc = 15 [V] [Tensão contínua aplicada ao circuito]; e Av = 2 [V/V] [Ganho dos circuitos]. Para o projeto devem ser tratadas as seguintes considerações: C1 LM 741 [AMP-OP utilizado]; Va = 6 [V] [Tensão de pico a pico do sinal senoidal]; fa = 1 [kHz] [freqüência do sinal Va]; e Vb = -2 [V] [Tensão contínua]. Os instrumentos utilizados nesta prática são listados a seguir: Voltímetro (1); Osciloscópio (1); Gerador de função (1); e Fonte de tensão CC (2). 5. ANÁLISE COMPUTACIONAL Conforme as informações apresentadas nos itens (2), (3) e (4), antes de ser realizada a montagem experimental é necessário: a) Determinar e especificar os resistores comerciais utilizados; e b) Simular o circuito no ORCAD referente ao procedimento, analisar resultados esperados, traçar algumas formas de onda pertinentes no Quadro 1. Nota1: Utilize um potenciômetro 2,2KΩ/1W para obter a tensão contínua Vb. Nota2: Adote valores para as resistências acima de 10KΩ. 6. PROCEDIMENTO a) A partir do esquemático apresentado na Figura 2 e dos resultados obtidos durante a análise computacional, monte os circuitos experimentais propostos. Mantenha as fontes Vcc desligadas. b) Ligue as fontes Vcc, para o circuito (a) da Figura 2 trace no Quadro 1 a forma de onda Vo1. c) Para o circuito (b) da Figura 2 trace no Quadro 1 a forma de onda Vo2. d) Para o circuito (c) da Figura 2 trace no Quadro 1 a forma de onda Vo3. e) Para o circuito (d) da Figura 2 trace no Quadro 1 a forma de onda Vo4. f) Para o circuito (e) da Figura 2 trace no Quadro 1 a forma de onda Vo5. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 10 Quadro 1. Forma de onda simulada e forma de onda experimental. 0 0 0 Vo1(V) Vo2(V) Vo3(V) t( ) t( ) t( ) 0 Vo4(V) t( ) 0 Vo5(V) t( ) 7. QUESTIONÁRIO a) Apresente as formas de onda experimentais e simuladas obtidas. b) Para cada um dos circuitos apresentados na Figura 2 determine a expressão para o ganho de tensão (Av) em forma literal, em função das tensões aplicadas às portas e resistências do circuito. c) Para os resultados experimentais e simulados obtidos, faça um breve comentário. d) Utilizando o modelo ideal do LM741 apresentado na Figura 1, apresente e justifique os resultados de simulação obtidos referente ao esquemático (e) da Figura 3. e) Para o circuito do amplificador diferencial apresentado na Figura 4 (também conhecido como amplificador diferenciador de instrumentação), determine a expressão que relaciona a tensão de saída (Vo) em função da corrente (Is) e das resistências do circuito. f) Para o circuito do amplificador diferencial apresentado na Figura 4, supondo uma corrente Is capaz de variar de 0 a 1A, determine as resistências do circuito de modo que a tensão na saída Vo possa variar de 0 Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 11 a 10 V (proporcional a variação da corrente)e valide seus resultados obtidos por simulação (adote Rs = 1Ω e as demais resistências valores acima de 10kΩ). R5 Rs 0 U1 + 3 - 2 7 4 6 0 +Vcc R2 R4 R3 R1 Vb Va Is 0 Vo Figura 4- Amplificador diferenciador de instrumentação. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 12 PRÁTICA Nº 03 – FILTROS ATIVOS 1. OBJETIVOS O objetivo principal desta prática é analisar e verificar o comportamento dos diferentes filtros ativos mediante simulação e experimentação. 2. INFORMAÇÃO TEÓRICA Diversos circuitos de potência e circuitos de sinais fazem uso de filtros. Os filtros são circuitos adicionais, cuja função é permitir a banda passante em determinadas faixas de freqüência e atenuar as demais, de modo a limitar e ou definir a sua dinâmica característica ao longo do espectro de freqüência. Os filtros ativos utilizam um Amplificador Operacional (AMP-OP), que é acrescido ao filtro RC (filtro passivo), cuja função é ajustar o ganho e isolamento de sinal, de modo a manter as características em freqüência do filtro passivo constante. São apresentadas na Figura 1 as características de resposta em freqüência pertencentes aos filtros de 1ª ordem: passa-baixas e passa-altas; na Figura 2 são mostrados os esquemáticos dos circuitos respectivos; e as Eqs. (1) e (2) definem a freqüência de corte (fc) do filtro RC e o ganho de tensão DC do amplificador operacional (AvAO). 10 100 1.103 1.104 1.105 40 20 0 20 40 50 0 90 20 0 20 0 50 100 10 100 1.103 1.104 1.105 10 100 1.103 1.104 1.105 10 100 1.10 3 1.104 1.105 (a) (b) fase módulo fase módulo Figura 1- Resposta em freqüência para os filtros ativos: (a) passa-baixas e (b) passa-altas. CR fc ...2 1 (1) RL RFAvAO 1 (2) Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 13 O filtro passa-baixas permite a passagem apenas das componentes do sinal com freqüência abaixo da freqüência de corte e o filtro passa-altas permite a passagem apenas das componentes do sinal com freqüência acima da freqüência de corte. É notado na Figura 1 ganho de tensão unitário. 3. ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO O esquemático do circuito experimental é ilustrado na Figura 2. +3 -2 V+7 4 6 +VCC -VCC RL RF R C Ro 00 0 Vsin 0 Vcc Vcc -VCC +VCC 0 +3 -2 V+7 V-4 6 -VCC +VCC RL RF R C Ro 10k 0 0 00 V- 10k Vsin (a) (b) Vi Vi' Vi Vi' VoVo C1 C1 Figura 2 - Esquemático a ser montado durante o experimento. 4. ESPECIFICAÇÕES, CONSIDERAÇÕES E MATERIAL UTILIZADO A seguir são apresentadas as seguintes especificações: Vcc = 15 [V] [Tensão contínua aplicada ao circuito]. Para o projeto devem ser tratadas as seguintes considerações: Vsin = 1 [V] [Tensão de pico a pico do sinal senoidal]; fs = 100 a 1M [Hz] [Freqüência do sinal senoidal]; e C1 LM 741 [AMP-OP utilizado]. Nota1: Adotar RF = 10kΩ e RL = 1kΩ. Os instrumentos utilizados nesta prática são listados a seguir: Voltímetro (1); Osciloscópio (1); Gerador de função (1); e Fonte de tensão CC (2). 5. ANÁLISE COMPUTACIONAL Conforme as informações apresentadas nos itens (2), (3) e (4), antes de ser realizada a montagem experimental é necessário: a) Identificar na Figura 2, o tipo de filtro (passa-baixas ou passa-altas). b) Determinar a freqüência de corte (fc) do filtro e a freqüência de ganho unitário (f1) do conjunto AMP- OP mais filtro RC (filtro ativo) para cada configuração. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 14 c) Simular o circuito no ORCAD referente ao procedimento, analisar resultados esperados, traçar algumas formas de onda pertinentes e preencher a Tabela 1. 6. PROCEDIMENTO a) A partir do esquemático apresentado na Figura 2 e dos resultados obtidos durante a análise computacional, monte os circuitos experimentais propostos. Mantenha as fontes Vcc desligadas. Nota2: é aconselhável utilizar resistores com tolerância reduzida para os elementos RF e RL. b) Utilizando C=1 nF e R=10 kΩ, aplique ao ponto (Vi) o sinal de tensão senoidal com tensão pico-a-pico constante e freqüência definida na Tabela 1, meça a tensão nos pontos Vo e Vi’ com o osciloscópio e determine a resposta em freqüência para o ganho do filtro ativo (Av). c) Verifique as freqüências de corte (fc) do filtro e ganho unitário (f1) do filtro ativo. d) Repetir os passos (b) e (c), com C=1 nF e R=22 kΩ para ambos os circuitos. Tabela 1. Resultados simulados e experimentais. Fs (Hz) 100 300 700 1k 3k 7k 10k Vi’ (Vpp) Vo (Vpp) Av (V/V) Av (dB) Fs (Hz) 30k 70k 100k 200k 300k 700k 1M Vi’ (Vpp) Vo (Vpp) Av (V/V) Av (dB) Fc (Hz) F1 (Hz) Nota3: A Tabela 1 deve ser replicada para o cada circuito experimental. 7. QUESTIONÁRIO a) Traçar as curvas de ganho Av = f(fs) para os passos (b) e (d) referente ao filtro ativo e o filtro RC: experimental e simulada. b) Comparar as curvas de ganho traçadas em (a) com aquela esperada para o modelo real do amplificador operacional (folha de dados) e comente a influência do AMP-OP durante a análise do ganho do filtro ativo. c) Pesquise a respeito de três aplicações em circuitos eletrônicos que exijam o uso de filtros ativos. d) Projete um filtro ativo passa-altas e considerando um dado ponto de operação apresente: o comportamento da resposta em freqüência (módulo e fase), o circuito proposto, determinação da freqüência de corte, especificação dos componentes comerciais e comente seus resultados. Nota4: É tratado na Planilha 1 do Apêndice o projeto de um filtro passa-baixas. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 15 8. APÊNDICE PLANILHA 1: Projeto de um filtro passa-baixas. 10 100 1 103 1 104 1 105 1 106 20 0 20 20 log Vo s( ) 0 150 100 50 0 180 arg Vo s( ) 90 10 100 1 103 1 104 1 105 1 106 R1 56K (Resistência para ajuste do ganho) R2 56K (Resistência para ajuste do ganho) f 20000 [Hz] (Componente de freqüência máxima do sinal) 1. Adotando freqüência de corte (foh) abaixo de uma década foh f 10 1 foh 2 103 [Hz] 2. Para Rt = 1K determina-se o valor da capacitância Rt 1000 [] Co 1 2 Rt foh Co 7.958 10 8 [F] 3. A partir da função de transferência do filtro passa-baixas Vo s( ) 1 R2 R1 1 1 Co Rt s j foh f 10 Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 16 PRÁTICA Nº 04 – AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA CLASSE A - FAIXA DE OPERAÇÃO 1 - OBJETIVOS: Verificar experimentalmente o comportamento de um amplificador classe “A” transistorizado e analisar as formas de onda obtidas na saída em função de um sinal aplicado na entrada. Analisar a relação de fase entre os sinais de entrada e saída e a distorção apresentada no sinal de saída, devido a mudança do ponto de operação “Q”. 2 - INTRODUÇÃO TEÓRICA No amplificador classe A, o transistor opera na região ativa durante todo o período do sinal CA. Isto significa que o sinal não aciona o transistor nos limites da saturação e do corte na reta de carga CA. Desta forma o sinal obtido na saída é uma réplica perfeita do sinal aplicado na entrada, exceto pela distorção de fase. Como sabemos a única configuração que inverte a fase em 180º entre os sinaisde entrada e saída e a configuração E.C. (emissor comum). Nas demais configurações, ou seja B.C. (base comum) e C.C. (coletor comum), θ = 0º. A eficiência de um amplificador classe A é a razão da saída CA de pico a pico na saída (compliance), sem cortes, no sinal que o amplificador pode produzir, em função do sinal aplicado na entrada. Algumas das importantes características do amplificador classe A são a corrente de dreno, potência de dissipação máxima no transistor, máxima potência não ceifada na carga e eficiência do estágio. PARTE PRÁTICA MATERIAIS NECESSÁRIOS 1- Gerador de áudio ; 1- Osciloscópio; 1 - Fonte de alimentação 0-20V; 1- Multímetro analógico ou digital; 1 - Módulo de ensaios 1- Analise o circuito a seguir: Calcule o valor da corrente quiescente no coletor (ICQ) e a tensão quiescente (VCEQ) entre coletor e emissor e anote suas respostas na tabela 1. 2- Calcule e anote na tabela 1, a compliance CA (variação de pico a pico do sinal) na saída e a corrente de dreno (IF) do estágio. Veja no final desta experiência, comentários sobre a corrente de dreno. 3- Calcule a potência máxima dissipada pelo transistor, a potência máxima na carga sem ceifamento, a potência CC de entrada do estágio e a eficiência do estágio. Anote suas respostas teóricas na coluna correspondente da tabela 2. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 17 Amplificador classe A – Fonte (Prof. Abraham Ortega) 4- Monte o circuito. Reduza o sinal do gerador a zero. Use o multímetro para medir ICQ e VCEQ, e anote esses valores na tabela 1. 5- Use o osciloscópio para observar a tensão na carga. Ajuste o gerador de sinal até que o ceifamento inicie em ambos os semiciclos. Deve-se observar que a forma de onda fica quadrada na parte superior e alongada na parte inferior. A causa desta distorção não linear é a grande variação de re quando o coletor se aproxima do corte e da saturação. 6- Reduza o sinal do gerador até que não haja mais ceifamentos, de forma que o sinal na saída tenha a aparência de uma senóide perfeita. Meça e anote na tabela 1, a tensão CA de pico a pico. Este valor medido é uma aproximação da compliance do sinal CA de saída (pico a pico). 7- Meça e anote na tabela 1 a corrente de dreno total do estágio. 8- Calcule e anote os valores experimentais listados na tabela 2, usando os dados medidos e anotados na tabela 2. 9- Ajuste o gerador de sinal até obter uma tensão de 2Vpp na carga. Note quanta distorção não linear há no sinal. Faça um breve comentário. 10- Conecte um resistor parcial de realimentação, de 220�, no emissor. Ajuste o gerador de sinal até obter na carga uma tensão de 2Vpp. O que ocorreu com a distorção do sinal? Justifique. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 18 VERIFICAÇÃO DE DEFEITOS: 1- Suponha que o resistor R2 esteja em curto, no circuito montado nesta experiência. Calcule a compliance CA de saída e a corrente de dreno com este defeito e anote na tabela 3. 2- Repita o passo 1 para cada defeito listado na tabela 3. 3- Monte o circuito e simule cada um dos defeitos. Anote os valores de PP (compliance) e IS. PROJETO: 1- Determine um valor de RE para obter a máxima compliance CA na saída, no circuito montado nesta experiência, porém, com VCC = 20V. Anote o valor comercial na parte superior da tabela 4. Calcule e anote os outros valores pedidos na tabela 4. 2- Monte o circuito que você projetou para RE. Meça e anote PP e IF na tabela 4. Calcule os valores experimentais de PL(MAX), PF e � usando os dados medidos para PP e IF. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 19 QUESTÕES: 1- Com base nos valores calculados e medidos nesta experiência, responda as seguintes questões: I) a compliance CA teórica na saída é de aproximadamente: a) 1,1V b) 2,35V c) 9V d) 15V II) a corrente de dreno total foi próxima de: a) 1,1mA b) 2,3mA c) 4,8mA d) 6,9mA III) a potência de dissipação máxima do transistor é de aproximadamente: a) 0,46mW b) 10mW c) 35,1mW d) 50mW IV) teoricamente a eficiência máxima é aproximadamente: a) 0 b) 1,3% c) 5% d) 25% 2- Conectando um resistor de realimentação parcial no emissor, de 220�, podemos observar que: a) reduz a tensão da fonte de alimentação b) aumenta a corrente quiescente do coletor c) diminui a distorção não linear d) aumenta a compliance CA na saída e) nenhuma das anteriores Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 20 3- Explique porque há distorção não linear no amplificador EC, quando o sinal na saída é aumentado. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 21 Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 22 PRÁTICA Nº 05 - AMPLIFICADOR CLASSE B OBJETIVOS Verificar experimentalmente o comportamento de um amplificador classe “B” transistorizado e analisar as formas de onda obtidas na saída em função de um sinal aplicado na entrada. Analisar a eficiência do amplificador em função das formas de onda da saída e tensão da fonte. DISCUSSÃO Operação classe B de um transistor significa que a corrente do coletor flui durante somente 180º do ciclo CA. Isto implica que o ponto Q se situe aproximadamente no corte para as duas retas de carga, CA e CC. A vantagem da operação classe B é a menor dissipação de potência do transistor, que resulta em maior eficiência e menor corrente drenada da fonte. Quando um transistor opera em classe B, ele corta um semicilco. Para evitar a distorção resultante é necessário o uso de dois transistores num arranjo push-pull; isto quer dizer que um transistor conduz durante um semiciclo e o outro transistor conduz durante o outro semiciciclo, sendo que ambos estão configurados como seguidores de emissor, com ganho de tensão igual a um e forte linearização. Deste modo, obtêm-se amplificadores classe B com baixa distorção e alta frequência. Arranjos push-pull são normalmente utilizados nos estágios de saída dos amplificadores de potência, por oferecerem baixa impedância de saída e alta impedância de entrada. PROCEDIMENTO Monte o circuito do amplificador esquematizado na figura a seguir observando os seguintes cuidados: Seja organizador na sua montagem, para facilitar eventuais correções no circuito montado. Evite entortar os terminais dos componentes, pois estes são frágeis e podem se quebrar. Ligue a alimentação do circuito somente quando tiver terminado a montagem e conferido todas as ligações. Analise do circuito 1‐ Analise do circuito Este amplificador de áudio fornece uma potência de pouco mais de 1 W a um alto‐falante de 4 ou 8 Ω e tem por base um circuito integrado 741. A impedância de entrada é elevada e o ganho de tensão na etapa amplificadora é de 10 vezes. A alimentação deve ser feita com tensão de 12 V e não precisamos de fonte simétrica. 3 ‐ Ajuste a entrada para uma frequência de 1 KHz e amplitude de 0,5 V (p‐p). Lembre‐se de aumentar a amplitude gradativamente. Use o osciloscópio para observar a tensão na carga. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 23 3 ‐ Calcule a eficiência do amplificador? Qual a tensão na carga para a situação de eficiência máxima? Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 24 PRÁTICA Nº 06 - CIRCUITOS COMPARADORES OBJETIVOS Verificar o funcionamento do comparador simples e do comparador regenerativo Schmitt Trigger,utilizando Amp. Ops. FUNDAMENTOS TEÓRICOS Um dos circuitos mais simples com amplificadores operacionais é o circuito comparador, que chaveia sua saída para + Vsat ou - Vsat, baseado na comparação entre as tensões de entrada. Os comparadores são bastante utilizados como conversores analógicos para sinais digitais, servindo como ponte entre os circuitos digitais e analógicos. COMPARADOR SIMPLES A Figura 1 ilustra um comparador simples genérico. Este circuito tem sua saída determinada pela comparação dos sinais aplicados em sua entrada. No caso mais comum, a comparação é feita com uma entrada em “ground” (sinal de referência). Figura 1: Comparador Simples Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 25 1.1 COMPARADOR SCHMITT TRIGGER Este circuito tem como base o princípio da histerese, o que garante uma melhor imunidade a ruídos, quando comparado com o comparador simples. Veja na Figura 2 a configuração básica de um circuito comparador regenerativo Schmitt Trigger. Figura 2: Comparador regenerativo Schmitt Trigger. No circuito da Figura 2, a histerese define uma faixa de tensões dentro da qual não há chaveamento do sinal de saída, mesmo que a diferença entre os sinais de entrada e de referência variem. A curva de transferência para o comparador Schmitt Trigger está ilustrada na Figura 3. Figura 3: Curva de transferência para o Comparador Schmitt Trigger. Tendo como base os dados da figura 3, as tensões de disparo do circuito Schmitt Trigger podem ser calculadas pelas equações (1) e (2). Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 26 2 LISTA DE MATERIAIS - 01 Placa de montagem - 01 Fonte de alimentação regulada - 01 Fonte de Sinal - 01 Osciloscópio - 01 Amp. Op. 741 - 02 Resistores de 100 k - 01 Resistor de 10 k - 01 Resistor de 1 k - 02 Resistores de 820 k - 01 Led vermelho - 01 Led amarelo 3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 3.1 PARTE 1 - Monte o circuito da figura 1; - Para que níveis de tensão de entrada cada um dos LEDs acenderá? - Para que níveis de tensão de entrada ambos os LEDs estão apagados neste circuito? 3.2 PARTE 2 - Calcule as tensões de disparo teóricas para o circuito da figura 2; - Monte o Circuito da Figura 2; - Meça as tensões de disparo do comparador (tensões de entrada a partir da qual a saída do circuito chaveia); - Compare com os valores medidos das tensões de disparo com os valores teóricos calculados. - Anote a curva de transferência experimental e compare com a teórica. (A curva experimental pode ser melhor visualizada com o osciloscópio operando no modo XY). 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - MALVINO, Albert Paul. Eletrônica. Volume II. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1995. 558 p. - SEDRA, Adel S. e SMITH Denneth C. Microeletrônica. 4. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000. - PERTENCE JUNIOR, Antonio. Eletrônica Analógica – Amplificadores Operacionais e Filtros Ativos. 6. Ed. Editora Bookman, 2009. 304 p. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 27 PRÁTICA Nº 07– FONTE AUXILIAR REGULADA A TRANSISTOR COM PROTEÇÃO DE CURTO-CIRCUITO 1. OBJETIVOS O objetivo principal desta prática é dimensionar os componentes de uma fonte auxiliar regula a transistor, ajustar a proteção de curto-circuito, e verificar os resultados obtidos mediante simulação e experimentação. 2. INFORMAÇÃO TEÓRICA A maioria das fontes de baixa potência utiliza a tensão regulada em um diodo zener para alimentar cargas resistivas. A fonte de tensão regulada a diodo zener utiliza um resistor de potência em série, capaz limitar a corrente fornecida à carga e ao diodo, de tal forma que a tensão na saída permaneça constante, desde que sejam obedecidas as especificações de projeto. Algumas desvantagens obtidas nesta fonte podem ser citadas: perdas no resistor de potência, perda da regulação com aumento da carga e aplicação limitada aos circuitos de sinais, entre outras. Com o simples acréscimo de um transistor TBJ, uma pequena corrente regulada injetada na base pode ser amplificada no termina de coletor e controlar a corrente drenada por uma carga; diferentes circuitos auxiliares podem ser desenvolvidos como forma de tornar o dispositivo mais robusto, onde são citados: circuito de proteção contra curto-circuito, proteção contra sobre tensão e circuitos com realimentação em tensão/corrente, diversos outros. O princípio de funcionamento da fonte regulada a transistor com proteção de curto-circuito é ilustrado pelo diagrama de blocos na Figura 1, onde a tensão na saída é amostrada por um circuito, que provê uma tensão de realimentação para ser comparada com uma tensão de referência, que resulta na atuação de um elemento de controle. Ve (entrada não-regulada) Elemento de controle Circuito de amostragem Circuito comparador Tensão de referência Vo (saída regulada) Figura 1 – Diagrama de blocos de uma fonte regulada a transistor. O circuito de proteção contra curto-circuito é projetado de modo que a corrente fornecida à carga não ultrapasse a especificação de projeto. Quando um curto-circuito ocorre, o aumento da corrente provoca um aumento da queda de tensão na resistência série (Rs), de modo que o aumento da tensão na junção base-emissor polariza o transistor de proteção (Q2), o qual é capaz de drenar parte da corrente de regulação do zener, de modo a manter a corrente de carga sempre constante. Para a correta escolha dos componentes do circuito são estabelecidos alguns critérios: o limite de potência dissipada nos componentes não deve ser excedido, o valor da resistência de R3 deve ser fixado acima de 10kΩ e o valor da resistência de R1 deve ser determinado de modo a garantir que o diodo opere na região de regulação. Sendo assim, os demais elementos devem ser determinados. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 28 3. ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO O esquemático do circuito experimental é ilustrado na Figura 2. R2 R1 Q2 C1 10uF 0 Ve R3 D1 Q1 18k Led Rs Io Ro + A+ 0...0.2 A Vo + - V 0...20 V - D2 15 D3 R4 10k Figura 2 - Esquemático a ser montado durante o experimento. 4. ESPECIFICAÇÕES, CONSIDERAÇÕES E MATERIAL UTILIZADO A seguir são apresentadas as seguintes especificações: Ve = 15 [V] [Tensão contínua aplicada ao circuito]; Vo = 10 [V] [Tensão na saída]; Po = 0,5 [W] [Potência de saída]; e Icc = 60 [mA] [Corrente de curto circuito]. Para o projeto devem ser tratadas as seguintes considerações: β = 150 [Ganho do TBJ Q1]; Q1 BD139 [Transistor de ganho]; Q2 BC546 [Transistor de proteção – operando como chave]; D1 D1N5240 [Diodo Zener 10V/0,5W]; e D2, D3 1N4148 [Transistor standard]. Os instrumentos e equipamentos utilizados nesta prática são listados a seguir: Voltímetro (1); Amperímetro (1); e Fonte de tensão CC (1). 5. ANÁLISE COMPUTACIONAL Conforme as informações apresentadas nos itens (2), (3) e (4), antes de ser realizada a montagem experimental é necessário: a) Determinar e especificar os resistores utilizados; e b) Simular o circuito no ORCAD referente ao procedimento, analisar resultados esperados, traçar algumas formas de onda pertinentes e preencher a Tabela 1. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 29 6. PROCEDIMENTO a) A partir do esquemático apresentado na Figura 2 e dos resultados obtidos durante a análise computacional, monte o circuito experimental proposto. Mantenha a fonteVe desligada. b) Ligue a fonte Ve e com um amperímetro conectado a carga, ajuste a corrente de saída para os valores definidos na Tabela 1, meça a tensão na carga (Ro) e preencha a Tabela 1. Nota1: Para a carga Ro utilize um potenciômetro 10KΩ/1W. Tabela 1. Resultados simulados e experimentais. Io (mA) 5 10 15 20 30 40 50 60 70 80 Vo (V) Simulado Vo (V) Experimental 7. QUESTIONÁRIO a) Traçar as curvas de ganho Vo = f(Io): experimental e simulada. b) Comparar as curvas traçadas em (a) do item (7) e explique seus resultados. c) Explique detalhadamente o comportamento dos componentes internos à fonte quando um curto-circuito é aplicado à saída. Justifique sua resposta por meio de simulação. d) Apresente o procedimento de cálculo necessário à especificação dos componentes do circuito. e) Comente a função dos diodos D2 e D3 no circuito. f) Pesquise a respeito da configuração Darlington e de que forma ela pode ser aplicada ao circuito da Figura 2. g) Explique o comportamento do circuito apresentado na Figura 3, ressaltando a função de cada componente do circuito. 8. APÊNDICE R1 Dz Q1 Q2 Rsc R2 R3 RL+ - 0 +VCC -VCC 0 0 Ve Vo U1 Figura 3 – Circuito limitador de corrente com AMP-OP. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 30 PRÁTICA Nº 08 – CIRCUITOS REGULADORES INTEGRADOS 1. OBJETIVOS O objetivo principal desta prática é realizar uma aplicação dos circuitos reguladores integrados no projeto de uma fonte de tensão simétrica e verificar os resultados obtidos mediante simulação e experimentação. 2. INFORMAÇÃO TEÓRICA Os circuitos reguladores de tensão integrados são capazes de transferir de forma bastante eficiente a potência para a carga alimentada, onde tal transferência se dá por pulsos de tensão que são filtrados de modo a produzir uma tensão CC uniforme. É tratada na Figura 1 uma representação em blocos do regulador de tensão com três terminais, comumente encontrada. Carga Io Corrente de carga Regulador de tensão IN OUT GND Tensão de saída regulada Vo + - + - Tensão de entrada Ve não-regulada Tensão diferencial saída-entrada Figura 1 - Representação em blocos do regulador de tensão de três terminais. Uma fonte de tensão simétrica pode ser projetada, utilizando-se um transformador com derivação conectado à rede AC, de modo que a tensão seja reduzida a um nível de amplitude desejada, retificada, filtrada e finalmente regulada fazendo uso de um circuito regulador integrado. 3. ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO O esquemático do circuito experimental é ilustrado na Figura 2. C2 IN1 OUT 2 GND 3 C1 + 3 - 2 V+ 7 V-4 6 Q1 R1 4.7k R2 4.7k0 0 C1 1u C2 100nVcc Vcc 0 0 +VCC -VCC +VCC -VCC + - + - Io1 Ro + A+ 0...0.2 A Vo1 + - V 0...20 V Ro Vo2 - + V 0...20 V -Io2 A+ 0...0.2 A R3 10k R4 10k Figura 2 - Esquemático a ser montado durante o experimento. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 31 4. ESPECIFICAÇÕES, CONSIDERAÇÕES E MATERIAL UTILIZADO A seguir são apresentadas as seguintes especificações: Vcc = 12 [V] [Tensão contínua aplicada ao circuito]; Vo = 5 [V] [Tensão na saída - simétrica]; e Po = 0,5 [W] [Potência em uma única saída]. Para o projeto devem ser tratadas as seguintes considerações: C1 LM741 [Amplificador operacional]; C2 LM7805 [Regulador integrado]; e Q1 BD136 [Transistor de potência]. Os instrumentos e equipamentos utilizados nesta prática são listados a seguir: Voltímetro (2); Amperímetro (2); e Fonte de tensão CC (2). 5. ANÁLISE COMPUTACIONAL Conforme as informações apresentadas nos itens (2), (3) e (4), antes de ser realizada a montagem experimental é necessário: a) Determinar e especificar os resistores utilizados; e b) Simular o circuito no ORCAD referente ao procedimento, analisar resultados esperados, traçar algumas formas de onda pertinentes e preencher a Tabela 1. 6. PROCEDIMENTO a) A partir do esquemático apresentado na Figura 2 e dos resultados obtidos durante a análise computacional, monte o circuito experimental proposto. Mantenha as fontes Vcc desligadas. b) Ligue as fontes Vcc. Com um amperímetro conectado a carga, ajuste a corrente de saída para os valores definidos na Tabela 1, meça a tensão na carga (Ro) e preencha a Tabela 1. Nota1: Para a carga Ro utilize um potenciômetro 1KΩ/1W. Tabela 1. Resultados simulados e experimentais. Io (mA) 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 Vo1 (V) simulado Vo2 (V) simulado Vo1 (V) experimental Vo2 (V) experimental Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 32 7. QUESTIONÁRIO a) Explique detalhadamente o comportamento do circuito e trace as curvas Vo=f(Io): simulada e experimental para cada uma das saídas. b) Comparar as curvas traçadas em (a) do item (7) e explique seus resultados. c) Consultando a folha de dados do regulador LM7805 adotado durante a prática, comente a respeito das principais características de operação, bem como os limites de operação. d) Utilizando um único regulador LM7805, como é possível obter na saída uma tensão regulada superior a 5V? (dica: pesquise na folha de dados do componente). e) Para uma tensão Vcc = 5V refaça o Procedimento, tópico (6), apresente e comente os resultados de simulação obtidos. f) Fazendo uso do regulados ajustável LM317, um circuito proposto a ser simulado é apresentado na Figura 3. Determine as resistências de ajuste (Radj) e de carga (Ro) para uma tensão de saída (Vo) de 10V e potência drenada pela carga de 5W. Fazendo uso de simulação, apresente as formas de onda Vo e Io e comente seus resultados. 8. APÊNDICE U1 LM317K IN 2 OUT 3 ADJ 1 Radj R1 240 D2 1N4148 Cadj 1n D1 1N4148 C1 0.1u C2 1u Vcc 20Vdc 0 V1 TD = 90m TF = 10m PW = 100m PER = 490m V1 = 9 TR = 290m V2 = 0 R2 10k Ro Vo + - Io Figura 3 – Circuito com regulador ajustável LM311. Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 33 PRÁTICA Nº 09 – MODULAÇÃO PWM COM LM 555 1. OBJETIVOS O objetivo principal desta prática é realizar uma aplicação com o integrado LM 555 na configuração astável, e verificar os resultados obtidos mediante simulação e experimentação. 2. INFORMAÇÃO TEÓRICA O integrado LM 555 é um dispositivo bastante estável na obtenção de osciladores e temporizadores. Utilizado em uma aplicação de temporizador, o tempo pode ser precisamente mensurado por resistores e capacitores externos. Na operação astável como oscilador, a freqüência de operação e a razão cíclica são controladas por dois resistores externos e um capacitor. O circuito pode ser sincronizado e resetado por formas de onda retangular. O circuito de saída possui ma fonte de corrente limitada a 200 mA ou um drive para circuitos TTL (dependendo do modelo). Algumas aplicações com este integrado são citadas: precisão no tempo, geração de pulsos, tempo seqüencial, geração de tempo deslocado (adiantados ou atrasado), modulação por largura de pulso, modulação por posição de pulso e gerador de rampa linear, entre outras. Fazendo uma aplicação do integrado no modo astável, é ilustrada na Figura 1 a configuração externa das resistências, nota-se que o tempo de carga do capacitor (C) é dado pelas resistências R1+R2 e o tempo de descarga dado pela resistência R2; estes tempos de carga e descarga são tratados nasEqs. (1) e (2), respectivamente; verifica-se que a mínima razão cíclica é limitada a 50% e o período total de oscilação é tratado na Eq. (3). 3 2 4 8 7 6 5 1 R1 R2 LM555 C 10nF 0 +Vcc RL RL Figura 1 – Modo astável. Nesta prática, é feita uma aplicação do LM 555 em modo astável, cuja função é adicionar impulsos em alta freqüência ao sinal de controle gerado externamente. Esta aplicação é bastante útil no acionamento de drives de potência isolados por transformador de pulso, de modo que o sinal gerado externamente apresenta impulsos em alta freqüência, contribuindo assim para a redução nas dimensões do transformador e a modificar as características do núcleo. O circuito apresentado na Figura 2 é obtido a partir da Figura 1 e é utilizado em drives de potência. Analisando a Figura 2, quando o sinal de acionamento é gerado, um nível lógico alto de tensão é aplicado ao pino 4 (habilita o LM); os resistores R1 e R2, e o capacitor C1 definem a freqüência de operação e a razão cíclica, definidos nas Eqs. (4) e (5), respectivamente; a descarga do capacitor C1 ocorre rapidamente pelo diodo D2 gerando um impulso, de modo que mais impulsos sejam inseridos toda vez que o capacitor descarrega até que o sinal aplicado ao pino 5 vá a nível lógico baixo. CRRt )..(693.0 211 (1) Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 34 CRt ..693.0 22 (2) CRRttT ).2(.693.0 2121 (3) 21 2 .2 1 RR RD (4) 121 )..2( 44.1 CRR f (5) 3. ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO O esquemático do circuito experimental é ilustrado na Figura 2. LM555 1 2 3 4 5 6 7 8 D1 R2 D2 R1 R3 10KC1 C21n 0 0 00 Vcc 0 Vpulse 0 M1 Vout Figura 2 - Esquemático a ser montado durante o experimento. 4. ESPECIFICAÇÕES, CONSIDERAÇÕES E MATERIAL UTILIZADO A seguir são apresentadas as seguintes especificações: Vcc = 15 [V] [Tensão contínua aplicada ao circuito]; fc = 40 [kHz] [Freqüência do sinal de chaveamento]; e D > 98 [%] [Razão cíclica requerida ao sinal chaveado]. Para o projeto devem ser tratadas as seguintes considerações: VPULSE = 2,5 [V] [Amplitude do sinal externo]; fPULSE = 120 [Hz] [Freqüência do sinal externo]; DPULSE = 40 [%] [Razão cíclica do sinal externo]; D1 e D2 1N4148 [Diodos utilizados]; e M1 LM555 [Integrado temporizador]. Os instrumentos e equipamentos utilizados nesta prática são listados a seguir: Osciloscópio (1); Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 35 Gerador de função (1); e Fonte de tensão CC regulável (1). 5. ANÁLISE COMPUTACIONAL Conforme as informações apresentadas nos itens (2), (3) e (4), antes de ser realizada a montagem experimental é necessário: a) Determinar e especificar os resistores utilizados; e b) Simular o circuito no ORCAD referente ao procedimento, analisar resultados esperados, traçar algumas formas de onda pertinentes e preencher a Tabela 1. 6. PROCEDIMENTO a) A partir do esquemático apresentado na Figura 2 e dos resultados obtidos durante a análise computacional, monte o circuito experimental proposto. Mantenha a fonte Vcc desligada. Nota: as formas de onda experimentais obtidas a seguir são úteis na resolução do item 7 letra (b). b) Ligue a fonte Vcc. Conecte uma das ponteiras do osciloscópio no pino 6 do integrado, observe a forma de onda, meça os tempos de carga e descarga do capacitor C1, e preencha a Tabela 1. c) Conecte uma das ponteiras do osciloscópio no pino 3 (Vout) do integrado, conecte a outra ponteira do osciloscópio no pino 4 (VPULSE), observe o que acontece, meça a razão cíclica e a freqüência do sinal experimental na saída (Vout), e preencha a Tabela 1. Tabela 1. Resultados teóricos, simulados e experimentais. Comportamento da forma de onda da tensão no capacitor (C1) Teórico Simulado Experimental Tempo de carga (tC) Tempo de descarga (tD) Comportamento da forma de onda da tensão no resistor (R3) Teórico Simulado Experimental Razão cíclica (D) Freqüência do sinal chaveado (fc) 7. QUESTIONÁRIO a) Explique detalhadamente o comportamento do circuito. b) Explique o comportamento das formas de onda obtidas durante o item 6 letras (b) e (c), e compare com as formas de ondas simuladas equivalentes . c) Consultando a folha de dados do regulador LM555 adotado durante a prática, comente a respeito das principais características de operação, bem como os limites de operação. d) Utilizando um único regulador LM555 na configuração astável, como é possível obter na saída um sinal com razão cíclica inferior a 50% (dica: pesquise na folha de dados do componente). Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Eletrônica Analógica. 36 e) Pesquise uma aplicação (fora a mencionada no item 2) que utilize o LM 555 em um gerador de rampa linear. 8. APÊNDICE Time 0s 50ms 100ms V(out) -10V 0V 10V 20V V(pulse) 0V 1.0V 2.0V 3.0V Time 92.00ms 94.00ms91.25ms 95.25ms V(out) -10V 0V 10V 20V V(pulse) 0V 1.0V 2.0V 3.0V Figura 3 – Formas de onda: Vpulse e Vout.
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