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INTRODUÇÃO Aula 1

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27/03/2017 
1 
LAIRTON RODRIGUÊS BRAZ 
Professor 
INTRODUÇÃO 
À 
FARMACOLOGIA 
INTRODUÇÃO 
Os processos de farmacoterapia são muito 
complexos, embora nem tanto quanto aqueles 
subjacentes às doenças para as quais se 
prescreve a terapia. 
A administração de medicamentos e um dos 
procedimentos mais cruciais para a enfermagem. 
Tão importante como ter conhecimento sobre os 
efeitos e reações que o medicamento pode 
causar, e necessário ter competência e habilidade 
para administrar tais medicações, passando 
assim para o paciente confiança e segurança, 
minimizando a ansiedade e aumentando assim a 
eficácia da medicação. 
INTRODUÇÃO 
A farmacologia é uma ciência que se inter-relaciona com 
as seguintes áreas: 
Bioquímica 
estuda os processos químicos que ocorrem 
nos organismos vivos 
Fisiologia 
estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e 
bioquímicas nos seres vivos 
Anatomia 
estudam a estrutura e organização dos seres 
vivos 
Patologia 
estudo das doenças em geral sob aspectos determinados 
Histologia 
ciência que estuda os tecidos biológicos 
Biofísica 
é uma ciência interdisciplinar que aplica as teorias e os 
métodos da física para resolver questões de biologia 
Microbiologia 
que estuda os microrganismos 
Imunologia 
que estuda o sistema imunitário 
Embriologia 
ciência que trabalha a formação dos órgãos e 
sistemas de um animal 
Genética 
é a ciência dos genes, da hereditariedade e da 
variação dos organismos 
HISTÓRIA DA FARMACOLOGIA 
Surgimento da Humanidade 
Teoria de Charles Darwin 
Artefatos semelhantes a 
seringas encontrados em 
1997 no norte Africano 
com aproximados 40.000 
anos a.C. 
Teoria Bíblica 
Uso de fármacos pelos 
Hebreus, como por 
exemplo o Bálsamo. 
Gêneses 37:25 
Primeira citação 
científica 
Hipócrates 
Primeiro a estudar o uso 
de plantas para cura de 
algumas doenças 
HISTÓRIA DA FARMACOLOGIA 
Pai da Farmacologia 
Claudius Galenus 
Combatia as doenças por meio de 
substâncias ou compostos que se 
opunham diretamente aos sinais e 
sintomas das enfermidades 
Tomé Pires 
Considerado o 
primeiro 
Farmacêutico 
diplomado por 
Portugal 
Diogo de Castro 
O primeiro 
Farmacêutico do 
Brasil 
CONCEITOS GERAIS 
FARMACOLOGIA 
Já foi 
denominada 
como 
Botica Boticários 
Artesãos do 
medicamento 
Do grego Apotheke = 
Armazém 
Vem do grego pharmakon 
Duplo significado: medicamento e 
veneno Paracelsus (1493 – 1541), físico, já dizia que 
todas as substâncias são veneno, não há uma 
que não seja. A dose correta diferencia o 
veneno do remédio. 
Vem do grego logos 
Estudo 
27/03/2017 
2 
CONCEITOS GERAIS 
FARMACOLOGIA 
O estudo das substâncias que interagem 
com sistemas vivos através de processos 
químicos particularmente através de 
sua ligação as moléculas reguladoras e 
ativação ou inibição dos processos 
orgânicos normais. 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Farmacognosia 
Consiste na origem, métodos de conservação, 
identificação e análise química dos fármacos de 
origem vegetal e animal 
Fitoterapia 
Utiliza-se de drogas de origem 
vegetal 
Opoterapia 
Utiliza-se de drogas de 
origem animal 
Farmácia trata da preparação dos medicamentos nas suas diferentes formas farmacêuticas, da sua 
conservação e análise 
Farmacogenética 
estuda a variabilidade genética dos 
indivíduos com relação as drogas 
específicas 
Toxicologia é uma ciência multidisciplinar que tem como objeto de estudo os efeitos adversos das substâncias 
químicas sobre os organismos 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Farmacoterapêutica É o estudo do uso e da cura nas patologias pelos medicamentos 
Psicofarmacologia 
É o estudo dos medicamentos que 
atuam seletivamente sobre a atividade 
mental,sobre o psiquismo do indivíduo 
Farmacopéia É o conjunto de medicamentos aceitos 
oficialmente em um país 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Farmacodinâmica 
É o estudo dos mecanismos relacionados 
aos fármacos, que produzem alterações 
bioquímicos ou fisiológicos no organismo. 
Interação, a nível celular, entre um fármaco 
e certos componentes celulares (proteínas, 
enzimas, ou receptores-alvo) representa a 
ação do fármaco 
A farmacodinâmica divide os fármacos em duas classes: 
Fármacos Agonistas Intensifica ou estimula um receptor 
Exemplo: O Diazepam agem intensificando a ação do ácido gama-aminobutírico 
(GABA), sendo o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central 
Fármacos Antagonistas 
Interage com um receptor mas 
não estimula, impede as ações de 
um agonista 
Exemplo: O Flumazenil 0,5mg/5ml agem como antagonista do Diazepam, 
disponibilizando uma reversão dos efeitos sedativos 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Fármacos Antagonistas 
Podem ser clafissicados em nove subclasses: 
Parcial 
Um antagonista parcial atua apenas em receptores 
bastante específicos e limitados, deixando outras 
opções para os agonistas. Independente da quantidade 
o parcial não vai anular completamente os efeitos de 
um agonista. 
Exemplo: Paciente apresentando Taquicardia em virtude do aumento de 
Adrenalina pode-se administrar como Antagonista Parcial o fármaco Pindolol 
5mg por via oral como mecanismo inespecífico para controle da pressão arterial 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Fármacos Antagonistas 
Total Atua em vários subtipos de receptores tendo efeitos mais amplos. 
Exemplo: Paciente em uso de anticoncepcionais se utilizarem o Cloridrato de 
Reloxifeno 60mg (usado para tratamento de osteoporose) podem anular 
totalmente o efeito dos anticoncepcionais, pois eles agem como moduladores 
seletivos dos receptores de estrogênio 
27/03/2017 
3 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Fármacos Antagonistas 
Reversível 
é possível ao agonista em grandes 
quantidades reveter os efeitos do 
antagonista 
Exemplo: Em um paciente foi administrado Epinefrina 1mg, ocorrendo uma 
hipertensão, sendo passível de utilizar o Cloridrato de Prozosina 4mg 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Fármacos Antagonistas 
Irreversível 
inibem os efeitos dos agonistas 
independente da quantidade enquanto se 
mantiverem bloqueandos os receptores 
Exemplo: Paciente apresenta tumor benigno na glândula supra-renal esquerda 
(feocromocitomas), isto gerou a liberação de adrenalina de forma exagerada, 
ocasionado uma hipertensão no paciente, sendo indicado a administração de 
Fenoxibenzamina 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Fármacos Antagonistas 
Competitivo Atua no mesmo receptor que o agonista 
impedindo ele de se encaixar 
Exemplo: O exemplo do Diazepam, o Flumazenil compete com o GABA para se 
encaixar nos seus receptores 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Fármacos Antagonistas 
Alostérico 
atua em outro receptor mas que tem efeitos 
atenuantes dos efeitos desencadeados pelo 
agonista 
Exemplo: Paciente com arritmias cardíacas fazem uso de Atenolol 25mg para 
controle da referida patologia ou para controle da hipertensão, sendo o sítio alvo 
os receptores do coração (o propanolol não é considerado um cardioseletivo). 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Fármacos Antagonistas 
Classifique os antagonistas apresentados abaixo: 
Antagonista Total – Reversível – Alostérico 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Fármacos Antagonistas 
Químicos Quando um fármaco inibe a ação de outro por reagir com ele. 
Exemplo: Quando utilizamos o AAS (Ácido Acetilsalicílico) em conjunto com o 
Bicarbonato de Sódio, os mesmos vão interagir entre eles ocasionando a 
inativação de ambos (efeito ácido-base) 
Farmacológicos 
Acontece quando dois fármacos atuam ou no 
mesmo receptor ou em receptores biológicos 
diferentes gerando respostas contrárias. 
Exemplo: Epinefrina e Captopril, agem um aumentando a pressão arterial e outro 
diminuindo por mecanismos diferentes. 
Fisiológico 
Ativa ou bloqueia mais comumenteum receptor que 
medeia uma resposta fisiologicamente oposta 
àquela do receptor do agonista. 
Exemplo: No tratamento do hipertireoidismo a Levotiroxina Sódica 150mcg 
(micrograma) é utilizado como antagonistas fisiológicos para reverter o efeito de 
taquicardia do hormônio tireoidiano endógeno. 
27/03/2017 
4 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Farmacocinética 
É o caminho que o fármaco percorreu no 
organismo. Não se trata do estudo do seu 
mecanismo de ação mais sim as etapas que 
o fármaco sofre desde a administração até 
a excreção 
A Farmacocinética também pode ser compreendida como o estuado dos processo 
de absorção (A), distribuição (D), metabolismo [biotransformação] (M) e excreção 
(E) de um fármaco e do modo pelo qual esses processos determinam seu destino 
no organismo. 
 
Nesses contexto, é comum referir-se à Farmacocinética como a disciplina dedicada 
ao estudo dos processo ADME. 
 
O termo cinética geralmente é interpretado como movimento, transferência de 
massa ou velocidade. Assim, a Farmacocinética pode ser associada à transferência 
das moléculas de fármaco através do sistema biológico, o que é caracterizado por 
meio de constantes de velocidade relacionadas a determinada ordem cinética. 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Farmacocinética 
ORDEM CINÉTICA 
Pode ser definida como o modo pelo qual a concentração (C) ou quantidade (X) de 
fármaco no organismo relaciona-se com a velocidade envolvida no processo de 
transferência do fármaco através do sistema biológico, o que pode ser 
representado por dC/dt ou dX/dt. Os processos ADME estão relacionados, 
principalmente, com as cinéticas de primeira ordem e ordem zero. 
 
 
CINÉTICA DE PRIMEIRA ORDEM 
Está relacionado a velocidade do processo é diretamente proporcional à 
concentração ou quantidade de fármaco envolvido no processo. É também 
denominada cinética linear, um vez que alguns parâmetros se alteram de modo 
diretamente proporcional (quando o aumento das concentrações plasmáticas 
ocorre proporcionalmente ao aumento da dose administrada). 
 
 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Farmacocinética 
ORDEM DE ORDEM ZERO 
Também denominada de cinética dose dependente ou não linear, ocorre quando a 
velocidade do processo é constante, independente da concentração do fármaco 
envolvido no processo (uma infusão intravascular, na qual a velocidade 
permanece constante [25 mg/min]). 
 
 
CINÉTICA DE MICHAELIS-MENTEN (MICHAELIANA / ENZIMÁTICA) 
Quando a concentração do fármaco é muito baixa, a cinética apresenta ser de 
primeira ordem, porém quando o sistema enzimático é saturado, a cinética 
apresenta ser de ordem zero. 
 
CINÉTICA MISTA 
Ocorrer quando, em baixas concentrações, o processo é linear (primeira ordem), 
tornando-se de ordem zero. 
 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
É a primeira etapa que começa com a escolha da via de administração até o 
momento que a droga entra na corrente sanguínea. Vias de administração 
como intra-venosa e intra-arterial não passam por essa etapa, entram 
direto na circulação sanguínea. Existem fatores interferem nessa etapa, 
dentre estes temos: o pH do meio, forma farmacêutica e patologias (úlceras 
por exemplo), dose da droga a ser administrada, concentração da droga na 
circulação sistêmica,concentração da droga no local de ação, distribuição da 
droga organicamente, as drogas nos tecidos de distribuição e a eliminação 
metabolizada ou excretada. Temos ainda um fator a ser relevado que é a 
característica química da droga pois esta interfere no processo de absorção. 
ABSORÇÃO 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Atenção o enfermeiro deverá atentar para Absorção de 
primeira passagem 
É a metabolização do medicamento pelo fígado e pela microbiota intestinal, antes 
que o fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de administração que estão 
sujeitas a esse efeito são: via oral e via retal (em proporções bem reduzidas) 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Distribuição 
Nesta etapa a droga é distribuída no organismo através 
da circulação. O processamento da droga no organismo 
passa em primeiramente nos órgãos de maior 
vascularização (como SNC, pulmão, coração) e depois 
sofre redistribuição aos tecidos de menos irrigação 
(tecido adiposo por exemplo). É nessa etapa em que a 
droga chega ao ponto onde vai atuar. Nessa etapa 
poderá ocorrer: baixa concentração de proteínas 
plasmáticas (necessárias para a formação da fração 
ligada) como desnutrição, hepatite e cirrose, que 
destroem hepatócitos, que são células responsáveis em 
sintetizar proteínas, reduzindo assim o nível destas no 
sangue. 
27/03/2017 
5 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Átomo 
- 
+ 
Z (nº atômico) = nº de prótons 
A (nº massa) = nº de prótons+ nêutrons 
Z = Elétrons (átomo neutro) 
8 elétrons (na última 
cama de valência para 
estabilidade) 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Fase I 
Fase onde a droga é transformada em um composto mais hidrossolúvel para a 
posterior excreção. A Bio-transformação ocorre em duas fases: 
Bio-transformação 
Envolve uma alteração química da estrutura básica 
do fármaco 
Oxidação 
Quando o fármaco interagir com 
as moléculas de oxigênio, 
ocasionado na transformação 
das moléculas em Cátions(+ 
perde elétrons) 
Mg 
Z = 12 
(prótons) 
Oxidação 
Mg 
2+ 
Redução 
Quando o fármaco perde as 
moléculas de oxigênio já 
existentes em sua composição, 
ocasionado na transformação 
das moléculas em Ânion(- ganha 
elétrons) 
K 
Z = 19 
(prótons) 
Redução 
K 
2- 
Hidrólise 
Quebra das moléculas 
do fármaco através da 
combinação da 
moléculas de H2O 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Bio-transformação 
Fase II Conjugação com o 
ácido glicurônico 
É semelhante a glicose, porém no sexto átomo de Carbono ele possui um 
grupo carboxila (COOH) e não uma hidroxila (OH). Ele é particularmente 
importante no mecanismo de desintoxicação das células. Moléculas 
lipossolúveis (solúveis em gordura), que não podem ser eliminadas na urina 
ou bile (soluções aquosas), devem reagir com ácido glicurônico, para que a 
excreção ocorra. Este processo que ocorre no fígado 
A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de 
droga para droga e diferente da fase 2, obrigatória a 
todas as drogas. O fígado é o órgão que prepara a droga 
para a excreção. Essa é a fase que prepara a droga para a 
excreção. 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
Excreção 
Pela excreção, os compostos são removidos do organismo para o meio externo. 
Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos glomérulos 
ou secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois têm 
dificuldade em atravessar membranas. Excretam-se, portanto, na forma ativa 
do fármaco. 
Os sítios de excreção denominam-se emunctórios e, 
além do rim, incluem: 
Pulmões Fezes Secreção Biliar 
Suor Lágrimas Saliva 
Leite materno 
NOÇÕES BÁSICAS 
Fármaco 
Substância química, estruturalmente definida, 
utilizada para o fornecimento de elementos 
essenciais ao organismo, na prevenção e no 
tratamento de patologias ou de situações de 
desconforto e na correção de funções orgânicas 
desajustadas (princípio ativo) 
Medicamento 
Formulação farmacêutica do fármaco com 
propriedades benéficas, comprovadas por meio 
de análises científicas 
Todo medicamento é um fármaco, mas nem 
todo fármaco é um medicamento 
Droga 
Matéria-prima, de origem natural (mineral, vegetal ou 
animal), da qual é possível extrair e isolar um ou mais 
fármaco. 
Os produtos sintéticos não são considerados drogas na sua 
produção 
Remédio Substância animal, vegetal, mineral, sintética ou 
procedimentos utilizados em benefício da saúde 
NOÇÕES BÁSICAS 
Placebo 
O que é feito com intenção benéfica para aliviar o 
sofrimento (pequena quantidade ou mesmos sem 
ausência de fármaco) 
CLAVULIM® 500mg+100mg 
Medicamento LaboratórioGSK 
500mg de Amoxicilina 100mg de Clavulanato de Potássio 
Sub produto de Fármacos 
Penicilina Ácido Clavulânico 
Fármacos 
Fungo Penicillium chrysogenum Bactéria Streptomyces clavuligerus 
Drogas 
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6 
NOÇÕES BÁSICAS 
Posologia É o estudo das doses de administração dos 
medicamentos/fármacos. 
Dose 
É uma quantidade de uma droga que quando administrada 
no organismo produz um efeito terapêutico. Classificam-se 
em: 
Dose Mínima 
é a menor 
quantidade de um 
medicamento 
capaz de produzir 
o efeito 
terapêutico. 
Dose 
Máxima 
é a maior quantidade de 
um medicamento capaz 
de reproduzir o efeito 
terapêutico. Se esta dose 
for ultrapassada ocorrerá 
efeitos tóxicos ao 
organismo doente. 
Dose Tóxica 
é a quantidade de 
medicamento que 
ultrapassa a dose 
máxima, causando 
intoxicações. 
Dose Letal 
é a quantidade de 
um medicamento 
que causa a 
MORTE. 
Dose 
Terapêutica 
é a quantidade 
ideal de um 
medicamento 
capaz de produzir 
o efeito 
esperados. 
NOÇÕES BÁSICAS 
Meia Vida 
é o tempo em que um fármaco ou 
seu metabólito leva para que 50% 
da sua dose inicial seja eliminada 
do sangue (ou plasma). 
Depuração 
Plasmática 
Também chamada de Clearance, 
refere-se à velocidade (mL/min) 
que o fármaco ou um certo 
metabólito leva para ser 
eliminado do organismo, pela 
urina. 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
PERFIL DE CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICAS VERSUS TEMPO 
Como consequência dos processo ADME, produz-se um perfil de concentração 
plasmáticas do fármaco em função do tempo. Para cada fármaco estabelece-se 
o que é denominado por margem ou janela terapêutica, que corresponde a 
uma faixa de concentração plasmática dentro da qual se espera obter o 
máximo efeito terapêutico com o mínimo de efeitos indesejados. 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO 
Via Enteral: 
• Oral; 
• Sublingual; 
• Retal; 
 
 
Via Parenteral: 
• Intravascular; 
• Intramuscular; 
• Subcutânea; 
• Intradérmica; 
• Intracardíaca. 
 
 
Via Tópica: 
• Dérmica; 
• Transdérmica; 
• Intraocular. 
 
 
Via Nasal 
Via inalatória 
Via auricular 
PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS 
Devido às várias propriedades das 
diferentes substância 
medicamentosas e seus variados 
usos, é necessário ter diferentes 
maneiras de se prepará-las para 
uso no paciente. Foram 
relacionados as preparações 
farmacêuticas mais comuns. 
PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS 
Aerossóis 
Agentes 
farmacêuticos ativos 
acondicionados em 
um recipiente 
pressurizado 
Cápsulas 
Agentes 
farmacêuticos 
ativos em pó 
dentro de um 
recipiente de 
gelatina 
Comprimidos 
Compressão do 
fármaco na 
forma de pó em 
um molde 
apropriado 
Elixir 
Soluções 
contendo 
álcool, açúcar e 
água. Podem 
conter ou não 
compostos 
ativos 
27/03/2017 
7 
PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS 
Emulsões 
Suspensões de 
partículas oleosas 
em água 
Gel 
Suspensões 
aquosas de 
fármacos 
insolúveis na 
forma hidratada 
Loções 
Preparações 
aquosas contendo 
materiais 
dissolvidos indicado 
para aplicação local 
suave 
Pastilhas 
Preparações 
planas, 
esféricas ou 
retangulares 
que são 
administrada 
por via oral 
PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS 
Pílulas 
Fármaco em pó 
submetido à 
compressão, 
tomando o formato 
esférico 
Pomadas 
Misturas de 
princípio ativos 
com um base 
gordurosa para 
aplicação externa 
Pós 
Apresentação 
do fármaco na 
forma 
pulverizada 
embaladas em 
envelopes ou 
sachês 
Soluções 
Fármacos 
formados por 
uma parte 
sólida (soluto) e 
líquida 
(solvente) 
PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS 
Supositórios 
Fármacos com estrutura 
sólida utilizando à 
manteiga de cacau ou 
glicerina, para a inserção 
em um orifício do corpo 
(retais e vaginais) 
Xaropes 
Soluções 
aquosas de 
açúcar 
Ampolas 
Fármaco em 
recipiente de 
plástico e/ou 
vidro, podendo 
está em 
apresentação 
líquida ou solida 
Frasco-Ampolas 
Fármaco que são 
acondicionados em 
frasco que permite a 
retirada de doses 
parciais, sendo 
possível o 
reaproveitamento 
da dosagem restante 
PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS 
Nebulização 
Transformação das partículas 
em estado líquido ao estado 
de partículas inaláveis 
 
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
A prescrição de medicamentos é um 
documento com valor legal pelo qual se 
responsabilizam, perante o paciente e 
sociedade, aqueles que prescrevem, 
dispensam e administram os 
medicamentos. É regida por certos 
preceitos gerais, de forma a não deixar 
dúvida nem tão pouco dificuldades de 
interpretação. 
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
Quais os profissionais que podem realizar este 
ato.... 
Médicos 
Cirurgiões Dentistas 
Médicos Veterinários 
Enfermeiros 
27/03/2017 
8 
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
BASES LEGAIS 
Lei Federal n.º 5991, de 17 de 
dezembro de 1973 
 
Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de 
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos 
e correlatos, e dá outras providências 
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
BASES LEGAIS 
Portaria ANVISA n.º 344, de 12 de maio 
de 1998 
 
Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias 
e medicamentos sujeitos a controle especial 
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
BASES LEGAIS 
LEI Nº 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986. 
 
Dispõe sobre a regulamentação do exercício da 
Enfermagem e dá outras providências 
 
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de 
enfermagem, cabendo-lhe: 
Inciso I – privativamente : 
 
Alínea c) prescrição de medicamentos estabelecidos 
em programas de saúde pública e em rotina 
aprovada pela instituição de saúde 
 
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS 
BASES LEGAIS 
Antimicrobianos 
A norma em vigor que dispõe sobre o controle 
de medicamentos antimicrobianos de uso sob 
prescrição é a RDC nº 20/2011, que substituiu 
todas as normas anteriores que abrangiam o 
tema e revogou a RDC n° 44/2010. No capitulo II 
da atual norma, está previsto que a prescrição 
dos medicamentos abrangidos pela resolução 
deverá ser realizada por profissionais legalmente 
habilitados. 
PUNIÇÕES 
RESOLUÇÃO COFEN-311/2007 DE 08/02/2007 
 
Aprova a Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de 
Enfermagem 
Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de 
enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, 
negligência ou imprudência. 
Negligência 
Significa inação, inércia e passividade, é negligente 
quem, podendo ou devendo agir de determinado 
modo, por indolência (indiferença) ou preguiça 
mental, não faz ou se comporta de modo diverso. 
Imperícia Consiste na falta de conhecimento técnico da 
profissão. 
Imprudência 
Trata-se de uma forma de agir sem a devida cautela, 
com precipitação ou insensatez. 
PUNIÇÕES 
Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica, 
científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou 
atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e 
para outrem. 
 
Art. 14 - Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos 
e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do 
desenvolvimento da profissão. 
 
Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da 
droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos. 
 
Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto 
nos casos previstos na legislação vigente e em situação de 
emergência. 
 
27/03/2017 
9 
PUNIÇÕES 
Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, 
que comprometam a segurança da pessoa. 
 
Art. 33 - Prestar serviços que por sua natureza 
competem a outro profissional, exceto em caso de 
emergência. 
 
Art. 37 -Recusar-se a executar prescrição 
medicamentosa e terapêutica, onde não conste a 
assinatura e o número de registro do profissional, 
exceto em situações de urgência e emergência. 
 
Parágrafo único - O profissional de enfermagem 
poderá recusar-se a executar prescrição 
medicamentosa e terapêutica em caso de 
identificação de erro ou ilegibilidade. 
PUNIÇÕES 
Art. 118 - As penalidades a serem impostas pelos 
Conselhos Federal e Regional de Enfermagem, 
conforme o que determina o Art. 18, da Lei n° 5.905, de 
12 de julho de 1973, são as seguintes: 
I - Advertência verbal; 
II – Multa; 
III – Censura; 
IV - Suspensão do exercício profissional; 
V - Cassação do direito ao exercício profissional. 
 
§ 2º - A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento 
de 01 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da 
categoria profissional à qual pertence o infrator, em 
vigor no ato do pagamento. 
PUNIÇÕES 
Decreto Lei n.º 2.848 de 07/12/1940 
Código Penal Brasileiro 
 
Artigo 18 - Diz-se o crime: 
 
Crime doloso 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou 
assumiu o risco de produzi-lo; 
 
Crime culposo 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado 
por imprudência, negligência ou imperícia. 
 
DIFERENÇA ENTRE OS FÁRMACOS 
Medicamento Ético 
ou Referência 
É o produto inovador, cuja 
eficácia, segurança e 
qualidade foram 
comprovadas 
cientificamente por ocasião 
do registro. 
VOLTAREN® 
75mg/3ml 
Laboratório NOVARTIS 
Medicamento 
Genérico 
É idêntico ao produto de 
marca. Isto é, pode ser 
trocado por este pois tem 
rigorosamente as mesmas 
características e efeitos 
sobre o organismo do 
paciente. 
Diclofenaco de Sódio 
75mg/3ml 
Lei Federal nº 9.787 de 
10/02/1999 – Lei dos Genéricos 
Medicamento 
Similar 
Contém o mesmo princípio ativo, 
apresenta a mesma concentração, 
forma farmacêutica, via de 
administração, posologia e 
indicação terapêutica do 
medicamento de referência, mas 
não são bioequivalentes 
(equivalência biológica esperada). 
 
Diclofenaco de Sódio 
75mg/3ml 
Laboratório NEO QUIMICA 
 
Soma = 3 - 4 
(coma grave) 
Soma = 7 
(coma médio) 
Soma = 11 
(coma superficial) 
Soma = 12-13 
(rebaxamento de consciência) 
Soma = 14 
(consciência leve alterada) 
Soma = 15 
(normal) 
27/03/2017 
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