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13/02/2015 1 Perfuração Professor: Josan Carvalho de Figueiredo Filho Pós Graduado em Gerenciamento de Projetos (FGV) Engenheiro Mecânico (UFS) Tecnólogo Petróleo Gás (UNIT) Sumário • Introdução à Perfuração • Sondas de Perfuração • Etapas da Perfuração onshore e offshore • Coluna de Trabalho • Brocas • Fluidos de Perfuração & Hidrostática • Sistemas de Segurança de Poço • Revestimento e Cimentação • Perfuração Direcional • Operações Especiais 13/02/2015 2 Sonda – significado da palavra sonda (son-da) s. f. Aparelho (prumo ou objeto análogo) para determinar a profundidade da água e a natureza do fundo do mar ou de um rio. Aparelho empregado na perfuração de poços petrolíferos, artesianos etc. Comércio. Vareta metálica com que os fiscais de alfândega examinam o conteúdo de volumes para verificar se há neles contrabando. Cirurgia. Instrumento com que se fazem sondagens numa cavidade do corpo, se extraem líquidos, se evacua uma ferida. Sonda de eco, aparelho para sondagem submarina através da emissão de um som e do correspondente eco. Sonda espacial, engenho lançado na alta atmosfera ou no espaço interplanetário para obter dados científicos que são transmitidos à Terra pelo rádio: sondas lunares, sondas marcianas. Sondas Sondas x Plataformas de Produção Sondas de Perfuração Sondas de Completação e Intervenção em poços Sondas Mistas – Perfuram e Produzem Sondas Terrestres x Marítimas Diária da Sonda terrestre entre 10 e 100 mil dólares/dia Diária da Sonda Marítima entre 150 e 750 mil dólares/dia Sondas Marítimas apoiadas no fundo do Mar: Sondas Fixas; Auto-Elevatórias; Jack-up; Sondas Submersíveis; Sondas Marítimas flutuantes: Sondas Semi-Submersíveis; Navio-Sonda 13/02/2015 3 Sondas de Perfuração • Em Terra (onshore) ▫ DTM = Desmontagem, Transporte e Montagem ▫ SC (Sondas Convencionais) • No Mar (offshore) ▫ DMM = Desmobilização, Movimentação e Montagem • BDP – Boletim Diário de Perfuração • BDO – Boletim Diário de Operação • Dependendo da sua estrutura (capacidade de carga) podem perfurar poços entre 500 e 6.000 metros • Podem trabalhar com Seções de 1 a 4 tubos ▫ SEÇÕES: Quantidade de tubos conectados que podem ser estaleirados na torre de perfuração ▫ Quanto mais tubos na seção, mais rápida as manobras Sondas de Perfuração Terrestre • Plataformas Fixas; • Perfuram em diversas profundidades; • Locomoção com o carro-sonda • DTM – Desmontagem / Transporte / Montagem 13/02/2015 4 Apoiadas no fundo do mar: Fixas: São estruturas de aço que são instaladas no local da operação com estacas cravadas no fundo do mar. Utilizadas em lâminas de água até 250 metros. Sondas de Perfuração Offshore Solicitação de Esforços na Sonda Fixa 13/02/2015 5 Plataformas Fixas Mistas (Modular) -Voltadas para área de Produção -Possuem planta de processamento e Mastro p/perfuração - Poços direcionais podem ser perfurados a partir dela Somente quando há a aprovação para desenvolvimento do campo; A jaqueta é lançada e fixada ao fundo do mar por meio de estacas, cravadas ou cimentadas; Em seguida os módulos são colocados sobre a jaqueta (sonda de perfuração, casaril, processo). Os poços podem ser perfurados antes ou depois da instalação da jaqueta. Sondas de Perfuração Fixa Modular 13/02/2015 6 Içamento/lançamento da Jaqueta Auto-eleváveis (Jack Up’s): COMPOSIÇÃO BÁSICA: - BALSA - PERNAS (entre 03 e 04) - SAPATAS* - SONDA DE PERFURAÇÃO (MASTRO) UNIDADES DE PERFURAÇÃO MARÍTIMA * As sapatas podem ser individuais (por perna) ou estrutura única para todas as pernas, capaz de distribuir melhor as tensões em solos mais frágeis. 13/02/2015 7 Auto-eleváveis (Jack Up’s): -A Unidade é formada por uma balsa com pernas suspensas - MOVIMENTAÇÃO: a balsa flutua e é deslocada por um rebocador ou propulsão própria - FIXAÇÃO: para se apoiar no fundo do Mar, as pernas são acionadas mecânica ou hidraulicamente até atingirem o solo marinho e elevarem a balsa acima do nível do mar - OPERAÇÃO: com as pernas fixas e a balsa elevada, a Unidade pode perfurar o poço. UNIDADES DE PERFURAÇÃO MARÍTIMA Apoiadas no fundo do mar: Auto-eleváveis (Jack Up’s): • Plataforma de perfuração fixa não afetada pelas condições de tempo; • Permite posicionamento em áreas com restrições no fundo do mar; • Perfura em lâmina d´água de até 100 – 150 m. • Baixo Custo. UNIDADES DE PERFURAÇÃO MARÍTIMA 13/02/2015 8 Auto-eleváveis (Jack Up’s) - BOP e Sistema de Cabeça de poço na superfície (casco) da sonda; - Completação Seca; - Baixo nível de complexidade dos Equipamentos 1ª Sonda Auto-Elevatória – Offshore Company 51 13/02/2015 9 JackUp realizando intervenção em poço de Plataforma Modular Fixa • São estruturas montadas sobre um flutuador; • Utilizadas em águas rasas (cerca de 30m) e calmas, com o fundo de apoio macio pouco acidentado; • Deslocadas por Rebocadores; • Ao chegar na locação são lastreadas até seu casco atingir o fundo do Mar Sonda de Perfuração Submersível Ex: Ubarana no Rio Grande do Norte. 13/02/2015 10 SONDAS SUBMERSÍVEIS Lousiana - EUA 1ª Sonda Submersível Flutuantes Semi-submersíveis: • Possuem estabilidade sem apoiar-se no fundo do mar; • Deslocamento para locação por navios rebocadores ou propulsão própria; •Possuem grande volume imerso para evitar as condições severas do mar, sendo o movimento crítico o vertical (Heave); UNIDADES DE PERFURAÇÃO MARÍTIMA 13/02/2015 11 Sonda Semi - Submersível colunas pontoons Flutuantes Semi-submersíveis: •Podem ser ancoradas ou possuir sistema de Posicionamento dinâmico (DP), ou ambos; •Sistema de Ancoragem: •LDA < 1.800 m • Sistema DP: •LDA < 3.000 m UNIDADES DE PERFURAÇÃO MARÍTIMA 13/02/2015 12 Sonda SS ancorada por linhas SS’s: Características Operacionais • Completação molhada; • Operação dependente das condições marítimas; • Sistema de cabeça de poço (BOP) no solo marinho; • Alto nível de complexidade dos equipamentos; 13/02/2015 13 Flutuantes Navios-sondas • Ancoragem similar a uma semi- submersível, usando de 8 a 12 linhas de ancoragem ou com sistema de posicionamento dinâmico (DP)*; • Possuem grande capacidade de lâmina d’água; • Possuem auto propulsão e grande capacidade de estocagem; • Assim como as SS, necessita de compensador de movimentos. UNIDADES DE PERFURAÇÃO MARÍTIMA * (DP – Dynamic Position): Propulsores imersos alinham o Navio com a resultante entre as forças do vento e da correnteza sobre sua estrutura. A força do vento é a dominante, pois a parte do navio exposta ao vento é bem superior ao trecho submerso. NS’s: Características Operacionais • Completação molhada; • Operação dependente das condições marítimas; • Sistema de cabeça de poço (BOP) no solo marinho; • Alto nível de complexidade dos equipamentos; • Maior capacidade de armazenamento e mobilidade do que a SS. 13/02/2015 14 NS’s: Características Operacionais UNIDADES DE PERFURAÇÃO MARÍTIMA Flutuantes TLP (Tension Leg Platform):• Plataforma flutuante posicionada na Locação por tendões verticais fixados No fundo do mar por estacas; • Raio de ancoragem nulo; • Não necessita de Compensador de Movimentos • Possui sistemas de produção e armazenamento; • Lâminas d’água de até 1.200 m. 13/02/2015 15 Sonda TLP – Tension Leg Plataform Sondas Dual Activity 13/02/2015 16 Sondas Dual Activity Sondas Cross River • Para perfuração de poços de alta inclinação e horizontais • Para poços com baixa Profundidade Vertical • Ausência de BOP • Utilizado para perfurar buracos para lançamentos de linhas (oleodutos, gasodutos, saneamento etc) 13/02/2015 17 “Top Drive” (Giro, tração e compressão) “Guia Centralizadora” Sistema de fluido com extração de sólidos e bomba Ângulo com a horizontal variável de 0 a 22 graus ~ 3000 m ~ 50 m Sondas Cross River 13/02/2015 18 MOVIMENTAÇÃO DAS SONDAS Movimentos Lineares: • Avanço (Surge) - Movimento na direção do eixo X; • Deriva (Sway) - Movimento na direção do eixo Y; • Afundamento (Heave, Swell) - Movimento na direção do eixo Z; Obs: Eixo X: Longitudinal ao navio; Eixo Y: Transversal ao navio; Eixo Z: Perpendicular ao piso do navio. MOVIMENTAÇÃO DAS SONDAS 13/02/2015 19 Movimentos Angulares: • Balanço (Roll) - Rotação em torno do eixo X no plano YZ; • Arfagem (Pitch) - Rotação em torno do eixo Y no plano XZ; • Guinada (Yaw) - Rotação em torno do eixo Z no plano XY; Obs: Eixo X: Na direção do comprimento do navio; Eixo Y: Na direção da largura do navio; Eixo Z: Na direção perpendicular ao piso do navio. MOVIMENTAÇÃO DAS SONDAS Movimentação de uma embarcação 13/02/2015 20 Limitações operacionais em flutuantes Sistema de Posicionamento Dinâmico (DP – Dynamic Positioning) Objetivos: - Manter a embarcação em posição constante em relação a um ponto fixo (poço) ou em movimento (outra embarcação próxima, p.e.), por meio de propulsores que se contrapõem às intempéries ambientais (ventos, correntezas e ondas). 13/02/2015 21 Sistema de Posicionamento Dinâmico – Sistema de propulsão Propulsores imersos alinham a Sonda com a resultante entre as forças do vento e da correnteza sobre sua estrutura. A força do vento é a dominante, pois a parte da estrutura exposta ao vento é bem superior ao trecho submerso. Propulsores (trusters) Sistema de Posicionamento Dinâmico - Sensores Giroscópio VRU (Vertical Reference Unit) Wind Sensors - Anemômetros Manutenção do heading (proa, direção, azimute, rumo) Medição dos valores de “Pitch”, “Roll” e “Heave”. Pode ser giroscópia ou magnética. - Velocidade e direção do vento - Hélice: velocidade - Cauda: direção - “wind feedforward” 13/02/2015 22 Sistemas de referência de posição • Transducers • Beacons • Transponders • Hidrofones • Processador Sistema Hidroacústico Sistema DGPS Sistemas de referência de posição – sistema Hidroacústico • Transducers – equipamentos de superfície capaz de transmitir e receber sinais acústicos, podendo se relacionar com beacons ou transponders • Beacons – equipamento emissor de sinais, posicionado no fundo do mar, mais utilizado em sistemas antigos • Transponders - transmissores “inteligentes” (microprocessados) que emitem um pulso a uma determinada frequência toda vez que são interrogados por um pulso acústico com outra frequência pelo equipamento de superfície (transducer). • Hidrofones - são receptores de sinais acústicos provenientes dos beacons e responsáveis pela sua transformação em pulsos elétricos enviados ao processador. • Processador - interface com o Controlador. Diretamente ligado aos transducers/hidrofones dos quais recebem e processam os sinais elétricos correspondentes às informações acústicas dos transponders/beacons. 13/02/2015 23 Fatores que afetam os sistemas Hidroacústicos • Potência dos transmissores • Perdas durante a transmissão dos sinais (atenuação, difusão, interferências etc) • Reflexão e Refração • Distância (Lâmina d’água) • Características do meio de propagação (impedância acústica do meio) Tipos de Sistemas Hidroacústicos – Sistema LBL (Long Base Line) • Um grupo de no mínimo 3 ou 4 (mais comum) transponders/beacons são dispostos em quadrilátero no fundo do mar, a uma certa distância do alvo • Possui alta estabilidade • Requer calibração, o que demanda tempo 13/02/2015 24 Tipos de Sistemas Hidroacústicos DGPS – Differential Global Positioning System • A técnica de posicionamento por satélite começou a ser utilizada com fins exclusivamente militares na final dos anos 80, desenvolvida pela NASA em colaboração com o Departamento de Defesa dos EUA e OTAN • Precisão, clareza, confiabilidade • Constelação de 24 satélites • 4 Variáveis determinadas: ▫ Posição (Coordenadas X, Y) ▫ Altitude (coordenada Z) ▫ Diferencial de tempo entre o receptor e os satélites 13/02/2015 25 Sistema de Posicionamento Dinâmico – Sala de Controle Central computadorizada com as leituras dos sensores e sistemas de posicionamento. Sistema de posicionamento pode ser por pulso sonoro (reflexão de ondas, Doppler), ou por GPS (sistema de satélites).
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