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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
Dener Mateus de Souza RA: C2121A-2 EC0Q 
Júlia Neves de Araújo RA: C20330-0 EC0Q 
Matheus Rangel Venturi RA: C7431A-8 EC9P 
 Pedro Henrique Ulhôa Silva RA: C25EJA-2 EC0Q 
Rafael de Moraes Souza RA: C1490D-6 EC0Q 
Raiane Fernandes Machado RA: C02096-6 EC0Q 
Suely Sacerdote Gonçalves RA: T34023-3 EC0T 
Vagner da Silveira RA: C384FG-0 EC9P 
 
 
 
 
 
PROJETO PARA CONSTRUÇÃO DE UM PRÉDIO COMERCIAL 
COM DEZ PAVIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José dos Campos - SP 
2018 
Dener Mateus de Souza RA: C2121A-2 EC0Q 
Júlia Neves de Araújo RA: C20330-0 EC0Q 
Matheus Rangel Venturi RA: C7431A-8 EC9P 
 Pedro Henrique Ulhôa Silva RA: C25EJA-2 EC0Q 
Rafael de Moraes Souza RA: C1490D-6 EC0Q 
Raiane Fernandes Machado RA: C02096-6 EC0Q 
Suely Sacerdote Gonçalves RA: T34023-3 EC0T 
Vagner da Silveira RA: C384FG-0 EC9P 
 
 
 
 
 
 
PROJETO PARA CONSTRUÇÃO DE UM PRÉDIO COMERCIAL 
COM DEZ PAVIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José dos Campos - SP 
2018 
Trabalho de curso apresentado ao Instituto de 
Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade 
Paulista – UNIP, campus São José dos Campos, 
como parte obrigatória necessário para a obtenção 
do título de Bacharel em Engenharia Civil, sob 
orientação do Prof Me Joaquim. 
Dener Mateus de Souza RA: C2121A-2 EC0Q 
Júlia Neves de Araújo RA: C20330-0 EC0Q 
Matheus Rangel Venturi RA: C7431A-8 EC9P 
 Pedro Henrique Ulhôa Silva RA: C25EJA-2 EC0Q 
Rafael de Moraes Souza RA: C1490D-6 EC0Q 
Raiane Fernandes Machado RA: C02096-6 EC0Q 
Suely Sacerdote Gonçalves RA: T34023-3 EC0T 
Vagner da Silveira RA: C384FG-0 EC9P 
 
 
PROJETO PARA CONSTRUÇÃO DE UM PRÉDIO COMERCIAL 
COM DEZ PAVIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_________________________________________________ 
Me. Sérgio Monteiro Soares - UNIP 
 
__________________________________________________ 
Me. Luiz Miguel Gutiérraz Klinsky - UNIP 
 
_______________________________________ 
Me. Joaquim Jr. - UNIP 
 
 
Data de aprovação 
00/00/2018 
Trabalho de curso apresentado ao Instituto de 
Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade 
Paulista – UNIP, campus São José dos Campos, 
como parte obrigatória necessária para a obtenção 
do título de Bacharel em Engenharia Civil, sob 
orientação do Prof. Me. Joaquim. 
DEDICATÓRIA 
Dedicamos em primeiro lugar esse trabalho a Deus que nos deu força para permanecermos até 
o fim, às nossas famílias, por terem nos acompanhado e nos dado força em todos os momentos 
de nossa vida universitária e a todos os nossos professores, que nos proporcionaram um 
ambiente de amplo conhecimento, além dos colaboradores da universidade, por toda estrutura 
e suporte. Também aproveitamos aqui para deixar uma dedicação especial a construtora MZ3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“TRABALHE DURO EM SILÊNCIO. DEIXE 
O SEU SUCESSO FALAR POR VOCÊ.” 
Frank Ocean 
RESUMO 
Através de um processo de pesquisa que tem como principal objetivo desenvolver e aprimorar 
técnicas do conhecimento das áreas relacionadas a engenharia civil surgiu a oportunidade de 
realizar o estudo para criar um edifício comercial com 10 pavimentos. Com relação aos métodos 
construtivos e estruturais os edifícios não se diferem, pois, se forem feitos através de concreto 
armado seguirão as mesmas metodologias, porém, diferente dos residenciais devem atender a 
normas de instalações internas de equipamentos, bem como legislação municipal com 
detalhamento diferente. Alguns itens deverão ser atendidos visando um bom desempenho de 
projeto, como: estudos de Viabilidade (Lei municipal 267/03 – Código de edificações de São José dos 
campos e Lei Complementar 428/10 - Normas relativas ao parcelamento, uso e ocupação do solo); 
Instalações de Canteiros de Obras (NR 18 – Condições e Meio de trabalho na Indústria da Construção 
Civil); Método Construtivo (Concreto Armado); Dimensionamentos (Arquitetônico, Estrutural, 
Hidráulico, Elétrico, AVCB); Fundações; Cronograma; Orçamento. 
Dentro os itens estabelecidos, a via de regra deverá ser demonstrar o mais próximo de situações 
reais como esse tipo de detalhamento é utilizado, atendendo as Normas Regulamentadoras 
(NR’s), Normas Técnicas Brasileiras (NBR’s) e Legislações Municipais, que para este estudo 
são referentes ao município de São José dos Campos. 
 
 
 
 
 
Palavra-chave: Edifício de Concreto Armado, Edifício Vertical de Múltiplos Pavimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Through a research process that has as main objective to develop and to improve techniques of 
the knowledge of the areas related to civil engineering appeared the opportunity to realize the 
study to create a commercial building with 10 pavements. Regarding the constructive and 
structural methods, the buildings do not differ, because if they are made through reinforced 
concrete they will follow the same methodologies, but different from the residential ones must 
meet the norms of internal equipment installations, as well as municipal legislation with 
different details. Some items should be taken care of for a good project performance, such as: 
Feasibility Studies (Municipal Law 267/03 - Building Code of São José dos Campos and 
Complementary Law 428/10 - Rules related to land subdivision, use and occupation); Construction Site 
Installations (NR 18 - Conditions and Working Environment in the Construction Industry); Constructive 
Method (Armed Concrete); Dimensions (Architectural, Structural, Hydraulic, Electrical, AVCB); 
Foundations; Timetable; Budget. 
Within the established items, the rule of thumb should be to demonstrate as close to real 
situations as this type of detail is used, taking into account the Regulatory Norms (NR's), 
Brazilian Technical Norms (NBR's) and Municipal Legislation, which for this study are 
referring to the municipality of São José dos Campos. 
 
 
 
 
 
Keyword: Arched Concrete Building, Multiple Pavement Vertical Building 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1. Zoneamento .............................................................................................................. 19 
Figura 2. Localização do empreendimento ............................................................................. 20 
Figura 3. Tripé para ensaios de sondagem .............................................................................. 22 
Figura 4. Execução de estaca tipo Hélice contínua ................................................................. 26 
Figura 5. Montagem de armaduras para concretagem com “arranque” para pilar .................. 28 
Figura 6. Concretagem de laje por bombeamento ................................................................... 28 
Figura 7. Edifício em concreto armado com alvenaria de vedação ......................................... 29 
Figura 8. Cimbramento ............................................................................................................ 31 
Figura 9. Canteiro de obras ..................................................................................................... 38 
Figura 10. Estoque de cal, cimento, argamassa e gesso ..........................................................38 
Figura 11. Medidas do terreno................................................................................................. 41 
Figura 12. Fundação profunda (estacas) .................................................................................. 41 
Figura 13. Áreas de armaduras As .......................................................................................... 46 
Figura 14. Esquema do edifício lançado no STAAD.PRO® ................................................... 49 
Figura 15. Resultados STAAD.PRO® direção y ..................................................................... 50 
Figura 16: Resultados STAAD.PRO® direção x ..................................................................... 51 
Figura 17. Isopletas da velocidade básica V0 .......................................................................... 53 
Figura 18. Determinação do fator S2 ....................................................................................... 55 
Figura 19. Determinação do fator S3 ....................................................................................... 55 
Figura 20. Coeficiente de arrasto Ca para edificações paralelepipédicas em vento de alta 
turbulência ................................................................................................................................ 57 
Figura 21. Ca para direção X ................................................................................................... 58 
Figura 22. Ca para direção Y ................................................................................................... 59 
Figura 23. Direções do vento e altura (ℎ) para determinação da área de influência ............... 60 
Figura 24. Diagrama de esforços na viga STAAD.PRO® ....................................................... 66 
Figura 25: Resultado das solicitações na viga V102 STAAD.PRO® ...................................... 67 
Figura 26. Seção transversal .................................................................................................... 74 
Figura 27. Condição de contorno da laje 102 .......................................................................... 77 
Figura 28. Diagrama de esforços no STAAD.PRO® ............................................................... 77 
Figura 29. Resultado das solicitações na laje 102 STAAD.PRO® .......................................... 78 
Figura 30. Diagrama de esforços no pilar 109 no STAAD.PRO® .......................................... 82 
Figura 31. Resultado das solicitações no pilar 909 STAAD.PRO® ........................................ 83 
Figura 32. Seção transversal do pilar ...................................................................................... 87 
Figura 33. Sub-ramais para aparelhos sanitários ..................................................................... 93 
Figura 34. Modelo de banheiro para as salas comerciais ........................................................ 95 
Figura 35. Altura manométrica................................................................................................ 96 
Figura 36. Quadro de distribuição Geral (QDG) ..................................................................... 99 
Figura 37. Projeto elétrico das salas comerciais com final 2 ................................................ 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1. Zoneamento Urbano ................................................................................................ 19 
Tabela 2. Dados do empreendimento ...................................................................................... 19 
Tabela 3. Peças para montagem de formas e cimbramentos ................................................... 31 
Tabela 4. Tabela de Consumo Diário nas Edificações ............................................................ 33 
Tabela 5. Cronograma Físico-financeiro ................................................................................. 36 
Tabela 6. Composição de custo para parede de alvenaria sem revestimento cerâmico .......... 37 
Tabela 7. Quantidade de operários .......................................................................................... 39 
Tabela 8. Número de furos de sondagem ................................................................................ 40 
Tabela 9. Método Aoki – Velloso (1975) ................................................................................ 42 
Tabela 10. Método Aoki – Velloso (1975) .............................................................................. 43 
Tabela 11. Resultados – Aoki & Velloso (1975) ..................................................................... 44 
Tabela 12. Força de arrasto para vento atuando na direção X ................................................. 60 
Tabela 13. Força de arrasto para vento atuando na direção Y ................................................. 61 
Tabela 14 Massa específica e espessura de paredes ................................................................ 61 
Tabela 15. Carga linear de parede nas vigas............................................................................ 62 
Tabela 16. Carga linear de parede nas lajes ............................................................................. 62 
Tabela 17. Carga de piso, revestimento e forro ....................................................................... 62 
Tabela 18. Sobrecarga nas lajes ............................................................................................... 63 
Tabela 19. Dados das Ações .................................................................................................... 63 
Tabela 20. Combinações .......................................................................................................... 64 
Tabela 21. Combinações .......................................................................................................... 65 
Tabela 22. Distância a ser percorrida pelo operador ............................................................... 88 
Tabela 23. Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto à ocupação ..................... 90 
Tabela 24. Dados para o dimensionamento das saídas de emergência.................................... 90 
Tabela 25. Vazão nos pontos de utilização em função do aparelho sanitário e da peça de 
utilização ................................................................................................................................... 91 
Tabela 26. Unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal 
mínimo dos ramais de descarga ................................................................................................ 94 
Tabela 27. Diâmetro Nominal mínimo dos ramais de descarga para os aparelhos a serem 
colocados nos banheiros ........................................................................................................... 94 
Tabela 28. Previsão de carga para os pontos de energia.......................................................... 99 
Tabela 29. CUB – Custo Unitário Básico para Alto Padrão.................................................. 101 
Tabela 30. Cronograma de previsão das obras ...................................................................... 103 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
NBR - Normas técnicas brasileiras 
NR - Normas regulamentadoras 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ZUC - Zona de urbanização controlada (município de São José dos Campos) 
Fck - força de compressão característica do concreto 
Fcd - resistência característica de concreto à tração de projeto 
Fyk - força de escoamento característica doaço 
Fyd - força de escoamento característica do aço de projeto 
In loco - realizar algo no local da obra 
cm - centímetros 
cm² - centímetros quadrados 
cm³ - centímetros cúbicos 
m - metro 
m² - metro quadrado (área) 
m³ - metro cúbico (volume) 
𝝈𝒔𝒚 - tensão de escoamento específica do aço 
𝝈𝒔𝒅 - tensão de escoamento específica de projeto do aço 
ɤc - peso específico do concreto 
ɤs - peso específico do 
ɤca - peso específico do concreto armado 
ɤalvenaria - peso específico da alvenaria 
ɤg – coeficiente de minoração devida à carga de peso próprio 
ɤq - coeficiente de minoração devida à sobre carga 
n - número de lados engastados da laje 
M - momentos fletores positivos 
N - momentos fletores negativos 
d - altura útil 
h - altura total 
Ø - diâmetro 
Cnom - cobrimento nominal 
Pd - Fd - combinações de forças de projeto 
λ - lambda 
∑ - somatório 
∆ - delta (comumente utilizado para indicar diferenças entre início e fim) 
As - área de seção das armaduras 
bw - largura da base da seção 
mín - mínimo 
lb = dobra nas extremidades da armadura 
Rp - resistência de ponta (estaca) 
Rl - resistência lateral 
Np - SPT médio na ponta da estaca 
Ap - área da ponta (estaca) 
k = coeficiente do solo 
PU - capacidade de carga da estaca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16 
1.1 OBJETIVO........................................................................................................................ 17 
1.1.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 17 
1.1.2 OBJETIVO ESPECIFICO ........................................................................................... 17 
2 METODOLOGIA ................................................................................................................ 18 
2.1 ESTUDOS PRELIMINARES DO EDIFÍCIO COMERCIAL .................................... 18 
2.1.1 LEI DE ZONEAMENTO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ....................................... 18 
2.1.2 LOCAL DE EXECUÇÃO DA OBRA ......................................................................... 20 
2.1.3 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL .................................................................... 21 
2.1.4 LIMPEZA DO TERRENO ........................................................................................... 21 
2.1.5 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ....................................................................... 21 
2.1.6 ANÁLISE DE SOLO ..................................................................................................... 21 
2.1.7 TERRAPLENAGEM .................................................................................................... 23 
2.1.8 FECHAMENTO DO TERRENO ................................................................................ 23 
3 METODOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO ......................................................................... 24 
3.1 CANTEIRO DE OBRAS ................................................................................................. 24 
3.2 FUNDAÇÕES ................................................................................................................... 25 
3.3 MÉTODO CONSTRUTIVO ........................................................................................... 26 
3.4 DIMENSIONAMENTOS ESTRUTURAIS ................................................................... 30 
3.6 INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS .................................................................................. 32 
3.6.1 CONSUMO DIÁRIO .................................................................................................... 33 
3.6.2 RAMAL PREDIAL ....................................................................................................... 33 
3.6.3 RAMAIS USUAIS ......................................................................................................... 33 
3.6.4 RESERVATÓRIOS E RESERVA TÉCNICA ........................................................... 34 
3.6.5 BOMBA DE RECALQUE ............................................................................................ 34 
3.7 INSTALAÇÕES ELÉTRICA .......................................................................................... 34 
3.8 CRONOGRAMA .............................................................................................................. 35 
3.9 ORÇAMENTAÇÃO ......................................................................................................... 37 
4 RESULTADOS .................................................................................................................... 38 
4.1 APRESENTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS ........................................................ 38 
4.2 ESTUDOS DE SOLOS E FUNDAÇÕES ....................................................................... 40 
4.3 DIMENSIONAMENTOS ESTRUTURAIS ................................................................... 47 
4.3.1 INSTABILIDADE E EFEITOS DE 2A ORDEM ....................................................... 47 
4.3.1.1 DISPENSA DA CONSIDERAÇÃO DOS EFEITOS GLOBAIS DE 2A ORDEM ....................... 47 
4.3.1.2 PARÂMETRO DE INSTABILIDADE 𝜶 ........................................................................... 47 
4.3.1.3 MÓDULO DE INÉRCIA EQUIVALENTE ....................................................................... 48 
4.4 CARGAS DE VENTO...................................................................................................... 53 
4.4.1 VELOCIDADE BÁSICA ................................................................................................... 53 
4.4.2 VELOCIDADE CARACTERÍSTICA .................................................................................. 54 
4.4.3 PRESSÃO DINÂMICA DO VENTO .......................................................................... 56 
4.4.7 COMBINAÇÕES........................................................................................................... 63 
4.5 VIGA .................................................................................................................................. 66 
4.6 LAJE .................................................................................................................................. 75 
4.6.1 DADOS DA LAJE ............................................................................................................ 75 
4.7 PILAR ................................................................................................................................ 81 
4.8 AUTO DE VISTORIA DO CORPO DE BOMBEIROS - AVCB ................................ 87 
4.9 INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS .................................................................................. 89 
4.9.1 CONSUMO DIÁRIO .................................................................................................... 89 
4.9.3 RAMAIS USUAIS ......................................................................................................... 91 
4.9.4 RAMAIS DE DESCARGA E DE ESGOTO ............................................................... 93 
4.9.5 CÁLCULO PARA POTÊNCIA DA BOMBA DE RECALQUE .............................. 95 
4.9 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ....................................................................................... 97 
4.10 ORÇAMENTAÇÃO ..................................................................................................... 100 
4.11 CRONOGRAMA DE OBRAS ....................................................................................103 
5 CONCLUSÕES FINAIS ................................................................................................... 105 
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 106 
ANEXOS................................................................................................................................ 107 
PROJETOS TÉCNICOS ..................................................................................................... 113 
 
 
16 
 
1 INTRODUÇÃO 
O Brasil possui predominantemente construções feitas pelos mais variados tipos de 
concreto, que apresentam diferentes formas, e criam Edifícios com padrão de qualidade que 
trazem confiança aos seus ocupantes. 
Por possuir alta resistência a compressão, o concreto armado é a técnica mais utilizada 
no mundo para construção de estruturas. Com a junção do concreto e aço (barras) é um material 
composto que atinge significativos valores de resistência. 
As armaduras deram ao concreto um poder muito maior de resistência a tensões dando 
capacidade de alcançar vãos e momentos fletores maiores. 
 Os profissionais atuantes neste seguimento devem estar sempre em constante processo 
de atualização, pois as novas tecnologias e materiais que se encontram no mercado tem 
demonstrado rigoroso conhecimento dos responsáveis técnicos. O Engenheiro Civil tem 
encontrado uma gama cada vez maior de desafios. 
 Este trabalho de conclusão de curso visa apresentar como o concreto armado se 
comporta numa estrutura desenvolvida para um edifício com dez pavimentos destinado a 
atender comércios. 
Dentro do escopo devem ser previstos: 
- Estudo de viabilidade; 
- Canteiro de Obras; 
- Projetos da edificação (arquitetônico, hidráulico, elétrico, estrutural, etc.); 
- Cronograma; 
- Orçamento, etc. 
Tornar esses quesitos executáveis serão a grande proposta a ser apresentada e pretende-
se fazê-lo de uma forma didática aos leitores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
1.1 OBJETIVO 
1.1.1 OBJETIVO GERAL 
Desenvolver o estudo de um prédio comercial, no bairro Jardim Aquarius, localizado 
em São José dos Campos – SP, visando o crescimento de pequenas empresas na região, o local 
onde será construído tem um grande fluxo de pessoas e é uma zona onde a predominância de 
habitantes é de classe média-alta, com isso, o foco do empreendimento seria ideal para salas 
comerciais. 
 
1.1.2 OBJETIVO ESPECIFICO 
• Estudo físico de um edifício em função do projeto arquitetônico 
• Canteiro de obra e orçamento geral; 
• Cronograma físico-financeiro do empreendimento; 
• Cálculo de uma laje, um pilar e uma viga; 
• Cálculo hidráulico e elétrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2 METODOLOGIA 
Na realização deste projeto foram utilizados, pesquisas em diversas fontes acadêmicas, 
livros, sites da internet, conhecimentos teóricos absorvidos em sala de aula e normas técnicas, 
levantando informações claras no que diz respeito a elaboração construtiva do empreendimento. 
As análises de cada etapa da obra foram consultadas e executadas conforme as normas técnicas 
da ABNT (associação Brasileira de Normas Técnicas) que serviram como uma direção para as 
diretrizes que deveriam ser adotadas. A execução do projeto foi organizada em ordem 
cronológica, seguindo cada informação consultada. A fim de acompanhar na prática cada etapa 
citada e consolidar os conhecimentos adquiridos nas pesquisas bibliográficas, foram feitas 
visitas no local do empreendimento. 
 
2.1 ESTUDOS PRELIMINARES DO EDIFÍCIO COMERCIAL 
2.1.1 LEI DE ZONEAMENTO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
 
Zoneamento é a delimitação de áreas diferenciadas de adensamento, uso e ocupação 
do solo, de acordo com suas características e potencialidades, visando sua melhor 
utilização em função das diretrizes de crescimento da cidade, da mobilidade urbana e 
das características ambientais e locacionais. A proposta é garantir o desenvolvimento 
harmônico do município, a qualidade de vida e bem-estar social de seus 
habitantes.(https://www.sjc.sp.gov.br/servicos/urbanismo-e-sustentabilidade/uso-do-
solo/zoneamento/ acessado em: 15/08/2018) 
 
Alguns de seus principais objetivos são: 
• Controle de crescimento urbano; 
• Proteção de áreas inadequadas e de ocupação urbana; 
• Minimização dos conflitos entre usos e atividades; 
• Controle do trafego; 
• Manutenção dos valores das propriedades. 
A Lei Complementar 428/2010 estabelece as normas relativas ao parcelamento, uso e 
ocupação do solo em São José dos Campos, e dá outras providências. Zona de Urbanização 
Controlada Cinco - ZUC5: constitui-se de áreas ocupadas pelo uso residencial horizontal e 
vertical, consolidado ou em fase de consolidação, destinadas a absorver os usos residenciais 
multifamiliar e o comércio e serviço com nível de interferência urbano-ambiental baixo, com 
até 15 (quinze) pavimentos, e o uso industrial sem risco ambiental, admitindo o uso residencial 
unifamiliar. 
19 
 
Figura 1. Zoneamento 
 
Fonte: Site da prefeitura de São José dos Campos 
 
Tabela 1. Zoneamento Urbano 
 
Fonte: Site da prefeitura de São José dos Campos 
 
Tabela 2. Dados do empreendimento 
 
Fonte: Autores 
Área Terreno (m²) Coef. de aproveitamento Área Construída (m²)
1.000 3 3.000
20 
 
2.1.2 LOCAL DE EXECUÇÃO DA OBRA 
Para iniciar a construção de um edifício comercial, são considerados aspectos 
significativos a serem analisados, como a escolha do terreno e as leis municipais que abrangem 
a cidade, leis de zoneamento e ambiental, representadas por zonas, siglas e cores, definindo 
assim os parâmetros do edifício, que podem eventualmente inviabilizar o empreendimento. 
Foram analisados para uma boa viabilidade do local, os aspectos de fácil acesso e o 
público alvo. Foi necessário realizar esse estudo de viabilidade para saber o retorno do 
empreendimento e dar início a execução do projeto. 
O empreendimento se localiza a 5km de distância da região central de São José dos 
Campos, local de fácil acesso e próximo das principais vias de ligação das regiões, shoppings, 
supermercados e linhas de ônibus. 
O local escolhido para a construção do empreendimento está situado no bairro Jardim 
Aquarius, Rua Dr. Jorge de Oliveira Coutinho, nº 510 - Zona Oeste do Município de São José 
dos Campos, como mostra a figura 2, utilizando o ZUC 5 (Zona de Urbanização Controlada 
Cinco) conforme a lei complementar 428/2010. É uma região com alto índice de crescimento e 
desenvolvimento imobiliário e valorização econômica. 
 
Figura 2. Localização do empreendimento 
 
Fonte: Google Maps 
 
21 
 
2.1.3 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL 
Conforme estabelecido pela legislação nacional de política do meio ambiente 
n°6938/1981. O EIA relaciona-se ao princípio da prevenção que é aplicado aos impactos 
ambientais já conhecidos ou que sejam identificáveis e tenham mais probabilidade de ocorrer, 
com o intuito de prevenir os impactos negativos, tais como: desmatamento, construções 
próximas a nascente e deterioração da fauna e flora local. 
O empreendimento foi construído mediante a essa lei, respeitando o meio ambiente e a 
vizinhança do local, visando construir sem causar nenhum dano ambiental e social. 
 
2.1.4 LIMPEZA DO TERRENO 
Etapa onde realiza a preparação do terreno para o início das atividades construtivas a 
serem realizadas, começando pela execução de remoção dos serviços físicos, como pedras, 
rochas, árvores, cupinzeiros, demolição de construções antigas e todos tipos de materiais 
sólidos e volumosos que estejam sob a superfície do terreno. 
A limpeza doterreno permite um ambiente organizado, para ter espaço e manuseio do 
recebimento de materiais de construção. Sendo assim foi realizada a limpeza do local, retirado 
entulhos, pedras e vegetação. 
 
2.1.5 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 
Houve a contratação de uma empresa terceirizada para realizar o levantamento 
topográfico, locação da obra e estudo de impacto de vizinhança. 
 
2.1.6 ANÁLISE DE SOLO 
Para ter conhecimento do tipo de solo, das características principais e sua resistência é 
fundamental que se realize a sondagem. Na análise de solo foi realizado o método de ensaio 
SPT (Standard Penetration Test), onde se determina o índice de resistência a penetração 
conforme NBR 6484 – Solo – Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de 
Ensaio (ABNT 2001) 
O ensaio inicia-se com a perfuração por meio de trado e cravação de um amostrador 
padrão, a cada metro, obtendo o tipo de solo, a medida do índice de resistência, determinação 
do nível de água e uma coleta de amostra. A resistência do solo é alcançada através do número 
de golpes necessários para cravar um amostrador padrão utilizando o procedimento executivo 
como definido na norma ABNT 6884:2001. 
22 
 
Depois de realizada as sondagens todas as informações são apresentadas por meio de 
um relatório gráfico, onde contém a determinação dos tipos de solo até a profundidade onde se 
interessa o projeto, das condições de compacidade, consistência e capacidade de carga de cada 
tipo de solo, espessura das camadas e avaliação da orientação dos planos que as separam. 
Na sondagem a percussão é montado uma torre tripé conforme figura 3, com altura em 
torno de 5 m; o martelo padronizado de 65 kg e erguido a altura de 75 cm e cai em queda livre 
sobre a haste. Com isso, soma-se o número de golpes preciso para a penetração do amostrador, 
coletando assim os dados de amostras levados ao laboratório para estudo e apresentação de 
resultados. 
Figura 3. Tripé para ensaios de sondagem 
 
Fonte: http://www.persolo.com.br/ 
 
Através do estudo realizado, identifica-se o solo mais resistente, entre a profundidade 
de 5,80m com argila pouco arenosa, dura, vermelha com SPT 28 a 7,0m; com areia fina e média 
siltosa pouco compactada e medianamente compactada, rosada com SPT 23. 
 
Os dados obtidos através de sondagem, mostram as características e propriedades do 
subsolo, após avaliados e estudados, irão servir de base técnica para a escolha do tipo 
da melhor fundação para a edificação, e que se adapte ao terreno e método de 
contenção para a escavação. (MARTINS J., 2012) 
 
23 
 
2.1.7 TERRAPLENAGEM 
Na realização desse processo na construção do empreendimento, foi necessário usar 
técnicas básicas de terraplenagem para dividir igualmente a terra por todo o terreno, deixando 
o solo apropriado para a construção utilizando etapas fundamentais, sendo elas: 
Desmatamento – retirada da maior parte de vegetação, função executada por 
equipamentos, tais como: pás, motossera; 
Destocamento – processo de retira dos tocos e todo entulho que sobrou da vegetação, 
executando a queimada do mesmo; 
Limpeza – resíduos gerados pela queimada, com a limpeza é necessário retirar a camada 
vegetal, pois não pode ser utilizada como aterro; 
Compactação do solo – nivelamento do terreno, utilizando rolo compressor. 
 
2.1.8 FECHAMENTO DO TERRENO 
 Com as etapas da limpeza do terreno e terraplenagem concluídos, foi realizado de forma 
provisória o fechamento do terreno com tapume metálico, fácil de montar e desmontar, 
durabilidade e resistência. Tem como finalidade a segurança dos operários da obra, quanto para 
os transeuntes que circulam ao redor da obra, isola poeiras e resíduos da construção, evita queda 
de materiais na vizinhança e incidentes com maquinas cortantes. E por fim, garantir a segurança 
dos matérias estocados e equipamentos alocados na obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
3 METODOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO 
3.1 CANTEIRO DE OBRAS 
 O canteiro de obras é uma instalação fixa, porém, temporária que serve de suporte aos 
operários e tem como objetivo organizar e armazenar insumos que serão utilizados na 
construção a qual se destina. 
 No parágrafo anterior o termo instalação fixa descreve o fato de que o canteiro deve ser 
instalado em um local onde não precise posteriormente ser removido ao decorrer das obras, por 
isso, o fato de se planejar muito bem onde será este local. Já o a expressão temporária, designa 
que durante o período de obras ele deverá estar locado para atender as suas atribuições, e logo 
após o término será removido, ou seja, terá um tempo de instalação previsto conforme o tempo 
da obra. 
 O Engenheiro Civil responsável por realizar esta tarefa, utilizará normas de instalações 
previstas pela NR 18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, que 
determina para esses serviços duas grupos importantes: 
- Áreas de vivência 
- Áreas operacioanais 
 
3.1.1 ÁREAS DE VIVÊNCIA 
 As áreas de vivência como o próprio nome menciona são aquelas destinadas a vivência 
dos operários, os locais que servirão para realizar suas refeições, instalações hidrossanitárias, 
área de lazer e áreas comuns. 
Para essas instalações a principal norma a ser utilizada é a NBR 12284 - Áreas de Vivência 
em Canteiros de Obras (ABNT). 
Principais itens a serem elaborados nesta etapa: 
1) Vestiário 
2) Instalações sanitárias 
3) Alojamento* 
4) Refeitório 
5) Cozinha (se houver preparo de alimentos) 
6) Lavanderia* 
7) Área de lazer* 
8) Ambulatório (frentes de trabalho com 50 ou mais operários). 
* os itens 3, 6 e 7 que se encontram com asterisco deverão apenas serem executados caso 
atendam a uma quantidade mínima de operários prevista pela NR 18. 
25 
 
3.1.1 ÁREAS OPERACIONAIS 
 As áreas operacionais são aqueles locais que servirão diretamente ao trabalho dos 
operários, locais esses destinadas as operações profissionais de todos aqueles que estão 
envolvidos na construção, como por exemplo: 
1) Portaria; 
2) Escritório; 
3) Almoxarifado; 
4) Depósitos para diferentes materiais; 
5) Central de concreto; 
6) Central de argamassa; 
7) Central de armação; 
8) Central de fôrmas; 
9) Central de montagem de instalações e esquadrias; 
10) Central de pré-moldados, etc. 
 
3.2 FUNDAÇÕES 
Em uma construção muitos profissionais consideram o conhecimento do tipo de solo 
um dos fatores de maior segurança, pois, através desse estudo os cálculos utilizados para 
projeção da estrutura podem ser feitos com um grau de confiança maior. 
As fundações que são elementos atrelados diretamente ao solo, são divididas em dois 
grupos: as fundações rasas e fundações profundas. 
Para o estudo em destaque foram adotadas fundações profundas com estacas do tipo 
hélice contínua, por apresentar melhores condições de trabalho para o local adotado. 
O trabalho é realizado através de uma perfuratriz que possui trado helicoidal que gera 
pouco tremor ao local, evitando abalos em construções vizinhas. Na figura 4 é apresentada 
imagem dessas execuções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Figura 4. Execução de estaca tipo Hélice contínua 
 
Fonte: https://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/estaca-helice-continua-monitorada 
 
 Este tipo de fundação é moldada “in loco”, ou seja, montada e concretada no local das 
obras e possuem diâmetros entre 25 e 100 cm. 
As estacas são elementos estruturais que, colocados no solo por cravação ou 
perfuração, têm a finalidade de transmitir carga ao mesmo, seja pela resistência sob 
sua extremidade inferior (resistência de ponta), seja pela resistência ao longodo fuste 
(atrito lateral) ou pela combinação dos dois. (Rodriguez, 2010) 
 
A ABEF – Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotecnia, 
disponibiliza em seu site (https://www.abef.org.br/) um manual de Execução de Fundações e 
Geotecnia – práticas recomendadas. Nele constam explicativos de execução dos principais tipos 
de estacas utilizadas na construção civil. 
 
3.3 MÉTODO CONSTRUTIVO 
O método construtivo mais utilizado no mundo é sem dúvida alguma o concreto armado, 
onde a resistência de dois materiais específicos, o aço e o concreto, formam uma combinação 
27 
 
muito resistente tanto a tração, como a compressão, propriedades onde cada um tem seu ponto 
forte. 
Através de anos de estudos essas qualidades foram sendo aprimoradas. No início era 
conhecido apenas como cimento hidráulico e no século XIX, começou a era do cimento 
“Portland”. 
Após esse período uma série de novos ensaios e desenvolvimentos foram surgindo, e o 
concreto armado ganhou um grande destaque nesse seguimento. No Brasil esse conhecimento 
é um pouco mais recente e teve início por volta de 1888, quando Antônio Proost Rodovalho 
instalou em sua fazenda uma fábrica destinada a produzir este material. 
 Com essa nova fase vieram os dimensionamentos, cálculos, e softwares destinados a 
estabelecer critérios de construção com mais qualidade e produtividade, dando mais dinamismo 
a indústria da Construção Civil. 
 Nesse segmento também veio o importante concreto protendido, que não entrará no 
mérito aqui, apenas um breve relato. Para este tipo de sistema são utilizados cabos de aço nas 
lajes de concreto com travamento por cordoalhas que ao atingirem determinada tensão geram 
uma resistência maior que a aplicada ao concreto armado, conseguindo aumentar 
significativamente os vãos da estrutura. 
 Segundo (Moliterno, 1995), a resistência a tração depende de uma série de fatores, tais 
como aderência dos agregados com argamassa de cimento. Tipos de resistências: resistência a 
tração axial, resistência a tração por fendilhamento e resistência à tração na flexão. 
Na figura 5 tem-se a apresentação de uma foto de uma base de pilar na construção da 
laje, já pronta para receber a concretagem feita através de bombeamento e saída pelo mangote 
dos caminhões betoneiras (figura 6). 
28 
 
Figura 5. Montagem de armaduras para concretagem com “arranque” para pilar 
 
Fonte: https://www.archiproducts.com/ 
 
Figura 6. Concretagem de laje por bombeamento 
 
Fonte: http://stuhlertmaq.com.br/portfolio-view/mangote-para-concreto/ 
 
29 
 
 Além do concreto armado, outro importante elemento a ser destacado são as alvenarias 
de vedação que serão importantes nos fechamentos de paredes. 
 
O que é imperativo nas estruturas de alvenaria é tornar nulos ou quase nulos as 
solicitações de tração, fazendo-as resistir com segurança a esforços de compressão ou 
flexocompressão. Disto se conclui que o tipo de obra se constitui numa construção 
por massa ou gravidade. (Moliterno, 1995) 
 
 Após a apresentação do método construtivo em concreto armado, na figura 7 tem-se a 
apresentação de um edifício utilizando alvenaria de vedação para as paredes. 
 
Figura 7. Edifício em concreto armado com alvenaria de vedação 
 
Fonte: http://www.monteiroengenharia.com 
 
 É elementar que a teoria e estudos para um bom entendimento e compreensão sobre 
todas as técnicas e execuções das atividades em campo favorece o profissional no seu ambiente 
de trabalho, porém é necessário um tempo de empenho e acompanhamento das atividades ora 
realizadas para visualizar os processos construtivos em cada momento da sua realização. 
 De acordo com (Augusto G. Pedreira de Freitas, 2016) a interação do Projetista 
Estrutural durante a execução é fundamental para o bom desempenho da estrutura. Desta forma 
30 
 
recomenda-se que exista uma comunicação entre projetista e obra, definindo claramente os 
meios de comunicações. 
 
3.4 DIMENSIONAMENTOS ESTRUTURAIS 
Os edifícios em concreto armado possuem basicamente quatro elementos estruturais 
muito importantes, que são: 
- Fundações 
- Lajes 
- Vigas e 
- Pilares 
Para realizar suas devidas construções, é necessário fazer a montagem de seus moldes, 
que são constituídos pelas formas e escoramentos que irão acomodar o concreto e dar os mais 
variados formatados que se pretende obter. 
Em edifícios que são compostos por vários pavimentos, esse material é de grande 
utilidade, pois, pode ser reaproveitado em várias etapas da obra. Normalmente são de madeira 
(tábuas, compensado, pontaletes, etc.), metálicos (escoras, barrotes, forcados, agulhas, etc.) ou 
plásticos (plasterit, cubetas, etc.). 
 
Painel é uma estrutura de Forma em que o vigamento secundário, via de regra, está 
ligado ao compensado. Partiu de um projeto que estudou técnica e economicamente o 
assunto, definiu suas dimensões e seu local de utilização. A partir daí, teve sua 
confecção executada de forma industrializada ou semi-industrializada. (Silva, 1998) 
 
A montagem das formas deve ser realizada de forma que os esforços gerados pela 
concretagem sejam suportados sem que aconteça a abertura das mesmas. No processo de 
concretagem podem ocorrer diferentes forças atuantes, uma concretagem com baldes, latas 
metálicas, ou jericas, não causará tanto impacto como um mangote que despeja concreto líquido 
diretamente do caminhão betoneira. 
As principais peças para que sejam montadas as formas estruturais e os cimbramentos 
(nome dados ao conjunto de peças que quando montadas suportam as cargas do concreto 
estrutural) são apresentadas na tabela 3. 
 
31 
 
Tabela 3. Peças para montagem de formas e cimbramentos 
 
Fonte: Autores 
 
 Os elementos estruturais devem ser moldados “in loco” para um edifício com essas 
características, portanto, na figura 8, é apresentada a imagem de peças de cimbramento, que são 
armações feitas justamente para moldar o concreto. 
 
Figura 8. Cimbramento 
 
Fonte: http://globalconstrucoes.com.br/panorama-center-ribeiro-alvim-juiz-de-fora-mg/ - acessado em: 
15/10/2018 
Elemento Peça
Gastallho
Formas de fundo
Trava sanduiche
Agulha
Tirante
Escora
Andaimes
Barrote
Forcado
Formas de fundo
Bainha
Tirante
Espaçador
Agulha
Escora
Longarina
Transversina
Cubeta
Placa compensado
Formas e cimbramento
Pilares
Vigas
Lajes
32 
 
3.5 CERTIFICADO DE LICENCIAMENTO INTEGRADO DO CORPO DE 
BOMBEIROS – CLCB 
 Através do decreto 55660/10 foi instituído para edificações o Certificado de 
Licenciamento Integrado emitido pelo Corpo de Bombeiros, que visa entre outros atributos 
prever projeto de segurança para os edifícios, residenciais, comerciais e industriais excetuando 
os casos de residência unifamiliares e de comércio com áreas menores que 100 m² de área 
construída computável. 
 Ao todo tem-se 45 IT’s (Instruções Técnicas) referentes aos requisitos obrigatórios a 
boa condição de execução dessas atividades. 
 O site “http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/” do corpo de bombeiros possui um 
link chamado de “VIA FÁCIL”, onde os projetos e documentos devem ser inseridos para que 
a vistoria da edificação possa ser realizada. 
 Essas alterações na legislação e nos métodos de construção tem exigido muita 
atualização por parte dos profissionais de engenharia, pois, projeto é algo que os projetistas 
fazem diariamente, porém, tem-se o lado de dimensionamentos e implantações do sistema que 
será integrado, fazendo com que atender a lei tenha uma condição mínima para tornar o projeto 
viavelmente executável. 
 Além desse fator muito importante, outra mudançaque atualmente vem acontecendo e 
alterando a forma desses profissionais trabalharem é a famosa “INDÚSTRIA 4.0”, que dentro 
da Construção Civil trouxe junto com ela as novas “Assinaturas e Certificados Digitais”, onde 
os responsáveis por documentações não terão mais que os apresentar impressos, e sim, 
digitalmente. 
 Trouxe uma agilidade e comodidade maior ao processo que passara a ser totalmente on-
line, por outro lado, como já dito anteriormente, engenheiros e projetistas deverão se adaptar a 
essa nova forma de trabalho para atender aos requisitos desse novo mercado. 
 
3.6 INSTALAÇÕES HIDRAÚLICAS 
As instalações hidráulicas para edifícios são previstas pela NBR 5626:1998 – 
Instalações prediais de água fria e NBR 8160 – Esgoto Predial. Após apresentação dos projetos 
arquitetônicos pode-se visualizar a quantidade de unidades que serão atendidas nesse processo. 
Uma das especificações encontradas na norma NBR 5626, e que auxiliam o projetista 
nos dimensionamentos é que a velocidade máxima encontrada em tubulações de água fria deve 
ser de 3 m/s. 
 
33 
 
3.6.1 CONSUMO DIÁRIO 
O consumo diário tem como principal objetivo elaborar o cálculo estimado para 
determinar qual será a capacidade de água que atenderá a população per capita do local, 
podendo ser utilizada tabela 4. 
 
Tabela 4. Tabela de Consumo Diário nas Edificações 
 
Fonte: https://leiautdicas.wordpress.com/tag/cc/ 
 
A partir daí, podem ser dimensionados os reservatórios que tem a finalidade de abastecer 
esse público. 
 
 
3.6.2 RAMAL PREDIAL 
É a entrada da tubulação que a concessionária local irá instalar para abastecimento do 
edifício. 
 
3.6.3 RAMAIS USUAIS 
Os ramais usuais são aqueles designados a atender os pontos de saída de água, ou seja, 
a tubulação que chega diretamente nos pontos de torneiras, descargas e outros. 
 
34 
 
3.6.4 RESERVATÓRIOS E RESERVA TÉCNICA 
Segundo NBR 1314:1998 para Edifícios Residenciais com múltiplos pavimentos é 
aconselhável distribuir a reserva técnica em 40% do volume total para o reservatório superior 
e 60% do volume total para o reservatório inferior. 
 
3.6.5 BOMBA DE RECALQUE 
O edifício terá um total de 10 pavimentos, portanto, para conseguir realizar o 
abastecimento através do reservatório superior que irá funcionar por gravidade, será necessário 
a utilização de uma bomba d’água que elevará o fluído do reservatório inferior. 
 
Nos projetos de instalações prediais, frequentemente é necessário prever instalações 
de bombeamento, também denominadas instalações elevatórias ou de recalque. O 
caso mais comum é aquele em que se efetua a transferência de água de um reservatório 
inferior para um reservatório superior (Vianna, 2004) 
 
3.7 INSTALAÇÕES ELÉTRICA 
A eletricidade é um elemento que trouxe uma qualidade de vida muito grande as 
edificações. As iluminações favorecem os habitantes na execução de tarefas noturnas e também 
dão condições de utilização de aparelhos domésticos que auxiliam no dia-a-dia de qualquer 
família. 
Para edificações devem atender normas de execução mínimas encontradas na NBR 5410 
- Instalações Elétricas de Baixa tensão que prevê dimensionamento de pontos de tomadas, 
pontos de iluminação e circuitos, NBR 5413 – Iluminância de Interiores e NBR 14039 – 
Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 32,6 kV, essas são as principais a serem 
utilizadas, mas em determinados casos, deve-se utilizar também as relacionadas. 
 
Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de 
baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento 
adequado da instalação e a conservação dos bens. 
Esta Norma aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificações, qualquer 
que seja seu uso (residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, 
hortigranjeiro, etc.), incluindo as pré-fabricadas. (ABNT NBR 5410, 2004) 
 
 O SPDA – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas é obrigatório aos edifícios 
que apresentam potência instalada maior que 75 kW e deve atender norma prevista na NR 10 - 
Segurança em instalações e serviços em eletricidade e NBR 5419 - Proteção contra descargas 
atmosféricas. 
35 
 
Segundo (ABNT NBR 5419, 2015) todas as medidas de proteção contra descargas 
atmosféricas formam a proteção completa contra descargas atmosféricas. 
 Os projetos de elétrica devem atender alguns itens necessários a boa condição de 
funcionamento do sistema e satisfazer os seguintes quesitos: 
❖ ART 
❖ Carta de Solicitação de Aprovação à Concessionária 
❖ Memorial Descritivo 
❖ Memória de Cálculo 
❖ Plantas 
❖ Esquemas verticais (Prumadas) 
❖ Quadros 
❖ Detalhes 
❖ Convenções 
❖ Especificações 
❖ Lista de Materiais 
De acordo com (Filho, 2011) na concepção de instalações elétricas prediais, o projetista 
deve estar atento a pelo menos três critérios, no que se refere à utilização das instalações 
projetadas: acessibilidade, flexibilidade e reserva de carga e confiabilidade. 
 Dentre os itens de maior detalhamento no projeto, estão: 
❖ Pontos de energia (tomadas, lâmpadas e interruptores); 
❖ Quadro de energia; 
❖ Legendas; 
❖ Detalhamentos isométricos, etc. 
 
3.8 CRONOGRAMA 
Cronograma é uma palavra com origem grega, onde Crono vem de Khronos (tempo) e 
grama está associado a algo escrito ou desenhado, portanto, é exatamente desta maneira que 
são elaborados para a construção civil. 
Existem cronogramas para variadas etapas do desenvolvimento da obra, seja para a 
produção dos operários, seja para o gerenciamento e administração, para compra de insumos, 
físico-financeiro, etc. 
 
 
36 
 
Ao dividir o fluxo de desenvolvimento em etapas, estabelecem-se objetivos para cada 
etapa. Para atingi-los, parte-se de premissas (insumos) que serão trabalhadas gerando 
os produtos de cada escopo. Tais produtos devem ser formalmente aprovados pelos 
envolvidos no processo para que se inicie a etapa subsequente. (Augusto G. Pedreira 
de Freitas, 2016) 
 
 O mais conhecido e utilizado pela área da construção civil é o chamado gráfico de 
GANTT, que apesar de ter sido criado por volta de 1910 por Henry Gantt, é uma ferramenta 
muito atual e auxilia diretamente nas etapas que a obra irá desenvolver. 
 A vantagem desta ferramenta basicamente é uma só, porém, de grande ajuda, que é 
demonstrar de maneira visual e de fácil compreensão como o cronograma completo dos 
trabalhos pode ser desenvolvido. 
 O cronograma “FÍSICO-FINANCEIRO”, também é outra poderosa ferramenta de 
auxilio ao trabalho para empresas de engenharia. Após a finalização do orçamento, se pode 
utiliza-lo para fazer o desmembramento em valores para cada etapa do processo, desta forma o 
investidor poderá enxergar de forma clara qual será o seu desembolso de acordo com o que será 
programado ao longo de toda a obra. 
 Para conseguir efetuar com sucesso essa etapa é preciso que o investidor esteja bem 
integrado as atividades junto aos profissionais que estão no comando, pois, desta forma, é 
possível que ambos façam alterações que no meio do caminham possam vir a acontecer. 
 Na tabela 4 tem-se o exemplo de um cronograma físico financeiro que será utilizado 
como modelo para realização do que se pretende elaborar para o edifício em estudo. 
 
Tabela 5. Cronograma Físico-financeiro 
 
Fonte: https://www.qconcursos.com/ 
 
37 
 
3.9 ORÇAMENTAÇÃO 
O orçamento é aquela etapa dos projetos que mais desafia os conhecimentos técnicos, 
os responsáveis por ele devem ser capazes de enxergar com clareza tudo que deverá ser utilizado 
em cada momento do processo, tornando viávele econômico àquele que será o investidor de 
toda construção. 
Para o desenvolvimento das etapas de orçamento é necessário que o profissional que irá 
fazer a montagem e elaboração das planilhas, tenha conhecimentos de três importantes etapas: 
Estudo das condicionantes: é a realização de um estudo detalhado dos projetos com a 
intenção de se conhecer as condições impostas pelo mesmo analisando os pontos de maior e 
menor complexidade. 
Composição de custos: é a etapa onde os custos de itens que estão agregados, ou seja, 
itens compostos, como por exemplo a alvenaria, onde se tem os blocos, massa e hora homem, 
são detalhados e podem gerar apenas um valor. 
Fechamento do orçamento: quando se tem o fechamento por parte do orçamentista, o 
mesmo deverá direciona-lo ao investidor, a partir daí pode-se gerar a “Curva ABC”, cálculos 
de lucratividade (BDI), entre outros tipos de movimentações com o intuito de gerar maior 
lucratividade. 
Dentro dessas três vertentes a composição de custos é o que mais agrega valor ao 
desenvolvimento das planilhas, pois, quando se consegue definir claramente os itens de etapas 
que possuem grandes áreas de execução, é possível fazê-lo através apenas do produto entre a 
área a ser executada e o valor encontrado na composição para o item de interesse. 
Na tabela 6 vamos a um exemplo prático para composição de custos para o metro 
quadrado de parede apenas com pintura: 
 
Tabela 6. Composição de custo para parede de alvenaria sem revestimento cerâmico 
 
Fonte: Autores 
 
Item unid. Quant. Valor unit Valor total
Bloco 19x14x39 unit. 13 R$ 1,90 R$ 24,70
Argamassa m³ 0,02 R$ 35,00 R$ 0,70
Chapisco m³ 0,01 R$ 35,00 R$ 0,35
Reboco m³ 0,03 R$ 35,00 R$ 1,05
Pintura m² 1 R$ 15,00 R$ 15,00
Mão-de-obra h/h 0,5 R$ 37,50 R$ 18,75
R$ 60,55Total
38 
 
4 RESULTADOS 
4.1 APRESENTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS 
O canteiro de obras são as instalações necessárias para abrigar os operários durante o 
período de construção da obra. Ele deve ser montado para atender as necessidades dos 
trabalhadores no campo e dar suporte a equipe técnica de engenharia que acompanhará as 
execuções realizadas (figuras 9 e 10). 
 
Figura 9. Canteiro de obras 
 
Fonte: https://www.slideshare.net/CarolinaFerreiradeOl/aula-1-componentes-de-canteiro-de-obra - acessado em: 
16/10/2018 
 
Figura 10. Estoque de cal, cimento, argamassa e gesso 
 
Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/37/estoque-de-materiais-220679-1.aspx acessado 
em: 16/10/2018 
39 
 
4.1.1 ELABORANDO O CANTEIRO DE OBRAS 
4.1.1.1 QUANTIDADE DE OPERÁRIOS NA OBRA 
A quantidade de operários na obra deve seguir um cronograma levando-se em 
consideração o tempo que se pretende construir e os recursos financeiros que estão a disposição 
para a execução dessas tarefas. 
A tabela 7 mostra a quantidade de operários previstos para a execução do edifício (estes 
números podem sofrer algumas variações conforme rendimento dos trabalhadores, sendo 
necessário em alguns casos contratar, aumentando a equipe, ou demitir). 
 
Tabela 7. Quantidade de operários 
 
Fonte: Autores 
 
Itens e dimensionamentos obrigatórios previsto para a execução do canteiro de 
obras. 
a) Instalações sanitárias 
- 2 lavatórios 
- 2 vasos sanitários 
- 2 mictórios 
- 3 chuveiros 
 
b) Vestiário 
Abrigo desmontável contendo: 
Profissional Quantidade
Engenheiro 1
Estagiário 1
Mestre de obras 1
Almoxarife 1
Carpinteiro 4
Ajudante de 
Carpinteiro
4
Armador 4
Eletricista 2
Encanador 1
Pedreiro 2
Ajudante de Pedreiro 2
Azulejista 3
Pintor 3
TOTAL 29 operários
40 
 
- 2 armários de metal com cadeado (portas - 4 x 5) 
- 2 bancos com largura de 30 cm 
 
d) Local de refeições 
Abrigo desmontável (chapas de compensado e tela) contendo: 
- 1 lavatório 
- 1 mesa 
- 2 bancos de madeira 
- 2 lixeiras com tampa (reciclável e orgânico) 
- 1 forno micro-ondas 
- 1 bebedouro 
 
Em sua alínea 18.14.23.1.1 a NR 18 descreve: o elevador de passageiros deve ser 
instalado a partir da conclusão da laje de piso do quinto pavimento ou altura equivalente. 
 
4.2 ESTUDOS DE SOLOS E FUNDAÇÕES 
Os solos e fundações são elementos que interagem entre si dando estabilidade ao 
restante dos elementos a serem projetados. Serão utilizadas nesse estudo estacas tipo hélice 
contínua, que são realizadas com o furo através de uma perfuratriz e no momento de sua retirada 
a concretagem é realizada. 
 
4.2.1 QUANTIDADE DE FUROS DE SONDAGEM 
Os furos de sondagem devem ser previstos de acordo com NBR 8036:1983 – 
Programação de sondagem para simples reconhecimento de solos para fundações de edifícios, 
e podem ser dimensionados utilizando a tabela 8. 
 
Tabela 8. Número de furos de sondagem 
 
Fonte: NBR 8036 
 
Área (m²) Nº de furos Área (m²) Nº de furos
< 200 2 (evitar menos de 3) 1000 a 1200 6
200 a 400 3 (evitar menos de 3) 1200 a 1600 7
400 a 600 3 (evitar menos de 3) 1600 a 2000 8
600 a 800 4 2000 a 2400 9
800 a 1000 5 > 2400
A critério do 
projetista
41 
 
O terreno onde deverá ser implantado o empreendimento possui uma metragem conforme 
figura 11 e apresenta área de 800 m². Com a utilização da tabela 7 pode-se constatar que serão 
necessários 5 furos. 
 
Figura 11. Medidas do terreno 
 
Fonte: Autores 
 
4.2.2 CÁLCULO DE ESTACAS 
As fundações, como já foram apresentadas anteriormente e serão dimensionadas a partir 
de agora seguindo padrões contidos na NBR 6122 - Projeto e execução de fundações, 
considerando o que já foi exposto será utilizado o método Aoki – Velloso de resistência de 
carga admissível para estacas, conforme figura 12. 
 
Figura 12. Fundação profunda (estacas) 
 
Fonte: http://www.lmsp.ufc.br/arquivos/graduacao/fundacao/apostila/04.pdf (acessado em 05/10/2018) 
42 
 
Dados adotados: 
Solo = silte arenoso compacto a muito compacto (perfil de sondagem) 
Diâmetro = Ø = 40cm 
Profundidade = 8m (figura do capítulo 5 – colocar o número) 
Para os cálculos de estacas (fundações) foram adotados alguns valores fictícios com o 
intuito de se concretizar o memorial de cálculos. 
 
Cálculo de RP 
 
𝑹𝑷 = 𝑟𝑝 𝑥 𝐴𝑝 (𝑒𝑞. 1) 
 
Onde: 
Rp = resistência de ponta 
rp= capacidade de carga do solo na cota de apoio do elemento estrutural 
Ap= área da seção transversal da ponta 
 
𝒓𝒑 = 
𝑘 𝑥 𝑁𝑝
𝐹1
 (eq. 2) 
Onde: 
k = coeficiente do solo 
Np = 25 (adotado) - SPT da camada de apoio da estaca 
F1 = coeficiente do tipo da estaca 
 
Tabela 9. Método Aoki – Velloso (1975) 
 
Fonte: http://sinop.unemat.br/site_antigo/prof/foto_p_downloads/fot_7165aula_7_-
_capacidade_de_cabga_de_estacas_-_mytodo_aoki-velloso_(1975)_pdf.pdf (acessado em 02/10/2018) 
 
Tipo de estaca F1 F2
Franki 2,5 2 F1
Metálica 1,75 2 F1
Pré-moldada 1 + D/0,80 2 F1
Escavada 3 2 F1
Raiz, Hélice contínua 
e Ômega
2 2 F1
43 
 
𝒓𝒑 = 
0,35 𝑥 25
2,0
 
 
𝒓𝒑 = 4,37 𝑀𝑁/𝑚² = 437 𝑇𝑓/𝑚² 
 
 Diâmetro D, adotado de 40 cm. 
 
𝑨𝒑 =
𝜋𝑥𝐷2
4
 (eq. 3) 
 
𝑨𝒑 =
𝜋𝑥0,42
4
 
 
𝑨𝒑 = 0,126 𝑚² 
 
𝑹𝒑 = 437 𝑥 0,126 = 55,06 𝑇𝑓 
 
Tabela 10. Método Aoki – Velloso (1975) 
 
Fonte: http://sinop.unemat.br/site_antigo/prof/foto_p_downloads/fot_7165aula_7_-
_capacidade_de_cabga_de_estacas_-_mytodo_aoki-velloso_(1975)_pdf.pdf (acessado em: 07/10/2018) 
 
 
 
Tipo de solo K (Mpa) α(%)
Areia 1 1,4
Areia siltosa 0,8 2
Areia silto-argilosa 0,7 2,4
Areia argilosa 0,6 3
Areia argilo-siltosa 0,5 2,8
Silte 0,4 3
Silte arenoso 0,55 2,2
Silte areno-argiloso0,45 2,8
Silte argiloso 0,23 3,4
Silte argilo-arenoso 0,25 3
Argila 0,2 6
Argila arenosa 0,35 2,4
Argila areno-siltosa 0,3 2,8
Argila siltosa 0,22 4
Argila silto-arenosa 0,33 3
44 
 
Cálculo de RL 
 
𝑹𝑳 = ∑(𝑈 𝑥 ∆𝐿 𝑥 𝑟𝑙) (𝑒𝑞. 4) 
 
𝒓𝒍 =
 𝛼 𝑥 𝐾 𝑥 𝑁𝐿
𝐹2
 (𝑒𝑞. 5) 
 
Tabela 11. Resultados – Aoki & Velloso (1975) 
 
Fonte: elaborada pelos autores 
 
𝑼 = 2𝜋 𝑥 𝑅 (𝑒𝑞. 6) 
 
𝑼 = 2𝜋 𝑥 0,20 𝑚 
 
𝑼 = 1,26 𝑚 
 
Cálculo de PU = P 
 
𝑷𝑼 = 𝑅𝐿 + 𝑅𝑃 (𝑒𝑞. 7) 
 
𝑷𝑼 = 38,06 + 55,06 
 
𝑷𝑼 = 93,12 𝑇𝑓 
 
Carga admissível 
 
�̅� =
𝑃𝑈
2
= 
93,12
2
= 46,66 𝑇𝑓 (𝑒𝑞. 8) 
3 3 0,33 11 4 2,72 10,28
3 2,4 0,35 11 4 2,31 8,73
2 2,4 0,35 36 4 7,56 19,05
38,06
45 
 
 
Realizados os cálculos de resistência para as estacas tipo hélice contínua pode-se 
concluir que cada uma delas terá a possibilidade de suportar uma carga de aproximadamente 
46,66 Tf ou cerca de 466,6 kN. 
 
Armaduras (As) 
As armaduras para estacas devem ser dimensionadas de acordo com indicativos da NBR 
6122 – Projeto e execução de fundações. 
Devem ser considerados os seguintes dados: 
Aço: CA50 = 50 kN/cm² 
Concreto: 30 MPa = fck = 3 kN/cm² 
Es = 210 GPa = 210 kN/cm² 
Øest. = 40 cm 
Aest. = 𝜋𝐷2/4 = 1256,64 cm² 
𝜸𝒇 = combinação normal permanente desfavorável (1,35) 
N = 750 kN (adotado) 
Cnom = 2,5 cm 
 
𝑓𝑦𝑑 
𝑓𝑦𝑘
𝛾𝑠
 = 
50
1,15
 = 
50
1,15
 
0,2% . 𝐸𝑠 = 0,002 . 21000 = 42 kN/cm² 
 
(1 + 
6
∅
) ≥ 1,1 
 
(1 + 
6
40
) ≥ 1,15 
 
Como o resultado calculado ficou acima de 1,1, pode ser adotado 1,15. 
 
𝑨𝒔′ = 
1,2 . 𝛾𝑓 . 𝑁 (1 + 
6
∅𝑒𝑠𝑡
) − 0,85 . 𝐴𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 . 𝑓𝑐𝑑
𝑓𝑦𝑑
 (𝑒𝑞. 9) 
 
46 
 
𝑨𝒔′ = 
1,2 . 1,35 . 750 . 1,15 − 0,85 . 1256,64 . 2,14 
43,5
 
 
𝑨𝒔′ = 
1354,72,81 − 2285,83
43,5
= − 𝟐𝟏, 𝟒𝟎 𝒄𝒎² 
 
Se o valor calculado de 𝐴𝑠′ for menor do que 0 (zero), deve-se utilizar o cálculo de 
armadura mínima. 
 
𝑨𝒔𝒎í𝒏 = 0,5% . 𝐴𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 (𝑒𝑞. 10) 
 
𝑨𝒔𝒎í𝒏 = 0,005 . 1256,64 
 
𝑨𝒔𝒎í𝒏 = 6,28 𝑐𝑚² 
 
Com o valor mínimo encontrado para as armaduras das estacas, pode ser visto na figura 
13 as áreas de armadura As. 
 
Figura 13. Áreas de armaduras As 
 
Fonte: Autores 
 
47 
 
4.3 DIMENSIONAMENTOS ESTRUTURAIS 
4.3.1 INSTABILIDADE E EFEITOS DE 2a ORDEM 
4.3.1.1 Dispensa da consideração dos efeitos globais de 2a ordem 
Será realizada análise da edificação para dispensa de consideração dos esforços globais 
de 2a (segunda) ordem utilizando parâmetro de instabilidade α, conforme item 15.5 da norma 
NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento (ABNT, NBR 6118: Projeto de 
estruturas de concreto - Procedimento, 2014) 
 
4.3.1.2 Parâmetro de instabilidade 𝜶 
O parâmetro 𝜶 deve ser menor que o parâmetro 𝜶 1. Conforme item 15.5.2 (ABNT, 
NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento, 2014), para edificações iguais ou 
superiores a quatro (4) pavimentos com contraventamento por pórticos o valor de 𝜶 1 = 0,5. 
 
𝚨 = H_tot. √(N_k ⁄ ((E_cs ). I_c)) (eq. 11) 
𝐄𝐜𝐢 = 5600. √fck (em MPa) (eq. 12) 
𝐄𝐜𝐬 = 0,85. Eci (em MPa) (eq. 13) 
 
Onde: 
Htot - Altura total da estrutura a partir do solo 
Nk - Somatório das cargas verticais atuantes na estrutura 
Eci - Módulo de elasticidade do concreto 
Ecs - Módulo de elasticidade secante do concreto 
Ic - Módulo de inércia 
 
Aplicando o fck = 25MPa na equação Eq 12: 
Eci = 5600.√(25) 
Eci = 28000 MPa 
 
Aplicando as formulas, tem-se: 
Ecs = 0,85.28000 
Ecs = 23800 MPa 
 
48 
 
4.3.1.3 Módulo de Inércia Equivalente 
O módulo de inércia equivalente é definido por: 
 
𝐈𝐜,𝐞𝐪 = 
qvento.Htot
4
8.Ecs.∆prédio
 (𝑐𝑚4) (𝑒𝑞. 12) 
 
Onde: 
Ic,eq - Módulo de inércia equivalente 
qvento - Carga de vento 
prédio - Deslocamento horizontal do edifício 
 
Carga total vertical Nk 
Para o cálculo da carga total vertical na edificação temos: 
 
𝐍𝐤 = qtipo . Ntipo . ltipo + qcobertura . lcobertura (em kN) (𝑒𝑞. 13) 
 
Onde: 
qtipo - Carga distribuída no pavimento-tipo 
Ntipo - Número de pavimentos-tipo 
ltipo - Comprimento do pavimento-tipo 
qcobertura - Carga distribuída na cobertura 
lcobertura - Comprimento do pavimento de cobertura 
 
Dados de entrada para o cálculo 
Para determinação do deslocamento horizontal do edifício seram utilizados parâmetros 
gerais do software STAAD.PRO® com os dados que seguem: 
 
Parâmetros Gerais (Hipótese) 
fck = 25 MPa 
N = 11 (10 pavimentos-tipo e 1 cobertura) 
Pilares = 30x60cm 
Vigas = 20x45cm 
Carregamento 
49 
 
qvento = 10 KN/m 
qcobertura = 12 KN/m 
qtipo = 20 KN/m 
Utilizando o software STAAD.PRO® 
Esquema de lançamento da estrutura no software: 
 
Figura 14. Esquema do edifício lançado no STAAD.PRO® 
 
Fonte: Autor 
 
Verificação na direção y 
A partir da entrada de dados nesta direção, o programa imprimiu os seguintes resultados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Figura 15. Resultados STAAD.PRO® direção y 
 
Fonte: Autor 
 
Deslocamento horizontal máximo do edifício em y (prédio) 
O deslocamento horizontal máximo do edifício em y, conforme resultado do 
STAAD.PRO®, será prédio = 7,86 cm 
 
Determinação do Nk em x 
Substituindo os dados na direção y na equação, temos: 
 
𝐍𝐤 = qtipo. Ntipo. ltipo + qcobertura. lcobertura (eq. 14) 
 
𝑵𝒌 = 20.10.14,4 + 12.14,4 
 
𝑵𝒌 = 3052,8 𝐾𝑁 
 
Cálculo da inércia equivalente (Ic,eq) 
Substituindo os dados na equação, tem-se: 
 
𝐈𝐜,𝐞𝐪 = 
qvento. Htot
4
8. Ecs. ∆prédio
 (eq. 15) 
 
51 
 
𝐈𝐜,𝐞𝐪 = 
0,1. 37004
8.2380.7,86
 
 
𝐈𝐜,𝐞𝐪 = 125 232 602,6 cm
4 
 
Verificação do 𝜶 
Utilizando o valor de Ic,eq como Ic e substituindo, tem-se: 
 
𝛂 = Htot. √Nk (Ecs⁄ . Ic) (eq. 16) 
 
𝛂 = 3700.√3051,8 (⁄ 2380.125232602,6) 
 
𝛂 = 0,37 
 
Resultado na direção y 
Portanto, sendo 𝛼 = 0,37 menor que 𝛼 1 = 0,5, a estrutura nesta direção é considerada 
como de nós fixos, dispensando-se assim as análises dos efeitos de segunda (2a) ordem. 
 
Verificação da direção x 
A partir da entrada de dados nesta direção, os resultados apresentados pelo programa: 
 
Figura 16: Resultados STAAD.PRO® direção x 
 
Fonte: Autores 
 
52 
 
Deslocamento horizontal máximo do edifício em x (prédio) 
O deslocamento horizontal máximo do edifício em y, conforme resultado do 
STAAD.PRO®, será prédio = 9,21 cm 
 
Determinação do Nk em x 
Substituindo os dados na direção y na equação, temos: 
 
𝐍𝐤 = qtipo . Ntipo . ltipo + qcobertura . lcobertura (eq. 17) 
 
𝐍𝐤 = 20.10.21,2 + 12.21,2 
 
𝐍𝐤 = 4494,4 KN 
 
 
Cálculo da inércia equivalente (Ic,eq) 
Substituindo os dados na equação, tem-se: 
 
𝐼𝑐,𝑒𝑞 = 
𝑞𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜. 𝐻𝑡𝑜𝑡
4
8. 𝐸𝑐𝑠. ∆𝑝𝑟é𝑑𝑖𝑜
 
 
𝐼𝑐,𝑒𝑞 = 
0,1. 37004
8.2380.9,21
 
 
𝐼𝑐,𝑒𝑞 = 106 876 032,2 𝑐𝑚
4 
 
Calculando o 𝜶 
Utilizando o valor de Ic,eq como Ic e substituindo na equação, tem-se: 
 
𝛂 = Htot. √Nk (Ecs⁄ . Ic) 
 
𝛂 = 3700.√4494,4 (⁄ 2380.106876032,2) 
 
𝛂 = 0,49 
53 
 
 
Resultado na direção x 
Portanto, sendo α = 0,49 menor que α 1 = 0,5, a estrutura nesta direção é considerada 
como de nós fixos, dispensando-se assim as análises dos efeitos de segunda (2a) ordem. 
 
4.4 CARGAS DE VENTO 
Ascargas de vento serão calculadas conforme prescrições da NBR 6123: Forças 
devidas ao vento em edificações (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações, 
1988) e serão aplicadas como forças estáticas. 
 
4.4.1 Velocidade básica 
A velocidade básica do vento (V0) foi determinada conforme as isopletas da velocidade 
básica. 
 
Figura 17. Isopletas da velocidade básica V0 
 
Fonte: (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações, 1988) 
54 
 
O edifício em estudo está localizado na cidade de São José dos Campos, no estado de 
São Paulo. Analisando o mapa de isopletas apresentado na figura 4, determina-se a velocidade 
básica (V0) a ser utilizada como V0=35 m/s. 
 
4.4.2 Velocidade característica 
A velocidade característica do vento (Vk) é obtida a partir da multiplicação da 
velocidade básica pelos fatores S1, S2 e S3, conforme equação 
 
𝐕𝐤 = V0 . S1 . S2 . S3 (m/s) (eq. 18) 
 
Onde: 
S1 - Fator topográfico; 
S2 - Fator de rugosidade do terreno; 
S3 - Fator estatístico. 
 
Fator S1 
Conforme item 5.2 da NBR 6123 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em 
edificações, 1988), as características topográficas do terreno podem ser enquadras como área 
plana ou fracamente acidentada, sendo adotado S1 = 1,0. 
 
Fator S2 
O fator S2 é determinado conforme item 5.3 da NBR 6123 (ABNT, NBR 6123: Forças 
devidas ao vento em edificações, 1988), a partir de 3 (três) pontos: 
Rugosidade: Categoria IV 
Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona florestal, 
industrial ou urbanizada; 
Dimensões da edificação: Classe B 
Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou 
vertical da superfície frontal esteja entre 20m e 50m; 
Altura sobre o terreno: 40m. 
A partir da tabela 2 da NBR 6123 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em 
edificações, 1988), tem-se S2 = 0,99. 
 
 
55 
 
Figura 18. Determinação do fator S2 
 
Fonte: Tabela 2 da NBR 6123 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações, 1988) 
 
Fator S3 
Conforme item 5.4 da NBR 6123 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em 
edificações, 1988), a edificação é caracterizada como grupo 2 (dois), o que fornece, a partir da 
tabela 3 da NBR 6123 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações, 1988), S3 
= 1,00. 
 
Figura 19. Determinação do fator S3 
 
Fonte: Tabela 3 da NBR 6123 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações, 1988) 
 
 
 
 
56 
 
Então, aplicando-se os fatores S1, S2 e S3, tem-se: 
 
𝐕𝐤 = V0. S1. S2. S3 
 
𝐕𝐤 = 35 . 1,0 . 0,99 . 1,0 
 
𝐕𝐤 = 34,65 m/s 
 
4.4.3 Pressão dinâmica do vento 
A partir da velocidade característica do vendo (Vk), determina-se a pressão dinâmica do 
vento, dada pela equação: 
 
𝐪 = 0,613. (Vk )² (𝑁/𝑚² ) 𝐸𝑞. 19 
 
Onde: 
𝐕𝐤 = Velocidade característica do vento, em m/s. 
Aplicando a equação, tem-se: 
 
𝐪 = 0,613. (Vk)
2 
 
𝐪 = 0,613. (34,65)2 
 
𝐪 = 735,98 N/m2 
 
4.4.4 Coeficiente de arrasto 
Turbulência 
Conforme item 6.5.3 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações, 
1988), para edificações de altura até quarenta (40) metros que não excederem duas vezes a 
altura média das edificações vizinhas, a uma distância mínima de quinhentos (500) metros no 
sentido e direção do vento, a ação do vento é considerada como de alta turbulência. 
 
 
 
57 
 
Reduções 
O item 6.5.2 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações, 1988) 
permite redução das forças a partir de coeficientes: 
 
Coeficiente Ca para as duas direções do vento. 
 
𝑙1
𝑙2
⁄ (𝑒𝑞. 20) 
 
ℎ
𝑙1
⁄ (𝑒𝑞. 21) 
 
Onde: 
L1 - Lado da atuação do vento 
L2 - Lado oposto à atuação do vento 
H - Altura da edificação 
 
Figura 20. Coeficiente de arrasto Ca para edificações paralelepipédicas em vento de alta 
turbulência 
 
Fonte: Figura 5 da NBR 6123 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações, 1988) 
58 
 
Cálculo na direção X 
Sendo lado L1 = 15m, lado L2 = 21,5m e h = 40m, e substituindo nas equações, tem-se: 
 
𝑙1 𝑙2⁄ = 15 21,5⁄ = 0,7 e ℎ 𝑙1⁄ = 40 15⁄ = 2,7 
 
Dessa forma: 
 
Figura 21. Ca para direção X 
 
Fonte: Adaptado da Figura 5 da NBR 6123 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações, 1988) 
 
𝐶𝑎,𝑥 = 0,91 
 
Cálculo na direção Y 
Sendo lado L1 = 21,5m, lado L2 = 15m e h = 40m, e substituindo nas euqações, tem-se: 
 
𝑙1 𝑙2⁄ = 21,5 15⁄ = 1,4 e ℎ 𝑙1⁄ = 40 21,5⁄ = 1,9 
91 
59 
 
Dessa forma: 
 
Figura 22. Ca para direção Y 
 
Fonte: Adaptado da Figura 5 da NBR 6123 (ABNT, NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações, 1988) 
 
𝐶𝑎,𝑦 = 1,01 
 
4.4.5 Força de arrasto (𝑭𝒂) 
De acordo com o item 6.3.6 da NBR 6118 (ABNT, NBR 6118: Projeto de estruturas 
de concreto - Procedimento, 2014), a força de arrasto pode ser calculada pela fórmula: 
 
𝐅𝐚 = Ca. q. Ae (kN) (eq. 22) 
 
 
 
 
1,010,
60 
 
Onde: 
𝑨𝒆 - Área frontal efetiva, perpendicular à direção do vento 
A entrada de dados no software de cálculo estrutural será em força por unidade de 
comprimento, aplicada aos pórticos. A altura (ℎ) utilizada para área de influência (𝐴𝑒) foi obtida 
conforme apresentado na 23 e a força resultante (𝐹𝑎) é apresentada na 
Tabela 12 para o vento atuando na direção X e Tabela 13 atuando na direção Y. 
 
Figura 23. Direções do vento e altura (ℎ) para determinação da área de influência 
 
Fonte: Autores 
 
Tabela 12. Força de arrasto para vento atuando na direção X 
 
Fonte: Autores 
 
 
 
 
 
 
Vento X (Ca=0,91 e q=0,736KN/m²) 
Pavimento 
Ca.q 
(KN/m²) 
h 
(m) 
Fa 
(KN/m) 
1 0,67 4,50 3,01 
2 a 10 0,67 3,00 2,01 
Cobertura 0,67 1,50 1,00 
 
61 
 
Tabela 13. Força de arrasto para vento atuando na direção Y 
 
Fonte: Autor 
 
4.4.6 AÇÕES 
Serão consideradas as ações das cargas permanentes (g) e acidentais (q) na estrutura, 
conforme valores de referência da NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de edificações 
(ABNT, NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de edificações, 1980). 
 
Cargas permanentes (𝒈) 
Peso próprio estrutural (lajes, vigas e pilares) 
O peso próprio da estrutura foi gerado automaticamente pelo software STAAD.PRO® 
a partir da geometria do edifício e dimensões dos elementos. 
Utilizada massa específica do concreto armado (𝜌𝑐) = 25 KN/m
3. 
 
Peso próprio outros (paredes e revestimentos) 
Além do peso próprio estrutural, tem-se o peso dos elementos abaixo indicados a 
serem carregados sobre: 
Vigas: Sobre as vigas incidirá o peso próprio das paredes, conforme tabelas 14 e 15 
 
Tabela 14 Massa específica e espessura de paredes 
 
Fonte: Autores 
 
Vento Y (Ca=1,01 e q=0,736KN/m²) 
Pavimento 
Ca.q 
(KN/m²) 
h 
(m) 
Fa 
(KN/m) 
1 0,74 4,50 3,35 
2 a 10 0,74 3,00 2,23 
Cobertura 0,74 1,50 1,12 
 
 
α 
(KN/m³) 
e 
(m) 
Carga 
(KN/m²) 
Alvenaria 13 0,09 1,17 
Argamassa 21 0,05 1,05 
Total 2,22 
 
62 
 
Tabela 15. Carga linear de parede nas vigas 
 
Fonte: Autores 
 
Lajes: Sobre as lajes incidirá o peso próprio das paredes, revestimentos e forros, 
conforme tabelas 16 e 17: 
 
Tabela 16. Carga linear de parede nas lajes 
 
Fonte: Autores 
 
Tabela 17. Carga de piso, revestimento e forro 
 
Fonte: Autores 
h Viga 
(m) 
Pé 
direito 
(m) 
L Parede 
(m) 
Total 
(KN/m²) 
Total 
(KN/m) 
0,45 0,45 2,55 2,22 5,66 
 
Tipo

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