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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
ROMÁRIO FORTUNATO QUINTANA
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP) EM UNIDADES ARMAZENADORAS
Caarapó
2018
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
ROMÁRIO FORTUNATO QUINTANA
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP) EM UNIDADES ARMAZENADORAS
Relatório apresentado para obtenção de crédito na disciplina de Estágio Supervisionado do Curso de Tecnologia em Agronegócios da UNIGRAN 
Prof.: Drª. Adriana Viana Schwan Stoffel 
Caarapó
2018
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
CURSO DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIOS
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
PROFESSOR: ADRIANA VIANA SCHWAN STOFFEL
ÁREA TEMÁTICA: MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS 
TÍTULO: MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS EM UNIDADES ARMAZENADORAS
AUTOR: ROMÁRIO FORTUNATO QUINTANA – RGM 293.2969
CAARAPÓ - MS, 2018.
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AGRADECIMENTOS
A Deus e à minha família e amigos que me apoiaram, dando forças e motivação.
À Universidade Unigran por oferecer o curso de graduação e vários projetos de pesquisas.
À Empresa Grãos de Ouro Armazéns pela disponibilidade para o estágio e localização na cidade gerando empregos e melhorando o desenvolvimento da sociedade.
Aos professores que ministraram o curso, em especial a professora Drª Adriana Viana Schwan Stoffel.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................06
2. CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE DA EMPRESA...............................................07
2.1. HISTÓRICO DA EMPRESA............................................................................................07
3. BASE TEÓRICA.................................................................................................................08
3.1. MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS............................................................................08
4. VIVÊNCIA NO ESTÁGIO................................................................................................09
5. LIMPEZAS GERAIS PARA ELIMINAÇÃO DE FONTES DE REINFESTAÇÃO (INÓCULOS)...........................................................................................................................09
6. TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO..............................................................................10
6.1 DESINFESTAÇÃO SUPERFICIAL..................................................................................10
6.2 RECOMENDAÇÃO PARA TRATAMENTO SUPERFICIAL E DESINFESTAÇÃO DE AMBIENTE..............................................................................................................................11
7.0 TRATAMENTO COM FOSFINA – FUMIGAÇÃO....................................................13 
8.0 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................15
8.1 APÓS O EXPURGO..........................................................................................................18
9.0 APLICAÇÃO COM TERRA DIATOMÁCEA.............................................................18
10 PRINCIPAIS PRAGAS EM GRÃOS ARMAZENADOS.............................................19
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................20
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................21
INTRODUÇÃO
Após a produção, colheita e beneficiamento, os grãos precisam ser armazenados em silos e armazéns, e neste período ficam sujeitos ao ataque de insetos-pragas de armazenagem, que podem causar prejuízos significativos se não forem controlados. A qualidade dos grãos produzidos e armazenados para consumo humano exige o mais alto nível de preocupação do governo e da sociedade (PEREIRA et al., 2012). 
O estágio foi realizo na Armazenadora Grãos de Ouro Ltda, no período de 08/10/2018 à 09/11/2-18 situada na Rodovia MS 280, zona rural s/n Caarapó – ms. O foco da empresa em armazenagem de grãos de seus associados, podendo também fazer parcerias com empresas do mesmo ramo e receber a produção de grãos como armazéns de terceiros. O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é um controle de pragas que procura preservar e incrementar os fatores de mortalidade natural, através do uso integrado de todas as técnicas de combate aos insetos bem como pragas primárias e secundárias.
Na armazenagem o grão está constantemente submetido a fatores químicos, físicos e biológicos que reagem com o ambiente de armazenamento tendo relação com a rapidez na sua deterioração. Muitas pragas se desenvolvem em produtos armazenados, destacando-se os insetos como um dos mais importantes agentes responsáveis pelas perdas no período de armazenagem (FARONI, 2010 a).
O presente trabalho, utilizou-se do controle de pragas na massa de grãos, a cultura do milho aonde insetos primários e secundário são identificados após 90 dias de armazenagem. Basicamente utiliza-se cinco métodos para a desinfestação: um dos principais métodos a ser utilizado é a assepsia eliminando quaisquer os focos de reinfestação, desinfestação superficial, tratamento com defensivo aplicado diretamente na massa de grãos, tratamento com fosfina e aplicação da terra diatomácea.
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 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE DA EMPRESA
2.1 HISTÓRICO DA EMPRESA
A Armazenadora Grãos de Ouro Ltda., bem assessorada, que possui como sócios produtores rurais de Caarapó-MS. A armazenadora possui como objetivo social o Comércio atacadista e varejista e Importação e Exportação, Armazenagem e secagem de cereais (Soja, milho, Trigo, Feijão, Arroz), Serviços de Planejamento e Assistência Técnica de Agronomia e de Consultoria as Atividades Agrícolas e Pecuárias, Cultivo e extração de eucalipto e lenhas (florestas plantadas). Nela existe um leque de atividades administrativas que são desenvolvidas, bem como armazenamento e controle de estoques, custos de armazenagem, custos de manutenção, entrada e saídas de produtos, recebimentos de serviços prestados tidos como umas das principais além de outras. 
A empresa foi idealizada no ano de 2000. Foi através de duas pessoas que através de uma indignação no atraso de descargas dos grãos nos armazéns de cooperativas da região, ficando até 02 (dois) dias o caminhão na fila para descarga do produto, o Sr. João Aurélio Damião e o Sr. Edio Kilian tiveram a ideia de construírem uma armazenadora, então entraram em contato com o Sr. Olavo T. Caneppele que, por coincidência, possuía um projeto elaborado justamente para este fim foi então que a ideia tornou-se realidade.
Em um gesto simbólico, neste primeiro contato encontraram uma pedra, de cor branca, e colocaram sobre aquele projeto, o que simbolizava a concretização de um ideal, pedra esta que se encontra guardada na empresa até os dias de hoje.
Iniciaram-se então os contatos com os produtores da região para verificação de quem teria a intenção de se associar e construir a armazenadora. No primeiro encontro foi reunido aproximadamente 30 (trinta) produtores e destes 19 (dezenove) abraçaram a ideia e então no dia 09 de maio de 2001 foi assinado o contrato social, iniciando suas instalações para as atividades de armazenagem e secagem de cereais. No dia 29 de junho de 2002 foi inaugurada com capacidade de armazenagem de 100.000 sacas de 60 kg a Armazenadora Grãos de Ouro Ltda.
Hoje a empresa possui um quadro social de 17 (dezessete) sócios, sendo que 02 (dois) sócios fundadores já não consta no quadro da sociedade, tem capacidade de armazenagem de 950.00 sacas.
BASE TEÓRICA
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS
Utilizou-se como base teórica para elaboração deste trabalho acadêmico destinado à instituição de ensino superior Unigran, ANAIS VI Conferência Brasileira de PÓS – COLHEITA DE GRÃOS: Logística e Segurança Alimentar do Produtor ao Consumidor, 2014. Da qual absorvemos para entendimento de que o manejo correto e notempo certo evita perdas de grãos ocasionadas por pragas em armazéns, presença de fragmentos de insetos em subprodutos alimentares, deterioração da massa de grãos, contaminação fúngica, presença de micotoxinas, efeitos na saúde humana e animal, dificuldades para exportação de produtos e subprodutos brasileiros devido ao potencial de risco.
Perdas ocorridas em produtos agrícolas chegam a equivalente a 7,8% do PIB nacional, em torno de R$ 10 bilhões. Segundo o instituto CEPA/SC produtos como os grãos chegam a desperdiçar por safra mais de 20% do que o produzido ao longo da cadeia produtiva (MARTINS, 2012).
 Na armazenagem, o grão está constantemente submetido a fatores químicos, físicos e biológicos que reagem com o ambiente de armazenamento tendo relação com a rapidez na sua deterioração. Muitas pragas se desenvolvem em produtos armazenados, destacando-se os insetos como um dos mais importantes agentes responsáveis pelas perdas no período de armazenagem (FARONI, 2010 b).	
Além das fontes acima mencionadas, serviu-nos também de embasamento: o artigo “Manejo integrado de pragas de grãos armazenados: identificação e controle” e o livro “Manejo Integrado de Pragas de Grãos e Sementes Armazenadas” de autoria Irineu Lorini Francisco Carlos Krzyzanowski José de Barros França-Neto Ademir Assis Henning Fernando Augusto Henning.
 VIVÊNCIA NO ESTÁGIO
LIMPEZAS GERAIS PARA ELIMINAÇÃO DE FONTES DE REINFESTAÇÃO (INÓCULOS)
É importante destacar, para que tenhamos níveis baixíssimos de infestação no ambiente do armazém é necessário no final de cada safra ou mesmo o embarque do produto armazenado, deve-se fazer uma limpeza rigorosa, com raspagens em todas as edificações/instalações. 
No interior de moegas, túneis de acesso a silos, máquinas de pré e limpezas, poços de elevadores, bicas, cano de aeração, canos de fluxos, roscas de descargas e redlers. Enfim, a limpeza deve ser geral em toda a estrutura, com muito vigor, removendo imediatamente os restos de grãos, pó, sujeiras diversas e aplicar defensivos. Agindo dessa forma, o combate as pragas e eficaz antes que elas se instalem.
FIGURA 01, Túnel de acesso as bicas de expedição de produtos.
	
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Fonte: Quintana, 2018. 	
TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO
6.1 DESINFESTAÇÃO SUPERFICIAL
Os cuidados com os grãos depois de limpo e seco, havendo armazenamento por períodos longos, podem ser tratados preventivamente com inseticidas protetores, de origem química ou natural. Esse tratamento visa a garantir a eliminação de qualquer praga que venha a infestar o produto durante o período em que este estiver armazenado. Em silos, a desinfestação deve ser periódica em média a cada 10 (dez) dias em função da constatação da presença ou não de pragas e das características biodinâmicas e climáticas de cada região.
FIGURA 2, Inseticida, Actellic 500 EC
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Fonte: Quintana 2018.
6.2 RECOMENDAÇÃO PARA TRATAMENTO SUPERFICIAL E DESINFESTAÇÃO DE AMBIENTE
TABELA 01: Recomendação de dosagens para aplicação
	PRODUTO
	PRINCIPAIS PRAGAS CONTROLADAS
	DOSAGEM
I.A. (ML/M²)
	DOSAGEM
PPM
	DOSAGEM DA CALDA (ML/M²)
	Devetion
	Sitophilus sp, Sitotroga
cerealela e outras
	2
	1,053
	
	K-Obiol
	Rhyzopertha, Tribolium e
diversas traças
	0,8
	0,02
	50
	Actellic
	Sitophilus e diversas
traças
	2
	1,0
	
	
Para que qualquer remédio seja eficaz na cura de uma ferida, é necessário antes de tudo limpar a região afetada, para depois aplicar o remédio. Analogamente para o controle de pragas, de nada adianta aplicarmos defensivos em superfície suja que não vamos controlar as pragas, pois, elas ficam embaixo da sujeira, do pó e o inseticida não as atinge.
 PREPARO DA CALDA NO TANQUE
FIGURA 03, taque para preparo de calda.
Fonte: Quintana, 2018.
	Ao dividirmos a capacidade do tangue (ml) pela calda (ml) a ser aplicada por tonelada,
acharemos a quantidade de toneladas a tratar, que multiplicada pela dosagem do defensivo que vamos utilizar no cereal (ml/t), resultará na quantidade de litros de defensivo que devemos colocar no tangue.
Ex. Tanque de 400 l (= 400.000 ml): 500 ml de calda / t = 800 t x 15 ml /t = 12.000 ml = 12 l de defensivo. Ou seja: QI = Ct. Ci /500. Colocar uns 100 litros de água limpa no tanque, colocar os 12 L do inseticida e preencher com os 288 L de água restante. Esses 400 L de calda tratarão 800 t de grãos. Supondo que a cap. da fita = 120 t/h teremos que ter: Vb = 2 t /min x 500 ml/t = 1.000 ml/min. Tempo p/ esvaziar o tanque = 800 t: 120 t/h = 6 h 40’.	
7.0 TRATAMENTO COM FOSFINA – FUMIGAÇÃO
A fumigação ou expurgo é uma técnica empregada para eliminar qualquer infestação de pragas em grãos mediante uso de gás. Deve ser realizada sempre que houver infestação, seja em produto recém-colhido infestado na lavoura ou mesmo após um período de armazenamento em que houve infestação no armazém. Esse processo pode ser realizado nos mais diferentes locais, desde que sejam observadas a perfeita vedação do local a ser expurgado e as normas de segurança dos produtos em uso. Assim, pode ser realizado em silos de concreto, em armazéns graneleiros, em tulhas, em vagões de trem, em porões de navios, em câmaras de expurgo etc., observando-se sempre o período de exposição e a hermeticidade do local. O gás introduzido no interior da massa de grãos deve ficar naquele ambiente em concentração letal para as pragas. Assim, qualquer saída ou entrada de ar deve ser vedada sempre com materiais apropriados, como lona de expurgo, não-porosa. Para grãos ensacados, é essencial a colocação de pesos ao redor das pilhas sobre as lonas de expurgo, para garantir a vedação. O inseticida indicado para expurgo de grãos, pela eficácia, facilidade de uso, segurança de aplicação e versatilidade, é fosfina. No entanto, é importante lembrar que já foram detectadas raças de pragas resistentes a esse fumigante. A temperatura e umidade relativa do ar no armazém a ser expurgado, para uso de fosfina, são de extrema importância, pois irão determinar a eficiência do expurgo. O tempo mínimo de exposição das pragas à fosfina deve ser de 120 horas, sendo que abaixo de 10 o C de temperatura e inferior a 25 % de umidade relativa do ar não é aconselhável usar fosfina, pois o expurgo será ineficaz. Deve-se associar a temperatura com a umidade relativa do ar para definir o período de exposição, prevalecendo sempre o fator mais limitante dos dois. (LORINI, 2000).
Dentre diversos tipos de produtos no mercado temos:
Produto comercial: Gastoxin, Fertox, Fermag, Phostoxin
Princípio ativo do Gastoxin, Fertox e Phostoxin: Fosfeto de alumínio
Princípio ativo do Fermag: Fosfeto de Magnésio
Concentrações: Gastoxin (570g/t); Fertox e Phostoxin(560g/t); Fermag (660g/t)
Fórmula de reação para liberação do gás fosfina:
ALP (Fosfeto de alumínio) + 3 H2O (água) ‒ AL(OH)3 (Hidróxido de alum.) + PH3 (Fosfina) Mg3P2 (Fosfeto de magnésio) + 6 H2O (água) ‒ 3 Mg (OH)2 (Hidróxido de mag.) + 2 PH3 (Fosfina). 
Antes de executar qualquer expurgo com fosfina, deve-se antes atentar para as seguintes fases que antecedem. O planejamento, em termos de controle de pragas, deverá ser elaborado para cada produto.
Há um momento em que decidimos pelo expurgo, dependendo do tipo do produto e grau de infestação, cujo acompanhamento é executado através de sondagens manuais na massa de grãos, sondagens de bicas, transilagens e observações visuais na superfície do produto.
No caso de milho, detectando a presença de um caruncho vivo em toda a amostragem, faz se todo o preparativo para o expurgo. Porém, no caso do trigo, é preventivo; o produto tem que ser expurgado antes do aparecimento de qualquer inseto.
Quando houver necessidade de expurgo, deve ser providenciado lonas de velcron, cobras de areia, sondas (se for com pastilhas) e máscaras anti-gás. Providenciar também lona preta nova, fitas adesivas plásticas, massa de calafetar, barbante de polipropileno e tiras de borracha de câmara de pneu.
MATERIAIS E MÉTODOS
Realizou-se expurgo em um silo na ArmazenadoraGrãos de Ouro, para preparação prévia da aplicação foi realizado o ajuste na superfície da massa de grãos para que fique adequada ao produto fumigante. Toda via, algumas medidas foram tomadas no material a ser utilizado.
As lonas de velcron foram rigorosamente revisadas quanto a existência de rasgos/furos e na constatação, a vedação foi realizada com kit de remendo, que consiste de pedaço de lona de mesmo material que a lona e cola para PVC flexível. Após a vistoria, as lonas foram alocadas na superfície da massa de grãos, abrindo-as e cobrindo-as totalmente a superfície do produto e as laterais das lonas se encontram para velcragem na linha dos cabos termométricos. 
FIGURA 03, Silo 9, capacidade para 100.000 sacas / 60 kg.
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Fonte: Quintana 2018. 
FIGURA 03, preparo da lona na superfície do silo
Fonte: Quintana 2018
Dentre os fumigantes mais frequentemente utilizados, destaca-se o fosfeto de alumínio, cujo o principio ativo é a fosfina (PH3) um produto altamente tóxico e eficaz no combate a insetos em grãos armazenados; é encontrado no mercado sob a forma de comprimidos de 0,6 g ou em tabletes de 3,0 g, que, ao serem submetidos a umidade do ar, liberam o gás tóxico. (MERCH, 1976).
FIGURA 04, Lona de Velcron após a vedação 
Fonte: Quintana, 2018
FIGURA 06, Produto utilizado para aplicação.
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Fonte: Quintana 2018. 
Realização do expurgo no silo 09, dia 15 de outubro de 2018.
Capacidade: 6.000 ton. 
Calculo: 6000 / 0,10 = 60000 g
Resolução: A recomendação para aplicação é de 0,10 g/ton., sendo assim, fazendo a conversão temos: 60 kg de produto para aplicação.
FIGURA 05, Dosagens para aplicação
Fonte: Quintana 2018.
8.1 APÓS O EXPURGO
	Os matérias foram retirados e guardados no local específico, as latas separadas destinadas a o posto de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos da cidade de Caarapó-ms. O tempo de exposição foi de 10 dias para concluir todo o processo de fumigação. O processo de carência do produto após o primeiro expurgo é de 120 dias, nesse período, fica uma equipe responsável para o acompanhamento do produto. Efetuando a calagem com calador manual na massa de grãos para identificar possíveis infestações. Toda e qualquer providência tomada no ato da identificação de isentos é utilizado outros métodos de correção, como: pulverização, transilagens, aeração na massa de grãos eliminando os pontos quentes e, consequentemente diminuindo o risco de proliferação de insetos.
	
9.0 APLICAÇÃO COM TERRA DIATOMÁCEA
	
Pós inertes usados para controlar pragas de grãos armazenados são substâncias provenientes de minerais extraídos de rochas que, moídos e misturados a grãos, causam a morte de insetos por dessecação. A terra de diatomáceas é um pó inerte proveniente de algas diatomáceas fossilizadas que possui o dióxido de sílica como principal ingrediente. A sílica tem a capacidade de desidratar os insetos, causando a morte em um período variável de um a sete dias, dependendo da espécie-praga. Trata-se de um produto seguro para operadores e consumidores dos grãos, com ação inseticida duradoura, pois não perde efeito ao longo do tempo.
O modo de aplicação do produto é simples, pois basta misturá-lo, na dose de 1,0 kg/tonelada, a grãos limpos e secos e armazenar pelo período necessário. Os insetos que vierem a atacar os grãos entrarão em contato com o pó e morrerão por dessecamento. O grão tratado pode ser consumido imediatamente, não precisando esperar um período de carência do produto. Deve-se lembrar que os grãos a serem tratados devem estar secos (13% de umidade), para que a umidade do grão não neutralize o efeito da terra de diatomáceas (LORINI, 1999).
10. PRINCIPAIS PRAGAS EM GRÃOS ARMAZENADOS.
Visando suavizar problemas no destino, decorrentes de infestações de insetos no produto, é importante o conhecimento do hábito alimentar de cada praga, podendo assim ser classificadas como primarias e secundárias.
Pragas primárias: atacam grãos inteiros e sadios perfurando os grãos e neles completarem seu desenvolvimento. Alimentam-se de todo o interior do grão possibilitando outros agentes de decomposição nesses grãos. Rhyzopertha dominica, Sitophilus oryzae e S. zeamais.
Pragas secundárias: alimentam-se de resíduos que as pragas primárias deixaram no interior do grão, bem como quebrados, danificados. Logo abaixo está a descrição dos insetos.
FIGURA 01, Sitophilus oryzae (L.) o Gorgulho do arroz e; Rhyzopertha dominica (F) Besourinhos-dos-cereais.
Fonte: Manual de procedimentos operacionais, 2008. 	
FIGURA 02: Orizaephilus surinamensis (Besouro); Cryptolestes ferrugineus (Steph.) (Besouro / escaravelho).
Fonte: Manual de Procedimentos Operacional
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 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Manejo integrado de pragas em unidades armazenadoras contribui para o uso racional de inseticidas, fumigantes, pós inertes seguidos de limpezas preventivas e/ou corretivas nos locais de aplicação, segregações e tratamento de produtos agrícolas que vêm infestados da lavoura preservando os agentes de controle biológico, reduzindo o grau de infestação. O planejamento ate a execução não pode conter falhas
	Verificou-se que o resultado de uma boa higienização na estrutura e no ambiente do armazém é o principal método de combate a insetos, que consequentemente, os experimentos realizados no silo com fumigação eliminou os focos e aumentando a carência do produto.
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12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/feijao-caupi/arvore/CONTAG01_30_510200683536.html
https://www.agrolink.com.br/armazenagem/artigo/eficiencia-no-expurgo_72544.html
http://www.emater.tche.br/docs/agroeco/revista/ano2_n4/revista_agroecologia_ano2_num4_parte08_alternativa.pdf
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