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Alterações inflamatórias do colo de útero e vagina


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Alterações inflamatórias do colo de útero e vagina
Anderson Wilbur Lopes Andrade
É a resposta dos tecidos às lesões ocasionadas por vários agentes tais como: 
Inflamação
bactérias, vírus, parasitas, trauma, reações químicas, calor, frio ou radiações.
Resposta Inflamatória Normal 
processo agudo, que sofre resolução após a remoção do estímulo desencadeante.
Inflamação
Consiste em uma complexa rede de respostas à lesão tecidual e infecção, caracterizada pelos sinais clínicos:
Podem ser:
Inflamação
Agudo
Crônico
Processos inflamatórios podem ser reconhecidos nos esfregaços cérvico-vaginais.
Caracteriza-se pela formação de novos capilares e migração de leucócitos polimorfonucleares para dentro do local lesado.
Inflamação Aguda
A inflamação crônica é um estado patológico caracterizado pela resposta contínua e inapropriada do sistema imune a um estímulo inflamatório.
Inflamação Crônica
Caracteriza-se pela presença de linfócitos e macrófagos e proliferação de fibroblastos. 
Os processos inflamatórios crônicos também ocasionam modificações importantes nas estruturas tais como
Hiperplasia
Metaplasia
Reparação
Inflamação Crônica
Alterações Histológicas das Estruturas Epiteliais 
 Reações Inflamatórias
Citologia das Lesões Inflamatórias
Representadas nos esfregaços por um exsudato inflamatório composto por
Leucócitos
Macrófagos
Detritos (evidência necrose celular)
 Reações Inflamatórias
Citologia das Lesões Inflamatórias
Neutrófilos Polimorfonucleares – presente em grande número e agrupados.
Linfócitos – mais comum na Inflamação Crônica.
Macrofágos – com pigmento sanguineo (hemossiderina) – indicador de hemorragia crônica.
 Reações Inflamatórias
Citologia das Lesões Inflamatórias
Eritrócitos – comum - tecidos lesados sangram facilmente.
Em algumas situações, tal presença é exagerada, a ponto de recobrir todo o esfregaço – Esfregaço Inadequado.
 Reações Inflamatórias
Citologia das Lesões Inflamatórias
Na vigência de um estado inflamatório – a análise das células epiteliais presentes em um esfregaço pode ser bastante difícil.
Nos esfregaços inflamatórios, as células escamosas podem apresentar núcleos discretamente aumentados de tamanho e de contorno irregulares ou com cromatina condensada.
 Reações Inflamatórias
Citologia das Lesões Inflamatórias
Caso o aumento do volume nuclear seja evidente, porém permaneça restrito a poucas células escamosas, esses elementos celulares poderão merecer de:
“Células Escamosas Atípicas de significado Indeterminado” - ASCUS
 Reações Inflamatórias
Citologia das Lesões Inflamatórias
O citoplasma pode conter vacúolos de tamanho e números variáveis que apontam para lesão celular.
Em alguns casos, os eventos inflamatórios destroem o citoplasma, deixando apenas núcleos nus, os quais assumem um padrão semelhantes ao da citólise.
 Reações Inflamatórias
Citologia das Lesões Inflamatórias
Regra Geral
Relação Núcleo-Citoplasma e a Cromatina – nos estados inflamatórios não se encontram muito alterados, exceto às áreas de reparação e metaplasia.
 Hiperplasia de células basais do epitélio escamoso
Hiperplasia De Células Basais
Facilmente observado em biopsias cervicais;
Nos cortes teciduais existe um aumento do número de camadas das células basais;
Acima das células – observa-se a maturação convencional do epitélio.
 Hiperplasia de células de reserva da JEC
Hiperplasia De Células Basais
É a primeira etapa da metaplasia escamosa.
Nos cortes histológicos é possível identificar várias camadas de pequenas células de reserva sob o epitélio cilíndrico
 Hiperplasia de células de reserva da JEC
Hiperplasia De Células Basais
A hiperplasia das células de reserva pode ser observada nas amostras citológicas coletadas com escovas endocervicais.
As células de reserva também dão origem aos carcinomas de pequenas células.
 Reação de Reparação
Reparação
A destruição focal do epitélio cervical desencadeia uma Reação de Reparação.
As causas dessa lesão epitelial inclui:
Biópsias;
Cauterização;
Radioterapia;
Inflamações Agudas e Crônica.
 Reação de Reparação
Reparação
A lesão epitelial gera uma reação inflamatória no estroma subjacente, que se caracteriza pela invasão dos tecidos por leucócitos polimorfonucleares, isso após a proliferação de novos capilares, acompanhados por linfócitos e macrófagos.
 Reação de Reparação
Reparação
A reparação do epitélio escamoso tem início com a proliferação das células
Basais na periferia lesada, processo esse que progride até recobrir toda a superfície comprometida.
 Reação de Reparação
Reparação
Os núcleos das células epiteliais jovens são relativamente grandes e hipercromáticos.
A atividade mitótica pode ser intensa.
No epitélio escamoso pode-se observar queratinização anomala.
 Reação de Reparação
Reparação
As alterações celulares refletem o rápido crescimento e a acelerada síntese de proteínas, ambos são necessários para a reparação.
 Reação de Reparação
Reparação
As células escamosas metaplásicas podem formar grandes lâminas achatadas.
Os núcleos são grandes e de tamanhos variáveis.
Apresentam cromatina de padrão granulado.
Citoplasma basofílico, por vezes vacuolizado.
 Reação de Reparação
Reparação
Em geral, as células neoplásicas formam agrupamentos com múltiplas camadas.
O diagnóstico diferencial entre a reparação e lesões neoplásicas intra-epiteliais de alto grau ou adernocarcinoma, costumam ser difícil.
 Metaplasia Escamosa Atípica da Endocérvice
Metaplasia Escamosa
Atípica
Pode ser disseminada nos estados inflamatórios crônicos (cervicite crônica).
Pode ser intensificada por uma processo inflamatório.
 Metaplasia Escamosa Atípica da Endocérvice
Metaplasia Escamosa
Atípica
Nos esfregaços, a diferenciação entre metaplasia atípica e metaplasia florida que acompanha a reparação, pode ser extremamente difícil e subjetiva.
 Metaplasia Escamosa Atípica da Endocérvice
Metaplasia Escamosa
Atípica
Diagnóstico – é estabelecido quando o tamanho dos núcleos das células metaplásicas está bastante aumentado.
A cromatina pode estar distribuída de forma grosseiramente granulada.
 Metaplasia Escamosa Atípica da Endocérvice
Metaplasia Escamosa
Atípica
A colposcopia e o seguimento adequado dessas mulheres são altamente recomendáveis na presença de células atípicas – ASCUS.
A biópsia pode ser necessária para o esclarecimento da natureza das anomalias citológicas.
Referências
Golan
Koss
Obrigado!!!