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27/03/2017 1 LAIRTON RODRIGUÊS BRAZ Professor INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA INTRODUÇÃO Os processos de farmacoterapia são muito complexos, embora nem tanto quanto aqueles subjacentes às doenças para as quais se prescreve a terapia. A administração de medicamentos e um dos procedimentos mais cruciais para a enfermagem. Tão importante como ter conhecimento sobre os efeitos e reações que o medicamento pode causar, e necessário ter competência e habilidade para administrar tais medicações, passando assim para o paciente confiança e segurança, minimizando a ansiedade e aumentando assim a eficácia da medicação. INTRODUÇÃO A farmacologia é uma ciência que se inter-relaciona com as seguintes áreas: Bioquímica estuda os processos químicos que ocorrem nos organismos vivos Fisiologia estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e bioquímicas nos seres vivos Anatomia estudam a estrutura e organização dos seres vivos Patologia estudo das doenças em geral sob aspectos determinados Histologia ciência que estuda os tecidos biológicos Biofísica é uma ciência interdisciplinar que aplica as teorias e os métodos da física para resolver questões de biologia Microbiologia que estuda os microrganismos Imunologia que estuda o sistema imunitário Embriologia ciência que trabalha a formação dos órgãos e sistemas de um animal Genética é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos HISTÓRIA DA FARMACOLOGIA Surgimento da Humanidade Teoria de Charles Darwin Artefatos semelhantes a seringas encontrados em 1997 no norte Africano com aproximados 40.000 anos a.C. Teoria Bíblica Uso de fármacos pelos Hebreus, como por exemplo o Bálsamo. Gêneses 37:25 Primeira citação científica Hipócrates Primeiro a estudar o uso de plantas para cura de algumas doenças HISTÓRIA DA FARMACOLOGIA Pai da Farmacologia Claudius Galenus Combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se opunham diretamente aos sinais e sintomas das enfermidades Tomé Pires Considerado o primeiro Farmacêutico diplomado por Portugal Diogo de Castro O primeiro Farmacêutico do Brasil CONCEITOS GERAIS FARMACOLOGIA Já foi denominada como Botica Boticários Artesãos do medicamento Do grego Apotheke = Armazém Vem do grego pharmakon Duplo significado: medicamento e veneno Paracelsus (1493 – 1541), físico, já dizia que todas as substâncias são veneno, não há uma que não seja. A dose correta diferencia o veneno do remédio. Vem do grego logos Estudo 27/03/2017 2 CONCEITOS GERAIS FARMACOLOGIA O estudo das substâncias que interagem com sistemas vivos através de processos químicos particularmente através de sua ligação as moléculas reguladoras e ativação ou inibição dos processos orgânicos normais. RAMOS DA FARMACOLOGIA Farmacognosia Consiste na origem, métodos de conservação, identificação e análise química dos fármacos de origem vegetal e animal Fitoterapia Utiliza-se de drogas de origem vegetal Opoterapia Utiliza-se de drogas de origem animal Farmácia trata da preparação dos medicamentos nas suas diferentes formas farmacêuticas, da sua conservação e análise Farmacogenética estuda a variabilidade genética dos indivíduos com relação as drogas específicas Toxicologia é uma ciência multidisciplinar que tem como objeto de estudo os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos RAMOS DA FARMACOLOGIA Farmacoterapêutica É o estudo do uso e da cura nas patologias pelos medicamentos Psicofarmacologia É o estudo dos medicamentos que atuam seletivamente sobre a atividade mental,sobre o psiquismo do indivíduo Farmacopéia É o conjunto de medicamentos aceitos oficialmente em um país RAMOS DA FARMACOLOGIA Farmacodinâmica É o estudo dos mecanismos relacionados aos fármacos, que produzem alterações bioquímicos ou fisiológicos no organismo. Interação, a nível celular, entre um fármaco e certos componentes celulares (proteínas, enzimas, ou receptores-alvo) representa a ação do fármaco A farmacodinâmica divide os fármacos em duas classes: Fármacos Agonistas Intensifica ou estimula um receptor Exemplo: O Diazepam agem intensificando a ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), sendo o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central Fármacos Antagonistas Interage com um receptor mas não estimula, impede as ações de um agonista Exemplo: O Flumazenil 0,5mg/5ml agem como antagonista do Diazepam, disponibilizando uma reversão dos efeitos sedativos RAMOS DA FARMACOLOGIA Fármacos Antagonistas Podem ser clafissicados em nove subclasses: Parcial Um antagonista parcial atua apenas em receptores bastante específicos e limitados, deixando outras opções para os agonistas. Independente da quantidade o parcial não vai anular completamente os efeitos de um agonista. Exemplo: Paciente apresentando Taquicardia em virtude do aumento de Adrenalina pode-se administrar como Antagonista Parcial o fármaco Pindolol 5mg por via oral como mecanismo inespecífico para controle da pressão arterial RAMOS DA FARMACOLOGIA Fármacos Antagonistas Total Atua em vários subtipos de receptores tendo efeitos mais amplos. Exemplo: Paciente em uso de anticoncepcionais se utilizarem o Cloridrato de Reloxifeno 60mg (usado para tratamento de osteoporose) podem anular totalmente o efeito dos anticoncepcionais, pois eles agem como moduladores seletivos dos receptores de estrogênio 27/03/2017 3 RAMOS DA FARMACOLOGIA Fármacos Antagonistas Reversível é possível ao agonista em grandes quantidades reveter os efeitos do antagonista Exemplo: Em um paciente foi administrado Epinefrina 1mg, ocorrendo uma hipertensão, sendo passível de utilizar o Cloridrato de Prozosina 4mg RAMOS DA FARMACOLOGIA Fármacos Antagonistas Irreversível inibem os efeitos dos agonistas independente da quantidade enquanto se mantiverem bloqueandos os receptores Exemplo: Paciente apresenta tumor benigno na glândula supra-renal esquerda (feocromocitomas), isto gerou a liberação de adrenalina de forma exagerada, ocasionado uma hipertensão no paciente, sendo indicado a administração de Fenoxibenzamina RAMOS DA FARMACOLOGIA Fármacos Antagonistas Competitivo Atua no mesmo receptor que o agonista impedindo ele de se encaixar Exemplo: O exemplo do Diazepam, o Flumazenil compete com o GABA para se encaixar nos seus receptores RAMOS DA FARMACOLOGIA Fármacos Antagonistas Alostérico atua em outro receptor mas que tem efeitos atenuantes dos efeitos desencadeados pelo agonista Exemplo: Paciente com arritmias cardíacas fazem uso de Atenolol 25mg para controle da referida patologia ou para controle da hipertensão, sendo o sítio alvo os receptores do coração (o propanolol não é considerado um cardioseletivo). RAMOS DA FARMACOLOGIA Fármacos Antagonistas Classifique os antagonistas apresentados abaixo: Antagonista Total – Reversível – Alostérico RAMOS DA FARMACOLOGIA Fármacos Antagonistas Químicos Quando um fármaco inibe a ação de outro por reagir com ele. Exemplo: Quando utilizamos o AAS (Ácido Acetilsalicílico) em conjunto com o Bicarbonato de Sódio, os mesmos vão interagir entre eles ocasionando a inativação de ambos (efeito ácido-base) Farmacológicos Acontece quando dois fármacos atuam ou no mesmo receptor ou em receptores biológicos diferentes gerando respostas contrárias. Exemplo: Epinefrina e Captopril, agem um aumentando a pressão arterial e outro diminuindo por mecanismos diferentes. Fisiológico Ativa ou bloqueia mais comumenteum receptor que medeia uma resposta fisiologicamente oposta àquela do receptor do agonista. Exemplo: No tratamento do hipertireoidismo a Levotiroxina Sódica 150mcg (micrograma) é utilizado como antagonistas fisiológicos para reverter o efeito de taquicardia do hormônio tireoidiano endógeno. 27/03/2017 4 RAMOS DA FARMACOLOGIA Farmacocinética É o caminho que o fármaco percorreu no organismo. Não se trata do estudo do seu mecanismo de ação mais sim as etapas que o fármaco sofre desde a administração até a excreção A Farmacocinética também pode ser compreendida como o estuado dos processo de absorção (A), distribuição (D), metabolismo [biotransformação] (M) e excreção (E) de um fármaco e do modo pelo qual esses processos determinam seu destino no organismo. Nesses contexto, é comum referir-se à Farmacocinética como a disciplina dedicada ao estudo dos processo ADME. O termo cinética geralmente é interpretado como movimento, transferência de massa ou velocidade. Assim, a Farmacocinética pode ser associada à transferência das moléculas de fármaco através do sistema biológico, o que é caracterizado por meio de constantes de velocidade relacionadas a determinada ordem cinética. RAMOS DA FARMACOLOGIA Farmacocinética ORDEM CINÉTICA Pode ser definida como o modo pelo qual a concentração (C) ou quantidade (X) de fármaco no organismo relaciona-se com a velocidade envolvida no processo de transferência do fármaco através do sistema biológico, o que pode ser representado por dC/dt ou dX/dt. Os processos ADME estão relacionados, principalmente, com as cinéticas de primeira ordem e ordem zero. CINÉTICA DE PRIMEIRA ORDEM Está relacionado a velocidade do processo é diretamente proporcional à concentração ou quantidade de fármaco envolvido no processo. É também denominada cinética linear, um vez que alguns parâmetros se alteram de modo diretamente proporcional (quando o aumento das concentrações plasmáticas ocorre proporcionalmente ao aumento da dose administrada). RAMOS DA FARMACOLOGIA Farmacocinética ORDEM DE ORDEM ZERO Também denominada de cinética dose dependente ou não linear, ocorre quando a velocidade do processo é constante, independente da concentração do fármaco envolvido no processo (uma infusão intravascular, na qual a velocidade permanece constante [25 mg/min]). CINÉTICA DE MICHAELIS-MENTEN (MICHAELIANA / ENZIMÁTICA) Quando a concentração do fármaco é muito baixa, a cinética apresenta ser de primeira ordem, porém quando o sistema enzimático é saturado, a cinética apresenta ser de ordem zero. CINÉTICA MISTA Ocorrer quando, em baixas concentrações, o processo é linear (primeira ordem), tornando-se de ordem zero. RAMOS DA FARMACOLOGIA É a primeira etapa que começa com a escolha da via de administração até o momento que a droga entra na corrente sanguínea. Vias de administração como intra-venosa e intra-arterial não passam por essa etapa, entram direto na circulação sanguínea. Existem fatores interferem nessa etapa, dentre estes temos: o pH do meio, forma farmacêutica e patologias (úlceras por exemplo), dose da droga a ser administrada, concentração da droga na circulação sistêmica,concentração da droga no local de ação, distribuição da droga organicamente, as drogas nos tecidos de distribuição e a eliminação metabolizada ou excretada. Temos ainda um fator a ser relevado que é a característica química da droga pois esta interfere no processo de absorção. ABSORÇÃO RAMOS DA FARMACOLOGIA Atenção o enfermeiro deverá atentar para Absorção de primeira passagem É a metabolização do medicamento pelo fígado e pela microbiota intestinal, antes que o fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de administração que estão sujeitas a esse efeito são: via oral e via retal (em proporções bem reduzidas) RAMOS DA FARMACOLOGIA Distribuição Nesta etapa a droga é distribuída no organismo através da circulação. O processamento da droga no organismo passa em primeiramente nos órgãos de maior vascularização (como SNC, pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos de menos irrigação (tecido adiposo por exemplo). É nessa etapa em que a droga chega ao ponto onde vai atuar. Nessa etapa poderá ocorrer: baixa concentração de proteínas plasmáticas (necessárias para a formação da fração ligada) como desnutrição, hepatite e cirrose, que destroem hepatócitos, que são células responsáveis em sintetizar proteínas, reduzindo assim o nível destas no sangue. 27/03/2017 5 RAMOS DA FARMACOLOGIA Átomo - + Z (nº atômico) = nº de prótons A (nº massa) = nº de prótons+ nêutrons Z = Elétrons (átomo neutro) 8 elétrons (na última cama de valência para estabilidade) RAMOS DA FARMACOLOGIA Fase I Fase onde a droga é transformada em um composto mais hidrossolúvel para a posterior excreção. A Bio-transformação ocorre em duas fases: Bio-transformação Envolve uma alteração química da estrutura básica do fármaco Oxidação Quando o fármaco interagir com as moléculas de oxigênio, ocasionado na transformação das moléculas em Cátions(+ perde elétrons) Mg Z = 12 (prótons) Oxidação Mg 2+ Redução Quando o fármaco perde as moléculas de oxigênio já existentes em sua composição, ocasionado na transformação das moléculas em Ânion(- ganha elétrons) K Z = 19 (prótons) Redução K 2- Hidrólise Quebra das moléculas do fármaco através da combinação da moléculas de H2O RAMOS DA FARMACOLOGIA Bio-transformação Fase II Conjugação com o ácido glicurônico É semelhante a glicose, porém no sexto átomo de Carbono ele possui um grupo carboxila (COOH) e não uma hidroxila (OH). Ele é particularmente importante no mecanismo de desintoxicação das células. Moléculas lipossolúveis (solúveis em gordura), que não podem ser eliminadas na urina ou bile (soluções aquosas), devem reagir com ácido glicurônico, para que a excreção ocorra. Este processo que ocorre no fígado A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para droga e diferente da fase 2, obrigatória a todas as drogas. O fígado é o órgão que prepara a droga para a excreção. Essa é a fase que prepara a droga para a excreção. RAMOS DA FARMACOLOGIA Excreção Pela excreção, os compostos são removidos do organismo para o meio externo. Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos glomérulos ou secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois têm dificuldade em atravessar membranas. Excretam-se, portanto, na forma ativa do fármaco. Os sítios de excreção denominam-se emunctórios e, além do rim, incluem: Pulmões Fezes Secreção Biliar Suor Lágrimas Saliva Leite materno NOÇÕES BÁSICAS Fármaco Substância química, estruturalmente definida, utilizada para o fornecimento de elementos essenciais ao organismo, na prevenção e no tratamento de patologias ou de situações de desconforto e na correção de funções orgânicas desajustadas (princípio ativo) Medicamento Formulação farmacêutica do fármaco com propriedades benéficas, comprovadas por meio de análises científicas Todo medicamento é um fármaco, mas nem todo fármaco é um medicamento Droga Matéria-prima, de origem natural (mineral, vegetal ou animal), da qual é possível extrair e isolar um ou mais fármaco. Os produtos sintéticos não são considerados drogas na sua produção Remédio Substância animal, vegetal, mineral, sintética ou procedimentos utilizados em benefício da saúde NOÇÕES BÁSICAS Placebo O que é feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento (pequena quantidade ou mesmos sem ausência de fármaco) CLAVULIM® 500mg+100mg Medicamento LaboratórioGSK 500mg de Amoxicilina 100mg de Clavulanato de Potássio Sub produto de Fármacos Penicilina Ácido Clavulânico Fármacos Fungo Penicillium chrysogenum Bactéria Streptomyces clavuligerus Drogas 27/03/2017 6 NOÇÕES BÁSICAS Posologia É o estudo das doses de administração dos medicamentos/fármacos. Dose É uma quantidade de uma droga que quando administrada no organismo produz um efeito terapêutico. Classificam-se em: Dose Mínima é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir o efeito terapêutico. Dose Máxima é a maior quantidade de um medicamento capaz de reproduzir o efeito terapêutico. Se esta dose for ultrapassada ocorrerá efeitos tóxicos ao organismo doente. Dose Tóxica é a quantidade de medicamento que ultrapassa a dose máxima, causando intoxicações. Dose Letal é a quantidade de um medicamento que causa a MORTE. Dose Terapêutica é a quantidade ideal de um medicamento capaz de produzir o efeito esperados. NOÇÕES BÁSICAS Meia Vida é o tempo em que um fármaco ou seu metabólito leva para que 50% da sua dose inicial seja eliminada do sangue (ou plasma). Depuração Plasmática Também chamada de Clearance, refere-se à velocidade (mL/min) que o fármaco ou um certo metabólito leva para ser eliminado do organismo, pela urina. RAMOS DA FARMACOLOGIA PERFIL DE CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICAS VERSUS TEMPO Como consequência dos processo ADME, produz-se um perfil de concentração plasmáticas do fármaco em função do tempo. Para cada fármaco estabelece-se o que é denominado por margem ou janela terapêutica, que corresponde a uma faixa de concentração plasmática dentro da qual se espera obter o máximo efeito terapêutico com o mínimo de efeitos indesejados. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO Via Enteral: • Oral; • Sublingual; • Retal; Via Parenteral: • Intravascular; • Intramuscular; • Subcutânea; • Intradérmica; • Intracardíaca. Via Tópica: • Dérmica; • Transdérmica; • Intraocular. Via Nasal Via inalatória Via auricular PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS Devido às várias propriedades das diferentes substância medicamentosas e seus variados usos, é necessário ter diferentes maneiras de se prepará-las para uso no paciente. Foram relacionados as preparações farmacêuticas mais comuns. PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS Aerossóis Agentes farmacêuticos ativos acondicionados em um recipiente pressurizado Cápsulas Agentes farmacêuticos ativos em pó dentro de um recipiente de gelatina Comprimidos Compressão do fármaco na forma de pó em um molde apropriado Elixir Soluções contendo álcool, açúcar e água. Podem conter ou não compostos ativos 27/03/2017 7 PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS Emulsões Suspensões de partículas oleosas em água Gel Suspensões aquosas de fármacos insolúveis na forma hidratada Loções Preparações aquosas contendo materiais dissolvidos indicado para aplicação local suave Pastilhas Preparações planas, esféricas ou retangulares que são administrada por via oral PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS Pílulas Fármaco em pó submetido à compressão, tomando o formato esférico Pomadas Misturas de princípio ativos com um base gordurosa para aplicação externa Pós Apresentação do fármaco na forma pulverizada embaladas em envelopes ou sachês Soluções Fármacos formados por uma parte sólida (soluto) e líquida (solvente) PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS Supositórios Fármacos com estrutura sólida utilizando à manteiga de cacau ou glicerina, para a inserção em um orifício do corpo (retais e vaginais) Xaropes Soluções aquosas de açúcar Ampolas Fármaco em recipiente de plástico e/ou vidro, podendo está em apresentação líquida ou solida Frasco-Ampolas Fármaco que são acondicionados em frasco que permite a retirada de doses parciais, sendo possível o reaproveitamento da dosagem restante PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS Nebulização Transformação das partículas em estado líquido ao estado de partículas inaláveis PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS A prescrição de medicamentos é um documento com valor legal pelo qual se responsabilizam, perante o paciente e sociedade, aqueles que prescrevem, dispensam e administram os medicamentos. É regida por certos preceitos gerais, de forma a não deixar dúvida nem tão pouco dificuldades de interpretação. PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS Quais os profissionais que podem realizar este ato.... Médicos Cirurgiões Dentistas Médicos Veterinários Enfermeiros 27/03/2017 8 PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS BASES LEGAIS Lei Federal n.º 5991, de 17 de dezembro de 1973 Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS BASES LEGAIS Portaria ANVISA n.º 344, de 12 de maio de 1998 Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS BASES LEGAIS LEI Nº 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe: Inciso I – privativamente : Alínea c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS BASES LEGAIS Antimicrobianos A norma em vigor que dispõe sobre o controle de medicamentos antimicrobianos de uso sob prescrição é a RDC nº 20/2011, que substituiu todas as normas anteriores que abrangiam o tema e revogou a RDC n° 44/2010. No capitulo II da atual norma, está previsto que a prescrição dos medicamentos abrangidos pela resolução deverá ser realizada por profissionais legalmente habilitados. PUNIÇÕES RESOLUÇÃO COFEN-311/2007 DE 08/02/2007 Aprova a Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. Negligência Significa inação, inércia e passividade, é negligente quem, podendo ou devendo agir de determinado modo, por indolência (indiferença) ou preguiça mental, não faz ou se comporta de modo diverso. Imperícia Consiste na falta de conhecimento técnico da profissão. Imprudência Trata-se de uma forma de agir sem a devida cautela, com precipitação ou insensatez. PUNIÇÕES Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem. Art. 14 - Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão. Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos. Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos previstos na legislação vigente e em situação de emergência. 27/03/2017 9 PUNIÇÕES Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a segurança da pessoa. Art. 33 - Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional, exceto em caso de emergência. Art. 37 -Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica, onde não conste a assinatura e o número de registro do profissional, exceto em situações de urgência e emergência. Parágrafo único - O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade. PUNIÇÕES Art. 118 - As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem, conforme o que determina o Art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes: I - Advertência verbal; II – Multa; III – Censura; IV - Suspensão do exercício profissional; V - Cassação do direito ao exercício profissional. § 2º - A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do pagamento. PUNIÇÕES Decreto Lei n.º 2.848 de 07/12/1940 Código Penal Brasileiro Artigo 18 - Diz-se o crime: Crime doloso I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; Crime culposo II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. DIFERENÇA ENTRE OS FÁRMACOS Medicamento Ético ou Referência É o produto inovador, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente por ocasião do registro. VOLTAREN® 75mg/3ml Laboratório NOVARTIS Medicamento Genérico É idêntico ao produto de marca. Isto é, pode ser trocado por este pois tem rigorosamente as mesmas características e efeitos sobre o organismo do paciente. Diclofenaco de Sódio 75mg/3ml Lei Federal nº 9.787 de 10/02/1999 – Lei dos Genéricos Medicamento Similar Contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, mas não são bioequivalentes (equivalência biológica esperada). Diclofenaco de Sódio 75mg/3ml Laboratório NEO QUIMICA Soma = 3 - 4 (coma grave) Soma = 7 (coma médio) Soma = 11 (coma superficial) Soma = 12-13 (rebaxamento de consciência) Soma = 14 (consciência leve alterada) Soma = 15 (normal) 27/03/2017 10
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