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Síndromes neuróticas (fobias, quadros obsessivo-compulsivos, histeria, somatizações) abandono do conceito de neurose, quadro neurótico: compreensão adequada para pacientes que apresentam sintomas ansiosos, fóbicos, obsessivos, histriônicos e hipocondríacos. sintomas oscilam e se alternam no tempo, núcleo constante: neurose. conflitos intrapsíquicos (recalque, luta interna, impulsos inaceitáveis perante um julgamento rígido, etc.) e interpessoais (frustração recorrente nas relações pessoais, insatisfação constante com o que recebe e dá aos outros, rigidez, etc.). No centro de todas as neuroses, está a angústia. A neurose também pode ser vista como uma forma particular de relação do indivíduo com os outros (modelo de relação) As neuroses produzem antes uma perturbação do equilíbrio interior do sujeito neurótico que uma mudança em seu sistema de realidade. manifestações de uma angústia permanente e de mecanismos de defesa que, em última análise, fracassam na resolução de conflitos. As principais síndromes neuróticas e somatoformes: síndromes fóbicas, obsessivo-compulsivas, histéricas, hipocondríacas QUADROS FÓBICOS As síndromes fóbicas caracterizam-se por medos intensos e irracionais, por situações, objetos ou animais que objetivamente não oferecem ao indivíduo perigo real e proporcional à intensidade de tal medo: Os indivíduos com agorafobia têm, frequentemente, crises de medo e angústia quando estão fora de casa Congestionamento ponte ou túnel em meio à multidão em um estádio de futebol em um grande supermercado no cinema ou no teatro. medo de viajar de ônibus, automóvel ou avião restringindo-o, às vezes, à sua casa e a ambientes muito familiares e seguros. Fobia simples A fobia simples ou específica caracteriza-se por medo imenso, persistente, desproporcional e irracional, como medo de animais (barata, sapo, cobra, passarinho, cachorro, cavalo, etc.), medo de ver objetos como seringas, sangue, faca, vidros quebrados, etc. Fobia Social falar em público apresentar um seminário fazer uma palestra ler um trecho de um livro SÍNDROMES OBSESSIVO-COMPULSIVAS ideias, fantasias e imagens obsessivas por atos, rituais ou comportamentos compulsivos pressão sobre o indivíduo, o obriga e submete. dois subtipos básicos: predominam as ideias obsessivas predominam os atos e os comportamentos compulsivos. Muito frequentemente, entretanto, se observam formas mistas. são vivenciadas com angústia e como algo que "invade" a consciência. caráter irracional e absurdo desses pensamentos, neutralizá-los com outros pensamentos ou com atos e rituais específicos. lavar as mãos inúmeras vezes tomar muitos banhos verificar se as portas estão trancadas por dezenas de vezes, assim como por atos mentais como repetir palavras mentalmente em silêncio, fazer determinadas contas rezar. QUADROS HISTÉRICOS: CONVERSÕES E DISSOCIAÇÃO (QUADROS DISSOCIATIVOS) manifestações clínicas tanto referentes ao corpo como à mente e ao comportamento. No corpo: alterações das funções sensoriais e motoras na mente: aquelas relacionadas à consciência vigil, à memória e às percepções comportamento: dramático, teatral (o paciente quer constantemente ser o centro das atenções), infantil, sedutor e manipulativo. necessita de contato e tem incapacidade de mantê-lo e aprofundá-lo inautenticidade no contato interpessoal; suas relações soam falsas Subdividem-se as síndromes histéricas em dois grandes grupos: histeria de conversão ou conversiva e histeria dissociativa (usa-se atualmente o termo "transtorno dissociativo"). Na histeria de conversão: paralisias histéricas, anestesias e analgesias histéricas, cegueira histérica, perturbações histéricas no andar e no ficar de pé (astasia-abasia) e perda da fala ou rouquidão histérica (afonia histérica). Ia belle indifférence des hystériques (a bela indiferença dos histéricos). Na histeria dissociativa, podem ocorrer alterações da consciência, com pseudocrises epilépticas. crises histérico-dissociativas, com rebaixamento e afunilamento da consciência amnésias histéricas, nas quais o indivíduo esquece elementos seletivos Além disso, podem ocorrer fugas histéricas e fenômenos sensoperceptivos (ilusões, pseudo-alucinações) de natureza histérica. SÍNDROMES HIPOCONDRÍACAS E SOMATIZAÇÃO Nos quadros hipocondríacos, predominam os temores e as preocupações intensas com a ideia de ter uma doença grave. Essas ideias surgem geralmente a partir de sensações corporais ou sinais físicos insignificantes. O indivíduo procura constantemente os médicos e os serviços de saúde para ter garantias de que não tem doença grave. não possuem caráter delirante, podendo o indivíduo fazer uma crítica, em algum momento, quanto ao caráter absurdo de suas preocupações. Somatização: o indivíduo usa (consciente ou inconscientemente) seu corpo ou sintomas corporais para fins psicológicos ou para obter ganhos pessoais dores difusas (cefaleias, lombalgias, artralgias, dores abdominais, sintomas gastrintestinais (náuseas, diarreias, dispepsias, etc.) A somatização pode ocorrer na presença de doença física demonstrável, assim como na ausência de qualquer patologia física. Em geral, há o desejo de adquirir o papel de doente físico para obter ganhos primários (psicológicos, intrapsíquicos) ou secundários (sociais ou interpessoais). A somatização pode servir como um meio de comunicação quando a expressão verbal mais direta está bloqueada. pessoas que não conseguem reconhecer e verbalizar seus sentimentos. Denomina-se alexitimia a dificuldade de identificar sentimentos e diferenciá-los de sensações corporais
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