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DIREITO EMPRESARIAL II ALUNO: MARCEL R. COSTA – MAT: 201502616297 PROF: JANAÍNA MUNIZ. WEB AULA 6 CASO CONCRETO: (TJ/ DF /Juiz/ 2012) A respeito da assim chamada "duplicata virtual '', "duplicata escritural" ou "duplicata eletrônica", esclareça como se dá o seu saque e quais são os requisitos necessários para que tenha eficácia executiva, bem como forneça dois argumentos, retirados exclusivamente da Lei 5.4741/68 que, em tese, não permitiriam a constituição do crédito cambial na forma esclarecida. Duplicata virtual, dá-se o seu saque quando o sacador (prestador de serviços) emite dados referentes ao negócio jurídico realizado e/ou concretizado, podendo ser uma compra de produto, ou venda de serviço pelo sistema virtual e informa o teor (dados) da negociação a uma instituição financeira competente que gerará um boleto e assim cobrará a devedor/comprador ou tomado de serviço, para que efetue o pagamento (sacado). Acrescente-se que tal boleto não é um título de crédito, mas possui as características de uma duplicata na forma virtual. Nesse sentido são expressões das seguintes leis: Art. 8º Lei 9.492/97. Os títulos e documentos de dívida serão recepcionados, distribuídos e entregues na mesma data aos Tabelionatos de Protesto, obedecidos os critérios de quantidade e qualidade. Parágrafo único. Poderão ser recepcionadas as indicações a protestos das Duplicatas Mercantis e de Prestação de Serviços, por meio magnético ou de gravação eletrônica de dados, sendo de inteira responsabilidade do apresentante os dados fornecidos, ficando a cargo dos Tabelionatos a mera instrumentalização das mesmas. Art. 889 do C.C. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. (...) § 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. . Com base estritamente nos dispositivos da lei 5.474/68, haveria impossibilidade de se emitir uma duplicata virtual por decorrência do não colhimento da assinatura do emitente, a qual é requisito formal do título, expresso no artigo 2º da referida lei. Além disso, não estaria sendo atendido o requisito da cartularidade da duplicata, obstando assim uma possível execução cambial do crédito. Pois não se teria o título em mãos e tão menos os demais documentos que são necessários a propositura da ação executória dependendo do aceite que foi dado. Bem como não seriam obedecidos todos os requisitos expostos no artigo 2º da lei nº 5.474/68. Veja-se: "a) Se for uma execução de duplicata com aceite ordinário (resulta da assinatura do comprador a posta no local apropriado da duplicata. Art. 7º, caput da lei nº 5.474/68), basta a juntada do título. O protesto apenas será necessário quando for para executar um coobrigado, e facultativo quanto ao devedor principal. b) Se for uma execução de duplicata com aceite por com unicação (resulta da comunicação, por escrito, ao vendedor, de seu aceite, quando da retenção da duplicata pelo comprador, devidamente autorizado pela instituição bancária cobradora), deve ser juntada aos autos a comunicação que foi enviada ao comprador, relativa ao aceite. c) Se for uma execução de duplicata com aceite por presunção (resultado recebimento da mercadoria, com ou sem devolução do título ao vendedor, sem qualquer recusa formal), terá que ser juntado o instrumento de protesto e também o comprovante da entrega da mercadoria. Esses requisitos são condições da ação. Se faltar essa documentação na execução, ela será anulada." Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação com o efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. §1º A duplicata conterá: I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem; II - o número da fatura; III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador; V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso; VI - a praça de pagamento; VII - a cláusula à ordem; VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá- la, a ser assinada pelo comprador, com o aceite, cambial; IX - a assinatura do emitente. § 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura. § 3º Nos casos de venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata única, em que se discriminarão todas as prestações e seus vencimentos, ou série de duplicatas, uma para cada prestação distinguindo-se a numeração a que se refere o item I do § 1º deste artigo, pelo acréscimo de letra do alfabeto, em sequencia. QUESTÃO OBJETIVA: (Magistratura PE – FCC/2011) No que tange à duplicata: a) o comprador poderá deixar de aceitá-la por vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, exclusivamente. b) é lícito ao comprador resgatá-la antes do aceite, mas não antes do vencimento. c) trata-se de título causal, que por isso não admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento. d) é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta de devolução do título. e) em nenhum caso poderá o sacado reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, devendo comunicar eventuais divergências à apresentante com a devolução do título. Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 436, de 27.1.1969) § 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do título.
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