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3 1 CONCEITOS 1.1 RENDIMENTOS Para se dizer se uma bomba é eficiente há uma mensuração através do seu rendimento. O motor fornece uma quantia de energia para o funcionamento da bomba, porém devido as suas perdas de processo a energia aproveitável é menor que a fornecida e o resultado disto pode ser calculado com o rendimento do equipamento. (MENEZES, 2016). Ainda segundo Menezes (2016) há três tipos de rendimentos a serem considerados: Mecânico, hidráulico e volumétrico. 1.1.1 Rendimento Mecânico Tem relação com a potência utilizada para acionamento da bomba e a potência que se dissipa por atrito de seus componentes (rolamentos, elementos de vedação, buchas) e também pelo fluído que é bombeado. (BRASIL, 2010). Sendo calculado pela seguinte equação: 𝑁𝑚 = 𝑁 − ∆𝑛 𝑁 Onde: Nm= Rendimento mecânico; N= Potência necessária para acionamento; Δn= Potência dissipada nos componentes mecânicos da bomba. (BRASIL, 2010). 1.1.2 Rendimento Hidráulico Relaciona as energias específicas, cedidas e realmente recebidas que por sua vez ao final, representam as percas hidráulicas da bomba em seu interior (rotor).É importante lembrar que também tem relação com o acabamento das paredes internas da carcaça do equipamento, assim como o do rotor. (BRASIL, 4 2010). A sua representação é feito por meio da equação: 𝑁ℎ = 𝐻𝑚𝑎𝑛 𝐻𝑑𝑡 Onde: Nh= Rendimento hidráulico; Hman= Energia recebida por 1kg de fluído que atravessa a bomba; Hdt= energia cedida a cada 1kg de fluído que atravessa a bomba. (BRASIL, 2010). 1.1.3 Rendimento Volumétrico Com as folgas dos componentes da bomba há nesses espações uma vazão de recirculação, logo para se obter uma vazão volumétrica Q, na verdade deve-se considerar uma vazão Q + q. (BRASIL, 2010). Então: 𝑁𝑣 = 𝑄 𝑄 + 𝑞 Onde: Nv = Rendimento volumétrico; Q= Vazão dissipada (recalcada) da bomba; q= recirculação por vazamentos ocasionados pelas folgas do equipamento. (BRASIL, 2010). 1.2 ALTURA MANOMÉTRICA Altura manométrica de um sistema pode ser descrito como uma quantidade de energia absorvida por 1 kg de fluído que passa pela bomba, sendo esta energia o mínimo necessária para vencer os desníveis, diferenças de pressão entre 2 ou mais reservatórios e das paredes das tubulações e acessórios instalados ao equipamento. (BRASIL, 2010). A figura 1 abaixo mostra uma representação complementar para a melhor visualização do texto acima: 5 Figura 1 - Representação em figura da altura manométrica Fonte: Adaptado de DEMEC (2010) Esta altura pode ser dada a partir da equação: 𝐻𝑚𝑎𝑛 = 𝐻0 + 𝑃𝑟 + 𝑃𝑎 𝛾 + ∆𝐻 Sendo: Hman= Altura manométrica (em m); H0= Altura geográfica (em m); Pr= Pressão do reservatório de recalque (em kg/ m²); Pa= Pressão no reservatório de sucção (em kg/ m²); 𝛾= Peso específico do fluído (em kg/ m³); ΔH= Perda de carga nas tubulações e acessórios (em m). (BRASIL, 2010). 1.3 NPSH NPSH (termo oriundo do idioma inglês que significa Net Positive Suction Head, para o português altura positiva líquida de sucção) é a diferença de pressão de entrada da entrada do rotor e a pressão de vaporização do fluído, pressão essa necessária para evitar a cavitação e por sua vez a falha da bomba. (ALEIXO, 2015). Afim de buscar o melhor funcionamento das bombas, é necessário realizar o cálculo NPSH da instalação e assegurar que este seja maior que o NPSH 6 requerido pelo sistema. Para calcular este NPSH existem duas equações: uma para aspiração negativa e uma para aspiração positiva. Aspiração negativa: 𝑁𝑃𝑆𝐻 = 𝑝𝑒 + 𝑃𝑣 − 𝑃𝑏 (𝑟. 𝑔) + ( 𝑣𝑒2 2𝑔 − 𝐻𝑙,𝑠 − 𝐻𝑠𝑔𝑒𝑜 ± 𝑠′ ) Onde: Pe= Pressão no tanque de aspiração; Pv= Pressão de vaporização do fluído; Pb= Pressão atmosférica; Ve= Velocidade de escoamento; HL,s= Soma das perdas de carga na aspiração; Hsgeo= Desnível geométrico; s’= Cota de referência da bomba quando a instalação é vertical; r= Densidade do fluído ; g= Constante gravitacional. Já para uma instalação com aspiração positiva, temos a equação: 𝑁𝑃𝑆𝐻 = 𝑝𝑒 + 𝑃𝑏 − 𝑃𝑣 (𝑟. 𝑔) + ( 𝑣𝑒2 2𝑔 − 𝐻𝑙,𝑠 − 𝐻𝑧𝑔𝑒𝑜 ± 𝑠′ ) Basicamente o que mudou da primeira para segunda equação foi a inversão da soma das pressões que antes eram pressão no tanque + pressão de vaporização e agora, tem-se a soma da pressão no tanque + pressão atmosférica. (ALEIXO, 2015). 1.4 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS Como o próprio nome já diz, a associação de bombas trata-se da utilização de 2 ou mais bombas para um determinado local de aplicação onde somente um equipamento (seja por questões físicas ou de custo) não conseguem suprir a necessidade de bombeamento. Basicamente existem dois tipos de associação de bombas: em série e paralelo. (ANDRADE, 2015). 7 1.4.1 Associação em série: Empregado quando há grande variedade na altura manométrica de elevação, pois assim podem ser obtidos ganhos tanto técnicos como econômicos. (ANDRADE, 2015). Características: A vazão não sofre alteração; A pressão sofre elevação assim que passa por cada equipamento. (ANDRADE, 2015). 1.4.2 Associação em paralelo: Empregado quando se tem necessidade da variação de vazão. Em segundo plano, a aplicação deste tipo de associação permitirá a vantagem de operação, pois em caso de falha de um dos componentes, ainda há outro suprindo o processo paralelamente. (ANDRADE, 2015). Características: A vazão é alterada; A pressão sofre aumento; A altura manométrica se mantém constante. (ANDRADE, 2015). 1.5 CURVAS CARACTERÍSTICAS DE BOMBAS As curvas características das bombas são uma série de diagramas que representam o comportamento real de uma bomba relacionando grandezas que caracterizam o seu funcionamento. (MULLER, 2014). Principais curvas de bombas: Altura manométrica x Vazão; Potência x Vazão; Rendimento x Vazão; NPSH requerido x Vazão. Através das correlações das grandezas requeridas, podem ser selecionadas as bombas conforme as necessidades. Importante ressaltar que as 8 curvas são constituídas para uma certa velocidade constante e uma determinada série de diâmetros dos rotores (onde são escolhidos os modelos ideais). (MULLER, 2014). 9 REFERÊNCIAS ALEIXO, N. Cavitação em bombas centrífugas. KSB bombas, 2015. Disponível em: <https://www.ksb.com/ksb-pt/Informacoes_tecnicas-noticias_ch/Arquivo/2015- info-tecnicas-e-noticias/cavitacao-em-bombas-centrifugas/177256/>. Acesso em: 23 agosto 2018. ANDRADE, A. S. de. Associação de bombas centrífugas. DEMEC- UFPR- Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Paraná, 2015. Disponível em: <http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM120/APOSTILA_MH/AT087- Aula06_ASSOC.PARALELO.PDF/>. Acesso em: 23 agosto 2018. BRASIL, A. N. Máquinas hidráulicas de fluxo. DEMEC- UFPR- Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Paraná, 2010. Disponível em: <http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM120/APOSTILA_MH/capitulo4_bombascentrif ugas-4.pdf/>. Acesso em: 23 agosto 2018. MENEZES, E. Potencia absorvida e rendimento. Bombas e manutenção, 2016.Disponível em: <http://bombasemanutencao.blogspot.com/2016/07/potencia- absorvida-e-rendimento.html/>. Acesso em: 23 agosto 2018. MULLER, J. M. Bombas: Curvas características. UFSC-Universidade Federal de Santa Catarina, 2014. Disponível em: <https://moodle.ufsc.br/mod/resource/view.php?id=752373/>.Acesso em: 23 agosto 2018.
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