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ANALISE DOS EFEITOS DO LASER DE BAIXA POTENCIA (AsGa) EM DIFERENTES COMPRIMENTOS DE ONDA RELACIONADOS A CICATRIZACAO DE TECIDOS

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ANÁLISE DOS EFEITOS DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA (AsGa) EM 
DIFERENTES COMPRIMENTOS DE ONDA RELACIONADOS A 
CICATRIZAÇÃO DE TECIDOS 
 
Adrielle Memória Da Silva* 
Rafael Leite Dantas* 
Reijane Oliveira Lima* 
Uiara Beatriz Gomes de Oliveira* 
Kelsyanne de Castro Carvalho** 
 
* Alunos do 9° período do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Piauí; 
** Professora da disciplina de Fisioterapia Dermato-Funcional da Universidade Estadual 
do Piauí e orientadora da pesquisa. 
 
 
RESUMO: 
O laser de baixa potência (AsGa) pode interagir com os tecidos possibilitando 
vários efeitos benéficos , dentre eles a cicatrização de tecidos que atualmente tem uso 
clínico comprovado por muito estudos. Diversas situações patológicas se usa o laser como: 
úlceras de decúbito, feridas ocasionadas por Herpes, cicatrização tendões ou deiscências 
pós-cirurgica. A cicatrização rápida dessas condições patológicas permite que a fisioterapia 
atue precocemente possibilitando que esses pacientes reabilitem-se sem dor e mais 
funcional. O objetivo dessa pesquisa é analisar os efeitos do laser de baixa potência (Asga) 
em diferentes comprimentos de onda relacionados à cicatrização de tecidos. Trata-se de 
uma revisão sistemática na literatura em livros, artigos relacionados ao tema do intervalo 
de 2006-2009. Os resultados encontrados nos artigos foram positivos para cicatrização 
tecidual utilizando o laser de AsGa, em uma média de comprimento de onda entre 640 – 
904 nm e a dose entre 3-4 J/cm². Conclui-se que o uso do laser da baixa potência (AsGa) 
na cicatrização de tecido atua de maneira eficaz, geralmente no entanto é preciso saber que 
existem fatores intrínsecos relacionados ao paciente que aceleram ou retardam a resposta 
do tecido ao laser como:nutrição tecidual, sistêmica, idade, sexo. Além do mais, necessita-
se de mais trabalhos nessa área para que haja uma padronização dos parâmetros do Lazer 
utilizado na cicatrização de tecidos. 
PALAVRAS CHAVES: Laser de Baixa Intensidade, Cicatrização, Tecidos. 
 
 
2 
 
ABSTRACT: 
 The low level laser (GaAs) can interact with the tissues allowing several beneficial 
effects, among them the healing of tissues that currently has clinical use proven by many 
studies. Several pathological conditions the laser is used as bedsores, injuries caused by 
Herpes, tendon healing or dehiscence post-surgical. The rapid healing of these pathological 
conditions allows early physiotherapy act allowing rehabilitate these patients are pain free 
and more functional. The objective of this research is to analyze the effects of low level 
laser (GaAs) at different wavelengths related to tissue healing. This is a systematic review 
of the literature in books, articles related to the interval 2006-2009. The results in the 
articles were positive for tissue healing using the GaAs laser, at an average wavelength 
between 640-904 nm and the dose of 3-4 J / cm ². It is concluded that the use of low power 
laser (GaAs) on the healing tissue acts effectively, however generally you need to know 
that there are intrinsic factors related to the patient that accelerate or retard the response of 
tissue to laser as tissue nutrition systemic, age, sex. 
KEYWORDS: Low Level Laser, Wound healing, Tissue 
 
INTRODUÇÃO: 
Segundo RODRIGUES (2006), a palavra laser é um acrômio com origem na língua 
inglesa: Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation (Amplificação da Luz 
por Emissão Estimulada de radiação). É uma radiação eletromagnética não ionizante, 
sendo um tipo de fonte luminosa com características bastante distintas daquelas de uma luz 
fluorescente ou de uma lâmpada comum. Os Lasers têm como propriedades a 
monocromaticidade, a coerência e a colimação. 
A diferença entre os vários tipos de lasers é dada pelo comprimento de onda. 
Quanto menor o comprimento da onda, maior sua ação e poder de penetração. Os lasers 
podem ser contínuos ou pulsáteis. Sua potência é expressa em watts(W), variando de 
dewatts e megawatts e a energia medida em joules por centímetro quadrado(J/cm²), sendo 
igual à potência multiplicado pelo tempo de aplicação.(ROCHA,2004) 
A laserterapia de baixa intensidade (LBP) é um termo genérico que define a 
aplicação terapêutica de lasers e diodos superluminosos monocromáticos com potência 
relativamente baixa (< 500 mW) para o tratamento de doenças e lesões utilizando dosagens 
(< 35 J/cm
2
) consideradas baixas demais para efetuar qualquer aquecimento detectável nos 
tecidos irradiados. (STEFANELLO e HAMERSKI, 2006). 
3 
 
A utilização do laser operando em baixa potência é estudada desde os anos sessenta 
e vários trabalhos atualmente vem sendo realizados para se verificar e elucidar os efeitos 
dessa radiação sobre os tecidos. A radiação laser apresenta efeitos primários (bioquímico, 
bioelétrico e bioenergético), que atuam a nível celular promovendo aumento do 
metabolismo, podendo aumentar a proliferação, maturação e locomoção de fibroblastos e 
linfócitos, intensificar a reabsorção de fibrina, aumentar a quantidade de tecido de 
granulação e diminuir a liberação de mediadores inflamatórios, acelerando assim o 
processo de cicatrização. (RODRIGUES, 2006; FELICE, PINHEIRO E MENCHIK, 
2009). 
No processo de cicatrização tecidual, as falhas de reparação mais importantes são 
as que ocorrem nos estágios iniciais, levando a acentuação de edema, reduzida proliferação 
vascular e diminuição dos elementos celulares, tais como: leucócitos, macrófagos e 
fibroblastos. Conseqüentemente, ocorrendo baixa síntese de colágeno e aumento do risco 
de infecção. Tendo em vista estes agravamentos, estudos norteiam-se na busca de novos 
métodos terapêuticos que possam solucionar, ou ainda, minimizar, as falhas no processo de 
reparação tecidual. Entre tais métodos a terapia com Laser de Baixa Potência (LBP) tem 
ocupado lugar de destaque. Seu êxito deve-se as particularidades de respostas que induz 
nos tecidos, como redução de edema, diminuição do processo inflamatório, aumento da 
fagocitose, aumento da síntese de colágeno e epitelização. (CARVALHO et al., 2003) 
O tratamento ideal de uma ferida cutânea é a instituição de medidas profiláticas, 
porém uma vez instalada, deve-se intervir precocemente, objetivando evitar ou minimizar 
os riscos recorrentes, bem como facilitar o processo de cicatrização. O reparo tecidual 
mediado pelo LBP tem sido bastante estudado, porém com resultados controversos e pouco 
reprodutíveis, devido à falta de detalhes sobre os parâmetros físicos nos experimentos. 
Muitos autores concordam que há necessidade de protocolos padronizados e melhor 
investigação controlada de alterações nos níveis celulares. (BORTOT, 2005) 
Diante dos fatos apontados, e da dificuldade da definição de parâmetros físicos do 
LBP na prática clínica, justifica-se a necessidade de pesquisas controladas que 
fundamentem seus efeitos histológicos e biomecânicos no processo de cicatrização de 
feridas, além de analisar a relação dose-efeito nos tecidos. O objetivo dessa pesquisa é 
analisar os efeitos do laser de baixa potência (Asga) em diferentes comprimentos de onda 
relacionados à cicatrização de tecidos citados em artigos científicos. 
 
4 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
Trata-se de uma revisão sistemática na literatura em livros, artigos relacionados ao 
tema do intervalo de 2006-2009. Foram utilizados sete artigos como base, porém essa 
pesquisa também se baseou em livros, revistas científicas impressas e virtuais, artigos 
científicos atualizados, onde nos mesmos eram incluídas revisões de literatura, revisões 
sistemáticas, estudos experimentais ou observacionais e ainda relatos de casos, disponíveis 
em páginas da web relacionadasà fisioterapia. Em todos estes bancos de dados foram 
utilizados os descritores e unitermos: Laser de Baixa Intensidade, Cicatrização, Tecido. 
Tiveram-se como critérios de exclusão: outros tipos de laser, uso do laser no 
envelhecimento de pele e outros usos que não fossem cicatrização e revisão bibliográfica 
sobre o tema. E critérios de inclusão: estudos de caso utilizando o laser de AsGa,efeito 
cicatrizante do laser já citado, laser de baixa potência (AsGa), comprimento de onda maior 
que 500nm. 
 
RESULTADOS 
 Utilizou-se 7 artigos de revistas especializadas acerca do tema, destes artigos 5 
foram do tipo “estudo de caso” e 2 foram de estudo experimental com ratos. Na TABELA 
01 os principais resultados e tamanho da amostra da utilização do Laser de Baixa Potência 
de AsGa. 
 
 
TABELA01: ESTUDOS QUE ANALISARAM OS PRINCIPAIS EFEITOS DO LASER 
DE BAIXA POTÊNCIA (AsGa) EM DIFERENTES TECIDOS. 
 
AUTOR ANO 
TIPO DE 
ESTUDO 
TAMANHO 
DA 
AMOSTRA 
DOSE 
DO 
LASER 
RESULTADOS 
SILVA,GUIMARÃES 
e ROSA et al 
2006 
Estudo de 
caso 
1 8J/cm² 
Houve a cicatrização 
total das úlceras do 
quarto dedo da mão 
direita, dorso da mão 
direita, cotovelo 
direito e região tenar 
5 
 
esquerda. 
FELICE,PINHEIRO 
e MENCHIK et al 
2009 
Estudo de 
caso 
3 4 J/cm² 
Das 8 feridas 
apresentada pelos 3 
pacientes apenas uma 
apresentou piora. 
 PINTO, PEREIRA 
e STOLF et al 
2009 
Estudo de 
caso 
1 4,5J/cm² 
O laser mostrou-se 
como um tratamento 
não invasivo eficaz 
em deiscências pós- 
safectomia. 
STEFANELLO 
 e HAMERSKI 
2006 
Estudo de 
caso 
1 6 J/cm² 
Efeito positivo no que 
diz respeito à 
cicatrização da úlcera 
de pressão 
BUSO, VILLAVERDE, 
SALGADO et al 
2006 
Estudo 
experimental 
com ratos 
34 4 J/cm² 
Diminuição do 
processo inflamatório, 
tanto em fase inicial 
como em fase tardia, 
aumentando o número 
de fibroblastos no 
período inicial, com 
diminuição nos 
períodos tardios. 
ARRUDA, RODRIGUES, 
TACIRO e PARIZOTTO 
2007 
Estudo 
experimental 
com ratos 
37 3 J/cm² 
Promoveu melhor 
grau de organização 
das fibras colágenas 
ao longo do eixo 
longitudinal, 
sugerindo 
assim melhor reparo 
tendíneo, após 
tenotomia total de 
tendão calcâneo 
6 
 
REGGIÓRI,ALEGRETTI, 
SCABAR et al 
2008 Estudo de 
caso 
1 4 J/cm² 
Melhor custo-
benefício, diminuição 
na algia das lesões e 
cicatrização rápida. 
FONTE: Artigos Científicos. 
 
TABELA 02: CARACTERÍSTICAS DA APLICAÇÃO DO LASER DE AsGa 
CONFORME O ACOMETIMENTO 
 
AUTOR 
ACOMETIMENT
O 
Nº DE 
SESSÕE
S 
COMP
. DE 
ONDA 
MODO DE 
APLICAÇÃ
O 
SILVA,GUIMARÃES 
e ROSA et al 
Úlceras de decúbito 
em paciente 
diabético 
5 904 nm Pontual 
FELICE,PINHEIRO 
e MENCHIK et al 
Úlceras de decúbitos 
de dois pacientes 
com TRM e um 
paciente com AVC. 
10 658 nm Pontual 
 PINTO, PEREIRA 
e STOLF et al 
Cicatrização de 
deiscência pós 
cirurgia de safena. 
10 685 nm Pontual 
STEFANELLO 
 e HAMERSKI 
Úlcera de decúbito 
no calcâneo em 
paciente paraplégico 
14 904nm 
Pontual e 
varredura 
BUSO, VILLAVERDE, 
SALGADO et al 
Cicatrização de 
tendão de Aquiles 
em ratos 
5-10 904 nm - 
ARRUDA, RODRIGUES, 
TACIRO e PARIZOTTO 
Cicatrização de 
tendão de Aquiles 
em ratos 
12 940 nm - 
REGGIÓRI,ALEGRETTI
, 
Cicatrização de 
feridas na pele 
- 790 nm Pontual 
7 
 
SCABAR et al causadas pela Herpes 
FONTE: Artigos Científicos; 
LEGENDA: Nº=número, COMP=comprimento, (-) =não houve referência, TRM=Trauma 
raquimedular, AVC= Acidente vascular cerebral. 
 
DISCUSSÃO 
 Segundo AGNES (2005) a interação do LASER com os tecidos se realiza nas 
interfases, mediante os fenômenos de reflexão e refração e, no interior do meio, onde tem 
lugar a transmissão, fato que depende principalmente dos fenômenos de absorção e 
dispersão. Estes dois últimos fatores dependem do comprimento da onda e da natureza 
absorvente. 
 A cicatrização é o principal efeito da interação tecido- laser possibilitando 
incremento à produção de ATP, o que proporciona um aumento da velocidade mitótica das 
células, estimulando a microcirculação que aumenta o aporte de elementos nutricionais 
associado ao aumento da velocidade mitótica, facilitando a multiplicidade das células, 
assim, ocorre o efeito de neovascularização a partir dos vasos já existentes gerando 
melhores condições para a cicatrização rápida. (STEFANELLO; HAMERSKIA, 2006) 
 Dentre algumas opções terapêuticas encontra-se a utilização do LPB no tratamento 
do herpes labial. Este representa uma das viroses mais freqüentes acometendo a cavidade 
bucal, também diagnosticada em pacientes imunocomprometidos tais como os portadores 
da imunodeficiência humana, transplantados e aqueles submetidos a tratamento 
quimioterápico. As lesões geralmente são vesiculares e estas coalescem e ulceram sobre 
uma base eritematosa formando uma crosta serosa e cicatrizam nas semanas seguintes. 
(TRINDADE, 2007) 
O tratamento é geralmente feito com laser diodo de arseneto de gálio-alumínio 
(GaAlAs) a 670 nm, 30 mW, por 40 segundos no estágio prodrômico e no estágio de 
vesículas, ou 670 nm, 20 mW por 2 minutos na área no estágio de crosta e em infecções 
secundárias. Ainda, preconiza-se a radiação entre as vértebras C2-C3, onde está localizado 
o gânglio residente do vírus durante os períodos de latência a 670 nm, 30 mW por 30 
segundos. Esse tratamento atua como antiinflamatório e analgésico, que somados ao seu 
poder bioestimulante diminuem o desconforto logo após a primeira aplicação e aceleram a 
reparação, além de proporcionar estímulo ao nível de fibroblastos, com formação de fibras 
8 
 
colágenas mais ordenadas, verificando-se clinicamente aceleração na cicatrização e logo 
após a primeira aplicação o paciente já relata alívio da dor. (REGGIORI, 2008) 
O tecido tendíneo é um tipo de tecido conjuntivo denso e tem como função 
transmitir a força produzida pelo músculo para o osso, tornando possível o movimento 
articular. O processo de cicatrização das lesões tendíneas pode levar semanas ou até meses 
para se completar. Durante esse período, geralmente o paciente é imobilizado para evitar 
rupturas, o que causa inúmeras complicações funcionais retardando o processo de 
reabilitação. A fase inicial do processo de reparo leva de 7 a 10 dias para consolidação, 
porém a reabilitação completa pode exigir semanas ou meses. (VIDAL, 2003) 
Nas últimas décadas, observou-se um aumento no interesse clínico por evidências 
biológicas da otimização do processo de reparo tendíneo, o que tem influenciado 
estratégias adotadas no tratamento das lesões tendíneas. Dessa forma, diversos 
pesquisadores têm estudado várias modalidades terapêuticas com o objetivo de acelerar o 
processo regenerativo e assim demonstraram que a fotobiomodulação, através da radiação 
laser de baixa intensidade com os diferentes comprimentos de onda, interage de diferentes 
formas no reparo tendíneo. (ARRUDA, 2007). 
 Os efeitos positivos do laser justificam a utilização deste na cicatrização precoce de 
úlceras de decúbito em pacientes que estão sujeitos a complicações como pacientes 
diabéticos e paraplégicos, o primeiro pelo fato da própria patologia lentificar o processo de 
cicatrização por causa do problema hormonal e o segundo está relacionado ao imobilismo, 
nutrição e atrofia muscular. 
 ROCHA (2005) define úlceras de decúbito como áreas localizadas de isquemia e 
necrose tecidular, que se desenvolvem pela compressãoprolongada dos tecidos moles entre 
proeminências ósseas e a superfície externa, e estas desenvolvem-se mais em 
proeminências ósseas. Nos três estudos de caso no uso do laser de AsGa nas úlceras 
de decúbito conforme a tabela 01 os objetivos da cicatrização do laser (AsGa) foram 
atingidos efetivamente somente um paciente citado por FELICE et al(2009) que 
apresentou piora. As dosagens utilizadas nestes pacientes foram de 4-8 J/cm² que conforme 
AGNES(2005) possibilita efeitos analgésico, cicatrizante atingindo assim as metas 
terapêuticas ao fim das sessões. 
 A forma de aplicação do laser de AsGa segundo AGNES(2005) deve ser sempre 
pontual já que trata-se de uma luz não visível e somente STEFANELLO E 
9 
 
HAMERSKIN(2006) utilizaram além da forma pontual a forma de varredura diferente dos 
outros autores que utilizaram a forma pontual de aplicação. 
 PINTO, PEREIRA e STOLF (2009) aplicaram o laser em deiscências de 
safenectomia e com apenas uma aplicação de laser a diminuição da escala analógica da dor 
de 5 para 2 comprovando o efeito antiinflamatório do laser assim como a diminuição do 
edema e eritema, estudos como estes contribuem para a aceleração precoce da reabilitação 
de pacientes em diversas situações de feridas pós –cirúrgicas facilitando a implementação 
da fisioterapia precoce e fazendo com que esses pacientes retornem mais cedo possível às 
suas atividades habituais. 
 ROCHA (2004) porém cita que o uso do laser de AsGa em suturas cirúrgicas em 
cães diminuiu a resposta inflamatória mas, em contrapartida estimulou a formação de 
neuromas. Este mesmo autor cita que em feridas cirúrgicas o laser de AsGa mostrou-se um 
bom adjuvante cicatricial em doses baixas de 2 J/cm² mostrando-se mais vantajosas que 
doses de 4J/cm² no caso do artigo de deiscências de safenectomia a dose utilizada foi de 
4,5J/cm² estando esta dosagem perto do que a literatura cita. 
 
CONCLUSÃO 
 Diferentes reações teciduais podem ser obtidas na terapêutica do laser de AsGa, 
nessa revisão de literatura em todos os artigos os resultados foram positivos quanto ao uso 
do laser na cicatrização de tecido porém, é preciso saber que existem fatores intrínsecos 
relacionados ao paciente que aceleram ou retardam a resposta do tecido ao laser como: 
nutrição tecidual, sistêmica, idade, sexo. Além do mais, necessita-se de mais trabalhos 
nessa área para que haja uma padronização dos parâmetros do Lazer utilizado na 
cicatrização de tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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