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Estudo Dirigido - Metodologia Científica

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1 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
ESTUDO DIRIGIDO 
 
 
 
 
Prezado Estudante 
 
Este material é parte integrante da Disciplina Metodologia Científica. 
Aqui, você encontrará textos de apoio para realização de um estudo dirigido, onde 
estão destacados pontos básicos dos temas estudados na disciplina para 
complementar suas aulas e reforçar sua aprendizagem. 
Busque pesquisar e estudar os temas tratados em livros da bibliografia básica, nos 
materiais didáticos e indicações de leituras para a disciplina. 
Neste estudo dirigido, você encontrará atividades. Após realizar todas as atividades 
faça a correção com o gabarito que fica ao final deste documento. Busque rever os 
conteúdos onde você não obteve bons resultados nas atividades. 
 
 
Objetivo Geral 
Desenvolver a capacidade de investigação, de análise, de síntese, de crítica e a de 
realizar trabalhos acadêmicos, segundo os fundamentos da metodologia científica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
“(...) o que dá o verdadeiro sentido ao encontro é a busca (José Saramago).” 
 
As origens da Metodologia Científica remontam a Grécia do 
século VI, com filósofos que antecederam Sócrates (filósofos 
chamados pré-socráticos). 
 
Quando a filosofia surgiu, ela englobava tanto a INDAGAÇÃO 
FILOSÓFICA propriamente dita, quanto o que hoje chamamos 
de CONHECIMENTO CIENTÍFICO. Os filósofos teorizavam sobre 
TODOS OS ASSUNTOS, tentando responder ao por que das 
coisas. Por esse motivo notamos filósofos interessados nos 
assuntos mais diversos. 
 
Aristóteles debruçou-se sobre a Física e a Astronomia, Euclides, Tales e Pitágoras sobre a Geometria. 
 
Entretanto, a CIÊNCIA só começou a se DESTACAR da FILOSOFIA no século XVII, com GALILEU e o 
APERFEIÇOAMENTO DO MÉTODO CIENTÍFICO, fundado na EXPERIMENTAÇÃO E NA MATEMATIZAÇÃO dos 
resultados. Daí em diante o conhecimento fragmentou-se em várias ciências e cada qual ficou responsável pela 
investigação de uma pequena parte da realidade. As afirmações de cada uma destas ciências constituem JUÍZOS 
DE REALIDADE. 
 
O QUE É CIÊNCIA? 
Conjunto organizado de conhecimentos relativos à determinada área do saber. 
A Ciência, através da evolução de seus conceitos, está dividida em áreas de conhecimento (Ciências Humanas, 
Sociais, Biológicas, Exatas, entre outras). Estas divisões por sua vez têm outras subdivisões cujas definições 
variam, segundo conceitos de muitos autores: As Ciências Sociais, por exemplo, pode ser dividida em Direito, 
História, Sociologia. 
 
CONHECIMENTO / CIÊNCIA 
Não se pode separar o conhecer (ato gnosiológico) do ato de produzir conhecimento. Conhecer pressupõe 
cultura, linguagem, práticas, conceitos, troca, valores, ideias e crenças. Com essa bagagem, o sujeito vai 
debater, dialogar, conversar e produzir saberes. 
 
O QUE É O MÉTODO? 
É o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o 
objetivo (conhecimentos válidos e verdadeiros). 
O método ajuda o pesquisador a traçar um caminho a ser seguido, detectar erros e auxilia nas decisões do 
cientista. 
Toda ciência caracteriza-se pela utilização de métodos científicos, mas nem todos os ramos que estudam e 
empregam métodos são ciências. 
Não há ciência sem o emprego de métodos científicos. 
 
ENFIM, O MÉTODO É... 
...uma ordenação de tarefas, procedimentos ou etapas para atingir uma meta, um fim. 
 
TEM A VER COM... 
...ordem, coordenação, organização. 
 
E, O QUE É METODOLOGIA? 
É o estudo dos métodos. 
 
E, O QUE É METODOLOGIA CIENTÍFICA? 
Metodologia Científica tem a ver com......investigar a verdade, buscar uma resposta para determinado assunto 
de forma organizada, metódica. 
3 
 
 
E, QUAL A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA CIENTÍFICA NO ENSINO SUPERIOR? 
Cabe ao ensino superior, fundamental papel no organismo social, ao promover a formação teórica e garantir ao 
profissional a capacidade de análise e interpretação dos fenômenos específicos no seu campo de conhecimento. 
Há necessidade de que tais metas estejam alicerçadas na pesquisa, como um dos procedimentos de ensino. 
Nos cursos superiores a pesquisa deve servir de fonte que alimenta o desenvolvimento científico, literário e 
artístico. 
Nos cursos de graduação, tem-se a predominância da primeira forma de utilização da pesquisa, consubstanciada 
no chamado trabalho escolar, que nada mais é do que um ensaio sobre um fenômeno, um livro, ou ainda um 
tema. Os docentes esperam que a aprendizagem ocorra por meio de uma exposição bem desenvolvida, 
objetiva, discursiva e concludente. 
O resultado final da pesquisa, sendo um conjunto de atividades voltadas para a busca de determinado 
conhecimento ou solução de problema, valha-se de uma metodologia que pode ser desenvolvida em cinco 
etapas: PLANEJAMENTO, COLETA DE DADOS, ANÁLISE, ELABORAÇÃO DA ESCRITA PRELIMINAR e EDITORAÇÃO. 
 O resultado final da pesquisa, ou seja, a conclusão dos resultados obtidos, é apresentado sob a forma de um 
relatório, cuja editoração sob a forma de um relatório de pesquisa, de um ensaio, de um trabalho monográfico 
em cursos de graduação ou de pós-graduação, de uma dissertação de mestrado ou tese de doutorado. 
Os cursos superiores, entre outras funções, assumem de forma explícita a função de centro de cultura mediante 
a pesquisa. Na busca da consecução de tal objetivo, nos cursos de graduação, procura-se associar a pesquisa à 
produção de novos conhecimentos e soluções de problemas. O instrumento utilizado para tal fim é a disciplina 
Metodologia Científica, a qual preconiza o que fazer, que caminhos percorrer para se chegar à última etapa 
envolvida numa pesquisa, qual seja a editoração do relatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
A CARTOGRAFIA DO CONHECIMENTO 
COMO ELE ERA E COMO ESTÁ SE TRANSFORMANDO? 
É condição humana a busca pelo conhecimento. Entretanto, retrata-se acima principalmente, o saber popular e 
o conhecimento científico. 
A Ciência não é o único caminho que leva à busca do conhecimento, à ânsia de encontrar a verdade e a certeza; 
muito menos o conhecimento científico se caracteriza pela verdade ou certeza. 
O que de fato diferencia o conhecimento científico é a sua forma, o modo de conhecer, e os instrumentos, as 
ferramentas para conhecer, ou seja, os seus métodos e suas técnicas. 
 
-A MATEMÁTICA GREGA 
Segundo Tales de Mileto (585 A.C.), Pitágoras (550 A.C.), Euclides (século II A.C), a Lógica e a Geometria são duas 
das ciências que alcançam desenvolvimento exemplar na Grécia. Assim começa a real abstração matemática, 
discutindo-se a existência ou não do infinito, os números infinitesimais, os paradoxos de Zenon, e as relações do 
universo. 
 
- MEADOS DO SÉCULO XV A FINS DO SÉCULO XVIII, BACON, GALILEU E DESCARTES FORAM OS PRINCIPAIS 
PILARES DA FUNDAÇÃO DA CIÊNCIA MODERNA. 
Segundo Bacon (1561-1626), para passar de dominado a dominador da Natureza o homem deve conhecer as 
leis da Natureza por métodos comprovados através de experimentos. Bacon formulou a teoria da indução, que 
serve para descrever minuciosamente os cuidados, técnicas e procedimentos para investigação dos processos 
naturais. A máxima baconiana é: “Saber é poder”. 
No pensamento de Galileu (1564-1642), a nova ciência constitui-se pela utilização do método lógico-
matemático, onde tudo pode ser medido, quantificado e matematizado, afastando todos os elementos 
subjetivos como: desejos, cores, sabores, e odores. Sua máxima é: “O livro da Natureza está escrito em 
caracteres matemáticos”. 
Descartes (1596-1650), foi o criador do método cartesiano, propôs quatro regras básicas capaz de conduzir o 
espírito a verdade. 1) Evidenciar – O objeto deve ser exposto comclareza e evidência; 2) Decompor – Deve 
dividir-se em tantas partes quantas forem necessárias; 3) Ordenar – Deve partir-se dos problemas mais simples 
para os mais complexos; 4) Revisar – Deve fazer verificações para certificar-se de que nada esteja errado. Sua 
máxima é: “Penso, logo existo”. 
 
- SÉCULO XVII - ISAAC NEWTON 
Em 1687, Isaac Newton publica o livro Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, no qual apresenta as três leis 
que se tornam, daí para frente, os mandamentos da física. Na prática, elas ainda estão em vigor. Só precisam ser 
corrigidas, segundo os postulados da Teoria da Relatividade, quando se lida com velocidades muito elevadas, da 
ordem de 1.000.000 km/h. 
5 
 
No mesmo livro, Newton afirma que todos os corpos atraem uns aos outros pela força da gravidade, que é 
gerada pela massa dos próprios corpos. O Sol e os planetas se mantêm juntos sob a ação dessa força, que 
Newton ensina a calcular. 
 
- NO SÉCULO XIX (1801-1900) HOUVE AS SEGUINTES INVENÇÕES: 
1800: (um ano antes do início do século XIX): O italiano Alessandro Volta monta a primeira bateria elétrica. 
1804: O inglês Richard Trevithick experimenta sua criação: uma máquina movida a vapor a partir da qual evoluiu 
o trem. 
1844: O norte americano Samuel Morse faz a primeira transmissão telegráfica entre duas cidades. 
 1858: O inglês Charles Darwin publica a primeira edição da obra " A origem das espécies". 
1859: O norte americano Edwin Laurentine Drake perfura o primeiro poço de petróleo nos Estados Unidos, 
marco do início da indústria petrolífera. 
1876: O escocês Alexander Graham Bell inventa o telefone. 
1879: A lâmpada incandescente é inventada por Thomas Edison e o alemão Carvon Lind fabrica a primeira 
geladeira doméstica. 
1885: O francês Louis Pasteur cria a vacina anti-rábica e o alemão Gottieb Daimler instala o motor a gasolina em 
um automóvel 
1895: O italiano Guglirlmo Marconi inventa o rádio. Em Paris, os irmãos Lumiere exibem o primeiro filme em 
cinema. 
1900: O cientista australiano Karl Landsteiner descobre os diferentes tipos sanguíneos (A,B,AB e O ) 
1900: Sigmund Freud publica A Interpretação dos Sonhos, marco inicial da psicanálise. 
 
- Século XX 
Em 1901 surge a classificação dos tipos sanguíneos (A, B e O) que permite transfusões com segurança. No 
mesmo ano Guglielmo Marconi realiza a primeira radio transmissão enviando o "S" do código Morse da Europa 
para os Estados Unidos. 
No ano de 1903, a atividade muscular do coração começa a ser acompanhada por eletrocardiograma. Marie 
Curie, seu marido, Pierre, e Henri Béqueres dividem o Nobel da física pela descoberta da radioatividade. 
Albert Einstein, em 1905, formula a teoria da relatividade. 
Já em 1906, Santos Dumont sobrevoa Paris com seu 14 Bis. Três anos antes, os irmãos Wilbur e Orville Wright 
haviam protagonizado feito semelhante nos EUA, mas foram vistos por apenas cinco testemunhas. 
Em 1907, são desenvolvidos os fios de tungstênio, que aumentam a durabilidade e a segurança das lâmpadas. 
Hans Geisel produz uma máquina capaz de medir a radiação, em 1908. Em sua homenagem, o aparelho é 
batizado com o nome de Contador Geisel. 
6 
 
O bacteriologista alemão Paul Ehrlich, em 1910, usa uma fórmula de arsênico capaz de combater com eficiência 
a sífilis. Seu trabalho é a base da moderna Quimioterapia. 
Ernest Rutherford, Hans Geisel e Ernest Mardsen desvendam a estrutura do Átomo, em 1911. 
Henry Ford em 1913, cria a primeira linha de montagem industrial. 
No ano de 1914, o fisiologista inglês Henry Dale identifica a existência dos neurotransmissores, substâncias que 
transmitem mensagens entre as células do sistema nervoso. 
Em 1919, Ernest Rutherford divide artificialmente um átomo. 
Já em 1921 pesquisadores canadenses isolam a insulina. Em 1928, O bacteriologista escocês Alexander Fleming 
descobre a penicilina. 
Plutão, o nono planeta do sistema solar foi descoberto em 1930. 
O físico inglês James Chadqick localiza a terceira partícula do núcleo atômico, o nêutron, no ano de 1932. 
Com relação ao ano de 1935, Charles Richter inventa a escala Richter para medir a intensidade dos abalos 
sísmicos. Já em 1935, foi construído o primeiro radar. 
John Maynard Keynes em 1936, publica a Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, defendendo a 
intervenção do estado na economia. 
Em 1937 é criada a vacina contra a febre amarela. 
O primeiro voo de um avião a jato, aconteceu em 1939, e em 1940 é descoberto o fator Rh do sangue. 
 
- PERSONAGENS IMPORTANTES DO SÉCULO XX 
Sigmund Freud - A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância 
às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, 
acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos 
primeiros anos de vida. Desta forma, assumia que os conteúdos inconscientes, apenas se encontravam 
disponíveis para a consciência, de forma disfarçada (através de sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo). 
Neste sentido, Freud desenvolveu a psicanálise, uma abordagem terapêutica que tem por objetivo dar a 
conhecer às pessoas os seus próprios conflitos emocionais inconscientes. 
Ivan Pavlov - Médico russo descobridor dos comportamentos que são reflexos condicionados, nasceu na Rússia 
central. Em 1903 Pavlov publicou os resultados chamando o fenômeno um "reflexo condicionado", que podia 
ser adquirido por experiência, e designando o processo "condicionamento". Logo sua descoberta tornou-se base 
para uma nova corrente psicológica, o behaviorismo, fundado por John Watson em 1913. 
Henry Ford – Fundou a Ford e criou o Modelo T , que começou a ser vendido em outubro de 1908 e dominou as 
vendas pelos próprios 18 anos. Devido ao seu desenvolvimento da linha de montagem, usada para a produção 
em massa de automóveis, Ford vendeu mais da metade dos carros na indústria, no período 1918-1919 e 1921-
1925. Do período da introdução do Modelo T ou "Tin Lizzie" em 1908 a 6 anos depois, Ford construiria fábricas 
maiores e diminuiria o tempo de montagem de um carro de 12 horas e meia para 93 minutos. 
Niels Bohr - Graças a Copérnico foi possível compreender o mecanismo do universo em geral e do sistema solar 
em particular; quanto a Bohr, sua teoria permitiu a elaboração da mecânica quântica partindo de sólida base 
experimental. Seus trabalhos contribuíram decisivamente para a compreensão da estrutura atômica e da física 
quântica. Bohr recebeu o Nobel de Física em 1922. 
7 
 
É a noite de 23 de setembro de 1943. Na cidade de Copenhague, mais uma vez o toque de recolher traz o 
silêncio forçado. Mas a Resistência dinamarquesa - uma das mais bem organizadas da Europa - não cede. Nessa 
noite, um pequeno barco de pesca leva a bordo um clandestino excepcional, cuja permanência na Dinamarca 
poderia ser incalculavelmente vantajosa para os alemães. 
Niels Bohr, um dos maiores cientistas europeus em questões nucleares, é levado até a Suécia, de onde embarca 
num avião que se dirige para a Inglaterra. Como medida extrema de segurança - uma vez que o avião pode ser 
abatido pelos inimigos -, o cientista viaja numa cabina especial que em caso de perigo pode ser aberta para 
deixar seu ocupante cair de paraquedas. Bohr deixa seu país pelo receio de ser enviado a um centro de 
pesquisas nazista, onde deveria colaborar na construção de armamentos atômicos. 
Werner Heisenberg – Formulou o princípio da incerteza que consiste num enunciado da mecânica quântica, 
formulado inicialmente em 1927. 
Alexander Fleming - Chegou à descoberta da penicilina e de suas propriedades antibióticas em 1928, ao 
observar uma cultura de bactérias do tipo estafilococo e o desenvolvimento do mofo a seu redor, onde as 
bactérias circulam livres. 
James Chadwick- Seu principal contributo para a ciência foi a prova da existência do nêutron. Por esta 
descoberta, foi-lhe atribuído o Nobel de Física em 1935. Chadwick tornou-se professor de Física na universidade 
de Liverpool em 1935 e, durante a Segunda Guerra Mundial, integrou o Projeto Manhattan nos Estados Unidos, 
desenvolvendo as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. 
James Watson e James Crick - Os biólogos James Watson e Francis Crick demonstraram como é a forma da 
molécula de DNA. Em 1953, eles publicaram na revista científica Nature o artigo histórico em que descreviam a 
estrutura. O feito rendeu a Watson, Crick e a outro inglês, o físico Maurice Wilkins, o Prêmio Nobel de Medicina 
10 anos mais tarde. Antes, com Mendel, já se sabia que a hereditariedade das características humanas se 
deviam aos genes, tanto que ele é considerado o pai da genética. Mas foi a descoberta da estrutura em dupla 
hélice que permitiu o esclarecimento de como se dão as transmissões genéticas. " 
 
- O CONHECIMENTO NO SÉCULO XXI - COMO ESTÁ O CONHECIMENTO NO MUNDO GLOBALIZADO? 
Segundo Alvin Toffler, sempre haverá um aumento da informação disponível. Até pouco tempo, isso era 
gradual. Existem estudos que indicam que a soma da informação do mundo dobra a cada 80 dias. Uma edição 
dominical do The New York Times contém mais informações que uma pessoa do século 17 poderia acessar ao 
longo de toda sua vida! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
 O CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS 
 
A evolução humana corresponde ao desenvolvimento de sua inteligência. Sendo assim podemos definir níveis 
de desenvolvimento dos seres humanos desde o surgimento dos primeiros hominídeos. Os seres humanos pré-
históricos não conseguiam entender os fenômenos da natureza. Por este motivo, suas reações eram sempre de 
medo: tinham medo das tempestades e do desconhecido. Como não conseguiam compreender o que se 
passava diante deles, não lhes restava alternativa senão o medo e o espanto daquilo que presenciavam. 
 Num segundo momento, a inteligência humana evoluiu do medo para a tentativa de explicação dos fenômenos 
através do pensamento mágico, das crenças e das superstições. 
Era, sem dúvida, uma evolução já que tentavam explicar o que viam. Assim, as tempestades podiam ser fruto de 
uma ira divina, a boa colheita da benevolência dos mitos, as desgraças ou as fortunas eram explicadas através 
da troca do humano com o mágico. 
Como as explicações mágicas não bastavam para compreender os fenômenos os seres humanos finalmente 
evoluíram para a busca de respostas através de caminhos que pudessem ser comprovados. Desta forma nasceu 
a ciência metódica, que procura sempre uma aproximação com a lógica. 
O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar. Esta característica permite que os seres 
humanos sejam capazes de refletir sobre o significado de suas próprias experiências. Assim sendo, é capaz de 
novas descobertas e de transmiti-las a seus descendentes. 
O desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua característica de viver em 
grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a outro, que, por sua vez, aproveita-se deste saber para 
somar outro. Assim evolui a ciência. 
OS NÍVEIS DO CONHECIMENTO 
-POPULAR: é o conhecimento do povo, que nasce da experiência do dia-a-dia: por isso, é chamado também de 
“empírico”, ou “vulgar”, quer dizer, do povo. É ametódico e assistemático, mas é a base do saber. que é comum 
e possível a todo ser humano, de qualquer nível cultural. Não questiona, não analisa, não exige demonstração, 
é ocasional e assistemático. Estrutura-se como um conjunto de crenças e opiniões, utilizadas em geral para 
objetivos práticos. É basicamente desenvolvido por meio dos sentidos, e não tem intenção de ser profundo, 
sistemático e/ou infalível. Também denominado bom senso ou senso comum, é aquele que todo ser humano 
desenvolve, no contato direto e diário com a realidade. 
- CIENTÍFICO: diferentemente do conhecimento vulgar, o conhecimento científico não atinge simplesmente os 
fenômenos na sua manifestação global, mas os atinge em suas causas, na sua constituição íntima, 
caracterizando-se, desta forma, pela capacidade de analisar, de explicar, de desdobrar, de justificar, de induzir 
ou aplicar leis, de predizer com segurança eventos futuros. A ciência é fruto da tendência humana para 
procurar explicações válidas, para questionar e exigir respostas e justificações convincentes. 
 Conhecimento científico é expressão que lembra laboratório, instrumental de pesquisa, trabalho programado, 
metódico, sistemático e não faz associações com inspiração mística ou artística, religiosa ou poética. A 
expressão conhecimento científico evidencia o caráter de autoridade, de respeitabilidade, que falta ao 
conhecimento vulgar. 
- FILOSÓFICO: enquanto as ciências estudam uma parte da realidade sensível, a filosofia questiona todas as 
coisas, procurando saber sua essência (o que é?), sua origem (de onde vem?), seu destino (para onde vai?), seu 
sentido (por quê?). Pode ser definida como o conhecimento que procura descobrir o sentido último (origem, 
essência, destino) de todas as coisas, servindo-se da razão (método racional)”. 
9 
 
A título de exemplo, enquanto o biólogo (cientista) questiona os dados sensíveis do ser humano (como a célula, 
o tipo de sangue...), o filósofo questiona o homem como um todo e se pergunta: Quem é o homem? De onde 
ele vem? Para onde ele vai? Quais são seus elementos constitutivos fundamentais? Além de estudar as reflexões 
dos pensadores do passado, preocupa-se com as novas questões que surgem na atualidade, por exemplo, o 
sentido da técnica, os aspectos éticos da globalização ou da engenharia genética. 
- TEOLÓGICO OU RELIGIOSO: a verdade pode ser encontrada tanto pelo caminho da investigação (nas ciências e 
na filosofia), como pelo caminho da revelação e do encontro com o transcendente (típico da experiência 
religiosa). O homem responde à “Revelação de Deus” através da “Fé”. O fundamento do conhecimento religioso 
é a fé. Não é preciso ver para crer, e a crença ocorre mesmo que as evidências apontem no sentido contrário. As 
verdades religiosas são registradas em livros sagrados ou são reveladas por seres espirituais, por meio de alguns 
iluminados, santos ou profetas. Essas verdades são quase sempre definitivas e não permitem revisões mediante 
reflexão ou experimentos. Portanto o conhecimento teológico/religioso é um conhecimento mítico, dogmático 
ou ainda espiritual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
O TEXTO ACADÊMICO: A LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO TEXTO 
 
O método científico envolve rigor e dedicação. Um de seus elementos fundamentais está na leitura sistemática 
que é acompanhada por algum sistema de documentação dos dados / informações Existem diferentes formas 
de leituras e documentações. 
Pode-se ler com várias finalidades: Leitura formativa, de distração e informativa. 
A leitura informativa é feita para coleta de dados e informações que serão utilizados nos trabalhos científicos. 
Etapas de leitura, análise e interpretação de textos científicos: 
 
a) ANÁLISE TEXTUAL 
 preparação do Texto. abordagem do texto com vistas à preparação da leitura. Visão de conjunto, busca de 
esclarecimentos: vocabulário, fatos, época, autor, etc. - levantamento dos elementos importantes do texto. 
 
b) ANÁLISE TEMÁTICA 
 Compreensão do texto, da mensagem do autor - identificação da idéia central e das secundárias, processos de 
raciocínio, tipos de argumentação - um esquema de pensamento do autor. 
 
c) ANÁLISE INTERPRETATIVA 
Interpretação do texto, da mensagem do autor- análise crítica ou avaliação; discussão e julgamento do 
conteúdo do texto. 
 
d) PROBLEMATIZAÇÃO – Levantamento e discussão de problemas relacionados com o texto, com a mensagem 
do autor. 
 
e) SÍNTESE PESSOAL – Reelaboração da mensagem do texto, com base na reflexão pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
A ROTINA DO TRABALHO ACADÊMICO: O SEMINÁRIO 
O SEMINÁRIO é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate. Em geral, é empregada nos 
cursos de graduação e pós-graduação. (MARCONI; LAKATOS, 2010). 
O objetivo do seminário é levar todos os participantes a uma reflexão aprofundada de um determinado assunto, 
através da leitura, análise e interpretação de textos. 
OS COMPONENTES DO SEMINÁRIO 
Trabalha-se em grupos que variam de 5 a 12 integrantes, quando o grupo é muito grande convém dividi-lo em 
subgrupos. O grupo é formado pelo diretor (organizador, coordenador), relator, secretário e demais 
participantes. Esporadicamente pode aparecer um comentador. 
•Diretor ou Coordenador 
Geralmente, o professor ou especialista em determinado assunto. Cabe a ele propor os temas a serem 
estudados, indicar a bibliografia, estabelecer uma agenda de trabalho e duração. 
•Relator 
É aquele que expõe os resultados dos estudos referentes a um tema específico do programa de trabalhos. 
•Secretário 
É o estudante designado para anotar as ideias discutidas e elaborar o relato das conclusões parciais e finais do 
estudo. 
•Comentador (se houver) 
É o aluno escolhido pelo coordenador do seminário. Deve estudar com antecedência o tema a ser apresentado, 
com o intuito de fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e debate dos demais participantes da 
classe. 
•Demais participantes 
São todos os que participam do seminário (a classe toda). Depois da exposição, devem participar, fazendo 
perguntas, pedindo esclarecimentos, reforçando argumentos dando alguma contribuição. 
Modalidades de Seminário 
O seminário, na sua estrutura e funcionamento, apresenta três modalidades: 
a) Clássico ou individual: os estudos e a exposição ficam a cargo apenas de um estudante. O estudo pode 
abranger um determinado assunto ou parte dele. 
b) Clássico em grupo: os estudos são realizados por um pequeno grupo (cinco ou seis elementos). A exposição 
do tema tanto pode ser apresentada por um dos membros, escolhido pelo grupo, ou repartida entre eles, ou 
seja, cada um apresentando uma parte. 
c) Em grupo: todos os elementos da classe devem participar, havendo tantos grupos quantos forem os 
subtítulos do tema. Estuda-se o tema em geral, para uma visão global, cada grupo aprofunda a parte escolhida. 
12 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
DOCUMENTAÇÃO DE DADOS COLETADOS / INFORMAÇÕES PARA O TRABALHO 
ACADÊMICO: ESQUEMA, FICHAMENTO, RESUMO, RESENHA, SÍNTESE E MEMORIAL 
 
ESQUEMA 
O esquema é um registro gráfico (bastante visual) dos pontos principais de um determinado conteúdo. 
 
FICHAMENTO 
Um fichamento básico apresenta os seguintes dados: 
Indicação bibliográfica – mostrando a fonte da leitura (ABNT) 
Resumo – sintetizando o conteúdo da obra. 
Citações – apresentando as transcrições significativas da obra. 
Comentários – expressando a compreensão crítica do texto, baseando-se ou não em outros autores e outras 
obras. 
 
 
 
 
Principais fichas: 
• Ficha analítica (ou de comentário) 
Utilizada para comentários de um texto lido. 
• Ficha de transcrição 
Utilizada na citação de textos do autor da obra lida que sejam considerados muito importantes. 
• Ficha de resumo 
 
RESUMO 
Resumo não é paráfrase (reescrita de um texto, com nossas próprias palavras, mantendo
do autor do texto parafraseado), mas utiliza os mesmos recursos da paráfrase acrescidos da síntese das idéias 
principais do texto resumido. 
É uma apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do 
conteúdo e das conclusões do trabalho.
O resumo não é comentário crítico; você deve ater
idéias do resumo devem ser fiéis às expostas no texto original.
 
RESENHA 
É um resumo crítico. O procedimento para a resenha é semelhante ao executado 
na elaboração do resumo, acrescido de uma crítica.
O resumo crítico é uma redação técnica que avalia de forma si
importância de uma obra científica ou literária. 
A resenha pede um elemento importante de interpretação de texto.
 
SÍNTESE 
Sintetizar equivale a condensar, encurtar, reduzir, resumir, sumariar, tornar sintético.
A síntese de um texto se baseia no levantamento e exposição, em geral em bloco único, das suas idéias 
principais. 
 
MEMORIAL 
Memorial é um depoimento escrito relativo à lembrança, à vivência de alguém; 
memórias. 
Deve conter um breve relato sobre a história de vida pessoal, profissional e
do memorialista. Por isso mesmo é escrito com o uso da primeira pessoa.
 
Utilizada para comentários de um texto lido. 
Utilizada na citação de textos do autor da obra lida que sejam considerados muito importantes. 
Resumo não é paráfrase (reescrita de um texto, com nossas próprias palavras, mantendo
do autor do texto parafraseado), mas utiliza os mesmos recursos da paráfrase acrescidos da síntese das idéias 
presentação concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do 
conteúdo e das conclusões do trabalho. 
O resumo não é comentário crítico; você deve ater-se às idéias do autor, sem emitir sua opinião, por isso as 
do resumo devem ser fiéis às expostas no texto original. 
É um resumo crítico. O procedimento para a resenha é semelhante ao executado 
na elaboração do resumo, acrescido de uma crítica. 
O resumo crítico é uma redação técnica que avalia de forma sintética a 
importância de uma obra científica ou literária. 
A resenha pede um elemento importante de interpretação de texto. 
Sintetizar equivale a condensar, encurtar, reduzir, resumir, sumariar, tornar sintético.
o levantamento e exposição, em geral em bloco único, das suas idéias 
Memorial é um depoimento escrito relativo à lembrança, à vivência de alguém; 
Deve conter um breve relato sobre a história de vida pessoal, profissional e cultural 
do memorialista. Por isso mesmo é escrito com o uso da primeira pessoa. 
13 
Utilizada na citação de textos do autor da obra lida que sejam considerados muito importantes. 
Resumo não é paráfrase (reescrita de um texto, com nossas próprias palavras, mantendo-se fidelidade às idéias 
do autor do texto parafraseado), mas utiliza os mesmos recursos da paráfrase acrescidos da síntese das idéias 
presentação concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do 
se às idéias do autor, sem emitir sua opinião, por isso as 
Sintetizar equivale a condensar, encurtar, reduzir, resumir, sumariar, tornar sintético. 
o levantamento e exposição, em geral em bloco único, das suas idéias 
Memorial é um depoimento escrito relativo à lembrança, à vivência de alguém; 
cultural 
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REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
FORMAS BÁSICAS DA APRESENTAÇÃO DE TRABALHO ACADÊMICO 
O trabalho acadêmico é um texto científico. A diferença entre os vários tipos de textos científicos está na 
composição de seu corpo. 
- uma introdução (ou um conteúdo introdutório, que pode ou não aparecer graficamente 
destacado como introdução) para apresentar a pesquisa; 
- um corpo ou desenvolvimento para o conteúdo e 
- uma conclusão (ou um conteúdo conclusivo, que pode ou não aparecer destacado como 
conclusão) para fechar / concluir um problema. 
- RELATÓRIO CIENTÍFICO - Relatar é basicamente "contar o que se observou". É, tipicamente, o primeiro texto 
produzido após uma pesquisa de campo ou de laboratório. É descritivo por natureza. A confiabilidade e a 
validade dos relatóriosdependem em grande parte do notório saber, da capacitação e do “olho clínico" do 
pesquisador. 
- MONOGRAFIA - A monografia é um texto essencialmente analítico, em que o objeto é um tema, originário de 
um problema bem delimitado em extensão, de forma a permitir o aprofundamento do estudo. Fundamenta-se 
na organização e na interpretação analítica e avaliativa de dados, conforme objetivos (propostas de raciocínio) 
preestabelecidos. 
-SINOPSE E RESUMO - São textos reduzidos, que servem bem a propósitos exploratórios. 
A sinopse é um pequeno texto (25 a 50 linhas), geralmente redigido pelo autor ou pelo editor de uma obra. A 
característica essencial da sinopse é a apresentação concisa dos traços gerais, das grandes linhas da obra. 
O resumo, normalmente um texto mais longo (10% a 25% do texto original), presta-se ao mesmo propósito da 
sinopse. Apenas vai mais longe, já que levanta as ideias essenciais do texto-base e deve manter o espírito do 
autor. Procura preservar suas intenções e ênfases, tratando com mais detalhamento aquilo que o autor trata 
mais longamente. 
Enquanto na sinopse se permite alguma interpretação, no resumo busca-se guardar absoluta fidelidade ao texto 
original. 
- ARTIGO-RELATÓRIO (OU RELATO DE EXPERIÊNCIA) - resulta da intenção de publicar resultados de pesquisas 
de campo ou de laboratório. O formato aconselhado para o corpo de um artigo-relatório é o mesmo de um 
relatório científico comum (referencial teórico, metodologia e materiais, apresentação dos resultados, análise e 
interpretação dos resultados, recomendações e sugestões, se for o caso). A diferença é que normalmente se 
trata de um texto para publicação em periódicos, o que exigirá uma extensão menor (cinco a dez páginas), sem 
ferir os elementos essenciais. 
- ARTIGO CIENTÍFICO - uma pequena monografia que visa publicar resultados do estudo de um tema/problema. 
Embora tenha formato reduzido (entre cinco e dez páginas), é sempre um trabalho completo, um texto integral. 
É geralmente utilizado para publicações em revistas especializadas, seja para divulgar conhecimentos, seja para 
comunicar resultados ou novidades a respeito de um assunto, como ainda para contestar, refutar ou apresentar 
soluções de uma situação controvertida. 
- PAPER OU COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA - É um texto de suporte a uma comunicação oral em cursos, 
congressos, simpósios, reuniões científicas etc. Contém em média entre duas e dez páginas, estruturadas no 
modelo de artigo científico ou artigo-relatório, para posterior publicação em atas e anais dos eventos científicos 
15 
 
em que foi apresentado. Pode aparecer publicado na íntegra ou na forma de resumos e sinopses. Embora 
contenha a mesma estrutura intelectual dos artigos (introdução, corpo e conclusão), não apresenta subdivisões: 
é um texto unitário. 
- INFORME CIENTÍFICO - É um texto sintético, utilizado para comunicar resultados parciais de pesquisas em 
andamento, ou os resultados finais de um estágio de investigação científica. Divulga as primeiras descobertas 
realizadas, as dificuldades encontradas ou previstas, e descreve os procedimentos utilizados, sejam de campo, 
de laboratório ou bibliográficos. Deve também incluir a data de realização dos estudos e os resultados. Mantém 
a estrutura intelectual e gráfica dos artigos científicos e artigos de relatório, em relação aos elementos 
necessários à informação que se quer transmitir. 
- ENSAIO CIENTÍFICO - é o texto científico que desenvolve uma proposta pessoal do autor a respeito de um 
determinado assunto. Embora encerre o pressuposto de conhecimentos adquiridos no meio científico comum, o 
ensaio pretende expressar a visão do autor, até mesmo de forma independente em relação ao pensamento 
científico expresso e comum a respeito do assunto. Pode-se pensar o ensaio científico como "um conjunto de 
impressões do especialista". E claro que o valor científico do ensaio depende do respeito da comunidade 
científica pela autoridade e pelo notório saber do ensaísta. A estrutura intelectual e gráfica do ensaio é idêntica 
à estrutura intelectual e gráfica da monografia ou do artigo científico. 
- DISSERTAÇÃO - É o texto final exigido como condição parcial para a obtenção do grau acadêmico de mestre. 
Dependendo da área científica em que é desenvolvida e da natureza da investigação, apresenta-se comumente 
na forma de relatório científico ou de monografia. A dissertação tem como característica principal o 
aprofundamento, isto é, o texto deve identificar, tratar e fechar uma questão científica de maneira competente 
e profunda. 
- TESE - É o texto final exigido como condição para a obtenção do grau acadêmico de doutor, bem como dos 
títulos universitários de catedrático e livre-docente. 
Assim como a dissertação assume o formato de uma monografia ou de um relatório científico, conforme a área 
de ciência ou a natureza da investigação desenvolvida. 
Cabe a uma boa tese identificar, tratar e fechar uma questão científica de maneira competente, profunda e 
inédita. Ou seja, a característica essencial de uma tese é o que contém de inédito em certa área de ciência, 
aquilo com que pode contribuir de forma nova para o conhecimento humano. O inédito apresentado em uma 
tese pode ser tanto algo completamente novo, como aspectos novos de algo já velho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
REDAÇÃO ACADÊMICA 
PARÁFRASE - CITAÇÕES - REFERÊNCIAS - USO DA INTERNET NA PESQUISA 
PARÁFRASE 
Escrever não é uma tarefa fácil, pois requer habilidade de expressão, domínio de vocabulário, muita leitura, 
dentre outras atividades. E deve ser um exercício constante. Na constância, na prática, o desenvolvimento 
surge. 
Vamos estudar uma técnica em que registramos somente as idéias do autor contidas no texto, isto é, vamos 
“ouvir” somente a voz do autor. 
É a técnica da PARÁFRASE. Parafrasear não significa plagiar, pois o autor da paráfrase, ao citar o nome de outros 
escritores, está mostrando que se trata realmente de uma paráfrase. Em resumo, não está fazendo algo às 
escondidas ou tentando tornar-se proprietário do pensar dos outros. 
Observe o texto abaixo: 
“Ler pode ser uma fonte de alegria. Pode ser. Nem sempre é. Livros são iguais à comida. Há os pratos refinados, 
como o caillles au sarcophage (codorna, cozida e temperada, coberta com massa folheada), especialidade de 
Babette, que começam por dar prazer ao corpo e terminam por dar alegria à alma. E há as gororobas, 
malcozidas, empelotadas, salgadas, engorduradas, que além de produzir vômito e diarréias no corpo produzem 
perturbações semelhantes na alma. Assim também os livros. Ler é uma virtude gastronômica: requer uma 
educação da sensibilidade, uma arte de discriminar os gostos. O chef prova os pratos que prepara antes de 
servi-los. O leitor cuidadoso, de forma semelhante, prova um canapé do livro, antes de se entregar à leitura.” 
(ALVES, Rubem. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2001.) 
Este trecho se encontra na página 49 da obra citada. 
Utilizando o texto acima, você poderá iniciar a sua paráfrase da seguinte maneira: 
De acordo com Alves (2001, p. 49), ................................................................ 
Segundo Alves (2001, p. 49), ........................................................................... 
Para Alves (2001, p. 49), ................................................................................. 
A seguir, informe O QUE acontece. 
De acordo com Alves (2001, p.49), ler pode ou não ser uma fonte de alegria. 
A partir desta primeira frase, não mais repita o nome do autor, tampouco o chame de “ele”, chame-o de “esse 
autor”. Você poderá repetir o nome do autor caso mude de página ou caso você coloque o nome de outro autor 
logo a seguir. Se isso não ocorrer, continue a reescriturado texto, tendo o cuidado de verificar de quem é a voz 
que faz tais afirmações todo o tempo. E também não utilize mais de uma vez “esse autor”. 
A paráfrase fica assim: 
De acordo com Alves (2001, p. 49), ler pode ou não ser uma fonte de alegria. Esse autor salienta que os livros 
são iguais à comida e, para provar tal afirmação, compara os pratos refinados e os não refinados aos livros, 
argumentando que, se o alimento não for bom, causará mal-estar no corpo e na alma; da mesma forma, se o 
livro não for bom, causará sensações semelhantes às provocadas por tal alimento. E conclui que ler é uma 
virtude gastronômica, pois demanda uma educação da sensibilidade, sugerindo que o leitor cuidadoso deve 
provar um pouco do livro antes de lê-lo, assim como o chef de cozinha prova o alimento antes de servi-lo. 
17 
 
A paráfrase acima não se trata de um modelo. Trata-se de uma dentre as possíveis leituras. 
Observe que você pode, também, iniciar a sua paráfrase com o nome do autor. 
Vejamos: 
 
Alves (2001, p. 49) afirma que ler pode ou não ser uma fonte de alegria. 
(Observe que, neste caso, não há vírgula separando o nome do autor e o verbo afirmar.) 
 
Observe, também, que, após o nome de Alves (o autor), você deverá colocar um verbo que exprima a ação 
realizada. Assim, 
Alves (2001, p.49) afirma......... (o quê?) 
Alves (2001, p.49) analisa ........ (o quê?) 
Alves (2001, p. 49) descreve ......(o quê?) 
Alves (2001, p. 49) reflete sobre...(o quê?) 
Alves (2001, p. 49) salienta ........(o quê?) 
Alves (2001, p.49) ressalta ..... ... (o quê?) 
Alves (2001, p. 49) critica ...........(o quê?) 
Alves (2001, p. 49) compara ........(o que com o quê?), dentre outras ações. 
Para corroborar o que afirmamos anteriormente, apresentamos-lhe a definição de Othon Garcia sobre o 
termo paráfrase. 
 Segundo Garcia (1992, p.185), 
 
(...) a paráfrase corresponde a uma espécie de tradução dentro da própria língua, em que se diz, de maneira 
mais clara, num texto B, o que contém um texto A, sem comentários marginais, sem nada acrescentar e sem 
nada omitir do que seja essencial, tudo feito com outros torneios de frase e, tanto quanto possível, com outras 
palavras, e de tal forma que a nova versão — que pode ser sucinta sem deixar de ser fiel — evidencie o pleno 
entendimento do texto original. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
CITAÇÕES E REFERÊNCIAS 
 
• CITAÇÕES 
 
DIRETA - reprodução exata, com as palavras do texto original. 
 
Curta - até 3 linhas - inserida no parágrafo entre aspas. 
 
- Antes das aspas - nome do autor com inicial maiúscula, ano e página dentro dos parênteses. 
EX: 
Segundo Santos (2000, p.15) “a pesquisa científica pode ser caracterizada como atividade intelectual intencional 
que visa responder as necessidades humanas”. 
 
- Após as aspas - nome do autor todo em letras maiúsculas dentro dos parênteses com o ano e a página. 
EX: 
 Nesta perspectiva, “a pesquisa científica pode ser caracterizada como atividade intelectual intencional que visa 
responder as necessidades humanas”. (SANTOS, 2000, p.15). 
 
 
Longa - mais de 3 linhas - em bloco de texto destacado do parágrafo sem aspas (recuo de 4 cm da margem 
esquerda do texto terminando na margem direita, fonte 1 ponto abaixo da fonta normal do texto, espaço 
simples e espaçamento 1,5 dos parágrafos anterior e posterior). No parágrafo aparece o nome do autor com 
inicial em maiúscula seguido pelo ano e página dentro de parênteses. 
 
EX: 
Na cibercultura esse é o ambiente comunicacional, que segundo Silva (2003, p.53) 
 
põe em questão o esquema clássico da informação. Há uma liberação do pólo da emissão 
criando espaço para a interatividade, ou seja: emissor e receptor mudam respectivamente de 
papel e de status, quando a mensagem se apresenta como conteúdos manipuláveis e não mais 
como emissão. 
Compreender os desafios da cibercultura exige num primeiro momento, precisar o quadro de 
mudanças relacionado a esse ambiente comunicacional. 
 
 
INDIRETA - texto produzido pelo pesquisador com base na obra consultada. Não usar aspas. O nome do autor 
aparece somente com a inicial maiúscula e seguido do ano entre parênteses. 
 
EX: 
Fonseca (1999), focalizando especificamente a pesquisa etnográfica, procura mostrar que é possível chegar do 
particular ao geral, pela utilização de modelos. 
 
• CITAÇÃO DE CITAÇÃO 
 
Citação direta ou indireta de um texto do qual o pesquisador não se teve acesso, mas que tomou conhecimento 
apenas por menção em outro trabalho. Quando a citação de um texto é uma citação feita em outro documento, 
identificamos a citação com a expressão “apud”. 
 
EX: 
Leedy (1970 apud RICHARDSON, 1991, p. 417) compartilha deste ponto de vista ao afirmar “os estudantes estão 
enganados quando acreditam que eles estão fazendo pesquisa, quando de fato eles estão apenas transferindo 
informação factual”. 
 
 Note que “Leedy e 1970” referem-se ao autor da citação e o ano em que foi publicada, “RICHARDSON, 
1991, p.417” são os dados do livro de onde foi retirada a citação (autor, ano e página). 
 
 
19 
 
• CITAÇÕES DE UM MESMO AUTOR NUM MESMO ANO 
 
As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo ano, são distinguidas pelo 
acréscimo de letras minúsculas, após a data e sem espacejamento. 
 
Ex: 
 (REZENDE, 2000a, p.25) 
 
(REZENDE, 2000b, p.46) 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
• Autores pessoais 
 
SOBRENOME, Prenome (extenso ou abreviado). Título da obra: informação complementar do título (se houver). 
Edição (quando consta no livro. Livros de primeira edição, não precisam constar esse dado): Editora, ano. 
 
EX: 
NÉRICI, I. G. Metodologia do ensino superior. Rio de Janeiro: Atual, 1984. 
KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 2ª ed. São Paulo: Papirus, 2004. 
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. O futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Editora 
34, 1993. 
 
 
- Para mais de um autor com até três autores (separa-se os nomes com ponto e vírgula). 
EX: 
LAKATOS, E.M.; MARCONI,L. M. de A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1995. 
 
- Para mais de três autores: Usar et al. (seguida de ponto), que significa “e outros”. 
EX: 
MIZUKAMI, Maria da Graça Nocoletti et al. Escola e Aprendizagem da docência: processos de investigação e 
formação. São Carlos: EDUFSCAR, 2002. 
 
- Quando a obra é uma tradução. 
EX: 
UMPHRED, Darcy Ann (Ed.). Fisioterapia neurológica. Tradução Lilia Bretenitz Ribeiro. São Paulo: Manole, 1994. 
 
- Quando a obra possui um organizador ou coordenador. 
EX: 
FRIEDE, Reis (Coord.). Mil perguntas de direito tributário. 4. ed. Rio de Janeiro: Thex, 2002. 
 
MINAYO, Mª Cecília de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1999. 
 
- Quando se trata de um capítulo ou artigo incluído em um livro organizado ou coordenado por uma outra 
pessoa ( apresenta-se o autor com seu capítulo ou artigo seguido da palavra In e a referência do livro em que 
consta o capítulo ou artigo. Ao final definir as páginas iniciais e finais do capitulo ou artigo). 
 
EX: 
SANTOS, E. O. Articulação de saberes na EAD on-line: por uma rede interdisciplinar e interativa de 
conhecimentos em ambientes virtuais de aprendizagem.In: SILVA, M. Educação on-line. São Paulo: Loyola, 2003. 
pág. 217 - 230. 
 
 
 
 
20 
 
• Autores Entidades 
Ex: 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Levantamentos básicos em saúde bucal. Tradução Ana Julia Perrotti 
Garcia. 4 ed. São Paulo: Liv. Santos, 1999. 
 
BRASIL. Presidência da República. Comunidade Solidária: três anos de trabalho. Brasília, DF: Imprensa Nacional, 
1998. 
 
ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Manual de levantamento da produção documental. Rio de Janeiro, 1986. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências- 
elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 
 
• Sem autor 
EX: 
HANDBOOK de estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
• Publicação Periódica 
 
SOBRENOME, Prenome. Título dão artigo. Nome do periódico, Local da publicação, (vloume/ano), número, 
páginas (inicial e final do artigo), mês (abreviado) e ano. 
 
EX: 
BARRICHELO, Luciana. Canudo que faz a diferença. Veja, São Paulo, v.34, n.35, p.74-75, set.2001. 
 
• Trabalhos Acadêmicos 
 
SOBRENOME, Prenome. Título do trabalho. Ano da conclusão do trabalho. Número de folhas. Tipo de trabalho 
(Nome do curso) - Nome da Universidade ou Instituição, local da defesa, ano da defesa. 
 
EX: 
KAIUCA, Miriam Abduche. Com um lápis e um papel... cria-se um novo texto: as representações de práticas 
democráticas nos colégios da aplicação. 2003. 252 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estácio 
de Sá, Rio de Janeiro, 2003. 
 
• Referências Legislativas 
 
AUTOR. Tipo e número da lei ou jurisprudência, data da assinatura. Nome do periódico em que se encontra, 
local, data da publicação. Informações complementares sobre o periódico. Página. 
 
EX: 
BRASIL, Lei nº 10.741, de 01 de novembro de 2003. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder 
Executivo, Brasília, DF, 03 de nov.2003. p.3. 
 
• Evento 
NOME DO EVENTO, NÚMERO.,ANO, LOCAL ONDE ACONTECEU. Título. Local onde foi editado: editora, ano. 
 
EX: 
ENCONTRO ANPAD, 27.,2003 Atibaia. Resumo dos trabalhos. Rio de Janeiro: ANPAD, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
• Documentos na Internet 
REFERÊNCIA DO MATERIAL DE ACORDO COM O TIPO. Disponível em: endereço eletrônico. Acesso em: data de 
acesso. 
 
EX: 
DIAS, G.A. Periódicos eletrônicos; considerações relativas à aceitação deste recurso pelos usuários. Ciência da 
Informação, Brasília, DF, v.31, n. 3, 2002. Disponível em: http://www.ibict.br/. Acesso em: 07 de maio 2004. 
 
BRASIL. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera , atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais 
e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 de fev. 1998. Disponível 
em: http://ww.in.giv.br. Acesso em: 07 de maio 2004. 
 
 
APRESENTAÇÃO DAS REFERÊNCIAS: 
 
-As referências são apresentadas obedecendo à ordem alfabética, sem numerá-las. 
-Devem ser apresentadas com espaçamento entrelinhas simples e separadas entre si por espaçamento 1,5. 
-Quando constar várias obras do mesmo autor. Indicam-se as obras pela ordem cronológica de publicação, não 
sendo necessário repetir o nome do autor, basta usar um travessão de extensão equivalente a seis espaços, 
ponto e passar para o título. 
 
EX: 
NÉRICI, I. G. Metodologia do ensino superior. Rio de Janeiro: Atual, 1984. 
_____ . Introdução à didática geral. 10. ed 
 
 
 
************************************************************************************* 
 
PESQUISA CIENTIFICA NA INTERNET 
 
 
O que se pode pesquisar na Internet? 
 
Como se trata de uma enorme rede, com um excessivo volume de informações, sobre todos os domínios e 
assuntos, é preciso saber garimpar, sobretudo dirigindo-se a endereços certos. Mas quando ainda não se dispõe 
desse endereço, pode-se iniciar o trabalho tentando exatamente localizar os endereços dos sites relacionados 
ao assunto de interesse. Isso pode ser feito através dos Web Sites de Busca, assim designados programas que 
ficam vinculados à própria rede e que se encarregam de localizar os sites a partir da indicação de palavras-chave, 
assuntos, nomes de pessoas, de entidades etc. 
De particular interesse para a área acadêmica são os endereços das próprias bibliotecas das grandes 
universidades, que colocam à disposição, assim, informações de fontes bibliográficas a partir de seus acervos 
documentais. 
Há sites próprios para a pesquisa acadêmica. 
 
A PROPRIEDADE INTELECTUAL 
 
Ninguém pode obter crédito pelo trabalho ou pelas idéias de outra pessoa pesquisadas na Internet, mesmo em 
casos nos quais o trabalho não foi explicitamente protegido, por exemplo, por direitos autorais ou patentes. 
 
O uso da paráfrase e citações devem ser intensificados e são formas lícitas de utilização das idéias de terceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
 
O QUE É PESQUISA? 
 
Podemos definir pesquisa como indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade. Para se realizar 
uma pesquisa é preciso promover o confronto entre os dados, as evidências, as informações 
determinado assunto e o conhecimento teórico acumulado a respeito dele.
A seguir algumas definições sobre pesquisa.
 
 
De acordo com Ribas (2004), “A pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada, 
desenvolvida e redigida de acordo com as normas de metodologia propostas pela ciência”.
 
O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de três fases:
• decisória - referente à escolha do tema, à definição e à delimitação do problema de pesquisa;
• construtiva - referente à construção de um plano de pesquisa e à execução da pesquisa propriamente 
dita; 
• redacional - referente à análise dos dados e informações obtidas na fase construtiva. É a organização 
das ideias de forma sistematizada visando à elaboração do relat
pesquisa deverá obedecer às formalidades requeridas pela Academia.
 
Observe o quadro abaixo em relação às etapas básicas de uma pesquisa.
 
 
 
 
 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
A PESQUISA 
 
Podemos definir pesquisa como indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade. Para se realizar 
uma pesquisa é preciso promover o confronto entre os dados, as evidências, as informações 
determinado assunto e o conhecimento teórico acumulado a respeito dele. 
A seguir algumas definições sobre pesquisa. 
De acordo com Ribas (2004), “A pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada, 
redigida de acordo com as normas de metodologia propostas pela ciência”.
O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de três fases: 
referente à escolha do tema, à definição e à delimitação do problema de pesquisa;
ferente à construção de um plano de pesquisa e à execução da pesquisa propriamente 
referente à análise dos dados e informações obtidas na fase construtiva. É a organização 
das ideias de forma sistematizada visando à elaboração do relatório final. A apresentação do relatório de 
pesquisa deverá obedecer às formalidades requeridas pela Academia. 
Observe o quadro abaixo em relação às etapas básicas de uma pesquisa. 
22 
Podemos definir pesquisa como indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade. Para se realizar 
uma pesquisa é preciso promover o confronto entre os dados, as evidências, as informações coletadas sobre 
De acordo com Ribas (2004), “A pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada, 
redigida de acordo com as normas de metodologia propostas pela ciência”. 
referente à escolha do tema, à definição e à delimitação do problema de pesquisa; 
ferente à construção de um plano de pesquisa e à execução da pesquisa propriamente 
referente à análise dos dados e informações obtidas na fase construtiva. É a organização 
ório final. A apresentação do relatório de 
 
23 
 
 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
TIPOS DE PESQUISA 
 
 
As pesquisas podem ser classificadas conforme seus objetivos ou os seus procedimentos de coleta. 
 
I - CARACTERIZAÇÃO DAS PESQUISAS SEGUNDO OS OBJETIVOS: 
 
Exploratórias- Explorar é tipicamente a primeira aproximação de um tema e visa criar maior familiaridade em 
relação a um fato ou fenômeno. Quase sempre se busca essa familiaridade pela prospecção de materiais que 
possam informar ao pesquisador a real importância do problema, o estágio em que se encontram as 
informações já disponíveis a respeito do assunto, e até mesmo revelar ao pesquisador, novas fontes deinformação. 
 
Descritivas - Descrever um fato ou fenômeno é interesse de quem já teve uma primeira aproximação, isto é, já 
fez uma pesquisa exploratória. Por isso, pesquisa descritiva é um levantamento das características conhecidas, 
componentes do fato/fenômeno/processo. 
 
Explicativas - Analisar é explicar e criar uma ideia aceitável a respeito de um fato/fenômeno/processo. São 
pesquisas explicativas aquelas que se ocupam com o porquê dos fatos e fenômenos, isto é, com a identificação 
dos fatores que determinam a ocorrência, ou a maneira de ocorrer. Não é demais afirmar que as informações 
mais importantes, componentes das várias ciências, são originárias deste tipo de pesquisa, já que visa 
aprofundar o conhecimento da realidade para além das primeiras aparências. 
 
II - CARACTERIZAÇÃO DAS PESQUISAS SEGUNDO OS PROCEDIMENTOS DE COLETA: 
 
A) Quando utiliza fontes de papel e dados fornecidos por pessoas 
 
- Pesquisa Bibliográfica - Desenvolve-se a partir de material já elaborado (livros, publicações periódicas e 
artigos científicos). 
 
- Pesquisa Documental - Desenvolve-se a partir de materiais que não receberam tratamento analítico, ou 
que ainda podem ser reelaborados (documentos conservados em arquivos de instituições, cartas, diários, 
fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, ofícios, boletins, relatórios de pesquisa, relatórios de 
empresas, tabelas estatísticas). 
 
B) Quando utiliza a investigação de fenômenos, fatos, comportamentos: 
 
- Pesquisa experimental - Desenvolve-se a partir de um experimento, representando o melhor exemplo 
da pesquisa científica. 
 
- Levantamento - Desenvolve-se a partir da interrogação de uma amostra de pessoas a cerca do problema 
estudado. 
 
- Estudo de Caso - Estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, permitindo um amplo e 
detalhado conhecimento do problema. É muito útil na pesquisa exploratória. 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS E A ANÁLISE DOS DADOS UTILIZADOS NA 
PESQUISA 
 
 
Os principais instrumentos de coleta de dados utilizados na pesquisa são: 
� Observação; 
� Entrevistas; 
� história oral; 
� história de vida; 
� diário de campo; 
� grupo focal e 
� análise documental. 
 
OBSERVAÇÃO 
 
Usada como o principal método de investigação ou associada a outras técnicas de coleta.A observação 
possibilita um contato pessoal e estreito do pesquisador com o fenômeno pesquisado, o que apresenta uma 
série de vantagens.A observação permite a coleta de dados em situações em que é impossível o uso de outras 
formas de comunicação. 
 
Tipos de envolvimento do observador: 
- participante total - O observador não revela ao grupo sua verdadeira identidade de pesquisador nem o 
propósito do estudo. 
- participante como observador - O observador não oculta totalmente suas atividades, mas revela apenas 
parte do que pretende. 
- observador como participante - É um papel em que a identidade do pesquisador e os objetivos do 
estudo são revelados ao grupo pesquisado desde o início. 
- observador total - É aquele em que o pesquisador não interage com o grupo. 
O conteúdo das observações deve envolver uma parte descritiva e uma parte reflexiva. A parte descritiva 
compreende: descrição dos sujeitos;reconstrução de diálogos;descrição de locais;descrição de eventos 
especiais;descrição das atividades e os comportamentos do observador. 
A parte reflexiva das anotações inclui: as observações pessoais do pesquisador, feitas durante a fase de coleta. 
As reflexões podem ser de vários tipos:reflexões analíticas;reflexões metodológicas;dilemas éticos e 
conflitos;mudanças na perspectiva do observador e esclarecimentos necessários. 
 
 
 
ENTREVISTAS 
 
Ao lado da observação, a entrevista representa um dos instrumentos básicos para a coleta de dados. A grande 
vantagem da entrevista sobre outras técnicas é que ela permite a captação imediata e corrente da informação 
desejada, praticamente com qualquer tipo de informante e sobre os mais variados tópicos. 
Tipos de entrevistas 
- Entrevista dirigida ou padronizada ou fechada - tema específico, onde o entrevistado escolhe dentre 
várias respostas. 
25 
 
- Entrevista semidirigida ou semiestruturada - pequeno número de perguntas com algumas questões ou 
tópicos pré-determinados. 
- Entrevista não-dirigida ou não-diretiva ou aprofundada ou entrevista aberta - vai se delineando aos 
poucos, o pesquisador prepara um roteiro baseado nas expectativas. 
Tipos de realização da entrevista 
- Entrevista individual: entrevistador e entrevistado estão face a face. 
- Entrevista com Informantes-chave: entrevista com pessoas que pertençam ao grupo estudado e 
conhecem bem os assuntos pesquisados. 
- Entrevista de grupo: para obter informações de uma determinada comunidade, num menor espaço de 
tempo. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
O questionário é uma técnica baseada em traduzir os objetivos da pesquisa em itens bem redigidos. Não existe 
uma norma rígida para sua elaboração, embora existam algumas regras básicas. As questões devem ser 
preferencialmente, fechadas e relacionadas ao tema da pesquisa. Devem ser evitadas perguntas que exponham 
a intimidade. As questões devem ser claras e precisas, permitindo uma única interpretação. Inicia-se com 
questões mais simples, terminando com as mais complexas. Cuidado com as instruções para preenchimento das 
questões e a apresentação gráfica do questionário. 
 
HISTÓRIA ORAL 
 
Técnica baseada em depoimentos de pessoas que vivenciaram a situação investigada. Parte de memórias, 
lembranças, sendo uma técnica bastante subjetiva e a preocupação do pesquisador é promover esforços para 
reduzir a subjetividade. Permite conhecer acontecimentos, movimentos, lutas, resistências... Não registrados 
pela história oficial. 
Utiliza-se para trabalhar com fatos não disponíveis em fontes escritas (não registrados ou registros perdidos). 
As gravações que reproduzem os depoimentos orais são valiosas. 
 
HISTÓRIA DE VIDA 
 
Recurso utilizado para estudar um determinado acontecimento, instituição ou personalidade a partir do relato 
de vida de pessoas que tiveram algum tipo desenvolvimento com o objeto estudado. O objetivo é investigar 
como o informante vivencia ou vivenciou determinada situação. Pode resgatar um acontecimento passado ou 
esclarecer um acontecimento presente. É uma técnica muito útil para a coleta de dados qualitativos: visão de 
mundo, expectativas de vida, projetos, sonhos, formas de perceber as relações entre diferentes situações etc. 
 
DIÁRIO DE CAMPO 
 
Relato escrito daquilo que o investigador presencia, ouve, observa e pensa no decorrer do recolhimento dos 
dados. 
 
GRUPO FOCAL 
 
Recurso utilizado para elucidar questões do pesquisador, antes da escolha, formulação e aplicação de outras 
técnicas de coleta de dados. 
A organização de um grupo de trabalho ou grupo focal é útil para que se levante os interesses junto à 
população, acerca de suas expectativas e necessidades em relação ao tema estudado, assim como para 
montagem de um questionário ou roteiro de entrevista. 
 
ANÁLISE DOCUMENTAL 
 
A análise documental busca identificar informações específicas nos documentos, a partir de questões ou 
hipóteses de interesse. 
 
Por exemplo, uma circular distribuída aos funcionários de uma empresa convidando
poderia ser examinada, buscando evidências para um estudo das relações de autoridade dentro da empresa.
 
 
AS FONTES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS NA COLETA DE DADOS
 
A fonte primária é a análise de dados realizada pelo próprio pesquisador. É a
de testemunha dos fatos. É a fonte original (documentos originais produzidos através de questionários, 
entrevistas realizadas pelo pesquisador). 
 
Já a fonte secundária, trata-se da análise de dados realizada por outrem. É
colhida por intermédio de terceiros (relatóriosde outras pesquisas, censos, livros e outras formas de registros).
 
 
 
 
Analisar os dados significa “trabalhar” todo o material obtido/coletado 
 
A análise das tarefas implica, 
 
- no primeiro momento: 
1. organizar todo o material coletado;
2. dividir o material em partes e 
3. relacionar essas partes e procurar identificar as tendências e padrões relevantes.
 
- no segundo momento: 
avaliar as tendências e padrões, buscando
permitirá se chegar à conclusão. 
 
 
Observação: 
 
Poderão existir várias técnicas de análise / interpretação de dados de acordo com as necessidades dos 
pesquisadores. O pesquisador possui liberdade para criar sua própria técnica adaptada à sua pesquisa. Deverá, 
entretanto, definir a técnica criada, mostrando sua consistência metodológica interna, assim como a coerência 
de seus passos e, finalmente, uma eficácia
 
 
 
 
 
Por exemplo, uma circular distribuída aos funcionários de uma empresa convidando
poderia ser examinada, buscando evidências para um estudo das relações de autoridade dentro da empresa.
AS FONTES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS NA COLETA DE DADOS 
é a análise de dados realizada pelo próprio pesquisador. É aquela que contém uma informação 
de testemunha dos fatos. É a fonte original (documentos originais produzidos através de questionários, 
entrevistas realizadas pelo pesquisador). 
se da análise de dados realizada por outrem. É a fonte que contém uma informação 
colhida por intermédio de terceiros (relatórios de outras pesquisas, censos, livros e outras formas de registros).
 
ANÁLISE DOS DADOS COLETADS 
Analisar os dados significa “trabalhar” todo o material obtido/coletado durante a pesquisa.
organizar todo o material coletado; 
relacionar essas partes e procurar identificar as tendências e padrões relevantes. 
tendências e padrões, buscando-se relações e inferências num nível de abstração mais elevado, que 
Poderão existir várias técnicas de análise / interpretação de dados de acordo com as necessidades dos 
adores. O pesquisador possui liberdade para criar sua própria técnica adaptada à sua pesquisa. Deverá, 
entretanto, definir a técnica criada, mostrando sua consistência metodológica interna, assim como a coerência 
de seus passos e, finalmente, uma eficácia em atingir o objetivo. 
 
26 
Por exemplo, uma circular distribuída aos funcionários de uma empresa convidando-os para uma reunião 
poderia ser examinada, buscando evidências para um estudo das relações de autoridade dentro da empresa. 
quela que contém uma informação 
de testemunha dos fatos. É a fonte original (documentos originais produzidos através de questionários, 
a fonte que contém uma informação 
colhida por intermédio de terceiros (relatórios de outras pesquisas, censos, livros e outras formas de registros). 
 
durante a pesquisa. 
 
se relações e inferências num nível de abstração mais elevado, que 
Poderão existir várias técnicas de análise / interpretação de dados de acordo com as necessidades dos 
adores. O pesquisador possui liberdade para criar sua própria técnica adaptada à sua pesquisa. Deverá, 
entretanto, definir a técnica criada, mostrando sua consistência metodológica interna, assim como a coerência 
27 
 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
A APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA 
 
 
A última etapa da pesquisa é constituída pela redação do relatório. 
 
De modo geral, o conteúdo do relatório de pesquisa pode ser apresentado em três partes: 
 
- Introdução (apresentação do problema que deu origem à investigação, à delimitação dos objetivos e à 
relevância da pesquisa). 
 
- Desenvolvimento (contexto, discussão ou demonstração do assunto pesquisado. Por ser a parte mais 
extensa do trabalho, deve ser dividido em capítulos, subcapítulos e outras divisões menores). 
 
- Conclusão (apresentação das conquistas alcançadas com o estudo, lembrando o problema proposto e as 
respostas encontradas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
REFORÇANDO A APRENDIZAGEM 
A ESTRUTURA DA PESQUISA 
 
PORQUE SE FAZ PESQUISA? 
Para responder uma questão (o problema) 
 
A estrutura de uma pesquisa inicia-se com um Projeto de pesquisa. Esse documento servirá de roteiro da 
pesquisa, que será futuramente realizada. 
 
AS PARTES DE UM PROJETO DE PESQUISA 
Um Projeto de pesquisa é, assim, constituído. 
 
PROBLEMA 
 
Problema é uma questão não resolvida. Busca-se a resposta a essa questão, via pesquisa. Toda pesquisa se 
inicia com algum tipo de problema (pergunta, indagação). 
 
Segundo Marconi; Lakatos(2010),“A formulação do problema prende-se ao tema proposto:ela esclarece a 
dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa”. 
 
Representa uma dificuldade teórica ou prática para o conhecimento de alguma coisa de real importância, 
para a qual se deve encontrar uma solução. 
 
O problema deve ser formulado como pergunta. 
-Ser claro e preciso. 
-Ser suscetível de solução. 
-Deve ser delimitado a uma dimensão viável. 
 
Exemplos de PROBLEMA 
1. Qual a correlação entre produtividade e iluminação do local de trabalho? 
2. Como o clima organizacional afeta o desempenho administrativo? 
 
 
 
JUSTIFICATIVA 
Conforme Santos (2007), a justificativa ou relevância do estudo visa apresentar as razões para o 
desenvolvimento de uma pesquisa acerca de um tema específico. 
 
De acordo com Vergara (2007), “nesta seção o autor justifica seu estudo, apontando-lhe contribuições de 
ordem prática ou ao estado da arte na área. É basicamente a resposta a seguinte indagação do leitor do 
projeto: “em que o estudo é importante para a área na qual você está atuando, ou para a área na qual 
busca formação acadêmica, ou para sociedade em geral”? 
 
Santos (2007) afirma que “o conteúdo de uma justificativa deve contemplar dois aspectos: importância e 
abrangência do tema específico.Um tema pode ter importância social, científica ou acadêmica”. 
 
Resumindo, a justificativa é o convencimento da importância da pesquisa, bem como as razões para realizá-la. 
A justificativa deve convencer o leitor da relevância do seu estudo. 
É importante destacar em que medida sua pesquisa pode contribuir para os debates a respeito do tema 
escolhido. 
29 
 
 
HIPÓTESE 
 
Para Vergara (2007), “a hipótese trata-se da antecipação da resposta ao problema. Se o problema é formulado 
em forma de pergunta, a hipótese é redigida sob a forma de afirmação. A investigação é realizada de modo que 
se possa confirmar ou, ao contrário, refutar a hipótese”. 
 
 Nesta perspectiva, “seu enunciado é uma afirmação provisória de verdade, que servirá de ponto de partida 
para o processo de investigação. O trabalho de pesquisar consiste em buscar evidências que verifiquem a 
validade (sustentem ou rejeitem) o conteúdo anunciado na hipótese. É a hipótese, na forma de objetivo 
geral, que colocará diretriz e finalidade a todo o processo de pesquisa” (SANTOS 2007). 
 
A seguir, alguns exemplos de hipótese. 
 
• Problema 
De que forma a teoria do caos pode ajudar a explicar o sucesso ou o insucesso da estratégia de 
lançamento de um produto? 
 
• Hipótese (ou suposição) 
A teoria do caos pode atuar de forma significativa para explicar o sucesso ou fracasso de um novo 
produto, pela possibilidade que cria de um modelo mais aberto, que introduza o conceito de 
imprevisibilidade nas estratégias de marketing para lançamentos de produtos (VERGARA, 2007). 
 
 
Resumindo, a hipótese é uma solução possível. 
Uma proposição verdadeira ou falsa. Uma suposição que se quer verificar. 
A PESQUISA CONFIRMA OU NÃO A HIPÓTESE. 
 
 
 
TEMA 
 
De acordo com Marconi; Lakatos (2010), tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pelo problema 
chegamos ao temada pesquisa. O tema torna-se o título da pesquisa. 
 
Exemplos 
 
Problema: Como reduzir o índice de acidentes de trabalho na construção civil? 
Tema: Acidentes de trabalho 
 
Problema: Os cursos de pós-graduação em Administração Pública, existentes no Brasil, atendem quantitativa 
e qualitativamente à demanda do mercado? 
Tema: Ensino de Administração Pública 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
OBJETIVO 
 
Objetivo é a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado de nossa atividade. Segundo 
Vergara (2007), “se o problema é uma questão a investigar, o objetivo é um resultado a alcançar”. 
 
Podemos classificar os objetivos em objetivos gerais e objetivos específicos (MARCONI; LAKATOS, 2010). 
 
O objetivo geral está ligado a uma visão global, abrangente do tema, representando o resultado que se 
quer alcançar. É a síntese do que se pretende alcançar na pesquisa. 
 
 Os objetivos específicos possuem uma função intermediária e instrumental, nos mostrando como vamos 
atingir este objetivo geral. Detalham e explicam os desdobramentos do objetivo geral. 
 
Os objetivos devem ser redigidos com o verbo no infinitivo. 
Verbos para objetivos gerais: compreender, desenvolver, capacitar etc. 
Verbos para objetivos específicos: implementar, investigar, analisar, refletir sobre, comparar, discutir, investigar 
etc. 
 
 
 
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
De acordo com Santos (2007), a metodologia refere-se “as atividades práticas necessárias para a aquisição 
dos dados com os quais se desenvolverão os raciocínios que servirão de base para construção dos 
resultados finais do trabalho científico”. 
 
Representa, portanto, o estudo da ordenação das tarefas, dos procedimentos ou etapas necessários para 
atingir uma meta ou fim, que se reflete no objetivo geral definido. 
 
A pergunta que orienta a montagem de procedimentos é: “que atividades concretas devo desenvolver 
para obter dados/informações necessários para o desenvolvimento de cada objetivo específico?”(SANTOS, 
2007) 
 
Nessa etapa o investigador informa o método que adotará para alcançar o objetivo, optando por um tipo 
de pesquisa. (Como? Com quem? Para quê? Onde?). No que tange aos fins da investigação: trata-se de 
uma pesquisa explicativa? Descritiva? Aplicada? Intervencionista? Exploratória? No que se refere aos 
meios para a realização da pesquisa: trata-se de uma pesquisa bibliográfica? De campo? De laboratório? 
Documental? Experimental? Ex post facto? Participante? Pesquisa-ação? 
 
 Resumindo, a metodologia consiste num plano detalhado de como alcançar os objetivos (é a descrição da 
metodologia da pesquisa). 
 
Neste item especifica-se: o tipo de pesquisa, as fontes de pesquisa, os instrumentos de coleta de dados, 
como acontecerá o processo de coleta e análise dos dados, os sujeitos pesquisados e o campo da 
pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
A pesquisa bibliográfica é para situar melhor o assunto que se quer pesquisar, possibilitando estabelecer 
bem o objeto da pesquisa, e consequentemente, o problema, os objetivos e as hipóteses. 
 
Resumindo, a revisão de literatura situa o leitor em relação aos estudos recentemente desenvolvidos na área de 
investigação. 
 
Trata-se da argumentação teórica a respeito do tema escolhido. 
 
Só se faz revisão de literatura depois de delimitado o problema. 
 
As fontes são principalmente os livros e artigos, mas também podem ser consultados relatórios de pesquisa não 
publicados (monografias), teses, enciclopédias, jornais, dicionários especializados, resenhas de obras, anais de 
congressos, vídeos e palestras.filmes, ... 
 
 
CRONOGRAMA 
 
O cronograma das atividades refere-se às informações relativas a datas, prazos para a realização das 
atividades. 
 
O cronograma auxilia o pesquisador na execução das etapas da pesquisa. Sua elaboração permite evitar 
desvios que possam comprometer a realização do trabalho. 
 
 
Modelo de Cronograma: 
 
 2016.2 
Etapas da 
pesquisa 
agosto setembro outubro novembro dezembro 
Leitura e 
análise de 
textos 
 
Coleta de 
dados 
 
Análise e 
interpretação 
dos dados 
 
Redação do 
texto 
Final 
 
 
 
 
Resumindo, o cronograma é uma previsão do tempo que será gasto na realização da pesquisa 
(futuramente) de acordo com as atividades a serem cumpridas. 
 
 
 
RESUMINDO O PROJETO DE PESQUISA
 
 
 
É importante perceber que a estrutura do Projeto de pesquisa difere da estrutura que deve ser seguida 
elaboração do trabalho final do estudo (seja um relatório, um artigo, uma monografia ou uma dissertação).
 
O Projeto de pesquisa representa a apresentação do problema que se quer investigar, em que constam seus 
objetivos e hipóteses, sua justificativa, 
orientam e validam a investigação científica, possibilitando sua
 
 
RESUMINDO O PROJETO DE PESQUISA 
 
É importante perceber que a estrutura do Projeto de pesquisa difere da estrutura que deve ser seguida 
elaboração do trabalho final do estudo (seja um relatório, um artigo, uma monografia ou uma dissertação).
O Projeto de pesquisa representa a apresentação do problema que se quer investigar, em que constam seus 
objetivos e hipóteses, sua justificativa, o referencial teórico seguido e os procedimentos metodológicos que 
orientam e validam a investigação científica, possibilitando sua execução. 
Tema - O que? 
Justificativa - Por quê? 
Problema - O que? Qual? 
Objetivos - Para que? 
Revisão de Literatura - Onde?
Procedimentos Metodológicos 
Cronograma - Quando? Quantos?
 
32 
 
É importante perceber que a estrutura do Projeto de pesquisa difere da estrutura que deve ser seguida na 
elaboração do trabalho final do estudo (seja um relatório, um artigo, uma monografia ou uma dissertação). 
O Projeto de pesquisa representa a apresentação do problema que se quer investigar, em que constam seus 
o referencial teórico seguido e os procedimentos metodológicos que 
 
Onde? 
Procedimentos Metodológicos - Como? 
Quando? Quantos?Quais? 
33 
 
 
EXERCÍCIOS PARA REFORÇAR A APRENDIZAGEM 
QUESTÃO 1 
"Todos somos competentes para a produção científica, desde que desenvolvamos a capacidade de observar, 
selecionar, organizar e usar o espírito crítico sobre a realidade social." Barros &Lehfeld 
Estudar é o ato metódico, sistemático e objetivo de investigar minuciosamente a realidade. Estudamos para 
compreender e entender as coisas que nos cercam. 
Na metodologia da pesquisa espera-se que sejam reconhecidos os processos facilitadores à adaptação do aluno 
e sua integração à vida acadêmica. Abaixo associe tais processos e suas definições. 
1 - Metodologia 
2 - Pesquisa 
3 - Metodologia Científica 
 
 Procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas 
propostos. 
 
 Apresentação e exame de diretrizes aptas a instrumentar o universitário no que tange ao estudo e ao 
aprendizado 
 
 Aplicação do método, por meio de processos e técnicas, que garante a legitimidade científica do saber 
obtido. 
 
 
 
QUESTÃO 2 
Leia o texto abaixo e preencha as lacunas com as opções que se seguem ao texto: 
A _______________________ são dois aspectos fundamentais para o bom desenvolvimento do estudo. 
O ensino superior, tal qual se consolidou historicamente, na tradição ocidental, visa a atingir três 
objetivos articulados entre si, o primeiro objetivo é a _______________________ das diferentes áreas 
aplicadas, mediante o ensino/aprendizagem de habilidades e competências técnicas; o segundo objetivo é o da 
_______________________ mediante a disponibilização dos métodos e conteúdos de conhecimentos de 
diversas especialidades de conhecimento, e o terceiro objetivo é aquele referente

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