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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Departamento De Física Teórica e Experimental FIS0315 – Física Experimental I ( 5N123 ) Docente: Edimilson Félix Da Silva 7ª Atividade: Momento de Inércia de Um Disco e Conservação. Discentes: FRANCISCO LEANDRO DA CRUZ GABRIEL MORAIS RODRIGUES NATAL/ RN 6 de novembro de 2018 INTRODUÇÃO Na 7ª atividade realizada no laboratório de Física Experimental I, analisaremos o (Momento de inércia de um disco e a conservação de energia), e como aparato teórico utilizamos os capítulos sobre Conservação de Energia, Torque, Momento de Inércia e Momento Angular do nosso livro texto (Referencia 1). Entendido estes conceitos iremos determinar o (Momento de Inércia Ig) de um disco por considerações geométricas, e o Ig será dado através da integral, , a qual aplicada ao disco em questão resulta na (Equação 1): Onde: M será a massa, R será o raio e Ig o momento de inércia como foi citado anteriormente. Com base na (Equação 1), usaremos para está atividade os seguintes dados: M = 1317 g e R = 12,25 cm, para determinar Ig teórico, este valor servira para que ao final possamos comparar os resultados experimentais com o teórico. Para analisarmos a (Conservação da Energia), iremos considerar dois casos, o primeiro será o caso em que nós não levaremos em consideração o atrito (ISA), o segundo caso será considerado o atrito (ICA), para cada caso teremos uma equação especifica que veremos a seguir na fundamentação teórica. FUNDAMENTOS TEÓRICOS O momento de inércia do disco pode ser determinado experimentalmente a partir de considerações sobre a Lei de Conservação da Energia. No momento de inércia sem levar em consideração o atrito (ISA), Na situação experimental proposta na presente atividade temos um pequeno cilindro de raio r = 2,24 cm, concêntrico ao disco e ligado a este. Em torno desse cilindro se enrola um barbante em cuja extremidade está preso o porta-peso de massa m = 10g. O aparato é montado de forma a permitir que o porta-peso caia de uma altura h. Durante este trajeto a tração do fio fará o disco M girar. Depois de solto, o porta-peso ganhará velocidade atingindo uma velocidade final V1 no instante em que se desprende do disco. O disco M continuará a girar até parar. No instante inicial, toda energia do sistema disco + porta - peso estará na forma de energia potencial gravitacional do porta-peso, dada por mgh. Portanto Ei = mgh. À medida que o porta-peso cai, a energia potencial gravitacional inicial vai se transformando em energia cinética de rotação do disco e energia cinética de translação do porta-peso. No exato momento em que o porta-peso se desprende do disco, ele terá percorrido uma altura h e a sua energia potencial gravitacional inicial terá sido transformada. O porta-peso estará com velocidade final V1, e o disco, cujo momento de inércia (ISA) queremos determinar, estará girando a uma velocidade angular w1. Escrevendo o balanço de energia na forma de equação tem-se: Note que na equação acima são conhecidas a altura h e a massa m. A velocidade final V1, pode ser determinada supondo que o movimento do porta-peso se faça com aceleração constante a ser determinada. Chamaremos de ∆t1 o tempo de queda do porta-peso. A sigla SA no momento de inércia (ISA) se refere ao fato de nesse caso não estarmos realizando considerações a respeito do atrito. Uma equação pode ser criada exclusivamente em função de m, g, h e V1, que será dada como (Equação 3), esta equação nada mas é do que uma relação matemática com a (Equação 2). Aplicação do conceito de conservação de energia na determinação experimental do Momento de Inércia considerando-se o atrito (ICA). As Equações 2 e 3 não levam em conta a energia transformada pela presença do atrito no eixo durante o tempo de queda ∆t1. Mas, na realidade, a energia potencial gravitacional inicial é transformada em energia cinética de rotação, energia cinética de translação e energia interna do eixo e do disco devido à presença do atrito no contato do disco com o eixo. Para se levar em consideração tal transformação de energia, devemos adicionar um termo a mais na (Equação 2): onde ∆t1 = t1 – 0 (Equação 5), sendo 0 o instante inicial, e t1 o instante em que o fio se desprende do disco. Na (Equação 4), o termo p∆t1 representa a energia transformada durante o intervalo de tempo ∆t1 devido à presença do atrito. Desse modo, p representa essa energia transformada por unidade de tempo. É, então, uma potência que, multiplicada pelo intervalo de tempo ∆t1, indica a energia transformada em energia interna do sistema naquele intervalo. Na (Equação 4) temos agora, portanto, duas incógnitas (ICA e p). Para resolvê-la precisaremos, então, de outra equação. Esta segunda equação independente pode ser obtida a partir de considerações acerca do balanço de energia entre dois instantes. O primeiro instante que nos interessa é justamente t1, o qual corresponde ao momento em que o porta-peso se desprendeu do disco M. Outro instante significativo corresponde ao exato momento t2 em que o disco M para de girar. Medindo o intervalo decorrente entre esses dois instantes, isto é, t2 - t1, teremos condições de determinar ICA. Chamaremos de ∆t2 esse segundo intervalo. No instante t1 em que o porta-peso se desprende do disco M, a energia cinética de rotação do mesmo é dada por . Se ao final do intervalo de tempo ∆t2 o disco deixa de girar, isto significa que toda a energia cinética de rotação passou para energia interna do disco e do eixo, devido à existência de atrito entre o disco e o eixo de rotação. Essa energia será quantificada como p∆t1. Portanto, a segunda equação que procuramos será dada por: Onde ∆t2 = t2 – t1 (Equação 7), sendo t1 o instante em que o fio se desprende do disco e t2 o instante em que o disco para de girar. A partir das Equações 4 e 6 podemos criar uma terceira equação exclusivamente em função de m, r, g, h, V1, ∆t1 e ∆t2 para ICA. Ao compararmos as expressões obtidas para ICA e ISA podemos reescrever as equações em função de ISA, ∆t1 e ∆t2, e com isso obtemos a (Equação 9). Note, portanto, que a diferença matemática entre os dois momentos de inércia está num “fator de correção” que envolve esses dois intervalos de tempo. Depois desse estudo teórico e sabendo o que iremos medir, podemos então passar para a execução do procedimento experimental. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Materiais utilizados para realização da atividade ilustrados na (figura 1). Disco de massa e raios conhecidos. Digitalizador / contador cobra 3. Sensor Phywe. Polia dentada. Porta-peso. Barbante (linha). Fios diversos e computador. A principio iremos determinar a altura de queda do porta-peso dada como (h) e a velocidade final (V1), e para isso iremos analisar as Equações 3 e 8, pois serão estas equações que utilizaremos para calcular o momento de inércia do disco, seja considerando o atrito ou não, com essa analise nota-se que as grandezas m, r e g são supostas conhecidas. As demais grandezas, h, t1, t2 e V1 serão medidas experimentalmente, observe que a exceção de V1 todas as demais medidas serão medidas diretas. Observe a figura 2, nela esta representada o esquema do nosso experimento: Com o porta-peso preso ao barbante iremos prendê-lo ao cilindro do disco, em seguida o barbante devera passar pela polia dentada, já presa ao sensor, a massa do porta peso ira se encarregar de realizar a tração necessária para colocar o disco em movimento, a partir do momento em que o porta-peso for solto o programa devera ser iniciado. O sensor ira calcular a altura h e o tempo inicial ate o momento de parada do disco. Ao parar o disco o programa nos dará o gráfico da queda do corpo m, como veremos a seguir: Neste gráfico vemos duas regiões bem distintas, a primeira região corresponde ao intervalo de tempo∆t1 durante o qual o fio se desenrolava e o porta-peso percorria a altura h. Nesta região, o deslocamento da massa é crescente e supostamente realizado sob aceleração constante. A outra região do gráfico se inicia no instante em que o fio se desprende isto é em t1, e termina quando o disco M para de girar, ou seja em t2. Feito esta analise do gráfico teremos dados suficientes para determinar V1, isto e a velocidade final do porta-peso, que se refere ao momento em que ele deixou de puxar o disco no instante t1, ou seja iremos utilizar os dados de 0 até t1, com isso teremos como aplicar as Equações 3 e 8. ANÁLISE DOS RESULTADOS A partir da analise dos dados do gráfico poderemos criar a (Tabela 1): Tabela 1 h 0,686 m t1 16,5 s t2 217,0 s ∆t1 16,5 - 0 s ∆t2 217,0 - 16,5 s m (massa do porta-peso) 10,0 g M (massa do disco) 1317,0 g r (raio do cilindro) 2,24 cm R (raio do disco) 12,25 cm g (aceleração da gravidade) 9,81 m/s² Para determinar V1, sabemos que, se um corpo de massa m cai com aceleração constante, a seguinte expressão e valida: Portanto se tivermos a velocidade inicial V0, a aceleração a e o tempo t1 podemos facilmente calcular a velocidade que nos interessa. Para obter V0 e a, usaremos os dados de espaço e tempo para construir o (Gráfico 2), gráfico do tipo s versus t. Com isso podemos determinar o valo V1 = 0,04 m/s. Agora já temos todos os dados necessários para realizar a comparação entre o momento de inércia teórico, sem atrito e com atrito, então criaremos e responderemos a (tabela 3), com os valores do momento de inércia e o erro percentual para cada um deles em função do momento teórico, para que possamos obter nossa conclusão final. A equação para o erro percentual será dada a seguir: Tabela 3 Momento de Inércia Valores (kg.m²) Erros Percentuais ISA (sem perdas) 124,6 26,11% ICA (com perdas) 125,35 26,87% Ig (teórico) 98,8 - CONCLUSÃO Ao analisarmos a tabela veremos que os resultados com atrito e sem atrito estão muito próximos assim com erro percentual, com base nestes resultados posso concluir que os resultados estão coerentes com o que nos foi proposto na atividade. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERENCIA 1- HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física: Mecânica. v. 1. 9ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. REFERENCIA 2 - YOUNG, Hugh; FREEDMAN, Roger. Física I: Mecânica. 12² ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. REFERENCIA 3 - TIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene. Física para Cientistas e Engenheiros: Mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica. v. 1. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. REFERENCIA 4 – Roteiro de Experimentos Física Experimental I, departamento de física teórica e experimental; Mario Takeya, José A. M. Moreira, 2010.
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