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Resumo Tutela dos Interesses Difusos e Coletivos Aula 09 Direito Ambiental Luiz Antonio

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RF Analista do MPSP 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 Disciplina: Tutela dos Interesses Difusos e Coletivos 
 Professor: Luiz Antônio 
 Aula: 09| Data: 11/09/2018 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
DIREITO AMBIENTAL 
1. Tutela administrativa 
1.1 Sistema Nacional do Meio Ambiente 
1.1.1 CONAMA 
1.2 Instrumentos 
1.2.1 Licenciamento ambiental 
1.2.2 Licenças ambientais 
1.2.3 Estudo ambiental 
 
 
DIREITO AMBIENTAL 
 
1. Tutela administrativa 
 
Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – 6.938/81. 
 
Impacto ambiental – artigo 1º, da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente 01/86. 
 
1.1 Sistema Nacional do Meio Ambiente 
 
Artigo 6, caput, da Lei 6.938/81. 
 
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações 
instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria 
da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio 
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: 
 I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar 
o Presidente da República na formulação da política nacional e nas 
diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos 
ambientais; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990) 
 II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e 
propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas 
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e 
deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões 
compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e 
essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela 
Lei nº 8.028, de 1990) 
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da 
República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e 
controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes 
 
 
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governamentais fixadas para o meio 
ambiente; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990) 
 IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de 
Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a 
finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes 
governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as 
respectivas competências; (Redação dada pela Lei nº 
12.856, de 2013) 
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis 
pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de 
atividades capazes de provocar a degradação 
ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) 
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis 
pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas 
jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
§ 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua 
jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões 
relacionados com o meio ambiente, observados os que forem 
estabelecidos pelo CONAMA. 
§ 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais e 
estaduais, também poderão elaborar as normas mencionadas no 
parágrafo anterior. 
§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste 
artigo deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua 
fundamentação, quando solicitados por pessoa legitimamente 
interessada. 
§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo 
autorizado a criar uma Fundação de apoio técnico científico às 
atividades do IBAMA. (Redação dada pela Lei nº 7.804, 
de 1989) 
 
1.1.1 CONAMA 
 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) – artigo 8º, da referida lei. 
 
Art. 8º Compete ao CONAMA: (Redação dada pela Lei nº 
8.028, de 1990) 
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para 
o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluídoras, a 
ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo 
IBAMA; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) 
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das 
alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos 
públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e 
municipais, bem assim a entidades privadas, as informações 
indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e 
respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa 
 
 
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degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas 
patrimônio nacional. (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990) IV - 
homologar acordos visando à transformação de penalidades 
pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a 
proteção ambiental; (VETADO); 
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou 
restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em 
caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação 
em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de 
crédito; (Redação dada pela Vide Lei nº 7.804, de 1989) 
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de 
controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e 
embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes; 
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à 
manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso 
racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos. 
Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de 
suas funções, o Presidente do Conama. (Incluído pela Lei 
nº 8.028, de 1990) 
 
1.2 Instrumentos 
 
Artigo 9º, da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente. 
 
Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; 
II - o zoneamento ambiental; (Regulamento) 
III - a avaliação de impactos ambientais; 
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou 
potencialmente poluidoras; 
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação 
ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade 
ambiental; 
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo 
Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de 
proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas 
extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) 
 VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; 
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de 
Defesa Ambiental; 
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não 
cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da 
degradação ambiental. 
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser 
divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; (Incluído pela Lei nº 
7.804, de 1989) 
 
 
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XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio 
Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando 
inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
 XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente 
poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos 
ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidãoambiental, seguro ambiental e outros. (Incluído pela Lei 
nº 11.284, de 2006) 
 
 Os incisos I a XII – são instrumentos técnicos; 
 Os incisos XIII – são instrumentos econômicos. 
 
1.2.1 Licenciamento ambiental 
 
É um instrumento técnico da politica nacional do meio ambiente. É um procedimento administrativo, o qual se 
desenvolve em oito fases distintas, correndo em um único órgão ambiental (artigo 13, caput, da Lei 140/11), tendo 
como objetivo, para o empreendedor, tirar a licença ambiental a fim de afastar o crime e a infração administrava 
ambiental. 
 
Para a sociedade e o poder pública, a licença, possui fins de desenvolvimento sustentável, atendendo o princípio 
de prevenção (evitar futuro dano). 
 
Observação: Ter a licença ambiental não afasta a responsabilidade por dano ambiental, mas somente o crime e a 
infração ambiental. 
 
Quando será necessário? – artigo 10, da Lei 6.938/81. 
 
Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de 
estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, 
efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, 
de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento 
ambiental. (Redação dada pela Lei Complementar nº 
140, de 2011) 
§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva 
concessão serão publicados no jornal oficial, bem como em periódico 
regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico de 
comunicação mantido pelo órgão ambiental 
competente. (Redação dada pela Lei Complementar nº 
140, de 2011) 
 
 
 Licenciamento obrigatório – quando se tratar de empreendimento que constar no anexo I, da resolução 
CONAMA, 237/97. É uma atividade vinculada – o poder público não pode dispensar. 
 
Como se faz? – o licenciamento ambiental é um procedimento administrativo, que possui oito fases, previstas no 
artigo 10, da resolução CONAMA 237/97. 
 
 
 
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Art. 10 - O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às 
seguintes etapas: 
I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do 
empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, 
necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à 
licença a ser requerida; 
II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, 
acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais 
pertinentes, dando-se a devida publicidade; 
III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do 
SISNAMA , dos documentos, projetos e estudos ambientais 
apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias; 
IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão 
ambiental competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em 
decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos 
ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração 
da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações 
não tenham sido satisfatórios; 
V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a 
regulamentação pertinente; 
VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão 
ambiental competente, decorrentes de audiências públicas, quando 
couber, podendo haver reiteração da solicitação quando os 
esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios; 
VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer 
jurídico; 
VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a 
devida publicidade. 
§ 1º - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, 
obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que 
o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em 
conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, 
quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a 
outorga para o uso da água, emitidas pelos órgãos competentes. 
§ 2º - No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de 
impacto ambiental - EIA, se verificada a necessidade de nova 
complementação em decorrência de esclarecimentos já prestados, 
conforme incisos IV e VI, o órgão ambiental competente, mediante 
decisão motivada e com a participação do empreendedor, poderá 
formular novo pedido de complementação. 
 
 Focar nas fases 1 e 5 (incisos I e V, do artigo retro); 
 
 A audiência pública, prevista no inciso V, não é obrigatória. A legislação dirá quando a audiência será 
obrigatória. 
 
Onde fazer? – segue-se a Lei Complementar 140/11. Verifica-se: 
 
 
 
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1) Se o licenciamento é federal – a União que fará, por intermédio do IBAMA. Situações em que será realizado: 
artigo 7, inciso XIV, da referida Lei. 
 
Art. 7o São ações administrativas da União: (...) 
XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e 
atividades: 
a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país 
limítrofe; 
b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma 
continental ou na zona econômica exclusiva; 
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; 
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação 
instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental 
(APAs); 
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; 
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos 
termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e 
emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei 
Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; 
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, 
armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que 
utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, 
mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); 
ou 
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a 
partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a 
participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(Conama), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e 
natureza da atividade ou empreendimento; Regulamento (...) 
 
2) Se o licenciamento é municipal – cada munícipio deve ter um órgão municipal capacitado, caso não tenha 
ele não pode fazer o licenciamento – artigo 9, inciso XIV, da Lei Complementar 
 
Art. 9o São ações administrativas dos Municípios: (...) 
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas 
nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das 
atividades ou empreendimentos: 
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, 
conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de 
Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor 
e natureza da atividade; ou 
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, 
exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); (...) 
 
3) Se o licenciamento é estadual – é um licenciamento residual, ou seja, licencia o que não for federal ou 
municipal – artigo 8º, XIV, da Lei Complementar. 
 
Art. 8o São ações administrativas dos Estados: (...) 
 
 
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XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou 
empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou 
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar 
degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7o e 9o; (...) 
 
Observação: Quando o Município não puder realizar o licenciamento, o Estado realizará o licenciamento de forma 
supletiva. Da mesma forma, se o Estado não puder realizar o licenciamento ou o licenciamento supletivo do 
Munícipio, a União realizará o licenciamento supletivo. 
 
1.2.2 Licenças ambientais 
 
Artigo 8º e 18º, da Resolução237/97. São três, as licenças: 
 
a) Licença Prévia – artigo 8º, inciso I, da resolução. O prazo desta licença está previsto no artigo 18º, inciso I, 
da resolução. Não pode passar de 05 (cinco) anos. 
 
b) Licença de Instalação – artigo 8º, inciso II, da resolução O prazo desta licença está previsto no artigo 18º, 
inciso II, da resolução. Não pode passar de 06 (seis) anos. 
 
c) Licença de Operação – artigo 8º, inciso III, da resolução O prazo desta licença está previsto no artigo 18º, 
inciso III, da resolução. Pode ter o prazo de 04 (quatro) a 10 (dez) anos. 
 
Observações: 
 
 Renovação do prazo – artigo 14, §4º, da Lei Complementar 140/11 
 
Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos 
estabelecidos para tramitação dos processos de licenciamento. 
§ 1o As exigências de complementação oriundas da análise do 
empreendimento ou atividade devem ser comunicadas pela 
autoridade licenciadora de uma única vez ao empreendedor, 
ressalvadas aquelas decorrentes de fatos novos. 
§ 2o As exigências de complementação de informações, documentos 
ou estudos feitas pela autoridade licenciadora suspendem o prazo de 
aprovação, que continua a fluir após o seu atendimento integral pelo 
empreendedor. 
§ 3o O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença 
ambiental, não implica emissão tácita nem autoriza a prática de ato 
que dela dependa ou decorra, mas instaura a competência supletiva 
referida no art. 15. 
§ 4o A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com 
antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu 
prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este 
automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão 
ambiental competente. 
 
 A licença ambiental em vigor, pode ser suspensa, alterada e etc – artigo 19, da resolução 237/97 
 
 
 
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Art. 19 – O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, 
poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle 
e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando 
ocorrer: 
I - Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas 
legais. 
II - Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que 
subsidiaram a expedição da licença. 
III - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde. 
 
1.2.3 Estudo ambiental 
 
O estudo ambiental possui a finalidade de avaliar o impacto ambiental que o empreendimento irá causar. Será 
avaliado: 
 
a) Todo licenciamento deverá realizar a avaliação do impacto ambiental (AIA); 
 
b) A avaliação do impacto ambiental somente pode ser realizada com apresentação do estudo ambiental; 
 
c) O estudo ambiental é exigido pelo poder público (órgão ambiental), elaborado e custeado pelo 
empreendedor; 
 
d) O estudo ambiental serve de subsidio para a concessão ou negativa da licença ambiental, sendo certo que 
não é vinculante; 
 
e) O estudo que se exige no licenciamento para o empreendimento que cause significativa degradação 
ambiental é o EIA/RIMA – artigo 225, §1º, da Constituição Federal. Se o empreendimento não causar 
significativa degradação ambiental, o estudo não poderá ser o EIA/RIMA; cada órgão ambiental exigirá os 
estudos pertinentes – cada órgão possui o seu – artigo 3º, da Resolução 237/97. 
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade 
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder 
Público: 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio 
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará 
publicidade; (Regulamento) 
 
Art. 3º- A licença ambiental para empreendimentos e atividades 
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa 
degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto 
ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente 
(EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de 
audiências públicas, quando couber, de acordo com a 
regulamentação. 
 
 
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Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando que a 
atividade ou empreendimento não é potencialmente causador de 
significativa degradação do meio ambiente, definirá os estudos 
ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento.

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