Buscar

OS MECANISMOS DIDÁTICOS QUE FAVORECEM A COMPREENSÃO DO ALUNO NO ENSINO MÉDIO DE QUÍMICA

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS
Curso: Licenciatura Plena em Química 2016.1
OS MECANISMOS DIDÁTICOS QUE FAVORECEM A COMPREENSÃO DO ALUNO NO ENSINO DE CINÉTICA QUÍMICA.
Autor: Matheus Nunes da Rocha
E-mail: matheusnunes253@gmail.com
RESUMO
Hoje em dia, a química tem-se resumido em cálculos matemáticos, memorização de nomenclaturas e fórmulas moleculares, e suas características estão passando despercebidas. Levando em consideração o desenvolvimento do Brasil em questão de educação, é notório o avanço nesse sistema, porém existem competências e disciplinas que apresentam um decaimento no que diz respeito ao bom entendimento do aluno e ao aceitamento das metodologias teóricas utilizadas, o exemplo básico é o ensino de química nas escolas. Atualmente, a qualidade dos componentes curriculares no ensino médio impossibilita o aluno de colocar seu conhecimento em prática e, com os avanços nas tecnologias, o ensino de química se mostra bastante eficiente e necessário. A maior dificuldade dos alunos do ensino médio de química é compreender as transformações que acontecem com a matéria e as condições que as favorecem, que diz respeito a área da físico-química, e isso causa uma certa frustração por parte do aluno que se ver incapaz de absorver o conteúdo. Os desafios para melhorar a compreensão do aluno e promover uma boa formação continuam e, com ela, os avanços no processo didático de caráter docente. O presente trabalho consiste em uma aula prática realizada na Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) de Jaguaruana-CE, afim de promover a compreensão dos alunos sobre as transformações da matéria.
ABSTRACT: 
	Nowadays, chemistry has been summed up in mathematical calculations, memorizing nomenclatures and molecular formulas, and its characteristics are going unnoticed. Taking into account the development of Brazil in education, the progress in this system is well known, but there are skills and disciplines that present a decay regarding the student's good understanding and acceptance of the theoretical methodologies used, the basic example is the teaching chemistry in schools. Nowadays, the quality of curricular components in secondary education makes it impossible for students to put their knowledge into practice and, with advances in technology, teaching chemistry is very efficient and necessary. The greatest difficulty for high school chemistry students is to understand the transformations that occur with the subject and the conditions that favor them, which concerns the area of ​​physics and chemistry, and this causes a certain frustration on the part of the student who finds himself incapable to absorb the content. The challenges to improve students' understanding and promote good training continue and with it, the advances in the didactic process of teaching character. The present work consists of a practical class held in the State School of Professional Education (EEEP) of Jaguaruana-CE, in order to promote students' understanding of the transformations of the subject.
O presente trabalho visa contribuir na compreensão do aluno, no que diz respeito aos conceitos de cinética química, e os fatores que nela influenciam, além de transformar conhecimento em prática, fazendo-o entender o que está acontecendo constantemente em sua volta.
INTRODUÇÃO:
	Quando falamos em aprender, estamos falando da busca de informações que vão virar conhecimento, desenvolver habilidades e aplica-las no cotidiano. O aprendizado é produto da prática e da experiência e isso depende muito dos mecanismos utilizados para gerar esse tipo de conhecimento, uma vez que aprendemos com o meio em que estamos inseridos, a prática pode ajudar no entendimento de fenômenos científicos.
Sabe-se que, são diversas as formas de ensino que facilitam a compreensão do aluno, umas bastante eficientes, outras nem tanto. A mais comum delas é a aula tradicional teórica, onde um levantamento bibliográfico leva tanto o aluno quanto o professor a uma reflexão e, consequentemente, uma discussão. Porém, essa abordagem, em alguns casos, não é fortemente viável e, pode deixar uma versão abstrata sobre um determinado conteúdo repassado pelo professor, o que dificulta ainda mais a compreensão do aluno.
	Em vista disso, vêm sendo desenvolvidas várias formas dinâmicas afim amenizar essa problemática, as chamadas aulas práticas, que partem do princípio bibliográfico e fundamentalmente teórico até exposição à prática, obtendo-se resultados e conclusões que possibilitem uma visão diferente (fora da monotonia da aula teórica) que provoque uma melhor compreensão por parte do aluno.
	A físico-química é a área em que os alunos do ensino médio mais sentem dificuldade, além de ser um conteúdo complexo, que pode causar complicações no entendimento do aluno se não aplicada no cotidiano. A cinética química – ramo da físico-química que estuda a velocidade das reações químicas, tal como dos fatores que a alteram - é um dos conteúdos que muitas vezes causam frustração por parte do aluno, devido ao fato de não ser compreendido com sucesso, gerando em reprovações e complicações para a formação do mesmo.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
	A lei da velocidade ou lei de Guldberg-Waage foi proposta no ano de 1867, pelos cientistas noruegueses Cato Maximilian Guldberg (1836-1902) e Peter Waage (1833-1900).
A velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das concentrações molares dos reagentes, para cada temperatura, elevada a expoentes experimentalmente determinados (GULDBERG-WAAGE, 1833).
	 
	 
	Onde: 
 = Velocidade da reação; = Constante de velocidade; = Concentração molar de A; = Concentração de B; x e y são os expoentes determinados.
	Exemplo:
	
	
A velocidade média de uma reação química é dada através da razão da variação de concentração em função do tempo (GULDBERG-WAAGE, 1833).
	Onde:
 = velocidade média (mol/L/s); = variação da concentração (mol/L); = variação de tempo (s, min); | | = módulo (resultado positivo, pois a velocidade tem que ser positiva).
	Exemplo:
	Observe a transformação do acetileno em Benzeno:
	
	
	3,5
	2,7
	2,0
	1,5
	0,9
	
	0
	1
	2
	3
	4
	Em uma situação hipotética deseja-se saber a velocidade média da reação no final de 4 minutos:
Medir a velocidade de uma reação significa medir a quantidade de reagente que desaparece ou a quantidade de produto que se forma, por uma unidade de tempo (FELTRE, Química Vol.2 – Físico-Química p.144, 2009).
	Existem fatores que podem aumentar a velocidade de uma reação, mas o fator em questão que será citado na prática é a temperatura.
É impossível prevermos as energias de ativação das reações, estas devem ser obtidas experimentalmente (MYERS, Química - Um Curso Universitário 4ª Edição p.250).
É importante levar em consideração a necessidade da prática na compreensão dos conceitos de cinética química e a temperatura é um fator contribuinte para a diminuição da energia de ativação, aumentando assim, a velocidade de uma reação endotérmica.
OBJETIVO
	A falta de uma boa contextualização nos conceitos de química vem apresentando maior rejeição por parte do aluno, o mesmo se sente pressionado ou se ver incapaz de absorver o conteúdo com sucesso. Considerando a atual didática de química abordada pelos professores, se resumem em uma aula informativa e expositiva, e os principais conceitos de química não são levados em consideração. Em vista disso, o presente trabalho visa contribuir na compreensão do aluno, no que diz respeito aos conceitos de cinética química, e os fatores que nela influenciam, além de transformar conhecimento em prática, fazendo-o entender o que está acontecendo constantemente em sua volta.
METODOLOGIA
	Foi utilizado o experimento do sonrisal na água, para compreender o que está ocorrendo com a matéria em temperatura variável, nos seguintes procedimentos experimentais:
	- Materiais utilizados:
3 beckers;
3 pastilhas de sonrisal;
1 balança eletrônica;
1 cronômetro.
- Procedimentoexperimental:
Os três beckers foram abastecidos com água fria, natural e quente;
Foi conferida a massa de cada uma pastilha de sonrisal;
As 3 pastilhas de sonrisal foram colocadas em cada um dos beckers;
Foi cronometrado o tempo em que o sonrisal se diluía completamente em ambos.
RESULTADOS
	Os presentes alunos constataram que a ordem crescente do tempo de diluição foi: água quente < água natural < água fria. Ou seja, a diluição ocorreu mais rápido na água quente, tempo intermediário na água natural e demorou um pouco mais na água fria, isso ocorre porque, neste caso, a reação é endotérmica, ou seja, consome energia térmica para alcançar a energia de ativação necessária para a formação produtos. Já nas reações exotérmicas, temperatura elevada diminui a velocidade da formação de produtos, deslocando a reação para o sentido dos reagentes. Nessas reações, o resfriamento do sistema isolado causará o aumento na velocidade da reação.
CONCLUSÃO
	Concluiu-se que, no caso de um sistema endotérmico (o sistema do procedimento em questão), quanto maior a temperatura do meio, maior será a velocidade da reação, considerando que o sistema endotérmico desloca a reação para a formação de produto. No ponto didático, constatou-se uma certa melhoria na compreensão do aluno, melhorando sua percepção sobre as transformações que ocorrem com o meio em que ele está inserido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, PINA, BARBOSA e JÓFIL, A Contextualização no Ensino de Cinética Química Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc11/v11a06.pdf (acesso em: 23/11/2017)
NASCIMENTO, PINTO Métodos e Procedimentos No Ensino de Química Disponível em: file:///C:/Users/mathe/Documents/Faculdade/MÉTODOS%20E%20PROCEDIMENTOS%20NO%20ENSINO%20DE%20QUÍMICA.pdf acesso em: 26/10/2017
NASCIMENTO, LIMA, MOREIRA, ROMERO E SILVA Desafios Para a Docência em Química: Teoria e Prática Disponível em: file:///C:/Users/mathe/Documents/Faculdade/Desafios%20para%20a%20Doc%C3%AAncia%20em%20Qu%C3%ADmica%20Teoria%20e%20Pr%C3%A1tica.pdf acesso em: 26/10/2017
LIMA Perspectivas de novas metodologias no Ensino de Química Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/setembro2013/quimica_artigos/perspect_novas_metod_ens_quim.pdf acesso em: 23/11/17
MYERS Química – Um Curso Universitário 4ª Edição consultado em: 23/11/17
FELTRE Química Vol.2 – Físico-Química consultado em: 26/10/2017
SOQ PORTAL DE QUÍMICA Lei de Guldberg e Waage Disponível em: http://www.soq.com.br/conteudos/em/cineticaquimica/p7.php acesso em: 16/12/17
SOQ PORTAL DE QUÍMICA Velocidade média Disponível em: http://www.soq.com.br/conteudos/em/cineticaquimica/p1.php acesso em: 16/12/17

Continue navegando