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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CIV 271 - HIDRÁULICA AULA PRÁTICA III Bombas Centrífugas e suas curvas características Docente: Prof. Dr. Gilberto Queiroz Discentes: Ana Gabriela de Castro Daniella Nascimento Gabriel Meneses Manoela Rioga Ouro Preto 2019 Turma: 21 - Grupo: D Discentes: Ana Gabriela Pena de Castro ________________________________ Daniella Aurora do Nascimento ________________________________ Gabriel de Oliveira Meneses ________________________________ Manoela Xavier Rioga ________________________________ Ouro Preto 2019 1.1 Introdução Como visto anteriormente, as bombas são máquinas hidráulicas que tem capacidade de introduzir energia a um escoamento, isto é, são máquinas que recebem energia potencial e transformam parte desta potência em energia cinética e de pressão, cedendo essas energias ao fluído a ser bombeado. Esse fluído, na Hidráulica, será a água, que é recirculada e transportada de um ponto a outro, desta forma, sempre indicando o uso de bombas hidráulicas quando há a necessidade de aumentar a pressão, sua velocidade de um escoamento, ou ambas. Existem dois tipos de bombas principais, que variam de acordo a necessidade, e se subdividem em algumas outras, sendo elas: bombas volumétricas ou as turbobombas (bombas hidrodinâmicas), também chamadas de bombas centrífugas, como detalha a figura a seguir: Figura 1: Tipos de bombas. Fonte: Bombas Hidráulicas, UFPR, 2006. Conforme foi destacado na imagem acima, as bombas centrífugas serão o objeto de estudo neste trabalho. 1.2 Objetivos Através da parte teórica dada em sala, observar e conhecer os principais tipos de bombas hidráulicas e funcionamento das bombas centrífugas. Por experimentações, obter parâmetros do ponto de operação nas curvas de altura manométrica e relacionar com a vazão; relacionar a potência útil com a vazão; relacionar a potência mecânica com a vazão; relacionar a potência elétrica com a vazão; e relacionar também, o rendimento e a vazão da bomba centrífuga. 1.3 Fundamentação Teórica As bombas centrífugas, como descrito na figura abaixo, funcionam de forma a movimentar o fluido através das forças que se desenvolvem em sua massa devido a rotação de um eixo que possui acoplado um rotor, que irá receber o fluido pelo seu centro e o expulsar em sua periferia, por meio da ação da força centrífuga. Figura 2: Esquema de bomba centrífuga. Fonte: Bombas Hidráulicas, UFPR, 2006.. Dentre as informações pertinentes a se conhecer sobre o funcionamento de uma bomba, tem-se algumas como a vazão a ser recalcada. O cálculo da vazão está relacionado a algumas outras variáveis como diferença de pressão, demanda necessária, jornada, dentre outras. Para os cálculos que serão realizados, a vazão será dada por: 0, 6977 ( )Q = 2 ρ Δp 0,4927 Além da altura manométrica , que associada à vazão em [m³/h] possibilita realizar manH a escolha da bomba que melhor irá atender ao sistema avaliado. A altura manométrica pode ser definida segundo DJALMA (1999, p. 31) “A quantidade de energia que deve ser absorvida 1 kg de fluido que atravessa a bomba, a diferença de pressão entre os dois reservatórios e a resistência natural que as tubulações e acessórios oferecem ao escoamento dos fluidos (perda de carga).” Sendo calculada na situação presente da seguinte forma: man yH = M − V + Onde: M = γ P2 − γ Patm V = γ Patm − γ P1 y = ho (altura geométrica) Outras informações também se fazem importantes ao estudar um sistema elevatório. Como a potência hidráulica (W) dada por: manW = ρ × Q × g × H 1.4 Procedimentos Figura 3: Esquema da montagem da bancada experimental. Fonte: Autoria dos Alunos, 2019. Os equipamentos usados foram: a bomba Centrífuga, balança, trena, tacômetro, termômetro, motor elétrico, vacuômetro, voltímetro, amperímetro, manômetro, reservatório de água e tubulação PVC. Inicialmente foi verificado o funcionamento da bomba, após o escorvamento dela. Com a bomba ainda desligada, tarou-se a balança e foi ajustado o contrapeso do braço de alavanca de forma a equilibrar o sistema, de maneira que a força exercida no prato foi zero. Mediu-se e foi anotado o braço de alavanca. Após fechamento do registro de recalque, a bomba foi ligada, segurando sempre com cuidado, o braço da alavanca, de forma a evitar golpear o prato da balança. Em seguida, foi feito a leitura da voltagem no voltímetro, da corrente no amperímetro, da força na balança, da velocidade angular no tacômetro, da pressão de recalque, da pressão de sucção no mano-vacuômetro e das alturas no manômetro do medidor de vazão. Aumentou-se a vazão, que modificou o registro de recalque. Aguardou então que o regime ficasse permanente e novamente foram feitas leituras das medidas comentadas anteriormente. Foram feitas 5 medições possíveis desde a vazão nula, até a vazão máxima da bomba para posteriores cálculos. 1.6 Resultados e Análises As leituras realizadas permitem a formulação de gráficos, utilizando os resultados obtidos acima, para uma melhor visualização, o que também torna possível uma melhor análise dos mesmos. As curvas características retratam o comportamento da bomba, mostrando a relação de interdependência entre as grandezas que caracterizam seu funcionamento. A variação de vazão realizada no experimento ocorre pela variação da abertura do registro de recalque, já que numa instalação de bombeamento, pode haver a necessidade de variar a vazão para atender o consumo. Essa correlação permite algumas afirmações como a variação do valor da altura manométrica e o efeito nos valores das potências (útil, do eixo, elétrica) e do rendimento total e da bomba. Gráfico 1: Altura Manométrica x Vazão A diminuição da altura manométrica ocorre porque ao longo do escoamento, o fluido não necessita mais de energia para vencer o desnível da instalação, isto é, menor será a quantidade de energia que deve ser absorvida por um quilograma (kg) de fluido que atravessa a bomba. Com isso, nota-se o crescimento do rendimento, total e da bomba, pois estes dependem da altura manométrica, que quanto menor for - como abordado anteriormente - maior será o rendimento. Esse aspecto da curva que representa Rendimento x Vazão, mostra que a bomba centrífuga é mais adequada para trabalhar em instalações onde há variação da vazão, como no caso deste experimento. Gráfico 2: Rendimento da Bomba x Vazão Gráfico 3: Rendimento do Motor x Vazão Além disso, também é notável o crescimento das potências. O aumento da potência útil associa-se ao aumento da vazão; o aumento da potência do eixo está relacionado ao braço de alavanca, ao número de voltas, a força dele e, assim, ao torque; e, por fim, o aumento da potência elétrica está ligado ao aumento da corrente elétrica durante o aumento da vazão. As bombas centrífugas precisam de atenção quando há um aumento da vazão e uma diminuição da altura manométrica, como neste caso, pois conforme as curvas mostram, maior será a potência necessáriaao acionamento, a ponto de sobrecarregar o motor. Gráfico 4: Potência Útil x Vazão Gráfico 5: Potência no eixo x Vazão Gráfico 6: Potência Elétrica x Vazão 1.7. Conclusão Após a realização dos procedimentos e, posteriormente, dos cálculos, a análise dos resultados obtidos permitiu relacioná-los entre si e entre as fundamentações teóricas discutidas ao longo do trabalho e em sala de aula. Dessa forma, através desta análise das curvas características, dos gráficos e da planilha de resultados, conclui-se que a presença da bomba no sistema hidráulico, juntamente com o aumento da vazão, provocam uma diminuição na altura manométrica e um aumento nas potências (útil, do eixo, elétrica) e, consequentemente, no rendimento total e da bomba. Sendo assim, conhecendo todos os fatores e variáveis envolvidos no sistema elevatório, torna-se possível a escolha adequada da bomba. 1.8. Bibliografia DA SILVA, Gilberto Queiroz. Lições de Hidráulica Geral. Ouro Preto, 2015. (Apostila) PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica Básica. São Paulo, 2006. AMANTHEA, Nelson. Bombas Hidráulicas. Junho, 2006. Disponível em: http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM120/APOSTILA_MH/bombas_hidraulicas-1.pdf. Acesso em: 26 nov. 2019. (Apostila)