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Aula 08 interações entre espécies sucessão cont sucessao

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22/05/2018 
1 
Ecologia de Populações e 
Comunidades 
Profa. Isabel Belloni Schmidt 
Dept. Ecologia – UnB 
isabels@unb.br 
 
 Comunidades 
Interações interespecíficas 
Regulações populacionais 
Efeito na espécie 1 Efeito na espécie 2 
+ - Consumidor-recurso 
- - Competição 
+ + Mutualismo 
+ 0 Comensalismo 
- 0 Amensalismo 
Predação 
Herbivoria 
Parasitismo 
Chris Brunskill 
Predação 
-Fuga 
- Armaduras/defesas físicas 
- Horário de atividade 
- Tamanho 
- Agressividade Chris Brunskill 
Herbivoria 
-Fuga no tempo ou espaço 
-Atração de predadores 
- Defesas químicas e mecânicas 
Parasitismo 
- Parasitas 
- Parasitoides 
- Hiperparasitoides 
O aumento da população de predadores 
ocorre em média dois anos após o 
aumento da população de presas. 
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2 
Efeito da predação na evolução 
Espécie A 
preda B 
Espécie A 
não preda B 
Espécie B não é 
predada por A 
Morrem 
Morrem 
Tempo 
V
ar
iá
ve
l “
X
” 
Estratégias de fuga 
Coloração críptica 
Coloração de advertência Mimetismo 
Proteção Velocidade Tamanho 
Defesas contra herbivoria 
-Fuga no tempo ou espaço; 
- Defesas químicas e mecânicas. 
Atração de predadores; 
Defesas contra herbivoria 
Efeito na espécie 1 Efeito na espécie 2 
+ - Consumidor-recurso 
- - Competição 
+ + Mutualismo 
+ 0 Comensalismo 
- 0 Amensalismo 
+ 
- - 
- 
- 
+ 
Exclusão competitiva 
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3 
Competição explorativa 
Competição por interferência 
Efeito da competição na evolução 
Espécie A é melhor 
competidora que 
espécie B 
Espécie A 
sobrevive 
Espécie B não está 
competindo com a 
espécie A 
Nicho A 
Tempo 
R
ec
u
rs
o
 “
X
” 
Nicho B 
Gasto de energia com competição 
Efeito da competição na evolução 
Competição aparente 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ + 
+ 
- 
- 
- - 
- - - - 
- - 
Aumento na população de 1 sp. de pulgão 
pode prejudicar a população da outra 
espécie de pulgão 
Competição intraguilda 
+ + 
+ + 
- 
- 
- 
- 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
- 
- 
- 
- 
Pardal e joaninha estão na mesma guilda 
(consumidores primários) 
Mas o pardal pode também predar a joaninha 
Efeito na espécie 1 Efeito na espécie 2 
+ - Consumidor-recurso 
- - Competição 
+ + Mutualismo 
+ 0 Comensalismo 
- 0 Amensalismo 
+ 
+ 
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4 
Mutualismo obrigatório 
 
 
 
 
Mutualismo facultativo 
+ = 
+ = 
Mutualismo alimentação/dispersivo 
 
 
 
Mutualismo defensa 
 
 
 
Mutualismo trófico 
+ = 
+ = 
+ = 
Microbiota do sistema digestivo 
‘flora’ intestinal?? 
Mutualismos em humanos Evolução 
Mutualismos eucariontes-procariontes 
Possível origem evolutiva de Mitocôndrias e 
Cloroplastos 
Efeito na espécie 1 Efeito na espécie 2 
+ - Consumidor-recurso 
- - Competição 
+ + Mutualismo 
+ 0 Comensalismo 
- 0 Amensalismo 
Bromélias não parasitas Tubarão e Rêmora 
Efeito na espécie 1 Efeito na espécie 2 
+ - Consumidor-recurso 
- - Competição 
+ + Mutualismo 
+ 0 Comensalismo 
- 0 Amensalismo 
- 
0 
- 
0 
Fungu 
Penicillium Bactérias 
Maré vermelha 
Peixes 
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Interações - Regulações populacionais 
↑ 
Bottom-up 
Top-down 
↓ 
Top-down 
↓ 
Controle “top down” e “bottom up” 
Quando o nível trófico mais altos determina o tamanho do nível abaixo dele, a situação 
é denominada de um controle “top-down”. 
Quando o tamanho do nível trófico é determinado pela taxa de produção de seu 
recurso alimentar, a situação é denominada de um controle “bottom-up”. 
Quem controla o tamanho 
da população de ovelhas? 
Interações - Regulações populacionais 
Nível Trófico Controle Tam. Pop. Relativo 
Predadores (topo) Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) 
Herbívoros Predação Baixo (abaixo de K) 
Plantas (base) Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) 
Decompositores Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) 
Interações - Regulações populacionais 
Nível Trófico Controle Tam. Pop. Relativo 
Predadores (topo) Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) 
Herbívoros Predação Baixo (abaixo de K) 
Plantas (base) Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) 
Decompositores Disponibilidade de recursos Alto (próximo a k) 
Com extinção de predadores, as populações de herbívoros 
podem crescer sem regulação e ameaçar as populações de 
plantas 
Espécie chave 
por Robert Paine (1966) 
É uma espécie que exerce influência no ecossistema de forma 
desproporcional à sua densidade relativa. 
Exclusão competitiva 
A
b
u
n
d
ân
ci
a 
Tempo 
Capacidade de suporte do sistema 
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6 
Possível efeito de uma espécie chave 
A
b
u
n
d
ân
ci
a 
Tempo 
Capacidade de suporte do sistema 
Força da predação 
Cadeia alimentar simples 
Cadeia alimentar complexa 
Interações no mundo real 
 
Conceito de comunidade: Conjunto de populações em uma 
mesma área. 
- Comunidade de uma área de campo limpo de Cerrado; 
- Comunidade de uma área de mata de galeria; 
- Comunidade vegetal; 
- Comunidade de gramíneas; 
- Comunidade animal; 
- Comunidade de predadores, etc. 
F. E. Clements (1900’s) – “comunidade 
são como unidades discretas com 
fronteiras nítidas e uma organização 
única.” 
Comunidade fechada 
A
b
u
n
d
ân
ci
a 
Gradiente ambiental 
22/05/2018 
7 
Comunidade aberta 
• H. A. Gleason (1920’s)– “comunidade é uma 
associação fortuita de organismos cujas adaptações 
os capacitam a viver juntos sob condições físicas e 
biológicas particulares que caracterizam um 
determinado lugar.” 
A
b
u
n
d
ân
ci
a 
Gradiente ambiental 
A
b
u
n
d
ân
ci
a 
Gradiente ambiental 
Clements vs. Gleason (1900-1950/60) 
- Sucessão 
determinística; 
- Comunidade como 
um organismo; 
- Sucessão em direção 
clímax, estável. 
- Sucessão não- 
determinística; 
- Associações 
interespecíficas 
casuais; 
- Grande influência de 
acaso e distúrbios; 
- Sucessão em direção 
clímax, estável. 
• Sucessão como processo complexo, influenciado 
por diversos mecanismos; 
• Abandono da ideia (fixa) de comunidade clímax; 
• Sucessão multidirecional (e não unidirecional) 
 
Equilíbrio dinâmico 
 
 
Equilíbrio dinâmico (1950/60 - ) 
 Robert Whittaker; John Curtis, J. Connell, et. al. 
Sucessão ecológica 
• Processo de mudança de espécies e estrutura 
de uma comunidade ao longo do tempo; 
 
- Influência de fatores bióticos e abióticos nas 
condições ambientais que permitem a 
colonização por diferentes tipos de espécies 
 
 
 
 
Espécie pioneira vs. espécie tardia 
22/05/2018 
8 
• Sucessão primária (hábitats recém-formados) 
 
 
 
 
• Sucessão secundária 
Sucessão primária ou secundária? 
Sucessão 
• Comunidades climax (na ausência de perturbação) 
tendem a se manter estáveis 
“última instância do desenvolvimento da comunidade” 
 
 
 
 
 
• Se perturbadas (incêndio, desmatamento, furacões, 
etc) podem se recuperar 
 
 
Sucessão – comunidade clímax 
Sucessão – comunidade clímax Sucessão – comunidade clímax 
22/05/2018 
9 
Perturbações 
Degradações 
 
Distúrbios 
 
 
Vazamento de barragem 
Mariana, MG 
07/11/2015 
Catástrofes 
Resiliência vs. Resistência 
Resistência = Habilidade de um sistema de não se alterar (resistir) diante de perturbações 
Resiliência = Velocidade (ou capacidade) com que um sistema retorna ao seu estado de origem 
após uma perturbação. 
 
Hipótese do distúrbio intermediárioR
iq
u
ez
a 
d
e 
es
p
éc
ie
s 
Tempo 
Distúrbio 
Riqueza máxima 
Padrões de biodiversidade Padrões de biodiversidade 
Nos cinturões latitudinais: temperatura; produtividade; heterogeneidade topográfica 
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Padrões de diversidade 
• Relação espécie-área 
– ↑ área → ↑ populações → ↓ risco extinções 
– ↑ área → ↑ heterogeneidade → ↑ nichos disponíveis 
 
↑ heterogeneidade amb. → ↑diversid. de recursos 
↓ 
↑ diversid. de nichos = diversidade de espécies 
 
Padrões de diversidade 
↑ produtividade → ↑diversidade de espécies? 
 
Não necessariamente = paradoxo da produtividade 
Espécies melhores competidoras dominam: 
Exclusão competitiva 
Padrões de diversidade 
 
Numa região a diversidade parece ser influênciada pela 
complexidade estrutural dos habitats locais. 
Países megadiversos 
Países megadiversos Hotspots de Biodiversidade

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