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a adolescencia para Piaget

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8ª. aula
A ADOLESCÊNCIA PARA PIAGET.
Comparado a uma criança, o adolescente é um indivíduo que constrói sistemas e “teorias”. A criança, antes, pensava concretamente sobre cada problema à medida que a realidade os propõe e não liga às soluções por teorias gerais, das quais se destacaria a princípio. O adolescente se interessa por interesses inatuais, por elementos fora do seu dia-a-dia. As operações concretas da segunda infância dão lugar ao pensamento lógico formal ou hipotético dedutivo.
Crianças de nove a dez anos têm problemas em responder à questão: “Edith tem os cabelos mais escuros que Lili. Edith é mais clara que Suzana. Qual das três tem o cabelo mais escuro?”
A partir dos 11 ou 12 anos, as três personagens passam a se tornar personagens fictícios, hipóteses.
O pensamento formal é, portanto, “hipotético-dedutivo”, isto é, capaz de deduzir as conclusões de puras hipóteses e não somente através de uma observação real. Suas conclusões são válidas, mesmo independentemente da realidade de fato, sendo por isto que esta forma de pensamento envolve uma dificuldade e um trabalho mental muito maiores que o pensamento concreto. 
O pensamento concreto é a representação de uma ação possível, e o formal é a representação de ações possíveis. 
Uma novidade essencial que opõe a adolescência à infância: a livre atividade da reflexão espontânea. 
Há um egocentrismo intelectual no adolescente, comparável ao do lactente que assimila o universo e a sua atividade corporal, como da primeira infância, que assimila as coisas ao universo formal. O egocentrismo adolescente consiste na crença na onipotência da reflexão, como se o mundo devesse submeter-se aos sistemas e não estes à realidade. 
O equilíbrio surgirá quando a reflexão compreender que esta função não é contradizer, mas sim, se adiantar e interpretar a experiência. 
B- A afetividade da personalidade no mundo social dos adultos
O “eu”é um dado primitivo. É como se fosse o centro da atividade própria, caracterizando-se, precisamente, por seu egocentrismo, inconsciente ou consciente. A personalidade resulta da auto-submissão do eu a uma disciplina qualquer. Um homem que se diz com personalidade forte é aquele que encarna um ideal ou defende uma causa empregando toda a sua energia e vontade. Mas a Personalidade também dependerá da cooperação. 
A personalidade começa no fim da infância com a organização autônoma das regras, dos valores e a afirmação da vontade.Há na personalidade a sua subordinação a um sistema único que integra o eu de modo particular. Existe um “sistema pessoal”, no sentido de ser particular a um determinado indivíduo e de implicar uma coordenação autônoma. Esse sistema, pois, carecerá do pensamento formal e das construções reflexivas. Existe personalidade a quando se forma um “programa de vida”. Tal plano requer a intervenção do pensamento e da reflexão livres. 
Todo o desequilíbrio que a personalidade sofrer nesse processo a centralizará de novo sobre ela própria. 
O adolescente coloca-se em igualdade com os adultos, mas sentindo-se outro, diferente deles, pela nova vida. Quer, pois, ultrapassá-los e espantá-los, transformando o mundo. Isso explica as oscilações de altruísmos e sentimentos generosos com fervor místico e megalomania e egocentrismo consciente.
As sociedades dos adolescentes, são sociedades de discussão: a dois, ou em pequenos cenáculos, o mundo é reconstruído em comum, sobretudo através de discursos sem fim, que combatem o mundo real. 
A adaptação à realidade surgirá quando o adolescente passar de reformador para realizador

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